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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICOFICHA PARA CATÁLOGO

Título: “Sexualidade e Diversidade Sexual na escola: sem preconceitos e discriminações”

Autor: Maridalva Verginia Doneda Menegueti

Escola de Atuação: Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro- EFMP

Município da escola: Paranavaí

Núcleo Regional da Educação: Paranavaí

Orientador: Profª. Drª Marilene Mieko Yamamoto Pires

Instituição de Ensino Superior: UNESPAR – Campus Paranavaí

Disciplina/Área : Ciências

Produção Didático-pedagógica: Caderno Pedagógico

Relação Interdisciplinar: Não

Público Alvo: Alunos

Localização: Rua Luis Durigan nº 191. Jardim Iguaçu

Apresentação:

A sexualidade, as identidades de gênero e as identidades sexuais são questões que devem ser discutidas nas escolas, uma vez que estas temáticas carregam preconceito e discriminação, contribuindo para o aumento da homofobia. Tem como objetivo geral esclarecer através do conhecimento formal, questões sobre sexualidade e diversidade sexual, procurando minimizar as atitudes de preconceito e discriminação no ambiente escolar que afetam o processo ensino-aprendizagem. Especificamente pretende-se orientar os adolescentes de como agir adequadamente com questões referentes à diversidade sexual na escola, procurando melhorar a convivência dos alunos independentemente da sua identidade sexual, por meio dos conhecimentos adquiridos. Para tanto será realizada uma pesquisa qualitativa, assumindo formas explicativas para subsidiar os alunos a desenvolver atividades que possam facilitar o entendimento dos conceitos de sexualidade, gênero, diversidade sexual, homofobia e o bullying homofóbico. Outra ação a ser realizada será uma entrevista semi-estruturada de coleta de dados com os alunos da série a ser trabalhada, com o objetivo de obter as informações dos alunos sobre a temática em questão que será respondido individualmente e anonimamente. Como recurso metodológico será utilizado cartazes, elaboração de um glossário com os termos referentes ao tema em estudo; vídeos e filmes, letras de músicas e textos em geral.

Palavras-chave: Educação;Gênero; Diversidade; Sexualidade

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PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

CADERNO PEDAGÓGICO

SEXUALIDADE E DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: SEM PRECONCEITOS E

DISCRIMINAÇÕES

Área: Ciências

Professor PDE: Maridalva Verginia Doneda Menegueti

IES: UNESPAR – Campus Paranavaí

Orientadora: Profª Drª Marilene Mieko Yamamoto Pires

Paranavaí 2011

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL - PDE

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMDENTO EDUCACIONAL - PDE

MARIDALVA VERGINIA DONEDA MENEGUETI

SEXUALIDADE E DIVERSIDADE SEXUAL NA ESCOLA: SEM PRECONCEITOS E

DISCRIMINAÇÕES

Material Didático Pedagógico no formato de Caderno Pedagógico, apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, sob orientação da Profª Drª Marilene Mieko Yamamoto Pires

Paranavaí 2011

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1- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1.1. Professor PDE: Maridalva Verginia Doneda Menegueti

1.2. Área PDE: Ciências

1.3. NRE: Paranavaí

1.4. Professora Orientadora Drª Marilene Mieko Yamamoto Pires

1.5. IES vinculada: UNESPAR – Campus Paranavaí

1.6. Escola de Implementação: Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro – EFMP

1.7. Público objeto de intervenção:Alunos de 7ª Série

2 TEMA DE ESTUDO: Encaminhamentos Metodológicos no Ensino de Ciências:

Abordagem sobre Sexualidade e Diversidade sexual amenizando os preconceitos e

discriminações.

3 TÍTULO: “Sexualidade e Diversidade Sexual na escola: sem preconceitos e

discriminações”

4 JUSTIFICATIVA:

A sexualidade, na maioria das vezes, é estudada somente com ênfase

biologicista, porém, a sexualidade é mais do que uma questão biológica, é uma

questão pessoal e também social e política. No entanto, ela é aprendida e

construída ao longo de toda a nossa vida.

A sexualidade, as identidades de gênero e as identidades sexuais são

questões que precisam ser discutidas nas escolas, uma vez que estas temáticas

carregam preconceito e discriminação, contribuindo para o aumento da homofobia.

Na sociedade vemos os problemas de aceitação quanto à diversidade sexual

e isso se reflete no ambiente escolar, pois é nele que acontece o encontro das

crianças, adolescentes e jovens que estão em constante desenvolvimento físico,

intelectual e sexual.

No Colégio Estadual Enira Moraes Ribeiro - EFMP vê-se claramente os

problemas que o desrespeito às diferenças de identidade sexual e a falta de

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conhecimentos causam, pois, os adolescentes ficam prejudicados, já que o

ambiente escolar torna-se desfavorável para a aprendizagem.

Devido à importância que a temática sexualidade e diversidade sexual têm

assumido na sociedade torna-se imprescindível discutir esse assunto na escola,

tendo em vista que através dela o educando confronta o seu conhecimento do

cotidiano com o conhecimento formal.

Diversidade sexual é o termo usado para designar as várias formas de

expressão da sexualidade humana. Sabendo que cada ser é único, deve-se

reconhecer que cada um tem suas necessidades, sonhos e desejos diferentes, isso

também se aplica as escolhas sexuais (CARVALHO et al , 2004).

É importante que os adolescentes entendam o conceito de gênero e suas

relações, para perceberem que as pessoas dependem dos costumes, das leis, das

religiões e da maneira de organizar a vida familiar, política e social. Não devemos

negar as diferenças entre os sexos, mas distinguir as diferenças de desigualdades,

para que as desigualdades possam ser superadas, sem desrespeito, sejam as

diferenças, biológicas, étnicas ou sociais.

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APRESENTAÇÃO

Cabe a todos/as educadores/as reconhecer que a discussão sobre

sexualidade deve ir além do fator biológico (reprodução). Ela deve atingir as

questões sobre as identidades de gênero e sexuais, tendo em vista a busca de

igualdade e respeito humanos, dizendo não ao preconceito e às discriminações.

Para Louro (2007), a escola é um dos espaços mais difíceis para que o

sujeito assuma sua condição homo ou bi sexual, pois essa instituição muitas vezes

nega ou ignora a homossexualidade e, dessa forma oferece poucas oportunidades

para que o adolescente assuma sem culpa ou vergonha, seus desejos.

Caetano (2008) salienta que o preconceito seja ele qual for, atinge

psicologicamente e emocionalmente, muito mais que as armas que atingem o corpo

físico, pois ferem a alma e prejudicam uns dos valores preciosos do ser humano: a

auto-estima.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, o estudo da

sexualidade do aluno, que está inserida no conteúdo estruturante “sistemas

biológicos”, deve promover o conhecimento científico além do senso comum. Assim

conteúdos sobre a sexualidade e diversidade sexual são, para a atualidade,

complementos necessários para que a inclusão das pessoas com comportamentos

sexuais diferentes dos padrões da heterossexualidade sejam possíveis, sem

atrapalhar a aprendizagem de quaisquer educandos.

Junqueira (2007) relata que não é possível transformar a sociedade somente

a partir da escola ou eliminar delas todas as relações desiguais de poder, no

entanto, há a necessidade de promover o acolhimento à diferença, o

reconhecimento da diversidade sexual e a inclusão de todas as pessoas.

Dessa forma torna-se necessário tratar o assunto com responsabilidade, sem

preconceito e malícia, pois é difícil para os adolescentes falar do assunto com

adultos. O objetivo é esclarecer dúvidas e mitos sobre a sexualidade buscando

solucionar preconceitos e discriminações em relação a isto e trabalhar

principalmente, a diversidade sexual mostrando a importância do respeito às

diferenças para que possamos viver melhor e em harmonia.

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Para facilitar o entendimento deste estudo, este caderno pedagógico foi

composto por três unidades, assim divididas:

• 1ª Unidade: Gênero e Sexualidade

• 2ª Unidade: Diversidade Sexual

• 3ª Unidade: Homofobia e Bullying homofóbico

Em todas as unidades há sugestões de ações aos professores da rede

estadual de educação do Estado do Paraná que também acreditam que a

discriminação e o preconceito interferem na aprendizagem e no desenvolvimento

social dos alunos.

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CADERNO PEDAGÓGICO

1ª UNIDADE

GÊNERO E SEXUALIDADE

Autor: Lucas Teixeira de Lima

VALE SABER !!!

Gênero significa que homens e mulheres são produtos da realidade social e

não decorrência da anatomia de seus corpos. Identidade de gênero diz respeito à

percepção subjetiva de ser masculino ou feminino, conforme os atributos, os

comportamentos e os papéis convencionalmente estabelecidos para homens e

mulheres (HENRIQUES et al, 2007).

O conceito de gênero permite pensar nas diferenças sem transformá-las em

desigualdades, ou seja, sem que as diferenças sejam ponto de partida para a

discriminação. O fato de poder gerar um filho, por exemplo, não é razão para que

as mulheres sejam consideradas superiores ou inferiores aos homens, apenas

diferentes.

Sexualidade, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) é

uma energia que encontra a sua expressão física, psicológica e social no desejo

de contato, ternura, amor e intimidade. A sexualidade influencia pensamentos,

sentimentos, ações e interações e, por isso, influencia também a saúde física e

mental.

E diversidade sexual é o termo usado para designar as várias formas de

expressão da sexualidade humana. Sabendo que cada ser é único, deve-se

reconhecer que cada um tem suas necessidades, sonhos e desejos diferentes,

isso também se aplica as escolhas sexuais (CARVALHO et al , 2004).

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Olá aluno, sua opinião é muito importante para o desenvolvimento desse

projeto, reflita e assinale o que realmente pensa e sente. Você não precisa se

identificar.

1) Através de quem ou do que você mais gosta de ser informado/a sobre os temas de sexualidade. Marque apenas uma resposta de sua preferência.

2) Marque uma alternativa que tenha o tema que você mais gostaria de saber:( ) Gravidez, DST, AIDS, métodos contraceptivos.( ) Travestilidade e transexualidade.( ) Diversidade sexual (homossexualidade e bissexualidade).( ) Relacionamento amoroso.( ) Diferentes modelos de famílias.( ) Outro. Qual? __________________

3) O que você pensa da pessoa que trata com desprezo os homossexuais: a) Não é correto b) Sim, é correto c) Depende do caso

4) Se um/a professor/a te dissesse que é homossexual. Como reagiria?( ) Seria um motivo para zombar dele/a.( ) Pensaria que os/as gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais não devem ser professores/as.( ) Diria à minha família que apresentasse uma queixa na escola.( ) É importante que seja um/a bom/a professor/a, sem importar sua identidade sexual.( ) Não me importaria, pois acredito que poderia contribuir muito para minha formação inicial

1ª ATIVIDADE

QUESTIONÁRIO

ORIENTAÇÕES AOS PROFESSORES QUE DESEJAM DESENVOLVER ESSE PROJETO

Este questionário semi estruturado foi adaptado da dissertação de Deise

Longaray, referenciado na bibliografia. Será utilizado para identificar os

conhecimentos prévios dos alunos sobre a sexualidade e diversidade sexual, bem

como verificar preconceitos e discriminações.

( ) Mãe/Pai

( ) Namorados/ficantes

( ) Amigos e colegas

( ) TV, rádio, livros, revistas

( ) Ninguém

( ) Irmãos ou outros familiares

( ) Professores

( ) Internet

( ) Comunidade ou grupo religioso

( ) Outros. Qual ______________

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5) Em relação à identidade sexual homossexual:

Já ouvi falar ou presenciei

Já fiz ou cometi

Já aconteceu comigo

Insultos como, por exemplo, mariquinha, bicha, sapatão, etc

Falar mal, comentários negativos, rumores, etc.

Zombarias, imitações, gestos, etc.

Ameaças

Atirar coisas, golpes, empurrões.

Espancamentos

Ignorar, não deixar participar, isolar

6) Você conhece alguém que seja lésbica, gay, bissexual, travesti ou transexual:

Gay lésbica bissexual Travesti/ transexual

Amigos próximos

Conhecidos

Companheiros/as da escola

Familiares

Professores/as

Personagens históricos e literários

Personagens de televisão

Não conheço ninguém

7) O que você pensa a respeito de um casal de homens, demonstrar seu sentimento em público, como fazem um casal de homem e mulher, isto é, beijos, abraços, caminhar de mãos dadas, etc.

( ) Penso que é errado, não deveriam fazer. ( ) Dá nojo ver. ( ) Não me importo que façam, mas não em público. ( ) Penso que é correto ( ) Não tenho nada contra, mas me sinto constrangido/a em presenciar

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8) O que você pensa a respeito de um casal de mulheres, demonstrar seu sentimento em público, como fazem um casal de homem e mulher, isto é, beijos, abraços, caminhar de mãos dadas, etc.

( ) Penso que é errado, não deveriam fazer. ( ) Dá nojo ver. ( ) Não me importo que façam, mas não em público. ( ) Penso que é correto ( ) Não tenho nada contra, mas me sinto constrangido/a em presenciar

9) Se teu colega ou tua colega de classe te dissesse que é gay, lésbica, bissexual, travesti/transexual, como reagirias?

Gay lésbica bissexual Travesti/ transexual

Tentaria trocar de lugar

Não faria nada, mas me sentiria um pouco incomodado/a.

Não mudaria minha atitude, tudo seria igual.

Sentiria mais confiança nessa pessoa e a apoiaria.

Perderia a confiança nessa pessoa

10) Como você pensa que as lésbicas, os gays, os/as bissexuais, e os/as travestis e transexuais, são tratados/as na família:

( ) De forma injusta. ( ) Como todos/as as demais pessoas. ( ) De forma justa. ( ) De forma mais favorável.

11) Como você pensa que as lésbicas, os gays, os/as bissexuais, e os/as travestis e transexuais, são tratados/as na escola:

( ) De forma injusta. ( ) Como todos/as as demais pessoas. ( ) De forma justa. ( ) De forma mais favorável.

12) Como você pensa que as lésbicas, os gays, os/as bissexuais, e os/as travestis e transexuais, são tratados/as na sociedade em geral:

( ) De forma injusta. ( ) Como todos/as as demais pessoas. ( ) De forma justa. ( ) De forma mais favorável.

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13) “Se você fosse, ou alguém pensasse que você é gay, lésbica, bissexual, travesti ou transexual, o que acha que aconteceria contigo”, na sua família?

14) “Se você fosse, ou alguém pensasse que você é gay, lésbica, bissexual, travesti ou transexual, o que acha que aconteceria contigo”, na escola?

15) “Se você fosse, ou alguém pensasse que você é gay, lésbica, bissexual, travesti ou transexual, o que acha que aconteceria contigo”, perante os professores?

16) Se algum/a colega dissesse a você que o pai dele/a é gay ou que a mãe é lésbica, o que faria?

( ) Contaria a outras pessoas. ( ) Pediria para não me contar isso porque não gosto que haja pessoas assim. ( ) Deixaria de ter contato com ele/a. ( ) Seguiria tendo minha amizade, mas lhe pediria que não dissesse a ninguém que somos amigos/as. ( ) Não alteraria nada na minha relação com essa pessoa. ( ) Ficaria contente pela confiança e o/a apoiaria se precisasse.

( ) Seria espancado/a. ( ) Seria apoiado/a. ( ) Seria rejeitado/a. ( ) Ignorariam a situação ( ) Não sei como reagiriam. ( ) Tentariam me mudar. ( ) Seria aceito/a, mas não me apoiariam.

( ) Seria espancado/a. ( ) Seria apoiado/a. ( ) Seria rejeitado/a. ( ) Ignorariam a situação ( ) Não sei como reagiriam. ( ) Tentariam me mudar. ( ) Seria aceito/a, mas não me apoiariam.

( ) Seria espancado/a. ( ) Seria apoiado/a. ( ) Seria rejeitado/a. ( ) Ignorariam a situação ( ) Não sei como reagiriam. ( ) Tentariam me mudar. ( ) Seria aceito/a, mas não me apoiariam.

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17) Assinale concordo ou discordo em cada uma das afirmações a seguir:

a) Pessoas homossexuais não são confiáveis.

( ) concordo ( ) discordo

b) Não evito, mas também não procuro chegar perto de homossexuais.

( ) concordo ( ) discordo

c) Uma lésbica é mais aceita na escola do que um gay.

( ) concordo ( ) discordo

d) Os alunos homossexuais não são alunos normais.

( ) concordo ( ) discordo

e) Acho muito difícil aceitar a homossexualidade masculina.

( ) concordo ( ) discordo

f) As escolas deveriam demitir os professores homossexuais.

( ) concordo ( ) discordo

g) Eu não aceito a homossexualidade.

( ) concordo ( ) discordo

h) Os alunos homossexuais deveriam estudar em salas separadas dos demais alunos.

( ) concordo ( ) discordo

i) Caso exista um homossexual na sala de aula, os pais devem transferir seu filho da escola.

( ) concordo ( ) discordo

j) Alunos homossexuais deveriam ser afastados da escola.

( ) concordo ( ) discordo

k) A homossexualidade é uma doença.

( ) concordo ( ) discordo

l) Os professores que não são gays ou lésbicas são mais respeitados pelos estudantes.

( ) concordo ( ) discordo

m) Eu teria um/a colega homossexual em meu grupo para fazer trabalhos escolares.

( ) concordo ( ) discordo

18) Escreva um comentário sobre a pesquisa, o questionário, o tema, enfim o que você deseja falar.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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No laboratório de informática, faça uma pesquisa em qualquer site de busca,

conceituando as palavras abaixo:

Após a pesquisa será elaborado um glossário.

VALE SABER !!!

A sexualidade é uma das dimensões do ser humano que envolve gênero,

identidade sexual, orientação sexual, erotismo, envolvimento emocional, amor

e reprodução. É experimentada ou expressa em pensamentos, fantasias,

desejos, crenças, atitudes, valores, atividades práticas, papéis e

relacionamentos. Assim. É a própria vida (ABROMOVAY, 2004).

2ª ATIVIDADE

ELABORAÇÃO DE UM GLOSSÁRIO

GêneroBissexual

Orientação Sexual

Identidade de gênero

Direitos Sexuais

GayTravesti

Homossexualidade

Lésbica

Homoafetividade

Discriminação

Transexual

Homofobia

Movimento LGBT

Heterossexualidade Transgênero ou Trans

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3ª ATIVIDADE

IDENTIFICANDO ESTEREÓTIPOS

VALE SABER !!!

Para Carvalho e Cavalan (2008) o conceito de gênero pode ser associado

com a discriminação feminina, com o movimento feminista, com a invisibilidade

da mulher na história, com a crítica à dicotomia entre os homens e mulheres,

com as relações de poder entre mulheres e homens, mulheres e mulheres,

homens e homens.

Falar de relações de gênero é falar das características atribuídas a cada

sexo pela sociedade e sua cultura. A diferença biológica é apenas o ponto de

partida para a construção social do que é ser homem ou ser mulher. Sexo é

atributo biológico, enquanto gênero é uma construção social e histórica. A noção

de gênero, portanto, aponta para a dimensão das relações sociais do feminino e

do masculino.

Louro (1992) em concordância descreve gênero como a

construção social e histórica dos sexos. Para a autora, o gênero pode ser

entendido como uma construção social, cultural e histórica elaborada sobre a

diferença sexual existente entre homens e mulheres. Os conceitos que

representam e contextualizam as significações de ser homem ou mulher varia

histórico e socialmente de acordo com cada cultura.

A identidade de gêneros é a percepção subjetiva de ser masculino ou

feminino, com papéis convencionalmente estabelecidos para homens e

mulheres, mas algumas pessoas sentem que sua identidade de gêneros não

corresponde com seu sexo biológico, sendo identificadas como transexuais

(PARKER, 1996).

Há também indivíduos em que a identidade de gênero não corresponde

com a norma social dos dois gêneros macho e fêmea, independente de terem ou

não concordância com o sexo biológico, é o caso dos homossexuais e

bissexuais, nesse caso exemplifica-se a identidade sexual.

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Atividade adaptada do “Guia para Formação de Profissionais de Saúde e de

Educação, Saúde e Prevenção nas Escolas, Série Manuais nº 76. Brasília,

Janeiro/2008.

Orientações para a atividade: Dividir a sala em quatro grupos, enumerá-los

como grupo 1, grupo 2, grupo 3 e grupo 4. Na sequência distribuir a atividade de

cada grupo.

Grupo 1 – Descrever o homem ideal, segundo a forma de pensar mais comum entre

os homens.

Grupo 2 - Descrever o homem ideal, segundo a forma de pensar mais comum entre

as mulheres.

Grupo 3 - Descrever a mulher ideal, segundo a forma de pensar mais comum entre

os homens.

Grupo 4 - Descrever a mulher ideal, segundo a forma de pensar mais comum entre

as mulheres.

Questionamentos que serão feitos durante o desenvolvimento da atividade: Qual o papel do homem na sociedade atual? Qual o papel da mulher? A sociedade tem acompanhado a evolução dos gêneros?

Finalizando esta Atividade: Cada grupo apresentará suas ideias abrindo

uma rodada para a livre expressão dos alunos.

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Observe as figuras e leia o trecho da música abaixo:

Imagens feitas pelo autor

CONTINUANDO O ASSUNTO

Ser um homem feminino

Não fere o meu lado masculino

Se Deus é menina e menino

Sou Masculino e Feminino…

(Masculino e Feminino, Pepeu

Gomes)

Escreva a relação que há entre as

imagens, a música e as relações

de gênero.

Sugestões de Leitura: O Mito da Superioridade Masculina e a Luta da

Mulher por seus Direitos, disponíveis no Guia para Formação de

Profissionais de Saúde e de Educação, Saúde e Prevenção nas Escolas,

Série Manuais nº 76. Brasília, Janeiro/2008.

Sugestão de Atividade:

Mostrar na Tv multimídia o clipe da Música: Masculino e feminino, Disponível no endereço eletrônico http://www.youtube.com

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Individualmente, observe as imagens abaixo, e responda se alguma delas faz

você pensar em sexualidade.

Observação: Escreva o que pensou de cada imagem, mas não mostre a seu

colega.

Autor: Lucas Teixeira de Lima

4ª ATIVIDADE

PENSANDO EM SEXUALIDADE

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Na sequência, reunidos em grupos, os alunos farão a leitura do texto “A

Sexualidade na Vida Humana” disponível no Guia para Formação de Profissionais

de Saúde e de Educação, Saúde e Prevenção nas Escolas, Série Manuais nº 76, p.

56. Brasília, Janeiro/2008.

Após a leitura, será novamente mostrada as imagens, com o objetivo de

comparar o conhecimento inicial que os alunos tinham sobre sexualidade e o que

assimilaram após a atividade desenvolvida.

Na Tv Multimídia será exibido o filme BILLY ELLIOT, que conta a história de

um menino de 11 anos que vive em uma pequena cidade Inglesa em que o principal

meio de sustento são as minas da cidade. O pai, um mineiro, o obriga a treinar boxe,

esporte que Billy odeia. Na academia em que treina há também aulas de balé, e ao

assistir a uma das aulas Billy se encanta com a dança. O menino começa a fazer

aulas de balé escondido do pai e do irmão que não aceitam sua escolha e passa a

ser apoiado por sua professora, que vê em Elliot um talento nato para o balé.

O filme está disponível no endereço eletrônico: http://www.youtube.com.br

AINDA SOBRE SEXUALIDADE

Questionamentos após exibição do filme:

• Por que os meninos não podem gostar de balé? Precisam gostar de

luta de boxe, jogar bola, fazer Karatê, etc?

• Por que somente as meninas brincam de “casinha”; de “fazer

comidinha” e não são estimuladas a subir em árvores, jogar futebol,

brincar de luta, como os meninos?

• Eles podem dançar balé e não serem gays?

• Qual a sua opinião sobre a frase: “Os homens não podem chorar”.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G.; SILVA, L. B. da. Juventudes e sexualidade. Brasília: UNESCO, 2004.

BRASÍLIA, Guia para formação de profissionais de saúde e de educação: Saúde e Prevenção nas escolas. Série manuais nºª 76. Janeiro, 2008.

CAETANO, M. R.V. Côncavo e convexo. In: LONGARAY, D.A; RIBEIRO, P. R. C. Problematizando a diversidade sexual na escola: um enfoque sobre homofobia. Rio Grande: FURG, 2008.

CARVALHO, M.P. de. Quem são os meninos que fracassam na escola?. Cadernos de Pesquisa da Fundação Carlos Chagas, V.34, nº 121, jan./abr.2004. In: HENRIQUES, R. et. al . Gênero e Diversidade Sexual na Escola: reconhecer diferenças e superar preconceitos. Cadernos SECAD, vol. 4. Brasília: 2007.

CARVALHO, M.G.; CAVALAN, N.T. Refletindo Gênero na Escola. A Importância de repensar conceitos e preconceitos. 2008.

HENRIQUES, R. et. al . Gênero e Diversidade Sexual na Escola: reconhecer diferenças e superar preconceitos. Cadernos SECAD, vol. 4. Brasília: 2007.

JUNQUEIRA, R.D. O reconhecimento da diversidade sexual e a problematização da homofobia no contexto escolar. 2007. In: LONGARAY, D.A; RIBEIRO, P. R. C. Problematizando a diversidade sexual na escola: um enfoque sobre homofobia. Rio Grande: FURG, 2008.

LONGARAY, D.A; RIBEIRO, P. R. C. Problematizando a diversidade sexual na escola: um enfoque sobre homofobia. Rio Grande: FURG, 2008.

LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista. 8ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

______. Uma leitura da história da educação sob a perspectiva do gênero. In: Teoria e Educação – Dossiê da História da Educação. Porto Alegre: Pannonica, 1992.

PARKER, R.; BARBOSA, M. R. (orgs) Sexualidades brasileiras. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1996.

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2 ª UNIDADE

DIVERSIDADE SEXUAL

Autor: Lucas Teixeira de Lima

VALE SABER!!!

A diversidade sexual sempre foi assunto polêmico para a sociedade, a

superação desse paradigma começou com a revolução sexual ocorrida entre as

décadas de 1960 a 1980, através da desclassificação de homossexuais como

doentes mentais, feita pela associação psiquiátrica americana nos anos 70 e

posteriormente pela Organização Mundial de Saúde.

Segundo Monteolivia (1998) até recentemente a homossexualidade era

citada nos livros de psiquiatria como inversão sexual e considerada uma

perversão ou forma anormal de comportamento sexual. A Associação Americana

de Psiquiatria retirou em 1973, a homossexualidade de seu “Manual de

Diagnóstico”, onde constava até então como uma doença mental.

Hoje a gênese da homossexualidade é estudada pela medicina, genética,

psicologia e psicanálise. Por ter sido considerada uma doença mental, cientistas

passaram a pesquisar sobre os possíveis fatores para tal comportamento, isto é

os chamados desvios de personalidade.

A medicina atualmente considera a homossexualidade como um

comportamento diferente do indivíduo. Os geneticistas afirmam de acordo com

Dias (2001) que a homossexualidade provém de um estado de natureza, com

origens biológicas e não culturais.

Para os psicólogos e psicanalistas, a questão ainda é objeto de estudo,

juntamente, com a tentativa de compreensão da psique humana (SILVA, 2006).

Atualmente, a diversidade sexual deixou de ser um assunto desconhecido,

o preconceito começou a ser ultrapassado ou negado pela sociedade, à aceitação

e o respeito em relação à opção sexual de cada individuo tem prevalecido, porém

um longo caminho terá de ser percorrido para a extinção dessa exclusão social.

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Será exibido na Tv Multimídia o vídeo “Prá que Time ele Joga”, produzido pelo

Programa Nacional de DST e Aids, Ministério da Saúde, 2003, com duração de 23

minutos e dividido em 3 partes. Disponível nos links a seguir:

• Parte 1: http://www.youtube.com/watch?v=cy5y4P33rLg

• Parte 2: http://www.youtube.com/watch?v=ZfMcfhwfoi4&feature=related

• Parte 3: http://www.youtube.com/watch?v=q7nQBQq1I0I&feature=related

O filme retrata a questão da homossexualidade a partir da história de um

adolescente que é bom em matemática e ainda participa de um time de futebol do

seu colégio e que levanta algumas “suspeitas” entre seus colegas, por nunca ter

sido visto namorando uma garota. A homossexualidade do garoto fica explicita no

dia em que recebe um beijo de um ex-namorado em frente da escola,

desencadeando uma série de reações.

1ª ATIVIDADE

VÍDEO: “PRÁ QUE TIME ELE JOGA”

Reflexões após a exibição do filme:

• Qual a idéia central do vídeo?

• O que o produtor quis nos fazer pensar quando escolheu colocar o

Pedro como melhor jogador do time?

• Qual foi o papel do treinador perante a família de Pedro?

• O que você aprendeu para sua vida, ao assistir e discutir o conteúdo

deste filme?

• Como a temática da homossexualidade foi tratada no filme?

• Como você se sentiria se estivesse no lugar do Pedro?

• Cite alguns estereótipos ligados à homossexualidade masculina.

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Sobre a diversidade sexual Jesus et al (2006) afirma que uma pessoa pode

ter uma identidade de gênero masculina, feminina, ambas ou nenhuma, apresentar

características fisiológicas do sexo oposto ao seu e, ainda assim, ser hétero, homo

ou bissexual. Ao contrário do que comumente se tende a crer, pessoas transgêneros

(travestis ou transexuais) não são necessariamente homossexuais, assim, como

homens homossexuais não são forçosamente femininos ou masculinos e tampouco,

mulheres lésbicas são necessariamente masculinas ou masculinizadas.

Daí a necessidade de desconstruir, principalmente no espaço escolar,

pressupostos essencialistas irraigados dentro de uma cultura conservadora, o

grande desafio é admitir que as fronteiras da identidade sexual vêm sendo

constantemente atravessadas e o que é ainda mais complicado perceber que

pessoas vivem exatamente na fronteira (LOURO, 2002).

DICA AO PROFESSOR: Ao trabalhar com esse filme, busque relacionar a

intolerância e o preconceito contra os homossexuais, ferindo os direitos

humanos da pessoa. Apresente aos alunos a Declaração Universal dos

Direitos Humanos disponível em:

http://www.mj.gov.br/sedh/ct/legis_intern/ddh_bib_inter_universal.htm

TEXTO DE APOIO AO ALUNO: Homossexualidade na Escola

Disponível no Manual Saúde e Prevenção nas Escolas, Série Manuais nº 76.

p. 61 a 63.

O texto servirá para ampliar os conhecimentos sobre homossexualidade e

possibilitar a aprendizagem para conviver com a diversidade e saber respeitá-

la.

Será lido coletivamente e sempre que surgir dúvidas ou questionamentos,

poderá ser interrompida a leitura e esclarecidas as dúvidas e ou

questionamentos.

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Na TV Multimídia, será exibido o clipe da música Toda Forma de Amor (Lulu

Santos) disponível no endereço eletrônico

http://www.youtube.com/watch?v=aCrUlohhPKA&feature=related

Em seguida será aberta a discussão para que os participantes exponham

suas opiniões sobre o que mais lhe chamou a atenção no trecho da música:

… E a gente vive juntoE a gente se dá bem

Não desejamos mal a quase ninguémE a gente vai à luta

E conhece a dorConsideramos justa toda forma de amor...

Após as discussões cada participante anotará a opinião que mais foi aceita

pelo grupo.

Autor: Lucas Teixeira de Lima

2ª ATIVIDADE

MÚSICA “TODA FORMA DE AMOR”

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Atividade adaptada da obra “GÊNERO E DIVERSIDADE NA ESCOLA” –

Formação de Professoras/es em gênero, sexualidade, orientação sexual e relações

étnico-raciais. Caderno de Atividades. Rio de Janeiro. 2009.

Serão expostas três imagens: uma de dois homens, uma de duas mulheres e

uma terceira de um homem e uma mulher. Nas três imagens terão a idéia de

relações afetivas, de forma sutil, não terá beijos, abraços apertados, situações

íntimas, entre outras. Esse tipo de imagem tem como objetivo a não caracterização

de casais, possibilitando a discussão sobre masculinidades, feminilidades e

afetividade.

Após a observação das fotos, sem fazer comentários, os alunos serão

orientados para que escrevam uma história/conto, baseado em uma das três

imagens (qual situação representa o seu ponto de vista).

A partir da produção da história/conto poderá ser sugerida a leitura de

algumas/alguns delas/deles, se desejarem.

3ª ATIVIDADE

AMOR EM FOTOS

Questionamentos, a serem feitos após a atividade:• Quais as possibilidades de afetividade entre homens e mulheres

heterossexuais?• Há mais facilidade para homens ou mulheres expressarem carinho

por uma pessoa do mesmo sexo? Por que?• Qual foi a foto que mais chamou a atenção e desencadeou a

produção da história/conto? Por que?

PARA SABER MAIS!!!

A escola brasileira foi historicamente concebida e organizada segundo os padrões considerados normais, ou seja, o adulto, masculino, branco, heterossexual. Por isso, conforme observa Louro (2004) no ambiente escolar os sujeitos que, por alguma razão ou circunstância, escapam da norma e promove uma descontinuidade na sequência sexo/gênero/sexualidade serão tomados como minoria e serão colocados à margem das preocupações de um currículo ou de uma educação que se pretenda para a maioria. Paradoxalmente, esses sujeitos marginalizados continuam necessários, pois servem para circunscrever os contornos daqueles que são normais e que, de fato, se constituem nos sujeitos que importam.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIAS, M. B. União Homossexual: o preconceito e a justiça. PortoAlegre: Livraria do Advogado, 2001.

JESUS, B. de. at. al. Diversidade Sexual na Escola: uma metodologia de trabalho com adolescentes e jovens. São Paulo: 2006

LOURO, G. L.Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo horizonte: Ed. Autêntica, 2004.

______. Uma leitura da história da educação sob a perspectiva do gênero. In: Teoria e Educação – Dossiê da História da Educação. Porto Alegre: Pannonica, 1992.

______.Pedagogias da sexualidade. In. O Corpo Educado. Belo Horizonte:

Autêntica, 2002.

______.Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo horizonte: Ed. Autêntica, 2004.

MONTEOLIVIA J. A Sexualidade. Ed. Loyola, São Paulo: 1998.

SILVA, A.P. R; TAVARES, M.T. Adoção por Homossexuais no Brasil. 2006. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/horizontecientifico/article/view/3832/2837>. Acesso em 13 de março de 2011.

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3ª UNIDADE

HOMOFOBIA E BULLYING HOMOFÓBICO Autor: Lucas Teixeira de Lima

VALE SABER!!!

O termo homofobia é um neologismo definido em 1972, por um psicólogo

chamado George Weinberg, que agrupou dois radicais gregos:

homo=semelhante e fobia=medo, para definir sentimentos negativos em relação

a homossexuais e às homossexualidades (JUNQUEIRA, 2007).

Homofobia diz respeito a valores, mecanismos de exclusão, disposições e

estruturas hierarquizantes, relações de poder, sistemas de crenças e de

representação, padrões relacionais e identitários, todos eles voltados a

naturalizar, impor, sancionar e legitimar uma única sequência sexo-gênero-

sexualidade, centrada na heterossexualidade e rigorosamente regulada pelas

normas de gênero (JUNQUEIRA, 2007; p.9)

De acordo com Lanaspa e Galán (2005) homofobia é a aversão, rejeição

ou temor, que pode chegar a ser patológico, a gays e lésbicas, à

homossexualidade ou a suas manifestações. A homofobia está relacionada com

a rejeição geral que se tem aos grupos minoritários.

Já para Rios (2007) apud Henriques (2007) homofobia é a modalidade de

preconceito e de discriminação direcionada contra homossexuais. Sendo assim,

caracteriza-se através de toda atitude agressiva, que demonstre ódio, repulsa ou

aversão que acarreta exclusão a pessoas que não possuem comportamentos

heterossexuais.

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Utilizando a TV multimídia, será apresentado o desenho animado “Medo de

Que?” disponível no endereço eletrônico www.papai.org.br/arquivo/download?

ID_ARQUIVO=4318.

O desenho animado não tem palavras. Sua duração é de 18 minutos e foi

desenvolvido como uma ferramenta de trabalho para professores que procuram uma

forma inovadora de incentivar a reflexão e promover o respeito à diversidade sexual

e o fim da homofobia entre homens e mulheres jovens. O desenho busca ainda,

promover o respeito pela diversidade sexual e o fim da homofobia, e convida a

refletir sobre os medos e os preconceitos em relação à homossexualidade.

1ª ATIVIDADE

DESENHO ANIMADO “MEDO DE QUE?”

Questionamentos após a exibição do filme:

• Como podemos evitar atitudes de preconceito e discriminação de

pessoas com diferentes identidades sexuais?

• O que vocês pensaram quando no desenho aparecem pessoas rindo,

apontando e falando sobre os meninos?

• Como reagiu a família, quando soube que o filho se interessava por

uma pessoa do mesmo sexo? Em que momento você achou correta a

atitude dos pais?

• Você acha que as pessoas respeitam melhor os homossexuais que

tem atitudes discretas e responsáveis? Em que momento do desenho

animado isto ficou claro?

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Para complementar a discussão sobre o assunto desta unidade, os alunos

serão divididos em três grupos e cada grupo receberá uma parte diferente do texto

citado (vítima, agressor, espectador). Deverão ler e anotar a ideia central, a

importância do assunto e encaminhar alguma solução para o problema em questão.

Feito isto, os grupos, através de um dos participantes, socializará as ideias e

estimulará os demais grupos a participarem e também sugerirem soluções para o

problema.

Cada grupo fará uma síntese do que foi discutido.

ATIVIDADE COMPLEMENTAR

Texto da Revista Nova Escola, nº 233, junho de 2010.

TEMA: Bullying e Cyberbullying

VALE SABER!!!

O ambiente escolar é um espaço propício para conflitos, pois pessoas com

contextos, visões e construções diferentes se encontram num único espaço,

gerando o atrito. Insultos, intimidações, apelidos cruéis, gozações que magoam

profundamente, acusações injustas, atuação de grupos que hostilizam,

ridicularizam e infernizam a vida de outros alunos levando-os à exclusão, além de

danos físicos, morais e materiais (FANTE, 2005, p.28-29).

O bullying pode ser direto, sob a forma de ameaça e agressão ou indireto,

como no caso do isolamento de exclusão intencional de algumas atividades que o

aluno é submetido (OLWEUS, 1999).

Fante (2005) relata que o bullying provoca aos alunos perseguidos a perda

da auto-estima e autoconfiança, retraimento, dificuldade de concentração, fobia da

escola, tentativas de suicídio, depressão, ansiedade, isolamento social e timidez

exagerada.

O bullying homofóbico se apresenta nas formas de injúrias verbais, gestos

obscenos, mímicas e difamações, isso sem considerar as formas mais sutis como

falta de cordialidade, a indiferença no convívio social, a ironia, a insinuação, o

sarcasmo, todos casos em que a vítima tem dificuldade para provar objetivamente

que fora violentada em sua honra ou dignidade (MOTT, 2002).

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Serão projetadas na TV multimídia algumas cenas da novela Insensato

Coração, disponíveis no sítio: http://www.youtube.com/watch?V=EOPIC5juJNs, que

aborda a violência ocasionada pelas pessoas com comportamento homofóbico e o

que pode ocasionar tal atitude, às vítimas.

• 1ª cena- Homofobia na novela Insensato coração

• 2ª cena- Eduardo pergunta se Hugo sofreu discriminação

• 3ª cena- Eduardo&Hugo (parte 9) Diga não a homofobia

• 4ª cena- Homofobia na novela Insensato coração VIII

3ª ATIVIDADE

CENAS DA NOVELA INSENSATO CORAÇÃO

Três personagens, dois supostamente homossexuais e uma

moça conversam em um bar. O atendente chega, agredindo

com palavras pejorativas, pedindo que se retirassem do local,

tendo em vista a diferença de identidade sexual dos

personagens e o local ser familiar.

Dois personagens masculinos, um homossexual, é

questionado pelo outro, sobre discriminação, tendo em vista a

profissão que exerce, professor e advogado. O personagem

homossexual afirma que há discriminação de forma velada.

Em uma lanchonete três personagens masculinos batem papo,

um dos personagens coloca a mão no ombro do outro, o

atendente ao ver, faz um escândalo, joga a bandeja no chão

enfurecido, e aos gritos os expulsam do local.

Pai e filha conversam na mesa do jantar. O pai diz à filha que não

aceita ter chefe homossexual, a filha reage, advertindo-o sobre a

questão do preconceito e discriminação.

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• 5ª cena- Homofobia XIII

Em cada cena exibida os alunos farão as seguintes anotações:

• Qual o trama central da cena?

• Que ideia defende e o que se quer demonstrar?

• O que te chamou atenção nas cenas?

• Qual a sua sugestão para amenizar o problema apresentado nas cenas?

• Dê a sua opinião sobre a forma que foi exibida a problemática em questão.

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita em todos os momentos das atividades propostas, sendo

considerado a participação e o envolvimento dos alunos nos debates e na

realização das atividades solicitadas. Dessa forma, o processo avaliativo

ocorrerá a partir da participação e produção dos alunos.

Três personagens conversam sobre homofobia e as leis que

existem e não são cumpridas. Inclusive sobre a importância de se

denunciar, evitando ataques homofóbicos.

ATIVIDADE FINAL

PARA CONCLUIR OS ALUNOS FARÃO UM MURAL

ABORDANDO O ARTIGO 5º DA CONSTITUIÇÃO

BRASILEIRA:

“TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, SEM DISTINÇÃO

DE QUALQUER NATUREZA ...”

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PALAVRAS FINAIS

Para Monteiro (2006) a única maneira de combater o bullying homofóbico

nas escolas é a cooperação por parte de todos os envolvidos: professores,

funcionários, alunos e pais; as estratégias utilizadas devem ser definidas em cada

escola, observando-se suas características e as de sua população. O incentivo ao

protagonismo dos alunos, permitindo sua participação nas decisões e no

desenvolvimento do projeto, é uma garantia ainda maior de sucesso. Não há

geralmente, necessidade de atuação de profissionais especializados; a própria

comunidade escolar pode identificar seus problemas e apontar as melhores

soluções. A receita é promover um ambiente escolar seguro e sadio, onde haja

amizade, solidariedade e respeito às características individuais de cada um de

seus alunos.

Felizmente, as iniciativas para instrução e combate a essas práticas -

bullying e homofobia – têm-se multiplicado em nosso país. Portanto, é importante

reconhecer a importância de ações metodológicas que possam ser implementadas

nos sistemas de ensino a fim de prevenir o preconceito, a discriminação e a

violência homofóbica.

Dessa forma, a escola será um ambiente harmonioso para todos que dela

fazem parte, fazendo respeitar o artigo 5º da Constituição Brasileira:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer

natureza ...”

Autor: Lucas Teixeira de Lima

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAETANO, M. R.V. Côncavo e convexo. In: LONGARAY, D.A; RIBEIRO, P. R. C. Problematizando a diversidade sexual na escola: um enfoque sobre homofobia. Rio Grande: FURG, 2008.

CARVALHO, M.P. de. Quem são os meninos que fracassam na escola?. Cadernos de Pesquisa da Fundação Carlos Chagas, V.34, nº 121, jan./abr.2004. In: HENRIQUES, R. et. al . Gênero e Diversidade Sexual na Escola: reconhecer diferenças e superar preconceitos. Cadernos SECAD, vol. 4. Brasília: 2007.

FANTE, C. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. Ed. rev. Campinas, SP: Verus editora, 2005.

LANASPA, J.G.; GALÁN, J.I.P. Homofobia en Sistema educativo. 2005. In: LONGARAY, D.A; RIBEIRO, P. R. C. Problematizando a diversidade sexual na escola: um enfoque sobre homofobia. Rio Grande: FURG, 2008.

JUNQUEIRA, R.D. O reconhecimento da diversidade sexual e a problematização da homofobia no contexto escolar. 2007. In: LONGARAY, D.A; RIBEIRO, P. R. C. Problematizando a diversidade sexual na escola: um enfoque sobre homofobia. Rio Grande: FURG, 2008.

LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: Uma perspectiva pós-estruturalista. 8ª ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

MONTEIRO, M. In: Preconceito e Homofobia. 2006. Disponível em: <http://www.catedra.ucb.br/sites/100/122/00000558.doc>. Acesso em 11 de março de 2011.

MOTT, L. et. al . Causa mortis homofobia: violação dos direitos humanos e assassinato de homossexuais no Brasil. Ed. Grupo Gay da Bahia. Salvador: 2002.

OLWEUS, D. Modelo do programa de combate ao Bullying do Professor Dan Olweus. Disponível em: <http://modelprograms.samhsa.gov/pdfs/FactSheets/Olweus%20Bully.pdf>Acesso em 3 de setembro.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná (DCE):Ciências, Curitiba, 2008.