Processamento Mineral - Relatorio Humphreys

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Concentrador Espiral de Humphreys INTRODUÇÃO: Inventada em 1941 nos EUA primeiramente conhecida como espiral de humphrey era apenas constituida de aneis e pneus velhos e nesta foi realizada os primeiros testes de concentração. Para ser utilizada com sucesso na concentração de minérios deve ser consideradas algumas propriedades físicas dos minerais como densidade tamanho e forma dos grãos. -Esquema geral do Classificador- Como visto no esquema,a polpa flui na espiral, isto é, num canal com secção semicircular modificada, onde cada partícula do minério é submetida a uma força centrífuga que, tende a arrastar a partícula na direção da periferia da calha, chegando as posições mais elevadas. Essa força centrífuga acumula a polpa com as partículas leves na borda externa da calha, até a corrente atingir um equilíbrio entre a força centrífuga e força gravitacional, que tende a mover as partículas baixas na faixa interna da calha mais próxima da coluna central. A velocidade da polpa na calha decresce

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Concentrador Espiral de HumphreysINTRODUÇÃO:Inventada em 1941 nos EUA primeiramente conhecida como espiral de humphrey era apenas constituida de aneis e pneus velhos e nesta foi realizada os primeiros testes de concentração. Para ser utilizada com sucesso na concentração de minérios deve ser consideradas algumas propriedades físicas dos minerais como densidade tamanho e forma dos grãos.

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Concentrador Espiral de Humphreys

INTRODUÇÃO:

Inventada em 1941 nos EUA primeiramente conhecida como espiral de humphrey era apenas constituida de aneis e pneus velhos e nesta foi realizada os primeiros testes de concentração. Para ser utilizada com sucesso na concentração de minérios deve ser consideradas algumas propriedades físicas dos minerais como densidade tamanho e forma dos grãos.

-Esquema geral do Classificador-

Como visto no esquema,a polpa flui na espiral, isto é, num canal com secção semicircular modificada, onde cada partícula do minério é submetida a uma força centrífuga que, tende a arrastar a partícula na direção da periferia da calha, chegando as posições mais elevadas. Essa força centrífuga acumula a polpa com as partículas leves na borda externa da calha, até a corrente atingir um equilíbrio entre a força centrífuga e força gravitacional, que tende a mover as partículas baixas na faixa interna da calha mais próxima da coluna central. A velocidade da polpa na calha decresce com a profundidade, desde um máximo exatamente abaixo da superfície da polpa até um valor próximo de zero em contato com a superfície do canal. Esse movimento responde, em parte, pelo acúmulo das partículas grossas e pesadas.

Assim como a polpa, a água de lavagem é adicionada no topo da espiral, num canal paralelo aquele interno a calha, pelo qual escoa a polpa. Esse canal possui rasgos que desviam a água de lavagem para o interior da calha, numa operação de lavagem da polpa, dai o nome água de lavagem.

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Objetivo:

O objetivo do trabalho é mostrar como pode ser observada a separação densitaria utilizando o concentrador Humphreys, e mostrar a relação Recuperação Metalúrgica X Tamanho das Partículas.

Procedimentos

As informações que devem ser obtidas nos testes unitários são: taxa de alimentação (kg/h), percentagem de sólidos na polpa, fluxo de massa do concentrado, rejeito e mistos (kg/g). Devendo ser determinados: efeitos de variações do teor e do conteúdo da lama sobre o teor do produto final e sobre a recuperação do processo, entre outros.

Quando existe um inversor de freqüência, para o controle de velocidade do motor da bomba, bem como o manômetro de entrada do hidrociclone, mantendo constantes a velocidade e a pressão do sistema, motor e bomba, conseqüentemente o fluxo da alimentação será constante separação.

A espiral existente no laboratório do DEMIN/UFOP possui no seu circuito um pequeno hidrociclone utilizado para recircular a água no sistema, favorecendo assim os ensaios de testes em laboratório.

Na prática forma obtidas as densidades dos ensaios, gerando os seguintes dados:

Tabela 1 – Densidades das duas amostras de concentrado e de rejeito

Concentrador Espiral Humphrey

Descrição Massa 1 Massa 2 Massa 3 Massa 4 Massa Total Densidade

Concentrado 1 27,570 66,850 84,100 56,000 255 3,513

Concentrado 2 27,420 71,240 85,130 54,400 330 3,348

Rejeito 1 26,810 57,210 72,150 52,450 1875 2,841

Rejeito 2 41,490 105,380 139,190 98,050 2645 2,808

Obs: Todas as massas estão expressas em gramas

Para o ensaio de peneiramento foi escolhido o Rejeito 1 por possuir maior densidade. O mesmo foi homogeneizado e quarteado para facilitar o peneiramento.

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Tabela 2 – Distribuição do Peneiramento do Rejeito 1.

Rejeito - Classificador Espriral Humphrey

Para o Rejeito foi realizado um quarteamento Tempo Peneiramento 90,5 segundosMassa após quarteamento 255 G

Pic Tamanho Série m1 m2 m3 m4 massa Ρ Freq. Simples1 0,425 35# 25,48 37,92 60,64 52,81 15 2,698 5,455 %2 0,297 48# 27,39 50,94 69,34 53,99 35 2,872 12,727 %3 0,21 65# 44,12 83,87 121,06 95,84 45 2,736 16,364 %4 0,15 100# 41,27 93,09 130,92 97,62 70 2,798 25,455 %5 0,106 150# 20,46 66,43 105,98 80,94 55 2,196 20,000 %6 0,074 200# 27,25 43,52 65,85 54,85 20 3,087 7,273 %7 0,053 270# 25,66 36,59 62,78 54,62 10 3,946 3,636 %7 0,053 270# 25,66 36,59 62,78 54,62 10 3,946 3,636 %8 0,044 325# 28,55 32,88 57,84 54,35 5 5,155 1,818 %9 0,038 400# 41,96 48,47 99,15 93,83 10 5,471 3,636 %

10 Fundo 21,47 31,49 54,22 46,34 10 4,682 3,636 %Total 275 100,000 %

* todas as massas estão expressas em gramas

No ensaio de peneiramento do rejeito pode ser observado uma nítida separação entre a sílica e o ferro, mostrando uma concentração de ferro muito fino neste rejeito.

Para os ensaios de peneiramento os dados coletados na prática foram:

Ensaio Espiral1ºEnsaio 150,13 voltas2ºEnsaio 50 voltas

Cma 30%Massa

Sóld. 30 kgMassa

Liq. 70 kg

1º Ensaiotempo 1 2,6 Segundos

Concentrado 515 gRejeito 5110 gPressão 15 lb/in2

Alimentação1 5625 gramas

2º Ensaiotempo 1 3,47 Segundos

Concentrado 2 700 g

Rejeito 2 6085 gPressão 15 lb/in2

Alimentação 2 6785 Gramas

Tabela 3 – Distribuição do Peneiramento do Concentrado 1.Concentrado - Classificador Espiral Humphrey

Tempo Peneiramento 220,3 segundosMassa(g) 254,33 g

Pic Tamanho Série m1 m2 m3 m4 massa ρ Freq. Simples1 0,425 35# 25,46 28,26 55,08 53,15 3,54 3,218 1,391 %2 0,297 48# 27,24 40,9 63,32 54,18 14,09 3,022 5,536 %3 0,21 65# 43,87 69,32 112,6 96,28 24,58 2,788 9,658 %4 0,15 100# 40,89 88,44 129,65 98 46,38 2,991 18,223 %5 0,106 150# 27,87 97,76 126,5 80,78 65,63 2,892 25,787 %6 0,074 200# 26,73 62,18 79,69 54,76 34,36 3,370 13,500 %7 0,053 270# 24,87 52,09 73,63 54,19 26,23 3,499 10,306 %8 0,044 325# 28,16 42,98 64,54 53,79 13,79 3,641 5,418 %9 0,038 400# 41,56 55,44 103,62 93,39 13,08 3,803 5,139 %

10 Fundo 20,88 34,93 56,04 53,93 12,83 1,177 5,041 %Total 254,51 100 %

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No concentrado a distribuição de ferro foi observada em todas as faixas peneiradas.

Legendam1 Picnômetro Vaziom2 Picnômetro com Minériom3 Picnômetro com Minério

e Águam4 Picnômetro com Água

(1)

Com base nos resultados de concentração e do rejeito, realizamos os cálculos para obter a distribuição da alimentação, considerando as seguintes fórmulas:

ou A equação descrita refere-se à Massa da alimentação multiplicada pelo seu teor é

diretamente proporcional à soma do teor do concentrado multiplicado pela sua massa com o teor do rejeito multiplicado pela massa do rejeito.

Tabela 4 – Distribuição do Peneiramento Calculado na Alimentação.

Alimentação - Classificador Espiral Humphrey

Tamanho Série Rm massa Teor Densidade Passante(%) Retido (%)0,425 35# 0,191 18,54 0,035 2,714 96,499 3,5010,297 48# 0,287 49,09 0,093 2,885 87,228 12,7720,21 65# 0,353 69,58 0,131 2,742 74,087 25,9130,15 100# 0,399 116,38 0,220 2,838 52,109 47,891

0,106 150# 0,544 120,63 0,228 2,324 29,327 70,6730,074 200# 0,632 54,36 0,103 3,114 19,061 80,9390,053 270# 0,724 36,23 0,068 3,912 12,219 87,7810,044 325# 0,734 18,79 0,035 5,080 8,670 91,3300,038 400# 0,567 23,08 0,044 5,368 4,312 95,688

0,0379 0,562 22,83 0,043 4,149 0,000 100,000Total 4,992 529,51 1,000

\Para a obtenção da densidade, teor e recuperação metalúrgica na alimentação foram utilizadas as seguintes fórmulas:

Legendaa Densidade na Alimentaçãoc Densidade no Concentrador Densidade no Rejeitofa Teor na Alimentaçãomi Massa na fração imt Massa totalfc Teor no Concentradofr Teor no RejeitoRm Recuperação Metalúrgica

(3)

(4)

(5)

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Com os dados calculados da alimentação foi possível traçar um gráfico recuperação metalúrgica versus Tamanho da Particula (mm), aonde se observa que a recuperação é maior quanto mais fino foi os ensaios de peneiramento, mostrando assim, o que foi observado no peneiramento feito com a massa do rejeito.

Gráfico 1 – Recuperação Metalúrgica na Alimentação

Classificador Helicoidal - Alimentação

0.000

0.100

0.200

0.300

0.400

0.500

0.600

0.700

0.800

0.900

1.000

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5

Tamanho (mm)

Re

cu

pe

raç

ão

Me

talú

rgic

a (

%)

Conclusão

O trabalho realizado mostrou como pode ser feita a separação utilizando o concentrador helicoidal.

No gráfico da Recuperação Metalúrgica X Tamanho da Partícula, mostrou que o ferro se concentra mais na parte fina da areia.

Existem vários outros cálculos que podem ser realizados com o concentrador helicoidal, no entanto as mesmas não foram utilizadas pois se referem a otimização do circuito de processamento, ou seja, cálculos efetuados levando em consideração as forças aplicadas na partícula e na obtenção da viscosidade do fluido.

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Bibliografia

(1) SAMPAIO, João Alves, FRANÇA, Silvia Cristina Alves, BRAGA, Paulo Fernando Almeida – Tratamento de Minérios - Práticas Laboratoriais – CETEM 2007(2)SAMPAIO, Carlos Hoffmann, TAVARES, Luiz Marcelo Marques - Beneficiamento gravimétrico : uma introdução aos processos de concentração mineral e reciclagem de materiais por densidade - UFGRS Editora.

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UFOP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETOEM – Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto

DEMIN – Departamento de Engenharia de Minas

Relatório

Concentrador Humphreys

Isadora Lupiano de Moura

João Paulo Martins

Pedro Henrique Damiao