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PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTO

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INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTO

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Nesta quinta etapa você irá aprender sobre as diversas circunstâncias em que pode haver intoxicação e envenenamento por agentes nocivos, assim como lidar com essas situações. Também abordaremos o tema de acidentes com os animais peçonhentos: serpentes, escorpiões e aranhas.

Para isso, disponibilizamos uma apostila exclusiva em formato PDF, materiais complementares e interativos, exercícios para você testar o seu conhecimento e um tema no fórum de discussão, a fim de manifestar a sua opinião.

No caso de dúvidas, acesse o link Tire suas Dúvidas e relate-as para nós.

Vamos começar?

APRESENTAÇÃO

Organização

Carla Eunice Gomes Correa

Reitor da UNIASSELVI

Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitora do EAD

Prof.ª Francieli Stano Torres

Edição Gráfica e Revisão

UNIASSELVI

Autora

Talita Cristiane Sutter

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1 INTRODUÇÃO

As crianças estão propensas a intoxicações e acidentes com animais peçonhentos em diversas situações rotineiras em casa e nas escolas.

Um estudo que teve como objetivo analisar as características de envenenamentos acidentais entre menores de 15 anos, residentes em Londrina, no estado do Paraná, em 2001 constatou que 473 vítimas foram envenenadas acidentalmente sendo 60% por exposição a substância nociva e 40% por contato com planta ou animais venenosos (MARTINS, ANDRADE, PAIVA, 2006). Almeida et al. (2016), afirmam que as crianças menores de cinco anos são mais vulneráveis às intoxicações, devido a curiosidade própria dessa idade.

Por isto, a discussão da Etapa 5 é importante tanto para elucidar sobre os procedimentos de primeiros socorros, quanto para exemplificar formas de prevenção desses tipos de acidentes, orientando as crianças para que saibam quando há risco e sendo vigilante do ambiente onde elas transitam no dia a dia.

2 INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO POR AGENTES NOCIVOS

Intoxicação pode ser descrita como uma manifestação do corpo, através de sinais e sintomas, de acordo com os efeitos nocivos que ela acarreta no organismo. Ocorre geralmente quando a criança ingere acidentalmente alguma substância tóxica, como por exemplo, um produto de limpeza. Também pode haver efeitos danosos quando uma substância entra em contato com a pele ou nas mucosas. Se ingerida, pode levar a danos graves na estrutura do sistema digestivo ou ocorrer intoxicação pela absorção no organismo da criança (CAVALCANTE, AMADO, NETO, 2000; TADDEI et al., 2006).

INTOXICAÇÕES E ENVENENAMENTO

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Segundo Brasil (2003, p. 165) a definição de intoxicação e envenenamento são:

Alterações funcionais e/ou anatômicas, mais ou menos graves, causadas pela introdução de qualquer substância em dose suficiente, no organismo, ou nele formada, por suas propriedades químicas. Estas alterações dependem da natureza da substância, da sua concentração e principalmente da sensibilidade do próprio indivíduo ou de seus órgãos. As substâncias supracitadas denominam-se veneno ou tóxico.

Temos no Bras i l o S i s tema Nac iona l de In formações Tóx ico-Farmacológicas, o SINITOX, que atua reunindo, analisando e divulgando os percentuais de intoxicação e envenenamento notificados, assim como desenvolve pesquisas no campo de intoxicação e dissemina outras informações em saúde e saúde pública (BOCHNER, 2019). Para verificar as tabelas com os dados de intoxicação nacionais você pode acessar o link: https://sinitox.icict.fiocruz.br/dados-nacionais.

Entre os mais de 12 milhões de produtos químicos conhecidos, menos de 3.000 causam a maioria das intoxicações acidentais ou premeditadas. Contudo, praticamente qualquer substância ingerida em grande quantidade pode ser tóxica. As fontes comuns de venenos incluem drogas, produtos domésticos, produtos agrícolas, plantas, produtos químicos industriais e substâncias alimentícias. A identificação do produto tóxico e a avaliação exata do perigo envolvido são fundamentais para um tratamento eficaz. A intoxicação pode ser um acidente ou uma tentativa deliberada de assassinato ou de suicídio. As crianças, especialmente aquelas com menos de três anos de idade, são particularmente vulneráveis à intoxicação acidental, assim como as pessoas idosas, os pacientes hospitalizados (por erros de medicação) e os trabalhadores da agricultura pecuária e da indústria (ZAMBOLIM et al., 2008, p. 6).

Usualmente, temos a noção de veneno como se fosse algo líquido ou sólido que pode ser engolido pela criança, porém, há 4 formas de exposição em que o veneno penetra no corpo: ingestão; inalação; contato; e injeção. A forma de injeção se dá, na maior parte das vezes, por picadas de insetos, aranhas, cobras e alguns animais marinhos que injetam veneno na corrente sanguínea, essa especificidade veremos no Tópico 3 – acidentes com animais peçonhentos (BERGERON et al., 2007).

O Quadro 1 representa as diferentes formas em que uma substância química pode ser absorvida pelo organismo:

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Tipo de absorção CaracterísticasIngestão Podemos inge r i r subs tânc ia s qu ímicas noc ivas

acidentalmente quando nos alimentamos em locais contaminados, também através das mãos, por hábitos inadequados de higiene. Aqui estão incluídos: produtos químicos industriais e domésticos, determinados alimentos e comidas prontas, os princípios ativos de algumas plantas, produtos petrolíferos, medicamentos (especialmente se tomados em doses impróprias), e venenos específicos para o controle de roedores, insetos e pragas de plantações.

Inalação Podemos absorver uma substância química nociva pela respiração, quando estamos em um local contaminado. Nesta forma estão os: gases, vapores e pulverizadores, incluindo o monóxido de carbono (do escapamento dos carros, dos aquecedores a querosene e dos fogões a lenha), amônia, cloro, líquidos químicos voláteis (como muitos solventes industriais) e inseticidas.

Contato (pela pele)

Certas substâncias podem penetrar no organismo através da pele, mesmo que o contato seja breve, mesmo sem escoriações ou ferimentos. Muitos venenos nos causam graves lesões à área de contato e então, lentamente são absorvidos e levados à corrente sanguínea. Aqui podemos c i ta r a lguns inset ic idas e agrotóx icos , substâncias químicas e corrosivas, o contato com uma grande variedade de plantas e certas formas de vida marinha, que podem gerar reações alérgicas na pele e/ou lesões que constituem uma porta de entrada para que a toxina seja absorvida pelos tecidos do corpo podendo chegar à circulação.

ABSORÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NO CORPO

FONTE: Adaptado de FIOCRUZ (2019) e BERGERON et al. (2007)

Quando a absorção se dá por qualquer uma dessas vias, devemos, primeiramente, verificar se houve a intoxicação ou envenenamento. Pois algumas substâncias ingeridas não requerem tratamento. Para avaliar se houve algum dano maior, devemos suspeitar dos sinais e sintomas descritos a seguir:

• Sinais evidentes, na boca ou na pele, de que a vítima tenha mastigado, engolido, aspirado ou estado em contato com substâncias tóxicas, como por exemplo: salivação, aumento ou diminuição das pupilas dos olhos, sudorese excessiva, cheiro de veneno ou algum produto químico na boca, respiração alterada e inconsciência.

• Hálito com odor estranho.• Modificação na coloração dos lábios e interior da boca, dependendo do

agente causal.

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• Dor, sensação de queimação na boca, garganta ou estomago.• Sonolência, confusão mental, torpor ou outras alterações de consciência.• Náuseas e vômitos.• Diarreia.• Lesões cutâneas, queimaduras intensas com limites bem definidos ou bolhas.• Convulsões.• Queda de temperatura, que se mantém abaixo do normal.• Paralisia (FIOCRUZ, 2019, s.p.).

Desta forma, vamos estudar os tipos de intoxicação separando pelos meios de absorção no organismo.

Observação: alguns tóxicos, como é o caso dos agrotóxicos, podem gerar intoxicação por todas as vias de absorção.

2.1 INTOXICAÇÕES POR INGESTÃO

A intoxicação alimentar acontece quando a criança ingere algum alimento contaminado, nesse caso pode haver vários sintomas como: vômito, diarreia, sudorese, palidez, febre e dores abdominais. O procedimento, conforme descrito por Santini (2008, p. 29), deve seguir os seguintes passos:

• Manter a vítima deitada após o vômito. • Não dar medicamentos para interromper a diarreia. • Ministrar o soro caseiro, feito com 200 ml de água filtrada ou fervida, uma

medida rasa de sal e duas medidas de açúcar (a colher medida é distribuída em postos de saúde ou pela Pastoral da Criança, na sua falta usa-se uma colher de sopa rasa de açúcar e duas colheres de café rasas de sal).

• Procurar atendimento médico.

As crianças também podem ingerir produtos químicos, plantas ou medicamentos. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, todos os dias, cerca de 37 crianças e adolescentes (de zero a 19 anos) sentem os danos da intoxicação pela exposição inadequada a medicamentos (SBP, 2019).

Ao longo de 18 anos foram mais de 245 mil casos de intoxicação atingindo essa faixa etária, com o registro de 240 mortes (BOCHNER, 2019).

No caso dos medicamentos, são as crianças e os adolescentes que mais sofrem por intoxicação, tanto pelas inovações tecnológicas produzidas pela própria indústria farmacêutica que favorecem o consumo de medicamentos, quanto pelas suas embalagens distintas que chamam atenção das crianças pelo seu conteúdo colorido (VIANA NETO et al., 2009).

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INTOXICAÇÃO POR MEDICAMENTOS

FONTE: <https://pagina3.com.br/imagens/materia/txtmateria/saude20154172.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Qualquer substância que se encontra com a data de validade vencida, ou até mesmo for utilizada impropriamente na quantidade incorreta, pode gerar intoxicação. No caso das crianças, esse contato acontece na maior parte das vezes de forma acidental e dentro de casa. As mais afetadas são, justamente, as que mais ficam em casa, na faixa etária de 1 a 4 anos, e que são expostas rotineiramente a produtos tóxicos armazenados erroneamente. Isso acontece pois, além da pouca informação dos pais e responsáveis sobre formas de prevenção, esses produtos têm embalagens inseguras (SBP, 2019).

INTOXICAÇÃO POR PRODUTOS

FONTE: <https://statig0.akamaized.net/bancodeimagens/0k/5n/f5/0k5nf5qzc4acmobbkw0otf69p.jpg >. Acesso em: 2 abr. 2019.

As plantas tóxicas estão presentes em 84% das escolas públicas do município do Rio de Janeiro. A seguir, constam alguns exemplos de espécies tóxicas e os sintomas que elas causam (BOCHNER, 2019).

Comigo-ninguém-pode: todas as partes da planta são tóxicas, a sua ingestão e o contado podem causar sensação de queimação, edema de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarreia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia, o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.

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COMIGO-NINGUÉM-PODE

FONTE: <https://oparana.com.br/noticia/livre-se-das-energias-negativas-com-o-poder-da-comigo-ninguem-pode/>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Espada de São Jorge: todas as partes da planta são tóxicas, se ingerida ocorre uma salivação excessiva. Em contato com a pele, causa pequena irritação.

ESPADA DE SÃO JORGE

FONTE: <https://www.ideiasedicas.com/wp-content/uploads/2013/05/Espada-de-Sao-Jorge-Decoracao-de-Casa-919x1024.jpg>. Acesso em: 2

abr. 2019.

Antúrio: todas as partes da planta são tóxicas, os sintomas são: dor e inchaço da cavidade oral. Inflamação aguda da orofaringe, acompanhada de salivação, coceira na boca. Podem ser observados edemas nos lábios, língua e garganta.

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ANTÚRIO

FONTE: <https://jardim.info/sites/default/fi les/imagens/plantas/anturio/anturio001.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

Quando há a ingestão de produtos químicos, plantas ou medicamentosdentro da escola, os procedimentos de primeiros socorros consistem em:

• Não dar alimentos ou líquidos (inclusive leite) para a criança, pois isso favorece a absorção de alguns venenos.

• Manter as vias aéreas permeáveis.• Não tentar provocar vômito, principalmente se a criança ingeriu alguma

substância cáustica, detergente ou solvente. No caso de o vômito acontecer, posicione a vítima de maneira que não aspire. Deixe-a em uma posição semissentada, com a cabeça virada para o lado.

• Encaminhar imediatamente ao Pronto Socorro de referência; agindo com rapidez para que a substância não seja absorvida pelo organismo.

• Se possível, levar o produto ingerido ao Pronto Socorro, é importante identificar, o tipo de substância, a quantidade ingerida, há quanto tempo ocorreu o envenenamento e quais as providências tomadas.

• Se não houver possibilidade de remover o escolar rapidamente para o Pronto Socorro, acionar o SAMU 192, comunicando o produto ingerido.

NÃO OFERECER LÍQUIDOS A VÍTIMA INTOXICADA

FONTE: <https://pt.wikihow.com/Tratar-uma-Intoxica%C3%A7%C3%A3o#/Imagem:Treat-Poisoning-Step-20.jpg>. Acesso em: 2 abr. 2019.

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2.2 INTOXICAÇÕES POR INALAÇÃO

A intoxicação por inalação pode acontecer com diversos tipos de substâncias:

Tipo de substância

Características

Poeiras São partículas sólidas de tamanhos variados, produzido pelo manuseio e impacto mecânico de equipamentos, máquinas e ferramentas contra materiais orgânicos e inorgânicos. As poeiras flutuam no ar e podem ser inaladas ou entrar em contato com as mucosas. Dependendo de sua origem, podem provocar lesões de diferente gravidade para quem as aspire ou com elas entre em contato.

Fumaça É uma mistura de gases, vapores e partículas derivadas do aquecimento e queima de substâncias. A agressão causada pela fumaça varia de acordo com a sua composição, com o agente gerador da fumaça e, muitas vezes, com sua temperatura. Os fumos são de partículas microscópicas, produzidas pela condensação de metais fundidos. A respiração se torna também uma via de intoxicação.

Névoas e neblinas

São gotículas que ficam em suspensão a partir da condensação de vapores, que podem ser tóxicos ao serem respirados. Podem ser provocados pela nebulização, espumejamento ou atomização de substâncias químicas orgânicas.

Vapores São formas gasosas de compostos químicos que, na temperatura e pressão ambiente, apresentam-se em outro estado físico. Os vapores se formam a partir do aumento da temperatura ou pela diminuição da pressão de compostos químicos. São formas físicas que se difundem muito rapidamente com facilidade em qualquer ambiente.

Gases Os gases são fluidos sem forma própria, que se espalham com muita facilidade por todo o ambiente que os contém; são geralmente invisíveis e, quase sempre, inodoros. No ambiente de trabalho encontraremos muitas destas formas físicas e químicas que podem, por vezes, provocar intoxicações ou envenenamento.

TIPOS DE SUBSTÂNCIAS QUE PODEM SER INALADAS

FONTE: Adaptado de Brasil (2003)

Tendo em vista os tipos de substâncias que podem ser inaladas, vamos aos procedimentos de primeiros-socorros no caso de intoxicações respiratórias:

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• Também não devemos dar leite ou outra substância para a vítima ingerir. • Se o socorrista notar que o ambiente ainda está com gases tóxicos (pelo

odor), é importante levar a vítima a um local livre e arejado. Retirar a pessoa de perto da fonte de envenenamento. Este será sempre o primeiro passo.

• Manter suas vias aéreas abertas e verificar se na roupa há vestígios de contaminação, se sim, removê-las imediatamente evitando tocar diretamente nelas (utilizar luvas).

• É necessário limpar a vítima com água para retirar a substância por completo, a água não pode ser em forma de jato, para não correr o risco do produto se infiltrar ainda mais.

• Se a intoxicação foi causada por fumaça, nesses casos, pode haver irritações também nos olhos, lesões nas vias aéreas, queimaduras na pele, dificuldades respiratórias e até paradas cardíacas. Se a vítima não tiver sinais de lesões no pescoço ou coluna, e estiver consciente, deixe-a em posição sentada ou semissentada, desta forma respirará melhor. Lembre-se de mantê-la apoiada, pois poderá perder a consciência.

• Certifique-se que a ajuda médica foi acionada e recolha informações importantes da vítima e de testemunhas: Tipo de substância inalada, tempo de exposição, cuidados anteriores, reações e aparência inicial do paciente.

2.3 INTOXICAÇÕES POR CONTATO

As intoxicações por contato irritam ou lesionam a pele ou os olhos, somente em alguns casos raros apresentam o mínimo ou nada de sintomas. A maioria das vítimas envenenadas por absorção (contato) apresentam uma ou todas as seguintes reações:

• Irritação moderada e graves queimaduras.• Coceira.• Dor de Cabeça.• Aumento da temperatura da pele.• Choque anafilático; ocorre quando a pessoa entra em contato com uma

substância a qual é alérgica.

Os procedimentos de primeiros socorros consistem em:

• Remover a substância o mais rápido possível (quando esse procedimento for considerado seguro.

• Lavar com água corrente pura, em abundância, o local afetado.• Retirar roupas e calçados se estes estiverem contaminados, para auxiliar

este processo de rápida remoção do agente, a remoção deve ser feita sobre o mesmo fluxo da água da lavagem.

• Caso o contato tenha sido nos olhos, é importante dar mais atenção ao caso pois esses agentes são absorvidos rapidamente pela mucosa e podem

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irritar e até mesmo causar a perda da visão. Lavar os olhos abundantemente com água corrente por pelo menos 15 minutos.

• Encaminhar a vítima para a urgência a fim de ter atendimento especializado.

Estudamos sobre os procedimentos principais nos casos de intoxicação. O socorrista além de cuidar do atendimento inicial, também é responsável pela prevenção dos acidentes, para isso é necessário tomar algumas providências, principalmente nos espaços coletivos como na escola:

• Deixar longe do alcance das crianças remédios, inseticidas, raticidas, produtos de limpeza, soda cáustica e outros produtos tóxicos.

• Lavar muito bem as frutas e verduras antes de oferecê-las.• Não manter plantas tóxicas no ambiente domiciliar ou escolar.• Não guardar substâncias tóxicas em garrafas de refrigerante ou embalagens

de alimentos.• Orientar sempre as crianças a não colocarem a boca em produtos

desconhecidos.• Ficar atento ao prazo de validade e aspecto dos alimentos.• Deixar para utilizar produtos de limpeza na ausência de crianças.• Estimular as crianças a lavar sempre as mãos antes das refeições, após o uso

do banheiro e depois de tocarem em plantas ou produtos desconhecidos.

3 ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS

Se formos pensar em números de acidentes provocados, os mais importantes seriam com as serpentes, as aranhas e os escorpiões. São animais que habitam a terra ou a água, e que, apesar de mais numerosos em localizações com climas quentes, também podem ser encontrados em climas mais temperados e frios. No Brasil estão por todas as regiões, o que varia são as suas espécies (BRUNO; BARTMAN 1996).

As picadas de insetos e ataques por animais de vida marinha, por exemplo, também podem ser consideradas fontes de veneno injetáveis, podendo resultar em emergências clínicas ou alguns só darão problemas aos indivíduos sensíveis ao veneno (BERGERON et al., 2007).

3.1 ACIDENTES COM SERPENTES Serpentes podem ser qualificadas como venenosas e não venenosas. Se

a vítima for picada por uma não venenosa, poderá causar alguma mudança local, por exemplo, dor e inchaço, porém, não provocarão manifestações gerais. Por isso, é importante que o socorrista saiba identificá-las (BRUNO; BARTMAN 1996).

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Venenosa Não venenosaCauda Curta e grossa. Fina, com afinamento

progressivo.Cabeça Destaca-se bem do

corpo; forma triangular; escamas semelhantes às do corpo.

Continuidade do corpo; forma ovalada; escamas mais alargadas e diferentes das do corpo.

Atitude Na presença de outro animal, torna-se agressiva, ficando em posição de bote.

Na presença de outro animal, torna-se medrosa e foge.

Dentição Um par de dentes em forma de agulha; presença de bolsa para veneno.

Dentes de tamanhos iguais e regulares.

Fosseata loreal (representada por um orifício de cada lado da cabeça, localizado entre os olhos e a narina.

Localizada entre os olhos e a narina.

Não há.

IDENTIFICAÇÃO DE COBRAS VENENOSAS E NÃO VENENOSAS

FONTE: Adaptado de Bruno; Bartman (1996)

FONTE: <https://cczrioclaro.fi les.wordpress.com/2011/05/ap2-site4.jpg>. Acesso em: 3 abr. 2019.

EXEMPLO DE COBRAS VENENOSAS E OS SINTOMAS DE SUAS PICADAS

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Os procedimentos de primeiros socorros para picadas de cobras venenosas são os seguintes:

• Mantenha a vítima calma, tranquilize-a e deite-a.• Acione o resgate.• Localize a marca da picada e lave o local com água corrente e sabão. Na

medida do possível, deve-se evitar que a pessoa ande ou corra, ela deve ficar deitada com o membro picado elevado.

• Remova os anéis e outros adornos para que não façam constrição no membro afetado.

• Se possível e seguro, levar o animal para identificação.

O que NÃO fazer:

• Não fazer torniquete ou garrote.• Não cortar o local da picada.• Não colocar folhas, pó de café ou outros contaminantes.• Não oferecer bebidas alcoólicas à vitima.

3.2 ACIDENTES COM ESCORPIÕES

Os escorpiões (ou lacraus) não são uma espécie agressiva, eles picam como um modo de defesa. Por serem animais de hábitos noturnos, durante o dia se escondem em troncos de árvores, pedras, entulhos, frestas de muros etc.

Muitas espécies vivem em áreas urbanas, onde encontram abrigo dentro e próximo das casas, bem como alimentação farta. Os escorpiões podem sobreviver vários meses sem alimento e mesmo sem água, o que torna seu combate muito difícil. Os escorpiões de importância médica no Brasil pertencem ao gênero Tityus, que é o mais rico em espécies, representando cerca de 60% da fauna escorpiônica neotropical (BRASIL, 2001 p. 38).

O envenenamento escorpiônico, muito frequente no Brasil, é o responsável por um significativo número de mortes, especialmente entre crianças. Cerca de 80% dos acidentes registrados são da região Sudeste e 15% da região Nordeste, com coeficiente de incidência anual de 2,5 casos por 100.00 habitantes e com letalidade em torno de 1% (BRASIL, 2003 p. 184).

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FONTE: <https://cczrioclaro.fi les.wordpress.com/2011/05/ap2-site4.jpg>. Acesso em: 3 abr. 2019.

EXEMPLO DE ESCORPIÕES E SINTOMAS DAS PICADAS

Procedimentos de primeiros socorros em caso de picadas:

• Lavar a região atingida com água. • Remoção imediata para atendimento médico. • Não pegue o animal agressor com a mão. • Se possível levar o animal para identificação. • Não faça torniquetes ou corte o local da picada.

3.3 ACIDENTES COM ARANHAS

As aranhas normalmente não são agressivas, só atacam se sentirem que estão em risco. Elas ficam abrigadas geralmente em folhas caídas, pedras ou em troncos ocos, algumas preferem viver sobre árvores ou flores. Existem diferentes tipos de teias, regulares e irregulares, que elas criam para prender pequenos insetos que lhe servem de alimento (BRUNO, BARTMAN, 1996).

No Brasil, possuímos três gêneros de aranhas que tem mais relevância pela sua nocividade: Phoneutria, também conhecida como aranhas armadeiras, Laxosceles, descritas como as aranhas marrons e Latrodectus, as viúvas negras (BRASIL, 2001).

Algumas aranhas venenosas podem estar em ambientes escolares, por exemplo, depósitos e armários. Quando ocorrem acidentes causados por aranhas peçonhentas, três situações podem ocorrer dependendo da família da aranha (MINOZZO; ÁVILA, 2006):

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ACIDENTES COM ARANHAS DE DIFERENTES FAMÍLIAS

Tipo de acidente CaracterísticasFoneutrismo

(Acidentes por aranhas da família

Phoneutria)

Os acidentes causados pela Phoneutria representam a forma de araneísmo (intoxicação por veneno de aranha) mais comumente observada no País. Apresentam dor local intensa, frequentemente imediata, edema discreto, eritema e sudorese local, raramente esses casos levam a um quadro grave.

Loxoscelismo(Acidentes por

aranhas da família Loxosceles)

São descritas duas variedades clínicas: Forma cutânea: é a mais comum, caracterizando-se pelo aparecimento de lesão inflamatória no ponto da picada, que evolui para necrose e ulceração (ferida aberta).Forma cutâneo-visceral: além de lesão cutânea, os pacientes evoluem com anemia, icterícia cutâneo–mucosa (pe le amare lada e ur ina com sangue . A insuficiência renal aguda é a complicação mais temida. O tratamento soroterápico está indicado nas duas formas clínicas dos acidentes por Lucosceles. Dependendo da evolução, outras medidas terapêuticas deverão ser tomadas.

Latrodectismo(Acidentes por

aranhas da família Latrodectus)

Quadro clínico caracterizado por dor local intensa, eventualmente irradiada. Alterações sistêmicas como sudorese, contraturas musculares, hipertensão arterial e choque são registradas.

FONTE: Adaptado de Minozzo; Ávila (2006)

Aranha armadeira ou macaca (Phoneutria): bastante agressiva, assume posição de defesa saltando até 40cm de distância. O corpo pode atingir 4cm, com 15cm de envergadura. Ela é caçadora, com atividade noturna. Abriga-se sob troncos, palmeiras, bromélias e entre folhas de bananeira. Pode se alojar também em sapatos, atrás de móveis, cortinas, sob vasos, entulhos, materiais de construção etc. (BRASIL, 2017).

ARANHA ARMADEIRA (PHONEUTRIA)

FONTE: <http://simi.org.br/fi les/2018/novembro/Armadeira.jpg>. Acesso em: 9 abr. 2019.

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Aranha marrom (Laxosceles): não é agressiva, pica geralmente quando comprimida contra o corpo. Tem um centímetro de corpo e até três de comprimento total. Possui hábitos noturnos, constrói teia irregular como “algodão esfiapado”. Esconde-se em telhas, tijolos, madeiras, atrás ou embaixo de móveis, quadros, rodapés, caixas ou objetos armazenados em depósitos, garagens, porões, e outros ambientes com pouca iluminação e movimentação (BRASIL, 2017).

ARANHA MARROM (LAXOSCELES)

FONTE: <http://1.bp.blogspot.com/_FyqtVYwGuss/S_g0WD1OE_I/AAAAAAAAABw/fCDm5lavJx8/s1600/DSC01770.JPG>. Acesso em: 9 abr. 2019.

Viúva negra (Latrodectus): não é agressiva. A fêmea pode chegar a 2cm e o macho de 2 a 3cm. Tem atividade noturna e hábito de viver em grupos. Faz teia irregular em arbustos, gramíneas, cascas de coco, canaletas de chuva ou sob pedras. É encontrada próxima ou dentro das casas, em ambientes sombreados, como frestas, sob cadeiras e mesas em jardins (BRASIL, 2017).

VIÚVA NEGRA (LATRODECTUS)

FONTE: <http://4.bp.blogspot.com/-NUArHXTjJQs/UPnBoGFNP5I/AAAAAAAAAK4/So2mIaUmZkQ/s1600/Vi%C3%BAva-negra-americana.bmp>. Acesso em: 9 abr. 2019.

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Caranguejeiras (Infraordem Mygalomorphae): as aranhas caranguejeiras, embora grandes e frequentemente encontradas em residências, não causam acidentes considerados graves (BRASIL, 2017).

Primeiros socorros em casos de picadas:

É importante que o socorrista procure acalmar a pessoa picada, sempre tranquilo, sem mostrar apreensão com o estado dela, e chamar o atendimento especializado. Nos casos de picadas de aranhas, o tratamento depende do diagnóstico e da identificação do aracnídeo, pedindo, algumas vezes, por soroterapia. Torniquetes, incisão e sucção no local da picada são prejudiciais nesse caso.

Nos espaços coletivos é importante realizar as seguintes medidas de prevenção:

• Não deixar o lixo, folhas ou lenha acumulados.• Observar a presença de ratos, pois, onde há ratos, provavelmente há cobras.• Manter sempre o ambiente limpo sem restos de materiais de construção.• Fechar buracos em muros.• Ficar atento a lotes vagos nas proximidades de casa e da escola.• Observar sempre dentro dos calçados das crianças antes de colocá-los nos

pés.• Preservar os inimigos naturais de escorpiões e aranhas: aves de hábitos

noturnos (coruja, joão-bobo), lagartos, sapos, galinhas, gansos, macacos, quatis etc. (na zona rural).

• Evitar folhagens densas (trepadeiras, plantas ornamentais, arbustos, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das edificações.

• Manter a grama aparada.• Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques.• Limpar, periodicamente, os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa

faixa de um a dois metros junto das casas.• Combater a proliferação de insetos para evitar o aparecimento das aranhas

que deles se alimentam.

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REFERÊNCIA

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