PROCEDIMENTOS MICROBIOLÓGICOS PARA CONTROLE...

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FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE – FAFIRE DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PAULA RENATA ACIOLI LINS DA SILVA PROCEDIMENTOS MICROBIOLÓGICOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE EM BANCO DE LEITE HUMANO EM MATERNIDADE PÚBLICA DO RECIFE – PE Recife 2009

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FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE – FAFIRE

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

PAULA RENATA ACIOLI LINS DA SILVA

PROCEDIMENTOS MICROBIOLÓGICOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE EM BANCO DE LEITE HUMANO EM

MATERNIDADE PÚBLICA DO RECIFE – PE

Recife

2009

PAULA RENATA ACIOLI LINS DA SILVA

PROCEDIMENTOS MICROBIOLÓGICOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE EM BANCO DE LEITE HUMANO EM

MATERNIDADE PÚBLICA DO RECIFE – PE

Monografia apresentada ao Departamento de Ciências Biológicas da Faculdade Frassinetti do Recife como um dos pré-requisitos para obtenção do grau de Bacharelado em Ciências Biológicas.

Orientadora:

Prof. Ms. Stella Maris Castro Jiménez

Recife

2009

PAULA RENATA ACIOLI LINS DA SILVA

PROCEDIMENTOS MICROBIOLÓGICOS PARA CONTROLE DE QUALIDADE EM BANCO DE LEITE HUMANO EM

MATERNIDADE PÚBLICA DO RECIFE – PE

Monografia defendida e aprovada pela seguinte banca examinadora.

Aprovada em _______/_______/_______.

Banca Examinadora

_______________________________________________

Ms. Stella Maris Castro Jiménez

Faculdade Frassinetti do Recife – FAFIRE

_______________________________________________

Ms. Lenira Lima Guimarães

Universidade de Pernambuco – UPE

_______________________________________________

Ms. Giane Soares de Souza

Faculdade Boa Viagem – FBV

“... elas crescem e se fazem meninas e mulheres, brincam de roda e amam e geram, então amamentam e sorriem e sofrem, e guardam filhos e sonhos, maridos e conquistas...

alegram a vida...”

Autor Desconhecido

A minha avó (em memória), Florianita Guimarães Teixeira Acioli Lins, uma guerreira que enfrentou as provações desta vida com toda dignidade.

Dedico

AGRADECIMENTOS

A Deus, por me conceder forças e a capacidade necessária para elaborar, compreender,

sonhar e realizar este trabalho.

A Coordenação do curso de Ciências Biológicas nas pessoas de Socorro Duarte, Betty

Rose e Ana Maria Ataídes.

A todos os professores meu agradecimento, respeito e reconhecimento.

A todos os funcionários, como: Eveline, Isabel e Chirlene, Marleide, Iracy (Irá) e Jane,

pela ajuda de sempre. A Maria de Fátima, responsável pelo Laboratório de Biologia, pela força e ajuda

em tantas horas difíceis.

A professora Stella Maris, minha orientadora, pela paciência, carinho e acolhimento de

uma verdadeira colega de profissão.

A Elma Freitas, bióloga do Hospital em que foi realizado o estudo, pela ajuda, força,

apoio e atenção. Meus sinceros agradecimentos a Kátia e Carmem, do Banco de Leite Humano do

hospital, pela ajuda e atenção.

A Regina Ceres, pela ajuda na elaboração deste trabalho, apoio, incentivo e

companheirismo. Aos colegas Marcelo Alves e Maria Deozete (Deta) pelo companheirismo e ajuda

durante toda a graduação.

A minha mãe, Maria Eva, mulher trabalhadora, pelo poder infinito que existe

dentro de você que tão bem soubeste usá-lo nas horas e nos momentos certos. Obrigada pela

família maravilhosa que me deste e da qual me orgulho muito.

Ao meu pai, Avandi (Vandinho) obrigada pela compreensão e estímulo e agora,

onde quer que estejas, sei que estarás olhando pela minha família.

Ao meu irmão, Sérgio Acioli, que sempre me incentivou a concluir a graduação e me

apoiou em minhas decisões.

Ao meu sobrinho, Marcelinho, que me trouxe alegrias e me fez sorrir e me sentir melhor

em momentos difíceis.

Ao meu namorado, Leonardo Acioli, pela ajuda, apoio moral e afetivo, paciência,

confiança, companheirismo, encorajamento, sempre presente nas minhas horas de incertezas e

aflições, dando-me forças para que eu me tornasse forte na busca dos meus ideais.

A Elvia Lany e Irlan Cabral, meus sogros, por suas orações, apoio e incentivo para

concluir este trabalho.

RESUMO Os Bancos de Leite Humano são centros especializados na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, execução de atividades de coleta, processamento e controle de qualidade. Atendem bebês doentes com dificuldades na amamentação, imunologicamente deficientes, alérgicos a outros tipos de leite, especialmente bebês prematuros e de baixo peso internados em UTI. Este trabalho foi do tipo exploratório observacional de abordagem qualitativa e teve como objetivo esclarecer a importância da microbiologia no Banco de Leite Humano (BLH), descrever os processos de pasteurização e controle de qualidade microbiológica e demonstrar os benefícios do leite humano em relação ao leite bovino para os recém-nascidos, inclusive no aspecto microbiológico. O leite doado passa por um rígido controle qualidade para assegurar a inativação de microrganismos antes de transmiti-lo ao recém-nascido, uma vez que as crianças beneficiadas com o leite proveniente do BLH têm baixa resistência a infecções neonatais. A pasteurização é uma alternativa eficaz, onde o leite é submetido a um tratamento térmico visando à inativação de 100% dos microrganismos patogênicos passíveis de estarem presentes no leite. O controle de qualidade microbiológica segue o padrão utilizado para o controle microbiológico dos alimentos instituindo a utilização de microrganismos indicadores de qualidade sanitária, o qual o grupo de coliformes totais encontra-se em destaque. É extremamente importante que haja o controle microbiológico do leite doado aos recém-nascidos através do BLH. Os Bancos de Leite Humano são eficazes em sua objetividade. O controle de microbiológico é essencial para a qualidade do leite. Palavras-chave: Leite Materno, Banco de Leite Humano, Controle de Qualidade.

LISTA DE FIGURAS E TABELA

Figura 01 – Frascos etiquetados para serem enviados à sala de pasteurização 23

Figura 02 – Banho-maria à temperatura adequada para pasteurização 23

Figura 03 – Frascos em banho-maria a nível da água 24

Figura 04 – Resfriamento dos frascos no resfriador automático 24

Figura 05 – Resfriador automático 25

Figura 06 – Etiqueta colocada após a pasteurização 25

Figura 07 – Tubo de ensaio com meio de cultura e tubo de Durham 27

Figura 08 – Formação de bolha de gás em destaque no tubo positivo 29

Tabela 01 – Comparação entre o leite materno e o leite de vaca 33

SUMÁRIO

RESUMO

LISTA DE FIGURAS

1. INTRODUÇÃO 10

2. OBJETIVOS 12

2.1 Geral 12

2.2 Específicos 12

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13

3.1 Banco de Leite Humano 13

3.2 Pasteurização 14

3.3 Benefícios da Amamentação 14

3.3.1 Benefícios da Amamentação para a Criança 15

3.3.2 Benefícios da Amamentação para a Mãe 16

3.4 Leite Humano 16

3.4.1 Composição do Leite Humano 17

3.4.1.1 Colostro 18

3.4.1.2 Leite de Transição 18

3.4.1.3 Leite Maduro 19

3.5 Composição do Leite de Vaca 19

4. METODOLOGIA 21

4.1 Tipologia do Estudo 21

4.2 Local e Período de Estudo 21

4.3 Procedimentos Metodológicos 21

4.4 Análise dos Resultados 21

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 22

5.1 Importância da Microbiologia no Banco de Leite Humano 22

5.2 Pasteurização 22

5.3 Controle de Qualidade Microbiológica 26

5.3.1 Execução da Análise Microbiológica 26

5.3.1.1 Técnica de preparo do Caldo Verde Bile Brilhante Lactose 2% – BGBL

na concentração de 5% _ 26

5.3.1.2 Técnica de preparo do Caldo Verde Bile Brilhante Lactose 2% – BGBL

na concentração de 4% _ 27

5.3.2 Procedimentos de Coleta do Leite Pasteurizado para Análise 28

5.3.3 Determinação de Coliformes Totais 28

5.3.4 Prova Confirmatória de Coliformes 29

5.4 Comparação do Leite Humano e Leite Bovino: Aspectos Gerais 30

6. CONCLUSÕES 34

REFERÊNCIAS 35

ANEXOS

Ficha da doadora

10

1. INTRODUÇÃO

O Banco de Leite Humano (BLH) é um centro especializado, obrigatoriamente

vinculado a um hospital materno e/ou infantil, responsável pela promoção do incentivo ao

aleitamento materno e execução das atividades de coleta, processamento e controle de

qualidade do leite, para posterior distribuição (ANVISA, 2005), visando à melhoria da

qualidade de vida dos recém-nascidos e, conseqüentemente, diminuindo os índices de

mortalidade infantil.

Os recém-nascidos prematuros têm maior necessidade do leite proveniente do

BLH em virtude de sua imaturidade do reflexo de sucção e deglutição. Os BLH também

beneficiam os recém-nascidos de baixo peso, onde a amamentação é desaconselhada, pois o

ato de amamentar causa gasto de energia, resultando na perda de calorias para essas crianças

(FELIPE; ALMEIDA, 2005). Os bebês que estejam doentes apresentam dificuldades para

mamar nos primeiros dias de vida. As crianças nessas condições têm chances bem mais

elevadas de se recuperar e de viver com qualidade se a alimentação exclusiva com leite

humano for oferecida durante o período de privação das mamadas no peito de sua mãe. Daí a

importância da doação do leite a essas crianças (BRASIL, 2005).

O leite do BLH é distribuído aos neonatais prematuros de baixo peso,

imunologicamente deficientes, com perturbação gástrica de origem variada, alérgicos a outros

tipos de leite, filhos de mães soropositivas, assim como aos filhos de mães que sofrem de

profundas alterações emocionais (FELIPE; ALMEIDA, 2005).

O leite materno diminui a incidência dos bebês adquirirem doenças como,

diarréias, diabetes, alergias, obesidade, distúrbios respiratórios, otites, infecções urinárias,

pois no leite há nutrientes, substâncias e células maternas que funcionam como anticorpos

contra infecções (BRASIL, 2005).

Toda mulher pode ser doadora, exceto as portadoras de doenças infecto-

contagiosas (hepatite, AIDS), as usuárias de álcool ou outras drogas, as fumantes ou que

fazem uso de medicamentos que podem ser passados pelo leite materno, porém a maioria

apenas em pequenas doses e são considerados seguros de serem tomados durante o período de

amamentação (BRASIL, [S.d.]).

O leite materno é reconhecido como a melhor forma de alimentação do recém-

nascido, devido às inúmeras vantagens que oferece tanto para a mãe como para a criança.

11

Entretanto, doenças que envolvem a mãe e o lactante podem constituir obstáculos para a

alimentação (LAMOUNIER et al., 2004).

Embora a amamentação confira proteção ao bebê, ela pode ser também uma

importante fonte de infecção. Mães com doenças infecciosas podem transmitir agentes

patogênicos pelo leite materno às crianças. Doenças maternas causadas por vírus, fungos,

bactérias e agentes parasitários podem ser transmitidos através do leite humano

(LAMOUNIER et al., 2004).

Este estudo é de grande importância, pois contribuirá para a melhoria da qualidade

de vida dos recém-nascidos prematuros.

Inúmeras doenças maternas podem ser transmitidas através do leite materno

(LAMOUNIER et al., 2004), portanto, depois de pasteurizado, é necessário um estudo

microbiológico do leite doado ao Banco de Leite Humano para reduzir a incidência dessas

doenças e, conseqüentemente, minimizar os índices de mortalidade infantil.

O leite materno é indiscutivelmente o alimento essencial para o recém-nascido.

Sua composição é específica e sutilmente modificada de acordo com as necessidades do

lactante. O leite materno é fundamental para a saúde da criança nos seis primeiros meses de

vida, por ser um alimento com características nutricionais ideais com balanceamento

adequado de nutrientes, além de desenvolver inúmeras vantagens imunológicas (CARREIRO,

[S.d.]) e, sem dúvida, é muito mais benéfico para o crescimento do bebê do que o leite de

vaca.

12

2. OBJETIVOS

2.1 Geral:

• Esclarecer a importância da microbiologia no Banco de Leite Humano.

2.2 Específicos:

• Verificar o processo de pasteurização do leite humano;

• Descrever os procedimentos adequados e vantagens do controle de qualidade

microbiológica no leite nos Bancos de Leite Humano;

• Demonstrar os benefícios do leite humano em relação ao leite bovino para os

recém-nascidos, inclusive no aspecto microbiológico.

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3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

3.1 Banco de Leite Humano

Em outubro de 1943, foi implantado no Brasil o primeiro Banco de Leite

Humano, no atual Instituto Fernandes Figueira – IFF (FIOCRUZ, [S.d.]). Hoje, já se conta

com cerca de 186 unidades de Bancos de Leite, servindo como inspiração para a criação de

modelos semelhantes em toda a América Latina, como Venezuela, Uruguai e Equador

(BRASIL, [S.d.]).

A Rede Nacional de Bancos de Leite Humano (REDEBLH) foi criada em 1998,

por iniciativa conjunta do Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ),

visando à prática institucional com o compromisso e responsabilidade social e ao exercício de

cidadania, que ocorre através de doações voluntárias de leite humano ordenhado (FIOCRUZ,

[S.d.]).

Segundo a Anvisa (2005), os Bancos de Leite Humano constituem ação supletiva

eficaz no âmbito das políticas públicas de amamentação, e requerem uma normalização

técnica específica a fim de evitar fatores de risco à saúde dos lactantes e das mães.

O Banco de Leite Humano deve ser obrigatoriamente vinculado a um hospital

materno e/ou infantil (ANVISA, 2005), sendo responsável pela promoção, proteção e apoio

ao aleitamento materno e execução das atividades de coleta do leite, seleção, classificação,

processamento, controle de qualidade e distribuição (FIOCRUZ, 2008).

Os Bancos de Leite Humano atendem bebês prematuros de baixo peso internados

em Unidades de Tratamento Intensivo Neonatal (UTI) (FIOCRUZ, [S.d.]), bebês doentes que

apresentam dificuldades para mamar nos primeiros dias de vida (BRASIL, 2005),

imunologicamente deficientes, alérgicos a outros tipos de leite, assim como filhos de mães

soropositivas (FELIPE; ALMEIDA, 2005).

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3.2 Pasteurização

O leite humano ordenhado destinado preferencialmente ao consumo de recém-

nascidos internados em Unidades de Terapia Intensiva, não devem conter microrganismos

capazes de representar agravo à saúde dos bebês. Portanto, é necessária a realização de

procedimentos capazes de assegurar a qualidade sanitária do leite (SILVA apud. FIOCRUZ,

2008).

As altas temperaturas na conservação dos alimentos são de fundamental

importância para os efeitos deletérios que o calor tem sobre os microrganismos. Temperaturas

elevadas causam a desnaturação de proteínas e a inativação de enzimas necessárias ao

metabolismo microbiano (FRANCO; LANDGRAF, 2005).

A pasteurização representa uma alternativa eficaz, onde o leite é submetido a um

tratamento térmico com uma combinação de tempo e temperatura que inativará

microrganismos presentes no alimento (VARELA, 1997; FIOCRUZ, 2008).

O leite humano ordenhado cru (LHOC) deve ser pasteurizado a 62,5ºC por 30

minutos. A pasteurização não visa à esterilização do leite humano ordenhado, mas sim uma

letalidade que garanta a inativação de 100% dos microrganismos patogênicos passíveis de

estarem presentes no leite, além de 99,99% da microbiota normal (FIOCRUZ, 2008).

Transcorridos os 30 minutos relativos à letalidade térmica, promover o

resfriamento dos frascos até que o leite atinja uma temperatura igual ou inferior a 5ºC

(FIOCRUZ, 2008), para que não permitam a recontaminação do alimento e que evite o

desenvolvimento de microrganismos termo-resistentes sobreviventes ao processo da

pasteurização (VARELA, 1997).

3.3 Benefícios da Amamentação

O aleitamento materno é a maneira natural de alimentar a criança no início de sua

vida, apresentando muitos benefícios, tanto físicos quanto psicológicos, tanto para a mãe

quanto para o bebê (COPACABANA RUNNERS, [S. d.]).

A amamentação é o primeiro momento de carinho entre mãe e filho (DUARTE,

[S.d.]). O ato de amamentar também supre as necessidades emocionais e diminui a ansiedade

15

de ambos, por meio do primeiro contato com a pele e através do contato visual (GUIA DO

BEBÊ, [S. d.]).

3.3.1 Benefícios da Amamentação para a Criança

O leite materno é vantajoso para o bebê durante os seis primeiros meses de vida,

pois lhe garante todos os nutrientes necessários e em quantidades suficientes (BLOGUE DO

BEBÊ, 2007). O leite também faz com que o bebê tenha melhor adaptação a outros alimentos

(BLOGUE DO BEBÊ, 2007).

Os benefícios da amamentação acompanham a criança durante toda sua vida. Os

bebês amamentados ao seio correm menos riscos de ter infecções urinárias, doenças

respiratórias e outras. A criança amamentada adequadamente terá menos chance de

desenvolver diabetes, má oclusão dos dentes, hipertensão, doenças cardiovasculares

(BRASIL, [S.d.]) e linfomas (BLOGUE DO BEBÊ, 2007).

O leite materno além de ser de fácil digestão e absorção (BLOGUE DO BEBÊ,

2007), protege contra doenças alérgicas, câncer, desnutrição, doenças digestivas, doenças

crônicas como osteoporose, obesidade, meningites, sarampo e outras doenças infecciosas,

doenças respiratórias e otites, doenças do trato urinário e cáries. Promove, melhor

desenvolvimento neuro-psicomotor infantil e cognitivo, aumenta o QI, promove melhor

padrão cardiorrespiratório durante a alimentação, melhor resposta às imunizações e melhor

equilíbrio emocional (GUIA DO BEBÊ, [S.d.]).

Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face,

importante para que tenha dentes bonitos, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração

(DUARTE, [S.d.]). O ato de sucção auxilia o movimento dos músculos e ossos da face,

promovendo melhor flexibilidade na articulação das estruturas que participam da fala. A

amamentação estimula o padrão respiratório nasal do bebê, facilitando a oxigenação de suas

estruturas faciais (CÁNEPA, [S.d.]). O ato de sugar o seio materno é importante para o

desenvolvimento mandibular e maxilar (PRANDINI et al., [S.d.]).

16

3.3.2 Benefícios da Amamentação para a Mãe

Não só os bebês são cobertos de benefícios com o aleitamento materno. Também

acarreta inúmeras vantagens para as mães (BOA SAÚDE, [S.d.]).

Para as mulheres, traz benefícios como, por exemplo, reduzir o sangramento pós-

parto. É ainda um excelente aliado da mãe para recuperar o peso normal (BRASIL, [S.d.]).

Amamentar o mais cedo possível depois do parto ajuda a diminuir o sangramento mais rápido

e também a retornar ao seu peso anterior, pois a gordura acumulada durante a gravidez é

usada na produção de leite (COPACABANA RUNNERS, [S. d.]).

A mãe que amamenta sente-se mais segura e menos ansiosa, tem diminuição mais

rápida do volume do útero, é menos propensa à osteoporose, corre menos risco de engravidar

(BOA SAÚDE, [S.d.]) e diminui a incidência de anemia, e de câncer (GUIA DO BEBÊ,

[S.d.]). A amamentação também protege a mulher conta a depressão pós-parto (CÁNEPA,

[S.d.]).

O ato de amamentar libera hormônios que relaxam a mãe. Amamentar

freqüentemente retarda o retorno da menstruação e fertilidade, o que permite aumentar a

quantidade de ferro no organismo. Mulheres que amamentam, costumam ter uma re-

mineralização dos ossos melhor e menor risco de câncer nos ovários ou de mama tanto antes

quanto depois da menopausa (COPACABANA RUNNERS, [S. d.]).

3.4 Leite Humano

O leite humano se refere ao leite produzido pela mulher e é utilizado para

alimentar o bebê através do aleitamento. É a primeira e principal fonte de nutrição dos recém-

nascidos até que se tornem aptos a comer e digerir os alimentos sólidos (WIKIPEDIA, 2008),

promovendo inúmeras vantagens tanto para a mãe como para o lactante (LAMOUNIER et al.,

2004).

O leite materno é fundamental para a saúde das crianças nos seis primeiros meses

de vida, por ser um alimento completo, fornecendo componentes para seu desenvolvimento,

sendo isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo das crianças

(CARLA SC, 2007).

17

O que o faz inigualável é o fato de satisfazer a criança nos aspectos nutricionais,

vínculo afetivo, estimulação e imunidade. Nenhum alimento substituto consegue satisfazer

todas essas necessidades de forma tão completa quanto o leite materno (BOA SAÚDE,

[S.d.]).

É fonte completa de nutrientes para o lactante amamentado exclusivamente ao

seio materno. Sua composição química atende também às condições particulares de digestão e

do metabolismo neste período de vida (CARLA SC, 2007).

O leite materno nem sempre tem a mesma composição, com o passar do tempo ele

muda, se adaptando às necessidades de crescimento do lactante, tornando-o um alimento

único e incomparável (CLUBE DO BEBÊ, [S.d.]).

Proteção, fonte de energia e nutrição são provenientes do leite materno. Seu

conteúdo em nutrientes são elementos necessários para o crescimento saudável da criança.

Seus componentes se encontram em uma proporção tal que nenhum deles interfere com a

absorção do outro (BOA SAÚDE, [S.d.]).

O leite humano além de proporcionar aos neonatais todos os nutrientes

necessários para crescer, funciona como barreira que lhe garante proteção extra contra

infecções e doenças (MARROQUIM, 2006).

Dados da sociedade brasileira de pediatria mostram que, em média, bebês entre 6

e 8 meses obtêm 70% de suas necessidades energéticas no leite humano. As crianças com

idade entre 9 e 11 meses têm 50% e entre 12 e 23 meses detêm 40% das necessidades

nutricionais com esse leite (BRASIL, 2005).

3.4.1 Composição do Leite Humano

É rico em gordura, proteínas, carboidratos, minerais, vitaminas e enzimas que

protege o recém-nascido contra várias doenças. O leite materno é composto por cerca de 87%

de água, sendo os 13% restantes uma poderosa combinação de elementos, fundamentais para

o crescimento e desenvolvimento da criança.

Sua composição é determinada para oferecer energia e nutrientes necessários

desde o nascimento até os seis meses de vida (FELIPE; ALMEIDA, 2005).

Por ser constituído, em sua maior parte, de água, garante o equilíbrio hídrico do

organismo do bebê. Além disso, é uma excelente fonte de energia. Tem em sua composição as

18

proteína, usadas pelo organismo no crescimento de células e tecidos; os açúcares,

principalmente a lactose, responsável pelo desenvolvimento do cérebro humano e pela

absorção de cálcio, fundamental para o crescimento ósseo da criança (CLUBE DO BEBÊ,

[S.d.]). Também estão presentes a galactose, frutose e outros oligossacarídeos. As gorduras,

as quais servem para o desenvolvimento das células do sistema nervoso (CLUBE DO BEBÊ,

[S.d.]), fornecem 51% de sua energia total (CARLA SC, 2007); e as vitaminas e sais minerais,

apresentando uma quantidade suficiente de vitaminas C, D, E e K. A concentração de ferro,

flúor, zinco, magnésio e potássio não são afetados durante a dieta alimentar da mãe. O leite

materno oferece nutrientes necessários em quantidades apropriadas à criança até os seis meses

de vida (FELIPE; ALMEIDA, 2005), sem auxilio de qualquer outro tipo de alimentação.

3.4.1.1 Colostro

O colostro é o primeiro produto de secreção lática, obtido em média até sete dias

após o parto (ALMEIDA; NOVAK e GUIMARÃES, 2004).

Nos primeiros dias de vida o bebê se alimenta do colostro, um leite denso e

amarelado, encontrado em pouca quantidade, sua produção se dá no pós-parto e sua apojadura

no 2º e 3º dia (FELIPE; ALMEIDA, 2005).

É um leite repleto de substâncias nutritivas, rico em proteínas e sais minerais,

muito importante para os primeiros dias de vida, quando a criança deve se adaptar ao mundo

externo e precisa compensar a perda de peso para iniciar bem seu crescimento (FELIPE;

ALMEIDA, 2005).

Além disso, o colostro fornece determinados anticorpos que protegem contra a

ação de germes e vírus (FELIPE; ALMEIDA, 2005).

3.4.1.2 Leite de Transição

O leite de transição é o produto intermediário da secreção lática da nutriz, entre o

colostro e o leite maduro, obtido em média entre o sétimo e o décimo quinto dia após o parto

(ALMEIDA; NOVAK e GUIMARÃES, 2004).

19

Durante esse período, a quantidade do leite aumenta e há mudança em sua

aparência e composição. Os índices de gordura e açúcar aumentam e as imunoglobulinas e os

índices de proteínas diminuem (BRASIL, 1994).

3.4.1.3 Leite Maduro

Produto da secreção lática, livre do colostro, obtido em média a partir do décimo

quinto dia após o parto (ALMEIDA; NOVAK e GUIMARÃES, 2004).

Possui aspecto claro, o qual é formado passivamente nos intervalos das mamadas

e é rico em vitaminas, sais minerais e anticorpos (FELIPE; ALMEIDA, 2005).

Para servir as necessidades do recém-nascido, o leite maduro muda sua

composição durante a mamada. O leite do começo surge no inicio da mamada. Possui um

aspecto acinzentado e aguado, sendo rico em proteínas, lactose, vitaminas e água. Já o leite do

fim, surge no final da mamada. É mais branco que o leite do começo por conter mais gordura,

tornando-o mais rico em energia (BRASIL, 1994).

3.5 Composição do Leite de Vaca

A composição do leite bovino varia de acordo com a raça, idade, período de

lactação, época do ano, sistema de ordenha, (NESTLE, [S.d.]), qualidade e quantidade de

alimentação e estado de saúde do animal. Animais de raças diferentes produzem leites com

conteúdos diferentes de gordura, proteína, lactose e sólidos totais (CNAM, [S.d.]).

No geral, o leite de vaca é composto por uma mistura de vários elementos como a

água, gorduras, proteínas - como a caseína, encontrada em grande quantidade -, lactose,

minerais, ácidos, gases e vitaminas (CAMPOS, 2003).

Cerca de 87% do leite é composto de água e os 13% restantes de sólidos

(CAMPOS, 2003). A água é o constituinte quantitativamente mais importante, no qual estão

dissolvidos, dispersos ou emulsionados os demais componentes (SILVA, 1997). Dentre os

13% de sólidos estão as gorduras, lactose, minerais, enzimas como peroxidase, catalase,

fosfatase e lípase, oxigênio, nitrogênio e CO2 (CAMPOS, 2003) proteínas, sendo 82% de

caseína e 18% de proteínas do soro (LOPES, 2008). Todas as vitaminas são componentes do

20

leite de vaca. As vitaminas A, D, E e K estão associadas aos glóbulos de gordura e as demais

ocorrem na fase aquosa do leite (SILVA, 1997).

De acordo com Silva (1997), o leite bovino contém fatores consideráveis de cloro,

fósforo, potássio, sódio, cálcio e magnésio e baixos teores de ferro, alumínio, bromo, zinco e

manganês, formando sais orgânicos e inorgânicos. A associação entre os sais e proteínas é um

fator determinante para a estabilidade da caseína ante diferentes agentes desnaturantes.

21

4. METODOLOGIA

4.1 Tipologia do Estudo

Este trabalho foi desenvolvido a partir de um estudo exploratório observacional

de abordagem qualitativa.

4.2 Local e Período de Estudo

O estudo foi realizado na Maternidade Pública na cidade do Recife. As visitas

foram feitas no período de Fevereiro à Maio de 2009.

4.3 Procedimentos Metodológicos

Os dados foram coletados através de visitas-técnicas em Bancos de Leite

Humano. Foi observado o processo de pasteurização do leite humano em Banco de Leite e

controle microbiológico em laboratório de microbiologia do hospital visitado.

4.4 Análise dos Resultados

Os resultados foram analisados conforme registros das visitas técnicas.

22

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Importância da Microbiologia no Banco de Leite Humano

Como nem sempre é possível para a criança receber o leite da própria mãe, os

Bancos de Leite Humano suprem essa necessidade oferecendo leite doado por outras mães

para a criança. Mas esse leite não pode ser promovido exatamente da forma que é enviado ao

Banco de Leite. Deve-se submeter a um rígido controle de qualidade. Uma das normas da

ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para esse trabalho é o controle

microbiológico que serve para assegurar a completa inativação de microrganismos na amostra

do leite antes de transmiti-lo ao bebê.

A qualidade microbiológica do leite humano é indispensável, uma vez que as

crianças recém-nascidas beneficiadas com o leite proveniente do Banco de Leite Humano têm

baixa resistência à infecções neonatais. É importante ressaltar que os procedimentos

realizados não afetam a qualidade do leite, preservando as propriedades originais.

Com esse controle microbiológico, as crianças beneficiadas têm melhor qualidade

de vida e os riscos de contraírem outras infecções são minimizados, conseqüentemente os

índices de mortalidade infantil são reduzidos.

5.2 Pasteurização

Os frascos enviados para o processo de pasteurização são devidamente

etiquetados com o nome da doadora, data do parto, data de ordenha e enumerados em ordem

crescente (Fig. 01).

Ao chegar à sala de pasteurização, o leite é submetido a rígidos procedimentos

para inativação dos microrganismos.

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Fig. 01 – Frascos etiquetados para serem enviados à sala de pasteurização

Inicialmente, regulou-se o banho-maria à temperatura de 65ºC e esperou que o

mesmo se estabilize, para em seguida carregar o banho-maria com os frascos contendo o leite

a ser pasteurizado. A temperatura da água em banho-maria para a elevação e manutenção da

temperatura do leite em 62,5ºC deve variar no máximo 2 a 3ºC acima desse valor (Fig. 02). A

água do banho-maria deve estar no nível de leite no interior de cada frasco (Fig. 03).

Fig. 02 – Banho-maria à temperatura adequada para a pasteurização

24

Fig. 03 – Frascos em banho-maria a nível da água

Devido ao desprendimento de ar dissolvido no leite humano durante o processo de

aquecimento, a tampa dos frascos deve estar semifechada.

Iniciar a marcação do tempo de letalidade térmica, sendo necessários 30 minutos a

partir do momento em que a temperatura do leite atingir a marca de 62,5ºC, para concluir o

processo de aquecimento em banho-maria. Durante o tempo de aquecimento, cada embalagem

foi agitada de 5 em 5 minutos, sem serem retiradas do banho-maria, para não haver

comprometimento do material.

Transcorridos os 30 minutos relativos à letalidade térmica, promoveu-se o

resfriamento dos frascos até que o leite pudesse atingir uma temperatura igual ou inferior a

5ºC (Fig. 04).

Fig. 04 – Resfriamento dos frascos no resfriador automático

25

O resfriamento dos frascos pode ser obtido através de resfriadores automáticos

(Fig. 05) ou pela imersão dos mesmos em um banho contendo água e gelo (SILVA apud.

FIOCRUZ, 2008).

Fig. 05 – Resfriador automático

Ao serem resfriados, os fracos receberam uma nova etiqueta, onde a mesma será

preenchida com a data em que foi pasteurizado, o número do lote, número da amostra e

volume de leite contido no recipiente (fig. 06).

Fig. 06 – Etiqueta colocada após a pasteurização

26

5.3 Controle de qualidade microbiológica

O controle de qualidade microbiológica do leite humano ordenhado praticado pela

Rede BLH-BR (Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano) segue o padrão utilizado para o

controle microbiológico dos alimentos instituindo a utilização de microrganismos indicadores

de qualidade sanitária, o qual o grupo de coliformes totais encontra-se em destaque

(FIOCRUZ, 2008).

5.3.1 Execução da análise microbiológica

5.3.1.1 Técnica de preparo do Caldo Verde Bile Brilhante Lactose 2% – BGBL na

concentração de 5%

Para preparar o caldo bile verde brilhante – BGBL na concentração de 5%, mais

conhecido como caldo verde brilhante, são necessários os seguintes procedimentos: colocar os

tubos de Durham invertidos no interior de cada tubo de ensaio (fig. 07); pesar 50g do caldo

verde bile brilhante lactose 2% e adicionar 1L de água destilada ou deionizada, em seguida

agitar para que a solução esteja completamente dissolvida; distribuir 10 mL do meio de

cultura em tubos de ensaio com capacidade mínima de 15 mL; esterilizar os tubos em

autoclave a 121ºC durante 15 minutos; após o resfriamento, deve-se identificar os lotes de

tubos com nome do meio de cultura, concentração e prazo de validade, o qual podem ser

mantidos sob refrigeração a 5ºC por até 15 dias e por fim, verificar se os tubos de Durham

estão completamente imersos no meio de cultura e livres de bolhas de ar e sujidade em seu

interior.

Os tubos com o meio de cultura poderão ser mantidos em temperatura ambiente

por até 7 dias e refrigerados entre 2 e 8ºC por no máximo 15 dias.

27

5.3.1.2 Técnica de preparo do Caldo Verde Bile Brilhante Lactose 2% – BGBL na

concentração de 4%

O modo de preparo do caldo bile verde brilhante na concentração de 4% é

realizado da seguinte forma: pesar 40g do caldo bile verde brilhante e adicionar a ele 1L de

água destilada ou deionizada. Em seguida, agitar até dissolução completa. Depois, adicionar o

tubo de Durham invertido (Fig. 07) e distribuir 9 mL do meio de cultura em tubos para cultura

microbiológica. Esterilizar o material em autoclave durante 15 minutos após atingir uma

temperatura de 121ºC. Após resfriamento, identificar os lotes de tubos com o nome do meio,

concentração e prazo de validade. Os tubos com o meio de cultura poderão ser mantidos em

temperatura ambiente por até 7 dias e sob refrigeração à temperatura média de 2 a 8ºC por no

máximo 15 dias. Os tubos de Durham estar completamente imersos no meio de cultura e

livres de bolhas de ar, caso contrário o material deverá ser descartado.

Fig. 07 – Tubo de ensaio com o meio de cultura e tubo de Durham

Bastos et al. (2005) afirma que todo meio de cultura desidratado, vem com rótulo

que informa a quantidade de pó que deverá ser pesado para dissolver em 1L de água destilada

e/ou deionizada.

Após esterilização em autoclave, os tubos contendo meio de cultura são

submetidos a teste de validação. 10% de cada lote esterilizado foi incubado em uma estufa à

28

temperatura de 36ºC +/- 1ºC por 24 horas. Caso o material apresente formação de gás ou

turvação do meio em um único tubo haverá desqualificação do lote produzido.

5.3.2 Procedimentos de coleta do leite pasteurizado para análise

Após o preparo do meio de cultura, foi realizada a coleta do leite pasteurizado

para análise microbiológica.

Ao término do tratamento térmico realizado através da pasteurização e

resfriamento, é necessário manter os frascos do leite humano ordenhado pasteurizado sob

cadeia de frio. Os frascos foram retirados um de cada vez para serem coletadas amostras, sob

campo de chama fornecido pelo Bico de Bunsen ou em cabine de segurança biológica.

Retiraram-se 4 alíquotas de 1 mL da amostra, sendo coletadas em diferentes pontos de cada

frasco. Foram depositadas todas as alíquotas de 1 mL em um único tubo de ensaio contendo o

meio de cultura. Por fim, tamparam-se os tubos e incubá-los em uma estufa por 24 a 48 horas

à temperatura de 36ºC +/- 1.

Cada tubo com amostra deve conter o número do frasco do qual o leite foi

extraído. O acondicionamento e transporte dos tubos para a análise são feitos em caixas

isotérmicas, para manter a temperatura especificada para o leite humano ordenhado.

5.3.3 Determinação de coliformes totais

A determinação da presença ou ausência dos coliformes totais se dá pela

observação da formação de gás no interior do tubo de Durham (Fig. 08). Os que apresentarem

a formação de gás num período de 24 a 48 horas, são considerados positivos para coliformes.

A presença de gás indica um resultado presumível, o qual deverá ser obrigatoriamente

submetido à prova confirmatória.

29

Fig 08- Formação da bolha de gás em destaque no tubo positivo

5.3.4 Prova confirmatória de coliformes

Os tubos com provável presença de coliformes são ser submetidos a um exame

confirmatório, onde são coletados sob campo de chama, utilizando o Bico de Bunsen, ou sob

cabine de segurança biológica, com auxilio da alça bacteriológica com capacidade de 0,05 mL

e observando a formação de uma membrana a partir do meio de cultura, amostras do tubo com

o caldo bile verde brilhante na concentração de 5% e inocular no mesmo meio de cultura na

concentração de 4%.

Em seguida, incubar os tubos com o meio de cultura na concentração de 4% e

inoculá-los em estufa a 36 +/- 1ºC, por 48 horas.

Os frascos em que houve a formação de gás no teste confirmatório são

considerados como resultado positivo final. Sendo o objetivo da pasteurização eliminar

microrganismos patogênicos, a presença de coliformes em amostra do leite pasteurizado

caracteriza o produto como impróprio para consumo. Os resultados serão expressos como

presença e ausência de coliformes totais.

30

5.4 Comparação do Leite Humano e Leite Bovino: Aspectos Gerais

O leite humano é indiscutivelmente o alimento mais perfeito que existe para a

criança nos primeiros meses de vida. É superior a qualquer outro tipo de leite, pois fornece ao

recém-nascido todos os nutrientes necessários e em quantidades adequadas para um

crescimento sadio.

É incontestável as vantagens do leite humano com qualidade em relação ao leite

bovino. Sua superioridade é claramente vista quando se estuda suas composições, sendo

observada nos seguintes aspectos: alta digestabilidade, pureza bacteriológica, imunidade,

fatores psicológicos, quantidade de nutrientes e custo financeiro.

O leite materno é digerido pela criança de forma fácil e rápida, evitando diarréias,

gastroenterites e desidratação. O leite de vaca é muito concentrado, sendo ideal para o

desenvolvimento de um bezerro. No leite bovino, há ausência e excesso de nutrientes, os

quais não são tão benéficos para o crescimento sadio de uma criança.

Por não conter a enzima lipase para digerir a gordura, o leite de vaca se torna mais

difícil de digerir. Além disso, a caseína forma coágulos grandes dificultando a digestão. Por

ser digerido mais lentamente, o leite bovino ocupa o estômago do lactante por mais tempo do

que o leite materno. Portanto, ela não tem fome tão rapidamente como deveria. A criança

alimentada com o leite de vaca pode ter as fezes mais compactas e duras (BRASIL, 1994).

Os lactantes alimentados com o leite de vaca encontram-se mais expostos a

desidratações, já que necessitam utilizar mais água de seu corpo para formar urina do que os

alimentados como leite materno (BOA SAÚDE, 2003).

A imunidade é transmitida para a criança através do aleitamento materno. Os

anticorpos adquiridos pela mãe durante toda a sua vida são transferidos à criança através do

leite materno, o que não ocorre com a ingestão do leite de vaca (GEOCITES, [S.d.]). O leite

bovino também contém fatores imunológicos de ótima qualidade, mas para o bezerro. Esses

fatores funcionam apenas com indivíduos de mesma espécie (CARREIRO, [S.d]).

O leite materno contém fator bífido, que facilita o crescimento do Lactobacillus

bifidus no intestino da criança. Essa bactéria impede que outras cresçam e causem diarréia. O

leite também apresenta a lactoferrina, a qual se junta ao ferro, impedindo o crescimento de

algumas bactérias patogênicas que necessitam desse elemento (BRASIL, 1994).

31

Crianças alimentadas artificialmente ficam doentes com mais freqüência, pois, às

vezes, o leite não contém as vitaminas suficientes para a criança. O ferro do leite de vaca não

é absorvido de forma tão completa quanto o leite humano, por esse motivo, a criança

alimentada artificialmente pode desenvolver anemia por deficiência do ferro (BRASIL, 1994).

O leite humano e o leite de vaca apresentam concentrações semelhantes de ferro, sendo

apresentada uma melhor disponibilidade no leite humano. A lactoferrina - proteína que se liga

ao ferro no leite humano - reduz a quantidade de ferro livre, inibindo a multiplicação

bacteriana (CARLA SC, 2007).

Nos primeiros anos de vida, a ingestão de proteínas se torna indispensável para o

bebê. Por apresentar excesso de proteínas, a ingestão do leite bovino é inadequada para a

criança durante o inicio de sua vida. Sendo o leite bovino ideal para o desenvolvimento de um

bezerro, sua composição de proteínas encontra-se em excesso, principalmente a caseína.

A maior diferença entre o leite humano e o leite de vaca é a composição de

proteínas e o desequilíbrio entre os minerais, causando mais transtorno ao ser humano. As

proteínas do leite humano são estruturais e qualitativamente diferentes das do leite de vaca.

No leite humano, 80% do conteúdo protéico é composto de lactoalbumina. No leite de vaca

esta mesma proporção é de caseína. A relação proteína do soro/caseína do leite humano é de

80/20, a do leite bovino é 20/80 (CARREIRO, [S.d]). A caseína é uma proteína importante

como provedora de aminoácidos livres ao lactente, além de cálcio e fósforo (CARLA SC,

2007).

Estudos sobre a ação da caseína do leite humano e do leite de vaca mostraram que

a caseína presente no leite humano é um componente que ajuda a proteger as crianças contra

infecções gastrintestinais, impedindo a adesão de bactérias patogênicas como a Helicobacter

pylori às células da mucosa intestinal humana, enquanto o mesmo não ocorreu com a caseína

do leite de vaca (CARREIRO, [S.d]).

O leite bovino possui 3 vezes mais proteínas que o leite humano, fato que pode

promover a acidificação do pH sangüíneo e sobrecarregar o rim, quando consumido em alta

quantidade e, aumentar a excreção urinária de cálcio (CARREIRO, [S.d]).

O leite diluído pode conter quantidade insuficiente dos aminoácidos essenciais,

cistina e taurina, necessário para o desenvolvimento do cérebro (BRASIL, 1994)

Outro fator de desequilíbrio no leite bovino é a quantidade de cálcio - 3 vezes

maior que no leite materno - porém o desequilíbrio entre os minerais necessários para uma

real utilização do cálcio, prejudica sua biodisponibilidade. Isto não acontece no leite humano

32

(CARREIRO, [S.d]). O bebê pode apresentar baixos níveis de cálcio já que o excesso de

fósforo do leite de vaca dificulta a absorção do cálcio (BOA SAÚDE, 2003).

No leite humano e leite de vaca, a concentração de gordura é semelhante, porém

as do leite materno são menos insaturadas que os ácidos graxos do leite de vaca. O cálcio é o

elemento com mais facilidade de entrar nessas duplas ligações. Então, comparando o ácido

graxo do leite humano com o de vaca, haverá mais vagas para a ligação o cálcio no leite

bovino do que no materno. Assim, haverá espoliação de cálcio do recém-nascido quando

alimentado com leite de vaca. Com a ligação do cálcio, o acido graxo é eliminado nas fezes

(GEOCITES, 2000). Para crescer bem a criança precisa de mais ácidos graxos insaturados

(BRASIL, 1994).

O leite de vaca não contém quantidade suficiente de ácido graxo essencial,

conhecido também como ácido linoléico, e talvez também não contenha colesterol suficiente

para o cérebro em crescimento (BRASIL, 1994).

Com relação aos fatores psicológicos, o aleitamento materno é mais vantajoso,

pois, o ato de amamentar supre as necessidades emocionais e diminui a ansiedade de ambos,

através do contato com a pele e contato visual entre mãe e filho.

Além disso, também apresenta vantagens econômicas, já que amamentar é muito

mais barato do que alimentar a criança com leite artificial. O custo do alimento extra

necessário para produzir o leite é insignificante em comparação com o custo das fórmulas

lácteas e consumo de gás para esquentar água, esterilizar mamadeiras (BOA SAÚDE, 2003).

Sendo assim, é de extrema importância que haja o controle de qualidade

microbiológica do leite humano doado aos recém-nascidos através do Banco de Leite, para

que a criança não seja alimentada com outro tipo de alimento, contribuindo para a melhoria de

qualidade de vida.

33

Tabela 1 – Comparação entre o leite materno e o leite de vaca

MATERNO

VACA

Contaminação bacteriana

Ausente

Possível

Substâncias anti-infecciosas

Anticorpos Lactoferrina Fator bífido

Não ativos

Proteína Total Caseína Lactoalbumina

1% 0,5% 0,5%

4% em excesso 3% em excesso 0,5%

Aminoácidos Cistina Taurina

Suficiente para o cérebro em crescimento

Insuficiente

Gordura Total Saturação de ác. Graxos Ác. linoleico

4% (média) Suficiente insaturados Suficiente para cérebros em crescimento

4% Excesso de saturados Insuficiente

Colesterol Lipase para digerir gorduras Lactose (açúcar)

Suficiente Presente 7% insuficiente

Insuficiente Ausente 3-4% insuficiente

Sais Sódio Cloro Potássio

Adequado Adequado Adequado

Em excesso Em excesso Em excesso

Minerais (mg/l) Cálcio Fosfato Ferro

350 – adequado 150 – adequado Pequena quantidade Bem absorvido Suficiente

1.400 – em excesso 900 – em excesso Pequena quantidade Mal absorvido Insuficiente

Vitaminas

Suficiente

Pode ser insuficiente

Água

Suficiente Não necessita de quantidade extra

Necessita quantidade extra

FONTE: BRASIL, 1994.

34

6. CONCLUSÕES

• O Banco de Leite Humano é eficaz em sua objetividade, garantindo a qualidade de

vida do recém-nascido;

• O consumo exclusivo do leite materno é fundamental para a saúde da criança nos seis

primeiros meses de vida;

• O leite materno é o alimento mais perfeito para a saúde do recém-nascido;

• A composição do leite é sutilmente modificada para atender as necessidades do

lactante;

• Os nutrientes necessários para um crescimento saudável estão presentes no leite

materno;

• Anticorpos são transferidos à criança através do aleitamento materno;

• O ato de amamentar acarreta inúmeras vantagens tanto para a mãe quanto para o

lactante;

• Os benefícios da amamentação acompanham a criança por toda sua vida;

• A qualidade do leite materno advindo do Banco de Leite Humano é indispensável para

os recém-nascidos com baixa resistência a infecções neonatais;

• O controle de qualidade do leite é essencial para pureza bacteriológica do leite;

• A pasteurização elimina os microrganismos patogênicos;

• O controle microbiológico apresenta a existência ou ausência de microrganismos

patogênicos;

• O leite contaminado é imediatamente descartado para não prejudicar o recém-nascido;

• A superioridade do leite materno em relação ao leite bovino é nitidamente vista em sua

composição;

• Nenhum alimento substituto satisfaz todas as necessidades da criança de forma tão

completa quanto o leite materno;

• O controle de qualidade microbiológica do leite humano garante um leite livre de

patógenos e próprio para o público-alvo: recém-nascidos baixo-peso e prematuros.

35

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WIKIPEDIA. Leite Materno. out. 2008. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Leite_materno>. Acesso em: 04 nov. 2008.

ANEXOS

FICHA DE DOADORA

DATA: __/__/__. FONE PARA CONTATO: __________________.

REGISTRO DA DOADORA: ___________________.

NOME:_________________________________________________________.

DATA DO PARTO: __/__/__.

DOADORA: ( ) INTERNA ( ) EXTERNA

DOADORA: ( ) APTA ( ) NÃO APTA

I – ESTILO DE VIDA:

• A senhora poderia responder algumas perguntas?

• As suas respostas serão sigilosas.

1 – A senhora toma café? ( ) Sim ( ) Não

Se sim, quantas xícaras de consumo por dia?

(Ideal para doação: abaixo de 07 xícaras de cafezinho/dia)

2 – A senhora toma bebida alcoólica? ( ) Sim ( ) Não

Se sim, quantas doses por dia?

(Recomendável: 02 doses/dia)

3 – A senhora fuma? ( ) Sim ( ) Não

Se sim, quantos cigarros por dia?

(Recomendável para doação: abaixo de 10 cigarros por dia)

4 – A senhora usa alguma droga, como maconha, cocaína, cola, etc.? ( ) Sim ( ) Não

Se sim, qual?

(Ideal não usar)

II – MEDICAMENTOS / DROGAS / DOENÇAS:

5 – A senhora está tomando algum remédio? ( ) Sim ( ) Não

Se sim, qual a dosagem?

(A maioria dos remédios são liberados)

6 – A senhora toma algum remédio caseiro ou homeopático? ( ) Sim ( ) Não

Se sim, qual a dosagem?

(A maioria dos remédios são liberados)

7 – A senhora tem alguma doença infecciosa? ( ) Sim ( ) Não

Se sim, qual?

8 – A senhora teve hepatite ou icterícia? ( ) Sim ( ) Não

9 – A senhora já tomou transfusão de sangue? ( ) Sim ( ) Não

10 – Outras doenças:

___________________________________________________________________________.

11 – A senhora já amamentou antes? ( ) Sim ( ) Não

Se sim, por quanto tempo?

Médico Responsável

_______________________________________________________