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Princípios de Boas Práticas de Laboratório da

OCDE

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Resumo

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Nota Histórica

1973 • Surgem pela primeira vez em texto legislativo, na Nova Zelândia e na Dinamarca, com o objetivo de

melhorar e credibilizar a prática laboratorial no domínio da investigação e desenvolvimento

1976 • Primeira legislação com verdadeiro impacte internacional, com origem nos EUA, apresentada pela

FDA, tendo sido estabelecidas as regras para os estudos de conceção e ensaio de um produto

1981 • Foram, pela primeira vez, enunciados os princípios das BPL, pelo Conselho da OCDE

1986 • Foram, pela primeira vez, transpostos os princípios das BPL pela CE, através da Diretiva 87/18/CEE

1990 •Em Portugal, os princípios BPL foram pela primeira vez transpostos para o direito nacional através

da portaria 1070/90, de 24 de outubro

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As BPL formam um sistema que visa a qualidade aplicada ao processo organizativo e às condições sob as quais estudos não clínicos de segurança e dos efeitos sobre o Homem, o animal e o ambiente de uma nova substância química são:

- Planeados

- Realizados

- Controlados

- Registados

- Objeto de relatório

- Arquivados

O que são as BPL

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Âmbito e aplicação

Aplicam-se aos ensaios não clínicos de segurança para estudo de substâncias que entram na composição de:

- Produtos químicos industriais

- Produtos de proteção das plantas

- Produtos farmacêuticos

- Medicamentos veterinários

- Aditivos alimentares

- Cosméticos

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Âmbito e aplicação

Estudos não clínicos de segurança, destinam-se a ser submetidos às Autoridades Regulamentares, de acordo com o requerido pela legislação, para o registo ou licenciamento de produtos químicos e de produtos farmacêuticos.

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Âmbito e aplicação

Podem incluir trabalhos realizados em:

- Laboratórios

- Estufas

- Campo

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Objetivos

Promover o desenvolvimento de dados e resultados com qualidade

Aumentar o nível de proteção da saúde humana e do ambiente

Diminuir investimentos

Constituir uma garantia da qualidade de dados e resultados

Evitar a repetição de experiências

Reduzir a utilização de cobaias animais

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Legislação Decreto-Lei nº 95/2000 de 23 de Maio – este diploma contém os procedimentos orientadores para a condução das inspeções, com vista à verificação do cumprimento das boas práticas de laboratório.

Diretiva 2004/9/CE

Decreto-Lei nº 99/2000 de 30 de Maio – este diploma estabelece as regras respeitantes à aplicação dos princípios das boas práticas de laboratório.

Diretiva 2004/10/CE

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IPQ foi designado a autoridade nacional de acompanhamento na realização de ensaios não clínicos e de estudos laboratoriais sobre substâncias químicas.

Fez o primeiro reconhecimento em 1993.

IPQ Autoridade Nacional de Acompanhamento

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Programa Nacional de Acompanhamento de BPL

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Entidades reconhecidas Bayer CropScience (Portugal)

Eurofins Agroscience Services SL, Portugal

Laboratório Físico-Químico SAPEC Agro, S.A

Laboratório de Microbiologia e Biologia Celular da SAPEC Agro, S.A

Laboratório de Resíduos SAPEC Agro, S.A

PROMOVERT CROP SERVICES, S.L. Sucursal em Portugal

Syntech Research Portugal – Agroquishal – Estudos e Investigação Agrícola, Lda

Unidade de Ensaios de Resíduos SAPEC Agro, S.A

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Definição dos termos

Termos relacionados com a organização das instalações de ensaio

Instalação de ensaio

Local de ensaio

Administração da instalação de ensaio

Administração do local de ensaio

Patrocinador

Diretor de Estudo (DE)

Investigador Principal (IP)

Programa de garantia da qualidade (PGQ)

Procedimentos habituais de funcionamento (PHF)

Plano Mestre

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Termos relacionados com os estudos não clínicos de segurança para a saúde e para o ambiente

Estudo não clínico de segurança para a saúde e o ambiente

Estudo de curta duração

Plano de Estudo

Alteração ao plano de estudo

Desvio ao plano de estudo

Sistema de ensaio

Dados em bruto

Espécime

Datas de inicio e conclusão do processo experimental

Datas de inicio e conclusão do Estudo

Definição dos termos

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Termos relacionados com substância em estudo

Substância para estudo

Substância de referência

Lote

Veículo

Definição dos termos

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Patrocinador

AIE

GQ

Arquivo

DE

IP

PE

Instalação de Ensaio

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Princípios de BPL da OCDE Organização e pessoal da instalação de ensaio

Programa de garantia da qualidade (UGQ)

Instalações

Equipamentos, materiais e reagentes

Sistemas de ensaio

Substâncias para estudo e de referência

Procedimentos habituais de funcionamento

Execução do estudo

Elaboração de relatórios do estudo

Armazenamento e conservação de registos e materiais

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Organização e pessoal da instalação de ensaio

Responsabilidades da administração da

instalação de ensaio (AIE)

A administração da instalação de ensaio deve garantir que os princípios de boas práticas de laboratório sejam cumpridos

Garantir a existência de uma declaração que identifique a(s) pessoa(s) da instalação de ensaio com responsabilidades de administração

Garantir a disponibilidade de um número suficiente de pessoal qualificado, bem como de instalações, equipamentos e materiais adequados

Aprovar todos os procedimentos habituais de funcionamento (PHF). Garantir o cumprimento de procedimentos habituais de funcionamento válidos do ponto de vista técnico

Garantir a existência de um programa de garantia de qualidade (PGQ) com pessoal devidamente designado

Garantir a designação, antes do início de cada estudo, de uma pessoa com formação e experiência adequadas para exercer as funções de diretor do estudo

Garantir, no caso de um estudo realizado em vários locais, a designação, se necessário, de um investigador principal

Garantir a aprovação devidamente documentada do plano de estudo pelo diretor do estudo e que este dá conhecimento do plano de estudo aprovado ao pessoal de garantia da qualidade

Garantir a nomeação de um responsável pela gestão de arquivo

Garantir a elaboração e manutenção de um plano mestre

Garantir, no caso de um estudo plurilocal, a existência de linhas claras de comunicação entre o diretor do estudo, o(s) investigador(es) principal(is), o(s) programa(s) de garantia de qualidade e o pessoal do estudo

Garantir que as substâncias para estudo e de referência estão adequadamente caracterizadas

Estabelecer procedimentos para garantir que os sistemas informatizados sejam adequados ao fim a que se destinam e que sejam validados, utilizados e mantidos de acordo com os princípios de BPL

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Organização e pessoal da instalação de ensaio

Responsabilidades do Diretor de Estudo (DE)

O diretor de estudo é responsável pela execução global do estudo e pela elaboração do relatório final

Aprovar o plano de estudo e quaisquer alterações ao mesmo através de assinatura e data

Garantir que o pessoal de garantia da qualidade e o pessoal envolvido no estudo disponham, em tempo útil, de uma cópia do plano de estudo e de quaisquer alterações introduzidas

Garantir que o plano de estudo e o relatório final de um estudo realizado em vários locais (plurilocal) identifiquem e definam o papel de todos os investigadores principais

Garantir que todos os dados em bruto gerados se encontrem documentados e integralmente registados

Garantir que os sistemas informatizados utilizados no estudo foram validados

Assinar e datar o relatório final pois é responsável pela validação dos dados e para indicar em que medida o estudo obedece aos princípios de BPL

Garantir que o plano do estudo, o relatório final, os dados em bruto e o material de apoio sejam arquivados após a conclusão do estudo

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Organização e pessoal da instalação de ensaio

Responsabilidades do Investigador Principal (IP)

Deve garantir que as fases delegadas do estudo sejam realizadas de acordo com os princípios de boas práticas de laboratório

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Organização e pessoal da instalação de ensaio

Responsabilidades do Pessoal do Estudo

Deve possuir os conhecimentos necessários sobre os princípios de boas práticas de laboratório

É responsável pelo cumprimento das instruções constantes no plano de estudo e nos procedimentos habituais de funcionamento aplicáveis

É responsável pelo registo imediato e preciso dos dados em bruto, bem como pela qualidade desses dados de acordo com os princípios de BPL

Deve observar as precauções necessárias a fim de minimizar os riscos para a sua saúde e de garantir a integridade do estudo.

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Programa de garantia da qualidade

• A IE deve ter um programa de garantia da qualidade destinado a assegurar que os estudos realizados estão em conformidade com as BPL.

• O programa de garantia da qualidade deve ser executado por uma ou várias pessoas designadas pela AIE.

• A garantia da qualidade não pode estar envolvida na execução do estudo em questão.

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Programa de garantia da qualidade

Responsabilidades do Pessoal de Garantia da

Qualidade

Manter cópias de todos os planos de estudo aprovados e de todos os PHF utilizados na instalação de ensaio, bem como ter acesso a uma cópia atualizada do plano mestre

Verificar o plano de estudo no que respeita às informações exigidas para cumprimento das BPL

Efetuar inspeções a fim de se determinar se todos os estudos são realizados de acordo com as BPL. - Inspeções ao estudo - Inspeções às instalações - Inspeções aos procedimentos

Inspecionar os relatórios finais

Comunicar, por escrito, os resultados da inspeção à AIE e ao diretor do estudo, bem como ao(s) investigador(es) principal(is)

Emitir uma Declaração, a incluir no relatório final: - confirmando que o relatório final reflete os dados em bruto; - os tipos de inspeções e datas (fases do estudo); - as datas em que os resultados da inspeção foram comunicados à AIE e ao DE.

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Instalações

• A localização, construção e dimensão da instalação de ensaio devem satisfazer os requisitos do estudo e minimizar quaisquer perturbações que possam interferir com a validade do mesmo.

• A conceção da instalação de ensaio deve proporcionar um nível adequado de separação das diferentes atividades, de modo a garantir a boa execução de cada estudo.

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Instalações

• Instalação de ensaio deve ter um número suficiente de salas ou áreas para garantir o isolamento dos sistemas de ensaio e o isolamento dos projetos individuais que envolvam substâncias ou organismos que apresentem riscos biológicos conhecidos.

• As salas ou áreas de armazenamento devem estar

separadas das áreas ou salas que contenham os sistemas de ensaio e devem proporcionar uma proteção adequada contra infestações, contaminações e ou deteriorações.

Instalações dos sistemas de ensaio

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Instalações

• Para evitar contaminações ou misturas, deverá haver salas ou áreas separadas para a receção e armazenamento das substâncias para estudo e de referência, bem como para a mistura das substâncias para estudo com um veículo.

• As salas ou áreas de armazenamento devem estar separadas das áreas ou salas que contenham os sistemas de ensaio.

Instalações para manuseamento (das substâncias para estudo e de referência)

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Instalações

As instalações de arquivo disponibilizadas devem garantir a segurança do armazenamento e possibilitar a recuperação dos planos de estudo, dados em bruto, relatórios finais, amostras das substâncias e espécimes estudados.

Instalações de arquivo

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Instalações

Eliminação de resíduos

O manuseamento e a eliminação de resíduos devem processar-se de forma a: - não pôr em risco a integridade dos

estudos; - existência de instalações adequadas

para a recolha, armazenamento e eliminação;

- existência de procedimentos para descontaminação e transporte.

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Equipamentos, materiais e reagentes

Os equipamentos e aparelhos, incluindo sistemas informatizados validados, utilizados para gerar, armazenar e recuperar dados, bem como para controlar os fatores ambientais relevantes para o estudo, devem estar adequadamente localizados e ter uma conceção e capacidade adequadas.

Os aparelhos utilizados num estudo devem ser periodicamente inspecionados, limpos, mantidos e calibrados de acordo com os PHF. A calibração deve, quando possível, ser rastreável a padrões nacionais ou internacionais de medição.

Os produtos químicos, reagentes e soluções devem estar rotulados de forma a indicar a sua identidade, prazo de validade e instruções específicas para armazenamento.

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Sistemas de ensaio

• Os aparelhos utilizados para gerar dados físicos/ químicos devem estar adequadamente localizados e ter uma conceção e capacidade adequadas.

• Deve garantir-se a integridade dos sistemas de ensaio físicos/químicos.

Físico/químicos

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Sistemas de ensaio

• Devem ser criadas e mantidas condições adequadas de armazenamento, acomodação, manuseamento e de cuidados a ter com os sistemas de ensaio biológicos, a fim de garantir a qualidade dos dados.

• Durante a sua utilização, os recipientes ou áreas de acomodação dos sistemas de ensaio devem ser limpos e desinfetados com a frequência adequada.

• Os sistemas de ensaio utilizados em estudo de campo devem estar localizados de forma a evitar interferências no estudo decorrentes do arrastamento de pulverizações e de aplicações anteriores de pesticidas.

Biológicos

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Substâncias para estudo e de referência

• Registos que indiquem a caracterização, data de receção, prazo de validade, quantidades recebidas e utilizadas no estudo das substâncias para estudo e de referência.

• Procedimentos para manuseamento, recolha de amostras e armazenamento.

• Recipientes para armazenamento com a identificação, o prazo de validade e instruções específicas para armazenamento.

Receção, manuseamento, amostragem e armazenamento

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Substâncias para estudo e de referência

• Devem ser identificadas de forma adequada (CAS* e/ou parâmetros biológicos).

• Quando fornecidas pelo patrocinador deve haver verificação da identidade.

• A estabilidade das substâncias para estudo deve ser estabelecida em condições de ensaio e armazenamento.

• Deve ser conservada uma amostra de cada substância para fins analíticos, a exceção é para estudos de curta duração.

Caracterização

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Procedimentos habituais de funcionamento

• As IE devem ter os PHF, devidamente aprovados pela respetiva administração, destinados a garantir a qualidade e integridade dos dados gerados. As revisões dos PHF devem ser aprovadas pela AIE.

• Para cada unidade ou área da IE devem estar sempre disponíveis os PHF relevantes para as atividades executadas.

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Procedimentos habituais de funcionamento

Na instalação de ensaio devem existir PHF para as atividades:

• Substâncias para estudo e de referência— receção, identificação, rotulagem, recolha de amostras e armazenamento;

• Equipamentos — utilização, manutenção, limpeza e calibração;

• Sistemas informatizados—validação, operação, manutenção, segurança, controlo das alterações e cópias de segurança;

• Materiais, reagentes e soluções—preparação e rotulagem;

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Procedimentos habituais de funcionamento

Na instalação de ensaio devem existir PHF para as atividades:

• Conservação de registos, elaboração de relatórios, armazenamento e recuperação—codificação dos estudos, recolha de dados, preparação de relatórios, sistemas de indexação, tratamento dos dados, incluindo o uso de sistemas informatizados;

• Sistema de ensaio - Preparação das salas e condições ambientais; Procedimentos para receção, caracterização, Identificação; Preparação dos sistemas de ensaio antes, durante e no fim do estudo;

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Procedimentos habituais de funcionamento

Na instalação de ensaio devem existir PHF para as atividades:

Procedimentos da garantia da qualidade — atividade do pessoal de garantia da qualidade no planeamento, calendarização, execução, documentação e elaboração de relatórios das inspeções.

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Execução do estudo

• O plano de estudo deve ser aprovado através de assinatura e data do DE e verificado quanto à sua conformidade com as BPL pelo pessoal de garantia da qualidade.

• O PE deve também ser aprovado pela AIE.

• As alterações ao PE devem ser justificadas e aprovadas pelo DE.

• O DE e ou o(s) IP devem descrever, explicar, tomar conhecimento e datar atempadamente os desvios ao PE.

Plano de Estudo

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Execução do estudo

• Identificação do estudo, da substância para estudo e da substância de referência;

• Informações relativas ao patrocinador e à IE;

• Datas;

• Métodos de ensaio—referência às orientações técnicas para ensaios da OCDE ou a outros métodos a utilizar;

• Registos—lista de registos a conservar.

Conteúdo do Plano de Estudo

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Execução do estudo

• Cada estudo deve ter uma identificação inequívoca.

• O estudo deve ser realizado de acordo com o PE.

• Todos os dados gerados durante a realização do estudo devem ser registados, de forma imediata, pela pessoa que obtem os dados.

• Quaisquer alterações aos dados em bruto devem ser datadas e assinadas pela pessoa que introduz a alteração.

• Dados de computador identificados, com datas de entrada, pessoa responsável, forma de retenção de dados originais para permitir a consulta.

Realização do Estudo

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Elaboração de relatórios do estudo

• Deve ser preparado um relatório final para cada estudo.

• Os relatórios dos IP deverão ser assinados e datados pelos mesmos.

• O relatório final deve ser assinado e datado pelo DE, para efeitos de assunção da responsabilidade pela validade dos dados. Deve ser indicado o nível de conformidade com os princípios de BPL.

• As alterações devem especificar claramente a razão das correções ou aditamentos e devem ser assinadas e datadas pelo DE.

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Elaboração de relatórios do estudo

Conteúdo do relatório final

• Identificação do estudo, substância para estudo e substancia de referência;

• Informações relativas ao Patrocinador e à IE; • Datas de início e conclusão do processo experimental; • Declaração da GQ com tipos de inspeções e datas das

informações à ADM, DE e IP; • Descrição dos materiais e métodos de ensaio; • Resumo, avaliação e discussão dos resultados; • Armazenamento local(is) em que são mantidos o PE,

as amostras das substâncias para estudo e de referência, os dados em bruto e o relatório final.

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Armazenamento e conservação de registos e materiais

Os seguintes elementos devem ser retidos nos arquivos durante o período fixado pelas autoridades competentes: - Plano de estudo, dados em bruto, amostras dos espécimes e das substâncias para estudo e de referência e relatório final de cada estudo; - Registos de todas as inspeções efetuadas pelo programa de garantia da qualidade, bem como dos planos mestre; - Registos das habilitações, formação, experiência do pessoal e descrição das respetivas funções;

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Armazenamento e conservação de registos e materiais

Os seguintes elementos devem ser retidos nos arquivos durante o período fixado pelas autoridades competentes (cont.): - Registos e relatórios referentes à manutenção e calibração dos aparelhos; - Documentação de validação para sistemas informatizados; - Ficheiro histórico de todos os procedimentos habituais de funcionamento; - Registos de monitorização ambiental.

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Armazenamento e conservação de registos e materiais

• Caso não esteja definido um período de conservação determinado, a eliminação final dos materiais do estudo deve ser documentada.

• Quando forem, por qualquer motivo, eliminadas amostras de espécimes e de substâncias para estudo ou de referência antes de terminado o prazo de conservação exigido, essa eliminação deve ser justificada e documentada.

• As amostras dos espécimes e das substâncias para estudo e de referência devem ser conservadas apenas enquanto for possível avaliar a qualidade da preparação.

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Florbela Dias| DMET| 2017-12-07 46

Armazenamento e conservação de registos e materiais

• Os materiais conservados em arquivo devem ser indexados de forma a facilitar o armazenamento.

• O acesso aos arquivos deve ser limitado ao pessoal devidamente autorizado pela administração. Os movimentos de entrada e saída de materiais nos arquivos devem ser devidamente registados.

• Caso uma instalação de ensaio ou uma instalação de arquivo contratada termine a sua atividade e seja extinta, o arquivo deve ser transferido para os arquivos do(s) patrocinador(es) do(s) estudo(s).

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Florbela Dias| DMET| 2017-12-07 47

Muito Obrigada!