Princípios cirúrgicos e manobras fundamentais 2013

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Prof. Ms. Guilherme T. C. Terra

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Princípios cirúrgicos e manobras fundamentais 2013

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Indicações

Comprometimento dos tecidos de sustentação;

Comprometimento da estrutura dental;

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Comprometimento dos tecidos de sustentação

Lesão de furca.

Reabsoção óssea severa.

Mobilidade dental.

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Comprometimento da estrutura dental Fratura intratável.

Comprometimento por cárie.

Incluso e supranumerário em região de interesse de instalação de implantes.

Decíduos.

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Indicações atípicas

Quando a única possibilidade de instalação dos implantes for onde se têm dentes em boa situação.

Quando o elemento está atrapalhando a confecção da prótese ideal ou planejada.

Segundos e Terceiros molares que não terão oclusão na futura prótese;

Indicações ortodônticas.

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Contra-indicações gerais

Patologias cardíacas e P.A. alterada;

Diabéticos não compensados;

Deficiência de Fatores de coagulação;

Infecções sistêmicas;

Gestantes (Principalmente 1º e 3º Trimestre);

Lactante;

Período menstrual (Risco de anemia);

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Contra-indicações locais

Inflamações e edemas (Dificuldade com a anestesia);

Infecções locais;

Trismo;

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Tempo de sangria: 1,5 a 3 minutos.

Tempo de coagulação: 3,5 a 5 minutos.

P.A. alterada pode levar a um aumento no tempo de sangria e no volume de sangria.

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Manobras cirúrgicas fundamentais

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Manobras fundamentais

Diérese;

Exérese;

Síntese ;

Hemostasia;

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Diérese

Incisão: Corte do tecido.

Divulsão: Separação sem corte

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Requisitos básicos de uma incisão

Traço único em 45° (Distal para mesial – Apical para cervical).

Apoio em tecido ósseo sadio.

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Requisitos básicos de uma incisão

Amplitude, possibilitando visibilidade ao campo operatório e menor trauma tecidual no afastamento.

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Requisitos básicos de uma incisão

Base ampla

Irrigação do retalho

Base do retalho (X) deve ser o maior que a altura do retalho (Y)

Idealmente X=2Y

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Requisitos básicos de uma incisão

Maximizar o suprimento sanguíneo

De onde vem e por onde vem o aporte sanguíneo

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Requisitos básicos de uma incisão

As margens do retalho, devem repousar sobre tecido ósseo sadio, no momento da sutura

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Tipos de incisão

Retilíneas;

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Tipos de incisão

Envelope;

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Tipos de incisão

Em arco:

Concavidade para apical - Partsch

Concavidade para cervical - Pichler

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Tipos de incisão

Trapezoidais:

Wasmund – Gengiva inserida e livre.

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Tipos de incisão Trapezoidais:

Neumann – Gengiva inserida, livre e papila dental com 1 relaxante.

Neumann modificada – Gengiva inserida, livre e papila dental com 2 relaxantes.

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Divulsão

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Afastamento

Os afastadores devem sempre estar apoiados em osso.

O retalho não deve estar tencionado e/ou isquêmico.

Quanto menor o trauma aos tecidos gengivais melhor é a reparação tecidual.

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Exérese

Osteotomia (Desgaste ósseo).

Ostectomia (Remoção de fragmento ósseo).

Curetagem.

Avulsão (via alveolar e via não alveolar).

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Síntese

Sutura;

Tamponamento;

Drenagem;

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Reparo tecidual do alvéolo Reparo ósseo alveolar

Conjunto de reações teciduais desencadeadas no interior do alvéolo após a exodontia, com o objetivo do seu preenchimento ósseo.

Muito semelhante à sequencia de respostas reparacionais do restante do organismo, porém com algumas particularidades.

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Fases do processo de reparo

Proliferação Celular

Desenvolvimento do Tecido Conjuntivo;

Maturação do Tecido Conjuntivo;

Diferenciação óssea ou Mineralização.

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Fase de desenvolvimento do tecido conjuntivo

Grande quantidade de fibroblastos e capilares neoformados;

Síntese de fibras colágenas e substância fundamental.

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Fase de maturação do tecido conjuntivo

Caracterizada pelo aumento de fibras colágenas e diminuição do número de células e de vasos sanguíneos.

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Fase de diferenciação óssea ou mineralização Deposição de matriz osteóide por osteoblastos nas

proximidades das paredes alveolares, principalmente onde há restos de ligamento periodontal;

Processo Concêntrico

Formação das trabéculas ósseas primárias

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Fase de diferenciação óssea ou mineralização Por volta do 7º dia inicia-se a formação óssea

Por volta do 40º dia cerca de 2/3 do alvéolo já estão preenchidos

por trabéculas ósseas

Por volta do 64º dia o alvéolo já se encontra totalmente preenchido por tecido ósseo neoformado e com a crista alveolar remodelada.

A epitelização do alvéolo já é notada no 4º dia e a oclusão completa do alvéolo se dá por volta do 24º ao 35º dia pós-operatório

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Fase de diferenciação óssea ou mineralização

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Reparo tecidual do alvéolo

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Reparo tecidual do alvéolo

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Cicatrização das feridas

O cirurgião pode criar condições que favoreçam ou atrapalhem o processo natural de reparação das feridas cirúrgicas.

A adesão aos princípios cirúrgicos favorece a cicatrização ideal restabelecendo a função do tecido lesado.

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Fatores prejudiciais

Três fatores principais podem ser prejudiciais no processo de cicatrização:

Corpos estranhos;

Tecido necrótico;

Isquemia;

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Corpo estranho

Pode desencadear uma reação inflamatória, prejudicando a reparação tecidual.

Qualquer coisa que não faça parte dos tecidos e do processo de cicatrização.

Fragmentos ósseos e/ou dentários, fragmentos de instrumentos, detritos, etc...

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Tecido necrótico

Serve como barreira para o crescimento das células reparadoras.

O estágio inflamatório é prolongado.

Nicho de proteção das bactérias.

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Isquemia Risco de infecção;

Diminuição do aporte sanguíneo ideal.

Risco de necrose tecidual;

Suturas muito apertadas.

Retalhos mal planejados.

Pressão externa sobre a ferida.

Próteses mal adaptadas.

Pressão interna na ferida.

Hematoma.

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Tipos de cicatrização

Cicatrização por primeira intenção.

Cicatrização por segunda intenção.

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Cicatrização por 1ª intenção Quando há coaptação dos bordos da ferida.

Ocorre mais rapidamente.

Menor quantidade de reepitelização.

Menor risco de infecção.

Menor cicatriz.

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Cicatrização por 2ª intenção Quando não há coaptação dos bordos da ferida.

Ocorre mais lentamente.

Maior quantidade de reepitelização.

Maior risco de infecção.

Maior cicatriz.

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Instrumentos utilizados em exodontia

Instrumentos de Exérese:

Elevadores;

Fórceps;

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Elevadores

Alavanca é o movimento feito para a remoção do elemento.

Funções:

Luxação, rompendo as fibras do ligamento periodontal e expandindo cortical óssea.

Remover as raízes fraturadas ou seccionadas cirurgicamente.

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Elevadores Composto de três partes:

Cabo: Porção para apreensão do

instrumento.

Haste: Transmite a força realizada no cabo à ponta ativa.

Ponta ativa (Lâmina): Parte onde será colocada entre o dente a ser removido e o osso sadio adjacente. Onde a força será despendida.

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Tipos de elevadores

Apical reto (ponta ativa em formato de cunha).

Seldin Reta.

Seldin angulados.

Potts (angulada com ponta ativa em formato de colher)

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Elevador apical reto

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Jogo de elevadores Seldin

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Elevador Potts

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Fórceps Deve ter o cabo estriado e boa

apreensão.

O fórceps a a ser utilizado dependerá de seu formato e da anatomia do colo do dente a ser removido.

Dividido em três partes: Cabo, articulação e ponta ativa.

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Partes de um Fórceps

Cabo: Deve ser estriado para não escorregar e ter boa apreensão. Onde a força é realizada.

Articulação.

Ponta ativa: Dependendo de seu formato será a indicação de seu uso. Encaixa-se no colo do dente.

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Fórceps Maxilares

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Fórceps nº 150

Para pré-molares, Caninos e incisivos maxilares.

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Fórceps nº 18R e 18L

Para Molares maxilares.

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Fórceps nº 65

Para raízes residuais ou raízes seccionadas cirurgicamente.

Pode ser utilizado em qualquer região.

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Fórceps Mandibulares

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Fórceps nº 151

Incisivos, Caninos e pré-molares mandibulares

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Fórceps nº 17

Molares mandibulares

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Fórceps nº 16

Molares inferiores com comprometimento de furca periodontal.

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Fórceps nº 65

Para raízes residuais ou raízes seccionadas cirurgicamente.

Pode ser utilizado em qualquer região.

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Princípios mecânicos

Alavanca: Pequena força transforma-se em grande movimento. Realizado com o uso de elevadores.

Cunha: Ponta ativa do instrumento toma o lugar do dente, fazendo o movimento de cunha. Realizado com o uso de fórceps e elevadores.

Roda e eixo: Elevadores apoiando em osso sadio e dente a ser removido. Fazer movimento de rotação.

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Principais movimentos do Fórceps

Pressão apical: Rompe as fibras da região apical do ligamento periodontal.

Pressão vestíbulo-lingual: expansão das corticais por pressão firme, controlada e de velocidade lenta.

Rotação somente em pré-molares inferior.

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Exodontia simples

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Avaliação clínica

Acesso ao dente (Abertura bucal).

Condições periodontais.

Condições da coroa clínica.

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Exame radiográfico

Proximidade com estruturas nobres.

Condição óssea adjacente.

Configuração das raízes:

Presença de hipercementose, anquilose, dilaceração radicular, número de raízes, etc...

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Etapas de uma exodontia simples

Sindesmotomia: Liberação do tecido gengival.

Luxação lateral: Com elevadores apoiado sempre em osso sadio. Nunca em dente que não será extraído.

Luxação apical e lateral: Pressão apical e movimentos vestíbulo-lingual com fórceps.

Avulsão via alveolar do elemento.

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Cuidados trans-operatórios

Curetagem (se necessário).

Limagem (remoção de espículas ósseas).

Manobra de Chompret: reposiciona as paredes alveolares.

Tamponamento com gaze.

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Papel da mão oposta Afastar bochechas, lábios e língua: Melhor visualização do

capo operatório.

Suporte e estabilização da mandíbula do paciente: Evitar luxação condilar.

Apoio do processo alveolar: evitar fratura das tábuas ósseas.

Proteger os outros dentes dos instrumentos.

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Papel do assistente

Mesmo papel da mão oposta do operador.

Sucção de fluídos e soluções irrigatórias.

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Técnicas auxiliares a exodontia

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Com a idade os ossos vão ficando cada vez mais com maior conteúdo mineral.

É mais fácil fraturar uma raiz, durante a exodontia, de um idoso do que de uma criança.

Quando ocorre uma fratura radicular ou se não é possível realizar a exodontia por via alveolar (curvatura de raízes , hipercementose, etc...) temos de lançar mão de técnicas auxiliares.

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Odontosecção

Visa diminuir a resistência na remoção do dente.

Separar as raízes. Evitar fratura radicular e das tábuas ósseas.

Realizar com alta rotação fresas diamantadas ou laminadas.

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“Divida o dente, preserve o paciente”

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Exodontia via não-alveolar

Fraturas radiculares;

Cárie radicular acentuada;

Hipercementose;

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Exodontia via não-alveolar

Para a preservação do osso, visando uma futura

instalação de implantes, tenta-se abrir uma janela mais

apical e remover as raízes ou fragmentos, preservando

a porção mais cervical da tábua óssea vestibular.

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