Princesa baixinha

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Era uma vez uma princesa muito bonita mas que sofria imenso por ser baixinha

Sempre que ia passear as outras crianças troçavam:“É pequenina como um cogumelo, baixinha como a relva”“É baixinha demais para ser uma verdadeira princesa”“As princesas a sério têm que ser altas e elegantes”

Claro que diziam isto em voz baixa, mas ela ouvia-os e ficava muito triste.

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Um dia a princesa CatarinaFoi visitar a Rainha avó, que além de ser rainha era também uma grande amiga.Enroscou-se no seu colo e perguntou:“Porque sou tão baixinha?Porque é que todos fazem troça de mim?”

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A rainha avó respondeu:«É porque eles não percebem nada de nada.O teu avô também era baixinho e ele fez coisas muito importantes»

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«Então também quero fazer coisas importantes»

Decidiu a princesa.A rainha avó achou muito bem e preparou-lhe logo uma trouxa com a s coisas de que ela ia precisar para fazer uma viagem:

Um arco e uma flecha para o caso de encontrar um inimigo,

uma moeda de ouro, porque dá sempre jeito,um pente e um espelho para estar sempre bonitae três caramelos para o caso de se sentir triste.

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Depois de atravessar três bosquesduas montanhas e um deserto, chegou a uma aldeia que vivia atormentada pelosataques de um dragão.Os habitantes passavam a vida trancadosem casa, cheiinhos de medo. Mas a princesanão tinha medo dele, nem só umbocadinho!

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«Tenho uma arma para derrotar oDragão. Vejam.»Disse mostrando o arco e a flecha.«São tão pequeninos» Respondeu o chefe desconsolado.«Isso é o que vocês pensam»As pessoas observavam e murmuravam:«Ela é tão pequena, não vai conseguir.»

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A princesa não se deixou desencorajar. Subiu à maontanha onde vivia o dragãoe disparou a flecha, que acertou na sua enorme barriga.«Ai, ai, isso dói» berrou o dragão.Então a princesa apróximou-se e ameaçou:«Esta flecha é pequena, por isso a tua dor é pequenina mas se continuaresa maltratar os meus amigosVolto com uma muito maior.»O dragão fugiu a sete pés Decidido a nuncamais aparecer por ali.

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Os habitantes da aldeia gritaram em coro:«VIVA A PRINCESAAH! GRANDE PRINCESA!»

Toda satisfeita com a sua proeza, Catarina retomou a sua viagem.

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Depois de atravessar mais três bosquesduas montanhas e um deserto, chegoua outra aldeia. Como tinha fome decidiu comprar um biscoito com a moeda de Ouro mas ninguém tinha nada para comerUm bruxo lançou um feitiço às sacas de Farinha. Ninguém as conseguia abrir,era impossível desatar os nós.

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«Talvez sejam muito apertadaspara as vossas mãos, mas para as minhas não», respondeu a princesa triunfante.

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Com os seus dedos pequeninos

Catarina desatou todos os nós.

Agora o padeiro já podia fazer

pão para toda a aldeia e um

grande biscoito para a princesa,

que retribuiu com a moeda de ouro.

E todos gritaram:

«OH, GRANDE PRINCESA

DESTE DE COMER À ALDEIA

INTEIRA!»

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Catarina meteu outra vez os pés ao caminho e depois de atravessar três bosque,duas montanhas e um deserto, chegou a outra aldeia ameaçadaPor um bando de condores.

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«Todos os dias à tarde, voam até à aldeia e Devoram tudo o que encontram, ninguém se atreve a expulsá-los da montanha»Contaram os habitantes. «Vou eu» decidiu a princesa. «Com esse tamanhinho?» Duvidaram eles.

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Sem lhes prestar atenção, Catarina partiu para a montanha. Mas enquanto trepava pensava: «Ai , ai o que é que eu vou fazer?»Ao chegar tirou do saco o espelho e aproximou-o do chefe dos condores, este ao ver a sua imagem reflectida no espelho e ao ver como era feioso,ficou tão assustado que desatou a voar. E os outros foram atrás dele, jurandonunca mais voltar.Lá em baixo ao verem os condores voarpara longe gritaram.«AH, GRANDE PRINCESALIVRASTE-NOS DAQUELES MONSTROS»

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No topo da montanha a princesasentiu-se sózinha e um poucoperdida. Foi então que se lembrou dos caramelos que a rainha avó lhe tinha dado.Comeu um, mas um só não chegava. Então tirou o segundo mas ainda não erasuficiente, então tirou o terceiroe enquanto chupava o caramelo começou a sentir-se melhor.

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Ajeitou a coroa na cabeça e voltou a partir, desta vez para casa.

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De novo atravessou desertos, montanhas e bosques. Ao todo, três desertos, seis montanhas e nove bosques.Enquanto passava pelas aldeias que ajudara não parava de ouvir:«Ah, grande Princesa! Que viva a nossa Princesa»

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Quando a princesinha entrou no castelo , foi recebida com gritos de alegria“Viva a Grande Pincesinha!”

“É mais valente que 100 cavaleiros!”

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De uma das janelas do palácio a avóacenou-lhe comovida.

«É ainda mais corajosa do que o avô»pensou para si própria.

«Porque ir à guerra há muitos que têm que ir, mas ser

grande e pequenina ao mesmo tempo,

é coisa mais complicada de conseguir.»

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FIM