Pró-Notícias Dez 2013

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1 Pró-Notícias ANO 12 | Nº 46 | out-dez/2013 Dr. Ricardo Vivacqua, 55 anos de Cardiologia e um dos ícones do Pró Ser humano e médico: Reflexões essenciais marcam Café no Copa Outros ares: Expedição ao sudeste africano Pró - Notícias [ PUBLICAÇÃO DO HOSPITAL PRÓ-CARDÍACO - ANO 12 | Nº 46 | out-dez 2013 ] Interdisciplinaridade: a evolução do cuidado

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Revista trimestral do Hospital Pró-Cardíaco. Tiragem: 7.700 exemplares Conselho editorial: Evandro Tinoco Mesquita e Marcus Vinícius Martins Jornalista responsável: Mônica Schettino Redação e edição: Jaciara Rodrigues Revisão: Andréa Drummond Design: Bóris Garay

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Dr. Ricardo Vivacqua,55 anos de Cardiologiae um dos ícones do Pró

Ser humano e médico:Reflexões essenciaismarcam Café no Copa

Outros ares: Expedição ao

sudeste africano

Pró-Notícias[ PUBLICAÇÃO DO HOSPITAL PRÓ-CARDÍACO - ANO 12 | Nº 46 | out-dez 2013 ]

Interdisciplinaridade: a evolução do cuidado

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EXPEDIENTE - Pró-NotíciasCONSELHO EDITORIAL: Evandro Tinoco Mesquita e Marcus Vinícius Martins. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Mônica Schettino - 17825-DRT.

REDAÇÃO E EDIÇÃO: Jaciara Rodrigues. COLABOROU NESTA EDIÇÃO: Cristiane Menezes. DESIGN GRÁFICO: Boris Garay. FOTOGRAFIA: Alessandro Mendes. REVISÃO: Andréa Drummond. Tiragem: 7.700 exemplares.

As informações prestadas pelas fontes são de sua responsabilidade. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DIRIGIDA.

2013/2014

ENSINO

Em 2013, o Centro de Estudos do Pró-Cardíaco (CEPro) desenvolveu diversas atividades de ensino e capa-

citação direcionadas ao corpo clínico e para convidados. As sessões clínicas e as setoriais abordaram temas de

relevância com foco no paciente complexo, uma constante na instituição. Atividades diversas, como os cursos

regulares de emergência, eletrocardiograma, arritmias, farmacologia e ecocardiografia, capacitaram centenas

de profissionais. A residência médica tem igualmente contribuído na formação daqueles que, em sua maioria,

serão contratados pela instituição.

Para 2014, haverá uma pequena reforma no sistema audiovisual e no ar condicionado do auditório para melhor

atender aos palestrantes e participantes. o grande projeto acadêmico para o novo ano é o retorno dos cursos

de pós-graduação e o estímulo aos intercâmbios científicos com outras instituições de ensino de excelência.

PESQUISA

A produção científica do Hospital em 2013 superou as expectativas do início do ano. Um terço dos trabalhos

foi apresentado na Sociedade de Cardiologia do Estado do rio de Janeiro (Socerj) e com grande representativi-

dade na Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). o Pró tem divulgado os resultados de suas principais linhas

de pesquisa nos congressos mais relevantes da especialidade, como os da American Heart Association e da

Heart Failure Society of America, e publicado materiais em revistas nacionais e internacionais.

A participação em estudos multicêntricos tem demonstrado o nível de amadurecimento institucional e os

estudos de efetividade clínica têm evidenciado os resultados assistenciais do Hospital. o foco para 2014 é a

elaboração de uma política de incentivo à pesquisa com a finalidade de incrementar ainda mais a produção e o

número de publicações.

TREINAMENTO

os programas de treinamento institucional atendem as demandas das unidades assistenciais do Núcleo de

Qualidade Técnica e Assistencial (NTQA) e as atualizações obrigatórias para todos os profissionais de saúde.

Em 2014, as novidades nesta área serão a construção de um centro de treinamento e a formação de instrutores

para os projetos do CEPro.

CEPRO

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2 INFORME CEPRO

4 SALA DOS MÉDICOSDr. Ricardo Vivacqua

6 UNIDADE EM FOCOO CTI Dr. Onaldo Pereira

9 DESTAQUECafé no Copa

12 CAPAInteragir para cuidar melhor

17 PESQUISAReabilitação para o transplante

18EVENTOSimpósios Satélite Pró-Cardíaco no 68º Congresso da SBC

20 OUTROS ARESExpedição pelo sudeste africano

22 ACONTECE

Sumário

Corpo Clínico, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição e Psicologia do Hospital integrados no dia a dia para a melhor assistência ao paciente ultracomplexo. Assim é a equipe multidisci-plinar do Pró-Cardíaco, das mais destacadas do país e em sintonia com a tendência mundial de um cuidado cada vez mais holístico. Nesta edição do Pró-Notícias, coordenadores de serviços e médicos falam sobre a grande mudança no ambiente hospitalar que, a partir da troca real de conhecimentos, traz inúmeros bene-fícios principalmente para o paciente e os familiares.

Também destacamos a inauguração do CTI Dr. Onaldo Pereira, homenagem ao fundador do Hospital. A Unida-de tem hoje 16 leitos e foi totalmente remodelada no ano passado para disponibilizar o máximo de seguran-ça, conforto e privacidade no período da internação.

O ano de 2013 foi marcado ainda por um grande avanço na área de Ensino e Pesquisa, um dos pilares do Pró-Cardíaco. Número recorde de estudos foram apresentados e aceitos nos maiores congressos regionais (Socerj), nacionais (SBC) e internacionais (ESC Congress, da Sociedade Europeia de Cardiologia), ratificando o papel do Hospital como importante centro de formação.

Outras novidades na área foram o aumento no número de vagas dos programas de residência em Cardiologia, Medicina Nuclear e Terapia Intensina; a retomada das sessões clínicas Grandes Temas em Terapia Intensiva, com palestrantes renomados no país e no exterior e apresentações integralmente na web; além da reali-zação do projeto “Café no Copa” - encontros mensais no Hotel Copacabana Palace com convidados ilustres para debate acerca de questões fundamentais para a saúde no Brasil.

Vale ressaltar que o Programa de Insuficiência Cardí-aca Cirúrgica do Hospital instalou em 2013 mais de uma dezena de suportes circulatórios mecânicos com sucesso, transformando taxas de mortalidade de 80% em taxas de sobrevida com o mesmo percentual. Re-sultado da qualidade do profissionais do Pró-Cardíaco, de treinamentos nos melhores centros de saúde do mundo (Cleveland Clinic e Tampa Hospital) e, claro, da total integração da equipe multidisciplinar – mais uma marca da excelência do Pró-Cardíaco.

Editorial

Marcus Vinícius Martins

Diretor do Hospital Pró-Cardíaco

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LA D

OS M

ÉDICO

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Prestes a completar 80 anos e homenageado pelo

Hospital no Dia do Médico, Dr. Ricardo Vivacqua conta um pouco de sua história e os pontos altos na carreira,

entre eles a criação do plano de aclimatação em

altitudes na década de 1980 para os jogadores da

Seleção Brasileira

Médico do Ano

Quem ouve a fala jovem e os muitos planos para o futuro

do Dr. ricardo Vivacqua, coordenador do Centro de

reabilitação Cardíaca do Pró-Cardíaco, não imagina

que seus 80 anos serão comemorados no dia 30 de dezembro;

também não se espanta com o fato de ter concluído o douto-

rado em Cardiologia pela Universidade de São Paulo (USP) há

apenas uma década. o entusiasmo pela profissão e os 55 anos

de carreira na especialidade, a maioria dedicados aos pacientes

do Hospital, renderam ao Dr. Vivacqua a merecida homenagem

de “Médico do Ano”, feita na festa do Dia do Médico do Pró,

em outubro, na Casa Julieta de Serpa.

“Um dos ícones do Hospital e responsável por uma área

importante do Pró, Dr. Vivacqua é grande liderança e exemplo

para os mais jovens. É uma honra homenagear este botafo-

guense, amigo de todos nós”, disse o diretor clínico do Hos-

pital, Dr. Evandro Tinoco, ao entregar a placa comemorativa

ao homenageado. “Tenho muito a agradecer à Direção do

Pró-Cardíaco pelo reconhecimento e pela chance de continuar

com minhas tarefas e meus objetivos, o principal deles agora

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Especializado em Medicina Esportiva pela UFrJ,

um dos destaques de sua carreira foi a atuação como

cardiologista da Seleção Brasileira entre os anos de

1980 e 1988, quando inovou nesta área da Medicina

ao criar um plano de aclimatação em altitudes para

os jogadores - treinos escalonados que comprova-

damente melhoram o desempenho físico e o fôlego

nas partidas.

No Pró-Cardíaco, um marco foi a implantação do

Serviço de Ergometria há 26 anos e, há dez, do Teste

de Ergoespirometria para definir se o paciente tem

indicação para transplante cardíaco ou não. De 1982 a

1984, Dr. ricardo Vivacqua foi presidente da Socieda-

de de Cardiologia do Estado do rio de Janeiro (Socerj)

e, por seis anos, fez parte da diretoria da Sociedade

Brasileira de Cardiologia, sendo presidente do 51º

Congresso Brasileiro de Cardiologia da SBC em 1985.

o segredo para tamanho sucesso profissional?

Muito estudo, atualização permanente e uma escuta

atenta. “Saber ouvir o paciente e analisar sua história

como um todo é o mais importante”.

é ampliar e lançar, em 2014, a terceira edição do livro

Ergonometria – Ergoespirometria, Cintolografia e

Ecocardiologia de Esforço, obra que até hoje é refe-

rência na formação de atualização na área. Agradeço

também à minha família, aos amigos e colegas de

profissão, estes que têm a nobre missão de salvar

vidas”, afirmou Dr. Vivacqua.

De família capixaba, Dr. ricardo Vivacqua Car-

doso Costa foi criado no rio de Janeiro e formou -se

em Medicina em 1958 pela Faculdade Nacional de

Medicina da Universidade Federal do rio de Janei-

ro (UFrJ). Segundo ele, a influência familiar pesou

muito na escolha da profissão. o avô era cirurgião

e o pai, clínico, que morreu com um enfarto quando

Dr. Vivacqua ainda estava na graduação. “Isso refor-

çou meu desejo de ser médico, por simbolicamente

salvar meu pai, representado em cada vida que eu

pudesse poupar”.

o exercício profissional começou com plantões

em fins da década de 1950, assim que o Pró foi fun-

dado. Naquela mesma época ele também começou a

atender com o renomado Prof. Dr. Arthur de Carvalho

Azevedo, na Escola Médica de Pós-Graduação da

PUC-rio. “Logo constatei estar ao lado de um mestre

de grande talento, profundo saber, didática e grande

consideração com os pacientes. Foram 40 anos de

um relacionamento de respeito e amizade. Impossível

não tê-lo como referência”.

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Um Centro de Terapia Intensiva com resultados

reconhecidos pela comunidade científica há 25

anos e coordenado pelo mesmo médico que

o inaugurou; um setor que concentra os pacientes

mais graves, tecnologias avançadas e uma equipe

multidisciplinar altamente especializada e treinada.

Este é o CTI do Pró-Cardíaco que ganhou, em 2013,

nova infraestrutura e o nome do fundador do Hospital,

Dr. onaldo Pereira.

“Dr. onaldo nos deu apoio incondicional para a

abertura da unidade em 1988 e, junto aos outros dire-

tores da instituição, soube construir o que temos hoje.

Era um homem íntegro, sábio e nos ajudava, sobretudo

nos momentos mais difíceis, sem nunca perder a calma

e sempre com uma uma solução. Nada mais justo do

que homenageá-lo, dando seu nome ao lugar no qual

CTI Dr. OnalDO Pereira

cuidamos de pacientes em momentos tão críticos”,

disse Dr. rubens Costa Filho na solenidade de inaugu-

ração - um talk show realizado no auditório do Centro

de Estudos do Pró-Cardíaco com nomes importantes

da Terapia Intensiva do país e uma plateia repleta de

profissionais de saúde e convidados especiais.

Com abertura do diretor do Hospital, Dr. Marcus

Vinícius Martins, e mediados pelo diretor clínico, Dr.

Evandro Tinoco, falaram sobre o tema “Perspectivas

da Terapia Intensiva” Dr. Elias Knobel, fundador da

UTI do Hospital Israelita Albert Einstein e vice-pre-

sidente da Mesa Diretora da Sociedade Beneficente

Israelita Brasileira Albert Einstein; Dr. Haggéas Fer-

nandes, coordenador do CTI do Hospital Brasil, em

Santo André (SP); Dr. José Mario Teles, presidente da

Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib);

Ao completar 25 anos de atuação destacada na Terapia Intensiva do país, CTI do Pró-Cardíaco ganha o nome do fundador do Hospital e nova infraestrutura

UNID

ADE E

M FO

CO -

CTI

Da esquerda para a direita, Drs. Paulo Cesar de Souza, José

Mario Teles, Haggéas Fernandes, Elias Knobel, Rubens Costa Filho e

Evandro Tinoco

Profissionais de saúde e convidados especiais lotaram o auditório do CEPRo para a inauguração do novo CTI

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e Dr. Paulo Cesar Pereira de Souza, médico intensivista e diretor da

Amil. A importância de uma equipe multidisciplinar coesa, estimulada,

reconhecida e bem remunerada foi o foco de todos os depoimentos.

“Quando se pensa em Terapia Intensiva imagina-se uma parafer-

nália de equipamentos que são absolutamente estéreis se não existir

uma equipe trabalhando integrada, sempre em prol da melhoria da

qualidade de vida e da recuperação do paciente grave”, ressaltou

Dr. Elias Knobel. “E, como o volume de conhecimento é grande,

precisamos atuar em times e com pessoas realmente envolvidas,

presentes, que participem de grupos de estudo, de reuniões, que

realizem pesquisas. Esse indivíduo precisa ser reconhecido de forma

diferenciada”.

Dr. Haggéas afirmou que um dos grandes desafios para a espe-

cialidade, nos próximos dez anos, é a capacitação não técnica dos

profissionais, ou seja, a assertividade, a comunicação, a habilidade

de trabalhar em equipe, a percepção do risco do paciente. outro, é o

equilíbrio financeiro da Unidade, que precisa manter um bom grupo

de médicos, com bons salários e reconhecimento por performance,

com reconhecimento por performance, além de controle de variáveis

que afetam o desempenho do CTI, como as infecções. A remunera-

ção baseada no desempenho também foi o destaque da fala do Dr.

José Mario Teles. “Temos ótimos profissionais de Terapia Intensiva

no rio, com mestrado, doutorado, dedicados à pesquisa. Devemos

encarar nossas dificuldades de maneira mais simples. Se mudarmos

a realidade da nossa Unidade, seremos in-

fluência para nossos colegas e para todo o

país”. Para Dr. Paulo Cesar de Souza, uma

UTI não pode ser fonte de recursos para os

hospitais e é preciso combater a rotativi-

dade dessas unidades. “os programas de

resultados baseados em valor agregado

podem ser uma das saídas, precisamos

adaptá-los à nossa área”.

o talk show foi encerrado com a entre-

ga de placas em homenagem ao Dr. onal-

do Pereira - representado por sua esposa

D. Alba - e ao Dr. Elias Knobel, “grandes

fontes de inspiração para os profissionais

do Hospital”, segundo Dr. rubens.

Dr. Elias Knobel e a placa feita em sua homenagem: “Modelo de mentor, escritor, médico e de líder comprometido com a excelência assistencial e

integral ao paciente de grande risco”

A chefe de Enfermagem do CTI, Ayla Mesquita, que trabalha na Unidade desde sua criação, corta a fita de inauguração das novas instalações com Dr. Rubens, assistidos pelo diretor do Hospital, Dr.Marcus Vinícius Martins (à direita)

D. Alba Pereira, representando o fundador do Hospital Dr. onaldo Pereira,

falecido em março, e Dr. Rubens

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Quartos individuais, espaçosos e com tratamento antirruído: conforto e privacidade para o paciente e o familiar

Acompanhantes contam com sofá-cama e persianas combinam vigilância e privacidade nos vidros que se comunicam com os corredores

Moderno sistema de armazenamento e distribuição de medicamentos, o Pyxis contribui para a rapidez na administração e controle dos estoques

Monitores no posto de Enfermagem, localizado na área central do CTI. o piso da Unidade também é especial, para diminuir impacto e barulho

O novo CTI tem 16 leitos, divididos em oito no CTI-1, para a alocação de pacientes graves; e outros oito no CTI-2, voltados para o cuidado de pacientes crônicos e mais estáveis, com diagnósticos de menor gravidade. Todos os ambientes visam o máximo de segurança, conforto e privacidade e o mínimo de estresse para o paciente e o familiar no período da internação.

Os quartos são individuais, espaçosos (de 17 m2 a 19m2 ), têm tratamento antirruído, ar-condicionado com filtro de alta efici-ência de purificação e persianas nas portas e vidros ligados aos corredores, combinando vigilância e privacidade. O design dos colchões ajuda a prevenir as úlceras por pressão, que podem ocorrer em pacientes internados durante um período longo, normalmente idosos. Cada quarto tem banheiro exclusivo, sofá--cama para acompanhante, acesso à TV, e projeto arquitetônico para possibilitar um clima mais acolhedor e menos hospitalar. O piso também é especial, reduz o impacto e consequentemente o barulho: mais um cuidado que contribui para a qualidade da permanência na Unidade e a recuperação.

As acomodações obedecem ao conceito de “sala limpa”, com uma coluna vertical móvel e uma estativa no teto sustentando respiradores, bombas de infusão e monitores com seus fios e cabos embutidos na estrutura. A limpeza é mais rápida e eficaz e médicos e equipes têm total mobilidade para cuidar do paciente.

Outro grande diferencial da Unidade é um moderno sistema de armazenamento e distribuição de medicamentos, o Pyxis, que acelera significativamente a administração dos fármacos, melhora o controle dos estoques e racionaliza os recursos humanos. O sistema consiste num dispensário eletrônico com diversos tipos de gavetas, que variam de acordo com o grau de segurança desejada. O acesso é feito por senha e registro biométrico.

NOVA INfrAesTrUTUrA

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Personalidades brasileiras em palestra para re-

nomados médicos do rio de Janeiro durante

um café da manhã no hotel mais tradicional e

charmoso do rio, na praia mais famosa do mun-

do. Assim é o “Café no Copa – Grandes Temas em

Saúde”, realização dos hospitais Samaritano e Pró-

-Cardíaco com curadoria do cardiologista Dr. Cláudio

Domênico.

os encontros do “Café no Copa” são mensais e a

estreia foi em agosto com o ex-presidente da república

Fernando Henrique Cardoso, atual presidente da Co-

missão Global sobre Políticas de Drogas e um dos 12

membros dos Elders, grupo independente de líderes

globais que trabalham pela paz e pelos direitos huma-

nos, criado em 2007 por Nelson Mandela. A mediação

foi do colunista do jornal o Globo Ancelmo Gois.

“Essa série de encontros com médicos é tradi-

cionalmente conhecida por reunir um seleto grupo

de grandes nomes da medicina do rio para discutir

temas de relevância nacional e práticas internacionais

ligadas à saúde. No primeiro encontro, realizado pelo

Samaritano e pelo Pró-Cardíaco, buscamos trazer um

dos pensadores mais importantes da política brasileira

para trocar experiências reais sobre como alcançar um

caminho viável de combate às drogas no Brasil e no

mundo”, disse Dr. Domênico.

Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso abre série de encontros mensais no Copacabana Palace, uma oportunidade de reflexão para a comunidade médica do Rio

“Café no Copa”Grandes temas em Saúde

DEST

AQUE

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Fernando Henrique falou sobre uma política

antidrogas mais eficiente e humana e apontou

os erros e acertos das políticas públicas mun-

diais contra o consumo desenfreado deste mal

do século. “Talvez o enfrentamento mais criati-

vo seja o do rio”, disse, ao comparar a iniciativa

das UPPs com a situação de países como o

México, onde o confronto com traficantes pro-

voca milhares de mortes e não reduz a oferta

das drogas.“A UPP foi um passo adiante porque

fez o essencial: desarmou. o objetivo maior não

é botar na cadeia o traficante. É tomar a arma

e liberar a população do controle do chefe do

tráfico. A ação da polícia não resolve todas as

questões das drogas, que é uma tarefa muito

difícil no mundo inteiro”.

Para ele, alguns estudos sobre os danos que

cada droga pode produzir são controversos,

como, por exemplo, aqueles que afirmam que o

álcool e o cigarro, permitidos no país, são mais

danosos que a maconha, proibida. “Acho que

a discussão é inútil. Todas estas drogas fazem

algum mal. Precisamos de políticas para dar

conta do assunto como um todo”.

o convidado do mês de setembro foi o ex-ministro da

Saúde e cardiologista Dr. Adib Jatene, apresentado pelo

filho, o cirurgião torácico e cardiovascular Fábio Jatene.

Aos 84 anos, Dr. Adib falou sobre sua história profissional,

o exercício da medicina nos dias de hoje e o Programa

Mais Médicos: “o erro nesta história toda foi a reação das

nossas entidades. reagiram de forma muito maior do que

a que seria desejável”.

Sobre a prática da “medicina comercial”, foi enfático:

“o objetivo da medicina está conturbado. No passado,

estudava-se medicina para servir ao mundo. Hoje, com a

tecnologia incorporada à profissão, esquece-se que o doente

é uma pessoa. Independente da posição social, o doente é

um ser aflito, com medo”, afirmou.

Para Dr. Adib, é preciso se informar mais sobre a vida

pessoal do paciente, pois “o problema de saúde está vincu-

lado ao indivíduo”. Além do mais, o uso da tecnologia só se

justifica se beneficiar o doente, segundo ele. “Se pensarmos

sempre no paciente, estamos trabalhando corretamente. Ao

contrário, não é ético”, destacou, sobre a indicação de proce-

dimentos mais invasivos e desnecessariamente mais caros.

“Todas estas drogas fazem algum mal. Precisamos de políticas para dar conta do assunto como um todo.”

Fernando Henrique Cardoso

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“O médico deve utilizar o pouco tempo que tem com generosidade. Podemos expressar afeto de várias maneiras, se estivermos preocupados com isso.”

Dr. José Camargo

Um dos grandes expoentes da terapia celular no Brasil e no mundo, Dr. radovan Borojevic, professor da Universidade Federal do rio de Ja-neiro (UFrJ) e diretor técnico-científico do Laboratório Excellion , esteve no “Café no Copa” em outubro, com apresentação do diretor clínico do Hospital, Dr. Evandro Tinoco.

os conceitos e o potencial de aplicabilidade da terapia celular dispo-níveis em instituições de ponta como o Excellion são oportunidade de cooperação entre cientistas e clínicos, segundo Dr. radovan. Nas duas últimas décadas, por exemplo, novas células como as do tecido adiposo têm mostrado potencial de transdiferenciação em células cardíacas e vasculares e apontado para o desenvolvimento de órgãos em laboratório. os resultados possibilitarão, no futuro, alternativas às próteses metálicas, hoje de alto custo e risco de infecções, nas Cardiologia, Cirurgia Vascular e ortopedia, de acordo com o pesquisador.

Ele lembrou ainda de estudos pioneiros de emprego de células-tronco para o tratamento de cardiopatas isquêmicos (Texas Heart Institute, UFrJ e Pró-Cardíaco), publicado na renomada revista científica Circulation, em 2003; e envolvendo terapia celular e AVC (parceria UFrJ e Pró-Cardíaco).

Dr. José Camargo é um dos grandes cirurgiões torácicos do Brasil e diretor da Santa Casa de Porto Alegre, maior centro de transplante de pulmão da América Latina. Sua rotina poderia ser igual a de muitos médicos em todo o mundo que, repletos de ocupações, esquecem da essência da profissão: a relação com os pacientes. Poderia, se Dr. José Camargo não fosse o oposto disto. Para ele, “a me-dicina é, com, certeza um exercício de generosidade e delicadeza”.

Não foi à toa que, em novembro, abordou o tema “o médico que esperam de nós”, assistido por uma plateia de colegas atentos e muitas vezes emocionados com suas histórias. De acordo com ele, o profissional deve utilizar o pouco tempo que tem com generosidade. “Podemos expressar afeto de várias maneiras, se estivermos preocupados com isso. Precisamos saber ouvir sem interrom-per o paciente, recuperar a noção de parceria que fomos perdendo à medida que nos tornamos mais qualificados. Mais que tudo, é esta parceria que o paciente sempre busca”.

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A abordagem multidisciplinar

em instituições de saúde

reconhecidas em todo o

mundo já provou ser uma neces-

sidade e um caminho sem volta.

A assistência de excelência que

marca a trajetória do Pró-Cardíaco

é resultado desse modelo que en-

volve a participação de profissionais

de diferentes áreas na condução

do atendimento ao paciente e aos

familiares.

Mas, hoje, é preciso muito mais

que contribuir isoladamente com

uma parte para o todo. Apenas a

interação real com o outro, com

abertura para desconstruir práticas

e modificar e enriquecer os pró-

prios conhecimentos é capaz de

possibilitar o atendimento holístico

eficaz, requerido por pacientes

cada vez mais idosos e com múlti-

plas comorbidades, e pelos rígidos

critérios das acreditações – cenário

por exemplo, o que é tema de es-

tudo constante para o fisioterapeuta

que trabalha em terapia intensiva; e

as chances desse profissional estar

mais atualizado que o médico são

muito grandes”, afirma o diretor

trainee do Pró-Cardíaco, Dr. rafael

Vasconcellos.

InteragirCAPA

nos melhores hospitais do Brasil e

do mundo.

A esse processo de trabalho que

se constrói com a troca verdadeira

de saberes de várias áreas dá-se o

nome de interdisciplinaridade, evo-

lução da prática assistencial que é

realidade no Pró-Cardíaco.

“os modelos multi e interdisci-

plinar agregam segurança e valor

ao atendimento, é uma tendência

mundial de boas práticas. o conhe-

cimento é muito vasto e há novas

informações a todo momento; a

produção científica que temos hoje

em um mês é muito maior do que

a que tínhamos em uma década,

há cerca de 15 anos. o médico é o

capitão do time, nenhuma decisão

é tomada à sua revelia, mas ele

não é autossuficiente, não domina

com proficiência todos os assuntos.

Dificilmente vai parar para ler um

artigo sobre ventilação mecânica,

para cuidar melhorMedicina cada vez mais complexa e

multifacetada, aumento de pacientes

idosos com múltiplas comorbidades e

processos de acreditação demandam

entrosamento máximo da equipe

multidisciplinar, com a construção de

novos saberes a partir do conhecimento

especializado de todas as áreas

Dr. Rafael Vasconcellos

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Dr. José Mauro Vieira Júnior,

coordenador da Unidade de Pós-

-operatório do Hospital, reitera: “A

medicina ficou muito sofisticada,

multifacetada. Agora temos uma

polifarmácia brutal, 20, 30 itens para

administrar para um mesmo pacien-

te, uma série de equipamentos que

requerem treinamento específico.

Se a equipe não for variada, capa-

citada, atualizada e trabalhar em

harmonia, não funciona. E havendo

multidisciplinaridade, há interdisci-

plinaridade. o paciente ganha em

cada um desses aspectos”.

Capacitação contínua

Um aspecto essencial para a interdisciplinaridade acontecer é, na

opinião da gerente de Enfermagem do Pró-Cardíaco, Maricy Fernandes,

a capacitação e o aprimoramento contínuos. “o Hospital sempre teve

uma cultura forte de ensino e pesquisa e de apoio às titulações. Isso faz

com que a equipe de Enfermagem tenha reconhecimento e respeito em

suas ponderações e possa discutir e trocar conhecimento com médicos,

Fisioterapia, Psicologia, Fonoaudiologia, Farmácia e Nutrição para traçar

e executar um plano terapêutico eficaz e seguro”, diz.

Além de contar com vários enfermeiros mestres e doutores, Maricy

destaca os grupos de especialistas que dão suporte às boas práticas

baseadas em evidências científicas como o GASIPE, de cuidados da in-

tegridade da pele; o TIV, Time de Terapia Intravenosa; e o TIPA, Time da

Prática Assistencial. Neles, são avaliados os resultados dos indicadores

assistenciais e de segurança do paciente no pós-operatório. Há, ainda, a

participação da Enfermagem nos times de atendimento ao paciente com

AVC e as enfermeiras pareceristas - convidadas por médicos para opinar,

fora do Hospital, sobre casos de pacientes mais complexos – outro grande

diferencial.

para cuidar melhor

Dr. José Mauro Vieira Júnior

Maricy Fernandes (5ª da direita para a esquerda) e enfermeiros e técnicos de várias unidades do Hospital

CAPA

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Conversa que converge

A multi e a interdisciplinaridade

fazem parte da evolução da própria

Medicina, de acordo com a coorde-

nadora do Serviço de Fonoaudio-

logia, Carolina ruiz. “Antigamente

havia apenas o médico de família,

aquele que entendia de tudo, da

psicologia até a clínica propriamen-

te dita. As especialidades foram se

fazendo necessárias e, hoje, ele

precisa trabalhar com colegas que

dominam áreas que ele não domina

e conosco, profissionais da equipe

Evoluindo juntos

Do ponto de vista da coorde-

nadora do Serviço de Nutrição do

Pró, Jacqueline Faria Farret, sempre

houve uma relação de parceria com

a equipe multidisciplinar. “Detemos

conhecimentos específicos para a

assistência nutricional, assim como

cada área também. É importante

discutir acerca das condutas para

ser assertivo no plano terapêutico.

Ao longo do tempo, por esta ne-

cessidade ser cada vez mais perce-

bida, disciplinas que não estavam

incluídas no cotidiano hoje estão

presentes e a diferença na aborda-

gem em situações especiais faz toda

a diferença. Como exemplo temos

a disfagia, transtornos psicológicos,

a polifarmácia, entre outros, que

interferem diretamente na nossa

abordagem”, pontua Jacqueline.

A qualificação dos profissionais envolvidos é certamente

o que move esta engrenagem, segundo a coordenadora,

porque gera segurança pela proficiência. “Além de termos

doutorando, mestre e especialistas na equipe, a própria Nu-

trição, com o volume atual de novidades, tem necessidade

de atualização constante. Ter membros participantes em

sociedades, congressos, times de trabalho e treinamentos

internos faz com que a troca seja mais rica ainda”.

Jacqueline Farret (no meio, com blazer) com a equipe do Serviço de Nutrição

Fonoaudiólogas do Pró-Cardíaco e Carolina Ruiz (à direita)

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Escuta que vale para todos

Como Serviço na instituição há

três anos, a Psicologia também tem

o trabalho orientado pela interdis-

ciplinaridade. Junto aos médicos,

fisioterapeutas, fonoaudiólogos,

enfermeiros, nutricionistas e farma-

cêuticos, os psicólogos discutem

os casos de pacientes ansiosos,

inseguros, deprimidos, queixosos

e resistentes e sugerem diferentes

formas de intervenção.

Com relação às avaliações pré-

-cirúrgicas para transplante cardí-

aco e de dispositivo circulatório

multidisciplinar. Tanto ele acaba

por adquirir um pouco do nosso

conhecimento como nós o dele, nos

rounds diários. Além de necessário,

é prazeroso”.

Carolina cita o exemplo dos

enfermeiros, que passam por uma

capacitação quando são contrata-

dos pelo Pró-Cardíaco. “Nas aulas,

são apresentados ao dia a dia do

Hospital, conhecem os setores e

a importância de cada um e, espe-

cificamente sobre fonoaudiologia,

entre outros conteúdos aprendem

sobre os sinais de alerta de uma

alteração na deglutição. Se entra-

rem no quarto e o paciente tiver um

engasgo enquanto come, saberão

que precisamos agir e nos acionam,

a mesma coisa quando detectam

dificuldades na fala. Isso é interdis-

ciplinar, uma verdadeira conversa

entre as diferentes áreas”.

Profissionais do Serviço de Psicologia e Sara Kislanov (à direita)

CAPA

mecânico, por exemplo, o psicólogo é um mediador de dúvidas e de

questões emocionais que merecem uma abordagem mais atenta de

toda a equipe. “No Hospital, somos os profissionais com a escuta mais

direcionada para os aspectos emocionais dos pacientes e familiares

e, respeitando o sigilo, traduzimos o sentimento deles para a equipe

‘multi’; essa escuta repercute no trabalho de todos, assim como os

atos dos colegas refletem em nosso dia a dia, por isso nosso plano

terapêutico é interdisciplinar. Não haveria como ser diferente”, afirma

a coordenadora do Serviço, Sara Kislanov.

Ela destaca ainda a reunião de Família para pacientes com AVC,

trabalho coordenado pela Psicologia com participação da equipe

“multi” para orientar e acolher familiares e pacientes durante a inter-

nação e depois da alta, na fase de reabilitação.

Confiança e respeito

A permanência dos mesmos fisioterapeutas nas mesmas unidades

e sempre no mesmo horário é, por exemplo, um modelo de trabalho

definido pelo Serviço de Fisioterapia do Pró-Cardíaco que possibilita

uma troca de conhecimento mais qualificada com o médico. “A relação

solidifica-se e o profissional tem a oportunidade de se aprofundar no

caso do paciente. Mas o principal é que os fisioterapeutas do Hospital

são pessoas extremamente competentes, com amplo entendimento

de suas atividades, formação completa nas áreas motora e respira-

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Rounds: melhor exercício da interdisciplinaridade

Um exemplo de evolução desse novo paradigma

de cuidado com o paciente é a criação da Farmácia

Clínica, processo em andamento no Pró-Cardíaco que

deve reunir profissionais pós-graduados na área, com

conhecimentos em fisiopatologia e inseridos na análise

dos casos de cada paciente. “A maior participação do

farmacêutico no dia a dia das unidades é ainda mais

recente que o movimento da multidisciplinaridade, mas

sem dúvida esse é o caminho para uma assistência com

melhores resultados”, assegura Mariana Leon, farma-

cêutica clínica do Hospital.

Ao que reforça a coordenadora do Serviço de Far-

mácia, Graziele Silva: “vários estudos mostram que a

presença do farmacêutico nas atividades clínicas traz

benefícios diretos aos pacientes no que diz respeito à

qualidade e segurança na utilização dos medicamentos.

Hoje, no Pró, temos um ambiente estimulante para o

nosso trabalho que, com certeza, é um dos resultados

do pioneirismo do Hospital neste conceito e de total par-

ceria entre médicos e equipe multidisciplinar altamente

qualificados”.

Para Dr. rafael Vasconcellos, não existe medicina

mais custo efetiva que a boa medicina. “Quanto mais

gente estiver envolvida no processo, quanto melhor

for a comunicação entre essas pessoas sobre a linha de

cuidado, mais chances de estar no caminho correto e de-

tectar possibilidade de erros antes que eles aconteçam”.

Sérgio Felipe de Carvalho (2º à direita) e equipe de Fisioterapia

tória. É isso que gera confiança

e respeito frente ao médico e à

equipe ‘multi’, enfatiza o coor-

denador do Serviço de Fisiote-

rapia, Sérgio Felipe de Carvalho.

Segundo Felipe, a cultura da

interdisciplinaridade tem efeitos

bastante positivos na sustentabi-

lidade dos hospitais ao recupe-

rar o paciente mais rápido e com

mais segurança, fator essencial

para que seja cada vez mais in-

centivada e aperfeiçoada.

Mariana Leon (à esquerda), Graziele Silva (à direita) com farmacêuticas do Serviço

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Apesar dos riscos envolvidos na mobilização

de um paciente com suporte mecânico cir-

culatório paracorpóreo, ele deve ser incluído

num programa de reabilitação enquanto aguardar pelo

transplante do coração. A constatação é o resultado

de um estudo inédito conduzido por fisioterapeutas

do Pró-Cardíaco e o único, fora de São Paulo, sele-

cionado para apresentação oral durante os simpósios

de Fisioterapia do Hospital Israelita Albert Einstein, no

ano passado.

A pesquisa demonstrou que a reabilitação car-

díaca nesse grupo de pacientes pode melhorar po-

tencialmente os resultados do tratamento definitivo

(transplante) e contribuir para diminuição do tempo

de internação pós-transplante. o suporte mecânico

circulatório é formado por cânulas conectadas aos

ventrículos do coração para transportar o sangue, e

uma bomba, que fica do lado de fora do corpo simu-

lando o funcionamento do órgão em paciente com

insuficiência cardíaca avançada. o Pró é pioneiro no

país na colocação desses dispositivos nas modalida-

des de curta e média permanência.

o trabalho partiu da análise de caso de um pa-

ciente do sexo masculino, com 55 anos e diagnóstico

de miocardiopatia dilatada isquêmica com disfunção

biventricular grave, que apresentou choque cardio-

gênico refratário e foi colocado em suporte mecânico

circulatório paracorpóreo como ponte para transplan-

te cardíaco. Foram avaliadas a evolução funcional no

pós-operatório de implantação do suporte mecânico

circulatório; o resultado funcional pós-suporte me-

cânico circulatório; e a evolução funcional no pós-

-operatório do transplante.

“A relevância da investigação deve-se também

à escassez dessa abordagem na literatura médica.

Ficamos muito felizes com a receptividade”, afirma o

fisioterapeuta Gabriel Pinheiro, integrante da equipe

que conduziu o estudo, formada pelos colegas João

raphael Camargo, José Carlos Silva rodrigues, Sérgio

Felipe de Carvalho (coordenador do Serviço), ricardo

Gaudio de Almeida (autor principal) e os coordenado-

res do Centro de Insuficiência Cardíaca e da Unidade

de Pós-operatório do Hospital, respectivamente Dr.

Marcelo Montera e Dr. José Mauro Vieira Júnior.

O fisioterapeuta Gabriel Pinheiro também assina o capítulo “Influência da

Terapia de Restrição e Indução do Movimento (TRIM) na neuroplasticidade de

pacientes após AVE: Evidências por meio de recursos neurofisiológicos e neu-

roimagem” no livro reabilitação Motora no Paciente com Acidente Vascular En-

cefálico - Uma Visão das Neurociências (Editora Rubio). Primeira obra da Série

Neurociências Aplicadas ressalta os métodos que têm como base os principais

conceitos das Neurociências, como neurônios-espelho, neuroplasticidade e esti-

mulação magnética transcraniana. O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é uma

das maiores causas de óbito e de incapacitação no mundo e a reabilitação motora

de pacientes com o problema requer extremo cuidado, atenção e conhecimento

do profissional de saúde responsável.

PESQ

UISA

Da esquerda para direita, o gestor de ensino do Serviço de Fisioterapia do Pró, Gabriel Pinheiro, e os fisioterapeutas da Unidade de Pós-operatório João Camargo e Ricardo Gaudio

Serviço de Fisioterapia do Pró-Cardíaco faz estudo inédito sobre reabilitação de pacientes com suporte mecânico de circulação como ponte para transplante cardíaco

Reabilitação cardíaca para o transplante

Reabilitação motora no AVE

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ENTO

o novo tratamento para a hipertensão arterial resistente com abla-

ção da artéria renal tem sido um dos assuntos mais discutidos nos

congressos internacionais, assim como a colocação de modernos

suportes mecânicos circulatórios em pacientes com insuficiência cardíaca

grave. outras grandes questões atuais são a decisão pela dilatação do

vaso responsável pelo AVC na sala de hemodinâmica, após a administra-

ção do trombolítico sem resultado satisfatório; e o modelo de intervenção

para a doença coronariana que compromete múltiplas artérias.

Estas e muitas outras novidades da Cardiologia do século 21 já são

realidade no Pró-Cardíaco e atraíram a atenção do público do 68º Con-

gresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que lotou o auditório dos

Simpósios Satélites do Hospital durante o evento da SBC.

“o Pró é um parceiro da SBC que investe bastante nas atividades de

educação continuada da Sociedade. Como presidente do Congresso,

no ano em que o encontro acontece no rio de Janeiro, e ainda sendo

médico do Pró-Cardíaco foi uma honra, uma grande satisfação participar

desse momento”, diz Dr. roberto Esporcatte, coordenador da Unidade

Coronariana do Hospital e moderador do simpósio sobre síndrome co-

ronariana aguda.

Segundo Dr. roberto, a discussão sobre a doença girou em torno,

principalmente, dos marcadores para diagnóstico da necrose miocárdica,

como a troponina de altíssima sensibilidade; além da melhor utilização dos

métodos de imagem para o diagnóstico de tratamento dos pacientes com

a síndrome. E como são cada vez mais comuns casos de obstrução de

múltiplas artérias, é decisão de quando e como intervir é muito importante.

“Em comum, em todas essas abordagens, vimos como é fundamental o

trabalho integrado de todos os setores do Hospital”, ressalta.

A ablação da artéria renal como novo tratamento para a Hipertensão

Arterial refratária (HAr) foi outro tema dos simpósios. Cerca de 10%

dos pacientes com HAr apresentam resistência às múltiplas drogas anti-

-hipertensivas. Técnicas percutâneas de aplicação de radiofrequência

no interior das artérias renais foram recentemente desenvolvidas com o

potencial de mudar a história natural da doença e ter significativo impacto

positivo nesta população.

“A realização do procedimento

no Brasil está ainda mais sofisticada

desde o final do ano passado, quan-

do a Anvisa liberou para comercia-

lização um cateter especialmente

desenhado para o tratamento”,

conta Dr. Eduardo Saad, coordena-

dor do Centro de Fibrilação Atrial do

Pró-Cardíaco e autor da exposição

“Ablação da artéria renal por radio-

frequencia: Para quem, quando e

como realizar?”.

Ultracomplexidade em foco

Dr. Roberto Esporcatte

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As mais recentes novidades da Cardiologia do século 21 foram tema dos Simpósios Satélites do Pró-Cardíaco no 68º Congresso da SBC e já são realidade no Hospital

Dr. Marcelo Iório, coordenador

da Emergência do Hospital, trouxe

ao simpósio sobre Acidente Vascu-

lar Cerebral um caso clínico ilustra-

tivo sobre pacientes com AVC que,

medicados com trombolíticos, não

apresentam a resposta esperada.

“Apesar de as condições de coagu-

lação do paciente estarem comple-

mente adversas e o risco ser grande,

o dano neurológico pode ser ainda

maior, o que justifica dilatar o vaso

responsável pelo espasmo cerebral

na sala de Hemodinâmica”, afirma.

Para colocar em prática estratégias

como essa, faz-se necessária uma

estrutura emergencial organizada

como a do Pró-Cardíaco, que conta

neurologistas 24 horas e métodos

de imagens disponíveis para a de-

cisão da conduta mais adequada.

Uma equipe afinada e treinada

também é a principal condição

para o sucesso da colocação dos

suportes mecânicos circulatórios,

solução para o paciente com doen-

ça cardíaca muito grave. o assunto

foi compartilhado com o público

do evento sob a mediação do Dr.

Antônio Sérgio Cordeiro da rocha,

diretor técnico assistencial do Pró.

“Há bem pouco tempo, não havia

saídas muito favoráveis para esses

pacientes e hoje temos os suportes

como base do tratamento. No entanto, para chegarmos aos resultados

mostrados no simpósio precisamos de profissionais bastante qualificados

como os nossos, que estiveram na Cleveland Clinic e no Tampa Hospital

para entender como o processo funciona”, enfatiza Dr. Antônio.

os resultados do Pró-Cardíaco e a complexidade dos pacientes

impressionaram os médicos da Cleveland Clinic que participaram do

simpósio “Novos paradigmas no tratamento da Insuficiência Cardíaca

Avançada”, segundo Dr. Marcelo Montera, coordenador clínico do Pro-

grama de Insuficiência Cardíaca Cirúrgica do Hospital. “Mostramos que

em um ano e meio de Programa já instalamos cinco ventrículos defini-

tivos e outros cinco temporários com taxa de sobrevida de 80%, num

universo em que a mortalidade é de 70% a 80%. É um grande destaque

na atuação do Pró-Cardíaco”, completa.

Ultracomplexidade em foco

Dr. Roberto Esporcatte

Dr. Eduardo Saad

o estande do Hospital no 68º Congresso da SBC

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ao sudesteExpedição

Viajante profissional, Dr. Marcelo Fabrício relata sua mais recente aventura, desta vez pelas terras de Moçambique, Swazilândia e África do Sul

Movido pela paixão de conhecer

o mundo e longe de ser um tu-

rista convencional, Dr. Marcelo

Fabrício, gerente do Serviço de Auditoria

Hospitalar do Pró-Cardíaco, prepara para

setembro de 2014 a terceira viagem para

a África. A escolha dos países é guardada

a sete chaves, mas o gosto por visitar o

imenso continente africano é fácil de ex-

plicar. “Cada vez que pisamos na África

somos surpreendidos com a exuberância

da natureza de cada país, da fauna e da

flora. É um grande prazer ver paisagens tão

diferentes e exóticas que nos dão a opor-

tuindade de fugir do lugar comum”, diz.

Em 2012, Dr. Marcelo esteve no Sul do

continente - Namíbia, Botswana e Zimba-

bwe, até a fronteira com a Zambia, junto

às Cataratas Victória - com a filha Eduarda,

um presente pelos 21 anos da caçula. No

ano passado, ele e sua mulher Helen foram

para Moçambique, Swazilândia e África

do Sul, a convite de um amigo brasileiro

transferido para trabalhar na região e que

os acompanhou durante 12 dias de muita

aventura.

Para os leitores do Pró-Notícias, Dr.

Marcelo conta um pouco dessa emocio-

nante viagem:

“Com as passagens compradas, o

primeiro desafio foi conseguir os vistos,

tarefa árdua que exige do turista uma car-

ta convite de morador ou empresa local

com justificativa para a visita, local das

hospedagens e dos passeios, informação

sobre quem pagará a estadia e tudo com firma reconhecida. os

vistos chegaram quatro dias antes do nosso voo. Malas feitas e pé

na estrada!

Passamos o primeiro dia em Maputo, capital de Moçambique,

onde conhecemos, por exemplo, o Jardim dos Namorados e o

Centro Cultural Franco Moçambicano. No dia seguinte, após a tra-

vessia da baía de Maputo em direção à África do Sul, iniciamos os

game drives da viagem - passeio pelas reservas para observação

dos animais – e vimos hipopótamos, impalas, búfalos e inúmeras

espécies de pássaros no Isgamaloo Park.

Já em Ezulwini Valley, no reino da Swazilândia, fizemos safari

no Mkhaya Game reserve. Avistamos uma manada de girafas e

experimentamos a hospedagem em um hut, uma acomodação

redonda como as casas dos habitantes locais, iluminada por lam-

piões, sem portas ou janelas. o acesso é feito por uma passagem

três degraus acima do nível do solo, com uma portinhola de ferro

para ser abaixada e evitar a entrada de animais menores. o banho

é quente e delicioso, afinal eram 10º graus lá fora. Adoramos essa

proposta rústica e confortável.

africano

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Lá, fizemos também o tão esperando walking safari. Vimos

gnus albinos, rinocerontes brancos e rinocerontes negros e

um destes chegou a menos de cinco metros do nosso jipe,

com seus chifres afiados de mais de 50 centímetros. Tensão,

alegria, prazer, surpresa, euforia, receio, não há palavras para

descrever esse momento! E ainda conseguimos encontrar

com uma bela família de elefantes antes de deixar Swazilândia!

A caminho do Kruger Park, conhecemos a cidade de

Graskop, com seus telhados coloridos que lembram Campos

de Jordão. Curtimos o lindíssimo visual da cordilheira Drakens-

berg e grandes áreas agrícolas, irrigadas, com

cana, laranja, abacaxi, verduras. Dormimos no

Blyde river Safari Lodge, uma grande casa de

campo e, de manhã, já na estrada, apreciamos

um baobá gigante, árvore que tem mais de 2.500

anos, segundo o proprietário do terreno.

Partimos para Skukuza e Satara à procura de

leopardos e leões. E lá estavam eles. Um bando

de leoas e um leão descansavam num capinzal;

um leopardo relaxando na árvore tomava conta

de uma carcaça de impala e posou para nossas

lentes: levantou, trocou de posição, adormeceu,

virou a cabeça para todas as direções, um espe-

táculo! Vimos um elefante, uma enorme iena,

ficarmos retidos por uma manada de búfalos;

perdemos nossos bilhetes de entrada no parque

e quase não somos liberados pelos guardas.

Tudo deu certo no final. Estresse bom.

Voltamos para Maputo, nos despedimos

dos amigos e rumamos para dois dias em Jo-

hanesburgo. Vimos a grande estátua de Nelson

Mandela, passeamos pelo Museu do Apartheid

e fizemos uma festa consumista na Cap Union

Market, com sua infinidade de artigos para es-

portes de aventura.

No voo de volta, mais emoção: um pro-

blema elétrico fez o avião voltar. Enquanto

aguardámos o conserto que durou seis horas,

conhecemos alguns dos 70 católicos do Zim-

babwe que estavam a caminho do Brasil para

a Jornada Mundial da Juventude. Embarcamos

novamente e chegamos a São Paulo, claro, sem

tempo hábil para a conexão. Depois de quatro

horas de sono num hotel, pegamos a ponte

aérea para o rio e, no domingo de manhã, já

tomávamos café em casa apreciando o Pão de

Açúcar, com saudade das planícies africanas e

planejando a próxima viagem!”

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Primeira diretriz de miopericardites do mundo

Dr. Marcelo Montera, chefe do Centro de Insuficiência Cardíaca do

Hospital, é o coordenador da I Diretriz Brasileira de Miocardites e

Pericardites (http://migre.me/gWnYz), inédita também no mundo

sobre o assunto, uma realização da Sociedade Brasileira de Cardio-

logia. A diretriz foi elaborada no Pró-Cardíaco e apresenta a norma-

tização do diagnóstico e tratamento de inflamações do coração e

do pericárdio, membrana que envolve o músculo. São 32 autores

de 22 centros de saúde do país.

ACON

TECE Revisão científica da “bíblia” da Gastroenterologia

o gastroenterologista Dr. José Galvão Alves é o coordenador

da revisão científica do livro Sleisenger & Fordtran- Tratado

Gastrointestinal e Doenças do Fígado (Editora Elsevier) e

participou como convidado do lançamento da obra na “12ª

Semana Brasileira do Aparelho Digestivo”, em Goiânia, no

mês de novembro. Útil especialmente para gastroenterologistas, cirurgiões e

endoscopistas, é o maior compêndio no mundo sobre o assunto, editado pela pri-

meira vez no Brasil (introdução e trechos degustação: http://migre.me/gWnTU).

Dr. Mourilhe também é o revisor científico do livro Pergun-

tas e Respostas de Braunwald (Editora Elsevier), um guia de

estudo abrangente, didático e atualizado com mais de 700

questões que cobrem tópicos-chave da doença cardiovas-

cular. A obra foi lançada em setembro no 68º Congresso

da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Introdução e

trechos de degustação: http://migre.me/gWkrt.

Revisão científica Braunwald

Nutrição na Alemanha

Jacqueline Farret, chefe do

Serviço de Nutrição, partici-

pou em setembro do 35º Con-

gresso da Espen - European

Society for Clinical Nutrition

and Metabolism, em Leipzig,

na Alemanha.

Coronariana em Orlando

Dr. ricardo Mourilhe, médico da rotina da Unidade Coronariana, apresentou em setembro, na

sessão de temas livres do 17º Congresso Americano de Insuficiência Cardíaca, em orlando, dois

estudos feitos pela equipe do setor: “Preditores de mortalidade em choque cardiogênico pós-infarto

agudo do miocárdio com elevação do segmento ST” e “Impacto do perfil clínico na mortalidade

hospitalar em pacientes com infarto agudo do miocárdio com elevação do segmento ST e insufi-

ciência cardíaca aguda”.

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A enfa. Sandra regina Maciqueira, da equipe multidisciplinar de Terapia

Nutricional do Pró, teve dois trabalhos selecionados para apresentação

no XX Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral, em de-

zembro, no recife: “Incidentes durante a instalação da sonda enteral

às cegas: a propósito de três casos” e “A segurança do paciente na

instalação da sonda enteral: é possível?”.

Trabalhos da Enfermagem no Congresso SBC

As enfermeiras da Unidade Co-

ronariana Ana Lucia Cascardo,

Andréa ramos, Cláudia Weksler,

Flávia Camerini, Juliana Fortuna-

to, Luciana reis, Maria Eliene de

oliveira, Sudivan Vieira e Vânia

Cristina Figueiredo apresentaram

vários trabalhos no 25° Fórum

de Enfermagem em Cardiologia

do 68° Congresso Brasileiro de

Cardiologia. A gerente do Serviço

de Enfermagem do Pró-Cardíaco,

Maricy Fernandes, integrou a co-

missão organizadora do Fórum.

Primeiro Encontro na América Latina

o coordenador do CTI, Dr. rubens Costa Filho, co-

mandou a Comissão Científica e a equipe responsá-

vel pela organização do I Latin America Meeting on

Perioperative Bleeding Management (1º Encontro

Latino-americano em Gestão da Hemorragia Perio-

peratória), em outubro, no Hospital Israelita Albert

Einstein, São Paulo.

Publicações em Medicina Intensiva

Dr. rubens também assina o capítulo “Anormalidades

da coagulação no paciente crítico”, no livro Medicina

Intensiva - Fundamentos e Práticas, e o capítulo “A

Coagulação”, no livro Choque Circulatório - Série

Clínicas de Medicina Intensiva Brasileira – Amib,

ambas publicações da Editora Atheneu.

SBC premia “Te cuida”

o livro Te cuida – Guia prático para uma vida saudável (Casa da Pala-

vra), do cardiologista Cláudio Domênico, ganhou do Departamento de

Cardiologia Clínica da Sociedade Brasileira de Cardiologia (DCC/SBC) o

prêmio de “Destaque de publicação para o público leigo”. “Esta home-

nagem me deixa duplamente feliz, pelo reconhecimento de um trabalho

e por conquistar o aval científico para uma obra que trata da mudança

de hábitos e da importância da prevenção de doenças, reforçando este

novo ciclo de estudos sobre Medicina Comportamental”, comemora Dr.

Domêmico. Para acompanhar a página do livro no facebook, acesse:

http://migre.me/gWkEr.

Sonda enteral em dois estudos selecionados

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Com o objetivo de dar continuidade à linha de cuidado com o paciente que eventualmente precisa ser internado, o Centro Médico tem ainda equipe multidisciplinar e infraestrutura para reabilitações cardíaca e neurológica. A meta é impedir a recorrência do problema (prevençao secundária), bem como evitar seu aparecimento (prevenção primária) com sessões de exercícios individualizadas e acompanhamento nutricional.

E um dos serviços de medicina preventiva mais completos e modernos do país, o Check-up + Pró Cardíaco também passa a funcionar no Centro Médico em 2014. Elaborado para aten-der as necessidades de pesssoas físicas e jurídicas, tem como foco o diagnóstico precoce de doenças cardiovasculares e oncológicas mais frequentes. Seus maiores diferenciais são a avaliação clínica e exames no mesmo dia e local, com duração média de quatro horas e meia; equipe multidisciplinar; e exa-mes exclusivos que identificam pacientes mais vulneráveis a eventos cardiovasculares por meio da detecção de focos calcificados nas paredes das artérias antes da evidência de sintomas da doença ateroesclerótica coronariana.

Consultas, exames, reabilitação e check-up num só lugar com a qualidade e a segurança de uma das maiores referências do Brasil no cuidado com o paciente cardiovascular e neurológico

Pró-Cardíaco Centro Médico

O Hospital Pró-Cardíaco inaugura em 2014, em Botafogo, o Centro Médico Pró-Cardíaco, com pronta disponibilidade de médicos para consultas e realização de exames de diagnóstico como Eletrocardiograma (ECG), Ecocardiograma, Raio-x, Ultrassom, Ergoespirometria, Prova de Função Pulmonar e Mamografia, além de Laboratório de Análises Clínicas.