Processos Psicológicos Básicos - Aula 06
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Aula expositiva sobre PERCEPÇÃO. A professora postou os slides no moodle, o texto base é o capítulo 5 do livro Ciência Psicológica, Mente, Cérebro e Comportamento, dos autores Gazzaniga e Heatherton. O áudio da aula está disponível neste link: https://passeidireto.com/arquivo/2143492/audio-da-aula-o6-de-ppb---dia-24-10-2013
Anotações:
O sentido chega ao nosso organismo, vai para o tálamo e vão para as áreas que costumamos chamar de primárias (lembrar que o olfato não passa pelo tálamo), as áreas de processamento primário são:
Visão: Córtex visual primário (L.O.): V1
Audição: Córtex auditivo primário (L.T.): A1
Tato: Córtex somatossensorial primári (L.P.): S1
Paladar: Córtex somatossensorial primário e córtex insular anterior (L.F.)
Olfato: Córtex olfatório primário (L.T.) e sistema límbico
Membro fantasma: Pessoas que tiveram membros amputados e relatavam sentir dor naquele braço, por exemplo, que não está mais ligado ao corpo. Acontece que quando são estimuladas áreas do corpo que possuem processamento próximo de onde era o processamento do membro (lembrar da figura do homúnculo), ativa também a área do membro. Um tratamento proposto pelo médico indiano que estudou esse fenômeno é com espelhos, fazendo com que a pessoa pense que está movimentando o membro perdido, isto ajuda porque geralmente a dor advêm da sensação de enrijecimento na hora da amputação. A pessoa, com esse tratamento “mexe” com seu membro amputado, só com o cérebro e o desconforto tente a passar.
Perceber profundidade é uma das capacidades mais importantes da visão, que é o sentido dominante nos seres humanos, a qual temos grande parte do córtex dedicado a ela. Além da profundidade, outras funções importantes são ligadas a visão como localizar e reconhecer objetos.
UFPEL – CURSO DE PSICOLOGIA – DISCIPLINA: PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS – PROFESSORA: CAROLINA AULA Nº 06 – 24/10/2013
ANOTAÇÕES DA ACADÊMICA LARISSA DE OLIVEIRA PEDRA (ATP 2018)
Mas, o que especificamente nos permite ter a noção de profundidade? Existe um fenômeno que chamamos de disparidade binocular, no qual cada olho com uma visão levemente diferente resulta em duas perspectivas, duas imagens sobrepostas.
Auto-esterograma: ilusão de ótica que torna imagens bidimensionais especialmente planejadas em tridimensionais. (Imagens criadas intencionalmente para dar a impressão de tridimensionalidade).
Mas, às vezes a profundidade é monocular, vem de uma única fonte, explicada por diferentes fenômenos que atuam em conjunto: (deixas/pistas monoculares)
Oclusão: um objeto próximo bloqueia um objeto mais longe. Tamanho relativo: objeto distante projeta uma imagem retinal
menor do que o próximo. Tamanho familiar: sabemos os tamanho de objetos familiares
para nós, então podemos dizer quão longe eles estão. Perspectiva linear: linhas paralelas parecem convergir, mas
na verdade não! Gradiente de textura: mudança contínua em superfícies com
textura uniforme. Conforme recua, sua textura se torna mais densa.
Percepção do tamanho: depende da distância relativas ao observador e da profundidade.
Exemplos de ilusão de ótica em tamanho: Caixa de Ames: sala com paredes, janelas, chão e teto
modificados para a pessoa da direita parecer muito maior do que da esquerda.
Ilusão de Ponzo: Duas barras convergindo, que o cérebro interpreta como pararelas (graças ao efeito inverso da Perspectiva Linear). Isso faz com que as barras paralelas pareçam ter tamanho diferentes, quando na verdade são iguais.
Ilusão da Lua: A lua perto do horizonte parece maior do que quando sobre. Porém a representação da lua nos dois casos está do mesmo tamanho na nossa retina. A explicação é que no horizonte temos mais parâmetros para parâmetros de comparação, o cérebro percebe que a lua na verdade parece menor no horizonte, mas como isso não faz sentido para o cérebro, ele inverte, “enxergando” a lua próxima do horizonte maior.
A máxima da escola psicológica Gestalt é que “a percepção é mais do que a soma das sensações acumuladas”. É também chamada de psicologia da forma. Vejamos alguns princípios organizadores: (processos mais conscientes [superiores])
Figura e fundo: O cérebro sempre faz uma relação entre figura e fundo. Alternamos a atenção ao estímulo.
Proximidade: O cérebro organiza as coisas por proximidade. Uma das utilidades práticas é, por exemplo na área de web desing, colocando núcleos de informações próximas.
Similaridade: O cérebro tende a associar, e processar primeiro tudo o que é igual.
Continuidade e fechamento: O cérebro tende a fechar as formas e ter a sensação de que as coisas continuam.
Simetria: é sempre mais amigável para o cérebro perceber formas simétricas.
Pop-out: fenômeno bastante conhecido, do inglês “saltar aos olhos”. Nas tarefas de busca visual, a detecção de um estímulo diferente é muito rápida. Isso também se explica através da adaptação sensorial.
Estímulo/processamento BOTTOM UP (de baixo para cima): Processamento daquilo que entra, que chega pelos sentidos. É um estímulo objetivo.
Estímulo/processamento TOP DOWN (de cima para baixo): Tudo o que já sabemos ou conhecemos influencia na percepção. Processo geralmente mais controlado.
Constância perceptiva
A expectativa influencia na percepção: