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PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR – 2016 DIREITO CIÊNCIAS HUMANAS Questão 01 Os cristãos insistiam em que só eles possuíam a verdade e que todas as outras religiões, inclusive as do Estado, que eram praticadas pelos romanos, eram falsas. Recusavam-se, por exemplo, a cumprir os rituais ligados à figura do imperador – tais como a queima do incenso diante da estátua. Afirmavam que tais gestos significavam adorar imperador como um deus. [...] no terceiro século em sua doutrina; autores cristãos admitiam a possibilidade de uma pessoa ser ao mesmo tempo um bom cristão e um bom romano. Apesar de tudo, a luta entre cristãos e não-cristãos prosseguiu até mesmo depois de 313, quando o imperador Constantino baixou um decreto oficial de tolerância. (HADAS, Moses. Roma Imperial. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969, p. 136. In: ADHEMAR, Ricardo. História Antiga e Medieval . Belo Horizonte. Ed. Lê, 1996, p. 59. À luz do fragmento textual apresentado, é possível assegurar que as perseguições sofridas pelos cristãos, no Império Romano, podem ser explicadas: a) pela contestação à religião do Estado Romano e pela rejeição da origem divina do Imperador, feita pelos seguidores de Cristo. b) pela disseminação do Edito de Milão, que obstruiu a legalização do cristianismo e fomentou a repressão violenta. c) pela composição de heresias como a do Nestorianismo, que negava a natureza divina de Cristo. d) pela organização dos Sínodos Ecumênicos, que objetivavam promover a definição da doutrina cristã. e) pela consolidação do paganismo do Imperador Teodósio, que mandou vitimizar milhares de cristãos. Questão 02 Utilize o mapa a seguir na correta interpretação do enunciado (Disponível em:<http://marcosbau.com.br/geobrasil-2/o-territorio- brasileiro-dimensoes-e-situacao-geografica>. Acesso em: 01 ago. 2015) O Brasil, desde setembro de 2013, possui, novamente, quatro fusos horários. Sobre as diferentes horas do planeta, é possível afirmar que: a) como a Terra leva aproximadamente vinte e quatro horas para completar o ciclo do movimento de translação – que resulta na existência alternada entre dias e noites –, o planeta é dividido em 24 fusos horários. b) cada fuso representa uma hora em sua área de abrangência. Essa contagem é feita a partir da Linha do Equador, uma linha imaginária estabelecida por convenção e que “corta” a cidade de Londres e toda a sua extensão em direção ao sul. c) todas as localidades que se encontram a leste (oriente), em relação a Greenwich, têm suas horas somadas pelo número de fusos de distância; enquanto todas as que se encontram a oeste (ocidente) têm suas horas diminuídas. d) o território brasileiro, por se encontrar no hemisfério oriental, possui o seu horário atrasado em relação ao meridiano de Greenwich. e) em razão de o Brasil possuir uma ampla extensão latitudinal, sua localização é dividida em quatro fusos horários. 2| Página

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PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR – 2016

DIREITO

CIÊNCIAS HUMANAS

Questão 01

Os cristãos insistiam em que só eles possuíam a verdade e que todas as outras religiões, inclusive as do Estado, que eram praticadas pelos romanos, eram falsas. Recusavam-se, por exemplo, a cumprir os rituais ligados à figura do imperador – tais como a queima do incenso diante da estátua. Afirmavam que tais gestos significavam adorar imperador como um deus. [...] no terceiro século em sua doutrina; autores cristãos admitiam a possibilidade de uma pessoa ser ao mesmo tempo um bom cristão e um bom romano. Apesar de tudo, a luta entre cristãos e não-cristãos prosseguiu até mesmo depois de 313, quando o imperador Constantino baixou um decreto oficial de tolerância. (HADAS, Moses. Roma Imperial. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969, p. 136. In: ADHEMAR, Ricardo. História Antiga e Medieval . Belo Horizonte. Ed. Lê, 1996, p. 59.

À luz do fragmento textual apresentado, é possível assegurar que as perseguições sofridas pelos cristãos, no Império Romano, podem ser explicadas:

a) pela contestação à religião do Estado Romano e pela rejeição da origem divina do Imperador, feita pelos seguidores de Cristo.

b) pela disseminação do Edito de Milão, que obstruiu a legalização do cristianismo e fomentou a repressão violenta.

c) pela composição de heresias como a do Nestorianismo, que negava a natureza divina de Cristo.

d) pela organização dos Sínodos Ecumênicos, que objetivavam promover a definição da doutrina cristã.

e) pela consolidação do paganismo do Imperador Teodósio, que mandou vitimizar milhares de cristãos.

Questão 02

Utilize o mapa a seguir na correta interpretação do enunciado

(Disponível em:<http://marcosbau.com.br/geobrasil-2/o-territorio-brasileiro-dimensoes-e-situacao-geografica>. Acesso em: 01 ago. 2015)

O Brasil, desde setembro de 2013, possui, novamente, quatro fusos horários. Sobre as diferentes horas do planeta, é possível afirmar que:

a) como a Terra leva aproximadamente vinte e quatro horas para completar o ciclo do movimento de translação – que resulta na existência alternada entre dias e noites –, o planeta é dividido em 24 fusos horários.

b) cada fuso representa uma hora em sua área de abrangência. Essa contagem é feita a partir da Linha do Equador, uma linha imaginária estabelecida por convenção e que “corta” a cidade de Londres e toda a sua extensão em direção ao sul.

c) todas as localidades que se encontram a leste (oriente), em relação a Greenwich, têm suas horas somadas pelo número de fusos de distância; enquanto todas as que se encontram a oeste (ocidente) têm suas horas diminuídas.

d) o território brasileiro, por se encontrar no hemisfério oriental, possui o seu horário atrasado em relação ao meridiano de Greenwich.

e) em razão de o Brasil possuir uma ampla extensão latitudinal, sua localização é dividida em quatro fusos horários.

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DIREITO

Questão 03

Considere o texto a seguir.

“Para o Brasil, afluíam massas enormes de escravos, provenientes de terras africanas, muitas vezes de tribos as mais longínquas e diferentes, portugueses degredados e colonizadores interessados nas riquezas da terra, prostitutas e exilados, holandeses, franceses, piratas e corsários, missões jesuíticas e, sobretudo entre os séculos XVII e XVIII, cristãos-novos preocupados com seus destinos em solo europeu.”

(BITTAR, Eduardo C. Bianca. História do Direito Brasileiro. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2012, p.162)

O texto apresentado auxilia na compreensão do fato de que, na atualidade, ainda é possível se deparar com análises casuísticas e preconceituosas acerca da formação da sociedade nacional brasileira, referindo-se:

a) ao caráter monoético relacionado às formas da colonização.

b) aos constantes e evidentes excessos da tolerância religiosa entre os colonos luso-brasileiros.

c) ao marcante caráter empático das relações culturais entre europeus, nativos e africanos.

d) ao aspecto discriminador e não raramente violento das relações sociais entre os diversos agentes da colonização.

e) a ausência da miscigenação espontânea, marcada pelo respeito às poucas identidades culturais.

Questão 04

Analise os textos a seguir: TEXTO I

“Como Mateus recusa-se a confessar e a denunciar outras pessoas foi considerado ‘herege, apóstata da Santa Fé Católica’, incorreu em excomunhão maior e confiscação de todos os seus bens, sendo ‘relaxado à justiça secular’, isto é, condenado à morte.”

(NOVINSKY, Anita. Cristãos-novos na Bahia: a inquisição. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1992, p.147)

TEXTO II

“[A delação premiada] significa a possibilidade de se reduzir a pena do criminoso que entregar o(s) comparsa(s). É o ‘dedurismo’ oficializado, que, apesar de moralmente criticável, deve ser incentivado em face do aumento contínuo do crime organizado. É um mal necessário, pois trata-se da forma mais eficaz de se quebrar a espinha dorsal das quadrilhas, permitindo que um de seus membros possa se arrepender, entregando a atividade dos demais e proporcionando ao Estado resultados positivos no combate à criminalidade.”

(NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Direito Penal: parte geral: parte especial. 3.ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007, p. 716)

Na passagem do livro de Anita Novinsky, bem como no fragmento da obra de Guilherme de Souza Nucci, retrata-se uma característica notável das relações jurídicas e de poder no Brasil, ao destacar:

a) o perfil meramente pontual das perseguições religiosas e políticas, negando a tendência ao clima de policiamento da sociedade sobre si mesma.

b) o envolvimento dos poderes espiritual e secular no contexto das sentenças punitivas, na Colônia, e o fomento à delação como forma de obtenção do perdão ou da atenuação das penas.

c) o papel da Igreja Católica, como mediadora flexível e pacificadora das contendas sociais e políticas.

d) o distanciamento entre as esferas de poder espiritual e secular, na aplicação da Justiça.

e) a afetação da justiça eclesiástica pelo caráter indulgente e descuidado da administração colonial.

Questão 05

Interprete o gráfico abaixo.

Apesar de ser considerado um país emergente e integrante dos BRICS, o Brasil está atrasado industrialmente em relação aos países de industrialização clássica. A industrialização brasileira desenvolveu-se, principalmente, por meio da substituição de importações, quando o mercado interno ganhou maior importância na economia nacional. Infelizmente, a atividade industrial brasileira registra, ainda, uma forte concentração espacial na Região Sudeste. Tal região é responsável por mais da metade de toda a produção industrial brasileira, de modo a aumentar as desigualdades socioeconômicas em nosso país. Desse modo, destaca-se entre as consequências advindas desse processo:

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a) a concentração de investimentos públicos no setor primário da economia.

b) uma maior dispersão do parque industrial pelo território nacional.

c) a criação de áreas de “zonas francas”, a partir da implantação de indústrias de montagem.

d) a utilização, cada vez maior, de mão de obra barata e semiqualificada dos trabalhadores.

e) a complementaridade industrial.

Questão 06

Na Idade Moderna, devido às restrições mercantilistas, a liberdade econômica não era condição para o funcionamento do mercado. A economia baseava-se num sistema de privilégios: o rei vendia direito de exclusividade tanto em relação ao comércio quanto à produção. Vale destacar que este sistema, também, marcou presença na América e foi determinante na estruturação econômica do continente. Tal situação refletia-se na estrutura socioeconômica da Hispano América colonial, na medida em que:

a) o trabalho livre por meio da encomienda incidia sobre as populações negras escravas das grandes estâncias.

b) os guachupines eram miscigenados que controlavam as funções político-religiosas nos vice-reinados.

c) os indígenas estavam protegidos por uma rigorosa legislação régia, que os proibia de trabalhar para os adelantados.

d) a mita surgiu nas reduções jesuíticas relacionando a catequese ao trabalho indígena nas propriedades da Igreja.

e) a elite criolla era composta de uma fidalguia econômica local de proprietários rurais e de minas.

Questão 07

Considere a reprodução abaixo para a análise correta do enunciado.

(Disponível em:<https://www.google.com.br>. Acesso em: 09 set. 2015)

O grupo terrorista Estado Islâmico, já conhecido pela sigla EI, foi criado em agosto de 2014. Começou a atuar principalmente no noroeste do Iraque e em parte da

Síria, utilizando ações extremas contra todos aqueles que consideram “infiéis”. A mídia mundial já registrou vários ataques contra a população, tais como: estupros, massacres de outros grupos religiosos, decapitação de jornalistas e destruição de sítios arqueológicos – como o de Palmira, na Síria. A UNESCO comparou tais ataques a “crimes de Guerra”. No que diz respeito ao Estado Islâmico, é possível afirmar que:

a) sua origem está relacionada ao processo de crise política desencadeada com a “Guerra do Golfo Pérsico”.

b) nasceu como uma derivação da Al-Qaeda, então liderada por Osama Bin Laden.

c) o objetivo principal é reprimir o modelo teocrático radical islâmico pelo mundo.

d) a concepção de Jihad ou de Guerra Santa para o Islã que o EI possui é completamente diferente de outras organizações terroristas, como a Al-Qaeda ou o Hamas.

e) Muitos jovens do Oriente Médio se oferecem para integrar o grupo.

Questão 08

Observe a reprodução a seguir:

Estrada de ferro em Petrópolis,1885.

(Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=caf%C3%A9+no+seculo+xix&rlz>. Acesso em: 30 jul. 2015)

No século XIX, a expansão da malha ferroviária brasileira, concentrada na região Sudeste, remete:

a) aos esforços de capitalistas anglo-germânicos que buscavam industrializar o Império.

b) ao completo abandono da produção açucareira nordestina em favor da produção aurífera, no sertão mineiro.

c) à crise nos transportes à base de muares, uma vez que os animais passaram a ser criados para o abate e a obtenção de charque, nas estâncias gaúchas.

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d) ao colapso das trilhas terrestres, incapazes de transportar o grande volume de bens manufaturados e que eram levados do interior para as regiões litorâneas.

e) ao interesse em agilizar os contatos entre as áreas da cafeicultura e as regiões portuárias.

Questão 09

Leia atentamente o texto abaixo.

“O tema não é novo e tem originado muita discussão. A própria FIFA sente desconforto com o assunto, que está longe de ser resolvido. Na América do Sul, sempre que há um jogo com alguma importância, seja para a Taça Libertadores, Copa América ou apuramento para um Mundial, os media noticiam-no e reacende-se a polêmica: equipes e seleções de países andinos – Bolívia, Colômbia, Equador e Peru – tiram clara vantagem do fator casa. Por vezes, conseguem resultados desnivelados, que banalizam equipes mais dotadas e, para desagrado dos argentinos, brasileiros e uruguaios, chegam a eliminá-las [...].” (Disponível em:<http://www.publico.pt/desporto/noticia/o-futebol>. Acesso

em: 07 set. 2015)

Sabe-se que cada região apresenta um clima próprio, que corresponde ao comportamento da atmosfera ao longo de determinado período, influenciado por um conjunto diferenciado de fatores climáticos. Nos países andinos citados no trecho, o fator determinante da suposta “vantagem” é a:

a) latitude.

b) longitude.

c) altitude.

d) continentalidade.

e) maritimidade.

Questão 10

Leia com atenção o texto abaixo.

“O princípio de que partiu Montesquieu funda-se na realidade histórica da sociedade política: é uma experiência eterna que todo homem que tem o poder é levado a abusar dele; e vai até onde encontrar limites (cap. IV, liv. XI, DO ESPÍRITO DAS LEIS).

A história recente comprova, sem sombra de dúvida, que o modo hierárquico – conter o poder por um poder mais alto – pouca valia tem quando se chega ao ápice em que está a soberania, pois acima do soberano não há, na sociedade política, um poder maior que possa controlá-lo.

Ademais, apelar para o sobrenatural, pondo o soberano sob o controle de Deus, de quem vinha todo o poder, como pregavam os teóricos do direito divino dos reis, era solução que revelou mui duvidosa eficiência. Mas, se não se aceita a solução sobrenatural e não se encontra um poder social mais alto que o soberano, qual a solução natural para limitá-lo?

Eis a questão crucial que os pais do liberalismo enfrentaram. Logicamente, apenas uma podia ser a solução natural: frear o poder soberano pelo próprio poder soberano. Montesquieu a apontou (cap. IV, liv. XI): Para que não se possa abusar do poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder segure o poder. Uma constituição pode ser tal, que ninguém será constrangido a fazer as coisas às quais a lei não obriga, e a não fazer as que a lei permite.

Sejam usadas suas palavras originais – il faut que, par la disposition des choses, le pouvoir arrêt le pouvoir – para sublinhar: par la disposition des choses. Quer dizer: a limitação do poder, cuja outra face é a liberdade do indivíduo, não pode ser deixada à disposição dos homens, mas deve decorrer naturalmente da própria disposição das coisas, ou seja, deve ser fruto da natureza das coisas, não da natureza.” (Sergio Rezende de Barros)

(Disponível em:<http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/revistaspge/revista53/medidas>. Acesso em 10 ago. 2015)

O texto acima analisa algumas ideias políticas da obra clássica do Iluminismo, “O Espírito das Leis” do filósofo, cientista político e escritor francês Charles-Louis Secondat, o Barão de Montesquieu. Nesta obra, Montesquieu:

a) defende o relacionamento equilibrado e harmônico entre as três formas de governo.

b) acredita que só há liberdade política quando há leis, regras e equilíbrio entre os poderes.

c) lança as bases da soberania popular para a escolha de uma das três espécies de governos.

d) justifica a liberdade política para a existência das três espécies de governos.

e) preconiza a necessidade das três espécies de governo para que “o poder faça parar o poder”.

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Questão 11

Observe, criteriosamente, as imagens abaixo.

(Comparação mostra o mar de Aral em 2000 (esquerda) e 2014 –

Montagem sobre fotos / NASA)

Segundo a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, o fenômeno em destaque nas imagens se trata da "degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas".

Considerando tal afirmação, bem como seus conhecimentos acerca de tal fenômeno, sabe-se que:

a) o mar de Aral é um lago de água salgada, localizado na Ásia Central, sendo considerado o maior lago do mundo, contando com 68 000 km² de superfície.

b) a indústria pesqueira foi beneficiada com a degradação, o que provocou aumento no índice de empregos.

c) a região do mar de Aral, apesar de fortemente poluída, não gerou problemas de saúde pública.

d) o recuo do mar também já teria provocado uma mudança climática local com verões cada vez mais quentes e secos, e invernos mais frios e longos.

e) o aquecimento global é o principal responsável pela desertificação planetária.

Questão 12 Observe, cuidadosamente, a charge a seguir.

(Disponível em: <http://dacadeirinhadearruar.blogspot.com.br/2012/07/o-nordeste-sabado-14-de-junho-de-1952>. Acesso em: 11 set. 2015)

A legenda informa: "[Sua Majestade] aproveitou a ocasião para, não desfazendo do [macarrão] do Papa, fazer valer as vantagens de uma boa feijoada".

Lê-se no prato do imperador Constituição do Brasil e no do papa a palavra Syllabus (bula do papa Pio IX, de 1864)

As questões envolvendo os privilégios políticos da monarquia imperial brasileira, contidos taxativamente na Constituição de 1824, redundaram em crises que foram em grande parte responsáveis pelo sucesso do golpe republicano de novembro de 1889, na medida em que:

a) o Poder Executivo se colocava absolutamente à margem das questões eclesiásticas.

b) os deputados e os senadores protestantes moviam forte oposição às declarações públicas de simpatia pelo catolicismo, dadas reiteradamente por D. Pedro II.

c) o direito de interferência do imperador nas questões clericais desembocou na grave questão religiosa.

d) a repressão aos cultos afrobrasileiros acabou por fortalecer o elo entre os escravos, na luta pela abolição do cativeiro.

e) os militares católicos conservadores rejeitavam a proximidade do imperador com a política tolerante do papado, naquele período.

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Questão 13

Leia, com atenção, o fragmento do artigo que se segue.

A lei Helms-Burton pune as empresas estrangeiras que fazem negócios em Cuba; permite entrar com um processo contra companhias e pessoas que usem bens desapropriados pelo Governo cubano a cidadãos e empresas americanas, e nega a entrada nos EUA de diretores dessas empresas. [...] A lei Helms-Burton, nomeada assim por seus promotores republicanos, o senador Jesse Helms e o representante Dan Burton, foi promulgada em março de 1996 após a derrubada, por parte de aviões da Força Aérea de Cuba, de duas pequenas aeronaves do grupo anticastrista "Irmãos ao Resgate", em águas internacionais do estreito da Flórida.

No incidente, quatro pessoas morreram, três americanos e um exilado cubano residente nos Estados Unidos.

(Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2011/07/15/obama-prorroga-suspensao-de-parte-da-lei-helms-burton-por-outros-6-meses>. Acesso em: 07 jul. 2015)

Países como Canadá, México e Espanha repudiaram, com veemência, a lei Helms-Burton, por considerá-la:

a) violadora da soberania das nações e da própria liberdade de mercado.

b) favorável ao castrismo e aos direitos fundamentais dos cidadãos.

c) defensora do socialismo de Estado, em Cuba, e contrária às disposições da OMC.

d) uma reviravolta nas relações de aproximação com a China e a URSS.

e) uma forma de estimular a concorrência desleal e apoiar a entrada de produtos cubanos no mercado global.

Questão 14

Analise a reprodução abaixo.

Lênin foi, ao lado de Trotsky, um dos grandes incentivadores

do Comunismo de Guerra

(Disponível em: <http://www.alunosonline.com.br/historia/os-bolcheviques-comunismo-guerra>. Acesso em: 10 set. 2015)

A medida político-econômica, retratada na imagem, instaurada na Rússia durante a denominada Guerra Civil (1917-1921):

a) caracterizou-se pela crescente socialização da agricultura por meio da criação dos kolkozes e sovkozes.

b) deu origem aos planos quinquenais que privilegiaram a indústria de base.

c) destinou-se a enfrentar a emergência da “guerra civil”, estabelecendo, entre outras medidas, a requisição da produção agrícola e o trabalho obrigatório.

d) consistiu num sistema econômico de convivência entre a produção capitalista e a socialista, esta última apoiada pelo Estado.

e) caracterizou-se pela execução de planificações regionais, diminuindo a intervenção do Partido Comunista.

Questão 15

Atribui-se ao escritor irlandês, George Bernard Shaw, a afirmativa de que “O patriotismo é a convicção de que o país da gente é superior a todos os demais, simplesmente porque ali nascemos”. Tal reflexão serviu de base ideológica, em grande parte da:

a) expansão imperialista europeia, no século XIX.

b) organização da Liga das Nações, no início do século XX.

c) difusão do universalismo anarquista, na segunda metade do século XIX.

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d) defesa do princípio da não-violência ativa, proposta por Mahatma Gandhi.

e) eclosão dos movimentos estudantis e da juventude, na Europa e nos Estados Unidos, na segunda metade do século XX.

Questão 16

Leia, atentamente, o texto a seguir:

Reação republicana é o nome pelo qual ficou conhecida a chapa de oposição apresentada, em 1921, por alguns estados – Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e Distrito Federal – contra o candidato à presidência da República apoiado por Minas Gerais e São Paulo. Em março de 1922, seria escolhido o novo presidente da República, que substituiria o paraibano Epitácio Pessoa, no cargo desde 1919.

Seguindo a política do café-com-leite, as oligarquias de Minas e São Paulo lançaram o nome do governador mineiro, Arthur Bernardes, à sucessão presidencial. Insatisfeitos, alguns estados de importância secundária no cenário político-econômico da época – ou que buscavam mais espaço frente à hegemonia mineira e paulista – indicaram o então senador fluminense Nilo Peçanha para a disputa contra a chapa situacionista. Estava formada, assim, a Reação republicana. (grifos no

original)

(Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/reacao-republicana-oligarquias-disputam-o-poder.htm>. Acesso em: 11 ago. 2015)

O texto é capaz de atestar o caráter:

a) não exatamente estável do pacto entre as oligarquias dominantes, ao longo da Primeira República.

b) equilibrado e moderado dos interesses políticos em choque, naquele contexto.

c) tradicional da política republicana brasileira, marcado até os dias de hoje por partidos políticos fortes, representativos e de longa existência.

d) vitorioso da Política dos Governadores sob o ponto de vista da promoção de uma integração duradoura entre as lideranças estaduais.

e) frágil da Constituição de 1891, ao negar o gozo da plena autonomia federativa aos estados.

Questão 17

Leia o texto a segui:

CHILE CANCELA ALERTA DE TSUNAMI APÓS FORTE TERREMOTO

Tremor causou a morte de pelo menos 11 pessoas e tirou 1 milhão de

casa. Ondas de até 4,5 metros atingiram a cidade de Coquimbo.

O governo do Chile cancelou na manhã desta quinta-feira

(17/09/2015) o alerta de tsunami que havia sido emitido

para todo o país nesta quarta-feira (16), após o forte

terremoto registrado na costa chilena. O alerta tinha sido

mantido na madrugada apenas nas regiões do Atacama e

de Coquimbo, mais próximas ao epicentro, mas foi

totalmente retirado nesta manhã pelo Escritório Nacional

de Emergência do Chile (Onemi), vinculado ao Ministério do

Interior e de Segurança Pública.

Segundo a última atualização, 11 pessoas morreram e

dezenas ficaram feridas no terremoto. Mais de um milhão

de pessoas tiveram que deixar suas casas. Na manhã desta

quinta, cerca de 100 mil famílias ainda estavam sem luz.

(Disponível em: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/09/chile-cancela-alerta-de-tsunami-apos-forte-terremoto.html. Acesso em: 09 out. 2015)

Os terremotos têm maior probabilidade de ocorrência em algumas regiões do planeta, quais sejam:

a) as regiões tropicais.

b) as zonas polares.

c) as placas tectônicas.

d) o “Círculo de Fogo do Pacífico”.

e) as regiões montanhosas.

Questão 18

Leia o texto com atenção:

Collorgate/PC. Suposto esquema de corrupção que envolvia o ex-presidente Fernando Collor de Mello e seu tesoureiro de campanha Paulo César Farias, o PC, denunciado pelo irmão do ex-presidente, Pedro Collor, em entrevista à revista “Veja”, em maio de 92.

(ALONSO, José Antônio Martínez. Dicionário de História do Mundo Contemporâneo. Vitória: UFES, 2000, p.89)

Tendo renunciado no dia do julgamento, o ex-presidente Collor de Mello:

a) recebeu o perdão judicial dado pelo Supremo Tribunal Federal, por falta de provas.

b) suicidou-se e, com isso, impediu o seu afastamento compulsório.

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DIREITO

c) pouco foi afetado politicamente, uma vez que a denúncia partiu de um familiar e, por isso, foi rejeitada judicialmente.

d) admitiu a sua culpa e inocentou, por completo, o tesoureiro de campanha, “PC” Farias.

e) sofreu um processo de impugnação que suspendeu seus direitos políticos por quase um década.

LINGUAGENS

DEPOIS DAS UTOPIAS

É comum ouvirmos a afirmação de vivermos em um tempo desprovido de utopias. Alguns veem nisso sua maior fraqueza, outros sua força mais sábia. Quando se diz que nosso tempo é desprovido de utopias, diz-se que, para o bem ou para o mal, que o tempo se reconciliou com suas formas atuais. O que pode significar duas coisas distintas. Em uma primeira versão, nosso tempo é marcado pela melancolia de quem sabe que suas promessas de superação foram perdidas. Nesse caso, a reconciliação do tempo seria uma reconciliação melancólica, resultado da diminuição de nossas expectativas de transformação. Temos nostalgia de uma época marcada pelas utopias e nada pareceria ter a força de reinstaurá-la. Mas dizer que nossa época é desprovida de utopias pode querer dizer também, de certa forma, que o establishment seria uma certa “utopia realizada”. Não são poucos os que procuram transformar os modos de vida liberais e as formas políticas, próprias do nosso tempo, em horizonte utópico final do processo de modernização social. Um pouco como a temática do “fim da história” e o último homem. Independentemente das crises, há sempre liberais dispostos a ser um Leibniz das finanças e falar que este é o melhor mundo possível. Se Deus não criou outro é porque fora do mundo liberal só há catástrofes. De toda forma, tanto em um caso como em outro, há a defesa de que nossa época seria uma época reconciliada com suas próprias formas ou, ao menos, reconciliada com as dinâmicas próprias a animar a atualidade de suas formas. Como se não houvesse mais acontecimentos fundadores a esperar. No máximo, acontecimentos catastróficos ou confirmadores de nossas formas de vida. Nesse sentido, uma bela questão é: precisamos mesmo da utopia para defender a força de transformação da política. Percebam que um tempo marcado pela utopia é um tempo de expectativa, ou seja, tempo no qual o

presente é marcado pela expectativa de que algo previamente projetado aconteça. Por isso, o tempo da utopia é carregado de esperança. Mas talvez a esperança seja um afeto inadequado para agir politicamente. Quem tem esperança, tem a expectativa de que um bem possível se realize. Como se trata de um possível, ele também pode não ocorrer. Esperança não é segurança. Ou seja, quem tem esperança tem, ao mesmo tempo, medo de que o desejável não ocorra. Como dizia Spinoza, não há esperança sem medo nem medo sem esperança. Mas lá onde há o medo como afeto político, há sempre paralisia, tentativa de imunização contra a contingência e acontecimentos impredicáveis. Nesse sentido, poderíamos dizer que um tempo de esperança é, necessariamente, tempo que teme a contingência, que teme esses acontecimentos não previstos no interior de nossas utopias, que não foram projetados previamente. No que poderíamos nos perguntar se as utopias não seriam, também, uma forma de ficarmos cegos para acontecimentos que parecem nos desnortear, sair de nossas projeções. Ela não só nos permite ver o que ainda não tem realidade. Ela também faz não vermos o que somos incapazes de prever. Diria que uma das grandes tarefas da filosofia política contemporânea é pensar uma política que não se oriente a partir da tentativa de nos defender de contingências e acontecimentos que desorientam nossas teleologias. Antes, precisamos de uma reflexão política fundada na capacidade de se abrir à contingência e ao desamparo que sua ocorrência nos produz. Talvez assim saberemos estar à altura de acontecimentos que perdemos por tentar compreendê-los apenas a partir de esquemas que lhe são exteriores. A primeira condição seria nos livrarmos de um tempo da expectativa, abandonarmos nossos horizontes de expectativa, para reconciliar-se com o presente absoluto. Mas isso somente é possível sob a condição de compreendermos o presente de outra forma. Não o presente como um instante autárquico e coeso, mas como um tempo com muito mais camadas, muito mais tensões, muito mais contradições, sobredeterminações e movimento do que alguns querem nos fazer acreditar. Nesse sentido, dizer que não há nada mais a esperar pode significar também: todas as condições para modificações profundas já estão no presente.

(SAFATLE, Vladimir. Depois das Utopias. Carta Capital, 03 set. 2015. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/revista/865/depois-das-utopias-6583.html>. Acesso em: 10 set. 2015)

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DIREITO

Questão 19

Acerca do conteúdo textual, é possível assegurar que:

I – A utopia é uma necessidade para defender a transformação política. II – A esperança, a partir da utopia, cria a expectativa da realização de um bem. III – A esperança é a certeza de que algo bom ocorrerá. IV – Tempo de esperança é um tempo que não teme as incertezas do futuro.

Assinale a opção correta:

a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) II e IV

Questão 20

Quanto ao processo de intertextualidade, observe os fragmentos a seguir:

I – “Nesse caso, a reconciliação do tempo seria uma reconciliação melancólica, resultado da diminuição de nossas expectativas de transformação.” (2º parág.) II – “[...] Há sempre liberais dispostos a ser um Leibniz das finanças e falar que este é o melhor mundo possível.” (3º parág.) III – “Como dizia Spinoza, não há esperança sem medo nem medo sem esperança.” (6º parág.) IV – “A primeira condição seria nos livrarmos de um tempo da expectativa [...].”(9º parág.)

Assinale a alternativa correta, quanto à presença da intertextualidade quer seja explícita ou implícita:

a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas II e III. d) Apenas II e IV. e) Apenas III e IV.

Questão 21

Concernente aos aspectos sintático-semânticos, é possível assegurar que:

I – O emprego da 1ª pessoa do plural – em “é comum ouvirmos a afirmação de vivermos em um tempo [...]” (1º parág.) – constitui-se em uma estratégia discursiva de aproximação entre leitor e escritor. II – Em “o que pode significar duas coisas distintas” (1º parág.), a enumeração proposta visa dar maior organização ao texto.

III – Em “De toda forma, tanto em um caso como em outro [...]”(4º parág.), a expressão sublinhada é uma construção coesiva que visa à retomada por repetição. IV – Em “Diria que uma das grandes tarefas da filosofia política [...]”(8º parág.), o verbo dizer remete a um implícito em que revela que algo deveria ser dito, mas não foi.

Assinale a opção correta:

a) Apenas uma está correta. b) Apenas duas estão corretas. c) Apenas três estão corretas. d) Apenas quatro estão corretas. e) Todas estão incorretas.

Questão 22

Quanto aos valores verbais, análise as assertivas e marque a incorreta:

I – “Pode querer dizer [...]” (3º parág.) – o verbo auxiliar remete à ideia de obrigação. II – “Ela não só nos permite ver” (7º parág.), o verbo auxiliar remete à ideia de possibilidade. III – “[...] uma forma de ficarmos cegos para os acontecimentos que parecem nos desnortear [...]”(7º parág.), o verbo auxiliar remete a ideia de possibilidade. IV – “[...] perdemos por tentar compreendê-los [...] – o verbo auxiliar estabelece a ideia de continuidade. (8º parág.)

Assinale a opção correta:

a) Apenas uma está correta. b) Apenas duas estão corretas. c) Apenas três estão corretas. d) Apenas quatro estão corretas. e) Todas estão incorretas. Questão 23

Considerando o tipo de relação que os conectivos estabelecem no contexto, os dois conectivos sublinhados no texto – “Como se trata [...]” e “Como dizia [...]” (ambos 6º parág.) – podem ser substituídos, sem alteração de sentido, respectivamente, por:

a) Já que; consoante. b) Enquanto; conforme. c) De acordo; uma vez que. d) Conquanto; enquanto. e) Caso; visto que.

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Questão 24

No que tange à apreensão de ideias do texto, observe, a seguir, se a frase retirada do parágrafo não se constitui no ponto central do parágrafo:

a) “É comum ouvirmos a afirmação de vivermos em um tempo desprovido de utopias.” (1º parág.) b) “Em uma primeira versão, nosso tempo é marcado pela melancolia de quem sabe que suas promessas de superação foram perdidas.” (2º parág.) c) “Se Deus não criou outro é porque fora do mundo liberal só há catástrofes.” (3º parág.) d) “De toda forma, tanto em um caso como em outro, há a defesa de que nossa época seria uma época reconciliada com suas próprias formas ou, ao menos, reconciliada com as dinâmicas próprias a animar a atualidade de suas formas.” (4º parág.) e) “Nesse sentido, uma bela questão é: precisamos mesmo da utopia para defender a força de transformação da política.” (5º parág.)

Questão 25

Analise as assertivas a seguir:

I – Em “Nesse caso, a reconciliação [...]”(2º parág.), a expressão sublinhada retoma promessas de superação perdidas. II – Em “reinstaurá-la” (2º parág.), o pronome retoma “utopias”. III – Em “[...] ao desemparo que sua ocorrência [...]”(8º parág.), o pronome possessivo gera ambiguidade. IV – “[...] que perdemos por tentar compreendê-los” (8º parág.), o pronome sublinhado retoma acontecimentos.

Assinale a opção correta.

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas IV. e) Todas estão erradas.

Questão 26

Quanto à análise apresentada, marque a opção incorreta:

a) “Quando se diz que nosso tempo é desprovido de utopias [...]” (1º parág.) – oração subordinada adverbial temporal. b) “Se Deus não criou outro [...]” (3º parág.) – oração subordinada adverbial condicional. c) “Como se trata de um possível [...]” (6º parág.) – oração subordinada adverbial causal. d) “[...] o que somos incapazes de prever [...]” (7º parág.) – oração subordinada adverbial causal.

e) “[...] que perdemos por tentar compreendê-los [...]” (8º parág.) – oração subordinada adjetiva restritiva. Questão 27

Acerca da estrutura textual sintático-semântica, sob um viés discursivo, analise as assertivas.

I – “Nesse sentido, uma bela discussão é: precisamos mesmo da utopia para defender a força de transformação da política” (5º parág.), a frase sublinhada é um aposto. II – “[...] tentativa de imunização contra contingência e acontecimentos impredicáveis.” (6º parág.), o termo em destaque é um neologismo. III – Em “[...] que perdemos por tentar compreendê-los [...]”(8º parág.), o verbo tentar indica uma redundância, porque não alcança a compreensão. IV – Em “[...] mas como um tempo com muito mais camadas, muito mais tensões, muito mais contradições”, a repetição do advérbio “muito” é uma estratégia discursiva de reforço daquilo que se afirma. (9º parág.)

Assinale a opção que contem a análise incorreta:

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas IV. e) Todas estão erradas.

Questão 28

Assinale a alternativa que apresenta inadequações à norma gramatical no que tange ao emprego da vírgula.

a) “Quem tem esperança, tem a expectativa de que um bem possível se realize.” (6ºparág.) b) “Nesse sentido, poderíamos dizer que um tempo de esperança é, necessariamente, tempo que teme a contingência [...]”(7º parág.) c) “Diria que uma das grandes tarefas da filosofia política contemporânea é pensar uma política que não se oriente a partir da tentativa de nos defender de contingências e acontecimentos que desorientam nossas teleologias.” (8º parág.) d) “Antes, talvez assim saberemos estar à altura de acontecimentos que perdemos por tentar compreendê-los apenas a partir de esquemas que lhe são exteriores. (8º parág.) e) “A primeira condição seria nos livrarmos de um tempo da expectativa, abandonarmos nossos horizontes de expectativa, para reconciliar-se com o presente absoluto.” (9º parág.)

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DIREITO

MATEMÁTICA E CIÊNCIAS DA NATUREZA

Questão 29

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) elabora, anualmente, um relatório denominado "CNJ em números". A tabela e os gráficos abaixo foram extraídos do relatório de 2015.

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DIREITO

Com base nesses dados, é possível afirmar corretamente:

a) Com exceção do Distrito Federal e do Rio Grande do Norte, nota-se uma relação muito distante entre o número de unidades judiciárias e o porte do tribunal, conforme ilustra o Gráfico 4.3. b) Conforme ilustra a Figura 4.1, enquanto as regiões Sul e Sudeste são compostas basicamente por tribunais de grande porte (exceção TJSC, médio porte), a região Norte possui, predominantemente, tribunais de pequeno porte (exceção TJPA, médio porte). A região Nordeste, por sua vez, é distribuída de forma praticamente equânime entre pequeno e médio porte e a região Centro-Oeste apresenta predominância de tribunais de médio porte. c) Conforme pode ser analisado por intermédio da Figura 4.2 e da Figura 4.3, observa-se a existência de altos índices de casos novos por unidade judiciária no TJAM, TJPA, TJBA e TJMT, os quais se justificam pela extensa abrangência territorial desses estados, já que estes se configuram entre os 5 maiores do Brasil em termos de área em quilômetros quadrados. d) De forma geral, as regiões Norte e Nordeste apresentam baixos índices de casos novos por unidade judiciária, com valores inferiores ao patamar de 1.200 (menor classe). Por outro lado, o cenário se torna mais heterogêneo quando analisada a dimensão de habitantes correlacionada com o número de varas e juizados especiais. e) A maior razão entre a despesa da justiça e o número de processos no tribunal é do TJSP.

Questão 30

O gerente de uma pastelaria informa que seus custos fixos somam R$ 2.000,00 por mês e que o custo variável médio (custo de cada pastel sem considerar o custo fixo) é de R$ 2,00 e vende cada pastel por R$ 6,00. Informa, ainda, que o custo unitário e o preço de venda é o mesmo para todos os tipos de pastel. Assim sendo, considere P como prejuízo e L como lucro para o comerciante, qual é a sequência, respectivamente, para a produção de 438, 501, 750 e 200 pasteis:

a) P, P, L, L.

b) P, L, L, P.

c) L, L, L, P.

d) P, P, L, P.

e) P, L, P, L.

Questão 31

Para votar, cinco eleitores demoraram, respectivamente, 3min 38s, 3min 18s, 2min 46s, 2min 57s e 3min 26s. Qual foi a média do tempo de votação (em minutos e segundos) desses eleitores?

a) 2min37s. b) 2min43s. c) 3min13s. d) 3min37s. e) 3min43s.

Questão 32

Nos debates preparatórios para uma conferência internacional, houve diferentes propostas de projetos a serem levados para a cúpula dos países. Os votos, em cada uma das propostas, são descritos na tabela abaixo:

PROPOSTA Porcentagem do total

de votos Número de

votos

A 25

B 21

C 52

Abstenções 4

O número de votos obtido pela proposta vencedora foi:

a) 4. b) 42. c) 50. d) 104. e) 108.

Questão 33

Uma chapa eleitoral estava sendo montada. Eram 7 interessados nas 3 vagas da diretoria: presidente, vice-presidente e tesoureiro. De quantas maneiras diferentes a chapa poderia ser montada?

a) 35.

b) 210.

c) 840.

d) 1680.

e) 5040.

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DIREITO

INGLÊS

THE ATTACK ON BIRTHRIGHT CITIZENSHIP

Donald Trump isn’t a lawyer, but he has lots of ideas for new laws. He has proposed to outlaw politicians’ use of teleprompters. He has pledged that he would tell Ford that it couldn’t move a plant to Mexico. But Mr. Trump’s most notable legal proposal is the elimination of birthright citizenship, under which anyone born on American soil is automatically an American.

Several of Mr. Trump’s Republican rivals have echoed his position. And whether or not the Constitution is ever reinterpreted or amended in that direction, the debate raises fascinating questions about what America is — and what America means.

When it comes to granting unconditional birthright citizenship, the United States and Canada are alone in the industrialized world: North American exceptionalism, you can call it.

Birthright citizenship applies to a range of newborns who would not get local citizenship elsewhere — the children of legal immigrants, of undocumented immigrants, of tourists, and of parents who come to the United States with the express purpose of minting an American.

Setting aside the legal question for a moment, this blanket invitation to American citizenship has enormous cultural force. It loudly communicates a brash idea: Citizenship, here at least, does not depend on parentage, blood, history, folkways. If you’re here at the moment of your crowning, then you are an American.

Now, many Americans who are not white, including this writer, can tell you their “Where are you from?” stories. People, sometimes well meaning and sometimes not, will ask that question, treating your skin color as invitation enough. But I can report that, just as often, someone will jump in before I have a chance to answer and say, “He was born in Ohio!” Birthright citizenship gives them that retort.

In Europe, it’s different. I have always found it jarring to encounter people born and raised in, say, Switzerland, who are denied its citizenship and still considered Algerians or Turks. In Europe, more than in the United States, worldly people, faced with my Indian skin, reflexively laud my “ancient,” “beautiful” origins, which is heartier praise than Cleveland usually gets from Europeans.

Birthright citizenship in America is part of something larger: The American longing to sever from history, to be a place of new beginnings. It reflects, as Pascal-Emmanuel Gobry wrote the other day in The Week, “the Enlightenment-driven belief, over and against the feudalism that prevailed in most places in Europe, that citizenship depended on a social contract, not a bloodline.”

Yet critics argue birthright citizenship has outlived its usefulness. “Automatic citizenship, once an important mechanism for the assimilation of immigrants and the strengthening of the American nation, has become a tool for its dissolution,”Mark Krikorian, executive director of the Center for Immigration Studies in Washington, has written.

The conservative writer Reihan Salamhas proposed amending the Constitution to require newborns to have at least one parent who is an American citizen or a lawful permanent resident in order to gain citizenship. One fear animating the debate is that automatic citizenship is easily gamed. And there are plenty of tales of people who game it — like that of the Taiwan-born entrepreneurs who charge $14,750 to whisk Chinese women, at seven months pregnant, into “baby care centers” in California.

There is also no small amount of racism wafting through portions of the movement to eliminate birthright citizenship: The worry, as old as time, of a country passing into new, different hands. The fear is that not changing the law will change America irrevocably.

The law’s defenders say the same about eliminating it: It would make America like too many other places, where history and blood matter too much.

(GIRIDHARADAS, Anand. NYTIMES, 01 set. 2015, Disponível: http://www.nytimes.com/2015/09/01/us/politics/the-attack-on-birthright-citizenship.html , Acesso em: 1 de setembro de 2015)

Questão 34

The main purpose of the text is to:

a) suggest that Donald Trump’s proposition to outlaw Birthright Citizenship is preposterous. b) criticize Donald Trump’s presidential campaign issue about changing Birthright Citizenship in America c) introduce arguments for Donald Trump’s idea on Birthright Citizenship. d) analyze different points of view on the theme of Birthright Citizenship. e) list the benefits of Birthright Citizenship in America

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DIREITO

Questão 35

According to the text, in Switzerland Citizenship does not

depend on:

a) parentage. b) Folkways. c) place of birth. d) Bloodline. e) ancient origin.

Questão 36

De acordo com o texto,

a) Donald Trump não é o único candidato que apoia uma mudança no direito à concessão de cidadania. b) O direito à cidadania nos EUA, como explica Pascal-Emmanuel Gobry, é baseado na crença iluminista de que cidadania depende de um contrato social. c) A concessão é uma ferramenta para o fortalecimento de uma nação. d) O direito à cidadania não consta da constituição americana, podendo ser alterada. e) O embasamento para a proposta de mudança ao direito à cidadania é a atual crise dos imigrantes na Europa.

Questão 37

In the text, the expression “no small amount” in “there is also no small amount of racism […]” means:

a) not much. b) not many. c) a lot. d) a few. e) Some.

Questão 38

All the words pairs are synonymous, except one. Check it:

a) a.“[…] he has proposed to outlaw” – forbid. b) b.“[…] This blanket invitation” – comprehensive. c) c.“[…] well meaning” – connotation. d) d.“[…] Birthright Citizenship has outlived…” – outlasted. e) e.“[…] what America means…” – implies.

Questão 39

Assinale a alternativa em que o uso do ing denota ação contínua:

a) “When it comes to granting [...].”

b) “[…] writer Reihan Salamhas proposed amending [...].”

c) “[…] say the same about eliminating it […].” d) “[…] of a country passing into new [...].” e) “[…] the fear is that not changing […].”

Questão 40

A melhor tradução, respectivamente, para gamed e game em “One fear animating the debate is that automatic citizenship is easily gamed. And there are plenty of tales of people who game it […]”.

a) Usada – usou b) Brincou – brincar. c) Jogada – jogou d) Defendida – defendeu e) Fraudada - fraudar

ESPANHOL

- CONTRA LA INDIFERENCIA

A Europa le están sangrando las fronteras y la expresión más descarnada de esto es la crisis humanitaria de los refugiados sirios. Aunque pueda parecer lo contrario, no se trata éste de un fenómeno nuevo sino de un estado de cosas común en un sistema-mundo que alimenta conflictos geopolíticos, desigualdades y éxodos.

Los más de 20.000 migrantes muertos en los últimos 20 años intentando entrar en Europa en un mar Mediterráneo convertido en una gigantesca fosa común —una media de dos migrantes muertos al día, a los que hay que sumar los desaparecidos, cuyo número se desconoce— son la expresión más terrible y dramática de una política migratoria que, como han denunciado incansablemente las organizaciones sociales, poco o nada tiene que ver con el respeto a los derechos humanos.

Son las víctimas de la xenofobia institucional, de un racismo de guante blanco, anónimo, legal, poco visible, pero constante. Son las consecuencias más dramáticas de una política que ha intentado convertir a Europa en una fortaleza. Un caldo de cultivo propicio al resurgimiento de las ultraderechas y al encumbramiento de líderes que hacen del repliegue identitario y de la cosificación y represión de los que llegan su principal capital político.

A pesar de que nos enfrentamos a uno de los movimientos migratorios más importantes desde la II Guerra Mundial, hemos de ser conscientes de que nuestras cifras de acogida son insignificantes en relación con aquellas de los países fronterizos con Siria e Irak. Desde el comienzo del conflicto sirio, Europa ha acogido a unos 300.000 refugiados, un 6% de los más de cinco millones que han huido del país, mientras que Líbano ha acogido a 1,2 millones de refugiados, a pesar de contar con una población de apenas 4,3 millones.

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DIREITO

Estos datos de la solidaridad de ciertos países de Oriente Próximo (que no todos) hacen parecer aún más inaceptables las declaraciones de algunos miembros de nuestro Gobierno, como Sáenz de Santamaría, quien, hace unos días, sostenía que la capacidad para acoger refugiados de España está “muy saturada”. O las del propio presidente Rajoy, quien, unos días después de afirmar que “una cosa es solidaridad y otra es solidaridad a cambio de nada”, se enmendaba ante la presión de la opinión pública declarando que “España no le va a negar el derecho al asilo a nadie […] Nunca lo ha hecho”. Incluso el ministro del Interior, Fernández Díaz, ha seguido utilizando el tan manido argumento de que el sistema de cuotas de refugiados fomenta el efecto llamada. El mismo ministro responsable de la normalización de las devoluciones en caliente que la Agencia de Naciones Unidas para los Refugiados ha denunciado como una flagrante violación del derecho al asilo. ¿No sabe acaso que no hay mayor efecto llamada que la miseria y las bombas? Nuestra responsabilidad histórica en este momento, además de ofrecer refugio y garantías dignas a las poblaciones que huyen de escenarios catastróficos, consiste en reflexionar y actuar por fin sobre las causas que están detrás de los movimientos migratorios, comenzando por la revisión y refundación de la política exterior, comercial y de cooperación de la UE, y la de sus empresas transnacionales, corresponsables de la desesperación que viven millones de personas en el Sur.

La lenta, tardía e insuficiente reacción de los países e instituciones de la UE demuestra el modelo fallido de la Europa-fortaleza. Un modelo organizado en torno al rechazo al migrante y no a su acogida. En levantar vallas cada vez más altas, pero que siguen siendo saltadas, haciendo cundir la confusión en las instituciones. Mientras tanto la red de ciudades-refugio, impulsada en el Estado español por gobiernos locales de candidaturas del cambio, es un paso más en esta reconstrucción de lo político desde abajo, avanzadilla del movimiento de ciudadanos que en los principales países de tránsito y recepción se han organizado para dar acogida a los refugiados. Tenemos que aprovechar este incipiente movimiento popular de solidaridad europeo a favor de los migrantes/refugiados como impulso democratizador para disputar una idea de Europa que apele a la justicia social como elemento rector de su política interior, exterior y comercial. Que cada cual tome partido porque, como decía Gramsci, la indiferencia es el peso muerto de la historia. Y hoy, más que nunca, la indiferencia es la forma más descarnada de tomar partido por la fatalidad.

(URBÁN, Miguel. El país. 09 set. 2015. Disponible en: http://elpais.com/elpais/2015/09/09/opinion/1441814456_557263.html. Acesso em: 15 set. 2015)

Questão 34

Dentre as causas da crise humanitária citadas no texto, podemos citar:

a) As amplas fronteiras europeias. c) A riqueza social da Europa. c) Um novo fenômeno social. d) Os atuais conflitos geopolíticos. e) Todas as opções acima.

Questão 35

Por que o Mar Mediterrâneo é considerado uma vala comum?

a) Pelo número de morte e de desaparecimentos de migrantes. b) Pela crueldade da política migratória da Europa. c) Pela falta de respeito aos Direitos Humanos. d) Pela comprovação das organizações sociais. e) Por todas as alternativas acima.

Questão 36

A expressão “racismo de guante blanco” se refere:

a) À xenofobia dos europeus. b) Ao racismo dos brancos. c) Ao racismo institucional. d) À invisibilidade dos migrantes. e) Às políticas de migração.

Questão 37

Segundo o texto, o maior “efecto llamada” seria:

a) O asilo e as condições dados aos imigrantes pelos países europeus. b) A guerra e as condições miseráveis nos países de origem dos imigrantes. c) A saturação da capacidade de abrigar imigrantes na Espanha. d) A atuação das empresas transnacionais no mercado de trabalho. e) O sistema de cotas para migrantes nos países da União Europeia.

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DIREITO

Questão 38

O autor do texto percebe as “ciudades-refugio” da Espanha como:

a) Um avanço na promoção de Direitos Humanos para todos os países. b) Uma imposição proposta por políticos mais avançados. c) Uma cópia das ações de alguns cidadãos da Alemanha. d) Um movimento de partidos políticos em toda a Europa. e) Um dado positivo para novas formulações de políticas de base.

Questão 39

Na frase “haciendo cundir la confusión en las instituciones”, a palavra sublinhada pode ser traduzida como:

a) Propagar. b) Desaparecer. c) Aparecer. d) Fundir. e) Cindir.

Questão 40

Na expressão “O las del propio presidente Rajoy”, a palavra las se refere a:

a) Solidaridad. b) Inaceptables. c) Más. d) Declaraciones. e) España.

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