Produção de Enzimas e Suas Aplicações
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DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SAÚDE E SERVIÇOS
CURSO TÉCNICO DE QUÍMICA
AMANDA STEIL
JÚLIA SILVA HINZ
LUIZ EDUARDO PEIXOTO
MARTA PFAFFENZELLER
PRODUÇÃO DE ENZIMAS E SUAS APLICAÇÕES
PANCREATINA
FLORIANÓPOLIS
OUTUBRO DE 2011
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA
CATARINA
UNIDADE FLORIANÓPOLIS
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE SAÚDE E SERVIÇOS
CURSO TÉCNICO DE QUÍMICA
AMANDA STEIL
JÚLIA SILVA HINZ
LUIZ EDUARDO PEIXOTO
MARTA PFAFFENZELLER
PRODUÇÃO DE ENZIMAS E SUAS APLICAÇÕES
PANCREATINA
FLORIANÓPOLIS
OUTUBRO DE 2011
1 Introdução
2 Produção de Enzimas e suas Aplicações
2.1 Enzimas
As enzimas são substâncias orgânicas, formadas por longas cadeias de
moléculas pequenas, chamadas aminoácidos. São, portanto, proteínas, que funcionam
como catalisadores biológicos de alta especificidade, ou seja, aceleram as reações que
ocorrem dentro do nosso organismo, viabilizando a atividade das células. A quantidade
de enzimas presente nos organismos vivos é tão grande, que existe praticamente uma
enzima para cada reação necessária para o bom funcionamento deste.
Apesar de serem catalizadores, as enzimas não funcionam como reagentes ou
produtos, não sendo consumidas durante a reação. Esta atua diminuindo a energia de
ativação das reações de quebra e formação das substâncias, atuando também como
reguladoras das reações.
As enzimas possuem um sítio-ativo, onde nestes se ligam os substratos. Os
sítios-ativos são os locais ideais, espaciais e eletricamente, para que a reação ocorra.
Por serem produtos naturais biológicos e favorecerem as reações, de maneira
barata e segura, são largamente utilizadas no meio industrial, funcionando como
fermento biológico, e matéria prima par a produção de bebidas alcoólicas, sucos de
frutas, e fabricação de laticínios.
2.2 Pancreatina
Localizada no pâncreas é um enzima que possui grande importância na área
farmacêutica estando empregada no tratamento da dificuldade digestiva, de forma que
auxilia a digestão alimentar no estômago e a absorção de nutrientes, através de sua
ação no duodeno (tubo que liga o estomago ao intestino delgado). Consiste em
amilases, lipases e proteases.
As amilases hidrolizam os hidratos de carbono (carboidratos), que ao serem
ingeridos encontram-se na forma de polissacarídeos e dissacarídeos e necessitam ser
quebrados para serem absorvidos.
As lipases tem a função de quebrar as gorduras (lipídeos), produzindo ácidos
graxos, monossacarideos e glicerol.
As proteases realizam a quebra das proteínas para facilitar a digestão protéica.
2.3 Proteases
A categoria de enzimas conhecidas como proteases - ou enzimas proteolíticas
- tem, hoje, importante função industrial e desempenham papel fundamental no
organismo de uma série de seres vivos, sendo uma das principais sustentadoras da
digestão animal, inclusive do ser humano. São produzidas no estômago, pâncreas,
glândulas salivares e no intestino delgado, e ocorrem naturalmente em todos os
organismos vivos, e é classificada como uma hidrolase, ou seja, funciona com a
participação de uma molécula de água.
Sendo a pancreatina uma protease, foi feito um apinhado dos principais tópicos
recorrentes a essa categoria, que é geralmente dividida em quatro amplos grupos, de
acordo com seu sítio de atividade catalítica e com o aminoácido requerido para seu
funcionamento correto, e são as seguintes: as proteases de serina, de cisteína, de
ácido aspártico, e as metaloproteases. A pancreatina é classificada comumente como
uma protease de serina.
2.3.1 Funções
Desempenhando uma série de diferentes funções, as enzimas da categoria
proteolítica encontram sua principal razão de existir como agente fisiológico. Elas são
muito utilizadas na área industrial, sendo parte dos três principais grupos de enzimas
sintetizadas, podendo corresponder por até 60% do mercado de enzimas.
Em suma, as proteases servem como enzimas que digerem proteínas. Elas
agem quebrando proteínas com longas cadeias (polipeptídeos) em outras com cadeias
menores e amino-ácidos individuais, facilitando assim o processo de digestão e sendo
parte inerente ao processo em si.
Se um organismo fica com deficiência dessas proteases, ele pode ser
perigosamente afetado. Como o organismo usa ácidos no processo de digestão, a falta
dessas enzimas proteolíticas pode ocasionar o acúmulo de substancias alcalinas que
levarão à sintomas de desconforto como ansiedade e dores musculares. O
prolongamento dessa deficiência pode levar a sérias consequencias, já que há a
desregulação do processo natural fisiológico de um organismo.
Entretanto, sua função não se limita ao processo digestivo, com etapas
proteolíticas importantes ocorrendo também no mecanismo invasivo de tumores e em
ciclos de infecção de um grande número de vírus e microorganismos patogênicos,
fazendo dessas enzimas adquirirem potencial valor no desenvolvimento de novos
compostos para a indústria farmacêutica.
Outra importante função desempenhada por essas enzimas é no catabolismo
de proteínas, tanto nas vias degradativas como nas biossintéticas, e na liberação de
hormônios peptídeos farmaceuticamente ativos a partir de proteínas precursoras.
Certas modificações específicas e seletivas de proteínas durante a ativação de
enzimas ocorrem via proteólise, que também colabora no transporte de proteínas
secretórias na membrana.
2.3.2 Aplicações
Na indústria, ela acha sua função não apenas em medicamentos, como têm
também uma variedade de aplicações principalmente na indústria de detergentes e de
alimentos. Tendo em vista os recentes acordos mundiais para uso de tecnologias não
poluentes, as proteases começaram a ser usadas em larga escala no tratamento do
couro, em substituição aos compostos tóxicos e poluentes até então usados. Além
disso, complementam a produção de cervejas e facilitam a transformação do leite em
queijos. Áreas que lidam com o uso da tecnologia na agropecuária vem aderindo ao
uso dessas enzimas, aprofundando e explorando o mecanismo de digestão das plantas
buscando maior eficiência em suas culturas.
Na indústria farmacêutica, as proteases são usadas em pomadas cicatrizantes
e têm um uso potencial para outros medicamentos. Proteases hidrolisam as proteínas
em peptídeos e aminoácidos, facilitando a sua absorção pelas células; devido a seu
papel despolimerizante, as enzimas extracelulares têm um papel importante na
nutrição. Recentemente, farmácias de manipulação vem utilizando proteases
específicas para diversos tratamentos, sendo o principal uso encontrado para doenças
e distorções no trato digestório, como a insuficiência pancreática e fibrose cística.
2.4 Tripsina
2.4.1 Formação Genética
Uma proteína é formada por uma sequência de aminoácidos, através de
ligações peptídicas, entre as aminas e as carboxilas de um aminoácido. Para que a
proteína chegue no seu estágio terciário e quaternário, os seus próprios aminoácidos e
os aminoácidos de outras proteínas interagem entre si, formando pontes de sulfeto, por
exemplo.
Desde os anos 1960, era aparente que, pelo menos, três resíduos
nucleotídeos de DNA eram requeridos para codificar cada aminoácido. O DNA,
primeiramente, é transcrito em uma fita simples de RNA, com sequências
complementares. As sequências de RNA, por sua vez, possuem códons, ou seja, uma
trinca de nucleotídeos que codificam um aminoácido específico. A “leitura” de códons
na tradução do RNA é estabelecida de maneira sucessiva, assim, um primeiro códon
específico na sequência estabelece uma “janela de leitura”, começando um novo códon
à cada três resíduos. O final da tradução gera uma cadeia protéica linear, que se dobra
espontaneamente assumindo sua forma tridimensional nativa.
Através do NCBI, fizemos um BLAST (ferramenta que compara informações de
sequências biológicas primárias) entre o genoma inteiro do boi e a sequência de mRNA
da proteína, encontrada também no site.
Figura 1. Comparação do genoma com a sequência do mRNA da tripsina
Segundo a figura e as informações obtidas no site, podemos afirmar que
a sequência de 777 códigos da tripsina se encontram entre o gene 14819 ao 11074,
sendo que, entre os códigos genéticos do DNA existem Introns (sequências de bases
nitrogenadas irrelevantes para o processo de formação da proteína).
Figura 2. Transcrição genética
A partir do mRNA obtido no site, foi possível traduzir para a sequência de
aminoácidos da proteína, sendo esta:
MHPLLILAFVGAAVAFPSDDDDKIVGGYTCAENSVPYQVSLNAGYHFCGGSLINDQWVVSAAHCYQYHIQ
VRLGEYNIDVLEGGEQFIDASKIIRHPKYSSWTLDNDILLIKLSTPAVINARVSTLALPSACASGSTECL
ISGWGNTLSSGVNYPDLLQCLEAPLLSHADCEASYPGEITNNMICAGFLEGGKDSCQGDSGGPVACNGL
QGIVSWGYGCAQKGKPGVYTKVCNYVDWIQETIAANS
Onde cada letra contida nesta sequência equivale a um aminoácido. A tabela a
seguir apresenta as abreviações dos aminoácidos e a sequência de bases
nitrogenadas equivalentes para cada um (códon).
A Ala alaninaGCU/GCC/GCA/
GCG
C Cys cisteina UGU/UGC
D Asp aspartato GAU/GAC
E Glu glutamato GAA/GAG
F Phe fenilanina UUU/UUC
G Gly glicinaGGU/GGC/GGA/
GGG
H His histidina CAU/CAC
I Ile isoleucina AUU/AUC/AUA
K Lys lisina AAA/AAG
L Leu leucinaUUA/UUG/CUU/ CUC/CUA/CUG
M Met metionina AUG
N Asn asparagina AAU/AAC
P Pro prolinaCCU/CCC/CCA/
CCG
Q Gln glutamina CAA/CAG
R Arg arginina CGU/CGC
S Ser serina AGU/AGC
T Thr treoninaACU/ACC/ACA/
ACG
V Val valinaGUU/GUC/GUA/
GUG
W Trp triptofano UGG
Y Tyr tirosina UAU/UAC
Nome completo
1-letter code
3-letter code
Código Genético Padrão
Figura 3. Tabela de Aminoácidos
2.4.2. Formação
2.4.3. Especificidade
2.3.4 Serino Proteases
2.4.5 Ação
2.4.6. Inibição
2.4.7. Fibrose Cística
2.4.8 Processo Industrial
2.5 Processo Experimental
3 Conclusão
4 Referências Bibiográficas
http://www3.fsa.br/LocalUser/Biologia/arquivos%20pdf/Prof.%20Roberto/aplica%E7%E3o%20de
%20bioquimica%20na%20obtencao%20de%20enzimas%20industriais.pdf
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/enzimas.htm
http://www.brasilescola.com/biologia/enzimas.htm
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/apostilas/Apostila_enzimas_ju.pdf