Processos Quimicos Industria de Papel e Celulose
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA E ENGENHARIA
DE ALIMENTOS
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA
15200775 - PAULA CRISTINA TESSARO DE BORTOLI
15200776 - RAFAEL BORGES DE SOUZA
15200777 - RAUEL JOANAN VOZNIAK KALESKI
PROCESSOS QUÍMICOS: INDÚSTRIA DE PAPEL E
CELULOSE
Florianópolis
2015

15200775 - PAULA CRISTINA TESSARO DE BORTOLI
15200776 - RAFAEL BORGES DE SOUZA
15200777 - RAUEL JOANAN VOZNIAK KALESKI
PROCESSOS QUÍMICOS: INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE
Trabalho apresentado como requisito
parcial para obtenção de aprovação na disciplina
EQA5103 – Introdução à Engenharia Química, no
Curso de Engenharia Química, na Universidade
Federal de Santa Catarina – UFSC.
Prof. Jose Antonio Mossmann
Florianópolis
2015

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3
2. HISTÓRICO..........................................................................................................................4
3. MATÉRIAS PRIMAS...........................................................................................................5
3.1. CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS PARA A INDÚSTRIA.................................................6
3.2. CONDIÇÕES PARA SER BOA MATÉRIA PRIMA.........................................................6
3.3. RAZÕES PARA A UTILIZAÇÃO DE FIBRAS NATURAIS............................................6
4. CELULOSE...........................................................................................................................6
5. DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE A INDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPEL............8
5.1. PANORAMA NACIONAL.................................................................................................8
5.2. PANORAMA MUNDIAL.................................................................................................10
5.3. PANORAMA ESTADUAL...............................................................................................12
6. PROCESSO QUÍMICO INDUSTRIAL DO PAPEL E CELULOSE............................12
6.1. MADEIRA.........................................................................................................................12
6.1.1. Composição Química.................................................................................................... ..13
7. IDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPEL............................................................................13
7.1. PROCESSOS DE POLPAÇÃO E TIPOS DE CELULOSE..............................................13
7.1.1. Polpação De Alto Rendimento E Semiquímica...............................................................14
7.1.2. Polpação Química............................................................................................................14
8. PROCESSO KRAFT OU SULFATO................................................................................15
8.1. ETAPAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO KRAFT........................................................16
9. FABRICAÇÃO DO PAPEL...............................................................................................23
9.1. PRINCIPAIS ETAPAS NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO PAPEL......................23
9.2. ETAPAS DO PROCESSO DE FRABRICAÇÃO.............................................................24
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................25
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................26


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1. INTRODUÇÃO
O papel surgiu na China no início do século II, mas só chegou ao ocidente por volta do
ano 1150. Até o século XVIII as únicas matérias primas conhecidas eram restos de tecidos e as
folhas de papel eram feitas individualmente. Foi somente na segunda metade do século XIX
que surgiram as primeiras maquinas para a produção em larga escala de papel, período no qual
a madeira começou a ser utilizada como matéria prima. Atualmente em escala mundial a
madeira representa cerca de 90% a 95% da matéria prima utilizada para a produção de celulose.
A indústria de papel e celulose é hoje uma grande referência no panorama químico
industrial. A produção de papel que até o século XIX era totalmente manual, hoje emprega mais
de 128 mil empregados diretos e 640 mil indiretos, sendo mais de 20 mil empregados no estado
de Santa Catarina, que é responsável por 8,43% da produção nacional.
Hoje a principal matéria-prima da indústria papeleira são as fibras vegetais, principalmente
do eucalipto, oriundas de áreas de reflorestamento. É impossível imaginar um cenário onde
essa indústria não esteja presente, já que ela produz desde embalagens para os mais variados
produtos, até papéis sanitários e filtros de café.

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2. HISTÓRICO
A palavra papel vem do latim papyrus, uma planta comumente encontrada as margens
do rio Nilo da qual se extraem fibras para a produção de diversos materiais. O surgimento do
papel ocorreu na China no início do século II, quando T´sai Lun, um empregado do imperador
Ho Ti, fabricou o primeiro papel feito de fibras vegetais. Por mais de 600 anos, o método de
fabricação utilizado pelos chineses foi mantido sigiloso, até que em 775 com a invasão de
cidade chinesa de Samarcanda pelos árabes, técnicos de uma fábrica foram presos e enviados a
Arábia onde começaram a produzir papel.
A primeira fábrica de papel do ocidente foi implantada na Espanha por volta de 1150.
Nos anos seguintes a técnica difundiu-se amplamente para outros países. Na Alemanha,
remonta ao fim do século XII as primeiras iniciativas na produção do papel. As primeiras
cidades foram Kaufheuren, em 1312; Nuremberg, em 1319 e Augsburg, em 1320. Em seguida
Munich, Leesdorf e Basiléia, que também implantam as suas fábricas, geralmente devido a
demanda proporcionada pelas tipografias ligadas à Igreja e às Universidades. Na França, onde
o papel já era fabricado artesanalmente desde o ano de 1248, surge o primeiro moinho na cidade
de Troyes, em 1350. Na Inglaterra, o papel só começou a ser produzido industrialmente em
1460, na cidade de Steuenage e quase um século depois (1558), em Dartford. No século XV,
com a invenção da imprensa aumentou-se a demanda de papel o que incentivou o
aperfeiçoamento das técnicas de produção existentes.
Até o século XVIII as únicas matérias primas conhecidas pelos europeus eram tecidas e
trapos, o que estava resultando na escassez dos mesmos. O processo de fabricação era rústico e
artesanal, e as folhas de papel eram produzidas individualmente.
Em 1798 foi inventada na França por Nicholas-Louis Robert a primeira máquina para
fabricar papel. Alguns anos depois os irmãos Fourdrinier aperfeiçoaram esse invento, e
introduziram novos métodos de fabricação. As primeiras máquinas para produção em larga
escala de papel surgiram na segunda metade do século XIX, quando a madeira passou a
substituir os trapos como fonte de matéria prima. As primeiras árvores utilizadas como
fonte para esta produção foram os pinheiros encontrados nas florestas de coníferas do norte
europeu. Os avanços na composição química do papel revolucionaram a sua produção,
passando a ser fabricado em escala industrial. As máquinas se modernizaram e atingiram alto
grau de automação e produtividade.
No Brasil começou a se produzir papel por volta do ano de 1809, coincidindo com a

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chegada da família real portuguesa. Uma amostra do primeiro papel produzido pode ser vista
no Museu Imperial de Petrópolis, e este guarda os seguintes dizeres: “O primeiro papel que se
fez no Brasil, em 16 de novembro de 1809”.
A primeira fábrica de papel foi instalada no Brasil em 1852, porém até 1950, o país
possuía apenas uma série de pequenas fábricas de papel, importando praticamente toda a
celulose que consumia. Foi então que em 1950 viria a ser implantada a primeira indústria de
celulose do país, sediada em Monte Alegre – PR, e tendo o pinheiro como matéria prima.
A partir de pesquisas iniciadas na década de 50 pela Indústria de Papel Leon Feffer S.A.
(atual Cia Suzano de Papel e Celulose), aperfeiçoou-se o processo de produção de papel
utilizando 100% de celulose de eucalipto, árvore essa que se verificou muito produtiva em terras
brasileiras. A produção em grande escala de celulose de eucalipto pelo processo Kraft, se
iniciou em 1957 no Estado de São Paulo, estabelecendo-se aí o caminho para a grande etapa de
industrialização da celulose que em pouco tempo levou o Brasil a ser um dos maiores
produtores do mundo.
3. MATÉRIAS-PRIMAS
Desde o surgimento do papel, incontáveis materiais foram utilizados em sua produção.
Muitos desses foram abandonados por não se adequarem ao processo produtivo. Inicialmente a
preferência era por fibras de vegetais arbustivos como o papiro, o linho, e a amoreira. Depois
fibras de algodão e palhas de gramíneas foram utilizadas, para enfim, há pouco mais de um
século, adotar-se em definitivo a madeira como a principal matéria-prima para a fabricação do
papel.
Pouco antes da descoberta das fibras de madeira, a indústria utilizava fibras de algodão
e linho obtidas de trapos de tecidos. Os limitados suprimentos destas matérias-primas criavam
sérios problemas e impediram o desenvolvimento deste setor industrial. Com a utilização da
madeira, grande volume de matéria-prima tornou-se disponível, sendo a razão do extraordinário
avanço da indústria papeleira no último século. Atualmente em escala mundial a madeira
representa cerca de 90% a 95% da matéria prima fibrosa utilizada pela indústria de celulose.
No Brasil, as duas principais fontes de madeira utilizadas para a produção de celulose são as
florestas plantadas de pinus e eucalipto, responsáveis por mais de 98% do volume produzido.
A celulose e o papel são constituídos principalmente de fibras que são os elementos celulares
dos vegetais. Estes elementos se entrelaçam formando uma rede na folha de papel conferindo a
mesma a maioria de suas propriedades. As fibras encontradas na natureza são quase que

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totalmente provenientes de vegetais, embora existam também fibras animais, minerais e
artificiais.
3.1. CLASSIFICAÇÃO DAS FIBRAS PARA A INDÚSTRIA
Fibras de frutos: coco, algodão;
Fibras de folhas: sisal, fórmio, abacaxi, carnaúba;
Fibras de caules: bambus, coníferas, folhosas;
Fibras de animais: lã;
Fibras minerais: vidro, asbesto;
Fibras artificiais: nylon, dracon.
3.2. CONDIÇÕES PARA SER BOA MATÉRIA-PRIMA
Uma boa matéria-prima para a indústria de papel e celulose deve apresentar algumas
características específicas. Ela necessita ser facilmente renovável e ter baixo custo; precisa ser
disponível em grandes quantidades o ano todo, para assim não prejudicar a produção; deve
necessariamente ser fibrosa e fornecer ao produto as características desejadas, especialmente
com respeito a sua resistência.
3.3. RAZÕES PARA A UTILIZAÇÃO DE FIBRAS VEGETAIS
Baixo custo;
Abundância;
Provem de recursos naturais renováveis;
Conseguem absorver água, tornando-se mais flexíveis;
4. CELULOSE
A celulose pode ser subdividida em dois grupos, com relação a sua origem e
característica: celulose de fibra longa e celulose de fibra curta.
A celulose de fibra longa, oriunda das coníferas, tem comprimento entre 2 e 5
milímetros. É utilizada na fabricação de papéis mais resistentes, como os de embalagens, além
do papel-jornal.

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A celulose de fibra curta, com 0,5 a 2 milímetros de comprimento, deriva principalmente
do eucalipto. São fibras ideais para a produção de papéis como os de imprimir e escrever e os
de fins sanitários. Elas têm menor resistência, com alta maciez e boa absorção.
No Brasil, os produtos da indústria de papéis são classificados conforme suas
características e usos. São eles:
Papéis para imprimir e escrever: os primeiros papéis surgiram
para atender as necessidades da escrita. Com a difusão dos métodos de
reprodução de conteúdo, estes passaram a ser úteis para disseminar ideias. Seus
principais tipos são: papel offset, papel couché, papel jornal, papel lwc, papel
monolúcido, papel apergaminhado, papel “Super Bond”, cartolina para
impressos.
Papéis para embalagem: são papéis que protegem e acondicionam
produtos. Moldados normalmente como caixas ou sacos, apresentam grande
diversidade de formas e tamanhos. Permitem o uso de fibra reciclada na sua
produção e têm a boa resistência como uma de suas características básicas. Esses
papéis compõem embalagens para uma variada gama de produtos, de remédios
a gêneros alimentícios, inclusive bebidas e congelados. Servem também para
outros usos, como forração de paredes ou produção de envelopes. A
impermeabilidade e outras características exigidas para contato direto com
alimentos e outros produtos são definidas pelos processos de tratamento
industrial do papel e pela sua combinação com outros materiais, como plásticos
e metais. Os principais tipos de papel para embalagem são o papelão e o papel
Kraft.
Papel cartão: rígido e encorpado, é muito utilizado na fabricação
de embalagens. Seus principais tipos são: papel cartão duplex, papel cartão
triplex, cartão sólido, cartolina branca e colorida, papelão, polpa moldada.
Papéis sanitários: são compostos por folhas ou rolos de baixa
gramatura, utilizados para limpeza e higiene pessoal. Têm como características
de sua composição fibras virgens e aparas recicladas de boa qualidade. São

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papéis sanitários: lenços, toalhas de cozinha, toalhas de mão, guardanapo, papel
higiênico.
Papéis especiais: como o próprio nome já diz, são papeis com funções
especiais, como: papéis autoadesivos, papéis decorativos papéis metalizados, papel
absorvente base para laminados, papel autocopiativo, papéis crepados, papel de
segurança, papel filtrante, etc.
5. DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE A INDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPEL
5.1. PANORAMA NACIONAL
A produção de celulose e papel, no nosso país, é contabilizada desde os anos de 1970 e,
de lá para cá, houve um grande crescimento de cerca de 14 milhões de toneladas de produtos
produzidos, com destaque entre os anos de 2000 e 2010 onde o crescimento pode ser melhor
observado. Nota-se, também, que nos dias atuais, produz-se mais celulose do que papel. O
contrário do que ocorria antes dos anos 2000.
Figura 1: Produção brasileira de celulose e papel. Fonte: < http://bracelpa.org.br/> Acesso em: 21 de
setembro de 2015.
A indústria de celulose e papel, no nosso país, está presente em 220 empresas, com
atividade em 540 municípios, localizados em 18 estados brasileiros. Existem cerca de 2, 2
milhões de hectares de florestas plantadas para fins industriais e 2, 9 milhões de hectares de
florestas preservadas.

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Segundo dados de 2014, 128 mil empregados diretos (indústria 79 mil, florestas 51 mil)
e 640 mil empregados indiretos atuam nesta área industrial.
Figura 2: Evolução da produção brasileira de celulose. Fonte: < http://bracelpa.org.br/> Acesso em: 27
de setembro de 2015.
Figura 3: Evolução da produção brasileira de papel. Fonte: < http://bracelpa.org.br/> Acesso em: 27 de
setembro de 2015.

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Figura 4: Distribuição Geográfica das Florestas Plantadas Brasileiras – 2011. Fonte: <
http://bracelpa.org.br/> Acesso em: 27 de setembro de 2015.
5.2. PANORAMA MUNDIAL
O Brasil se encontra em quarto lugar no que diz respeito à produção de papel. Já
na produção de celulose, está em nono, como pode ser observado na tabela abaixo.
A maior parte das exportações de celulose realizadas pelo nosso país se destina à Europa
(40%), China (31%) e América do Norte (20%). Já o papel é destinado, em sua grande maioria,
para os países da própria América Latina (56%).

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Figura 5: Produção mundial de papel e celulose. Fonte: < http://bracelpa.org.br/> Acesso em: 27 de
setembro de 2015.
Figura 6: Destino das Exportações Brasileiras em 2013. Fonte: < http://bracelpa.org.br/> Acesso em:
21 de setembro de 2015.

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5.3. PANORAMA ESTADUAL
O estado de Santa Catarina participa de forma significativa na produção e
exportação de papel e celulose brasileira. O setor emprega 20.196 trabalhadores e seu peso
sobre a produção nacional é de 8,43%.
Os principais compradores dos produtos catarinenses, em 2013, foram: Argentina (US$
100,2 milhões) e Venezuela (US$ 25,2 milhões).
Nosso estado é o maior exportador do Brasil de papel/cartão "kraftliner" para cobertura,
crus, em rolos/folhas, o primeiro em exportação de sacos de papel ou cartão com largura da
base de 40cm e é líder nas vendas ao mercado internacional de papel Kraft para sacos de grande
capacidade.
O segmento de Celulose e Papel de Santa Catarina tem apresentado crescimento anual
do emprego. Em seis anos foram 4.599 mil postos de trabalho abertos no estado, conforme
mostra o quadro abaixo.
Figura 7: Panorama de empregados na indústria de papel e celulose. Fonte: < http://bracelpa.org.br/>
Acesso em: 27 de setembro de 2015.
6. PROCESSO QUÍMICO INDUSTRIAL DO PAPEL E CELULOSE
6.1. MADEIRA
No Brasil, a principal matéria prima para pasta celulósica provém, principalmente, de
reflorestamentos com várias espécies arbóreas de eucalipto e pinus. A escolha destas espécies
para o reflorestamento foi baseada em seu rápido crescimento, de três a quatro vezes mais

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rápido que espécies nativas. Outras espécies também utilizadas em menor escala na indústria
para obtenção da pasta celulósica são o pinho-do-paraná e a gmelina.
6.1.1. Composição Química
Os materiais lignocelulósicos são compostos, principalmente, por celulose,
hemicelulose e lignina.
A celulose, principal componente da parede celular da fibra, é um polissacarídeo linear,
constituído por um único tipo de unidade de açúcar. A molécula de celulose pertence à função
química dos glicídios. As hemicelulose também são polissacarídeos, porém constituídas de
vários tipos de unidades de açúcar. Estão intimamente associados com a celulose nos tecidos
das plantas. A lignina é uma substância química complexa que confere a rigidez à parede da
célula e, na madeira, é agente permanente de ligação entre as células, tornando a madeira uma
estrutura resistente ao impacto, compressão e dobra.
Todas as espécies de madeira contêm quantidades variáveis de outras substancias
orgânicas e inorgânicas, citadas como constituintes menores. Estes se dividem, basicamente,
em duas classes. A primeira engloba os materiais chamados extrativos, por serem extraíveis em
água, solventes orgânicos neutros, ou volatizados em vapor. A segunda classe engloba materiais
que não são extraíveis com os agentes mencionados, como compostos inorgânicos, proteínas e
substâncias pécticas.
Componente Presença
Celulose ̴ 50%
Hemicelulose ̴ 20%
Lignina 15% a 25%
Constituintes
menores Até ̴ 10%
7. INDÚSTRIA DE CELULOSE E PAPEL
7.1. PROCESSOS DE POLPAÇÃO E TIPOS DE CELULOSE

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O processo de Polpação é o processo de separação das fibras de madeira mediante a
utilização de energia química e/ou mecânica. Os diversos processos de polpação podem ser
classificados de acordo com seus rendimentos em polpa ou de acordo com o pH utilizado.
7.1.1. Polpação De Alto Rendimento E Semiquímica
No Brasil, até pouco tempo, os processos de alto rendimento se restringiam ao
mecânico e quimitermomecânico de pedra, cujas pastas se destinam quase que exclusivamente
à confecção de papel imprensa. Os principais processos de obtenção de pasta mecânica são:
Pasta mecânica de pedra;
Pasta mecânica de desfibrador pressurizado de pedra;
Pasta quimimecânica de pedra;
Pasta mecânica de desfibrador de disco;
Pasta quimimecânica de desfibrador de disco;
O processo de fabricação de pastas semiquímicas se dá em dois estágios. No primeiro,
os cavacos são tratados quimicamente de modo a remover parcialmente as hemiceluloses e a
lignina. No segundo estágio, os cavacos amolecidos são submetidos a um tratamento mecânico
para separação de fibras. Os principais processos semiquímicos são:
Soda a frio;
Sulfito neutro;
Soda quente.
7.1.2. Polpação Química
Os principais processos de polpação química são:
Polpação química alcalina;
Processo Kraft ou sulfato;
Polpação química com sulfitos;
Processo sulfito com base cálcio;
Processo sulfito com base sódio;
Processo sulfito com base magnésio;

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Processo sulfito multiestágio.
Tipos Características Usos
Pasta mecânica
Resistência física
reduzida
Baixo custo
Boa capacidade de
impressão
Alta opacidade
Papel de jornal, catálogos,
revistas, papéis de parede,
papéis absorventes, papelão
Celulose
semiquímica
Variáveis de processo
para processo
Papelão corrugado, papel de
jornal, papel de impressão,
escrita e desenho
Celulose Kraft ou
Sulfato
Escura
Opaca
Bastante resistente
Não
branqueada:
papéis, papelões e
cartões para
embalagens e
revestimentos
Branqueada:
papéis de primeira
para embalagens,
impressão (livros,
revistas, mapas, etc.)
8. PROCESSO KRAFT OU SULFATO
O processo Kraft é o mais utilizado no Brasil em função das vantagens oferecidas,
apesar das desvantagens apresentadas. Consiste em atuar sobre a madeira na forma de cavacos
com uma combinação de dois reagentes químicos: hidróxido de sódio (NaOH) e sulfeto de
sódio (Na2S), obtendo-se como resultado a dissolução da lignina e a liberação das fibras. As
fibras liberadas constituem a “celulose” marrom ou massa marrom.

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Este processo oferece vantagens como: Ciclos mais curtos de cozimento, se comparado
com outros métodos; Recuperação dos produtos químicos associados a ele; Produção de pastas
de alto rendimento. Mas apresenta como principais desvantagens: Baixo rendimento de
polpação; alto custo de branqueamento; alto investimento necessário para montagem das
fábricas; Odor dos gases produzidos.
Figura 8: Ilustração Processo Kraft. Fonte: < http://goolge.com.br/> Acesso em: 27 de setembro de
2015.
8.1. ETAPAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO KRAFT
O processo é baseado na transformação da madeira em pasta, polpa ou celulose
industrial, incluindo as seguintes etapas: Descascamento; Picagem; Classificação; Depuração;
Branqueamento e recuperação do licor.
8.1.1. Descascamento
As cascas possuem um teor de fibras relativamente pequeno e afetam negativamente o
produto. Portanto, o descascamento tem por finalidade reduzir a quantidade de reagentes no
processamento da madeira e facilitar a etapa de lavagem e peneiração. O resíduo – as cascas –
constitui de 10% a 20% da madeira total processada, podendo ser utilizado como combustível
para geração de vapor necessário no processo.

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Os tipos de descascadores utilizados industrialmente: Descascador a tambor;
Descascador de bolsa; Descascador de anel; Descascador de corte; Descascador hidráulico;
Descascador de faca.
8.1.2. Picagem
Nessa etapa, as toras são reduzidas à fragmentos – em picadores de disco de múltiplas
facas (mais utilizado) ou picadores de tambor –, cujo tamanho facilite a penetração do licor de
cozimento utilizado nos processos químicos. Os cavacos de madeira constituem um material de
fácil transporte, este feito por meio de correias ou pneumaticamente. Existem variáveis da etapa
de picagem que afetam a qualidade dos cavacos, como: Direção e velocidade da alimentação
do picador; Ângulos de corte das facas; Velocidade de corte; Troca das facas.
8.1.3. Classificação
Após a picagem, os cavacos são classificados, separando os cavacos com dimensões
padrões (os aceites), dos cavacos superdimensionados, que retornam ao picados e dos finos,
que são processados separadamente ou queimados na caldeira.
8.1.4. Cozimento
O cozimento ou digestão da madeira ocorre em vasos de pressão, conhecidos como
cozedor ou digestor, podendo ser efetuado, em regime contínuo ou descontínuo. No processo
contínuo, os cavacos e o licor são alimentados continuamente no digestor e atravessam zonas
de temperaturas crescentes, até atingir a zona de cozimento, onde a temperatura é mantida
constante. O período de tempo é determinado pelo tempo que os cavacos atravessam a zona,
até serem descarregados continuamente do digestor. No processo de cozimento descontínuo, o
aquecimento é realizado de acordo com um programa pré-determinado, no qual, a temperatura
é elevada gradualmente, durante 50 a 90 min, até atingir um determinado valor (geralmente 170
°C), sendo mantido durante um certo período de tempo. O grau de cozimento é controlado por
meio de amostragens do material e análise laboratorial, para estimar a quantidade de lignina
presente na polpa de celulose.

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O digestor é carregado com cavacos de madeira e produtos químicos. No processo Kraft,
os produtos químicos utilizados são:
Licor Branco: Hidróxido de sódio (NaOH) + sulfeto de sódio (Na2S) +
outros tipos de sais de sódio em pequenas quantidades.
Licor Negro: Licor do cozimento anterior, contendo constituintes de
madeiras dissolvidos e reagentes não consumidos. Este licor é usado como diluente para
assegurar uma boa circulação da carga, sem a necessidade de introduzir uma quantidade
extra de água.
Figura 9: Ilustração do funcionamento de um digestor. Fonte: < http://goolge.com.br/> Acesso em: 27
de setembro de 2015.
8.1.5. Depuração
A massa cozida é transferida para o sistema de depuração, que por meio mecânico,
separa os materiais estranhos às fibras (nós de madeira, pequenos palitos, estilhas, areia, pedras,
cascas, etc.). O material de aceite é transferido para os filtros lavadores, que tem por finalidades
lavar a massa, separando todos os solúveis das fibras de celulose. A celulose é então
encaminhada para o branqueamento ou então, para fabricação de papel Kraft. O filtrado recebe
o nome de licor negro e é transferido para o sistema de recuperação. O licor é composto
basicamente de sólidos, carbonato de sódio (Na2CO3), sulfeto de sódio (Na2S), sulfato de sódio
(Na2SO4) e hidróxido de sódio (NaOH).

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O volume de água adicionada no sistema deve ser o menor possível, mas sem
insuficiência, uma vez que o filtrado final deve ser evaporado e queimado para recuperar os
sais de sódio.
8.1.6. Recuperação do Licor Negro
É considerada a etapa mais importante na fabricação de celulose, pois está diretamente
relacionada com a viabilidade econômica do processo Kraft. O processo de recuperação do licor
negro consiste na queima do licor concentrado. No aquecimento a matéria química gera calor e
os reagentes químicos se fundem, sendo em seguida recuperados.
O processo de recuperação dos reagentes químicos é dividido em três etapas:
Evaporação do licor preto; Queima do licor preto na caldeira de recuperação; Caustificação.
8.1.6.1. Evaporação do licor preto
O licor preto contendo aproximadamente 14% de sólidos é gradativamente concentrado
num sistema de Evaporação de Múltiplo Efeito, de seis efeitos e dois concentradores. Nos
evaporadores o licor atinge uma concentração de até 40% em sólidos e nos concentradores, o
8.1.6.2. Queima do licor preto
O licor concentrado, previamente aquecido a 115° C e misturado com cinzas dos
precipitadores, é bombeado para o interior da caldeira onde inicia a sua queima. Na queima da
matéria orgânica – composta principalmente de lignina – é gerado calor e o vapor é usado no
processo para fins diversos. A temperatura nesta fase atinge 1100 °C. A matéria orgânica
(reagentes químicos) se funde sob o efeito do calor e é recolhido pelo fundo da caldeira, em
seguida é encaminhado para o tanque de derretimento (smelt). Da solubilização do fundido,
resulta o licor verde, que toma esta cor devido aos sais ferrosos formados. Este licor é rico em
carbonato de sódio (Na2CO3) e sulfeto de sódio (Na2 S).
8.1.6.3. Caustificação e forno de cal

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O licor verde é bombeado para os caustificadores, ocorrendo a transformação de alcalino
fraco, que é o carbonato de sódio (Na2CO3) em um produto alcalino forte que é o hidróxido de
sódio (NaOH). O sulfeto de sódio (Na2S) que também compõe o licor verde, não participa da
reação, permanecendo estável. A operação ocorre misturando num tanque o licor verde com o
cal. Em seguida, a mistura é enviada para outro tanque, onde o carbonato de cálcio sedimenta
no fundo com o lodo de cal. O líquido sobrenadante transforma-se novamente em licor branco,
sendo usado novamente no cozimento.
A lama sedimentada é recolhida e transferida para os filtros lavadores e o material sólido
recolhido é transportado para o forno de cal, onde é processado a recuperação do óxido de
cálcio, que é utilizado novamente na recuperação do licor verde.
8.1.7. Branqueamento
O branqueamento pode ser definido como um tratamento físico-químico, que tem por
objetivo melhorar as propriedades da pasta celulósica. Ocorre a purificação da celulose, visto
que de acordo com o grau de cozimento, a pasta pode conter lignina e derivados remanescentes
na pasta. O teor de lignina presente é responsável pela tonalidade da polpa, que pode variar do
marrom ao cinza. A remoção da lignina é necessária para se obter uma celulose pura, mas
também para dar um aspecto de alvura (pureza, brancura) elevado. Algumas propriedades
relacionadas com este processo são: alvura, limpeza e pureza química. Em função do grau de
alvura desejado, a eliminação da lignina se faz em vários estágios, tanto por razões técnicas
como econômicas.
Os parâmetros usuais que medem a eficiência do branqueamento são as propriedades
ópticas da pasta (alvura, brancura, opacidade e estabilidade de alvura), relacionadas com a
absorção ou reflexão da luz. As sequências de branqueamento variam em função da
disponibilidade de produtos alvejantes e do grau de alvura desejado.
8.1.7.1. Principais reagentes utilizados
Sigla Reagente Característica
C Cloro Oxida e clora a lignina

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H Hipoclorito Oxida, descolore e
solubiliza a lignina
D Dióxido de cloro Oxida, descolore e
solubiliza a lignina
O Oxigênio Oxida e solubiliza a
lignina
P Peróxido de sódio Oxida e descolore a
lignina
E Hidróxido de sódio Hidrolisa a clorolignina
e a lignina solúvel
Z Ozônio Oxida, descolore e
solubiliza a lignina
8.1.7.2. Tendências atuais do branqueamento
Até pouco tempo, o cloro era o agente alvejante mais empregado na indústria. Sendo
bom oxidante, o cloro gasoso era introduzido diretamente nos vasos, conferindo elevados
índices de alvura do material. Entretanto, o aumento das pressões ambientais tem ocasionado
uma redução do consumo do cloro como agente de branqueamento e o aumento do consumo de
outros alvejantes, como o oxigênio, peróxido de hidrogênio e o clorato de sódio.
A redução de consumo do cloro como agente alvejante tende a crescer, substituindo-o
por outras soluções, como por exemplo, o uso de enzimas que degradam a lignina, como as
ligninases e xilanases. O emprego dessas enzimas tem apresentado resultados bastante
promissores, incentivando de maneira crescente as pesquisas na área do biobranqueamento, em
diversas instituições brasileiras, como por exemplo, UNICAMP e EEL-USP.

22
EXTRAÇÃO
PÁTIO MADEIRA
DESCASCADOR
PICADOR
CAVACOS REJEITADOS
LAMA DE CAL
CAL
DREGS ÁGUA
8.1.8. Fluxograma Básico do Processo Kraft
ÁGUA
ÁRVORES
REFLORESTADA
CLASSIFICADOR
CAVACOS
DIGESTOR
DEPURADORES
DEPURADORES
POLPA
BRANCA
TORRE DE
ALTA
CONSISTENCIA
LAVADORES
BRANQUEAMENTO
TANQUE DE
LICOR NEGRO
FRACO
EVAPORADORES
SECADORA
DE CELULOSE
MÁQUINA
DE PAPEL TANQUE DE
LICOR
NEGRO
FORTE
CALDEIRA DE
RECUPERAÇÃO
TANQUE DE
DISSOLUÇÃO
LICOR
BRANCO
FRACO
CLARIFICADOR
LICOR VERDE
TANQUE DE
LICOR
BRANCO
CLARIFICADOR
DE LICOR
BRANCO
CAUSTIFICADOR
APAGADOR
DE CAL
TANQUE DE
LICOR VERDE
FORNO
DE CAL
ENGROSSADOR
DE LAMA DE
CAL
LAVADOR DE
DREGS
LAVADOR DE
LAMA DE CAL

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9. FABRICAÇÃO DO PAPEL
9.1. PRINCIPAIS ETAPAS NO PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO PAPEL
9.1.1. Preparação da massa
A pasta de celulose é desagregada, resultando em uma massa que é refinada e pode
passar por uma colagem interna, de acordo com o tipo de papel que será fabricado. Em
seguida, o papel passa por uma aditivação para aperfeiçoamento das características ópticas do
produto final: colagem, cor, impermeabilização a vapor d’água e a odores, resistência à
umidade, resistência mecânica, opacidade, transparência, brilho e alvura.
9.1.1.1. Principais aditivos e seus respectivos efeitos
Aditivos Efeitos
Caulim
Talco
Dióxido de titânio
Melhoramento da:
Opacidade
Alvura
Lisura
Maciez
Breu saponificado
Aumenta a retenção de
fibras
Previne o espalhamento de
tintas
Resistência à umidade
Sulfato de alumínio Adicionado após o Breu para precipita-lo sobre a
fibra

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Amido (milho ou mandioca)
Aumentar a retenção de
finos
Melhorar a união entre as
fibras
Corantes
Melhoram a alvura
Tingem o papel
9.2. ETAPAS DO PROCESSO DE FABRICAÇÃO
Formação da folha: uma máquina de papel é responsável pela formação
das folhas;
Prensagem: as prensas retiram parte da água existente na folha;
Secagem: cilindros secadores aquecidos removem o restante necessário
de água;
Colagem: a folha recebe uma aplicação de aditivos químicos para
aumentar sua resistência superficial;
Calandragem: a espessura é uniformizada, dando um acabamento
especial ao papel;
Corte e enrolamento: o papel é enrolado na enroladora e cortado na
rebobinadeira de acordo com o formato desejado;
Embalagem e expedição: a embaladeira acondiciona o papel em
embalagens que, enfim, são destinadas à expedição.

25
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de ter chegado no ocidente em meados do século XII, o papel já havia surgido
na China há mais de mil anos, sendo sua produção totalmente manual, utilizando restos de
tecidos como matéria prima. A partir do século XIX, os avanços tecnológicos e científicos
proporcionaram uma revolução na produção de papel, agora produzido em escala industrial.
Atualmente, o setor emprega mais de 760 mil pessoas direta e indiretamente no Brasil,
e está presente em 220 empresas, com atividade em 540 municípios, localizados em 18 estados.
Existem cerca de 2,2 milhões de hectares de florestas plantadas para fins industriais e 2,9
milhões de hectares de florestas preservadas. No ano de 2014, cerca de US$ 6,7 bilhões foram
obtidos através de exportações, resultando num saldo comercial de cerca de US$ 4,7 bilhões.
A indústria brasileira utiliza principalmente o processo Kraft na produção de celulose,
devido as suas vantagens oferecidas, dentre elas, a recuperação de parte dos reagentes químicos
utilizados e ciclos mais curtos, se comparado com outros métodos. No entanto, a principal
desvantagem que esse método oferece é o alto custo para sua implantação. Os produtos obtidos
nesta indústria são os mais variados e apresentam inúmeras finalidades, desde papéis para
embalagens, papéis para escrita e impressão até papéis sanitários, o que faz com que este setor
seja indispensável para a sociedade contemporânea.

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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARRAZZA, Luís Carlos; BACHA, Carlos José Caetano. EVOLUÇÃO E ESTRUTURA
DA INDÚSTRIA DE PAPÉIS NO BRASIL: PERÍODO DE 1965 A 20021. 2003.
Disponível em: <http://www.sober.org.br/palestra/12/04O245.pdf>. Acesso em: 27 set. 2015.
CASTRO, Profa. Heizir F. de. Processos Químicos Industriais II: PAPEL E CELULOSE.
2009. Disponível em:
<http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5840556/434/apostila4papelecelulose.pdf>.
Acesso em: 17 set. 2015.
(BRACELPA), Associação Brasileira de Celulose e Papel. Publicação mensal da
Associação Brasileira de Celulose e Papel. 2014. Disponível em:
<http://bracelpa.org.br/bra2/sites/default/files/conjuntura/CB-064.pdf>. Acesso em: 19 set.
2015.
(BRACELPA), Associação Brasileira de Celulose e Papel. História. Disponível em:
<http://bracelpa.org.br/bra2/?q=node/170>. Acesso em: 18 set. 2015.
(BRACELPA), Associação Brasileira de Celulose e Papel. Tipos e aplicações. Disponível
em: <http://bracelpa.org.br/bra2/?q=node/191>. Acesso em: 19 set. 2015.
HTTP://BRACELPA.ORG.BR/BRA2/?Q=NODE/191. Dados do Setor. 2014. Disponível
em: <http://bracelpa.org.br/bra2/sites/default/files/estatisticas/booklet.pdf>. Acesso em: 15
set. 2015.
OSORIO, Estela Gonçalves. INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE: ESTUDO DE
CASO DA IMPLANTAÇÃO DA VCP FLORESTAL NO EXTREMO SUL DO RIO

27
GRANDE DO SUL. 2007. Disponível em: <http://tcc.bu.ufsc.br/Economia293729>. Acesso
em: 18 set. 2015.
KLOCK, Umberto; ANDRADE, Alan Sulato de; HERNANDEZ, José Anzaldo. Manual
didático Polpa e Papel: Polpa e Papel. 2013. Disponível em:
<http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/polpaepapel/manualpolpa2013.pdf>. Acesso
em: 26 set. 2015.
LOPES, Carlos Renato Antunes; CONTADOR, Cláudio Roberto. ANÁLISE DA
INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE NO BRASIL. Disponível em:
<http://govtandeducationchat.reocities.com/Eureka/enterprises/1900/palestras/artigo-
coppead.PDF>. Acesso em: 17 set. 2015.
(IBÁ), Indústria Brasileira de Árvores. Estatísticas da Indústria Brasileira de
Árvores. 2015. Disponível em: <http://www.iba.org/images/shared/Cenarios_agosto.pdf>.
Acesso em: 14 set. 2015.
MAPEL JUNIOR, João Luiz. Processos de Produção: São Paulo: Imagens, 2009. 35 slides,
color. Disponível em: <http://pt.slideshare.net/jmapeljr/macro-processo-da-produo-de-
celulose-industrial-1423617>. Acesso em: 18 set. 2015.
(SINPESC), Sindicato das Indústrias de Celulose e Papel de Santa Catarina. O Setor
Celulose e Papel. 2012. Disponível em: <http://sinpesc.com.br/index.php/o-setor>. Acesso
em: 15 set. 2015.