PROCESSOS EMOCIONAIS II

Processos Emocionais II

Psicologia

Jorge Barbosa - 2009

Processos Emocionais II Sumário Abordagens Teóricas sobre a Emoção

• Perspectiva Evolutiva • Perspectiva Fisiológica • Perspectiva Cognitiva • Perspectiva Sociocultural

Emoção e Tomada de decisão • Perspectiva de António Damásio

Perspectivas •  Perspectiva Evolutiva (Darwin e P.

Ekman) •  Perspectiva Fisiológica (W. James, C.

Lange, W. Cannon, P. Bard) •  Perspectiva Cognitiva (Derryberry, Reed,

Frijda) •  Perspectiva Sociocultural (Dortier, Shields)

Perspectivas Perspectiva Evolutiva

•  Darwin constatou que as expressões faciais dos seres humanos eram universais.

•  Comparou expressões emocionais de seres humanos com as de outros animais.


Darwin concluiu: •  As expressões faciais dos seres humanos são inatas,

não aprendidas. •  As emoções nos seres humanos fazem parte e

reflectem o processo evolutivo geral. •  As emoções são um poderoso instrumento de

adaptação.


Na tentativa de confirmar hipóteses culturalistas, Ekman verificou que:

•  Há emoções universais e independentes dos processos de aprendizagem e da cultura.

•  Não existem influências da cultura nas expressões emocionais

•  Há regras comuns que orientam essas influências culturais

Perspectivas Perspectiva Fisiológica

Recorde: • As teorias de William James e de Carl Lange defendem que a emoção resulta dos estados fisiológicos, provocados pelos estímulos do ambiente.

• As teorias de Walter Cannon e de Philip Bard defendem que as emoções e as reacções fisiológicas ocorrem simultaneamente.

Embora este assunto ainda seja objecto de muito debate, o certo é que nenhuma teoria científica está de acordo com o senso comum, isto é, que sejam as emoções a provocar as reacções fisiológicas.

Perspectivas Perspectiva Cognitiva

As teorias cognitivas da emoção partem da premissa de que as emoções têm sempre componentes cognitivos.

•  Teoria dos dois factores; •  Debate sobre a Primazia.


Teoria dos dois factores (Singer, 1962): •  A emoção é determinada por dois factores:

–  Activação fisiológica –  Marcadores Cognitivos Por ex.: o comportamento eufórico ou colérico à

nossa volta influencia a interpretação cognitiva do nosso estado fisiológico, o que, por seu turno, intensifica as nossas emoções no mesmo sentido.


Debate sobre a Primazia(Lazarus vs Zajonc): •  Lazarus (1991) defendeu a primazia do

pensamento: –  Nós fazemos apreciações cognitivas a nosso

respeito e a respeito das nossas circunstâncias. –  Estas apreciações – que incluem valores,

objectivos, compromissos, crenças, expectativas – determinam as nossas emoções.


Debate sobre a Primazia(Lazarus vs Zajonc): •  Zajonc (1984) defendeu a primazia da

emoção: –  Argumentou que as “preferências não carecem de

inferências”; as nossas emoções e o que sentimos não requerem pensamento.


Actualmente, pensa-se que: •  Algumas das nossas reacções emocionais

são virtualmente instantâneas e não envolvem apreciação cognitiva;

•  Outras circunstâncias emocionais, como estados emocionais prolongados (cólera para com uma pessoa, por ex.) envolvem muito provavelmente apreciações cognitivas.


Actualmente, sabe-se que: (lembrar ppt. anterior) •  A existência de circuitos cerebrais directos e

indirectos apoia a ideia de que: –  Algumas reacções emocionais não envolvem

pensamento deliberado; –  Há reacções emocionais que envolvem

pensamento deliberado. •  Em todo o caso, as emoções implicam sempre os dois

circuitos

Perspectivas Perspectiva Sociocultural

Cultura e Expressão das Emoções •  Os investigadores actuais concordam, em

regra, que: –  As expressões emocionais, sobretudo a

expressão facial, contêm fortes laços biológicos, como defendia Darwin.

•  Por ex.: uma criança cega aprende a sorrir do mesmo modo que as crianças não cegas, apesar de nunca ver um rosto sorridente.


Cultura e Expressão das Emoções •  Os investigadores actuais concordam, em

regra, que: –  Ao contrário do que pensava Ekman, as regras

que determinam quando, onde e como as expressões devem ser exprimidas, variam com a cultura e a condição social.


Influências do Género nas Emoções •  Os investigadores actuais concordam, em

regra, que: –  As mulheres e os homens são mais parecidos na forma

como experienciam as emoções, do que o que nos indicam os estereótipos.

–  Os homens e as mulheres usam as mesmas expressões faciais, adoptam a mesma linguagem e descrevem as suas experiências emocionais de forma muito idêntica.


Influências do Género nas Emoções •  Os investigadores actuais concordam, em

regra, que: –  Os estereótipos são mais válidos no que diz respeito à

compreensão das emoções: •  As mulheres interpretam melhor o conteúdo emocional da expressão

facial; •  As mulheres, em regra, mantêm as emoções por um período de tempo

mais longo.

Emoção e Decisão Perspectiva de António Damásio

O Organismo tem algumas razões que a razão tem de utilizar (Damásio, O Erro de Descartes, pº. 211)

•  Duas vias para a tomada de decisão –  Representação das consequências de uma acção –  Activação da memória de experiências emocionais

anteriores.


Marcadores Somáticos

•  Conceito: –  Mecanismos automáticos que reduzem o espaço de decisão –  Imagens “marcadas” no corpo como sensações evocáveis

Por ex.: a sensação de “nojo” (visceral) que se experimenta, quando nos é sugerido que tomemos uma refeição num restaurante, onde nos foi servida sopa com uma mosca a espernear dentro dela.


Marcadores Somáticos

•  Função –  Reduzindo o número de opções (espaço de decisão), os

marcadores somáticos aumentam a precisão e a eficiência na tomada de decisão.

–  Os marcadores somáticos, simulando as consequências esperadas, orientam as escolhas.

Perguntas Ninguém está dispensado de responder ao questionário do Exercício Emoções 2

As respostas podem ser dadas: 1.  On-line (através do

“Moodle”) 2.  Em papel (fornecido

pelo professor)

O exercício será feito em sala de aula.

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