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PROCESSOS DE ENGENHARIA QUÍMICA E BIOLÓGICA II SEMESTRE ALTERNATIVO PROBLEMAS RESOLVIDOS E PROPOSTOS CAPÍTULO 2 – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM SISTEMAS GÁS/VAPOR Mestrado Integrado em Engenharia Química Mestrado Integrado em Engenharia Biológica Prof. José A. Leonardo Santos Profª Maria Cristina S. Fernandes Profª Maria de Fátima C. Rosa Departamento de Engenharia Química e Biológica 2010/2011 P-3 / EV-101 Evaporador P-1 / V-101 Tanque de Mistura P-2 / V-102 Reactor S-101 S-102 S-103 S-104 S-105

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PROCESSOS DE ENGENHARIA QUÍMICA

E BIOLÓGICA II SEMESTRE ALTERNATIVO

PROBLEMAS RESOLVIDOS E PROPOSTOS

CAPÍTULO 2 – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM

SISTEMAS GÁS/VAPOR

Mestrado Integrado em Engenharia Química

Mestrado Integrado em Engenharia Biológica

Prof. José A. Leonardo Santos

Profª Maria Cristina S. Fernandes

Profª Maria de Fátima C. Rosa

Departamento de Engenharia Química e Biológica

2010/2011

P-3 / EV-101

Evaporador

P-1 / V-101

Tanque de MisturaP-2 / V-102

Reactor

S-101

S-102

S-103

S-104

S-105

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

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CAPÍTULO 2 – BALANÇOS DE MASSA E DE ENERGIA EM

SISTEMAS GÁS/VAPOR

EXEMPLOS RESOLVIDOS

EXEMPLO 2.1

Uma mistura gasosa contendo ar e vapor de água, à pressão de 1 atm, apresenta um ponto de orvalho

de 8ºC e uma humidade de 30%. Indique os restantes índices de saturação para esta mistura.

Resolução

•••• Dados:

Pressão absoluta: P = 1520 mmHg

Ponto de Orvalho: PO = 8ºC

Humidade: H = 30%

Conhecendo a pressão, será necessário o conhecimento de dois índices de saturação para se poder

calcular todos os outros índices. Deste modo:

• Humidade molar:

p - P

p

(AS) seco ar de Molesvapor de Moles

Hmi

i==

A pressão parcial do vapor na mistura de ar húmido (pi) pode ser obtida sabendo que:

pi = pV(PO) = 8,045 mmHg

Deste modo: Hm = 5,32x10-3 mol de vapor/mol AS

• Humidade absoluta:

Hm AS do molecular Massa vapor do molecular Massa

(AS) seco ar de Massa

vapor de Massa Ha

==

AS vapor/kg kg 3,31x10 Hm 28,9

18 Ha 3-==

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• Temperatura de Termómetro Seco:

Como a humidade (ou percentagem de humidade) é dada por: H = ( )

30% 100 x Hm

Hm

sat

=

Uma vez que Hm = 5,32x10-3 mol vapor/mol AS, e sabendo que a Humidade Molar de Saturação

((Hm)sat) igual a Hm quando pi = pV(T), então:

( ) AS vapor/mol mol17,7x10 0,30

5,32x10

p - P p

Hm 3-

3-

V

V

(T)

(T)

sat ===

Desta equação tira-se que pV(T) = 26,44 mmHg. Consultando as tabelas de pressão de vapor da água

líquida (pág 1 das “Tabelas”) tiramos que T ≡ Ts = 26,8ºC.

• Humidade relativa (ou percentagem de humidade relativa):

30,4% 100 x 26,44

8,045 100 x

p p

H(T)V

iR ===

• Entalpia Específica do Ar Húmido:

Condições de referência utilizadas: Tref = 25ºC;

AS – gasoso; Água – líquida

Dado que:

Para o AS C)26,8;25º(

p

_C = 6,974 cal/(mol k) (calculado a partir dos dados das

Para o vaporC)26,8;25º(

p

_C = 8,026 cal/(mol k) pág 52 das “Tabelas”)

e C)(25ºVH∆ = 10,520 kcal/mol

então: H∆ = 68,6 cal/mol

∆++=∆ H )T - (T C Hm )T - (T C H Trefvref

TTref;

vaporPref

TTref;

ASP

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EXEMPLO 2.2

Uma amostra de ar à temperatura de 25ºC e à pressão absoluta de 740 mmHg apresenta uma de

humidade de 85%.

A) Calcular a pressão à qual este ar deve ser comprimido isotermicamente para remover 70% da

água presente.

B) Se se pretender remover a mesma quantidade de água da alínea anterior por arrefecimento do

ar, a que temperatura devemos realizar esta operação?

Resolução

A) • Cálculo da humidade molar:

Sabendo que a humidade (ou percentagem de humidade) é dada por:

H = ( )

85% 100 x Hm

Hm

sat

=

e como a humidade molar para condições de saturação ((Hm)sat) é dada pela equação seguinte (P =

740 mmHg e pv(25ºC) = 23,756 mmHg):

( ) AS vapor/mol mol32,2x10 p - P

p Hm

3-

V

V

(T)

(T)

sat ==

temos que a humidade molar (Hm) inicial do ar é de 28,2 x 10-3 mol vapor/mol AS.

• Cálculo da pressão do compressor:

Como pretendemos remover, por compressão, 70% da água presente neste ar, então a humidade

molar à saída do compressor será de 28,2 x 10-3 x (1 - 0,70) = 8,46 x 10-3 mol vapor/mol AS. Como o

ar à saída do compressor terá de estar saturado (caso contrário não seria possível remover água

líquida), então a partir da definição de (Hm)sat (equação anterior) podemos calcular a pressão de

funcionamento desta unidade:

( )( ) atm3,7 Hg mm 2831

Hm Hm 1

p P sat

satC)(25ºV ==+

=

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Na figura seguinte estão resumidas as condições operacionais para esta unidade.

B) Se a remoção de água for realizada por arrefecimento (mantendo a pressão constante), a

temperatura até à qual deve ser realizada esta operação pode ser calculada a partir do valor da

pressão de vapor à saída do arrefecedor. Deste modo, a pressão de vapor será calculada pela

equação:

( )( ) Hg mm 6,21

Hm 1Hm

P p sat

sat(T)V =+

=

Através da tabela de pressões de vapor para a água líquida (pág 1 das “Tabelas”), para pv(T) = 6,21

mmHg a temperatura será de 4,3ºC.

Na figura seguinte estão resumidas as condições operacionais para esta unidade.

Água líquida

Compressãoisotérmica

Ar húmido (AH)P = 0,97 atm

T = 25ºCH = 85%Hm = 0,0282

mol vapor/mol AS

Ar húmido saturadoP = 3.7 atm

T = 25ºCHm = 0,00846

mol vapor/mol AS

Água líquida

Compressãoisotérmica

Ar húmido (AH)P = 0,97 atm

T = 25ºCH = 85%Hm = 0,0282

mol vapor/mol AS

Ar húmido saturadoP = 3.7 atm

T = 25ºCHm = 0,00846

mol vapor/mol AS

Água líquida

Arrefecimentoisotbárico

Ar húmido (AH)P = 0,97 atm

T = 25ºCH = 85%Hm = 0,0282

mol vapor/mol AS

Ar húmido saturadoP = 0,97 atm

T = 4,3ºCHm = 0,00846

mol vapor/mol AS

Água líquida

Arrefecimentoisotbárico

Ar húmido (AH)P = 0,97 atm

T = 25ºCH = 85%Hm = 0,0282

mol vapor/mol AS

Ar húmido saturadoP = 0,97 atm

T = 4,3ºCHm = 0,00846

mol vapor/mol AS

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EXEMPLO 2.3

Hidrogénio está saturado com vapor de água à pressão atmosférica e à temperatura de 30ºC.

Indique os restantes índices de saturação para esta mistura gasosa.

Resolução

• Dados:

Pressão: P = 760 mmHg

Temp. Termómetro Seco: Ts = 30ºC

Mistura gasosa saturada

• Ponto de Orvalho e Temp. Termómetro Húmido: Ts = PO = Th = 30ºC

• Saturação molar: Como pi = pv(PO) = 31,824 mmHg, tem-se que:

hidrogénio vapor/mol mol43,7x10 p - P

p Sm

3-

i

i ==

• Saturação Absoluta:

Sm H do molecular Massa vapor do molecular Massa

Sa2

=

hidrogénio vapor/kg kg 393x10 43,7x10 2 18

Sa 3-3- ==

• Saturação e Saturação Relativa: S = SR = 100%

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EXEMPLO 2.4

A regeneração de um catalisador, que consiste em aumentar o teor de um determinado solvente de

0,5 para 2,5% (% mássica), é efectuada em contracorrente numa câmara de regeneração com azoto

que contem vapor desse solvente. A corrente gasosa descarregada da câmara de regeneração, com

um caudal de 5,0 m3(PTS)/h, é tratada de forma a ser reciclada para esta unidade.

Sabendo que o processo indicado se encontra à pressão atmosférica, e tendo em consideração os

dados apresentados no diagrama anterior, responda às seguintes questões:

A) Calcule a produção horária de catalisador regenerado.

B) Proponha um esquema de operações para completar o tratamento da corrente gasosa

descarregada da câmara de regeneração.

Dados para o solvente:

• Massa molecular = 73,1 g/mol

• Variação da pressão de vapor com a temperatura: 60,23 - T

2518 -15,57 p ln

(K)Hg) (mmv =

Resolução

A)

• Saturação molar em ④:

Como pi = pV(PO) = pV(18,8ºC) = 110,33 mmHg

p - P

p

azoto de Molessolvente do vapor de Moles

Smi

i==

azoto solv/mol mol 0,1698 110,33 - 760

33,110 Sm ==

Câmara deRegeneração

CatalisadorSolvente – 2,5%

CatalisadorSolvente – 0,5%

T = 68,5ºCSr = 50%QV = 5,0 m3(PTS)/h

T = 32ºCP.O. = 18,8ºC

T = 72ºC

① ②

Aquecedor

Azoto+

Solvente

Azoto+

Solvente

Tratamento damistura gasosa

Câmara deRegeneração

CatalisadorSolvente – 2,5%

CatalisadorSolvente – 0,5%

T = 68,5ºCSr = 50%QV = 5,0 m3(PTS)/h

T = 32ºCP.O. = 18,8ºC

T = 72ºC

① ②

Aquecedor

Azoto+

Solvente

Azoto+

Solvente

Tratamento damistura gasosa

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• Saturação em ④:

55,7% 100 x 198,16

110,33 100 x

p p

SC)(32ºV

iR ===

• Saturação molar em ③:

50% 100 x 751,84

p 100 x

p p

S iiR C)(68,5ºV

=== ⇒ pi = 375,92 mm Hg

azoto solv/mol mol 0,9788 375,92 - 760

92,375 Sm == seco

• Caudal molar de azoto seco (AzS) em ④:

FV = 5,0 m3(PTS)/h Fm = 5,0 x 103/ 22,4 = 223,2 moles/h Como: Fm = Fm(AzS) + Fm(solv) = Fm(AzS) + Sm Fm(AzS) = Fm(AzS) (1 + Sm) pois Sm = Fm(solv) / Fm(AzS) com: Fm – caudal molar

Fv – caudal volumétrico Assim:

Fm(AzS)= 223,2 / (1 + 0,1678) = 190,80 moles AzS/h

• Balanço ao solvente na câmara:

(Solv)1 + (Solv)3 = (Solv)2 + (Solv)4 em que:

(Solv)3 = 0,9788 x 190,80 x 73,1 / 1000 = 13,65 kg/h (Solv)4 = 0,1698 x 190,80 x 73,1 / 1000 = 2,37 kg/h (Solv)1 = 0,005 (FM)1 com: FM – caudal mássico (Solv)2 = 0,025 (FM)2 ou seja:

0,005 (FM)1 + 13,65 = 0,025 (FM)2 + 2,37

Mas temos uma equação e duas incógnitas. A outra equação será a seguinte:

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• Balanço ao catalisador na câmara:

0,995 (FM)1 = 0,975 (FM)2 ⇒ (FM)2 = 1,021 (FM)1

Resolvendo os dois balanços:

0,005 (FM)1 + 13,65 = 0,025 x 1,021 (FM)1 + 2,37

(FM)1 = kg/h 550 0,005 - 1,021 x 0,025

2,37 - 13,65 =

A produção do catalisador regenerado será então: (FM)2 = 550 x 1,021 = 562 kg/h

B) Como se pode verificar através da figura seguinte, pretendemos diminuir a temperatura e

aumentar a quantidade de solvente ma mistura (aumento de Sm).

(Sm em mol de solvente/mol Azoto seco)

O primeiro procedimento a efectuar deverá ser a adição de solvente líquido à mistura gasosa

(humidificação), pois com a sua evaporação a temperatura da mistura gasosa vai diminuir. A

humidificação deverá ser efectuada até à saturação (SR = 100%) (pois deste modo o seu controle é

mais fácil de ser efectuado) e de modo a tingirmos a saturação molar pretendida (Sm = 0,9788 mol

de solvente/mol Azoto seco)

• Temperatura após a humidificação:

Como SR = 100% ; então pi = pv e:

( ) p - P

p Sm Sm

(T)

(T)

satV

V ==

Hg mm 375,8 Sm 1

Sm P p (T)V =

+=

⇒ T6 = 48,3ºC

TratamentoAquecimentoT = 32ºCSm = 0,1698SR = 55,7%

③⑤④

T = 72ºCSm = 0,1698

T = 68.5ºCSm = 0,9788SR = 50%

TratamentoAquecimentoT = 32ºCSm = 0,1698SR = 55,7%

③⑤④

T = 72ºCSm = 0,1698

T = 68.5ºCSm = 0,9788SR = 50%

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Após a humidificação será necessário efectuar um aquecimento deste os 48,3 até os 68,5ºC.

O processo de tratamento da corrente gasosa está indicado na figura seguinte.

EXEMPLO 2.5

A) Ar à temperatura de 41ºC e à pressão atmosférica tem uma temperatura de termómetro húmido

de 25ºC. Indique os outros índices de saturação (ponto de orvalho, humidades molar e absoluta,

percentagem de humidade relativa e entalpia específica) deste mistura gasosa.

B) O ar referido na alínea anterior passa através de um humidificador do qual sai com uma

temperatura de 30ºC e com um ponto de orvalho de 23,2ºC. Determine a quantidade de água

vaporizada nesta unidade, por m3 de AH inicial (PTS).

Resolução

A) A partir dos dois índices de saturação dados (temperatura de termómetro seco (41ºC) e

temperatura de termómetro húmido (25ºC)) e como a pressão é igual à pressão atmosférica

(assumida com 760 mmHg ou 101,325 kPa), o ar referido nesta alínea pode ser localizado na carta

psicrométrica (ponto (1)). Deste modo todos os restantes índices de saturação podem ser obtidos

por leitura directa, de acordo com a figura seguinte, ou por cálculo (caso de Hm ).

⑥HumidificaçãoAquecimento

T = 32ºCSm = 0,1698SR = 55,7%

⑤④

T = 72ºCSm = 0,1698

T = 48.3ºCSm = 0,9788SR = 100%

Aquecimento③

T = 68.5ºCSm = 0,9788SR = 50%

solvente

⑥HumidificaçãoAquecimento

T = 32ºCSm = 0,1698SR = 55,7%

⑤④

T = 72ºCSm = 0,1698

T = 48.3ºCSm = 0,9788SR = 100%

Aquecimento③

T = 68.5ºCSm = 0,9788SR = 50%

solvente

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corrlido H H H ∆+∆=∆ = 76,8 + ( -0,7 ) = 76,1 kJ/kg As

Normal Temperatures

Ts = 41ºCTh = 25ºC

Ha = 0,0138

PO = 18,4ºC

kJ/kg 76,8 Hlido

=∆

(1)

HR = 28%

Normal TemperaturesNormal Temperatures

Ts = 41ºCTh = 25ºC

Ha = 0,0138

PO = 18,4ºC

kJ/kg 76,8 Hlido

=∆

(1)

HR = 28%

Normal Temperatures

Ts = 41ºCTh = 25ºC

Termóm

etro seco constante

Termómetro húmido constante

(1)

Atenção à pressãoda carta

Normal Temperatures

Ts = 41ºCTh = 25ºC

Termóm

etro seco constante

Termómetro húmido constante

(1)

Normal Temperatures

Ts = 41ºCTh = 25ºC

Termóm

etro seco constante

Termómetro húmido constante

Normal Temperatures

Ts = 41ºCTh = 25ºC

Normal TemperaturesNormal Temperatures

Ts = 41ºCTh = 25ºC

Termóm

etro seco constante

Termómetro húmido constante

Termóm

etro seco constante

Termómetro húmido constante

(1)

Atenção à pressãoda carta

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Os índices de saturação lidos e calculados encontram-se indicados na tabela seguinte.

Índices de Saturação

Temp. Termómetro Seco (Ts) (ºC ) 41

Temp. Termómetro Húmido (Th) (ºC) 25

Ponto de Orvalho (PO) (ºC ) 18,4

Humidade Absoluta (Ha) (kg vapor/kg AS) 0,0138

Humidade molar (Hm) (mol vapor/mol AS) 0,0222 (*)

Humidade relativa (HR) (%) 28%

H∆ (kJ/kg AS) 76,1

(*) 0,0138x28,9/18

B) O ar húmido resultante da humidificação (ponto (2)) está indicado na carta seguinte. Como se

pode verificar a humidificação é adiabática.

Normal Temperatures

Ha = 0,0138(1)

(2) Ha = 0,0180

Normal TemperaturesNormal Temperatures

Ha = 0,0138(1)

(2) Ha = 0,0180

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12

Na figura seguinte está representado o processo bem como os índices de saturação necessários para

a resolução desta alínea.

A quantidade de água vaporizada no humidificador será:

(H2O)vap = 0,0180 – 0.0138 = 0,0042 kg vapor/kg AS.

O número de moles de ar húmido inicial (NAH) contido num m3 de ar húmido (a PTS) será de

1000/22,4 = 44,64 moles. A partir deste valor podemos calcular a massa de ar seco (MAS), através

de:

MAS = [(NAH) / (1 + Hm)] x 28,9 = 1273 g AS

Deste modo, a quantidade de água vaporizada será de 0,0042 x 1273 = 5,3 g água / m3 de ar húmido

inicial (a PTS).

Humidificador

Água liq.

Água liq.

Ar Húmido

T = 41ºCHa = 0,0138

kg vapor/kg AS

Ar Húmido

T = 30ºCHa = 0,0180

kg vapor/kg AS

① Humidificador

Água liq.

Água liq.

Ar Húmido

T = 41ºCHa = 0,0138

kg vapor/kg AS

Ar Húmido

T = 30ºCHa = 0,0180

kg vapor/kg AS

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EXEMPLO 2.6

Ar húmido à temperatura de 10ºC e com um título de vapor de 60% é sujeito a um aquecimento, à

pressão atmosférica. Sabendo que o calor fornecido a esta unidade (considerada adiabática) é de 15

kcal/m3 (PTS) de ar húmido inicial, determine a humidade absoluta e a temperatura do ar húmido à

saída do aquecedor.

Resolução

• Cálculo da humidade absoluta em ①:

A corrente apresenta ar húmido com um título de vapor inferior à unidade (ou seja apresenta ar

seco + vapor de água + água líquida). O titulo de vapor (x) é definido por:

N N

N

M M

M x

líquidovapor

vapor

líquidovapor

vapor

+=

+=

em que Mvapor (ou Nvapor) e Mlíquido (ou Nlíquido) são as massas (ou moles) de vapor e de água líquida,

respectivamente. Quando, num ar húmido, a água só se encontra na forma de vapor o título é igual à

unidade. Se, para além do vapor, também existe água líquida o título é inferior à unidade. Para esta

situação a corrente de ar húmido terá de estar saturada em vapor de água.

No entanto, o valor do título não vai influenciar os valores dos índices de saturação, uma vez que

estes são definidos relativamente ao AS e ao vapor de água existente no ar húmido. Deste modo:

AS vapor/mol mol 0,0123 9,209 - 760

9,209

p - P p

Hmi

i ===

pois como a corrente se encontra saturada:

pi = pV(10ºC) = 9,209 mmHg

AQUECEDORAr Húmido

T = 10ºCPabs = 1 atm

Título de vapor = 0,60

① ②

T = ?Ha = ?

Qf = 15 kcal/m3 (PTS) AH inicial

AQUECEDORAr Húmido

T = 10ºCPabs = 1 atm

Título de vapor = 0,60

① ②

T = ?Ha = ?

Qf = 15 kcal/m3 (PTS) AH inicial

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e: AS vapor/kg kg0,0077 Hm 28,9

18 Ha ==

• Cálculo da humidade absoluta em ②:

Através da definição de título de vapor poderemos calcular a humidade absoluta da corrente ②. O

título de vapor da corrente ① será dado por:

M / M

M / M

M / )M (M

M / M

M M

M x

2 ASvapor

1 ASvapor

1ASlíquidovapor

ASvapor

1líquidovapor

vapor1 )(

)(=

+=

+=

pois a quantidade de vapor + líquido que existe na corrente ① é igual à quantidade de vapor da

corrente ②. Assim:

(Ha) (Ha)

M / M

M / M x

2

1

2 ASvapor

1 ASvapor1 )(

)(==

(Ha)2 = 0,0077 / 0,60 = 0,0128 kg vapor/kg AS

• Cálculo da temperatura em ②:

Como o aquecimento do ar se efectua à pressão atmosférica, este poderá ser marcado na carta

psicrométrica. A corrente inicial poderá ser marcada na carta pois temos o conhecimento de pelo

menos de dois índices de saturação (ver carta na pág 16) O ponto corresponde a esta corrente fica

sobre a linha de saturação, à temperatura de termómetro seco 10ºC.

Para corrente após o aquecimento (corrente ②), só temos o conhecimento de um índice (humidade

absoluta), sendo necessário o conhecimento de mais um índice para o ponto poder ser marcada na

carta.

Através de um balanço entálpico ao processo poderemos conhecer a entalpia específica da corrente

②. Com estes dois índices poderemos então marcar o ponto na carta e ler a temperatura da

corrente.

Balanço entálpico:

∆H1 + Qf = ∆H2 Estado de referência (uma vez que vamos utilizar a carta

psicrométrica teremos de definir o mesmo ER desta) Tref = 0ºC

AS – gasoso ; Água - líquida

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

15

Cálculo de ∆H1: O cálculo desta variação entálpica poderá ser efectuado tendo em consideração as contribuições das

variações de entalpia do ar húmido e da água líquida. No entanto os pesos destes dois termos não

serão iguais.

∆H1 = H a H M )( líquidoAHAS ∆+∆

(kg AS) (J/kg AS)

(kg água/kg AS) (J/kg água)

Pela análise das unidades dos diversos termos concluímos que a constante a deverá ser a razão

(Mlíquido/MAS). Esta razão poderá se obtida do seguinte modo:

(Mlíquido/MAS) = (Ha)2 – (Ha)1 pois:

1AS

líquido

1AS

vapor

1AS

líquidovapor

1AS

vapor

2AS

vapor12 M

M

M

M -

M

M M

M

M -

M

M (Ha)(Ha)

=

+==−

Assim:

∆H1 = H (Ha) - (Ha) H M ))(( líquido12AHAS ∆+∆

H AH =∆ 29,5 kgJ/kg AS (carta psicrométrica) Nota: a correcção é nula

∆H1 = MAS [29,5 + (0,0128 – 0,0077) 4,18 (10 - 0)] = MAS 29,71 kJ

pois CP água líq = 1 kcal/kg ºC = 4,18 kJ/kg ºC

Vamos efectuar os cálculos para uma base de cálculo de 1 m3 AH (PTS) na corrente ①.

1 m3 AH (PTS) = 1000/22,4 = 44,64 mol AH em ①

NAS = 44,64 / (1 + 0,0077) = 44,30 mol AS

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

16

MAS = 44,30 x 28,9 / 1000 = 1,28 kg AS

Voltando ao balanço entálpico:

∆H1 + Qf = ∆H2

∆H2 = 1,28 x 29,71 + 15 x 4,18 = 96,55 kJ ⇒ H 2 =∆ 75,4 kJ/kg AS

Sabendo, então que (Ha)2 = 0,1128 kg vapor/kg AS

H 2

=∆ 75,4 kJ/kg AS

podemos marcar o ponto correspondente ar AH da corrente ②, bem como o percurso do

aquecimento do ar. Partindo do ponto inicial, seguimos a curva de saturação até que toda a água

líquida seja vaporizada. Após esta vaporização total, seguimos a linha horizontal (Ha constante) até à

entalpia de 75,4 kJ/kg AS.

Podemos assim verificar que o aquecimento vai ser efectuado até à temperatura de 41,4ºC.

Normal TemperaturesNormal Temperatures

T2 = 41,4ºC

①①①①

②②②②

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

17

EXEMPLO 2.7

No fabrico de peças de cerâmica exige-se, antes da coloração e cozedura, uma secagem em dois

secadores, da qual o material, inicialmente com 15% (m/m), sai com 6,5% (m/m) de água. Nesta

secagem utiliza-se ar atmosférico a 12ºC e com 70% de humidade relativa. Este ar, que é sujeito

inicialmente a um aquecimento até à temperatura de 55ºC, circula em co-corrente com o material

cerâmico, de acordo com a figura seguinte.

À saída do secador I, o ar húmido é sujeito a uma desumidificação (por adsorção da água em sílica

gel) seguido de um aquecimento, antes de entrar no secador II. À saída desta unidade o ar húmido

apresenta uma temperatura de termómetro húmido de 15ºC.

Para secar 1000 kg/h de material cerâmico é necessário utilizar um caudal volumétrico de ar inicial

de 4500 m3(PTS)/h, sendo removida no secador I 70% do total da água evaporada no processo.

Trace sobre a carta psicrométrica o processamento do ar durante o processo de secagem, e indique:

A) A humidade absoluta e a temperatura em todas as correntes gasosas.

B) A massa de água removida por hora na torre de absorção.

Resolução

A) Base de cálculo = 1000 kg/h em ① • Corrente ①: • Corrente ③:

Cerâmicas – 850 kg/h Cerâmicas – 850 kg/h ⇔ 93,5%

Água - 150 kg/h Água - 59,09 kg/h ⇐ 6,5%

Aquecedor

SecadorAdiabático II

SecadorAdiabático I

⑦ ⑥⑤

①②③

CerâmicasÁgua – 6,5%

Cerâmicas Água - 15%

1000 kg/h

Torre deAdsorçãoAquecedor

Ar Húmido Atmosférico

Ts = 12ºCHR = 70%

Ts = 55ºC

Ha = 0,002 kg água/kg ASTs = 25ºC

Th = 15ºC

Qv (PTS) = 4500 m3/h

ÁguaRemovida

AquecedorAquecedor

SecadorAdiabático II

SecadorAdiabático I

⑦ ⑥⑤

①②③

CerâmicasÁgua – 6,5%

Cerâmicas Água - 15%

1000 kg/h

Torre deAdsorçãoTorre deAdsorçãoAquecedorAquecedor

Ar Húmido Atmosférico

Ts = 12ºCHR = 70%

Ts = 55ºC

Ha = 0,002 kg água/kg ASTs = 25ºC

Th = 15ºC

Qv (PTS) = 4500 m3/h

ÁguaRemovida

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18

Água removida nos secadores = 150 – 59,09 = 90,91 kg/h

Água removida no secador I = 0,70 x 90,91 = 63,64 kg/h

Água removida no secador II = 0,30 x 90,91 = 27,27 kg/h

• Corrente ④:

Ts = 12ºC ⇒ Ha = 0,0060 kg vapor/kg AS (ver carta psicrométrica) HR = 70%

Hm = 0,0060 x 28,9 /18 = 0,0096 mol vapor/mol AS

• Caudal molar AS em ④:

FV = 4500 m3(PTS)/h ⇒ Fm = 4500 / 22,4 = 200,89 kmoles/h

Fm(AS) = 200,89 / (1 + 0,0096) = 198,98 kmoles AS/h

= 5750,5 kg AS/h

• Corrente ⑤:

Ts = 55ºC Ha = (Ha)4 = 0,0060 g vapor/g AS (num aquecimento Ha mantém-se constante)

• Corrente ⑥:

O ar que entra no secador I vai sofrer uma humidificação que ser considerada adiabática (secador

adiabático e considerando que a temperatura dos sólidos é aproximadamente constante). Deste

modo (Th)5 = (Th)6. Temos, no entanto, de conhecer outro índice de saturação para podermos marcar

o ponto ⑥ na carta.

Balanço à água no secador I

(H2O)5 + (H2O)1 = (H2O)6 + (H2O)2 ou (H2O)5 + ( (H2O)1 - (H2O)2 ) = (H2O)6 0,0096x198,98 + 63,64/18 = (H2O)6 (H2O)6 = 5,446 kmoles/h

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

19

(Hm)6 = 5,446 / 198,98 = 0,0274 mol vapor/mol AS

(Ha)6 = 0,0274 x 18/28,9 = 0,0171 kg vapor/kg AS

Com os dois índices (Th e Ha) já será possível marcar o ponto ⑥ na carta.

• Corrente ⑧:

Ts = 25ºC Ha = 0,0020 kg vapor/kg AS ⇒ Hm = 0,002x 28,9/18 = 0,0032 mol vapor/mol AS

• Corrente ⑨:

Para esta corrente, resultante de um aquecimento, temos que Ha = (Ha)8 = 0,002 kg vapor/kg AS.

No entanto é o único índice conhecido, não sendo possível, por agora, marcar este ponto na carta.

• Corrente ⑩:

Também só conhecemos um índice (Th = 15ºC), sendo necessário calcular outro.

Balanço à água no secador II

(H2O)9 + (H2O)2 = (H2O)3 + (H2O)10

ou

(H2O)9 + ( (H2O)2 - (H2O)3 ) = (H2O)10 0,002x198,98x28,9/18 + 27,27/18 = (H2O)10 (H2O)10 = 2,154 kmoles/h

(Hm)6 = 2,154/ 198,98 = 0,0108 mol vapor/mol AS (Ha)6 = 0,0108 x 18/28,9 = 0,0067 kg vapor/kg AS Com os dois índices (Th e Ha) já será possível marcar o ponto ⑩ na carta. Voltando à corrente ⑨ e sabendo que (Th)9= (Th)10 = 15ºC (temos uma humidificação adiabática),

para além de que Ha = 0,002 kg vapor/kg AS, já será possível fazer a marcação deste ponto no

carta. Por leitura na carta, tiramos que T9 = 36ºC.

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20

O processamento do ar durante o processo de secagem está indicado na carta psicrométrica

seguinte.

B)

• Balanço global á água:

(H2O)1 + (H2O)4 = (H2O)3 + (H2O)10 + (H2O)7 150/18 + 0,0096x198,98 = 59,09/18 + 0,0108x198,98 + (H2O)7 (H2O)7 = 4,812 kmoles/h = 86,6 kg/h

ou

• Balanço á água na torre de adsorção:

(H2O)6 = (H2O)8 + (H2O)7 0,0274x198,98 = 0,0032x198,98 + (H2O)7 (H2O)7 = 4,815 kmoles/h = 86,7 kg/h

Normal Temperatures

⑩⑩⑩⑩④④④④

⑤⑤⑤⑤

⑥⑥⑥⑥

⑧⑧⑧⑧

⑨⑨⑨⑨

Normal TemperaturesNormal Temperatures

⑩⑩⑩⑩④④④④

⑤⑤⑤⑤

⑥⑥⑥⑥

⑧⑧⑧⑧

⑨⑨⑨⑨

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

21

PROBLEMAS PROPOSTOS

PROBLEMA 2.1

Uma corrente gasosa contendo ar e vapor de água, a 38ºC e à pressão atmosférica, apresenta uma

humidade molar de 12,8x10-3 mol água/mol AS. Caracterize esta mistura gasosa através dos seus

índices de saturação.

PROBLEMA 2.2

Numa determinada região, no Verão o ar é normalmente caracterizado por uma temperatura de 30ºC

e um ponto de orvalho de 19ºC.

A) Considerando que o ar se encontra à pressão atmosférica (pressão barométrica de 760 mm Hg),

calcule os seus índices de saturação.

B) Se a pressão barométrica sofrer uma diminuição de 30 mm Hg, determine a variação ocorrida nos

índices de saturação deste ar.

PROBLEMA 2.3

Ar a 38ºC e com um humidade de 48% é aquecido até à temperatura de 86ºC. Considere que a

pressão é de -20 mm Hg.

A) Após o aquecimento, calcule a humidade molar, o ponto de orvalho e a percentagem de humidade

do ar.

B) Que energia é necessário fornecer para se obter o aquecimento pretendido, por m3 de ar inicial.

PROBLEMA 2.4

Açúcar húmido contendo 20% de água e com um caudal de 1000 kg/h é tratado num secador. Este

material é seco em contra-corrente com ar à temperatura de 90ºC e com um ponto de orvalho de

10ºC, obtendo-se um produto final com um teor de água de 5%.

Sabendo que o ar descarregado do secador se encontra à temperatura de 45ºC e apresenta uma

humidade de 90%, e que o sistema opera à pressão de 80 mmHg, determine o caudal volumétrico de

ar à entrada do secador, a PTT.

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22

PROBLEMA 2.5

Num processo biológico em que o metanol se utiliza como solvente, este evapora-se em presença de

azoto seco. A mistura resultante, a uma temperatura de 40ºC e a uma pressão de 1 atm, tem uma

saturação de 85%.

A) Indique os outros índices de saturação (ponto de orvalho, saturação molar e absoluta e

percentagem de saturação relativa) para esta mistura.

B) Pretende-se recuperar 90% do metanol presente por um processo de arrefecimento seguido de

compressão. Se no arrefecimento a temperatura for reduzida para 10ºC, a que pressão deverá

comprimir-se o gás?

Dado: Variação da pressão de vapor com a temperatura para o metanol ( equação válida para 280 < T(K) < 350 )

62,649 - T 2924,1

- 17,236 p ln(K)

Hg) (mmV =

PROBLEMA 2.6

Um sólido contendo 5% de tetracloreto de carbono é seco com ar (isento de vapor de água) à

temperatura de 35ºC e contendo 0,080 g de CCl4/g de ar seco. Esta secagem é efectuada à pressão

atmosférica, de acordo com a figura seguinte, obtendo-se um sólido “seco” com 0,5% de CCl4.

Calcule:

A) A saturação absoluta e a percentagem de saturação do ar à saída do secador.

B) O caudal volumétrico (a PTT) de ar a utilizar na secagem de 100 kg/h de sólido inicial.

Dados para o tetracloreto de carbono:

- Peso Molecular = 153,8 g/mol

- Variação da pressão de vapor com a temperatura (equação válida para 277 < T(K) < 350):

61,83 - T 2525

- 15,39 p ln(K)

Hg) (mmV =

SECADOR

Sólido - 95%CCl4 - 5%

Sólido - 99,5%CCl4 - 0,5%

Ar + CCl4Sa = 0,080 g CCl4/g AST = 35ºC

Ar + CCl4T = 22ºCPO = 18ºC

SECADOR

Sólido - 95%CCl4 - 5%

Sólido - 99,5%CCl4 - 0,5%

Ar + CCl4Sa = 0,080 g CCl4/g AST = 35ºC

Ar + CCl4T = 22ºCPO = 18ºC

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23

PROBLEMA 2.7

No processo indicado na figura seguinte, benzeno presente no ar é removido por adsorção em sólidos

de superfície porosa (designados por zeólitos), à pressão atmosférica. A unidade de adsorção opera

em contracorrente, e o benzeno é posteriormente recuperado totalmente do zeólito por

aquecimento deste. Devido à deterioração destes sólidos é efectuada uma purga de 3% (m/m) do

caudal da corrente ⑥.

Sabendo que 1,0 kg de zeólito pode absorver até 0,10 kg de benzeno, e que o caudal fresco de

zeólito é de 4,0 kg/min, determine para a corrente de ar húmido a tratar (corrente ①):

A) A saturação absoluta, o ponto de orvalho e temperatura de termómetro seco.

B) O caudal mássico de ar húmido.

Dados para o benzeno:

- Peso Molecular = 78,1 g/mol

- Variação da pressão de vapor com a temperatura: 52,35 - T

1211 - 6,906 p log

(K)Hg) (mmV10

=

PROBLEMA 2.8

Ar quente com um caudal de 10 m3 de AH (PTT)/min, à temperatura de 60ºC e com uma temperatura

de termómetro húmido de 40ºC é misturado com ar frio à temperatura de 10ºC e com uma humidade

absoluta de 0,006 kg de vapor/kg de AS. Determine a temperatura do ar resultante desta mistura,

sabendo que este ar apresenta uma humidade absoluta de 0,012 kg de vapor/kg de AS e que a

mistura foi realiza à pressão atmosférica.

Adsorvedor

Aquecedor

Zeólito saturado

em benzeno

Benzeno

Zeólito

Purga (3% da corrente ⑥)

SR = 52%

Ar – 86,0% (m/m)Benzeno – 14,0% (m/m)

Pabs = 1 atmSa = 0,0030 g benzeno/g AS

① ②

③④

4,0 kg zeólito/min

Adsorvedor

Aquecedor

Zeólito saturado

em benzeno

Benzeno

Zeólito

Purga (3% da corrente ⑥)

SR = 52%

Ar – 86,0% (m/m)Benzeno – 14,0% (m/m)

Pabs = 1 atmSa = 0,0030 g benzeno/g AS

① ②

③④

4,0 kg zeólito/min

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

24

PROBLEMA 2.9

Considere um ar húmido à pressão absoluta de 760 mm Hg, à temperatura de 25ºC e com uma

humidade absoluta de 0,010 g de vapor/g de AS. Determine os índices de saturação (temperatura de

termómetro seco, ponto de orvalho, temperatura de termómetro húmido, humidade molar e

percentagem de humidade relativa) e o título de vapor quando este ar é sujeito a:

A) Aquecimento até a temperatura de 40ºC.

B) Humidificação adiabática até à saturação.

C) Arrefecimento até à temperatura de 15ºC.

D) Arrefecimento até à temperatura de 5ºC.

PROBLEMA 2.10

Após a operação de secagem de um cereal obteve-se um ar húmido, à pressão de 1 atm, com uma

temperatura de termómetro seco e um ponto de orvalho de 50 e 48ºC, respectivamente. Sabendo

que se pretende reciclar este ar para o início do processo de secagem, onde se pretende um ar à

pressão atmosférica, com uma humidade molar de 0,005 moles de vapor/mole de AS e à

temperatura de 30ºC, proponha três sequências alternativas de operações destinadas ao tratamento

do ar a reciclar. Indique a pressão a temperatura de termómetro seco e a humidade molar para cada

uma das correntes, e comente as vantagens e/ou desvantagens das três sequências propostas.

PROBLEMA 2.11

Uma unidade industrial necessita de um ar condicionado com uma humidade absoluta de 0,0115 g de

vapor de água/g de AS, à temperatura de 25ºC e à pressão atmosférica. O condicionamento do ar

captado no Inverno (Ts = 10ºC e Th = 4ºC) é realizado por aquecimento, humidificação até à

saturação (considerada adiabática) e novo aquecimento até à temperatura pretendida.

TS = 25ºCHa = 0,0115

g água/g AS

Aquecimento HumidificaçãoAdiabática Aquecimento

Ar Captado Ar Condicionado

TS = 10ºCTh = 4ºC

Água

④①② ③

TS = 25ºCHa = 0,0115

g água/g AS

Aquecimento HumidificaçãoAdiabática Aquecimento

Ar Captado Ar Condicionado

TS = 10ºCTh = 4ºC

Água

④①② ③

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

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A) Represente o processo de condicionamento de ar sobre uma carta psicrométrica, definindo as

condições operatórias (temperatura e humidade absoluta) para cada uma das etapas.

B) Uma outra possibilidade de realizar o condicionamento de ar consiste em fazer apenas um

aquecimento seguido de humidificação adiabática.

1. Represente este processo de condicionamento de ar sobre a carta psicrométrica e indique a

temperatura de aquecimento.

2. Indique e comente as vantagens e/ou as desvantagens entre este processo de condiciomento de

ar e o processo anterior.

PROBLEMA 2.12

Numa instalação de produção de massa alimentícias obtém-se um produto final contendo 25% de

humidade, o qual tem que ser seco até 8% de humidade, para respeitar a legislação vigente.

Esta secagem é efectuada num secador adiabático, à pressão atmosférica, onde circulam 1000 kg/h

de massa de diversos tipos e, em contracorrente, ar previamente aquecido, de acordo com o

diagrama de blocos seguinte

Considerando que a temperatura das correntes de sólidos húmidos não varia significativamente,

determine:

A) Os índices de saturação (temperatura de termómetro seco, ponto de orvalho, temperatura de

termómetro húmido, humidade molar e percentagem de humidade relativa) para o ar à entrada e à

saída do secador.

B) O caudal volumétrico de ar, para as condições de entrada no aquecedor.

C) A potência de aquecimento do ar, sabendo que no aquecedor as perdas caloríficas são de 10% do

calor fornecido.

Aquecedor

SólidosÁgua - 25%1000 kg/h

T = 50ºC Ar húmido

T = 20ºCTh = 12,4ºC

Th = PO SecadorAdiabático

SólidosÁgua - 8%

Aquecedor

SólidosÁgua - 25%1000 kg/h

T = 50ºC Ar húmido

T = 20ºCTh = 12,4ºC

Th = PO SecadorAdiabático

SólidosÁgua - 8%

Aquecedor

SólidosÁgua - 25%1000 kg/h

T = 50ºC Ar húmido

T = 20ºCTh = 12,4ºC

Th = PO SecadorAdiabático

SólidosÁgua - 8%

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

26

PROBLEMA 2.13

No processo de obtenção de amido a partir de milho, o carolo, obtido a partir das espigas

maceradas, é sujeito a uma moagem na presença de água seguido de uma filtração, para separação

das fibras vegetais. Desta operação obtém-se uma suspensão de amido em solução aquosa de gluten.

Esta mistura sofre uma evaporação sobre vácuo, para remoção de grande parte da água presente, ao

que se segue uma centrifugação, obtendo-se uma papa de amido e uma solução aquosa de gluten que

segue para posterior processamento.

A papa de amido contendo 33% de água (considerada isenta de gluten) segue para a secção de

secagem constituída por dois secadores adiabáticos colocados em série, onde se realiza a secagem

em contracorrente com ar atmosférico (a 20ºC e com 0,006 g de vapor/g de ar seco). No final da

secagem a pasta de amido não poderá conter mais do que 10% de água. O ar obtido à saída do

secador II é sujeito a um tratamento para remoção de grande parte da água e introduzido no

secador I.

Tendo em consideração os dados apresentados no diagrama de processo, determine:

A) A humidade absoluta de todas as correntes gasosas e a temperatura da corrente que entra no

secador I.

B) A massa de ar utilizada na secagem e a massa de água removida no arrefecimento, por tonelada

de pasta de amido processada.

C) Proponha um esquema alternativo de tratamento do ar que entra no secador I, indicando a

pressão, temperatura e a humidade absoluta para todas as correntes.

Aquecedor I

SecadorAdiabático I

SecadorAdiabático II

⑦ ⑥⑤

① ② ③

AmidoÁgua – 33%1000 kg/h

ArrefecedorAquecedor II

Ar Húmido Patm

T= 20ºCHa = 0,006 g vap/g AS

T = 82ºC

T = 12ºC

T = 36,7ºCHr = 89%

ÁguaLíquida

T = 35ºC

AmidoÁgua – 10%

Patm

Aquecedor I

SecadorAdiabático I

SecadorAdiabático II

⑦ ⑥⑤

① ② ③

AmidoÁgua – 33%1000 kg/h

ArrefecedorAquecedor II

Ar Húmido Patm

T= 20ºCHa = 0,006 g vap/g AS

T = 82ºC

T = 12ºC

T = 36,7ºCHr = 89%

ÁguaLíquida

T = 35ºC

AmidoÁgua – 10%

Patm

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

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PROBLEMA 2.14

No processo de secagem de arroz é utilizado um sistema constituído por dois secadores adiabáticos.

Ao secador II alimenta-se ar a 30ºC, a 1 atm relativa, com um ponto de orvalho de 6ºC e com um

caudal de 5000 m3 AH (PTS)/h. À saída deste secador o ar é comprimido, removendo-se por

condensação 40 kg de água/h. Os índices de saturação requeridos para o ar à entrada do secador I

são obtidos por expansão isotérmica até à pressão atmosférica e por aquecimento a pressão

constante. À saída do secador I o ar está saturado, sendo a temperatura de termómetro húmido de

30ºC.

Sabendo que neste processo de secagem são tratados 1000 kg/h de arroz com 30% de humidade e

tendo em consideração o diagrama de blocos seguinte, determine:

A) O teor de água no arroz à saída do secador II.

B) A pressão de trabalho do compressor.

C) A temperatura do ar à entrada do secador I (considere que a temperatura das correntes de

arroz húmido não varia significativamente).

PROBLEMA 2.15

Um sólido, contendo inicialmente 10% de água, é seco em dois secadores adiabáticos utilizando ar à

pressão absoluta de 1 atm, com uma temperatura de 80ºC e com uma percentagem de humidade

relativa de 10%. O teor de água do sólido à saída de cada secador é de 6 e 2%, respectivamente.

O ar à saída do secador II, que está a 45ºC e não está saturado, vai ser utilizado no secador I ,

depois de misturado com ar quente (a 80ºC).

SecagemAdiabático I

SecagemAdiabático II

⑧ ⑦

⑥⑤

④① ② ③

ArrozÁgua – 30%1000 kg/h

ExpansãoIsotérmica

AquecimentoIsobárico Ar húmido

5000 m3/h(PTS)

P = 1 atmT = 30ºCPO = 6ºC

Th = 30ºCPatm

Ar sat.

ÁguaLíquida

ArrozÁgua

ArrozÁgua – 17%

CompressãoIsotérmica

40 kg/h

T = 20ºC

SecagemAdiabático I

SecagemAdiabático II

⑧ ⑦

⑥⑤

④① ② ③

ArrozÁgua – 30%1000 kg/h

ExpansãoIsotérmica

AquecimentoIsobárico Ar húmido

5000 m3/h(PTS)

P = 1 atmT = 30ºCPO = 6ºC

Th = 30ºCPatm

Ar sat.

ÁguaLíquida

ArrozÁgua

ArrozÁgua – 17%

CompressãoIsotérmica

40 kg/h

SecagemAdiabático I

SecagemAdiabático II

⑧ ⑦

⑥⑤

④① ② ③

ArrozÁgua – 30%1000 kg/h

ExpansãoIsotérmica

AquecimentoIsobárico Ar húmido

5000 m3/h(PTS)

P = 1 atmT = 30ºCPO = 6ºC

Th = 30ºCPatm

Ar sat.

ÁguaLíquida

ArrozÁgua

ArrozÁgua – 17%

CompressãoIsotérmica

40 kg/h

T = 20ºC

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À saída do secador I, o ar, que está saturado a 40ºC, é sujeito a uma compressão, para remoção de

grande parte da água, seguido de uma expansão até à pressão atmosférica, e de uma aquecimento

até se atingir a temperatura e a percentagem de humidade relativa exigidas pelo processo.

Para uma base de 1000 kg/h de sólido húmido alimentado ao processo calcular a humidade absoluta

para todas as correntes gasosas do processo, os caudais de ar húmido à entrada de cada secador e

a temperatura da corrente ⑧.

ExpansãoIsotérmica

CompressãoIsotérmica

Aquecimento

SecagemAdiabática I

SecagemAdiabática II

11

12⑩

⑧ ⑦

① ② ③

Pabs = 1 atm

%HR = 10%Ts = 80ºC

c. saturada

1000 kg/h

Sólido – 90%Água – 10%

Sólido – 94%Água – 6%

Sólido – 98%Água – 2%

Ts = 45ºC

Ts = 40ºC

Água líquida

ExpansãoIsotérmica

CompressãoIsotérmica

Aquecimento

SecagemAdiabática I

SecagemAdiabática II

11

1212⑩

⑧ ⑦

① ② ③

Pabs = 1 atm

%HR = 10%Ts = 80ºC

c. saturada

1000 kg/h

Sólido – 90%Água – 10%

Sólido – 94%Água – 6%

Sólido – 98%Água – 2%

Ts = 45ºC

Ts = 40ºC

Água líquida

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SOLUÇÕES DOS PROBLEMAS

PROBLEMA 2.1

Ts = 38ºC; PO = 10,6ºC; Hm = 12,8x10-3 mol vapor/mol AS; Ha = 7,97x10-3 g vapor/g AS; H = 18,3%;

HR = 19,3%; ∆h = 59,0 kJ/kg AS (Cond. Ref.: 0ºC; água - líq ; ar:, gas.).

PROBLEMA 2.2

A) Ts = 30ºC; PO = 19ºC; Hm = 22,2x10-3 mol vapor/mol AS; Ha = 13,8x10-3 g vapor/g AS;

H = 50,7%; HR = 51,8%

B) Ts ; Hm e Ha não variam; PO (18,4ºC), H (48,6%) e HR (49,7%) diminuem

PROBLEMA 2.3

A) Hm = 34,6x10-3 mol vapor/mol AS, PO = 25,7ºC e Hr = 2,2%

B) Qf = 12,9 kcal/m3 AH

PROBLEMA 2.4

A) Entrada do ar: Ts = 90ºC; PO = 10ºC; Hm = 11,1x10-3 mol vapor/mol AS; Ha = 6,90x10-3 g vapor/g

AS; H = 0,7%; HR = 1,8%

Saída do ar: Ts = 45ºC; PO = 43,1ºC; Hm = 84,2x10-3 mol vapor/mol AS; Ha = 52,5x10-3 g vapor/g

AS; H = 90%; HR = 90,8%

B) Fv = 3267 m3/h

PROBLEMA 2.5

A) PO = 37,1ºC; Sm = 0,1759 mol Metanol/mol Azoto; Sa = 0,2012 g Metanol/g Azoto; SR = 87,3%

B) P = 4,1 atm

PROBLEMA 2.6

A) Sa = 0,6241 g CCl4/g AS ; S = 80,8%

B) Fv = 7,4 m3/h

PROBLEMA 2.7

A) Sa = 0,1628 g benzeno/g AS ; PO = 9,0ºC ; Ts = 22,0ºC

B) FM = 97,0 kg/min

PROBLEMA 2.8

T = 19ºC (resultado intermédio: FMmistura = 56,5 kg AS/min)

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PROBLEMA 2.9

A) Ts = 40,0ºC; PO = 13,8ºC; Th = 22,4ºC, Hm = 0,016 mol vapor/mol AS; Ha = 0,010 g vapor/g AS;

HR = 22%, Título de vapor = 1,0

B) Ts = 17,8ºC; PO = 17,8ºC; Th = 17,8ºC, Hm = 0,021 mol vapor/mol AS; Ha = 0,013 g vapor/g AS; HR

= 100%, Título de vapor = 1,0

C) Ts = 15,0ºC; PO = 13,8ºC; Th = 14,3ºC, Hm = 0,016 mol vapor/mol AS; Ha = 0,010 g vapor/g AS; HR

= 92%, Título de vapor = 1,0

D) Ts = 5,0ºC; PO = 5,0ºC; Th = 5,0ºC, Hm = 0,0083 mol vapor/mol AS; Ha = 0,0053 g vapor/g AS; HR

= 100%, Título de vapor = 0,53

PROBLEMA 2.10

Sequência 1: Compressão isotérmica (com remoção de água líquida) (Ts = 50ºC, Hm = 0,005 mol

vapor/mol AS, P = 24,5 atm) → Expansão isotérmica (Ts = 50ºC, Hm = 0,005 mol vapor/mol AS, P = 1

atm) → Arrefecimento (Ts = 30ºC, Hm = 0,005 mol vapor/mol AS, P = 1 atm)

Sequência 2: Arrefecimento (com remoção de água líquida) (Ts = 7,1ºC, Hm = 0,005 mol vapor/mol

AS, P = 2 atm) → Aquecimento (Ts = 30ºC, Hm = 0,005 mol vapor/mol AS, P = 2 atm) → Expansão

isotérmica (Ts = 30ºC, Hm = 0,005 mol vapor/mol AS, P = 1 atm)

Sequência 3: Arrefecimento (com remoção de água líquida) (Ts = 30ºC, Hm = 0,0214 mol vapor/mol

AS, P = 2 atm) → Compressão isotérmica (com remoção de água líquida) (Ts = 30ºC, Hm = 0,005 mol

vapor/mol AS, P = 8,4 atm) → Expansão isotérmica (Ts = 30ºC, Hm = 0,005 mol vapor/mol AS, P = 1

atm)

PROBLEMA 2.11

A) Corrente 1 - Ts = 10ºC ; Ha = 0,0030 g vapor/g AS

Corrente 2 - Ts = 37ºC ; Ha = 0,0030 g vapor/g AS

Corrente 3 - Ts = 16ºC ; Ha = 0,0115 g vapor/g AS

Corrente 4 - Ts = 25ºC ; Ha = 0,0115 g vapor/g AS

B) 1. T = 45ºC

2. Processo inicial: vantagem – humidificação até à saturação é fácil de efectuar.

Processo modificado: vantagem – só um aquecedor; desvantagem – aquecimento até uma

temperatura mais elevada; humidificação difícil de efectuar e de controlar.

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PROBLEMA 2.12

A) Ar à entrada do secador: Ts = 50ºC; PO = 6,4ºC; Th = 22,6ºC; Hm = 0,0096 mol vapor/mol AS;

Ha = 0,0060 g vapor/g AS; HR ≈ 8%

Ar à saída do secador: Ts = 22,6ºC; PO = 22,6ºC; Th = 22,6ºC; Hm = 0,0279 mol vapor/mol AS;

Ha = 0,0174 g vapor/g AS; HR = 100%

B) Fv = 13,7x103 m3 AH/h

C) W = 170 kW

PROBLEMA 2.13

A) Saída do aquecim. I: Ha = 0,006 g vapor/g AS ; saída da secagem II: Ha = 0,0270 g vapor/g AS ;

saída do arrefecim: Ha = 0,088 g vapor/g AS ; saída de aquecim. II: Ha = 0,088 g vapor/g AS,

T = 92,5ºC ; saída da secagem I: Ha = 0,0327 g vapor/g AS

B) FM(AH) = 5,7 ton AH/ton de amido; FM(Água) = 104 kg água/ton de amido

C) Compressão isotérmica (com remoção de água líquida) (Ts = 35ºC, Hm = 0,0088 mol vapor/mol

AS, P = 4,0 atm) → Expansão isotérmica (Ts = 35ºC, Hm = 0,0088 mol vapor/mol AS, P = 1 atm)

→ Aquecimento (Ts = 92,5ºC, Hm = 0,0088 mol vapor/mol AS, P = 1 atm).

PROBLEMA 2.14

A) Teor de água = 12,9%

B) P = 5,1 atm

C) T = 89ºC

PROBLEMA 2.15

Humidades absolutas:

- Correntes ④ ; ⑤ ; ⑥ ; ⑩ e : Ha = 0,0305 g vapor/gAS

- Corrente ⑦ : Ha = 0,0460 g vapor/gAS

- Corrente ⑨ : Ha = 0,0485 g vapor/gAS

- Corrente ⑧ : Ha = 0,3891 g vapor/gAS

Caudais de ar húmido:

- (FM)5 = 2593 kg AH/h

- (FM)8 = 4711 kg AH/h

T8 = 61,0ºC

1212

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Processos de Engenharia Química e Biológica II – Capítulo 2

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Nota:

Alguns dos exemplos resolvidos e dos problemas propostos foram adaptados das seguintes referências: R. M. Felder e R. W. Rousseau (2000)“Elementary Principles of Chemical Processes”, 3ª edição, John Wiley, New York P. M. Doran (1995) “Bioprocess Engineering Principles”, Academic Press, New York D. M. Himmelblau (1996) “Basic Principles and Calculations in Chemical Engineering”, 6ª edição, Prentice Hall PTR, New Jersey T. C. Ducan e J. A Reimer, (1998) “Chemical Engineering Design and Analysis – An Introduction”, Cambridge University Press