Processos industriais Fundição de metal

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Processo industrial de fundição

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Escola Tcnica De Meio Ambiente AAS Faculdade de Betim

Processos industriais: Fundio de metal

Betim 2011 Dnniker Phillipe1

Edleusa Oliveira Pedro Rodrigues Priscilla Ribeiro Wesley Souza

Fundio de Metal

Trabalho apresentado para as disciplinas de: Processos Industriais e Legislao trabalhista, Previdenciria e Ambiental. Sob a orientao dos Facilitadores Lzaro Maciel e Ricardo Veloso. Turno da noite, curso de Segurana e Sade no Trabalho E Meio Ambiente.

Betim 2011

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Sumrio

Introduo...................................................................................05 . .................................................................................................06 .. ................................................................................................07 Fundio um processo Elaborado: 1-Fenmenos que ocorrem durante a solidificao.................................................................................08 . .................................................................................................09 .. ................................................................................................10 ... ...............................................................................................11 .... ..............................................................................................12 ..... .............................................................................................13 ...... ............................................................................................14 ..................................................................................................15 ..................................................................................................16 2- Processo de Fundio: passo - apasso.......................................17 ................................................... ...............................................18 ................................................... ...............................................19 Tipos de Fundio.........................................................................20 .............. ....................................................................................21 3Caractersticas e defeitos das peas fabricadas..............................22 ....................................................... ...........................................23 ............................................... ...................................................24 Legislao Ambiental.....................................................................25 ................ ..................................................................................26 ................. .................................................................................27 Aplicadas Para A Minimizao De Resduos: Indstria De Fundio......................................................................................28 ..................................................................................................293

Solues

Controle de Poluio Atmosfrica....................................................30 ............................... ...................................................................31 ..................................................................................................32 Controle de Poluio da gua..........................................................33 Controle de Poluio do solo...........................................................34 ..................................................................................................35 . .................................................................................................36 Legislao Previdencirio................................................................37 ................ ..................................................................................38 ................. .................................................................................39 Penses.......................................................................................40 . .................................................................................................41 O que o Perfil Profissiogrfico Previdencirio PPP.............................42 ................................................................. .................................43 .................................................................. ................................44 ................................................................... ...............................45 Como requerer a aposentadoria por idade........................................46 Aposentadoria por invalidez............................................................47 ........................... .......................................................................48 ............................ ......................................................................49 ............................. .....................................................................50 Legislao Trabalhista...................................................................51 ..................................................................................................52 Concluso....................................................................................53 Referncias Bibliogrficas...............................................................54

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Introduo

Os processos de transformao dos metais e ligas metlicas em peas para utilizao em conjuntos mecnicos so inmeros e variados: voc pode fundir conformar mecanicamente, saldar, utilizar a metalurgia do p e usinar o metal e, assim, obter a pea desejada. Evidentemente, vrios fatores devem ser considerados quando se escolhe o processo de fabricao. Como exemplo, podemos lembrar o formato da pea, as exigncias de uso, o material a ser empregada, a quantidade de peas que devem ser produzidas, o tipo de acabamento desejado, e assim por diante. Dentre essas vrias maneiras de trabalhar o material metlico, a fundio se destaca, no s por ser um dos processos mais antigos, mas tambm porque um dos mais versteis, principalmente quando se considera os diferentes formatos e tamanhos das peas que se pode produzir por esse processo. Mas, afinal, o que fundio? o processo de fabricao de peas metlicas que consiste essencialmente em encher com metal lquido a cavidade de um molde com formato e medidas correspondentes aos da pea a ser fabricada. A fundio um processo de fabricao inicial, porque permite a obteno de peas com formas praticamente definitivas, com mnimas limitaes de tamanho, formato e complexidade, e tambm o processo pelo qual se fabricam os lingotes. a partir do lingote que se realizam os processos de conformao mecnica para a obteno de chapas, placas e perfis etc. A palavra fundio usada para o processo enquanto o produto denomina-se fundido. O processo de fundio a manufatura de objetos metlicos (fundidos) fundindo o metal, vertendo este no molde (caixa de areia), e5

permitindo o metal fundido se solidificar como um fundido cuja forma uma reproduo da cavidade do molde (caixa de areia). Este processo realizado em fundies, que podem ser de materiais ferrosos noferrosos. Sempre que se fala em fundio, as pessoas logo pensam em ferro. Mas esse processo no se restringe s ao ferro, no. Ele pode ser empregado com os mais variados tipos de ligas metlicas, desde que elas apresentem as propriedades adequadas a esse processo, como por exemplo, temperatura de fuso e fluidez. A indstria de fundio muito difundida e encontra-se entre as seis maiores nos Estados Unidos porque possibilita a produo de peas complicadas. Exemplos: acessrios de tubulaes, peas de um forno, bloco do motor de automveis e avies, pistes, anis dos pistes, bases de mquina ferramenta, rodas, e eixos de manivela. No comeo da idade do metal, o conhecimento humano no estava avanado o suficiente para conseguir altas temperaturas para produzir metal fundido. Ento, a fundio no era conhecida e os metais eram usados como eram encontrados na natureza e aquecidos suavemente sendo trabalhados em formas. Os produtos daquela era so exemplificados pelo pendente de cobre encontrado na caverna de Shanidar (nordeste do Iraque) que data de 9500 a.C. e que foi moldado martelando um pedao de metal no seu estado natural e dando acabamento com abrasivos. Depois, tcnicas de fundio de cobre foram desenvolvidas, e foram produzidos moldes de cobre na Mesopotmia j em 3000 anos antes de cristo. A fundio comeou a ser usada pelo homem mais ou menos uns 3000 A.C. "Fundiu-se primeiro o cobre, depois o bronze, e, mais recentemente, o ferro, por causa da dificuldade em alcanar as temperaturas necessrias para a realizao do processo. A arte cermica contribuiu bastante para isso, pois gerou as tcnicas bsicas para a execuo dos moldes e para o uso controlado do calor j que, forneceu os materiais refratrios para a construo de fornos e cadinhos. A arte da fundio era ento refinada pelos egpcios antigos que inovaram o processo de modelao em "cera perdida". Durante a Idade do Bronze, a prtica de fundio floresceu na China onde foram produzidas peas6

fundidas de alta qualidade com formas complicadas. O chins desenvolveu certas ligas de bronze e dominou o processo de cera perdida durante a Dinastia de Shang. Mais tarde, aquela arte se difundiu para o Japo com a introduo do Budismo no sexto sculo. Tambm havia algumas realizaes significantes no Oeste, onde o Colosso de Rhodes - uma esttua do Deus grego Apollo que pesava 360 tons, foi considerada um das Sete Maravilhas do Mundo. Aquela esttua de bronze foi fundida em sees, que depois foram agrupadas, e tinha 31 metros de altura. Embora o ferro fosse conhecido no Egito j em 4000 A.C., o uso do ferro fundido era impossvel devido alta temperatura de fundio, e a falta de vasilhas de cermica (cadinho) capazes de conter o ferro fundido. A idade do ferro fundido chegou finalmente em 1340, quando o forno de fluxo foi construdo em Marche-Les- Dames na Blgica. Era capaz de produzir um volume contnuo de ferro fundido. A prtica de fundio de materiais ferrosos desenvolveu mais adiante com a inveno do forno de cpula por John Wilkinson na Inglaterra. Isto foi seguido pela produo de ferro malevel em 1826 por Seth Boyden e o desenvolvimento da metalografia por Henry Sorby da Inglaterra. Sem dvida, as descobertas da Revoluo Industrial, como os fornos Cubil, os fornos eltricos e a Mecanizao do processo que muito contribuiu para o desenvolvimento da fundio do ferro e, conseqentemente, do ao. A maioria dos equipamentos de fundio foi concebida basicamente nesse perodo, quando surgiram tambm os vrios mtodos de fundio centrfuga. Ao sculo XX coube a tarefa de aperfeioar tudo isso. A relao entre as propriedades e a microestrutura das ligas foi entendida. O controle completo do processo de fundio ficou possvel baseado no conhecimento e controle da microestrutura. No entanto, os processos de conformao tiveram um desenvolvimento mais rpido do que a fundio porque as ligas forjadas tinham um desempenho melhor e um campo mais largo de aplicaes. O ferro nodular, que possui a fungibilidade do ferro fundido e a resistncia ao impacto do ao, foi introduzido em 1948, e favoreceu a difuso do ferro para competir mais favoravelmente com ligas forjadas.7

Fundio um processo Elaborado

1-Fenmenos que ocorrem durante a solidificao Esses fenmenos so: cristalizao, contrao de volume, concentrao de impurezas e desprendimento de gases. Cristalizao Essa particularidade dos metais, durante sua solidificao, j foi estudada, sob o ponto de vista geral. Consiste, como se viu, no aparecimento das primeiras clulas cristalinas unitrias, que servem como "ncleos" para o posterior desenvolvimento ou "crescimento" dos cristais, dando, finalmente, origem aos gros definitivos e "estrutura granular" tpica dos metais. Esse crescimento dos cristais no se d, na realidade, de maneira uniforme, ou seja, a velocidade de crescimento no a mesma em todas as direes, variando de acordo com os diferentes eixos cristalogrficos; alm disso, no interior dos moldes, o crescimento limitado pelas paredes destes. Como resultado, os ncleos metlicos e os gros cristalinos originados adquirem os aspectos representados na Figura 01.

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A Figura 1(a) mostra o desenvolvimento e a expanso de cada ncleo de cristalizao, originando um tipo de cristal que poderia ser assimilado a uma rvore com seus ramos; a esse tipo de cristal d-se o nome de dendrita. As dendritas formam-se em quantidades cada vez maiores at se encontrarem; o seu crescimento , ento, impedido pelo encontro das dendrita vizinhas, originando-se os gros e os contornos de gros, que delimitam cada gro cristalino, formando a massa slida. A Figura 1(b) mostra o caso particular da solidificao de um metal no interior de um molde metlico, de forma prismtica, chamado lingote, o qual vai originar uma pea fundida chamada lingote. Nesse caso, a solidificao tem inicio nas paredes comas, qual o metal lquido entra imediatamente em contato; os cristais formados e em crescimento sofrem a interferncia das paredes do molde e dos cristais vizinhos, de modo que eles tendem a crescer mais rapidamente na direo perpendicular s paredes do molde. Origina-se, ento, uma estrutura coluna tpica, at uma determinada profundidade, como a Figura 1(b) mostra, e que pode, nos cantos, produzir efeitos indesejveis. Figura 1(c) - devido a grupos colunares de cristais, crescendo de paredes contguas, se encontrarem segundo planos diagonais. Os efeitos9

indesejveis resultam do fato de essas diagonais constiturem planos de maior fragilidade de modo que, durante a operao de conformao mecnica a que essas peas so submetidas posteriormente - como laminao - podem surgir fissuras que inutilizam o material. Contrao de volume Os metais, ao solidificarem, sofrem uma contrao. Na realidade, do estado lquido ao slido, trs contraes so verificadas: - contrao lquida: correspondente ao abaixamento da temperatura at o incio da solidificao; - contrao de solidificao: correspondente variao de volume que ocorre durante a mudana do estado lquido para o slido; - contrao slida: correspondente variao de volume que ocorre j no estado slido, desde a temperatura de fim de solidificao at a temperatura ambiente. A contrao expressa em porcentagem de volume. No caso da contrao slida, entretanto, a mesma expressa linearmente, pois desse modo mais fcil projetar-se os modelos. A contrao slida varia de acordo com a liga considerada. No caso dos aos fundidos, por exemplo, a contrao linear, devida variao de volume no estado slido, varia de 2,18 a 2,47%, o valor menor correspondendo ao ao de mais alto carbono (0,90%). No caso dos ferros fundidos - uma das mais importantes ligas para fundio de peas - a contrao slida linear varia de 1 a 1,5%, o valor de 1% correspondendo ao ferro fundido cinzento comum e o valor 1,5% (mais precisamente de 1,3 a 1,5%) ao ferro nodular. Para os outros metais e ligas a contrao linear muito variada, podendo atingir valores de 8 a 9% para nquel e ligas cobre-nquel. A contrao d

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origem a uma heterogeneidade conhecida por vazio ou rechupe, ilustrada na Figura 02:

Inicialmente, tem-se: (a) o metal inteiramente no estado lquido; (b) a solidificao tem incio na periferia, onde a temperatura mais baixa e caminha em direo ao centro; (c) fim da solidificao; (d) contrao slida. A diferena entre os volumes no estado lquido e no estado slido final d como conseqncia o vazio ou rechupe, indicados nas panes (c) e (d) da figura. A pane (d) d a entender tambm que a contrao slida ocasiona uma diminuio geral das dimenses da pea solidificada. Os vazios citados podem eventualmente ficar localizados na parte interna das peas, prximos da superfcie; porm, invisveis externamente. Alm dessa conseqncia vazio ou rechupe a contrao verificada na solidificao pode ocasionar: - aparecimento de trincas a quente. (Figura 03) -aparecimento de tenses residuais.

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As tenses residuais podem ser controladas por um adequado projeto da pea, como se ver, e podem ser eliminadas pelo tratamento trmico de "alvio de tenses". Os vazios ou rechupes que constituem a conseqncia direta da contrao podem tambm ser controlados ou eliminados, mediante recursos adequados, seja no caso de lingoteiras, seja no caso de moldes para peas fundidas (Figura 04). No caso da fundio de um lingote, o artifcio adotado para controlar o vazio colocar sobre o topo da lingoteira - que feita de material metlico - uma pea postia de material refratrio, denominada "cabea quente" ou "massalote"; essa pea, por ser de material refratrio, retm o calor por um tempo mais longo e corresponder seo que solidifica por ltimo; nela, portanto, vai se concentrar o vazio. Resulta assim um lingote so pela eliminao de sua cabea superior. No caso de peas fundidas, utiliza-se um "alimentador". No exemplo apresentado na Figura 04, o molde foi projetado de tal maneira que a entrada do metal lquido, atravs de canais, feita na seo mais grossa que alimenta as menos espessas; ao mesmo tempo, o "alimentador" ficar convenientemente suprido de excesso de metal lquido, nele se concentrando o vazio.

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Concentrao de impurezas Algumas ligas metlicas contm impurezas normais, que se comportam de modo diferente, conforme a liga esteja no estado lquido ou slido. O caso mais geral o das ligas ferro-carbono que contm, como impurezas normais, o fsforo, o enxofre, o mangans, o silcio e o prprio carbono. Quando essas ligas esto no estado liquido, as impurezas esto totalmente dissolvidas no lquido, formando um todo homogneo. Ao solidificar, entretanto, algumas das impurezas so menos solveis no estado slido: P e S, por exemplo, nas ligas mencionadas. Assim sendo, medida que a liga solidifica, esses elementos vo acompanhando o metal liquido remanescente, indo acumular-se, pois, na ltima parte slida fornada. Nessas regies, a concentrao de impurezas constitui o que se chama segregao (3). A Figura 05 representa esquematicamente como a segregao pode dispor se em peas laminadas e forjadas. O inconveniente dessa segregao que o material acaba apresentando composio qumica no uniforme, conforme a seo considerada, e conseqentes propriedades mecnicas diferentes.

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Como as zonas segregadas se localizam no interior das peas, onde as tenses so mais de baixas, de as suas conseqncias modo, controle no so muito grande da perniciosas, concentrao resfriamento. Temperatura Um metal apresenta uma temperatura de fuso bem definida, isto , ele inicia e termina o processo de solidificao em uma temperatura bem determinada. J as ligas apresentam uma temperatura onde se inicia o processo de solidificao e uma temperatura onde termina esse processo. Isso ilustrado na figura 06 (Curvas de resfriamento aps Desmoldagem ideais para o sistema cobre-nquel). Dentro da faixa de temperaturas em que ocorre a solidificao para uma liga existe sempre uma mistura de slido e lquido. A temperatura de vazamento dever ser estar sempre acima da temperatura onde existem 100% de lquido (super aquecimento). O vazamento, no caso de ligas, dentro de uma faixa de temperaturas onde se tem slido e lquido prejudica o preenchimento completo do molde. (figura 06): devendo-se qualquer quer pelo evitar mais uma

impurezas,

rigoroso

composio qumica das ligas, quer pelo controle da prpria velocidade de

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Desprendimento de gases Esse fenmeno ocorre como no caso anterior, principalmente nas ligas ferro-carbono. O oxignio dissolvido no ferro, por exemplo, tende a combinar-se com o carbono dessas ligas, formando os gases CO e CO2 que escapam facilmente atmosfera, enquanto a liga estiver no estado liquido. medida, entretanto, que a viscosidade da massa liquida diminui, devido queda de temperatura, fica mais difcil a fuga desses gases, os quais acabam ficando retidos nas proximidades da superfcie das peas ou lingotes, na forma de bolhas. Em aos de baixo carbono, na forma de lingotes a serem forjados ou laminados, as bolhas no so prejudiciais, pois elas, s temperaturas de conformao mecnica, principalmente para a fabricao de chapas, tm suas paredes soldadas. A rigor, essas bolhas podem ser at mesmo desejveis. As bolhas devem ser evitadas, contudo, em aos de alto carbono; isso pode ser feito adicionando-se ao metal lquido substncias chamadas "desoxidantes", tais como alguns tipos de ferro-liga (ferro-silcio e ferro-mangans) ou alumnio. De fato, o oxignio reage de preferncia com os elementos Si, Mn e Al, formando xidos slidos - SIO2, MNO e AI2O3 - impedindo, assim, que o oxignio reaja com o carbono formando os gases CO e CO2, responsveis pela produo das bolhas. Outros gases que podem se libertar na solidificao dos aos o hidrognio e o nitrognio, que comumente tambm se encontram dissolvidos no metal lquido. Fluidez15

A capacidade de o metal lquido preencher as cavidades do molde chamada de fluidez. A fluidez depende de caractersticas do metal e de parmetros utilizados na fundio. No que se refere ao metal, fluidez depende da viscosidade, tenso superficial, incluses e padro de solidificao da liga. No que se refere aos parmetros de fundio, a fluidez depende do projeto do molde, material do molde e de seu acabamento superficial, grau de super aquecimento, taxa de vazamento e transferncia de calor. A figura 07 ilustra o dispositivo para teste de fluidez que medida pela distncia que o metal percorre antes de se solidificar:

Caractersticas do escoamento A figura 08 ilustra o sistema por onde o metal lquido flui durante o processo de fundio. Funil de vazamento (pouring cup), massa-lote ou alimentador (riser), canal de alimentao (runner), canal de descida (sprue), canal de entrada (gate) , fundido (casting).

2- Processo de Fundio: passo - a- passo A matria-prima metlica, carvo mineral, bauxita, granito e alumnio para a produo de peas fundidas, que constituda pelas ligas metlicas16

ferrosas (ligas de ferro e carbono) e no-ferrosas (liga de cobre, alumnio, zinco e magnsio). O processo de fabricao dessas peas por meio de fundio pode ser resumido nas seguintes operaes: 2.1-Confeco do modelo: Essa etapa consiste em construir um modelo com o formato aproximado da pea a ser fundida. Esse modelo vai servir para a construo do molde e suas dimenses devem prever a contrao do metal quando ele se solidificar bem como um eventual sobre metal para posterior usinagem da pea. Ele feito de madeira, alumnio, ao, resina plstica e at isopor. (foto 09):

2.2-Confeco do molde: O molde o dispositivo no qual o metal fundido colocado para que se obtenha a pea desejada. Ele feito de material refratrio composto de areia e aglomerante. Esse material moldado sobre o modelo que, depois de retirado, deixa uma cavidade com o formato da pea a ser fundida. (foto 10):

2.3-Confeco dos machos: Macho um dispositivo, feito tambm de areia, que tem a finalidade de formar os vazios, furos e reentrncias da17

pea. Eles so colocados nos moldes antes que eles sejam fechados para receber o metal lquido. (foto 11):

2.4-Fuso: Etapa em que acontece a fuso do metal e Drenos

Quando o material fundido preenche as cavidades, necessrio que haja uma pequena sobra deste para expulsar o ar e possveis contaminaes. So executados na feitura dos moldes de fundio alguns canais de vazamento para possibilitar a drenagem do material. Drenos ou gitos (foto 12):

2.5vazamento o molde com metal SOLIDIFICAO E RESFRIAMENTO. (Foto 13):

Vazamento: O enchimento lquido, do

2.6-Desmoldagem: Aps determinado perodo de tempo em que a pea se solidifica dentro do molde, e que depende do tipo de pea, do tipo de molde e do metal (ou liga metlica), ela retirada do molde18

(Desmoldagem) manualmente ou por processos mecnicos e feito o JATEAMENTO COM GRANALHA. (foto 14):

2.7-Rebarbao: a retirada dos canais de alimentao, massa-lotes e rebarbas que se formam durante a fundio. Ela realizada quando a pea atinge temperaturas prximas s do ambiente. Limpeza - A limpeza necessria porque a pea apresenta uma srie de incrustaes da areia usada na confeco do molde. Geralmente ela feita por meio de jatos abrasivos. Essa seqncia de etapas a que normalmente seguida no processo de fundio por gravidade em areia, que o mais utilizado. Um exemplo bem comum de produto fabricado por esse processo o bloco dos motores de automveis e caminhes. (foto 15):

2.8-Tratamento trmico

Depois de rebarbadas, as peas podem necessitar algum tipo de tratamento trmico para rearranjo de sua estrutura interna. Esta executada em fornos especiais que fazem a tmpera (endurecimento total, ou superficial) e revenimento, cementao (Tratamento de superfcie para endurecimento em determinadas regies da pea), normalizao ou recozimento (para aliviar tenses internas).

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2.9-Retfica

Saindo do tratamento trmico, algumas peas podem necessitar um aumento de preciso em suas medidas. Muitas vezes se utiliza o processo de retificao executado por mquinas ferramentas chamadas retficas. Os processos de acabamento descritos acima variam de pea para pea, podendo ser utilizados em maior ou menor grau. Dependendo do tipo de pea, ao sair da fundio j est pronta e acabada.

2.10-Produto: Blocos de motores antes de seu posterior processamentoINSPEO, EMBALAGEM e EXPEDIO. (foto 16):

2.11-Limpeza:Deve-se manter o local de trabalho limpo e organizado,dando destinao correta a seus residuos. (foto 17):

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Tipos de Fundio: Fundio em areia: um processo que pode ser feito por moldagem em areia verde e em cascas de Shell, cura a frio, com dixido de carbono e loast foam. Areias verdes so areias aglomeradas com argila no estado mido. Esse material constitudo por granulados refratrios chamados de areias-base e por um produto com capacidade de coeso e plasticidade o aglomerante que neste caso a argila. As areias de fundio podem ser naturais, semi-sintticas (com adies para correo ou melhoria das propriedades naturais) e sintticas (obtida pela mistura dos constituintes bsicos isoladamente tais como areia, aglomerantes, aditivos e plastificantes). O processo de fundio por gravidade com moldagem em areia apresenta variaes. As principais so:

Fundio com moldagem em areia aglomerada com argila; Fundio com moldagem em areia aglomerada com resinas.

A fundio por gravidade usa tambm moldes cermicos. Esse processo recebe o nome de fundio de preciso. Existe ainda outro processo de fundio por gravidade que usa moldes metlicos. Quando so usados moldes metlicos, no so necessrias as etapas de confeco do modelo e dos moldes, por ns descritas. Outro processo que usa molde metlico o processo de fundio sob presso: Consiste na injeo de um metal lquido contido em um recipiente (cmara de injeo) para o interior da cavidade de um molde fabricado em ao, por meio de um pisto. Na primeira fase, o ar eliminado da cmara de injeo. Depois, h um rpido preenchimento da cavidade do molde para evitar o resfriamento do metal. A ltima etapa a

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compactao do metal para diminuir o volume das micro-porosidades decorrentes da contrao de solidificao do metal. Tixofundio: Tambm chamado de fundio de ligas semi-slidas de alumnio, o processo novo no Brasil, mas j utilizado em larga escala em pases desenvolvidos como Japo, Estados Unidos, Alemanha e Itlia. A tecnologia utiliza, ao invs de alumnio lquido, o metal em "pasta", evitando o desgaste no contato entre o metal e o molde e aumentando a produtividade. As principais aplicaes desse processo se do na indstria automotiva, na fabricao de peas como suspenses, carcaas e discos de embreagem, entre outras.

3- Caractersticas e defeitos das peas fabricadas: Estudando estes processos de fabricao mecnica, percebemos que esses utilizam sempre produtos semi-acabados, ou seja, chapas, barras, perfis, tubos, fios e arames, como matria-prima. Quer dizer, existem vrias etapas de fabricao que devem ser realizadas antes que o material metlico se transforme em uma pea. Por outro lado, a fundio parte diretamente do metal lquido e, no mnimo, economiza etapas dentro do processo de fabricao. Vamos, ento, ver mais algumas vantagens desse processo. As peas fundidas podem apresentar formas externas e internas desde as mais simples at22

as bem complicadas, com formatos impossveis de serem obtidos por outros processos. As peas fundidas podem apresentar dimenses limitadas somente pelas restries das instalaes onde so produzidas. Isso quer dizer que possvel produzir peas de poucos gramas de peso e com espessura de parede de apenas alguns milmetros ou pesando muitas toneladas. A fundio permite um alto grau de automatizao e, com isso, a produo rpida e em srie de grandes quantidades de peas. As peas fundidas podem ser produzidas dentro de padres variados de acabamento (mais liso ou mais spero) e tolerncia dimensional (entre 0,2 mm e 6 mm) em funo do processo de fundio usado. Por causa disso, h uma grande economia em operaes de usinagem. A pea fundida possibilita grande economia de peso, porque permite a obteno de paredes com espessuras quase ilimitadas. (figura 18):

Essas vantagens demonstram a grande diversidade de peas que podem ser produzidas por esse processo e que os outros no conseguem alcanar. Para se ter uma idia, um automvel no poderia sair do lugar seno fosse o motor. Nele, a maioria das peas feita por meio de processos de fundio.

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Quando um novo produto criado, ou quando se quer aperfeioar algo que j existe, o departamento de engenharia geralmente tem alguns critrios que ajudam a escolher o tipo de processo de fabricao para as peas projetadas. No caso da fundio, vrios fatores podem ser considerados:

Formato e complexidade da pea; Tamanho da pea; Quantidade de peas a serem produzidas; Matria-prima metlica que ser usada.

Alm disso, as peas fundidas apresentam caractersticas que esto estreitamente ligadas ao processo de fabricao como, por exemplo:

Acrscimo de sobre metal, ou seja, a camada extra de metal que ser desbastada por processo de usinagem

Furos pequenos e detalhes complexos no so feitos na pea porque dificultam o processo de fundio, embora apaream no desenho. Esses detalhes so depois executados tambm por meio de usinagem.

Arredondamento de cantos e engrossamento das paredes da pea para evitar defeitos como trincas e melhorar o preenchimento com o metal lquido.

Defeitos dos produtos fundidos Como em todo o processo, alguma coisa "sai errada e aparecem os defeitos. Alguns defeitos comuns das peas fundidas so:24

Incluso da areia do molde nas paredes internas ou externas da pea. Isso causa problemas de usinagem: os gros de areia so abrasivos e, por isso, estragam a ferramenta. Alm disso, causam defeitos na superfcie da pea usinada.

Defeitos de composio da liga metlica que causam o aparecimento de partculas duras indesejveis no material. Isso tambm causa desgaste da ferramenta de usinagem.

Rechupe, ou seja, falta de material devido ao processo de solidificao, causado por projeto de massa-lote malfeito.

Porosidade, ou seja, a existncia de "buraquinhos" dentro de pea. Eles se originam quando os gases que existem dentro do metal lquido no so eliminados durante o processo de vazamento e solidificao. Isso causa fragilidade e defeitos superficiais na pea usinada.

Legislao Ambiental

Esta relacionada a rgos responsveis pelo controle, monitoramento, fiscalizao e licenciamento de todas as atividades geradoras de poluio, seja na gua, no solo ou no ar que realiza todas as aes do meio ambiente aplicando a leis e normas Sempre a serem seguidas com os e tambm de penalidades infratores. contando servios

profissionais qualificados e bastante experientes no assunto. O processo de fundio gera vrios tipos de resduos slidos, sendo o principal deles a areia de fundio, que gerado na etapa de Desmoldagem de peas metlicas. O aumento dos custos de disposio, o25

surgimento de legislaes especficas e o baixo desempenho ambiental das tecnologias de fim de tubo tm direcionado seus esforos no desenvolvimento de solues mais efetivas. A minimizao de resduos leva a uma mudana de paradigma, pois constituem um novo conceito de gerenciamento ambiental baseado no princpio da preveno da gerao de poluentes, visando reduo ao mximo da quantidade de resduos a ser disposta ou tratada. Baseado nas ferramentas da metodologia de Produo mais Limpa este trabalho avaliou o processo de fabricao de peas fundidas com vistas minimizao da gerao do resduo slido areia de fundio da empresa Metal Sider. Metalurgia Ltda., indicando oportunidades de minimizao do resduo slido areia de fundio, bem como alguns aspectos ambientais, tcnicos e econmicos que interessam na escolha das melhores oportunidades a serem implementadas. As oportunidades sugeridas possuem diversos nveis de complexidade. Algumas medidas podem ser implementadas imediatamente enquanto outras requerem o desenvolvimento de pesquisas que as tornem viveis quanto aos aspectos tcnicos, ambientais e econmicos, dependendo do tipo de opo, como o caso da regenerao da areia de moldagem, dos processos de reutilizao e da substituio de materiais geradores de gases txicos. Os tempos de implantao so variveis e um cronograma de implementao pode ser elaborado, priorizando-se as opes que podem ser efetivadas em mdio e curto prazo, enquanto que as alternativas em longo prazo podem ser escaladas para estudos aprofundados. O resduo areia de fundio apresenta um bom potencial de minimizao, ao mesmo tempo, considerando a complexidade do processo de fundio e da metodologia desenvolvida para a implementao de um Programa de Produo mais Limpa neste tipo de empresa necessita de estudos como este para estimular os empresrios a aplicar esforos na preveno da gerao de resduos, utilizando ferramentas efetivas e viveis para se buscar o desenvolvimento sustentvel neste setor.

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At pouco tempo o enfoque da problemtica ambiental concentrava-se em solucionar a questo o que fazer com os resduos gerados em decorrncia das operaes dirias das indstrias. Atualmente, algumas empresas tm concentrado esforos na minimizao da produo dos rejeitos, ao invs de simplesmente controlar a poluio j existente aplicando tcnicas conhecidas como tecnologias de fim de tubo, ou seja, construo de estaes de tratamento de efluentes e de aterros de resduos industriais. Essa nova postura tem se mostrado mais efetiva para combater o aumento da degradao do meio ambiente, bem como para atender a legislao ambiental, alm de melhorar a imagem pblica de uma empresa e gerar ganhos econmicos. Dentro desse contexto surgiram os programas de Preveno da Poluio / Produo mais Limpa que so baseados no princpio de antecipar e prevenir possveis fontes geradoras de problemas ambientais, utilizando uma sistemtica de medidas que visam reduzir ao mximo a quantidade de resduos a serem tratados ou dispostos, possuindo uma estrutura de ao fundamentada na sua preveno e reciclagem. O programa de Produo Mais Limpa sugere a aplicao contnua de uma estratgia preventiva, econmica, ambiental e tecnolgica integrada aos processos e produtos, a fim de aumentar a eficincia no uso das matriasprimas, gua e energia, atravs da no gerao, minimizao ou reciclagem de resduos gerados em todos os setores produtivos. No Brasil, o surgimento de legislaes especficas, tanto federais como estaduais, refletem a crescente preocupao com a gerao de resduos, bem como o desenvolvimento de estudos e a adoo de algumas medidas de reduo de poluentes por indstrias que visam adequao concorrncia do mercado internacional. Entretanto o setor de fundio responsvel por diferentes tipos de impactos ambientais associados com gerao de resduos slidos e efluentes lquidos, e emisses atmosfricas.

27

Dentro desse contexto, o setor de fundio no Brasil comea a dar passos mais firmes para reduzir os impactos negativos de sua atividade sobre o meio ambiente. claro que os esforos nesse sentido decorrem em boa parte da recente aprovao da Lei 9605, de 12/02/98 (Dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e d outras providncias, que prev punies severas, mas sem dvida tambm esto relacionados com uma nova viso dos empresrios acerca dos cuidados para com o meio ambiente). De modo crescente, um nmero de empresas, dos mais variados setores, procura como parceiras, empresas que tenham aes concretas no mbito da responsabilidade ambiental.

Solues Aplicadas Para A Minimizao De Resduos: Indstria De Fundio

Segundo Diehl (1996), a atividade de fundio consumidora intensiva de insumos (areia, bentnica, resinas, p de carvo, tintas, refratrios, ferro, entre outros), ao mesmo tempo em que contribui para a sociedade reciclando toda espcie de sucata metlica, transformando-a em bens de consumo e de capital. A fundio essencial sociedade e estar por muito tempo acompanhando o seu desenvolvimento, cabendo a todos compatibiliz-los aos novos padres ambientais.

28

Os atuais desafios que a sociedade, inclusive os fundidores, coloca atividade de fundio so, por exemplo: Racionalizar o consumo de areia nova; Minimizao de resduos slidos; Reduzir as emisses atmosfricas; Reduzir o consumo de energia; Reduzir o consumo de recursos naturais; Produzir produtos ambientalmente corretos. Alm dos desafios impostos pela sociedade, a indstria de Fundio sofre tambm as presses das exigncias legais impostas pelas Regulamentaes Governamentais, que nos ltimos anos tem ficado progressivamente mais exigente para com as empresas industriais em todo o mundo, impondo pesadas multas e penalidades, transformando o discurso puramente ambientalista em uma questo econmica. Devido grande quantidade de resduos slidos gerados pela fundio, era normal at bem pouco tempo atrs que estas empresas depositassem estes resduos em aterros prprios ou de terceiros, sem nenhuma preocupao com questes ambientais. De acordo com Mariotto & Bonin (1996), o custo da gerao de tais resdua j afeta a economia destas empresas no Brasil e a situao tende a agravar-se devido a fatores como o aumento dos custos de disposio, transporte de resduos, a progressiva carncia de reas adequadas para deposit-los e a eminente exigncia de adequao s normas ambientais internacionais, tais como a obedincia s normas da srie ISO 14.000 e outras. Segundo Lerpio (2001), a palavra de ordem nas organizaes que pretendem garantir a sustentabilidade de seus negcios deve ser reduzir desperdcios de seus processos e utilizar de forma racional os recursos naturais. Toda forma de poluio deve ser entendida como manifestao

29

de ineficincia dos processos produtivos, representando tambm uma das maneiras mais oportunas e sustentveis de agregar valor organizao. De forma geral o que se pretende melhorar o desempenho ambiental da organizao, atendendo, desse modo, s novas exigncias do mercado e necessidade de prticas industriais menos poluentes. Segundo Kiperstock ET AL (2002), a implementao de um programa de Produo mais Limpa numa empresa reconhecida como uma prtica de gesto ambiental de grande eficcia; no entanto, no visa certificao, como o caso da norma internacional ISO 14001. O mesmo autor afirma que as vantagens de se implantar um programa de Produo mais Limpa numa empresa utilizando esta metodologia, so inmeras, como por exemplo: Aumenta a eficincia do processo produtivo; Minimiza produtiva; Orienta na adoo de medidas que, mesmo quando envolvem custos, podem apresentar o perodo de retorno baixo; Facilita o processo de deciso em relao a quanto empresa deseja investir na gesto ambiental, pois fornece dados para avaliao; Evita custos crescentes devido ao tratamento de resduos; o impacto ambiental decorrente da atividade

Controle de Poluio Atmosfrica Equipamentos de controle de poluio atmosfrica removem e eliminam uma grande variedade de poluentes, conhecidos como compostos orgnicos volteis e poluentes atmosfricos perigosos, incluindo gases, vapores e odores da atmosfera. Tanto os compostos orgnicos volteis como os poluentes atmosfricos perigosos causam danos ambientais e30

biolgicos, resultando em graves mudanas de temperatura, chuva cida, emisses de carbono e aquecimento global, contudo, eles so reduzidos ou eliminados por equipamentos de controle de poluio. Para se manter em conformidade com os regulamentos federais de emisses de gases nocivos sade, as instalaes industriais devem conter sistemas de controle de emisses para manter a emisso de poluio no ar proveniente das indstrias abaixo dos nveis de limite especificados. Elementos oxidantes executam um papel importante dentro da categoria de poluentes atmosfricos, tais como sulfureto de hidrognio. O processo chamado de oxidao realizado pela queima de poluentes do ar e est no corao da maioria destes sistemas. Dependendo do tipo de poluio do ar que est sendo controlado, as instalaes tambm podem usar purificadores de ar mido ou seco, coletores de nvoa, precipitadores eletrostticos, sistemas de controle de odor ou simplesmente sistemas de filtragem do ar e de gua. As indstrias automotivas, petroqumicas, agrcolas, de minerao, farmacutica, entre outras, requerem sistemas de controle da poluio atmosfrica para regular a pureza do ar no interior das instalaes. Para recuperar a parte do custo de funcionamento deste equipamento, muitos fabricantes tambm utilizam sistemas de recuperao de calor: Um sistema de recuperao de calor, ou sistema trocador de calor, qualquer mtodo que retoma o calor gerado como subproduto de um processo e o reutiliza em outro processo. Como os custos com energia continuam a crescer, a recuperao de calor est se tornando mais popular seja em ambientes industriais, comerciais ou residenciais, devido reduo dos custos com sua aquisio e instalao. Os trocadores de calor utilizados em sistemas de recuperao so classificados pela sua construo em geral, so eles os trocadores com placas, refrigeradores de ar, duplo tubo e os de casca e tubo sendo os trs grupos mais comuns.

31

As Agncias de Proteo Ambiental de todos os pases estipulam normas federais sobre emisses de poluio do ar nas instalaes industriais, que limitam o tipo e a quantidade de compostos orgnicos volteis e poluentes de ar perigosos que as os plos industriais emitem durante os processos de manufatura. Os compostos orgnicos volteis e os poluentes de ar perigosos representam ameaas no s para a segurana do ambiente e dos ecossistemas locais, mas para a sade humana. 188 poluentes perigosos de ar foram regulamentados por serem causadores comprovados de cncer, deficincias congnitas e outros efeitos graves para a sade. A maioria das leis ambientais bem recente no Brasil, tendo sido implementadas apenas nos ltimos dez a vinte anos. As indstrias que empregam sistemas de controle de poluentes analisam dados coletados a partir de sistemas de monitoramento contnuo, que ajudam no monitoramento das emisses de poluentes e servem como documento base para estudos que amparem a adoo de medidas ambientais. Na maior parte das industriais mundiais que adotam esses sistemas, os poluentes de ar perigosos e os compostos orgnicos volteis diminuram significativamente como resultado dessas normas rgidas, mas as emisses de carbono, um composto orgnico no-voltil, esta se tornando cada vez mais uns dos motivos de preocupao para os ambientalistas, lobistas, deputados estaduais e federais nos ltimos anos devido mudana climtica global. Os regulamentos recentes e propostas estaduais e federais de emisses esto comeando a se concentrar em reduzir as emisses de carbono, alm de obrigar os fabricantes a procurar alternativas para substncias oxidantes e incineradores.

Controle de Poluio da gua Os filtros para lquidos so mecanismos utilizados em aplicaes

industriais, comerciais e residenciais como dispositivos projetados para32

remover excesso de resduos indesejados e impurezas em suspenso em fluidos. Os contaminantes so recolhidos, capturados, absorvidos, dissolvidos ou removidos do lquido com diferentes graus, atravs da utilizao de uma srie de tcnicas de purificao. Os filtros qumicos so utilizados em casos onde necessria a purificao de soluto, enquanto os produtos de filtrao, tais como filtros e cartuchos so mais comumente usados quando as partculas maiores devem ficam contidas. Estes filtros de mangas esto entre os mais populares tipos de filtros utilizados em uma srie de aplicaes. Indstrias de fbricas txteis, de cosmticos, de alimentos e processamento de produtos qumicos, indstria automotiva, de petrleo e leo, de papel e celulose, indstria naval, eletrnica, em tratamento de resduos e indstrias de produtos farmacuticos utilizam cada um desses tipos de filtros e diversos meios de filtrao a fim de esclarecer e purificar os fluidos. Filtros de biodiesel, filtros de gs, filtros hidrulicos e filtragem de refrigerante so aproveitados para permitir a reciclagem do produto, bem como um melhor desempenho mecnico. Os filtros secos, apesar de menos aplicaes em muitos ambientes industriais, so tambm utilizados, pois oferecem a habilidade nica de atuar como filtro de lquido e filtros de ar, fornecendo capacidades de filtragem melhorada. Apesar da diversidade evidente de filtrao de lquidos, os filtros de gua industrial constituem uma parcela significativa dos modelos de filtro industrial disponveis hoje no mercado. Necessrio em praticamente todas as plantas de fabricao, bem como em prdios comerciais, a filtrao da gua essencial no s para melhorar a qualidade do produto e da produtividade, mas tambm a sade e a segurana dos trabalhadores. Uma pequena escala de filtros de gua por osmose reversa usada em muitos ambientes residenciais, assim assegurando a gua limpa e clara.

Controle de Poluio do solo33

A idia de aplicar o conceito do Eco-metalurgia aos processos da indstria de fundio se baseia na importncia e riqueza dos subprodutos utilizados na transformao das matrias envolvidas no meio e a perda desses materiais sem o devido tratamento. Para se ter uma idia do desperdcio gerado nas empresas nacionais, o custo mdio de descarte da areia disposta em aterros gira em torno de US$ 20 por tonelada, conforme pesquisa realizada junto s pequenas e mdias empresas de fundio brasileiras. Nas grandes empresas pesquisadas, o valor est em torno de US$ 6 por tonelada. Se considerarmos a mdia de US$ 13 por tonelada e o montante de mais de 2 milhes de toneladas de areia descartada anualmente, teramos um desperdcio mdio em torno de US$ 26 milhes por ano. Este valor por si s j deveria despertar a disposio para realizar investimentos nos processos de recuperao do descarte ocorrido no processo. Some-se a isso o desgaste ambiental nos locais de extrao da areia, a imagem da empresa no mercado e as dificuldades na realizao de grandes negcios junto s empresas socialmente responsveis. As indstrias de fundio so altamente poluidoras do meio ambiente, seja no processo de extrao, no desenvolvimento do processo para a obteno de fundidos e/ou na disposio da areia. Esse ramo da indstria metalrgica tem uma parcela importantssima quanto ao desenvolvimento nacional, no entanto, se faz necessrio conciliar o crescimento e o progresso da nao com a preservao e os cuidados junto ao meio ambiente. Entende-se, portanto, que mudanas de atitude e comportamento equilibrado nas empresas de fundio precisam ser observadas, tais como: Melhorar a articulao entre as indstrias e os organismos do primeiro e terceiro setor. Melhorar o acesso aos recursos necessrios para realizar

investimentos.34

Melhorar

a

qualificao

de

mo

de

obra

no

setor.

Aumentar o nvel de comprometimento com as partes envolvidas quanto s questes ambientais. Dispor-se a resolver problemas estimulados conforme a idia do Eco-metalurgia e no apenas pelas possveis fiscalizaes e penalidades dos rgos ambientais. Pesquisar, conhecer e elaborar planos de combate aos danos causados ou potencialmente prejudiciais na indstria de fundio. Ampliar a viso de parceria com os parceiros do setor, onde atualmente predomina a viso de concorrncia e, conseqentemente, isolamento no mercado. Aspirar liderana mundial na produo de fundidos com critrios da Ecologia Industrial e de desenvolvimento responsvel e sustentvel junto ao meio ambiente. A globalizao exige das indstrias uma tomada de medidas de reduo de custos, melhorias nos processos, pesquisa e inovao e reduo dos desperdcios que possibilitem s mesmas o aumento de competitividade no mercado. Aplicando-se a estratgia de desenvolvimento atrelado ao conceito do Eco-metalurgia, os custos finais sero menores, mesmo que aparentemente maiores num primeiro momento. O investimento em novas tecnologias e em processos de eliminao de resduos possibilitaro s empresas de fundio um destaque ainda maior na disputa pela liderana no setor. A cadeia de servios que movimenta o negcio de fundidos, bem como de outros segmentos, apresentam a tendncia de dar prioridade queles partcipes do processo que estejam valorizando as questes ambientais e responsabilidade corporativa no mercado de atuao. Sero essas empresas que permanecero no mercado num futuro no muito distante, onde as regras que permearo os negcios devero se pautar na proposta e na conduta de boas prticas35

de

responsabilidade

socioambiental

e

de

uma

real

e

concreta

sustentabilidade empresarial. A investigao preliminar da contaminao do solo nos arredores da indstria de fundio, objeto deste trabalho, infere nveis preocupantes de contaminao de chumbo e nquel, os quais so transferidos para o ambiente externo da fbrica atravs da gua do tratamento de efluentes, derramada diretamente no solo e da gua de lavagem e escoamento de chuva, exigindo assim aes corretivas no processo industrial, o qual a fonte emissora dos poluentes, monitoramento das guas subterrneas para possveis, bem como uma possvel maneira de eliminao desses contaminantes das reas que j foram caracterizadas como risco potencial sade humana.

Legislao Previdenciria

Polticas de Previdncia Social A Previdncia Social o seguro social para a pessoa que contribui. uma instituio pblica que tem como objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados. A renda transferida pela Previdncia Social utilizada para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doena, invalidez, idade avanada, morte e desemprego involuntrio, ou mesmo a maternidade e a recluso.

Direitos Previdencirios no Setor de Fundio: Auxilio Acidente36

Benefcio pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com seqelas que reduzem sua capacidade de trabalho. concedido para segurados que recebiam auxlio-doena. Tm direito ao auxlio-acidente o trabalhador empregado, o trabalhador avulso e o segurador especial. O empregado domstico, o contribuinte individual e o facultativo no recebem o benefcio Para concesso do auxlio-acidente no exigido tempo mnimo de contribuio, comprovar a mas o trabalhador deve de ter qualidade de segurado e suas impossibilidade continuar desempenhando

atividades, por meio de exame da percia mdica da Previdncia Social. O auxlio-acidente, por ter carter de indenizao, pode ser acumulado com outros benefcios pagos pela Previdncia Social exceto aposentadoria. O benefcio deixa de ser pago quando o trabalhador se aposenta.

Pagamento A partir do dia seguinte em que cessa o auxlio-doena. Valor do benefcio Corresponde a 50% do salrio de benefcio que deu origem ao auxliodoena corrigido at o ms anterior ao do incio do auxlio-acidente. Auxilio Doena Benefcio concedido ao segurado impedido de trabalhar por doena ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os primeiros 15 dias so pagos pelo empregador, exceto o domstico, e a Previdncia Social paga a partir do 16 dia de afastamento do trabalho. Para os demais segurados inclusive o domstico, a Previdncia paga o auxlio desde o incio da incapacidade e enquanto a mesma perdurar. Em ambos os casos, dever ter ocorrido o requerimento do benefcio. Para concesso de auxlio-doena necessria a37

comprovao da incapacidade em exame realizado pela percia mdica da Previdncia Social. Para ter direito ao benefcio, o trabalhador tem de contribuir para a Previdncia Social por, no mnimo, 12 meses (carncia). Esse prazo no ser exigido em caso de acidente de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho) ou de doena profissional ou do trabalho. Ter direito ao benefcio sem a necessidade de cumprir o prazo mnimo de contribuio e desde que tenha qualidade de segurado quando do incio da incapacidade, o trabalhador acometido de tuberculose ativa, hansenase, alienao mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversvel e incapacitante, cardiopatia grave, doena de Parkinson, Espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doena de Paget em estgio avanado (ostete deformante), sndrome da imunodeficincia adquirida (AIDS), contaminao por radiao (comprovada em laudo mdico) ou hepatopatia grave. No tem direito ao auxlio-doena quem, ao se filiar Previdncia Social, j tiver doena ou leso que geraria o benefcio, a no ser quando a incapacidade resulta do agravamento da enfermidade.

O trabalhador que recebe auxlio-doena obrigado a realizar exame mdico peridico e, se constatado que no poder retornar para sua atividade habitual, dever participar do programa de reabilitao profissional para o exerccio de outra atividade, prescrito e custeado pela Previdncia Social, sob pena de ter o benefcio suspenso. Quando o trabalhador perder a qualidade de segurado, as contribuies anteriores s sero consideradas para concesso do auxlio-doena se, aps nova filiao Previdncia Social, houver pelo menos quatro contribuies que, somadas s anteriores, totalizem, no mnimo, a carncia exigida (12 meses).38

O auxlio-doena deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando o benefcio se transforma em aposentadoria por invalidez.

A empresa poder requerer o benefcio de auxlio-doena para seu empregado ou contribuinte individual que lhe preste servio e, nesse caso, ter acesso s decises referentes ao benefcio. Auxlio-recluso O auxlio-recluso um benefcio devido aos dependentes do segurado recolhido priso, durante o perodo em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. No cabe concesso de auxlio-recluso aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo requisitos: - o segurado que tiver sido preso no poder estar recebendo salrio da empresa na qual trabalhava, nem estar em gozo de auxlio-doena, aposentadoria segurado; - o ltimo salrio de contribuio do segurado (vigente na data do recolhimento priso ou na data do afastamento do trabalho ou cessao das contribuies), tomado em seu valor mensal, dever ser igual ou inferior aos seguintes valores, independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas, considerando-se o ms. Equipara-se condio de recolhido priso a situao do segurado com idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou congnere, sob custdia do Juizado de Infncia e da Juventude. Aps a concesso do benefcio, os dependentes devem39

pena

em

regime

aberto.

Para a concesso do benefcio, necessrio o cumprimento dos seguintes

ou

abono

de

permanncia

em

servio;

- a recluso dever ter ocorrido no prazo de manuteno da qualidade de

apresentar Previdncia Social, de trs em trs meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente, sob pena de suspenso do benefcio. do Esse documento ser o atestado de recolhimento segurado priso.

O auxlio recluso deixar de ser pago, dentre outros motivos: Com a morte do segurado e, nesse caso, o auxlio-recluso ser

convertido albergue ou

em cumprimento

penso da pena em

por regime

morte; aberto;

Em caso de fuga, liberdade condicional, transferncia para priso Se o segurado passar a receber aposentadoria ou auxlio-doena (os

dependentes e o segurado podero optar pelo benefcio mais vantajoso, mediante declarao escrita de ambas as partes), ao dependente que perder a qualidade (ex.: filho ou irmo que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se invlido; cessao da invalidez, no caso de dependente invlido, etc.); Com o fim da invalidez ou morte do dependente.

Caso o segurado recluso exera atividade remunerada como contribuinte individual ou facultativo, tal fato no impedir o recebimento de auxliorecluso por seus dependentes.

Penses Penso por morte Benefcio pago famlia do trabalhador quando ele morre. Para concesso de penso por morte, no h tempo mnimo de contribuio, mas necessrio que o bito tenha ocorrido enquanto o trabalhador tinha qualidade de segurado. Se o bito ocorrer aps a perda da qualidade de segurado,

os dependentes tero direito a penso desde que o trabalhador tenha40

cumprido,

at

o

dia

da

morte,

os

requisitos

para

obteno

de

aposentadoria pela Previdncia Social ou que fique reconhecido o direito aposentadoria por invalidez, dentro do perodo de manuteno da qualidade do segurado, caso em que a incapacidade dever ser verificada por meio de parecer da percia mdica do INSS com base em atestados ou relatrios mdicos, exames complementares, pronturios ou documentos equivalentes. Exemplo: O irmo ou o filho maior invlido far jus penso, desde que a invalidez concluda mediante exame mdico pericial seja anterior ou simultnea ao bito do segurado, e o requerente no tenha se emancipado at a data da invalidez. Havendo mais de um pensionista, a penso por morte ser rateada entre todos, em partes iguais. A parte daquele cujo direito penso cessar ser revertido em favor dos demais dependentes. A cota individual do benefcio deixa de ser paga: pela morte do pensionista; para o filho ou irmo que se emancipar, ainda que invlido, ou ao completar 21 anos de idade, salvo se invlido; quando acabar a invalidez (no caso de pensionista invlido). No ser considerada a emancipao decorrente de colao de grau cientfico em curso de ensino superior. A penso poder ser concedida por morte presumida mediante ausncia do segurado declarada por autoridade judiciria e tambm nos casos de desaparecimento do segurado em catstrofe, acidente ou desastre (neste caso, sero aceitos como prova do desaparecimento: boletim de ocorrncia policial, documento confirmando a presena do segurado no local do desastre, noticirio dos meios de comunicao e outros). Nesses casos, quem recebe a penso por morte ter de apresentar, de seis em seis meses, documento da autoridade competente sobre o andamento do processo de declarao de morte presumida, at que seja apresentada a certido de bito.41

Os

desempregados

no

tm

direito

ao

benefcio.

Quando o pai e a me so segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos tm direito ao salrio-famlia.

Aposentadoria Especial Benefcio concedido ao segurado que tenha trabalhado em condies prejudiciais sade ou integridade fsica. Para ter direito aposentadoria especial, o trabalhador dever comprovar, alm do tempo de trabalho, efetiva exposio aos agentes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao de agentes prejudiciais pelo perodo exigido para a concesso do benefcio (15 20 ou 25 anos). A aposentadoria especial ser devida ao segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a cooperativa de trabalho ou de produo. Alm disso, a exposio aos agentes nocivos dever ter ocorrido de modo habitual e permanente, no ocasional nem intermitente. Para ter direito aposentadoria especial, necessrio tambm o cumprimento da carncia, que corresponde ao nmero mnimo de contribuies mensais indispensveis para que o segurado faa jus ao benefcio. Os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuies mensais. Os filiados antes dessa data tm de seguir a tabela progressiva. A perda da qualidade de segurado no ser considerada para concesso de aposentadoria especial, segundo a Lei n 10.666/03. A comprovao de exposio aos agentes nocivos ser feita por formulrio denominado Perfil Profissiogrfico Previdencirio (PPP), preenchido pela empresa ou seu preposto, com base em Laudo Tcnico de Condies Ambientais de Trabalho (LTCAT) expedido por mdico do trabalho ou engenheiro de segurana do trabalho.42

O

que

o

Perfil

Profissiogrfico

Previdencirio

-

PPP?

O PPP o documento histrico-laboral do trabalhador que rene dados administrativos, registros ambientais e resultados de monitorao biolgica, entre outras informaes, durante todo o perodo em que este exerceu suas atividades. Dever ser emitido e mantido atualizado pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela cooperativa de trabalho ou de produo, no caso de cooperado filiado; pelo rgo Gestor de Mo de Obra (OGMO), no caso de trabalhador avulso porturio e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso no porturio. O sindicato da categoria ou OGMO esto autorizados a emitir o PPP somente para trabalhadores avulsos a eles vinculados. Os antigos formulrios para requerimento de aposentadoria especial (SB40, DISES-BE 5235, DSS-8030 e DIRBEN 8030) somente sero aceitos pelo INSS para perodos laborados at 31/12/2003 e desde que emitidos at esta data, segundo os respectivos perodos de vigncia. Para os perodos trabalhados a partir de 1/1/2004 ou formulrios emitidos aps esta data, ser aceito apenas o PPP. O PPP poder conter informaes de todo o perodo trabalhado, ainda que exercido anteriormente a 1/1/2004. A empresa obrigada a fornecer cpia autntica do PPP ao trabalhador em caso de resciso do contrato de trabalho ou de desfiliao da cooperativa, sindicato ou rgo Gestor de Mo de Obra. O segurado que tiver exercido sucessivamente duas ou mais atividades em condies prejudiciais sade ou integridade fsica, sem completar em qualquer delas o prazo mnimo para aposentadoria especial, poder somar os referidos perodos seguindo a seguinte (tabela 19) de converso, considerada a atividade preponderante:Multiplicadores Tempo a converter Para 15 de 15 anos Para 20 1,33 Para 25 1,67

43

de 20 anos de 25 anos

0,75 0,60

0,80

1,25 -

A converso de tempo de atividade sob condies especiais em tempo de atividade comum dar-se- de acordo com a seguinte (tabela 20):Multiplicadores Tempo a Converter Mulher (para 30) de 15 anos de 20 anos de 25 anos 2,00 1,50 1,20 Homem (para 35) 2,33 1,75 1,40

Observao: A caracterizao e a comprovao do tempo de atividade sob condies especiais obedecero ao disposto na legislao em vigor na poca da prestao do servio. As regras de converso de tempo de atividade sob condies especiais em tempo de atividade comum trabalho prestado em qualquer perodo. Ser devido o enquadramento por categoria profissional de atividade exercida sob condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, para perodos trabalhados at 28/04/1995, desde que o exerccio tenha ocorrido de modo habitual e permanente, no ocasional nem intermitente, observados critrios especficos definidos nas normas previdencirias a serem analisados pelo INSS. aplicam-se ao

Perda do direito ao benefcio: A aposentadoria especial requerida e concedida a partir de 29/4/95 ser cancelada pelo INSS, caso o beneficirio permanea ou retorne atividade

44

que ensejou a concesso desse benefcio, na mesma ou em outra empresa. Nota: A aposentadoria especial irreversvel e irrenuncivel: depois que receber o primeiro pagamento, sacar o PIS ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o segurado no poder desistir do benefcio.

Aposentadoria por idade Tm direito ao benefcio os trabalhadores urbanos do sexo masculino a partir dos 65 anos e do sexo feminino a partir dos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem pedir aposentadoria por idade com cinco anos a menos: a partir dos 60 anos, homens, e a partir dos 55 anos, mulheres. Para solicitar o benefcio, os trabalhadores urbanos inscritos na

Previdncia Social a partir de 25 de julho de 1991 precisam comprovar 180 contribuies mensais. Os rurais tm de provar, com documentos, 180 meses de atividade rural.

Os segurados urbanos filiados at 24 de julho de 1991, devem comprovar o nmero de contribuies exigidas de acordo com o ano em que implementaram as condies para requerer o benefcio, conforme tabela abaixo. Para os trabalhadores rurais, filiados at 24 de julho de 1991, ser exigida a comprovao de atividade rural no mesmo nmero de meses constantes na tabela. Alm disso, o segurado dever estar exercendo a atividade rural na data de entrada do requerimento ou na data em que implementou todas as condies exigidas para o benefcio, ou seja, idade mnima.

Observao:45

O trabalhador rural (empregado e contribuinte individual), enquadrado como segurado obrigatrio do Regime Geral de Previdncia Social (RGPS), pode requerer aposentadoria por idade, no valor de um salrio-mnimo, at 31 de dezembro de 2010, desde que comprove o efetivo exerccio da atividade rural, ainda que de forma descontnua, em nmero de meses igual carncia exigida. Para o segurado especial no h limite de data. Segundo a Lei n 10.666, de 8 de maio de 2003, a perda da qualidade de segurado no ser considerada para a concesso de aposentadoria por idade, desde que o trabalhador tenha cumprido o tempo mnimo de contribuio exigido. Nesse caso, o valor do benefcio ser de um salrio mnimo, Nota: A aposentadoria por idade irreversvel e irrenuncivel: depois que receber o primeiro pagamento, ou sacar o PIS e/ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o segurado no poder desistir do benefcio. O trabalhador no precisa sair do emprego para requerer a aposentadoria. Como requerer a aposentadoria por idade O benefcio pode ser solicitado por meio de agendamento prvio pelo portal da Previdncia Social na Internet, pelo legais (idade mnima telefone 135 ou nas e carncia). Agncias da Previdncia Social, mediante o cumprimento das exigncias se no houver contribuies depois de julho de 1994.

De acordo com Decreto 6.722, de 30 de dezembro de 2008, os dados constantes no Cadastro Nacional de Informaes Sociais - CNIS valem para todos os efeitos como prova de filiao Previdncia Social, relao de emprego, tempo de servio ou de contribuio e salrios de contribuio, podendo, em caso de dvida, ser exigida pelo INSS a apresentao dos documentos que serviram de base anotao. Da mesma forma, o segurado poder solicitar, a qualquer momento, a incluso, excluso ou retificao das informaes constantes do CNIS com46

a apresentao de documentos comprobatrios dos dados divergentes, conforme critrios definidos pelo INSS.

As informaes sobre seus dados no CNIS podero ser obtidas na Agncia Eletrnica de Servios aos Segurados no portal da Previdncia Social, na opo Extrato de Informaes Previdencirias, mediante senha de acesso, obtida atravs de agendamento do servio pelo telefone 135 ou solicitada na Agncia da Previdncia Social de sua preferncia. A incluso do tempo de contribuio prestado em outros regimes de previdncia depender da apresentao de "Certido de Tempo de Contribuio" emitida pelo rgo de origem. Para incluso de tempo de servio militar, necessrio apresentar Certificado de Reservista ou Certido emitida pelo Ministrio do Exrcito, Marinha ou Aeronutica. Aposentadoria por invalidez Benefcio concedido aos trabalhadores que, por doena ou acidente, forem considerados pela percia mdica da Previdncia Social incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de servio que lhes garanta o sustento. No tem direito aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar Previdncia Social, j tiver doena ou leso que geraria o benefcio, a no ser quando a incapacidade resultar no agravamento da enfermidade. Quem recebe aposentadoria por invalidez tem que passar por percia mdica de dois em dois anos, se no, o benefcio suspenso. A aposentadoria deixa de ser paga quando o segurado recupera a capacidade e volta ao trabalho. Para ter direito ao benefcio, o trabalhador tem que contribuir para a Previdncia Social por no mnimo 12 meses, no caso de doena. Se for acidente, esse prazo de carncia no exigido, mas preciso estar inscrito na Previdncia Social.47

Como requerer aposentadoria por invalidez:

Segurado (a) contribuinte individual e facultativo (a) Segurado (a) empregado (a) domstico (a) Segurado (a) empregado (a) /desempregado (a) Segurado (a) especial/trabalhador (a) rural Segurado (a) trabalhador (a) avulso (a)

Como requerer aposentadoria por invalidez causada por acidente do trabalho:

Mdico residente Segurado (a) empregado (a) Segurado (a) especial/trabalhador (a) rural Segurado (a) trabalhador (a) avulso (a)

-Pagamento e Valor do benefcio. Aposentadoria por tempo de contribuio Pode ser integral ou proporcional. Para ter direito aposentadoria integral, o trabalhador homem deve comprovar pelo menos 35 anos de contribuio aposentadoria e a trabalhadora o mulher, 30 anos. tem Para requerer a proporcional, trabalhador que combinar dois

requisitos: tempo de contribuio e idade mnima. Os homens podem requerer aposentadoria proporcional aos 53 anos de idade e 30 anos de contribuio, mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 30 anos de contribuio.

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As mulheres tm direito proporcional aos 48 anos de idade e 25 de contribuio, mais um adicional de 40% sobre o tempo que faltava em 16 de dezembro de 1998 para completar 25 anos de contribuio. Para ter direito aposentadoria integral ou proporcional, necessrio tambm o cumprimento do perodo de carncia, que corresponde ao nmero mnimo de contribuies mensais indispensveis para que o segurado faa jus ao benefcio. Os inscritos a partir de 25 de julho de 1991 devem ter, pelo menos, 180 contribuies mensais. Os filiados antes dessa data tm de seguir a tabela progressiva. A perda da qualidade de segurado no ser considerada para a concesso da aposentadoria por tempo de contribuio. Nota: A aposentadoria por tempo de contribuio irreversvel e irrenuncivel: depois que receber o primeiro pagamento, sacar o PIS ou o Fundo de Garantia (o que ocorrer primeiro), o segurado no poder desistir do benefcio. O trabalhador no precisa sair do emprego para requerer a aposentadoria. Como requerer aposentadoria por tempo de contribuio O benefcio pode ser solicitado por meio de agendamento prvio pela Central 135 pelo portal da Previdncia Social na Internet ou nas Agncias da Previdncia Social, mediante o cumprimento das exigncias legais. De acordo com o Decreto 6.722, de 30 de dezembro de 2008, os dados constantes no (Cadastro Nacional de Informaes Sociais CNIS) valem para todos os efeitos como prova de filiao Previdncia Social, relao de emprego, tempo de servio ou de contribuio e salrios de contribuio, podendo, em caso de dvida, ser exigida pelo INSS a apresentao dos documentos que serviram de base anotao. Da mesma forma, o segurado poder solicitar, a qualquer momento, a incluso, excluso ou retificao das informaes constantes do CNIS com49

a apresentao de documentos comprobatrios dos dados divergentes, conforme critrios definidos pelo INSS. As informaes sobre seus dados no CNIS podero ser obtidas na Agncia Eletrnica de Servios aos Segurados no portal da Previdncia Social, na opo Extrato de Informaes Previdencirias" na Agncia da Previdncia Social de sua preferncia. A incluso do tempo de contribuio prestado em regimes prprios de previdncia depender da apresentao de "Certido de Tempo de Contribuio" emitida pelo rgo de origem. Para incluso de tempo de servio militar, necessrio apresentar Certificado de Reservista ou Certido emitida pelo Ministrio do Exrcito, Marinha ou Aeronutica. Caso suas informaes cadastrais, vnculos e remuneraes constem corretamente no Cadastro Nacional de Informaes Sociais CNIS, ser necessrio apresentar os seguintes documentos:

mediante senha de

acesso obtida atravs de agendamento do servio pelo telefone 135 ou

Nmero de Identificao do Trabalhador - NIT (PIS/PASEP ou nmero de inscrio do contribuinte individual/facultativo/empregado domstico);

Documento de identificao (Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho e Previdncia Social, entre outros);

Cadastro de Pessoa Fsica - CPF (documento obrigatrio).

Se voc no tiver certeza de que suas informaes cadastrais, vnculos e remuneraes estejam corretos recomendvel agendar o servio Acerto de Dados Cadastrais ou Acerto de Vnculos e Remuneraes atravs da Central 135 do Portal da Previdncia Social ou diretamente em uma Agncia da Previdncia Social, devendo comparecer categoria de segurado.50

ao atendimento

munido dos documentos relacionados abaixo, de acordo com a sua

Como

ainda

no

possuem

informaes

no

CNIS,

os segurados

especiais devem apresentar os documentos relacionados na sua categoria. Importante: Se for exercida atividade em mais de uma categoria, consulte a relao de documentos de cada categoria exercida, prepare a documentao, verifique as exigncias cumulativas e solicite seu benefcio.

Legislao Trabalhista

As relaes entre direito do trabalho, legislao trabalhista e inspeo do trabalho so complexas e somente sua anlise pode explicar a constituio e a razo de ser da inspeo do trabalho. O direito do trabalho surge com a ampliao da diviso social do trabalho e criao das relaes de trabalho da sociedade capitalista, proporcionando no somente um material especfico para atuao do direito, como envolvendo este nesse processo de expanso da especializao na sociedade moderna. A legislao trabalhista o conjunto de leis que buscam regularizar as relaes de trabalho e tem sua origem na luta operria pela diminuio do processo de explorao. A inspeo do trabalho tem como pr-condio a existncia da legislao trabalhista e do direito do trabalho. A instituio da inspeo do trabalho produto da luta de classes, bem como os elementos que so sua pr-condio, o direito do trabalho e a legislao trabalhista.

Direitos Trabalhistas do Setor de Fundio

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Segundo a Conveno Coletiva de Trabalho (CCT) dos Metalrgicos e Fundio das bases territoriais De Betim, Igarap, So Joaquim de Bicas, Araguari e Lavras, tm as seguintes condies para empregadores. Teto Salarial: Para estabelecimentos com ate 50 empregados R$ 546,60 com jornada de trabalho de 220h mensais. Para estabelecimentos de 50 a 400 empregados R$589,60 com

jornada de trabalho de 220h mensais. Para estabelecimentos com 400 a 1000 empregados R$ 644,60 com

jornada de trabalho de 220h mensais. Para estabelecimentos com mais de 1000 empregados R$ 800,80 com jornada de trabalho de 220h mensais. Horas Extraordinrias O empregado s poder ter no mximo 20 horas extraordinrio sendo que pago 60% em relao a hora normal. J passando do limite de 20h chegando ate a 40h o acrscimo ser de 65% da hora normal. Em dias de sbado ser acrescido 75%, em relao hora normal, tendo em vista que no domingo ser acrescido 100% em relao a hora normal. Adicional Noturno A remunerao do adicional noturno ser concedida para empregados que trabalhem entre 22h 5h, sendo que devero ser calculadas 30% a partir do salrio base do empregado Adicional de Insalubridade Considerando-se que em uma empresa de fundio a vrios setores de trabalho evidenciamos o trabalhador que lida diretamente com o calor das caldeirarias e tambm com rudos conclumos que estas atividades so de52

grau insalubre mximo, por isso estes empregados ganham 40% a mais da remunerao mensal. No podendo se esquecer de que o seu tempo de trabalho mnimo e de 25 anos.

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Concluso

Conclumos que a tcnica de fundio uma das muitas utilizadas para a obteno de materiais para utilizao na indstria para o ser humano. A compreenso desta tcnica parte do entendimento dos preceitos fsicos que regem as reaes que tornam possveis a dissoluo de diferentes elementos qumicos num mesmo material, formando importantes alicerces para a indstria. Um procedimento seguido corretamente alcanasse resultados positivos

e isso se torna um padro slido, e executvel em outras ocasies dentro do prprio ncleo especializado ou por outras organizaes ou pessoas que seguirem o procedimento. Para que isto ocorra basta analisar e executar cada ponto especfico conforme o que foi estabelecido e colher os resultados esperados. E preciso lembrar que esse processo gera resduos contra o meio ambiente e sade humana por isso em atendimento as legislaes especificas se tornam necessrio medidas e solues para a proteo de ambas as partes garantindo assim a sustentabilidade. Uma estrutura organizacional bem planejada e detalhada que segue as normas conforme a especificao legislativa em seu sistema evita-se multas, garante uma tima funcionalidade e um mercado bem abrangente.

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Referncias Bibliogrficas

Visita ao sindicato dos metalrgicos. (Data: 05/06/2011 s 15h30min) www.poli.usp.br/d/.../Processos 17h00min). DIEHL, M.D Planejamento da Regenerao de Areias de Fundio. 51 Congresso Anual da ABM. Porto Alegre. 1996. KIPERSTOK, A. ET al. Preveno da poluio. Braslia: SENAI/DN, 2002. 290p. MARIOTO, C.L; BONIN, A.L Tratamento dos descartes de areia. Revista Fundio e matrias-primas. Mar/abr. 1996. P.28-32. (Em geral data 12/06/2011 s 22h00minh). www.siderurgiaBrasil.com.br (Data: 12/06/2011 s 23h00minh). http://www.dnpm.gov.br/conteudo.asp? IDSecao=67&IDPagina=84&IDLegislacao=455 01h00minh). http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=18 (Data: 28/06/2011 s 16h00min). www.crcmg.org.br/.../CCT_BETIM_OUTROS_2009_2010. (Data: 25 /06 /2011 s 23h50min). (Data: 12/06/2011 s de fundio (Data: 10/06/2011 s

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