PRISCILA ELAINE DE PAULA CAMARGO A PRO POSTA DOS CICLOS DE...
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PRISCILA ELAINE DE PAULA CAMARGO
A PRO POSTA DOS CICLOS DE APRENDIZAGEM NA REDE MUNICIPAL DEENSINO DE CURITIBA: UM ESTUDO DO I CICLO EM UMA ESCOLA DO ENSINO
FUNDAMENTAL
CURITIBA,2003
PRISCILA ELAINE DE PAULA CAMARGO
A PRO POSTA DOS CICLOS DE APRENDIZAGEM NA REDE MUNICIPAL DEEN SINO DE CURITIBA: UM ESTUDO DO I CICLO EM UMA ESCOLA DO EN SINO
FUNDAMENTAL
Monografia apresentada ao curso dePedagogia como requisito parcial paraobtenyao de grau de Licenciado emPedagogia no Setor de CiemdasHumanas, Letras e Artes da UniversidadeTuiuti do Parana, sob orienta9ao daProfessora Doutora Maria AuxiliadoraCavazotti.
CURITIBA,2003
UniveraidadeTuiuli du Parunu
UNIVERSrDADE TUTUTI DO PARANAFACULDADE DE C1ENCIAS HUMANAS. LETR>\S E ARTES
CURSO DE PEDAGOGIA
TERMO DE APROV A<;:i\O
NOME DO ALUNO: PRlSCILA ELAINE DE PAULA CAMARGO
TiTULO: A PROPOSTA DOS C1CLOS DE APRENDIZAGEM NA REDEMUNICIPAL DE ENSINO DE CURITmA: UM ESTUDO DO I CICLO EM UMA[SCOLA DO ENSINO FUI'H)AMENTAL.
TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROV ADO COMO REQUISITO PARCIAL
PARA A OBTEN<;;AO DO GRAU DE LICENCIADO EM PEDAGOG lA, CURSO DE
PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CtENCIAS HUMAN AS, LETRAS E ARTES. DA
UNIVERSlDADE TUruTI DO PARANA.
DATA:...Q.L; AD I~.
MEDIA: '3 rJ (11"<,)
CURITffiA· PARANA200:'
DedlCo este trabalho em primeiro lugar aminha orientadora, Professora Doutora MariaAuxiliadara Cavazotli, par sua dedica9ao edisponibilidade em auxiliar-me nesta pesquisa.Ao mau asposo James, par seu incentivD,apaio, carinho e paci~ncia.A minha filha Vict6ria. por ser meu orgulho,minha forys, minha VitoriaH!Aos meus pais, Azaury e Nadir e aDs meusirmaos, Camila e Vinicius, pela com preen sao,ajuda, carinho e dedica~o na criayao daminha filha.A Todos, MEU MUlTO OBRIGADA!!!
o OTIMISMO E A ESPERAN~A
"Hoje nao ha razoes para otimismo.
Hoje 56 e possiveller esperan<;a.
EsperanC;8 e 0 oposto do otimismo.
Otimismo e quando, sendo primavera do
lado de fora, nasce a primavera do lado de
dentro. Esperan<;a e quando, sendo seea
absoluta do lado de fora, eontinuam as fontes
a borbulhar dentro do corayao. Camus sabia
o que era esperanc;a. Suas palavras: "E no meio
do inverno eu descobri que dentro de mim
havia urn ver~o invendvel...· Otimismo ealegria a despeito de: coisa
divina. 0 otimismo tern suas raizes na eternidade.
o otimismo se alimenta de grandes coisas.Sam elas, ele morre. A esperanC;B se alimenta
de pequenas coisa. Nas pequenas coisas ela
flare see. Basta-Ihe um morango a beira do
abismo. Hoje, etude 0 que temas ao nos
aproximarmos do secula XXI: morangos abeira do abismo, alegria sem razOes.
A possibilidade da esperan<;a ...•
Rubem Alves
trecho da eroniea sabre Otimismo e a Esperan<;a
publicado no Livro Concerto para Corpo e Alma.
RESUMO
o estudo enfoca os Ciclos de Aprendizagem na rede Municipal de Ensino de Curitiba e
analisa, na perspectiva do professor, a implementaryao da proposta do I Cicio em urna
escola do Ensino Fundamental da Rede, no primeiro quinqu~nio de implanta<;ao(1999-
2003). As muctan98S na organizayao do ensina ciclado, visam a excellmcia na
educa<;aoe a promo<;aoda participa,ao cooperativa de todos no processo de forma<;ao
dos cidadaos. Por Dutro lado, os ciclos sao acusados de ter piorado 0 ens ina. Na
verctade, serviram para expor 0 drama da repetencia e mostrar que a eseDla naD
garante que todos aprendam. No entante, encontra na legislayao educacional 0
respaldo necessaria para sua implanta<;ao, quando prop6e a organizac;::ao das series
iniciais na forma dos ciclos de aprendizagem em lugar da seria9Bo. A metoctologia dapesquisa e qualitativa de natureza interpretativa e utiliza como procedimentos a
observa<;ao direta da atua,ao do professor na sala de aula do I Cido do Ensino
Fundamental bern como seu depoimenta sabre 0 desenvolvimento do trabalho dclado.
A analise das dados coletados toma como referencial de interpretac;a.o autores atuais
da educa9flo brasileira que tern se debruc;.ado sabre a questao. 0 estudo conclui que 0
sistema ciclado preve elementos na sua organizaC;ao pedagogica capazes de promover
a formac;ao de urn individuo dente de seu papel na sociedade, a inclusa.a social dos
alunos que vern experimenlando a repetencia, assegurando a lodos as mesmas
oportunidades de educa<;ao.
SUMARIO
1.lntrodugao 06
2.0 Sistema de Ciclos de Aprendizagem 08
2.1- Propos!a de Implantay:io dos Ciclos na Escola Municipal 11
2.2- 0 Perfil da Escola no Ensino Ciclado 12
2.3- 0 Perfil do Professor no Ensino Ciclado ..
3.0 Ensine Ciclado em duas classes da Escola
Eny Caldeira da RME de Curi!iba 20
...............15
3.1- 0 quanto a pratica do Ensino Ciclado condiz com a Propos!a
de Implan!a<;iio?.. . 23
4. ConsideragOes Finais 25
Referencjas .27
Anexos .. ...................... 31
07
1- INTRODU"Ao
Este trabalho caracteriza analiticamente a implementac;ao da proposta do I
Cicio de Aprendizagem em uma escola do Ensino Fundamental da Rede Municipal de
Curitiba, na pe"'pectiva do professor.
Nesta perspectiva, verifica a efetiva capacitac;~o especifica do professor para 0exercicio da doclmcia no I Ciclo do Ensino Fundamental, pela Rede Municipal de
Ensino de Curitiba. Verifica 0 efetivo apoio pedag6gico oferecido pela Rede Municipal
de Ensino e pela escola ao professor para a reg~ncia do I Cicio. Identifica pr;,ticas de
ensino-aprendizagem adotadas no I Cicio de Ensine, segundo a perspectiva do
professor e identifica como 0 professor tern realizado a avaliac;ao do alune no I Cicio do
Ensino Fundamental.
o sistema de ciclos de aprendizagem exige esforc;o de lodos as envolvidos,
principalmente do professor. E necessaria que a professor invista no alune e acredite
nele. E preciso S8 conscientizar que cada alune tern seu fitmo proprio para aprender,
isto signifiea que a crian9C3que n~o aprendeu tera urn tempo maior para issa acontecer
e nao sera ~castigada" com a reprova9~o, que por sua vez traz insatisfa~o, desanimo e
acarreta em eva sao escolar. Neste sentido, Anisio Teixeira ja dizia em 1.957, ~as
inteligencias que se ajustam ao ensino formal sao as do tipo medio, excessivamente
plastico e passivo. as verdadeiramente capazes sao desencorajados.· Entao ele
propoe ·suspender-se 0 regime de reprova~Oes: (Apud, PRADO, 2003, 40).
A metodologia da pesquisa e qualitativa de natureza interpretativa. Os
instrumentos utilizados para a coleta de dados foram a observaC;8o direta da atua9<3o do
professor em sal a de aula, bern como a realiza~o de uma entrevista semi-estruturada,
com perguntas abertas previa mente definidas. A eseela de Ensino Fundamental da
Rede Municipal foi eseelhida em raz~o da facilidade de aces so da pesquisadora. as
dois professores selecionados sao respectivamente regentes de classe da turma do I e
do II Cicio, porque se pressupOs que ja tenham atuado junto as turmas do processo
completo, correspondente aos dois anos letivQs do I Cido e que freqOentam atualmente
08
o Cicio subsequente, ou seja, 0 II Cicio. Oesta forma, foi passivel investigar asque sloes sistematizadas a respeito da atuar;ao do I Cicio, bem como a avaliayao dos
alunos alualmente sob a doc~ncia do professor do II Cicio.
Tambem com 0 objetivo de melhor equacionar a perspectiva do docente em
rela~o as propostas da Secretaria Municipal de Ensino e sua realizagao, foi analisado
o documento "Projeto de Implanta91lo" do Ensino Ciclado.
09
2- 0 SISTEMA DE CICLOS DE APRENDIZAGEM
A Rede Municipal de Ensino de Curitiba, em conformidade com a LOB 9394/96,
implantou em 1999, 0 ensina ciclado nas suas escolas de Ensino Fundamental.
Segundo 0 Cfonograma de implanta<;aoda proposta "A Escola Municipal e os Ciclos de
Aprendizagem: Proposta de Implanta~~o, 1999", foi previsto que somente as quatro
primeiras series do Ensine Fundamental seriam organizadas na forma ciclada, na
seguinte correspondemcia: Primeira e Segunda series correspondentes ao I Cicio; as
terceiras e quartas series ao II Cicio.
Tambem consta da referida Proposta de Implantac;aoque ao final do primeiro
ana letiva de sua efetivayao seria elaborado urn relat6rio parcial de avaliacyao do
processo de implantayao na Rede Municipal de Ensine como urn todD. E preciseobservar que nem lodas as escolas de Ensine Fundamental se propuseram a realizar a
implantac;ao.
A escola esla passando par urna transformayao decorrente da vida moderna
que sugere a necessidade de urna educayao que contemple a diversidade cultural e
individual dos cidadaos e que tenha como horizonte a constru9llo de aprendizagens
significativas para 0 desenvolvimento do ser humano.
Esta mudanc;a do processo educativo deve ocorrer no cotidiano pedag6gico e
visam principal mente a participayao cooperativa de todos os envolvidos - professores e
gestores educacionais - no processo de formac;~odos cidadaos. Par outro lado, elas
encontram na legislac;ao educacional 0 respaldo necessario para sua implanta~ao.
Segundo 0 artigo 23 da LOB 9394/96:
MA educar;Ao basica podera organizar-se ern series nnuais, periodos semestrais, tidos,illternincia regular de period os de estudos, grupos nao seriados, com base na idade,na compet!ncia e em oulros crilerios, ou par forma diversa da organizat;ijo, sempre queo interesse do processo de aprendizagem assim 0 recomendar". (SOUZA, 1997, 38).
10
Esta proposta de novas formas de organiza~o da seria~o ou ciclos objetiva,
em primeiro lugar, permitir que a aluno tenha urn tempo maior para realizar sua
aprendizagem, respeitando os diferentes rltmos pr6prios de cada urn. Isto significa a
valorizac;ao do desenvolvimento intelectual dentro de uma cultura mais humanizada,
considerando a pessoa como urn todo. Segundo Henri Walton, -e preciso considerar a
pessoa como urn todo. Afetividade, emoc;oes, movimento e espago Fisico S8 encontram
num mesmo plano." (Apud, SANTOS, 2003, 31).
Par Dutro lado, urna vantagem que 0 sistema de cicJos de aprendizagem traz ea extin9-30 da repett!ncia, pois ela causa insatisfa~o com a eseela, desanimo e
diversos sentimentos de inferioridade. EvitaMse tambem a defasagem idade/serie, pois
nos deparamos hoje, par exemplo, com urn aluno de treze, quatorze anos na sala de
outros com idade inferior, completamente desajustado e desestimulado. Segundo
ainda Wallon, uReprovar e sin6nimo de expulsar, negar, excluir. Ou seja, a propria
nega,ao do ensino' (Apud, SANTOS, 2003, 30).
Tambem, de acordo com Vitor Henrique Paro:
~(...) ruim n~o ~ ficar na escola, ~ nAo aprender. Quando se criticam os ciclosargumenlando que e precisa evilar que a jovem passe de ana sem saber, apresenta-seum dos mais importanles argumentos em favor dos cidos. A culpa pela repetencia naoe do aluno, mas da escola, que n~o ensinou" (Apud, PRADO, 2003, 3!i)).
A proposta de ciclos de aprendizagem sugere que os alunos que ingressam no
cicio permane~m juntos sob a responsabilidade do mesmo professor ate a etapa final
do processo. Este sistema traz "dois novas desafios aos professores: reinventar sua
escola como local de trabalho e reinventar a si mesmos como pessoas e membros de
uma profissao, questionando suas praticas pedag6gicas e a organiza~o do trabalho
dentro da institui~o' , segundo Monica Gather Thurler (2001, 18 ).
Estes desafios se referem principal mente ao ato de ensinar, pois 0 professor
deve enxergar-se como parte do processo ensino-aprendizagem e nao mais como pec;.a
fundamental deste.
11
Diante do exposto, faz..,se necessaria a organiza~o de uma proposta de
curriculo integrado. De acordo com Jurjo Torres Santome:
m( ... ) aposlar na interdisciplinaridade significa defender um novo tipo de pessoa, maisaberta, flexivel, .501ktaria, democratica e critic.,. 0 mundo aluat precislI de pessoas comuma forma~o cada vez mais polivalente pam enfrentaf umCl sociedade na qual apalavra mudanca e urn dos vocabulos mais freqUentes e onde 0 futuro tern um gral! deimprevisibilidade como nl/nea em Dutra epoca da hist6ria da humanidade-. (Apud: VISeminMo "Escola Organizada em Ciclos de Aprendizagem; 1999, p. 45).
Finalmenle, uma queslao que vem a lana na queslao da organiza~o do
ensino ciclado e se sua implanla~o represenla melhoria da qualidade do ensino. Nesle
aspecta, algumas pesquisas tenham sa ocupado desta avalia<;ao, demonstrando que
quase nao se verifica mudan98s significativas no ensino ciclado em rela9Bo ao seriado
e tambem ainda nao se comprovou melhoria significativa no desempenho do aluno.
oesta forma, faz·se necessaria investigar sua ador;:ao no sistema municipal de ensino
de Curiliba, no qual se realiza a a~o docenle dos professores que fazem parte do
universe desta pesquisa.
o objelivo no pais e um s6: assegurar a lodos as mesmas oporlunidades de
educa<;iio, evitando a exclus~o social e 0 crescimento do desemprego nas grandes
cidades e no campo. Mais do que nunca, e funyao da esco1a garantir a aquisi9aO dos
conhecimentos basicos e da cidadania, promovendo assim 0 desenvo1vimento
economico e social.
Portanto, a reprovat;Ao significa uma perda economica, urn estigma social, urna
fruslra~o pessoal, um insucesso pedag6gico. E um problema que nilo pode ser
negado, negligenciado ou subeslimado. Ha que enfrenla-Io.
Contudo, pode-s8 observar que todos os envolvidos no processo ensina-
aprendizagem, desde professores e gestores ate a cornunidade, devem remar num
mesmo sentido, para que as objetivos transformem~se em resultados positiv~s.
12
21- PROPOSTA DE IMPLANTAC;;AO DOS CICLOS NA ESCOLA MUNICIPAL
De acordo com a Proposta de Implanta<;iio da Secretaria Municipal da
Educa~o, "a organiz8c;:ao do ensine em ciclos vai garantir a prolongamento do
processo ensino-aprendizagem, sem que haja, como no sistema seriado, urn tempo
determinado rigido para que isso aconteC;:8. Ha 0 alargamento dos tempos de
aprendizagem dos conteudos academicos do aluno, possibilitando urna maior
articula~o entre esses conteudos e a diversidade cultural e individual presente nas
situac;6es de ensino." (1999, 07).
Neste sistema, nao S8 espera 0 fracasso no final do ana leliva daquele aluno
que naG assimilou as conteudos no decorrer do periodo. Quando faz-s8 necessaria, ele
participa de recuperac;:Oes durante 0 processo.
A proposta do ensina em ciclos diferencia-se da atual seria9~o par apresentar
urna abordagem muito mais integral do aluno, pautada no entendimento de que a
desenvolvimento do aluno se da em func;ao da interaryao de elementos biologicos,
psiquicos e sociais que permeiam 0 seu processo de vida,
A Opt;aO pel a organizayao do ensino em ciclos e coerente com 0 que esta
estabelecido na legisla9~o brasileira quanto a igualdade dos direitos dos cidadaos.
"Trata-se de uma a9Bo que combate a exclusao social e desigualdades que, via os altos
indices de evas~o e repetencia registrados na escola, modificara uma cultura escolar
que, paradoxalmente, torna mais distante 0 acesso democratico a educar;:ao e ao
desenvolvimento humano". ( 1999, 08).
Como maior desafio que a nova proposta traz aos educadores e a constrw;:ao
de procedirnentos inovadores que busquem extinc;:ao da evas~o e os altos niveis de
repetfmcia escolar. Isto se deve tambem, segundo alguns professores, 0 mundo ao
red or, que e muito mais atrativo que a sal a de aula.
13
2.2- 0 PERFIL DA ESCOLA NO ENSINO CICLADO
Diante da sociedade de hoje, e necessaria que cada indivfduo seja capaz de
contribuir para conquistar 0 acesso ao conhecimento, que Ihe permite refletir sobre sua
realidade para poder muda-Ia conforme as necessidades. 0 homem, sendo sujeito da
sua propria educar;ao deve promover-se para atuar na sociedade.Gra9<3s a am'llise da sDciedade que 0 homem tara uma conscj~mcjaCfftica para
poder escolher e decidif 0 que acha melhor para sua pr6pria vida, participando como
sujeito ativo na sociedade, na cultura e na historia.
De acordo com Ant6nio Novoa:
MA sociologia da educa~o conslruiu urn conjunto de resposlas consistentes a pergunlasabre 0 modo como a escola produz desigualdades nas aprendizagens escolares,pondo radicalmente em Cilusa as explica¢es baseadas ern falares individuais.Os soci61ogos dos anos selenta prolongaram estas refiexOes, sublinhando que estasdiferenyas entre as crian9Bs que iniciam a escolaridade 56 se transfarmam emdesigualdades devida a estrutur21 e ao rundonamento do sistema educativo:(199g.1S):
Por conta disso e de estudos permanentes sobre a a~o escolar, aponta-se,
em maior ou menor grau, de diferentes maneiras e em diferentes momentos da
dinamica educacional do Municipio de Curitiba, a necessidade de a ac;ao pedagogica:
Considerar os diferentes processos de aprendizagem desenvolvidos
por alunos de uma mesma turma ou idade;
Flexibilizar a organizac;ao do tempo escolar frente as diferen<;:as de
carater individual ou cultural dos alunos;
Redirecionar procedimentos de avaliayao da aprendizagem para que
esse processo se configure num reordenamento constante da a~o
didatica;
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Desenvolver uma reorganiz8c;:ao curricular fumo a efetividade de
ac;ao educativa, tendo como pano de fundo produ¢es cientificas,
quest6es amblentais, 0 movimento social da atuaHdade;
Considerar que op¢es a respeito dos significados culturais postos
em qualquer curricula escolar estao relacionados a formac;:ao de
consciencias e a organiz8c;ao social, que deve estar a servic;:o do
desenvolvimento de seus membros. (Apud: Projeto de Implantac;M
RME Curitiba, 1999, 12).
Ate as anos cinquenta, a Pedagogia esteve fundamental mente centrada nos
alunos, encarados numa 6tica individual. A componente central da intervenyao
educativa era, no entanto, 0 individuo-aluno na sua tripla dimensao: cognitiva, afetiva e
motora.
"Atualmente a escola e encarada como uma instituic;ao dotada de uma
autonomi8 relativa, como urn territorio intermedio de decisao no dominic educativD, que
nao se limita a reproduzir as normas e as valores do -macro-sistema", mas que tarn bam
n~o pode ser exclusivamente investida como um ·micro~universo"dependente do jogo
dos atones sociais em presenc;a" (N6voa, 1999, 20).
A educac;ao escolar e func;ao e daver do Estado e tem como dever que cada
individuo possa se auto-governar, como ente dotado de liberdade e ser capaz de
participar como cidadao consciente e critico de uma sociedade de pessoas livres e
iguais. Portanto, e necessaria urn conjunto de estrategias que se implementadas de
forma integrada pod em contribuir para a:
Melhona geral da qualidade do ensino;
Viabiliza9aO da universalizac;ao da educa9ao basica;
Garantia de acesso e permanemcia das crian~s em idade propria na
escola;
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Manuten<;lio da regutanza<;lio do fluxo de alunos no que se refere arela<;lio idade-serie. (Apud: Projeto de Implanta<;lio RME Curitiba,
1999,13).
Contudo, aquela educacao, aqueles conteudos ensinados hit anos atres,totalmente desvinculados ao cotidiano, sem sentido para 0 aluno, nao tern mais razao
de existir. Sendo assirn, 0 educando tera plenas condic;6es de viver em sociedade, maisdo que isso, de competir, de vivef e alU8r como urn cidadao critica, responsavel e
consciente de seus direitos e deveres e principalmente do seu papel na sociedade ,da
qual ele faz parte.
Nesta perspectiva, as ciclos de aprendizagem promovem urna educa980 maisampla, pautada na questao que e muito mais importante ensinar para que 0 aluno
compreenda 0 sentido de tudo que aprende e n:3oapenas e simples mente para "passarde ana" Nao podemos mais compactuar e aceitar que a aprendizagem S8 transformeem numeros e seja medida com notas que rotulam 0 "born"e a "mau" aluno.
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2.3- 0 PERFIL DO PROFESSOR NO ENSINO CICLADO
Passamos par urna nova fase na educa9:io, cnde aquele professor que e a
dono da verdade e esta la somente e exclusivamente para ensinar, esta deixando de
existir. Atualmente 0 professor e considerado a mediador entre 0 conhecimento e a
educando, e neste processo a aprendizagem e reciproca, ambos enriquecem seus
conhecimentos.
o encontro na sala de aula permite que todas as experiencias vividas sejam
contadas, e com isso, valorizando a aprendizagem de ambas as partes.
Existe em sala de aula, a necessidade de urn feedback, au seja, 0 professor
lanC;:8a assunto e 0 aluno rebate, demonstrando urn pouco de conhecimento sobre este
assunto. Imagina*se que dentre muito em breve, a forma9:io mutua progredira, assim
que vencidas barreiras de se trabalhar sob a olhar de urn colega.
E oportuno ressaltar, que, neste momento de reorganizayao da atividade
escolar, e fundamental construir uma nova pn3tica no que diz respeito ao ate de ensinar
e de aprender. Este talvez seja a maior desafio encontrado pelos professores no
sistema de ciclos de aprendizagem, pois tudo muda: os objetivos a serem atingidos, a
avalia9ito, literal mente, a a<;ao dentro da sal a de aula muda.
Para que esta nova pratica ocorra com sucesso, e preciso que todos os
envolvidos neste processo, almejem 0 sucesso e estejam comprometidos com °trabalho pedag6gico.
Segundo Maria Isabel da Cunha, ·0 born professor e aquele em que a rela~iio
professor-aluno passa pelo trato do conteudo de ensino. E fundamental a forma como 0
professor S8 relaciona com a sua pratica e com sua pr6pria area de conhecimento.
Fundamental tambem, eo professor acreditar nas potenciaiidades do aluno, preocupar-
se com sua aprendizagem e com seu nivel de satisfac;ao." (2000, 71).
Contudo, 0 born professor pode ser cronologicamente mais jovem OU mais velho, com
maior au menor experi~mcia didalica.
Sabias sao as palavras de Paulo Freire, quando ele diz que:
17
"Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina 80 aprender.Quem ensine, ensina alouma coisa a alguem." (1996, 25)."0 docente deve refor~r 3 capacidade critica do educando, sua curiosidade,sua inSllbmiss~o." (1996. 28).
o compromisso politico em sala de aula deve estar sempre presente, pois 0
professor nao deve ignorar as saberes dos alunos, principalmente, em relag80 aDs
problemas sociais que estao envolvidos. Deve·se aproveitar estas qU8st6es e discutir
com as alunos a raz~o de ser de alguns desses saberes em relac;ao com a ensina dos
conteudos.
As relac;.6es S8 daD de forma reciproca, 0 comportamento do professor
influencia 0 comportamento do aluno e vice-versa. Surge a empati8, a colocar-se no
lugar do Dutro, leva as professores a reconhecerem que aprendem muito com os
alunos, tanto no senti do de fazer crescer 0 conhecimento que e posta em coletivo
quanto no de aprimoramento das rela¢es entre eles.
E fundamental 0 professor ver significado naquilo que ensina, pois, se nem ele
consegue ver significado no que ensina, 0 que restara para 0 aluno? E os professores
compreenderam que tudo 0 que e prOximo, que e real para 0 aluno tem Significado
maior.
QuestOes referentes a aspectos morais e afetivos como a honestidade, entram
no trato do conhecimento e dos alunos. 0 respeito a pessoa humana e a capacldade de
relacionamento tambem sao importantes. E preciso que 0 futuro professor tenha
consciencla de seu papel na sociedade e que perceba que 0 exemplo e a principal
forma de ensinar.
Urn dos fatores para a sucesso dos ciclos de aprendizagem e dos alunos e a
nocrao de que a aprendizagem e a escolaridade sao processos continuos; 0 saber e 0
objeto da ac;ao pedag6gica; a escola e a principal responsavel por essa tarela e que
esta 56 tern razaa de ser se for orientada para a formac;:ao plena do cidadao.
Com as mudanc;:as que ocorrem na nossa sociedade, as escolas e seus
prolessores tamMm tiveram que se atualizar pais a educac;ao das crian<;as que antes
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cabia aos pais, hoje e dividido com a escola, pois elas ingressam nela cada vez maiscedc, embera os nossos professores nao lanham sido capacitados para essa nova
fun\'Bo.
o livre ~EnsinarAprendendo·, S8 concentra em sua maior parte nesse novopapel da escola em nossa sociedade em que 0 professor participa integralmente da
formac;:aoda escola, abordando a nova relac;ao entre professor-aluno, no qual a 8utor,
Ir;.ami Tiba, faz urna correla~o entre aprender e comer sendo 0 professor 0 mestre
cuca. Neste, ele refere-s8 que aprender e como comer, sendo 0 processo de digestao
dos alimentos semelhante 80 aprendizado, a qual varia de tempo de individuo paraindividuo.
A analogia entre comer e aprender tern cinco eta pas:
• Primeira: ingerir 0 alimenta, no qual equivale a reeeber a informac;ao;
• Segunda: mastigar e digerir sao iguais a decompor essa informa~o para suamelhor compreensao;
• Terceira: absorver e igual a assimilar a informa98o ja compreendida;
• Quarta: a transforma~o do alirnento em energia equivale ao conhecimento;
• Quinta e ultima etapa: a energia acumulada e utilizada para a manuten98a davida e 0 uso do conhecimento se transforma em sabedoria. (TIBA, 1998,13).
Conclui-se entao, que 0 professor atual deve se basear em urn cozinheiro napreparac;ao de suas aulas, pOis estas, com urn born tempera, ou seja, born humor,movimento e bom conteudo, serao mel hares digeridas e absorvidas pel os seus alunos.
Existem porem, algumas dificuldades para chegar a sabedoria, pois 0 aluno
desmotivado pade decidir nao querer aprender e ai fecha suas portas para 0
conhecimento. Par iSso, quanto melhor for a integra~o relacional entre professor-
aluno, maior sera ° desejo deste aprender 0 que nao sabe e come9Br entao aprepara"ao para aprender. 0 professor tem que despertar nos alunos a curiosidade,
estimulando duvidas para que estes queiram respostas, havendo assim, uma for98
mutua de conhecimento. As crian\<ls estao sempre prontas para aprender, ja os
adolescentes querem descobrir as coisas a seu modo, pode-sa dizer que ales na
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adolescimcia, passam por um segundo parto onde deixam enlao a prole9iio dos adullos
a tim de conquis1aremsua independ~ncia sozinhos.
~Ensinar e urn gesto de generosidade, humanidade e humildade."(I<;:AMI TIBA, 1998,16).
Nessa relac;ao professor-aluno, podemos ressaltar que existem diferentes
maneiras desse relacionamento produzir resultados produtivos. Ensinar e urn ge5to de
amor e 0 mestre enquanto ensina aprende junto com 0 aluno exercendo com amor sua
profissao, pois 0 professor que acha que sabe ludo e nada lem a aprender com 0 aluno
nao e urn mestre e, portanto, jamais abrira caminho para seus discipulos chegarem a
sabedoria.
E preciso que os educadores sejam nao meramente professores, que
exercem suas func;Oes como computadores, no qual a aluno estuda apenas para ser
aprovado e nao para enriquecer seus conhecimentos, mas sejam mestres, no sentido
mais rigoroso do termo.~Umaluno formado par um mestre adquira, alem do conhecimento da materia,
a prazer de saber e a prazer de ensinar 0 que sabe tornando 0 mundo mais
humanilario." (ICAMI TIBA, 1998,68).
o sistema educacional brasileiro esta longe do que se apregoa nos discursos
sabre a educayoo e demanda enorme esfor9Q social para que sejam corrigidos as
defeitos, mas isso nao e desculpa para que 0 professor se acomode. Talvez
comec;ando pela maneira de transmitir seus conhecimentos, preparar a aluno para
recebe-Ios como sa fosse urnMaperitivo"para 0 resto do conteudo. 0 professor deve ser
generoso, ouvir os seus alunos e aprender junto com eles, ou seja, "ensinar
aprendendo".
Evitar a -decoreba" e rnudar a tipo de avaliayao ja e urn comet;:0,pais a mesma
e a indigestlflo do aprendizado e este e urn passo para aeabar com esta forma tao
errada de aprender.
20
Alem de informar, a eseola tem a fun<;aode educar, de ensinar a ser cidadao,
de aeabar com 0 vazia deixado pela ausencia de uma a~o educativa. Mas para queessa ll1udan98 seja realizada, lyami Tiba prop6e ua educayao a seis maDS", au seja ,
pai, mae e professor unidos, conseguindo atraves desta uniao uma educa~o maishomogimea e equilibrada (1998, 73). 0 compromisso entao de educar passa a ser de
todos, para isso ser eficaz deve prevalecer uma regra valida para casa e eseela, sendo
assim urn naG pode sabotar 0 Qutro,e entao, poderemos formar verdadeiros cidadaos.Os professores que trabalham nos ciclos naG podem limitar-S8 a empregar
metodos e procedimentos impostos por pessoas que nao fazem parte da sua realidade
de sal a de aula. Para trabalhar em ciclos, 0 professor devera permanentementereinventar suas praticas pedagogicas, bern como a organizayao do trabalho na escola.Trata-s8 de uma nova cultura, que afirme 0 valor da participat;tlo, da abertura e da
flexibilidade.
21
3- 0 ENSINO CICLADO EM DUAS CLASSES DA ESCOLA ENY CALDEIRA DA
REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE CURITIBA
A coleta de dados da pesquisa ocorreu na Escola Municipal Eny Caldeira,
inslitui,.ao mantida pela Prefeitura Municipal de Curitiba, situada a rua Guilherme
Ihlenfeldt, numero 51, bairro Tingui, regiao Norte de Curitiba, Estado do Parana.
Esta escola foi escolhida porque trabalha com as ciclos de aprendizagem
desde 1.999, ou seja, esta no seu quinto ana de implanta,.ao, periodo delimitado,
segundo a proposla da SME, para analise de sua implementa,.ao.
E urna eseela com ampla area construida, bern conservada, pas sui area verde
e duas grandes canchas. A organjza~o e cooperativa entre 0 corpo administrativD, 0
corpo docente e os funcionarios. Atraves de urna conversa informal com a Diretora da
instituiyao, comentou-se que cada setor da eseDla e responsavel par suas taretas. He.um compromisso entre todos os funcionarios, no qual cada um deve responder parsuas obriga¢es, "n~o passando a peteca" para 0 superior. Comentou-se tam bern que,
tudo isso e viavel e passivel porque a eseela adotou uma gestao democratica e
participativa e isso s6 eontribui, porque os professores e funeionarios sentem-se
valorizados.
Este clima de satisfa,.ao tambem envolve os alunos, que gostam de estudar na
escola, par diversos motivos como, a biblioteca, as aulas de informatica, musica na hora
do recreio, entre outros, gostam das professoras e partieipam de diversos projetos
realizados pela eseola
Primeiramente realizou-se como procedimento para obtenyao de dados a
aplica,.ao de um questionario a duas professoras atuantes no I e II cicio,
respeetivamente. A eseolha do questionario ocorreu porque nao houve dispanibilidade
das professaras para realizar uma entrevista com a pesquisadora. A dificuldade
encontrada para a realizat;~oda entrevista ocorreu pelo fato de nao coincidir a dia da
semana de permanEmcia das professoras com as idas da pesquisadora a escola. Vale
22
ressaltar que a recepyao desta escola para com a pesqu;sadora foi muito positiva e
acolhedora.
Os question arias fcram entregues it coordenadora pedag6gica da escola para
que as professoras respondessem e, posteriormente, seriam devolvidos it
pesquisadora.
o primeiro questionario fo; respondida par uma professora farmada em
Pedagogia, que leciona no Ensino Fundamental, ha mais ou menes trinta anos.
Trabalha no Cicio de Aprendizagem ha trlls anos. Sua turma e a segunda etapa do I
Ciclo (correspondente a 2a serie do ensina seriado).
o segundo questionario foi aplicado a uma professora farmada em Hist6ria
Natural. Leciona no Ensino Fundamental hi! vinte e cinco anos e no ensina ciclado ha
tres anos. Este ano, atua na primeira etapa do II Cicio (correspondente a 3' serie do
ens ina seriado).
Com 0 intuito de ampliar e aprofundar a coleta de informac;oes e em razao de
que nao seria vi~wel agendar urn encontro com as professoras respondentes, a
pesquisadora optou por realizar OlItros procedimentos.
Entao, surgiu a necessidade de observaryao em sala de aula, para analisar as
praticas de ensino utilizadas pelas professoras no en sino ciclado.
As professoras afirmam que participam de varies cursos oferecides pela
Secretaria Municipal de Educa<;Ao, nas rnais diferentes areas do conhecimento. Sao
cursos realizados durante 0 ana letivo e tem como objetivo auxiliar no processo ensino-
aprendiza,gem do sistema de ciclos de aprendizagem, uma vez que sua formar;ao
academica nao abordou este sistema.
Elas senlem-se satisfeitas com a participac;l\o da equipe pedag6gica da escola
no processo ensino-aprendizagem. Sao realizadas reuniees, na qual coleta-se
depoimentos das professoras para a discussao e resolu~o de problemas ocorridos no
coiidiano.
Quando necessaria, tambem sao realizadas reunioes pedag6gicas para a
discussao de assuntos como: planejamento das aulas, avaliayao do processo
23
pedagogico, dificuldade de aprendizagem na sal a de aula (neste casa, encaminha·se 0
aluno para as aulas de reforQa), comemorayao de datas festivas, entre Qutros.
Esta professora e regente de turma, ela conta com 0 apoio de uma professora
co-regente, cujo sua principal func;ao e auxiliar os alunos com maior dificuldade de
aprendizado.
Masma com a preseng8 de uma professora auxiliar, S8 houver alunos com
maiores dificuldades de aprendizagem, estes sao encaminhados para aulas de refor~
que ocorre em contra-turno, au seja, S8 0 aluno estuda de manha, estas aulas sao a
tarde. 0 objetivo destas aulas e urn tempo maior para a compreens8o dos conteudos,
sem que as Qutros ealegas, que jil aprenderam, sejam prejudicados.
Quanta ao material didatico utilizado, sao livros distribuidos pelo governa, aU
seja, nao sao livros escolhidos por opc;ao dos professores.
A avaliayao e continua, nao existe urn perfodo pre determinado para que ela
aconte~. Diariamente e em todas as atividades 0 aluno e avaliado. sao utilizados
diversos instrumentos de avalia~o, que sao "aplicados" ao longo do processo e
transformado em parecer descritivo.
Nas nossas observayaes, constatamos que as professoras trabalham muito
com a realidade das crian98s, utilizando-se de exemplos do cotidiano. Trabalham de
forma ludica, au seja, inserindo brincadeiras, dramatizaryoes e musicas aos conteudos
ensinados. As professoras trabalham com situaryoes-problema e apostam muito nos
trabalhos coletivos. Elas acreditam que desta forma todos os alunos conseguem se
expressar, 58 manifestar e conseguem superar desafios com 0 trabalho em equips,
incentivando-os a nao serem tao individualistas. Ensinando-os a pensar que sempre
precisamos uns dos outros.
Constatou-se de forma geral, ou seja, no que se refere as duas professoras
observadas, que a postura que 0 docente possui em sala de aula e diferente da
postura de alguns anos atras. Isto porque 0 professor assume um papel de mediador
entre 0 conhecimento e 0 aluno. 0 aluno nao mais "absorve ou engols" 0
conhecimento, mas constroi, com 0 auxilio e apoio do professor.
24
E. interessante observar que a avaliagao ocorre de forma continua e individual.Mesma que 0 trabalho foi realizado em grupo, 0 professor con segue avaliar
individualmente. Isto porque 0 professor acompanhou intensamente 0 desenvolvimento
da equipe com 0 trabalho propos to.
25
3.1- 0 QUANTO A PRATICA DO ENSINO CICLADO CONDIZ COM A PROPOSTA DE
IMPLANTACAO?
Diante das informac;6es obtidas nas respostas das professoras e nas
observ8r;oes realizadas pela pesquisadora, constatou-se que a tearia e sempre teoria e
que a pratica nem sempre aconteee como manda a teoria.
Uma dificuldade constatada e que, face a fonna de disponibiliza<;ljo de
professores, proposta pela administra<;ljo da Rede Municipal de Ensino, nao ocorre 0
que sugere a proposta de implanta~o dos ciclos de aprendizagem, au seja, um mesma
professor ter a possibilidade de acompanhar as duas etapas do primeiro cicio. A
pro posta inieial seria positiva porque a professor conheceria a fundo os limites de cada
aluno e 0 trabalho renderia melhor. Outro result ado muito importante, e que apos dais
anos letivos a professor trabalharia cada uma das etapas do dclo, e desta forma,
inovaria suas praticas de ensina, uma vez que ja conhece seus alunos, tornando 0
processo mais atrativo, tanto para os alunos quanto para 0 proprio professor.
Uma realizaryllo positive constatada nesta investiga980, que demonstra que 0
sistema de ciclos de aprendizagem apresente resultados, €I 0 investimento que a
Secreta ria Municipal de Educac;ao faz na forma~o continuada dos professores,
promovendo frequentemente cursos de capacita~o para atuar no sistema ciclado, uma
vez que a formac;ao academica nao Ihes possibilitou anteriormente esta formac;ao.
Ainda urn outro aspecto da forma~o dos professores que cabe ressaltar e que
o sistema de ciclos de aprendizagem, embora cada vez mais esteja fazendo parte da
n05sa realidade escolar, no entanto, os curses de formayao inicial de professores,
como e de Peda,gogia, parecem n~o estarem preocupados em formar profissionais
efetivamente capacitados e especializados para atuar neste sistema de organiza<;ljo
pedag6gica.
Quanto ao acompanhamento da equipe pedag6gica da escola junto aos
professores do ensino ciclado observados, constatou-se ser muito positivo.
26
A coordena.,ao pedag6gica 5e faz sempre presente, envolvendo-se em todas as
quest6es pedag6gicas e com 0 trabalho docente, segundo as respostas das duas
professoras
E muito importante 0 modo como a avalia~o do ensina acontec9. Como os
ciclos de aprendizagem t~m urn tempo maior para as alunos aprenderem, a avaliayao
de tempos atras, aquela em que as provas aterrorizavam os alunos. nao se verifiea
mais. Agora a avalia<;ao e continua, quase que diaria, e acontece com todas as
produyoes que os alunos fazem. Nao se utilizam mais notas, agora sao conceitos
atribuidos a compet~ncias e habilidades atingidas pel os alunos. Segundo resposta de
urna professora entrevistada:
·S:Io utilizados diversos i"stru/nentos de avalia9Ao "aplicados- an longo doproces50 e tran!'iformado em parecerdcscritivo."
Quanta aos alunos que apresentam maior dificuldade de aprender, ha urn
professor co-regente que 0 acompanha em sata de aula, e S9 necessaria, este aluno eencaminhado para aulas de refor90 que ocorre em contra-turno.
Cabe ressaltar que durante as observac;:6es realizadas em sala de aula,
(ocorreram tres dias escolhidos aleatoriamente, per aproximadamente, quarenta e cinco
minutos em cada dial n~o havia a presenc;a da professora co-regente na sala de aula
como citado nos depoimentos dos questionarios das professoras. Havia sim,
professoras de outras disciplinas como artes, !iteratura, entre outros.
27
4- CONSIDERA90ES FINAlS
Enlre as muitas horas de pesquisa, praticas e vivencias dedicados a esle
trabalho, conquistei 0 que n~o tern preyo: 0 conhecimento. E ainda posso elencar urn
universo de descobertas adquiridas no decorrer do periodo.
o Sistema de Ciclos de Aprendizagem marca um novo tempo, no que diz
respeito a educa~o do pais. Este sistema e fundamental para conseguirmos formar 0
individuo que almejamos: um cidad~o consciente de seu papel na sociedade, critica,
participativQ e aeirna de tuda, que saiba conviver em grupo.
Ao analisar a implementayao dos aciDs em uma escola municipal, verificamos
que 0 professor esta S8 adaptando com 0 sistema, sentindo-se amparado para
desenvolver da melhor forma 0 seu trabalho, uma vez que he 0 comprometimento de
todos os envolvidos no processo, desde a Secreta ria Municipal de Educayao, os
professores, os funcionarios a equipe pedag6gica ate os pais e a comunidade local.
A nova forma de ensinar, utilizadas pelo professor no Cicio de Aprendizagem
56 contribui para 0 aluno aprender. Quando 0 professor utiliza a UbagagemM que os
alunos trazem de casa, quando 0 professor usa exemplos do catidiana, ensina de forma
ludica, tudo isso faz sentida para 0 aluna, que par sua vez, sente prazer em auvir e
captar 0 que 0 professor ens ina.
A avalia~o do processo de ensino-aprendizagem tambem contribui para a
sucesso dos ciclos, pais 0 professor valoriza todas as produc;6es do aluno, atribuindo
conceitos a competimcias e habilidades adquiridas e nao simples mente notas, que as
vezes, ao realizar uma prova, 0 aluno nao sente-se bem e sua nota e insatisfatoria. Isso
ja acarreta em um desestimulo, uma baixa estima, somando para a insucesso do aluno.
No sistema de cielos, nao espera-se 0 ana todo para a fracasso do aluno, ou
seja, ele nao aprendeu, esta reprovado. A reprova~o nao e 56 culpa do aluno que nao
aprende, mas tambem do professor, que nao ensinou. 0 fato da aianc;a nao reprovar
nao e um agravante. Agora ela tern mais tempo para aprender.
28
De acordo com as propostas pedag6gicas que organizam a escola em cielos, cada fase
de crescimento do aluno possui caracteristicas proprias e cada crianca tern urn ritmo
proprio de aprendizagem. Se ela reprovar, vera seus amigos em outra sala, ficara
alrasada em relaga.o aos seus colegas, tudo isla causa tristeza e insatisfayao do aluno
para com a escola. Futuramente, sera mais uma crian~ nos indices de evasao escolar.
Quando a crian9a avan<;a, a educa~o tamMm avan<;a e ela percebera que Ihe foi dado
uma nova chance. Que existem pessoas que acreditam neJa.
Com rela~o aD professor naD ter sido formado para atu8r nos ciclos de
aprendizagem, esla necessidade tern sido suprida. A Secretaria Municipal de Educac;ao
S8 encarrega da capacita<;8odo professor para com 0 novo sistema de ensina. Sao
varios cursos oferecidos peto orgao no decorrer do ana lelivo, no qual a escola
disponibiliza os professores para a realizagao.
Contudo, 0 cicio de aprendizagem nao resolveu todos os problemas da
educagao, mas com certeza trouxe alguns avan90s. A pratica docente, que valoriza 0
alune, a avaliagaa, sao alguns exemples disso.
E necessario que a educayao avance em diregao a novas rumos como a
formayao plena do cidadao. E principalmente que a escola enxergue 0 aluno como um
todo e nao somente ul11a cabe9a na qual se deposite informa96es e conteudos.
29
REFERENCIAS
A Escola Municipal e os Ciclos de Aprendizagem - Proposta de Implanta~ao
Prefeitura Municipal de CuriUba. Secretaria Municipal de Educa<;lio, 1999.
A Escola Municipal e os Ciclos de Aprendizagem - Proposta de Implanta~ao
Prefeitura Municipal de Curitiba. Secretaria Municipal de Educa<;ao, 1999. Gestao
1997/2000.
CUNHA, Maria Isabel da. 0 Born Professor e Sua Pra!ica. sao Paulo: Editora Papirus.
11' edi<;lio, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Au!onomia. Sao Paulo: Editora Paz e Terra. 14'
edi<;lio, 1996.
N6vOA, Ant6nio. As Organiza<;Oes Escolares em Analise. Lisboa: Publica<;6es Dam
Quixote, 1999.
PRADO, Ricardo. Qualidade em Xeque. In: Revis!a Nova Escota. Paginas 38 a 43.
Editora Abril. Sao Paulo. Ana XVIII, nO160 - Mar<;ol2oo3.
SANTOS, Fernando Tadeu. Educa<;lio Par Inteiro. In: Revis!a Nova Escota. Paginas
30 a 32. Editora Abril. sao Paulo. Ana XVIII, n° 160 - Mar<;oI2003.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de. Como Entender e Aplicar a Nova LOB: Lei n'
9394/961 Paulo Nathanael Pereira de Souza, Eurides Brito da Silva.- Sao Paulo:
Pioneira, 1997
30
THULER, Monica Gather Thurter Quais as Compet1mcias para Operar em Ciclos de
Aprendizagem Plurianuais? In: Revista Patio. Paginas 17 a 21. Editora Artmed. Sao
Paulo. AnD V, nO17 - Maio/Julho 2001.
TIBA, I~ami Ensiner Aprendendo - Sao Paulo: Editora Gente, 3' edi~ao, 1998.
VI SEMINARIO - ESCOLA ORGANIZADA EM CICLOS DE APRENDIZAGEM. Ciclos
de Estudos. Prefeitura Municipal de Curiliba. Secreta ria Municipal de Educa<;:iio, de 16 a
19 de novembro de 1999.
ANEXOS
32
QUESTIONARIO
1) Qual e a sua formayiio academica?
2) Hi! quanto tempo atua no ensino fundamental? Hi! quanlo tempo no ensino ciclado?
3) A Secretaria Municipal de Educa9l\o oferece cursos de forma9l\o para os
professores? Quais voel! cursou? Sao ofertados materia is de forma98o? Quais?
4) Qual e a efetiva participayiio da equipe pedagogica da escola no processo ensino-
aprendizagem? Promove reuni6es peri6dicas? Acompanha 0 trabalho na sala de aula?
Observa seu trabalho?
5) Sao realizadas reuni~espedag6gicas? Qual e a periodicidade? Quais as assuntos
abordados? - Avaliat;2o de alunos;
Orienla9ao Pedagogica;
Sugestoes de procedimentos didaticos.
6) Voce conta com 0 apaio de urn professor co-regente? Como e a participagao dele?
Qual e a contribu;~o desse professor no processo ensino-aprendizagem?
7) Hi! a sua participa9l\o na sele9l\o e/ou elaborac;ilode malerial didi!lico?
A Secretaria tern fornecido?
A aseela tern sugerido?
Quanta a sua participac;ao.
33
8) Quanto a proposta pedag6gica, existe um trabalho individualizado com 0 aluno?
Qual? De que forma? Que aluno tem sido atingido?
9) Quanta a avalia980, como 0 aluno e avaliado nesse processo de ciclo?Quais instrumentos de avaliac;ao?Em que periodicidade?
Como e computada a avaliac;ao do aluno?
QUESTIONARIO
1) Quaff a sua f~rma\'~o academica?
~tolcthl-{)~iA--2) Ha quanto tempo atua no ensino fundamental? Ha quanto tempo no ensino
cieiado?r ~ OL- ...•~"""":)'--'
3) A Secretaria Municipal de Educa\,ilo oferece cursos de fonma\,ao para os
professores? Quais voc~ cursou? ~reaados materiais de formacao~ Quais? ?j.-1.-'L_ ' i/t?..-U~ /'~ J=S ~ vl-o ~-<-/~~
4) Qual e a efetiva participa\,ilo da equipe pedag6gica da escola no processo ,.//
ensino-aprendizagem? Promove reuni5es peri6dicas? Acompanha a Irabalho na
sala de aula? Observa seu trabalho?
~~\
5) Sao realizadas reuni5es pedagogicas? Qpal e a periodicidade? Quais as
assuntos abardados? - Avalia\,ilo de alunos;
Orientayao Pedag6gica:
!I Sugestoes de procedimentos didaticos.
/1""~l'\A, Ct C c" ( - 'j->'.'&U,VGV 'r-<-cZc~''i,''; C--= I6) voc~nta com 0 apoio de um professor co-regente? Como e a participa9ao
dele? Qual e a contrib.uiyao desse professor 110 processo ensino-aprendizagem?'f ~--, J'1.-U.Lu.-01LQ.. ,f',--"l.", C-'I.':" ,rh .••~-en , C'S<.<.<.c.L0
7) Ha a sua participa\,ilo na sele\,ao etou elabora\,ao de ,material didatico? '
A Secreta ria tern fornecido?
A escola tern sugerido?
\ Quanto a sua participa.yao.)I ICL0--v..C\..L (lL':-'Cv400r 0 Cr-UI- ~C VL'- I
CC/l ()
8) Quanto a proposta pedag6gica, existe um trabalho individualizado com 0 aluno?
Qual? De que forma? ape aluno tem side atingido? J-...' ..--""'-'V~ I U-~t'--r' 1\.-~ M '1J-v-:>,'re- &9) Quanto a avalial'ao, como 0 aluno e avaliado nesse processo de cicio?
Quais instrumentos de avalia.-.;ao?
Em que periodicidade?
Como e computada a avalial'ao do aluno?
QUESTIONARIO
1) Qual e a sua farma~aa acadt'!mica?
J-\",n~tb- (lo-~2) Ha quanta tempo atua no ensina fundamental? Ha quanta tempo no ensina
CiClada?,::JA ~ I ..) ~3) A Secretaria Municipal de Educa9i\a aferece cursas de farma9i\a para as
professores? Quais voc~GUrsou? sao ofertados materiais de forma9a.o? QUClis?~~ I CI--~S,v> I ~. cl;.11.'-.".P, ~cv-><w ~LJ) r~~v~
4) Qual e a efetiva pafticipay;;a da equipe pedag6gica da escala no processa
ensino-aprendizagem? Promove reunioes peri6dicas? Acompanha 0 trabalho na
sala de.aula? Observa seu trabalha? /i 19 --IvoJ..A:>c_l...iw -i,- CLLAY"'~~""-&v/~ 7'l-L...<:C-'-~~J.
5) sao realizadas reunioes pedag6gicas? Qual e a periadicidade? Quais as
assuntos abordados? - Avalia9ao de alunos;Orientayaa Pedag6gica;
/ {' Sugestoes de procedimentos didaticos.(,0vVJ~Clfr(}0 c0:;; i-U9-U--:J-:lv J:L..ed~.9~/Lw6) Voce conta com 0 apoio de urn professor co-regente~ Como e a participac;:lo
dele? Qual e a contribuiC;80 desse professor no.processo ensino-aprendizagem?~~- "\,'\CA:~~'<'_X a. J\~lo Ci C'- I\...L~Lv~
7) Ha a sua participayaa na seleyi'ia e/au elabarayi'ia de material didatica?
A Secreta ria tem fornecida?
A escola tem sugerido?
Quanta a sua participac;;aa.
8) Quanto a proposta pedag6glca, existe urn trabalho individualizado com a aluno?
Qual? Oe que forma? Que aluno tern sido atingido?
9) Quanta a avalia<;ao, como a aluno e avaliado nesse processo de cicio?
Quais instrumentos de avalia<;ao?
Em que periodicidade?
Como e computada a avalia<;~o do aluno?
· 61SMMAC
-;'~.i~~~~.. ~~.•. ;<,":'"""".'01;.
'.;',~.:~~-:'::;:~:.:
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PROPOSTA DE IMPLANTAC;Ao
1999
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02
novas atitudes e com a desafio da mudan<;3. acreditando-sa sempre que e passivel fazer malhor.
Esse conjunto de ac;:6es opera urn eleite transformador naoapenas nas escotas, impondo a eslrutura central daSecreta ria e aos nucleos regionais as mudanc;as que ascolocam sob a condic;:ao de apaio e suporte a todo 0processo.
Como aprendemos, a gestao democratica vale para lodosas segmentos e somente se suslenta pela palavra.
E as nassos alunos, a quem tambern devemos dar apalavra. estao a nos dizer que a escota pade ser urn efeliveinstrumento de transformac;:ao em suas vidas. basta querer.
Paulo Afonso Schmidt
Secrelario Municipal dOl Educat:;:ao
CURITIBADO FINAL DO
SECULO
03
Nos ultimos 26 anos Curitiba passou por trans-formac;oes notaveis na sua estrutura populacional. Nadecada de 70, cresciamos a urna taxa anual de 5,34%,resuJtado, em parte, do nascimento de novascuritibanos, mas principalmente da imigra~ao defamilias de paranaenses que erarn expulsos dos seusmunicipios de residencia, devida as altera90es naestrutura produtiva pela qual 0 Estado estavapassando. A atrayao exercida pel a Capital trouxemilhares de conterraneos, que fizeram creseer nossamalha urbana, exigindo 0 incremento constante da redede servi90s, de postos de trabalho, do sistema detransporte, etc. Na decada seguinte 0 processopermanece, porem direcionado para as municipiosvizinhos, que crescem rapidamente. adensando asareas limitrofes a Curitiba, fortalecendo layos dedependencia com a Capital, especialmente no que dizrespeito a rede de servic;:os publicas.
Se fasse passivel registrar numa fotagrafia a nos sapopula,ao, num determinado dia do ano de 1970,veri amos pessoas majoritariamente jovens. clamandoper mais escalas. por creches. par postos de saude.Esse retrato pade ser substituido por uma repre-sentayao grafica - a piramide etaria, que mostra umabase ampla indicando a propen;ao maior de crian<;ase adolescentes, frente a populac;:ao adulta e idosa.Comparando-se a piramide etaria construida cam asdados populacianais de 1996. pode-se avaliar aradicalidade das mudanc;:as ocarridas ao longo destesultimos 26 anos. A nossa piramide "engardou no meio",o que equivale dizer: a nassa popula<;ao envelheceu,o peso relative de crianyas e adolescentes na estruturapopulacional diminuiu.
Qutres dad os apontam na mesma direc;:ao. 0Coeficiente de Natalidade Geral, que em 1980 era de33,30 nascimentos para cada 1.000 habitantes, cai em1996 para 19,70 nascimentos para 1.000 habitantes.A matrlcula nas escolas de 1.~ a 4.'! serle diminuiu emnumeros absolutos de 140.626 alunos, em 1989, para137.211, em t 998, enquanto a matricula de 5' a 8'serie cresceu 40% no mesma periocto.
04
A estrutura da nossa popula<;8.o mudou, conse~q0entemente tambem mudaram as suas necessidades.Cabe-nos avalia-Ias para podermos responder asnovas demandas.
Atualmente. a falta de vagas no 1.2 grau. notadamentenas primeiras series, e urn problema pontual, verificadonas areas de expansao urbana, resultado de politicasoficiais QU de processo de ocupa<;:aonao legalizadado solo. Ao mesma tempo, pode-s8 mensurar urnacerta ociosidade dos estabelecimentos escolares emareas demograficamente estabilizadas.
Se 0 crescimento da rede ffsica eseelar ja nao e maisurna meta a sar buscada, nao S8 pode afirmar 0 mesmaem relac;:ao ao rendimento escotar. No ana passadotivemos urna taxa media de retenyao na rede municipal(1.~ a 4.it serie) de 12% e que, na 1.i! serie, chegou a19%, distribufdos de forma desigual na cidade.
A reprovayao significa uma perda econornica, urnestigma social, uma frustra,ao pessoal, um insucessopedagogico. Eo um problema que nao pode ser negada,negligenciado ou subestimado. Ha Gue enfrenta-Io ...
AREDEMUNICIPALDE ENSINO EOS DESAFIOSDO NOVOSECULO
05
A chegada do 3,9 millanio deixou de ser, nos ultimos anos,apenas uma construyao do nosso imaginario. Afinal, laltapouco para entrarmos no ultimo ana do seculo. Essamudanc;a de calendario nao e apenas simb6lica. Ja epassive I sentir, nas mais diversas areas, 0 clima dasV'ansforma<;:6es que vao inaugurar a nova epoca. muitodiferente da que vivemos no sEkulo XX - e por issaextremamente desafiadora.
A ultima decada do seculo nos trouxe pistas parairnaginarmos como serao as primeiros momentos do 3,9milenio. l'Jovidades na economia, trabalho e educayao japod em ser previstas. Exemplo disso sao as novasperspectivas no munda do trabalho. Se no inicio do seculoXX esperava·se que urn operario se ajustasse a urn regimedisciplinada e pauea eriativa, hoje as oportunidades detrabaillo jei exigem - e exigirao mais ainda no futuro - urntipo de trabalhador que consiga se adaptar as oscilac;:6esprodutivas e aos ganhos eontinuos;de qualidade: umapessoa com boa forma,ao intelectual, capaz de darrespostas criativas as exigencias do dia~a~dia.
Em decorrencia da fixac;ao desse novo paradigma, aeduca<;ao passou a ser uma questao estrah3gica do novocenario da economia mundial. 0 Brasil. cujo sistemaeducacional e um dos mais inelicientes da America Latina,e urn dos paises que tern procurado melhorar sau sistemade educac;ao para atender a essas novas demandas. 0combate sistematico ao analfabetismo, a reprovac;ao, abusca da universalizac;aa da educac;aa. a aumento daescolaridade da populayao e a utilizayao de novas praticaspedagogicas sao alguns focos dessas tr~nsformay6es.
o objetivo geral no pais e um 56: assegurar a todos asmesmas oportunidades de educa<;ao.evitando a exclusaosocial e 0 crescimento do desemprego nas grandes cidadese no campo. Mais do que nunca, e func;:ao da escola garantira aquisic;:ao dos conhecimentos basicos e da cidadania.promo venda assim 0 desenvolvimento econ6mico e social.E impassivel ter qualidade de vida sem educar;ao. Nossagrande preocupac;ao, nesse momenta significativo da viradado milenio, e investir em capital humano e formar as pessoasintegralmente, tanto para 0 exercicio de seus direitos edeveres quanta para a entrada com sucesso no mercado
06
de trabalho.
E por isso que estamos optando, neste momento, pelaproposta de organizac;ao na Rede Municipal de Ensino emciclos de aprendizagem, que apresenta novas formas depensar a educaC;8o, deixando de lado 0 modele perverso eseletivQ da escola seriada. Experimentado com sucesso emalgumas redes publicas. 0 sistema e uma forma continuadae prolongada de aprendizagem. sem que ·haja ~podeterminado para a fixac;ao de conleudos. Nesse""'{.fovamodelo, 0 rHmo de aprendizagem dos alunos passa a serrespeitado. Se 0 esludante apresenta dificuldades para aaprendizagem de conleudos especificos. haver'aoportunidades para a sua recuperayao durante 0 processo.
Com a implantac;ao do novo modelo. a educac;ao municipalvai passar a se preacupar com 0 sucesso do aluno, e naoesperar que ele fracasse no final do ano porque naoconseguiu atingir os conteudos minimos daquele periodo.Ja avanGamos muito no enfrentamento do problema dareprova<;ao, com projetos como a AHa e a Fazendo Escola.No entanto. ainda persiste na nossa" Rede uma culturaeducacional baseada na reprova<;ao e no fracasso doeducando.
Segundo essa cullura. os niveis assustadores de repetenciano Brasil. que chegam a 70% dos estudantes do ensinofundamental. sao de responsabilidade unica e exclusiva doatuno. Sob a 61ica dessa pratica. 0 fa to de urn aluno dosistema publico levm 11 anos para completar as 8 series doensina fundamental e algo absolutamente normal. que naodeve ser levado em conta - bern como 0 fata de a BrasHgastar RS 3 bilh6es anuais com a reprovac;ao. Urn valorque poderia ser utilizado em oulras ar~as da escola. Com aimplantac;ao do projeto, abrem-se grandes possibilidadesde gerar uma ampla transforma<;ao na nossa escola.preparando melhor 0 cidadao do proximo rnilenio.
ATONOM'A
RSSUPOSTOS
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o fortalecimento das escolas do municipio, segundo avisao de escola aut6noma centrp,da em resultados,esta diretamente ligado nao mais a ideia de hierarquia,mas a de rede interdependente em que as escolasentre si e as diversas instancias da SecretariaMunicipal da Educa<;ao atuarao integrando expe-riencias, apoiando iniciativas e avaliando os resultadosestabelecidos numa visao sistemica de interac;:oes erelac;6es.
Numa rede como esta proposta. as escolas saoautonomas. mas nao sao isoladas. lazendo parte deurn todo mais amplo em que as individualidades saopreservadas em uma totalidade integrada.
A Secretaria Municipal da Educa<;:ao apresenta nestedocumento uma proposta de discussao de basesconceituais, metodol6gicas e administrativas queviabilizem a organiza~ao da Rede Municipal de Ensinopara a efetivac;:ao do ensino organizado em ciclos. Aspremissas aqui apresentadas devem promoverreflexoes e ac;:oes que indiquem a formulac;:8.o de novasalternativas educacionais para 0 cumprimento dalunc;ao da escola.
A organiza9ao do ensino em ciclos vai garantir 0
prolongamento do proc~sso ensino-aprendizagem,sem que haja, como no sistema seriado, urn tempodeterminado rigido para que isso acontec;:a. Ha 0
alargamento dos tempos de aprendizagem dosconleudos academicos do aluno. possibilitando umamaior articulacao entre esses conteudos e adiversidade cultu~al e individual presente nas situa90esde ensino.
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A proposta do ensina em ciclos diferencia-se da alualpar apresentar uma abordagem mUlto mais integral doaluno, pautada no entendimento de que 0desenvolvimento do aluno S8 da em func;ao daintera<;clo de elementos biologicos, psiquicos e sociaisque permeiam 0 seu processo de vida.
A OP9ao pela organiza<;ao do ensina em ciclos ecoerente com 0 que esta estabelecido na legislac;:aobrasileira quanta a igualdade dos direitos dos cidadaos.Trata-se de uma ac;ao que combate a exclusao sociale desigualdades que. via os altos indices de evasao erepetencia registrados na escola. modificara umacultura escolar que, paradoxalmente. lorna rnaisdistante 0 acesso democratico a educac;:ao e aDdesenvolvimento human~.
Dessa forma, 0 maior desafio que a nova proposta trazaos educadores e a construGao de procedimentosinovadores que busquem a elimina<;ao da evasao e osaltos nfveis de repetencia escolar. Para a RedeMunicipal de Ensino. cujas formas de avaliac;8.o vemsendo questionadas sistematica mente . traduzindo-seem praticas alternativas. a mudan<;a de sistemarepresenta a evoluGao natural de uma praticapedag6gica que vem se ajustando e se aperfei<;:oandohistoricarnente.
E ponto pacifico entre as profissionais da Reda que enecessario substituir as formas de avaliac;:aotradicionais. Trata-s8 da OP9ao por urn modele queprivilegia urn sistema que da enfase em aspectosqualitativos do processo de aprendizagem. permitindocompreender a aquisi980 do conhecimento como urnprocesso continuo sabre 0 qual a proiessor podeinterferir positivarnente.
Esse sistema de avaliaGao, que eo centro da propostada organizac;ao em ciclos. aponta para a necessidadede as escolas implantarem uma organizaC;aopedagogica que considere cad a momenta do processode aprendizagem como sendo 0 ponto de chegada epartida para patamares superiores de aquisic;:ao deconhecimento
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A implantayao desse novo sistema sera viabilizadadevido a nova configura<;:ao da clientela das escolaspublicas municipais. De forma diferente do anos 80, einicio da atual decada, ha uma forte tendencia aestabilizac:;:ao no numero de alunos da Rede. IS50representa a possibilidade de investir na construyaode urn sistema cada vez mais eficiente - em vez devaHar as atenc:;:6es a amplla<;:ao da rede fisica dosistema.
IMPLANTA~AODO ENSINO
ESTRUTURADOPOR CICLOS NAREDE MUNICIPAL
DE ENSINO
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A reorganizayao do ensina na Rede Municipal de Ensinose dara pel a implantay80 de urn continuum de 5 an ospara 0 segmento correspondente de pre a 4.! serie, eurn continuum de 9 an os para as escolas que oferecematualmente ensina de pre a 8.~ serie, a ser implantadogradativamente mediante fases, can forme segue:
• 1.~ fase de imolanlac,3o: 1999 e 2000
Cicio I (de alfabeliza~ao) ...••_- dura<;:ao de 2 au 3 anos'
(correspondente as atuais turmas de pre-escola, 1,~e 2.~ series)
• 2.i fase de implantacao: 2000 e 2001
Cicio II ·--"--------·-··-----------------------dura~ao de 2 anos
{COrre5ponctente as Jiuais turmas de 3:' e 'I: semes)
• 3.'" fase de implantacqo- 2002 e 2003
Cicio III--·-----------------······----····-·--dura~ao de 4 anos
(excluslvamente para as escolas que oferecem de pre a 8 .• serie.atualmente)
· a cicio de 3 anos prcssupoe a incorporjJ~ao das turm3S de pre-escolOlr, inclusive as das creches dn Secrctari3 Municip31 dOlCri~m<;a.
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IMPLANTAC;AO DO CIClO I(AlFABETIZAC;AO) DE 3 ANOS
Podera ocorrer ern todas as escolas que hoje oferecemensino pre-escolar ou possuern creche proxima que atendaa essa modalidade. .
IMPlANTACAO DO CIClO I(AlFABETIZAC;AO) DE 2 ANOS
Podera ocorrer em todas as escoJas que nao oferecemensino pre-escolar au que nao passu ern creche proximapara 0 atendimento dessa demanda. 0 iniclo do cicio sedara no que corresponde hoje a 1.~ serie do ensino seriado.
ESCOLAS COM AS DUAS MODALIDADES
Ha escolas na Rede Municipal de Ensine que poderaooferecer 0 cicio de alfabetiza<;ao de 2 e de 3 anos ernconsequencia do nurnera de classes de pre-escolar que elaspossuem.
SPECTOSADMINISTRATIVOS/ PEDAGOGICOS
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• As classes de pre·escolar que hoje funcionam nas crechesda Secreta ria Municipal da Crianya estarao sendo integradasa uma escola da Pede Municipal de Ensino (matricula, livrede ci1amada, emissao de transferemcia e documentay8.oescolar), apesar de as mesmas continuarem funcionandono espayo fisico da creche da Secretaria Municipat daCrianya.
• as professores das turrnas de pre·escolar que funcionamnas creches da Secretaria Municipal da Crian~a passarao ater suas vag as nas escolas a que as creches estiveremvinculadas, com excec;ao das creches loca!izadas no NticleoRegional da Matriz.
• 0 nurnero de alunos na pre-escola passa de 25 para 30,jii no presente ano letivo. No ana 2000. 0 numero de alunesdas atuais 2,"'1 series passara de 35 para 30 alunos.
•0 professor das classes de pre-escolar que atua nasereclles da Secretaria Municipal da Crianc.;:a, passa a reeeberorientayao pedagogica da Equipe Pedagogico-Admi-nistrativa da escola a qual aquela turma de pre-escolarestiver vinculada. inclusive participando,das permanemciasnesta escola.
• As escolas deverao promover as seguintes altera<;:6es:
• Sistema de AvaHac;ao (que se incorporara no RegimentoEscolar):
• Regimento Escolar:
• Plano Curricular.
COMPOSI<;AO DE TURMAS
As turmas deverao ser compostas por:
• Idade (con forme criterios de matrlcula)
•Competencia academicaJdesen\lolvimento biopsicossoeial
P.OGRESSAODOS ALUNOS
eVIDENCIASPARA
IMPLANTAC;;AO
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o acompanhamento sistematico do avanl10 do aluno e, noensina organizado em ciclos, condic;:ao necessaria para aflexibilizac;aoda programac;aocurricular. Aliada a isso deverahaver uma estrutura de acompanhamento pedagogico,possibilitando a progressao continuada do aluno entre urncicio e outro.Esse sistema pressup6e a progressao continuada. que elevar em conta 0 aproveitamento qualitativo do aluno deforma criteriosa. nao praticando a promo<;:ao automaticacomo urn fim. 0 professor devera cambater, a partir dasinforma90es colhidas nas avalia<;:6es. 0 risco do fracasso.modelando sua pratica pedagogica de aeardo com 0
andamento do processo de assimilac;ao do alune.Estudos indicam que a[unos que participaram de procesSDscurricula res seriados au em cidos tiveram desempenhoscompativeis. Isso significa que tiveram seu desenvolvimentoacademico prejudicado somente aqueles que participaramdo sistema seriado, pois tiveram interrup~ao no seu processoacademico. Essa constru~ao de procedimentos que devemconstituir a progressao continuada requer compromisso detodos as segmentos da Secretaria Municipal da Educa9aocom 0 reordenamento de a<;:oes pedag6gicas eadministrativas para viabilizac;ao do sucesso escolar doaluno.
A escola devera formalizar ao NRE/SME a sua proposta deorganizac;:ao do ensino, justificando sua opc;ao, ate 0 dia16·4·99.A formalizac;ao da proposta pressupoe uma decisaorespaldada pela comunidade escolar.o NRE indicara os procedimentos a serem adotados.
OGANIZAc;:AOPARA
IMPLANTAC;AO
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A concretizac:;ao de urn projeto inovador, que tern nademocratizac:;<3o. descentraHzaC:;3o, autonomia, as seusprincipios norteadores, reforC;a 0 grande desafio de buscade uma estrutura organizacional que fortatec;a as nassasescotas.
Nesta perspectiva, taz-S8 necessaria esctarecer como searticularao as varies segmentos da SME.
A escota exercera sua autcnomia, sendo capaz de avaliarsuas necessidades e potencialidades, estabelecer matas.delinir ac;6es. apontar os resultados esperados, con-substanciando, dessa forma. urn plano de aC;ao passivel deexecuc:;8.o,acompanllamento e avaliac;ao.
Os nucleos devem assegurar 0 apoio necessario asunidades escolares, articulando os varios pianos de ayaodas escotas na sua area de abrangemcia. respeitando osmomentos diferenciados de cada uma delas, detectandoproblemas e necessidades e estabelecendo mecanismosde supera<;ao, garantindo 0 fluxo de comunica<;ao entre asescoJas e 0 grupo de equaHzayao.
o grupo de equalizac;ao permeia tados os segmentos daSecretaria para garantir a articulayclo de todo esse processo.Faz fluir as propostas, detectando problemas, necessidadese pontos de estrangulamento em qualquer uma dasinstancias, garantindo assessoramento. desobstruindocanais de comunicayao, costurando parcerias, compar-tilhando experiencias e dando unidade de princfpios, valorese diretrizes que permitam consubstanciar a politicaeducacional proposla.
P.OGRESSAODOS ALUNOS
eVIDENCIASPARA
IMPLANTA~AO
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a acompanhamento sistematico do avan<;o do aluno e, noensina organizado em ciclos, condic;ao necessaria para aflexibilizac;ao da programac;ao curricular. Aliada a issa deverahaver uma estrutura de acompanhamento pedag6gico.possibilitando a progressao continuada do aluno entre urncicio e outro.Esse sistema pressup6e a progressao continuada, que elevar em conta 0 aproveitamento qualitativD do atune deforma criteriosa, nao praticando a promo<;ao automaticacomo urn fim. 0 professor devera combater, a partir dasinforma<;6es colhidas nas avalialfoes. 0 risco do fracasso.modetando sua pratica pedagogica de acordo com 0andamento do processo de assimilac;:ao do atuno.Estudos indicam que alunos que participaram de processoscurriculares seriados au em ciclos tiveram desempenhascompativeis. 1550 significa que tiveram seu desenvolvimentoacademico prejudicado somente aqueles que participaramdo sistema seriado. pois tiveram interrup<;ao no seu processoacademico. Essa construc;:ao de procedimentos que devemconstituir a progressao continuada requer compromisso detodos os segmentos da Secreta ria Municipal da Educac;:aocom 0 reordenamento de a<;:6es pedag6gicas eadministrativas para viabilizac;:ao do sucesso escolar doaluno.
A escola devera forrnalizar ao NRE/SME a sua proposta deorganizayao do ensino, justificando sua opyao, ate 0 dia16-4-99.A formalizac;ao da proposta pressupoe uma decisaorespaldada pela comunidade escolar.o NRE indicara os procedimentos a serem adotados.
QGANIZAc;AOPARA
IMPLANTAC;AO
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A concretizayao de urn projeto inovador, que tern nademocratizac;:ao, descentralizac;:ao, autonomia, as seusprincipios norte adores, reforc;:a0 grande desafio de buscade uma estrutura organizacional que fortalec;:a as nossasescolas.
Nesta perspectiva, faz-s8 necessario esclarecer como S8articularao os varios segmentos da SME.
A escola exercera sua autonornia, sendo capaz de avaliarsuas necessidades e potencialidades, estabelecer metas,definir a,oes. apontar os resultados esperados, con-substanciando. dessa forma, urn plano de ac;ao passlvel deexecuyao, acompanhamento e avaliayao.
as nucleos devem assegurar 0 apoio necessario asunidades escolares, articulando as varios pianos de 898.0das escolas na sua area de abranglmcia, respeitando osmomentos diferenciados de cad a uma delas, detectandoproblemas e necessidades e estabelecendo mecanismosde supera98.o. garantindo 0 fluxo de comunica<;:ao entre asescolas e 0 grupo de equaliza~ao.
a grupo de equalizayao permeia todos os segmentos daSecretaria para garantir a articular;ao de todo esse processo.Faz fluir as propostas, detectando problemas. necessidadese pontos de estrangulamento em qualquer urna dasinstancias, garantindo assessoramento, desobstruindocanais de comunicat;ao. costurando parcerias. compar-tilhando experiemcias e dando unidade de principios, valorese diretrizes que permitam consubstanciar a polfticaeducacional proposta.