PRISCILLA MARQUES ARRUDA CARACTERisTICAS...

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PRISCILLA MARQUES ARRUDA CARACTERisTICAS ESTRUTURAIS DA FOLHA DA MACROFITA AQUA TlCA Cabomba furcata Schult. & Schult. f. (CABOMBACEAE) SOB EFEITO DA POLUICAo PROVOCADA PELO DESPEJO DE DEJETOS DOMESTICOS Monografia apresentada como requisite para a obteng8o do Utulo de especialista em Manejo e Conservac;ao da Biodiversidade do Curso de Especializaryao em Manejo e Conservatyao da Biodiversidade da Universidade Tuiuti do Parana. Orientadora: ProF. Dr. Leila Terezinha Maranho Co-orientadora: ProF. Dr. Cintia Mara Ribas de Oliveira Curitiba 2005

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PRISCILLA MARQUES ARRUDA

CARACTERisTICAS ESTRUTURAIS DA FOLHA DA MACROFITA AQUA TlCA

Cabomba furcata Schult. & Schult. f. (CABOMBACEAE) SOB EFEITO DA

POLUICAo PROVOCADA PELO DESPEJO DE DEJETOS DOMESTICOS

Monografia apresentada como requisite para aobteng8o do Utulo de especialista em Manejo eConservac;ao da Biodiversidade do Curso deEspecializaryao em Manejo e Conservatyao daBiodiversidade da Universidade Tuiuti doParana.

Orientadora: ProF. Dr. Leila TerezinhaMaranhoCo-orientadora: ProF. Dr. Cintia Mara Ribas deOliveira

Curitiba2005

SUMARIO

LIST A DE TABELAS ..

LlSTA DE FIGURAS ...

.. iv

. v

INTRODUQAO ..

1.1 ECOSSISTEMAS AQUATICOS ... 2

1.2 ESGOTO DOMESTICO .. 4

1.3 CONSIDERAC;:OES SOBRE A ESPECIE Cabomba (urea/a ... 6

1.3.1 DISTRIBUIC;:AO GEOGRAFICA .. 7

1.3.2 ECOLOGIA .. 8

1.3.3 IMPORTANCIA ECONOMICA ...

1.3.4 DISPERSAo .. 8

1.4 OBJETIVOS .. 8

1.4.1 OBJETIVO GERAL ...

1.4.2 OBJETIVOS ESPECiFICOS ... 9

2 MATERIAL E METODOS .. 9

2.1 AREA DE ESTUDO ... 9

2.2 COLETA DO MATERIAL. .. 10

2.2.1 PLANTA.. 10

2.2.2 AGUA. .. 11

2.3 ANALISES MORFOANATOMICAS .. 11

2.3.1 DOSAGEM DE CLOROFILA .. 11

LAMINAS PERMANENTES PARA AS

DAS SEC9DES TRANSVERSAlS DAS

2.3.2 PREPARO DAS

MENSURA9DES

FOLHAS ..

2.3.3 ANALISES ESTATisTICAS ..

3 RESULTADOS E DISCUSSAO ....

3.1 DESCRI9AO ANATOMICA DA FOLHA DE C. furcata ..

3.2 TEO RES DE CLOROFILAS ..

3.2.1 CLOROFILA a .

3.2.2 CLOROFILA b .

3.2.3 CLOROFILA TOTAL... 20

3.3 MENSURA9DES DAS SEC90ES TRANSVERSAlS DAS FOLHAS .. 23

3.4 pH, NITRITO E NITRATO ..

4 CONCLUSAO ...

5 REFERENCIAS ..

ANEXO I..

iii

12

13

13

15

16

16

18

25

30

31

38

1 INTRODU"Ao

A polui~ao das aguas contribui significativamente na proliferac;ao desorganizada

de plantas aquaticas as quais em grande concentrayao provocam problemas

ambientais, como eutrofizary8o de lagos, proliferary<3o de vetores de doengas, acurnulo

de lixo e sedimentos, prejufzQs a pesea e danos ambientais a fauna existente

(MARCONDES & TANAKA, 1997).

Poluic;:ao e qualquer alterac;ao das propriedades fisieas, quimicas e biol6gicas, de

forma a degradar a qualidade ambiental em resultado de atividade que direta e

indiretamente prejudiquem a salide, a seguranrya e 0 bern estar da populayao, au de

qualquer maneira criem condiryoes adversas as atividades sociais e economicas, au

ainda afetem desfavoravelmente a biota, as condic;:6es esteticas ou sanitarias, e, por

fim, lancem materias ou energia em desacardo com os padroes ambientais

estabelecidos (Lei 6.938/81, art. 3', inc. III).

No Parana, das 633 localidades (cidades, distritos, povoados) atendidas pela

SANEPAR (Companhia de Saneamento do Parana), apenas 110 apresentam coleta e

tratamento de esgoto. S6 7% dos nossos esgotos sao adequadamente tratados. Os

93% restantes nao sao, ou 0 sao apenas de aparencia (DECONTO, 1998). As

ocupac;:6es sem infra-estrutura de coleta como Vila Zumbi dos Palmares no Municipio

de Colombo-PR (10.000 habitantes) sao urn exemplo de ameac;:a aos mananciais da

regiao (SILVEIRA, 1998).

No municipio de Colombo, local onde foi desenvolvido 0 presente estudo, a

populac;:ao ribeirinha vern crescendo significativamente e contribuindo na poluic;:ao das

aguas do rio Palmital e seus afluentes devido ao despejo de dejetos, provocando urn

problema ambiental e de saude publica. Particularmente, na area de estudo, uma

propriedade particular possuindo dentro de seu limite urn afluente do rio Palmital,

passando pelos cinco lagos da propriedade os quais foram construidos cerca de 15

anos, 0 que se constata e que com 0 passar do tempo e aumento da populac;:ao

(invasao) houve proliferac;:ao da especie de Cabomba furcata.

Este fato pode ser explicado como uma conseqOencia do enriquecimento par

nutrientes provenientes da materia arganica de esgoto domestico, em lagos e

reservat6rios, ocorrendo 0 aumento do crescimento de plantas flutuantes microsc6picas

e algas e a formayao de densa forragem de grandes plantas aquaticas fiutuantes.

Segundo IETC (2001), este crescimento e uma consequemcia do processo de

fotossintese, que permite que as plantas produzam materia organica e biomassa

utilizando os nutrientes (nitrogenio, f6sforo e outros) do solo e da agua.

o acumulo de materia organica acarreta 0 desenvolvimento exagerado de

macrofitas aquaticas, podendo causar desequilibrios nos ecossistemas aquaticos, uma

vez que a dinamica destes ambientes esta ligada diretamente a ayao biol6gica das

hidrofitas, que podem orientar a evoluyc3o do meio em diferentes equiHbrios biol6gicos e

ecol6gicos (teor de O2, teor de sais, pH, etc.), sendo, inclusive, importantes agentes de

regenerayao da agua (BOVE et aI., 2003).

Pelo exposto, a especie de Cabomba furcata Schult. & Schult. f. foi objeto do

presente estudo, na tentativa de relacionar 0 aumento da poluiyao da agua pelo

despejo de esgoto domestico, uma vez que a mesma vern proliferando na regiao

estudada ap6s, principal mente, a ocupayao desordenada das areas de entorno.

1.1 ECOSSISTEMASAQUATICOS

o estudo dos ambientes aquaticos e fater relevante e imprescindivel para

possibilitar a sua preservac;:ao, assim como 0 seu manejo. Sao ecossistemas que

possuem caracteristicas bem particulares e endemismos.

o Brasil possui a maior rede hidrografica do mundo, sendo os ecossistemas

aquaticos (f1uviais, lacustres permanentes ou temporarios) de grande

representatividade dentre os ecossistemas brasileiros. A vegetac;:ao a eles associada

compreende nao apenas as plantas conhecidas como hidr6fitas, como tambem as

plantas que periodicamente estao submersas em diversos niveis ou as que margeiam

estes ambientes, como, per exemplo, as especies anfibias. Em regioes tropicais as

macr6fitas sao abundantes, grayas as condic;:oes ambientais favoraveis ao seu

crescimento (COUTINHO, 1989 apud BOVE et aI., 2003).

Segundo MATIAS, AMADO & NUNES (2003), em 1938, WEANER & CLEMENTS

foram os primeiros pesquisadores a definirem estas comunidades como urn conjunto de

especies herbaceas que se desenvolvem em agua, em solos cobertos par agua ou

saturados par esta. Ao se observar 0 Programa internacionai de 8iologia Westlake

(1969 apud ESTEVES 1998) 0 termo, macr6fitas aquaticas, seria a denomina<;ao mais

adequada para caracterizar vegetais que habitam, desde brejos ate ambientes

verdadeiramente aquaticos. Esta e uma denominac;:ao generica, independente de

aspectos taxonomicos. As macrofitas aquaticas sao definidas por COOK (1996) como

vegetais visiveis a olho nu, cujas partes fotossintetizantes ativas estao

permanentemente ou por diversos meses, em todos os anas, total ou parcial mente

submersas em agua dace, ou ainda flutuantes na mesma.

As macrofitas aquaticas apresentam grande plasticidade fisiologica que as

tarnam capazes de colonizar os ambientes com as mais diversas caracteristicas fisicas

e quimicas. Representadas par diferentes tipos biologicos, as plantas aquaticas

retornaram do ambiente terrestre para 0 ambiente aquatico, durante sua evoluc;:ao,

mostrando marcada gradac;ao nas adaptas;oes associadas com a vida neste ultimo

ambiente (PIERINI et aI., 2004).

Segundo ESTEVES (1988), as macr6fitas constituem a principal comunidade

produtora de biomassa em ambientes aquaticos, podendo interferir de diferentes

maneiras na dinamica desses ecossistemas. Ern reservatorios de hidreletricas, por

exemplo, a ocorrencia de plantas aquaticas tern sido urn problema de importancia

crescente no Brasil. Algumas usinas ja tern as suas eficiencias comprametidas pela

elevada infestac;:ao de plantas emersas e submersas, como, p~r exemplo, a Hidreletrica

de Jupia, localizada no Rio Parana, entre as cidades de Andradina e Castilho (SP), que,

em alguns meses do ano, tern 0 seu funcionamento alterado devido ao entupimento das

grades de protec;:ao das turbinas por grande massa de plantas submersas pertencentes

aos generos Egeria e Ceratophyllum.

As plantas aquaticas podem ser encontradas vegetando as margens de rios e

reservatorios ou dentro dos mais diversos ambientes aquaticos, empregando diferentes

mecanismos de adaptas;ao para sobrevivencia e desenvolvimento. Enquanto algumas

especies apresentam-se enraizadas em corpos d'agua com fortes correntezas, outras

somente podem viver em aguas paradas ou estagnadas (MARTINS et aI., 2002).

Considerando um gradiente de distribuiC;ao perpendicular a margem, as

macr6fitas submersas habitam locais mais profundos do ambiente com folhas flutuantes

e, por fim, as emergentes que, geralmente, ocupam a zona marginal dos lagos. Desta

forma, as maiores adaptac;oes para a sobrevivencia em ambientes aquaticos foram

desenvolvidas pelas plantas submersas que, diferentemente das flutuantes e

emergentes, encontraram seus requerimentos quase que totalmente na agua e

sedimento (PIERINI et aI., 2004).

Varios trabalhos, realizados em diferentes ecossistemas aquaticos,

demonstraram que a luminosidade subaquatica e os nutrientes inorganicos,

especialmente, 0 nitrogemio e fosforo, sao as principais variaveis correlacionadas com

os atributos populacionais (profundidade maxima de colonizaC;ao, biomassa,

percentagem de cobertura) de macr6fitas aquaticas submersas (SAND-JENEN, 1989;

DUARTE, 1991; BINI et al., 1999 apud PIERINI et al., 2004).

Segundo 0 levantamento realizado por CARVALHO et al. (2003), sobre as

especies invasoras na represa Barra Bonita, foram encontradas 17 especies de

macrofitas vegetando 0 local que compreende um ecossistema aquatico bastante rico

em material organico e mineral, oriundo de dejetos de cidades, inclusive de Sao Paulo,

e descargas industriais a qual caracteriza a regiao por um potencial muito grande para

a ocorrencia de uma serie de plantas aquaticas.

1.2 ESGOTO DOMIOSTICO

o esgoto sanitario ou domestico e proveniente da atividade domestica (aparelho

sanitaria, cozinha, entre outros), composto essencialmente de materia organica

(ALISSE & OBLADEM, 1981).

Formado, basicamente, pela agua e pelos residuos que ele transporta: fezes,

urina, saboes, detergentes, gorduras, particulas de alimentos e outros componentes

utilizados nas atividades cotidianas (VON SPERLING, 1996).

Segundo HAMMER & HAMMER (1996), ha um impacto em se lan9ar esgoto no

meio ambiente, pois as esgotos cedo ou tarde chegarao a um corpo receptor superficial

au subterraneo. Em funC;2Io da sua decomposiyao 0 esgoto promove alterac;oes nestes

ecossistemas. De maneira geral, as materiais de origem organica provenientes de

esgotos sao responsaveis por uma parcela consideravel dos prejuizos ao meio

ambiente causados pelos esgotos. Entretanto, os mananciais tern uma capacidade de

autodepurac;:ao, isto e, a capacidade que os microrganismos tern em degradar a materia

organica. Se a quantidade de materia organica for muito elevada, a autodepura<;:ao nao

eliminara por completo, 0 que pode levar a um dano ambiental consideravel.

o aumento da disponibilidade de nutrientes, notadamente fosforo e nitrogemio,

frequentemente provoca a eutrofizac;:ao em aguas de lagos e reservatorios. A

eutrofizac;:ao pode levar a proliferac;:ao de organismos, pela produ<;:ao de toxinas com

efeitos nocivos para os seres humanos, animais domesticos, alem da vida silvestre

terrestre e aquatica. As principais Fontes de f6sforo e nitrogemio sao os efluentes

urbanos e os fertilizantes agricolas (ESTEVES,1998).

Um dos principais problemas resultantes do florescimento de algas au outras

plantas aquaticas (crescimento desproporcional) e a reduc;:ao na transparencia da agua.

Blocas de macrofitas flutuantes impedem a penetra<;:ao de luz e praduzem grandes

quantidades de materia organica morta que podem levar a baixas concentrac;:6es de

oxigemio e a emissao de gases como metana e gas sulfidrico, devido a decomposir;:ao.

Alterac;:6es na abundancia e significativa reduc;ao na diversidade de especies

(biodiversidade) dos organismos aquaticos em urn lago ou reservatorio poderao ser

causadas por eutrofiza~ilo (ABE, 2000).

De acordo com AZEVEDO (1998), outros fatores podern contribuir com 0

processo de eutrofizar;:80 como 0 usa de fertilizantes quimicos na agricultura, bern como

a usa de produtos compostos por polifosfatos que sao desencadeadares de um

processo de enriquecimento artificial.

A polui<;:ao par aguas residuarias altera 0 equilibria ecol6gico dos ambientes

aquaticos induzindo a desaparecimento de algumas especies, bern como aparecimento

de outras.

Segundo BRANCO (1974), a polui~o no ambiente caracteriza uma sele~ilo

"natural" das espEkies, pais a alterac;:ao dos compostos quimico fisicos do meio torna

improprio a sobrevivencia de um grande numero de especies, causando a

desaparecimento das condi<;:6es que favorecem a desenvolvimento normal da fauna e

flora, per outro lado contribui significativamente para 0 aparecimento de novas

condi96es que favorecem 0 desenvolvimento da uma nova fauna e f1era no ambiente,

sendo este 0 aspecto mais caracteristico de poluic;:aocomo fenomeno ecol6gico.

Em muitos lagos, rios e represas, a agua de esgoto e a principal fonte poluidera,

uma vez que esgotos nao tratados ou aqueles tratados somente per metodos

mecanicos convencionais ainda contem nitrogenio (25-40 mg/L) e f6sforo (6-10 mg/L).

o sedimento de urn lago, sua camada lodosa no fundo, contem concentrac;:6es

relativamente altas de f6sfero e nitrogenio, sen do estes, elementos caracteristicos no

processo de eutrofizayao.

Conforme, ABE (2000), muitos fatores afetam a quatidade da agua em paises em

desenvolvimento, particularmente, 0 aumento da eutrofizac;:ao ocerre devido a

industrializayao, 0 desenvolvimento urbano, novas praticas agricolas e as mudanyas no

uso da agua.

Segundo BARBOSA et al. (1998), a determina,ao da carga de nutrientes, com a

finalidade de avaliar 0 processo de eutrofizac;:aoao longo de urn sistema, assim como a

determinac;:ao do balanc;:o de massa, atraves das estimativas de entradas, saidas e

retenyao de nutrientes no corpo d'agua sao importantes para a definic;:aode estrategias

de recuperayao, conservayao e manejo de lagos, rios e represas.

1.3 CONStDERA~()ES SOBRE A ESPECIE Cabomba furcala Schull. & Schull. f.

De acordo com CRONQUIST (1981), esta especie pertence a Divisao

Magnoliophyta, Classe Magnoliopsida, Sub Cia sse Magnoliidae, Ordem Nymphaeales,

Familia Cabombaceae e Genera Cabomba. No entanto, segundo Missouri Botanical

Garden (2005), a especie Cabomba furcala Schull. & Schull. f. pertence a Familia

Nymphaeaceae.

A familia Cabombaceae Lind., tern dois generos e cerca de nove especies

ocorrentes na Africa Tropical, America do Sui, india e Australia. No Brasil, e

representada pelo genero Cabomba, com tres especies: C. pubescens, C. furcata e C.

caroliniana. ORGAARD (1991) ressalta que tem havido algumas confusees a respeito

das especies que constituem 0 genero Cabomba, e relata que atualmente onze

especies foram descritas, C. aqualica Aublet, C. furcala Schultes. & Schultes. f., C

caroliniana A. Gray, C. piauhyensis Gardner, C. warmingii Caspary, C. australis

Spegazzini, C. pubesbens Ule, C. pulcherrima (Harper) Fassett, C. palaeformis Fassett,

C. schwartzii Rataj e C. haynesii Wiersma, sendo apenas cinco especies atualmente

reconhecidas: C. aqualica Aublet, C. palaeformis Fassett, C furcala Schultes &

Schultes f., C. haynesii Wiersma e C. caroliniana A. Gray.

As plantas desta familia compreendem a elVas aquaticas, com folhas submersas

multipartidas, verticiladas e folhas natantes inteiras, peltadas e espiraladas. Flores

pequenas, com 10-15 mm de diametro, solitarias, axilares, com 3 sepalas petaloides

alternadas com tres petalas unguiculadas e auriculadas na base, estames de 3-6, com

filetes subulados e anteras linea res e extrorsas; ovario formado por 3-4 carpelos livres

entre si, com estiletes curtos e estigmas globosos; ovulos de 1-4 em cada carpelo, com

placentac;:ao laminar. Fruto apocarpico com carpidios indeiscentes; sementes com

perisperma e endosperma (BARROSO,1978).

Segundo MASS et al. (1998), a familia Cabombaceae apresenta plantas

aquaticas com rizomas submersos, sepalas de 3-4, petalas 3-4, estames 3-36, carpelos

livres, estigma simples, placentac;:ao apical, ovulos de 1-3 e frutos que consistem em

foliculos indeiscentes.

Cabomba furcata Schult. & Schult. f. , e uma especie aquatica de agua parada ou

pouco corrente, submersa fixa. As folhas sao flutuantes de 1 cm de comprimento e

sagitadas. As flores mantem-se fora da agua e florescem de setembro a maio (POTT &

POTT, 2000).

1.3.1 Distribuic;:ao Geografica

Ocorre na America Central e na America do Sui ate 0 rio Amazonas. Pode ser

encontrada ainda nos Estados do Piaui, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do

Sui ate 0 Rio Grande do SuI. Abundante em todo Pantanal, em vazantes e centros de

lagoa. (JOLY, 1991; LORENZI, 2000; 2005). Segundo ORGAARD (1991) 0 genera

Cabomba ocorre na regiao sudeste dos Estados Unidos, SuI do Brasil, Paraguai,

Uruguai e na regiao nordeste da Argentina.

1.3.2 Ecologia

E utilizada como alimento de aves aquaticas, abrigo de invertebrados (insetos

aquaticos, caranguejos, caramujos, etc), substrata para perinton e microfauna. Abrigo e

com ida de peixes. Forrageira para capivara (JOL Y, 1991; LORENZI, 2000; 2005).

1.3.3 Importancia economica

Esta especie de Cabomba furcata Schult. & Schult. f. , pelo fato de possuir folhas

multipartidas e urna planta de grande efeito ornamental em aquarios, e multo utHizada

em fontes de parques, em tanques e em represas (JOLY, 1991).

1.3.4 Dispersao

Segundo ORGAARD (1991) a dispersao da maioria das plantas aquaticas,

inclusive de Cabomba fureata, oeorre por aves, ou Ornitocorico. POTT & POTT (2000)

ressalta que a frutificac;ao ocorre dentro da agua, cnde a semente e espalhada, au

ainda per propagayao vegetativa, per meio de pedagos de caule.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo geral

o presente estudo apresentou como objetivo demonstrar a relayao entre a

proliferac;ao de Cabomba furcata com 0 aumento da popula9ao de entorno de um

afluente do Rio Palmital.

1.4.2 Objetivos especfficos

Avaliar e comparar a estrutura da folha de Cabomba furcala Schult. & Schult. f.

nes diferentes pontos de coleta em quatro diferentes lagos;

• Representar quantitativamente 0 grau de Nitrite e Nitrato presentes na agua;

• Mensurar as clorofilas a, b e total presente nas folhas des individuos coletades

nos diferentes pontos de coleta em quatro diferentes lagos.

MATERIAL E METODOS

2.1 AREA DE ESTUDO

Esta localizada no municipio de Colombo-PR, Brasil, em uma propriedade

particular; e corresponde a um conjunto composto par cinco lagos interconectados e

abastecidos par um afluente do Rio Palmital, que foram estabelecidos com a finalidade

de desenvolvimento de piscicultura. Devido a ocupa~ao desordenada, de

aproximadamente vinte (20) familias na regiao de seu entomo, despejando eS90to

domestico neste afluente, estes lagos se encontram como aceptares de dejetos em

estado de eutrofiza~ao.

Colombo, situa-se na latitude 25'17'30" S e longitude 49'13'27" W, a uma altilude

de 1027 melres (IBGE, 1992).

A area total da propriedade compreende a 70.192,18 m2, e a area ocupada pelos

lagos apresenta uma area tolal de 3.293 m' (Iago 1 - 510 m'; lago 2 - 459 m'; lago 3 -150 m2; lago 4 - 99 m2; lago 5 - 2.075 m2), conforme visualizac;:ao na Fig. 01.

A area onde as lagos estao localizados encontra-se em desnivel, onde, 0 Lago 3

apresenta-se no nivel mais elevado do terreno, a Lago 1 e 4 apresentam-se no mesmo

nivel porem abaixo do Lago 3 e as Lagos 2 e 5 apresentam-se no mesmo nivel parem

abaixo dos demais lagos, conforme visualizavao na Fig. 01.

10

Fiaura 1- Oesenho esauematico demonstrativo da disDosicao dos laaos na area de estudo.1\" As flechas reoresentam a conexao entre as lagos .

••L1 (Lago 1); L2 (Lago 2); L3 (Lago 3); L4 (Lago 4); L5 (Lago 5).

1\" As linhas representam 05 diferentes niveis do terreno na area avaliada, cnde H1 >H2

>H3 >H4 >H5 >HB >H7.

2.2 COLETA DO MATERIAL

2.2.1 Planta

Foram colelados 19 individuos de Cabomba furcaia dos lagos: 2, 3, 4 e 5,

distribuidas em B coletas do Lago 2; 3 coletas do Lago 3; 4 coletas do Lago 4 e B

coletas do Lago 5.

Para 0 Lago 1, naD foi identificada a presen.ya de Cabomba furcata, naD tendo

sido, portanto, objeto do presente estudo, contudo para as Lagos 2 e 5 observou-se

maio res concentrayoes da especie, quando comparado com as Qutros lagos.

11

As amostras foram fixadas em solu<;ao de FAA. 70 por 48h (JOHANSEN, 1940)

e posteriormente mantidas em etanol 70% ate 0 processamento final (BERL YN &

MIKSCHE, 1976).

Para cada individuo coletado, parte da estrutura da planta foi destinada a analise

de dorofila, tendo side armazenada em sacos plasticos ao abrigo da Iuz.

2.2.2 Agua

A agua foi coletada em 19 pontcs dos lagos em estudo, utilizando-se recipientes

apropriados. 0 acondicionamento das amostras foi feito sob temperatura adequada

para encaminhamento ao laborat6rio.

Em campo, foram realizadas medic;oes de pH da agua dos pontcs de coleta. Em

laborat6rio, as amostras coletadas foram avaliadas par meio de analises fisico-quimicas

dos parametres Nitrite e Nitrato, utilizando-se colorimetro Hach DR/agO e kits de

reagentes especificos para tais determina96es.

2.3 ANALISES MORFOANATOMICAS

2.3.1 DOSAGEM DE CLOROFILA

Para a dosagem de clorofila, fcram utilizadas 28 mg de folhas frescas, seguindo

a teeniea de BARNES (1992). A extra<;ao do pigmento foi realizada com 5 mL de

dimetilsulf6xido em tubas de ensaio, que fcram vedados com papel aluminio e levados

ao banho-maria a 650 C ate extra9c3o completa do pigmento (aproximadamente 6

horas). As leituras das absorbaneias foram feitas em espeetrofot6metro (VARIAN UV-

VIS CARY 50) nos eomprimentos de onda de 648 nm e 665 nm. Os valores de

absorbancia foram aplicados nas seguintes f6rmulas:

C,= 14,85A665-5,14A648

Cb = 25,48 A648 - 7,36 A665

C("b) = 7,49 A665 + 20,34 648

12

Onde, Ca = clorofila a; Cb;; clorofila b; C(a+b) = clorofila total.

Na sequencia, as valores calculados de Ga e Cb foram multiplicados pelo volume

do solvenle ulilizado (5 mL) e divididos pelo peso de folha por tubo de ensaio (2B mg).

obtendo-se a concentrayao de cada pigmento par unidade de peso foliar em 1J.9.m91.

Considerando 0 Sistema Internacional de Medidas que preconiza a expressao da

quantidade de substancia em moles, a conversao fOl realizada tamando-se par base as

pesos moleculares. Dessa forma, as valores obtidos para as clorofilas a e b fcram

respectivamente multiplicados par 1,121 e 1,104, sendo a unidade expressa em

mmoLmg'

2.3.2 PREPARO DAS LAMINAS PERMANENTES PARA AS MENSURAi;OES DAS

SECi;OES TRANSVERSAlS DAS FOLHAS

Foram confeccionadas laminas permanentes de folhas de C. furcata para 0

estudo anatomico. A inclusao do material foi realizada em metacritatoglicol (JB-4),

seguindo a tecnica de FEDER & O'BRIEN (196B) e recomendal'oes do fabricante

(POLYSCIENCES INC.). As secl'oes transversais foram feitas em microtomo rotatorio

(LEICA RM2125). com espessura de 20 ~m. coradas com azul de toluidina a 1%

(SAKAI 1973) e montadas em lamina e laminula com resina sintetica (Entelian).

A analise das secc;oes transversais para a descrivao da falha fal realizada em

microscopio fotonico (OLYMPUS - CX41RF) e as ilustral'oes. em fotomicroscopio

(OLYMPUS - BX 41). Foram realizadas as medic;oes das secc;oes transversals nos

seguintes sentidas: comprimenta entre as duas margens da folha; e largura entre as

duas epidermes. em fotomicroscopio (OLYMPUS - BX 41) com captura de imagem.

pelo software (IMAGE - PROPLUS).

13

2.3.3 ANAuSES ESTATISTICAS

Para 0 estudo estatistico dos resultados sera utilizado 0 programa STATISTICA

lor Windows da Stasoft, inc. (1999). Para todas as variaveis, loram primeiramente

verificados as padr6es de distribuiyao, atraves do teste Shapiro-Wilk e, em seguida,

aplicados 0 teste t-student e de Mann-Whitney U, para verificar se as medias das

medidas morfo-anat6micas e fisiol6gicas das plantas crescidas nos lagos 2, 3, 4 e 5

foram semelhantes entre 5i, bern como para as analises dos parametres fisico-quimicos

de amostras de agua coletadas nos referidos lagos.

3 RESULTADOS E DISCUSSAO

Os maiores valores em relac;ao aDs para metros nitrate e nitrito foram observados

para as lagos 2 e 5 (com desvio-padro3o significativ~). Em comparac;ao aos limites

maximos estabelecidos para aguas doces, pela resolu9ao do CONAMA 357/2005,

pode-se afirmar que as aguas de todos os lagos analisados encontram-se dentro dos

pad roes de aceitayao para os parametros nitrato e nitrito.

Estudos adicionais necessitam ser realizados para se verificar a contribuiyao do

relevo em term os da poluiyao dos lagos, avaliando-se de forma mais completa as

condiyoes de qualidade fisico-quimica e microbiologica dos lagos analisados,

obedecendo-se as determina90es da resolu9ao do CONAMA 357/2005 para avalia90es

de corpos de agua doce em relayao a condiyoes para piscicultura, que requisitam urn

numero maior de parametres de analise e uma periodicidade especifica. Em avaliayao

preliminar, pode-se sugerir que as resultados obtidos para nitrato e nitrito para os lagos

2 e 5, bem como a maior presenya de C. furcata nos mesmos podem estar refletindo a

influencia do relevo da area, uma vez que tanto a vertente apresenta-se em terreno

mais elevado em relayao aos lagos, com diferenya mais express iva em especial para os

lagos 2 e 5, bern como pelo fato dos lanyamentos de aguas residuarias domesticas

ocorrer no corrego (afluente do rio Palmital) que se encontra em terreno em nivel mais

elevado do que as lagos estudados.

14

TANAKA (2001) afirma que as ambientes aquaticas, de forma geral, sao farmadas

par uma grande biodiversidade vegetal, que, em situac;:ao ecologicamente equilibrada, eessencial para a manutem;:ao e a desenvolvimento desse ecossistema. Nesses

ambientes, as plantas aquaticas sao responsaveis, principalmente, pela oxjgena~o e

depurac;aa da agua e servem de alimentos para a fauna. Guimaraes (1999) ao estudar

o papel desempenhado por algumas especies de macrofitas na despoluic;:ao de aguas

servidas de e590to domestico, detectou uma reduyao de 86,87%, 83,61% e 39,75% nos

valores dos parametres de 000, turbidez e s61idos totais, respectivamente.

Segundo PITELLI (1998); FOLONI & PITELLI (2005), no Brasil, um dos maiores

problemas ambientais ocasionados pela proliferac;:ao excess iva de plantas aquaticasesta relacionado aos ambientes allerados pelo homem, como por exemplo, lagos e

reservat6rios eutrofizados pr6ximos aos centres urbanos. Dentre da mesma linha,

PATION & SATRNES (1979) afirmam que 0 excesso de nutrientes, provenientes de

fontes como 0 eS90to domestico, possibilita que ambientes hidricos tornem-se

infestados por plantas aquaticas, fato que pode ser correlacionado a problematica da

ocorrencia de C. furcata nos lagos analisados no presente estudo.

CARDOSO et al. (2003) ressaltam que as macrofitas aquaticas em desequilibria

nos corpos hidricos apresentam taxa de crescimento elevada e produzem grandes

quantidades de biomassa. De acardo com BRANCO (1986), existem varias especies

macr6fitas com potencial para causar prejuizos em ecossistemas aquaticos.

De acorda com RIEMER & ILNICKI (1968). sob circunstancias ambientais

apropriadas, as especies do genero Cabomba sao extremamente persistentes. Como

invasoras, no que se refere a competiy80 com especies nativas, as plantas deste

podem excluir completamente as especies nativas bern estabelecidas. ELAKOVICH &

WOOTEN (1989), em estudo realizado utilizanda exlratos de especies de Cabomba.

constataram efeitos alelopaticos em concentrac;oes medias e elevadas, desta forma

podendo invadir novos habitat e competir com especies nativas e ate elimina-Ias.

VADSTRUP & MADSEN (1995) afirmam em seus estudos que a vantagem competitiva

de macr6fitas submersas e derivada das taxas fotossinteticas ou de crescimento mais

elevados de uma especie em rela9ao a outra. Segundo MOORE (1999) pode-se

concluir que 0 ambiente aquatico e 0 habitat de grande diversidade de caminhos

15

fotossinteticos que controlam a distribuic;:ao e a composic;:ao da comunidade de

macr6fitas aquaticas.

ANDERSON & GARRATY (1994) avaliaram 0 impacto de Cabomba sobre plantas

aquaticas nativas e da qualidade de agua e concluiram que a Iransparencia da agua

diminuida naD resulla do aumento de s61idos em suspensao e sim devido a presenc;;a

fisica da erva daninha. Estes mesmas autores sugerem que estas plantas devern ser

consideradas ervas daninhas ambientais, pais suas habilidades em substituir plantas

aquaticas nativas trazem como conseqOemcia 0 deslocamento de peixes nativos e

popula,6es de invertebrados. Segundo LARCHER (2000), bioindicadores sao

organismos au uma comunidade de organismos sensiveis a poluic;ao como fatar de

estresse e respondem par meio de alterac;:oes dos processos vitais ou pela acumula9<30

do poluente, respondendo as mudan9as do meio, dependendo de suas necessidades

especificas, par intermedio do declinio, do desaparecimento ou, ao contrario, pela

abundfmcia no cresci menta e no aumento da capacidade de reprodu9<3o.

3.1 DESCRIC;AO ANATOMICA DA FOLHA DE C. furcata

Em SeC9<30transversal, um estrato epidermico se faz presente em ambas as

faces. 0 Parenquima clorofiliano e constituido par celulas de varies tamanhos e

fermatas. Pode-se observar ainda, a presen9a de aerenquima mais au menos

desenvolvido. 0 sistema vascular e composto par urn feixe central (ANEXO I).

A presen9a de aerenquima e geralmente observada em plantas que crescem em

ambientes aquaticos ou muito umidos, e nao ha duvida sobre a sua importancia para a

fisiologia da planta, principalmente na maior eficiEmcia das trocas gasosas

(SeULTHORPE, 1967; KAUL, 1971; ESAU, 1977; FAHN, 1982). A principal (un,ao de

urn tecido aerenquimatose alta mente compartimentado em plantas aquaticas e a

estabilidade mecfmica (WILLIAMS & BARBER, 1961). eOAN (2002) ressalta que nesse

tecido aerenquimatoso fica preservado um minima de oxigenio requerido de um

arnbiente aquatico, pobre em oxigemio, e que as canais de ar nas partes aereas das

plantas aquaticas suprem a oxigenio para as raizes. Desse modo, a presen((a de

16

aerenquimas nos diferentes orgaos da especie estudada, representa urna adapta9BO

dessa planta ao ambiente aquatleD e/ou anfibio.

3.2 TEORES DE CLOROFILAS

3.2.1 Clorofila a

Quando testada a hip6tese de que 0 tear de clorofila a e igual, para ambos as

lagos analisados, 0 que se observa que a hipotese nula e aceita, au seja, nao houve

diferen93 entre as teores de clorofila a entre as lagos 2, 3 ,4 e 5. Estes resultados

podem ser visualizados na Tab. 1 e Fig. 2.

TABELA 01 - MEDIA, ERRO, DESVIO PADRAO E VARIANCIA DOS TEORES DE

CLOROFILA A DAS FOLHAS DE C. furcala COLETADAS NOS LAGOS 2,3.4 E 5.

Ciorofila A Lago2 Lago3 Lago4 Lago 5

Media 54,49311 48,88032 40,41464 42,02189

Erro padrao 6,366841 3,155649 5,307604 3,387247

Desvio padrao 15,59551 5,465744 10,61521 8,297027

Varicincia da amostra 243,22 29,87436 112,6826 68,84066

Minima 33,71558 44,53409 28,43333 26,60846

Maximo 74,54352 55,01665 51,0299 51,87852

N 6 3 4 6

17

FIGURA 02 - COMPARA<;:AO DOS TEORES DE CLOROFILA A DAS FOLHAS DE C.

furcala COLETADAS NOS LAGOS 2, 3, 4 E 5.

:c Me80'SOMean-SO

CJ lAean'SEMean·SE

CLO~L2 CLQRA.-l3 CLORA,..L4

Como as lagos 2 e 5 foram as que demonstraram as maiores diferenc;:as nos

valores das medias dos teores de clorofila a, realizaramMse testes de normaHdade para

as amostras destes lagos empregando a teste estatistico Shapiro-Wilk, considerando

que, ambas as amostras possuiam distribui'Y30 normal. Para as amostras

independentes com variancias iguais, foi utilizado teste estatlstico t-student, obtendo-se

uma distribui930 normal bicaudal. Estes resultados podem ser observados da Fig. 3.

IS

FIGURA 03 - COMPARAi;:AO DOS TEO RES DE CLOROFILA A DAS FOLHAS DE C.

furcala COLETADAS NOS LAGOS 2 E 5.

:::I::lS'd.Dev.CJ tSld.Err.

Neste caso, a hip6tese nula e aceita, au seja, as medias das concentrar;oes de

clorofila A sao iguais em ambos as lagos (p = 0,11), ao nivel de signifidincia de 5% e

10 graus de liberdade.

3.2.2 Clorofila b

Quando testada a hip6tese de que 0 tear de clorofila b e igual, para ambos as

lagos analisados, observa-se que a hip6tese nula e aceita, au seja, naa houve diferenya

entre nos teores de clorofila b entre as lagos 2, 3, 4 e 5. Estes resultados podem ser

visualizados na Tab. 2 e Fig. 4.

19

TABELA 02 - MEDIA, ERRO, DESVIO PADRAo E VARIANCIA DOS TEO RES DE

CLOROFILA bOAS FOLHAS DE C. furcala COLETADAS NOS LAGOS 2, 3, 4 E 5.

Clorolila B Lago 2 Lago3 Lago 4 Lago 5

Media 12,04796 12,86558 15,42134 11,07659

Erra padrao 1,337501 1,44867 2,821886 0,836524

Desvio padrao 3,276194 2,50917 5,643772 2,049057

Variancia da amostra 10,73345 6,295935 31,85216 4,198634

Minima 7,704553 11,01494 7,39236 8,788873

Maximo 16,85828 15,72152 20,61924 14,0844

N 6 3 4 6

FIGURA 04 - COMPARA9AO DOS TEORES DE CLOROFILA bOAS FOLHAS DE C.

furcala COLETADAS NOS LAGOS 2, 3, 4 E 5.

~0 (

~::c ~:::~~Cl ~::-:i

ClORB_12 Cl~8_l3 ClORB_l. ClORB_LS

Fato semelhante ao ocorrido quando da analise de clorofila a, foi observado

neste casa, on de os lagos 2 e 5 foram os que demonstraram as maiores diferenc;as nos

valores das medias dos teores de clorofila b. Desta forma fcram realizados testes de

20

normalidade para as amostras destes lagos empregando 0 teste estatistico Shapiro-

Wilk, considerando que, ambas as amostras possuiam distribuit;ao normal. Para as

amostras independentes com variancias iguais, foi utilizado teste estatistico t-student,

obtendo-se uma distribui9210 normal bicaudal. Estes resultados podem ser observados

da Fig. 5.

FIGURA 05 - COMPARA<;AO DOS TEORES DE CLOROFILA a DAS FOLHAS DE C.

furcata COLETADAS NOS LAGOS 2 E 5.

:::r: ctSld.OevD±Sld_Err

IINeste casa a hipotese nula e acelta, au seja, as medias das concentra96es de

clorofila b sao iguais em ambos as lagos (p = 0,55), ao nivel de significancia de 5% e 10

graus de liberdade.

3.2.3 Clorolila total

Resultados semelhantes aos observados quando da analise das clorofilas a e b,

fcram obtidos quando das analises para comparayao de clorofila total, isto e, quando

testou-se a hipotese de que a tear de clorofila total e igual, para ambos as lagos

analisados, observa-se que a hipotese nula e aceita, au seja, nao houve diferenya entre

nos teores de clorofila b entre as lagos 2, 3, 4 e 5. Estes resultados podem ser

visualizados na Tab. 3 e Fig. 6.

21

TABELA 03 - MEDIA, ERRO, DESVIO PADRAo E VARIANCIA DOS TEORES DE

CLOROFlLA TOTAL DAS FOLHAS DE C. furcata COLETADAS NOS LAGOS 2, 3, 4 E

5.

Clorofila total Lago 2 Lago3 Lago4 Lago 5

Media 59,52417 55,25782 50,02092 47,51921

Erro padrao 6,408176 4,125237 6,41958 3,549121

Desvio padrao 15,69676 7,14512 12,83916 8,693536

Variancia da amostra 246,3883 51,05274 164,844 75,57757

Minima 37,0551 49,70442 32,06023 32,35139

Maximo 78,06697 63,3187 60,60762 59,0364

N 6 4 6

FIGURA 06 - COMPARAC;AO DOS TEORES DE CLOROFlLA TOTAL DAS FOLHAS

DE C. furcata COLETADAS NOS LAGOS 2, 3, 4 E 5.

I ~::~:go Moan.SE

Mean-SE

Mais uma vez, foram realizados testes de normalidade para as amostras destes

lagos empregando 0 teste estatistico Shapiro-Wilk, considerando que, ambas as

amostras possuiam distribui930 normal. Para as amostras independentes com

22

variancias iguais, foi utilizado teste estatlstico tMstudent, obtendoMse uma distribuiltao

normal bicaudal. Estes resultados podem ser observados da Fig. 7.

FIGURA 07 - COMPARA<;AO DOS TEORES DE CLOROFILA TOTAL DAS FOLHAS

DE C. furcala COLETADAS NOS LAGOS 2 E 5.

I~SId.o.vCl ~Std,EIT.

Neste caso a hipotese nula e aceita, au seja, as medias das concentraltoes de

clorofila b sao iguais em ambos as lagos (p :; 0,13), ao nivel de significancia de 5% e 10

graus de liberdade.

A clorofila a e essencial para a produ~ao de oxigemio pela fotossintese, enquanto

que a c1orofila b e um pigmento acess6rio que nao esta diretamente envolvido na

transduc;:ao da energia da fotossintese, mas serve para ampliar a faixa de luz que pode

ser utilizada neste processo. Quando uma moJecula de clorofila b absorve luz, a energia

e transferida para a molecula de clorofila a, que entao a transforma em energia quimica

durante a fotossintese. Nas folhas da maioria das plantas verdes, a clorofila a,

geralmente, representa % do conteudo total de clorofilas, e a clorofila b constitui a

restante (RAVEN et aI., 2001).

Segundo THOMAS et al. (2001), a decomposil'iio das clorofilas em sistemas

aquaticos e quantitativa mente e ecologicamente tao significante quanto em ambientes

terrestres, onde a estima~ao apurada das clorofilas tornaMse essencial para os estudos

de ecologia aquatica.

23

3.3 MENSURA<;OES DAS SEC<;OES TRANSVERSAlS DAS FOLHAS

Para comparac;ao das dimens6es foliares, foram realizadas mensura90es do

comprimento e largura das sec90es transversais (Tab. 4 e 5).

TABELA 04 - MEDIA, ERRO, DESVIO PADRAO E VARIANCIA DO COMPRIMENTO

DAS SEC<;OES TRANSVERSAlS DAS FOLHAS DE C. furcata COLETADAS NOS

LAGOS 2 E 5.

Comprimento Lago 2 Lago 5

Media 676,4 570,78

Erro padrao 14,12 7,69

Oesvio padrao 119,82 64,80

Variancia da amostra 14355,99 4199,44

Minima 529,37 421,18

Maximo 961,87 675,55

N 72 71

TABELA 05 - MEDIA, ERRO, DESVIO PADRAO E VARIANCIA DA LARGURA DAS

SEC<;OES TRANSVERSAlS DAS FOLHAS DE C. furcata COLETADAS NOS LAGOS 2

E 5.

Largura Lago2 Lago 5

Media 72,61 95,08

erro pactrao 4,95 7,67

Desvio padrao 42,01 64,63

Variancia da amostra 1764,54 4177,54

Minima 9,44 48,09

Maximo 156,87 239,62

N 72 medidas 71 medidas

24

Os testes de normalidade para as amostras dos lagos 2 e 5 foram efetuados,

tanto para comprimento quanta largura, empregando·se 0 teste estatistico Shapiro-Wilk.

que considera que ambas as amostras passuiam distribuifYc30 normal. Como estas naose apresentaram em distribuivc30 normal, foi utilizado teste estatistico Mann-Whitney U.

Estes resultados podem ser observados nas Figs. 8 e 9.

FIGURA 08 - COMPARA9AO DAS MEDIAS DE COMPRIMENTOS DAS SEC90ES

TRANSVERSAlS DAS FOLHAS DE C furcafa COLETADAS NOS LAGOS 2 E 5.

720

:::r:: :t.Sttl. De .••.

D :tStd.Err.D Mean

FIGURA 09 - COMPARA<;AO DAS M~DIAS DE LARGURAS DAS SEC<;OES

TRANSVERSAlS DAS FOLHAS DE C. furcata COLETADAS NOS LAGOS 2 E 5.

180,------------------,

::I: iSld. Dev.c::J :1Sld.EIT

o Mean

--

"" IIT _~

J

LAG02 LAG05

Quando comparadas as larguras das secvoes transversais das folhas (p = 0,73).

ao nivel de signifidlncia de 5% e 141 graus de liberdade, conforme apresentado na Fig

9, as medias obtidas naD apresentam diferenc;:as significativas (p::;: 0,73).

3.4 pH, NITRITO E NITRATO

Para avaliac;:ao das condic;:oes dos ambientes aquaticos em que foi identificada a

presenc;:a de C. fureata, fcram analisados as parametres pH, nitrito e nitrato de amostras

de agua coletadas em todos as lagos (Tab. 6).

Conforme apresentado na Tab. 6, as medias dos valores de pH observados

variararn de 7,4 a 7,7. A distribuic;:ao do pH das amostras dos lagos pode ser observada

na Fig. 10. Com rela9ao aD nitrogenio nitrico (Fig. 11), as concentra90es dos lagos

situaram-se entre 0,01 mg/L e 0,11 mg/L.

26

TABELA 06 - MEDIAS DOS VALORES DE pH, NITRITO E NITRATO NOS LAGOS

Lago 1 Lago 2 Lago 3 lago 4 Lago 5

Media Desvio Media Desvio Media Oesvio Media Oesvio Media Desvio

Padrao Padrao Padrao Padrao Padrao

pH 7,618 :,:0,3358 7,453 :,:0,1194 7,61 :,:0,0565 7,69 :,:0,0852 7,71 ~O,1664

Nitrito 0,027 :,:0,0020 0,065 :,:0,0321 0,01 :!.0,0042 0,0067 :!.0,0022 0,0764 :!.0,0361

Nitrate Nd Nd 0,348 :!.0,0360 0,03 :!.0,0070 0,01 ° 0,222 :!.0,1507

- -Nd - Nao determmado.

o pH e uma medida de acidez e segundo SILVEIRA & SANT' ANNA (1996), 0

pH adequado para 0 crescimento dos organismos aquaticos situa-se entre 6,5 e 7,5. A

grande maioria destes organismos naD sobrevive em ambiente com pH superior a 9,5

au inferior a 4,0.o pH apresentou-se numa media de 7,61 para todos as lagos em estudo, 0 que

caracteriza urn 6timo para a presen9a de Cabomba furcata, ja que para a sobrevivemcia

de especies aquaticas 0 ideal e um pH entre 6,5 e 7,5. Segundo ORGAARD (1991) 0

genero Cabomba apresenta urn ctimo crescimento entre urn pH 4-6 e a inibi9ao do

crescimento ocorre entre 7-8. Estudos realizados por SCHNEIDER & JETER (1982)

avaliaram 0 crescimento de Cabomba em pH 7.8.

Os nlveis de nitrato e nitrito foram maiores para as amostras coletadas dos lagos

2 e 5, conforme observado nas figuras 11 e 12. Pelo croqui da area de estudo, que

demonstra a disposi~ao dos lagos e da regiao de invasao, em rela~ao ao

posicionamento do c6rrego e da nascente, observa-se que os lagos 2 e 5 sao aqueles

que sofrem a maior influencia do de5pejo de e5goto domestico, este fato pode ser

constatado ainda quando sao analisados os teores de nitrito e nitrato, onde, no lago 2

sao observados menores varia~6es nos teores principal mente de nitrato ( menor desvio

padrao), agora quando analisado 0 lago 5 que recebe agua, tanto dos lagos 3 e 4, bem

como do lago 1 e 2 que recebem os despejos de esgoto proveniente da regiao de

invasao, sao observadas as maiores variay6es (maior desvio padrao), provavelmente

em fun~ao de sua maior dimensao.

A ocorrencia de nitrato relaciona-se com um estagio de polui~ao remota, por ser

este a ultima forma de oxida9ao do nitrogenio (FERNANDES, 1997 apud MACEDO,

27

2001). De acordo com ESTEVES (1966) 0 nitrogenio e urn dos elementos mais

importantes no metabolismo de ecossistemas aquaticos. Isto se deve principalmente a

sua participac;:ao na formac;:ao de proteinas, urn dos componentes basicos da biomassa,

sen do que as principais fantes natura is de nitrog£mio podem ser da chuva, material

organico e inorganico de origem al6ctone e a fixa{:ao do nitrogemio molecular dentro do

proprio ambiente. A presenc;:a de tais elementos em recursos hidricos caracteriza

poluic;ao por e590t05 domesticos

Segundo CARMOUZE (apud BAUMGARTEN, 1996) a forma rna is estavel do

nitrogenio em soluc;ao aquosa e 0 nitrato. A produc;ao de nitrate resulta da oxidac;:ao

enzimatica do amonia, tendo 0 nitrito como intermediario. No processo fotossintetico, a

amenia e a forma diretamente assimilavel pelo organismo, enquanto que 0 nitrito deve

passar, obrigatoriamente, a forma amenio dentro da celula.

Os tecres de nutrientes estao freqOentemente relacionados ao grau de poluic;:ao

de um ecossistema aquatico, e quando elevados geralmente sao interpretados como

indicadcres de meio poluido, demonstrando um estado avanc;:ado de eutrofizac;ao

(CARMOUZE,1994).

Os maiores valcres em relac;ao aos para metros nitrato e nitrito foram observados

para os Lagos 2 e 5 (com desvio-padrao significativo). Em comparac;ao aos limites

maximos estabelecidos para aguas doces, pela resolu9ao do CONAMA 357/2005,

pode-se afirmar que as aguas de todos os lagos analisados encontram-se dentro dos

padrees de aceitac;ao para os parametros nitrato e nitrito.

Estudos adicionais necessitam ser realizados para se verificar a contribuic;ao de

releve em termes da poluic;ae dos lagos, avaliande-se de ferma mais completa as

cendiyees de qualidade fisico-qui mica e micrebiol6gica dos lagos analisades,

obedecendo-se as determina90es da resolu9ao do CONAMA 357/2005 para avalia90es

de corpos de agua dace em relac,;:ae a condic;6es para piscicultura, que requisitam um

numero maior de parametres de analise e uma periodicidade especifica. Em avaliac;ae

preliminar, pede-se sugerir que os resultados obtidos para nitrato e nitrito para os lagos

2 e 5, bem como a maior presenya de C. furcata nos mesmos podem estar refletindo a

influencia do relevo da area, uma vez que tanto a vertente apresenta-se em terreno

mais elevado em relac;ao aos lagos, com diferenc;:a mais expressiva em especial para es

28

lagos 2 e 5, bern como pelo fata dos lanyamentos de aguas residuarias domesticas

ocorrer no c6rrego (afluente do rio Palmital) que se encontra em terreno em "ivel mais

elevado do que os lagos estudados.

FIGURA 10 - VARIA9AO DE pH DAS AMOSTRAS DE AGUA COLETADAS DOS

LAGOS 2, 3, 4 , 5, Corrego e Vertente

...'.'7.'

7.'

~7.7 ® @

a 7.6 87.S

@7.<

~ :::r:: Meant$D7.3 ••••,<>50

7)CJ Mean+SE

lAGO. LAG03 lAGOS VERTENTE-.SE

lAG02 lAGo. CORREGO

FIGURA 11 - NlvEIS DE NITRITO DAS AMOSTRAS DE AGUA COLETADAS DOS

LAGOS 2, 3, 4 E 5.

O,14r--~-~---~~-~------'

0,12

0.10

~I~o,oe

i 0,06

i 0,04

"'"' @0.02

~I4l""" :::c Mean+SD0,00

Mean·SO

-0,02CiMean+SE

LAG01 LAGOS VERTENTEMean-SE

LAG02 LAC04 CORREGO 0 Mean

FIGURA 12 - NlvEIS DE NITRATO DAS AMOSTRAS DE AGUA COLETADAS DOS

LAGOS 2, 3, 4 E 5.

0,45

0,35 ~ g0,25

0,15

0,05

= ::c Mean+SDMean-SO

o Mean+SE

-0,05 Mean-SE

LAG02 LAG04 LAGOS 0 M~,

30

4 CONCLUSAO

Em relac;:ao a Cabomba furcata, as resultados obbdos permitem concluir que ao

comparar as individuos coletados nos diferentes lagos:

- naD houve diferen~a significativa em relaQa,o aos teores de clorofila a, b e

total, portanto a materia organica proveniente do e590to domestico nao

interferiu na sintese destes pigmentos;

- naD houve diferenc;;a significativa na largura das folhas, porem houve

diferenc;;a no comprimento das secc;;oes transversais das folhas, sendo

observado urn aumento de aerenquima, 0 que sugere uma resposta das

plantas ao ambiente com menor tear de Qxigemio, como consequEmcia do

despejo de e590to domestico.

Os maiores tecres de nitrito e nitrate foram registrados nos lagos 2 e 5, sendo

nestes lagos registrada tambem grande quantidade de plantas, 0 que sugere que os

mesmos encontram-se no estado eutr6fico com grande quantidade de nutrientes, que

sao compostos importantes na formaC;ao de biomassa de Cabomba furcata. Oesta

forma 0 despejo de e5goto domestico tem contribuido significantemente para a

presenc;a da especie, contribulndo na reproduC;ao desta especie.

Multo embora os niveis de nit rita e nitrato estejam abaixo do limite maximo

estabelecido pela Resolu~ao do CONAMA 357/2005 para aguas doces, estudas

adicionais das aguas dos lagos anallsados precisam ser realizados para se estabelecer

a influencia do relevo da regiao sobres os aspectos de poluiC;ao dos lagos.

Neste sentido, os estudos de cunha ambiental sao fundamentals, pois

possibilitam 0 melhor conhecimento do ambiente, atraves da compreensao de seu

funcionamento e suas caracteristicas, alem de sua capacidade de suporte quanta aos

impactos gerados pela ac;ao antr6pica.

31

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3&

ANEXO I

- SEC<;:Ao TRANSVERSAL DAS FOLHAS DE C. furcata COLETADAS NOS LAGOS 2

E5

1 2

Fig. 01

Lago2

4

Lago 5

Fig. 02

Estruturas celulares, Fig. 01 e Fig.02:

1 - Estrato Epidermico

2 - Parenquima Clorofiliano

3 - Aerenquima

4 - Sistema Vascular