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    Aula 25 Mixagem I (Volumes e Panorâmica)Objetivos desta aula:

    1. Apresentar a importância de uma boa mixagem

    2. Discussão a mixagem perfeita

    3. Preparação de mixagem (exportar para áudio, montar o proje-

    to, cortar sobras, arrumar erros de timing e pitch, comping (divi-

    dir alguns instrumentos em vários canais)

    4. A Mixagem

    5. Mixagem Crua (volume e pan)

    6. PAN (PANORÂMICA)

    7. Como criar e usar grupos

    Introdução:O que é música?

     A música (do grego musiké téchne, a arte das musas) é umaforma de arte que se constitui basicamente em combinar sons e

    silêncio seguindo uma pré-organização ao longo do tempo. (fonte:

    Wikipedia).

    Essas peças músicais geram sentimentos e emoções, nosso

    objetivo nesta aula é o de estudar como cada um dos elementos

    de uma música, podem ser combinados de uma forma que

    potencialize esses climas, tensões e relaxamentos.

    Uma música como "Killing in the Name of do Rage Against the

    Machine"  causa um sentimento de revolta e muito diferente do efeito

    de paz e relaxamente que "What the Wonderful World"  do Louis

     Armstrong pode gerar.

     As ferramentas de um engenheiro de áudio, permitem que você dei-

    xe elementos mais suáveis e aéreas, mas também vai permitir criar 

    poder, agressão, presença, melâncolia, psicodelia e outros humores.

    Embora boa parte desse processo também possa ser conside-

    rado artístico, e não apenas técnico, pois depende muito da

    criatividade e originalidade de quem opera os equipamentos, exis-

    tem também alguns métodos e técnicas básicos que podem ser 

    seguidos para alcançar um resultado aceitável e a partir deste,

    fazer uso da imaginação para se obter os efeitos desejados.

    Antes de começar a fazer uma mixagem, você vai precisar fazer 

    as seguintes perguntas:. Sobre o que é essa música?. Quais emoções ela envolve?. Qual é a mensagem que o artista quer passar?. Como a audiência deve responder a este estímulo?É importante você ter em mente que a mixagem não é apenas

    sobre ferramentas e técnicas, a mixagem é também um conjunto

    de subjetivo de opções que o artista toma, para moldar a sua com-posição. Essas opções podem mudar completamente o sentido e

    o sucesso ou não da obra. Nessa aula, veremos os parâmetros

    básicos para a execução de uma boa mixagem e os controles de

    volumes e panorâmica mais a fundo.

    Uma definição básica para mixagem é: "O processo que um

    material multi-pista - que pode ter sido gravado, sampleado ou sin-tetizado - é balanceado, tratado e combinado em um arquivo de

    dois canais estéreo". Uma definição menos técnica pode ser: uma

    representação sônica de emoções, ideias criativas e performance.

    Qualquer pessoa (mesmo não sabendo) preza pela qualidade da

    mixagem e masterização das músicas, que ele ouve. Sejam essas

    músicas tocadas em equipamentos caros de som, som de carro, clu-

    bes, celular, TV, cinema e etc. Uma música que apresente uma qua-

    lidade melhor vai facilitar a apresentação da sua mensagem e por 

    consequencia a percepção de qualidade pelo ouvinte.

    O engenheiro de som, deve cuidar da qualidade de cada um dos

    elementos e também ao balanço final de cada um deles, bem comoa sua masterização. Uma ótima exemplo de como a qualidade da

    mixagem possibilita uma melhor qualidade final da obra é a música

    Smells Like Teen Spirit.

    Confira os exemplos em áudio:. Versão Demo. Versão ao Vivo. Mixagem feita por Butch Vig que não foi lançada no primeiro álbum. Mixagem feita por Andy Wallace e lançada no álbum de 1991Butch Vig foi inicialmente chamado pela gravadora Geffen para

    mixar o álbum Neverless do Nirvana, por desentendimento com

    Kurt Cobain o engenheiro foi substítuído por Andy Wallace, que

    trabalhou com o mesmo material mas conseguiu uma mixagem

    com mais brilho e presença que ainda faz ela soar atual mesmo 20

    anos depois. Brigas entre o músicos e o engenheiros não são ra-

    ros, isso acontece quando o segundo artista tenta colocar a sua

    interpretação da música sem levar em consideração os pedidos e

    gostos do primeiro.

    Um outro exemplo ótimo de comparação é o álbum, http:// 

    itunes.apple.com/gb/album/holy-bible-10th-anniversary/ 

    id275197614 o CD1 e CD2 tem as mesmas faixas mixadas por 

    diferentes engenheiros. Um fator que deve incentivar você a investir 

    neste universo é que até as piores gravações, podem ser melhora-

    das e polidas para atingir um nível profissional aceitável que impres-

    sione o ouvinte.

    Não vai demorar muito para você começar a perceber mixagens

    e masterizações que tenham problemas, rapidamente, você vai

    saber quando um vocal está muito alto, quando um snare está muitobaixo ou alguma frequência está com deficiência. Como você tem

    todas as faixas em separados fica fácil de resolver qualquer pro-

    blema, mas a sua maior dúvida vai acabar sendo - o que é o certo

    e o que é o errado em relação a uma mixagem.

    1. A importância de uma boa mixagem

    2. A mixagem perfeita

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    Exercío de percepção de mixagem & masterização:

    Selecione as suas 10 músicas preferidas independente do gênero,

    estilo, data e qualidade de áudio. Coloque essas 10 música no DAW

    (Digital Audio Workstation - Estação de trabalho digital de áudio), colo-

    que as 10 músicas em um mesmo canal de áudio e coloque apenas

    trechos de 30 segundos de cada música. Elas não precisam ser mistu-

    radas como um DJ faz, só distribuídas lado a lado. Quando uma músi-

    ca terminar o seu pedaço você já deve ter outro pedaço ao lado.. Qual é a sua percepção de diferença entre as músicas?. Alguma música soou com mais presença do que outras?. Alguma música soou muito mais baixa?. As músicas mais altas são percebidas como melhor?. Deu para perceber diferentes pesos e importâncias dos ele-mentos em diferentes músicas?. Alguma delas soam naturais? Alguma soa artifical?. Música mais antigas são mixadas diferentes?Você pode fazer esse tipo de estudo, intercalando as suas pro-

    duções com músicas de artistas renomados - isso vai te dar um

    bom parâmetro do que falta para atingir aquele som profissional.

    (Exportar para áudio, montar o projeto, cortar sobras, arrumar erros de

    timing e pitch, comping, dividir alguns instrumentos em vários canais)

    O processo de mixagem deve ser desenvolvido de forma separada do

    processo criativo e também de masterização, ao tentar fazer tudo em um

    mesmo projeto provavelmente você vai ultrapasar o poder de

    processamento de seu computador e muitas vezes cometer erros empartes destes procesos, sem poder identificar onde ocorreu o problema.

    Independente do DAW da sua preferência você deve seguir 

    os seguintes passos:

    1- Termine a parte criativa, adicionando todas as camadas, vira-

    das e automações

    2 - Exporte a sua música canal por canal (no Live só dar o comando

    de exportar "All Tracks" (de preferência com 24 bits (isso vai manter 

    a qualidade do seu áudio, mesmo com um volume mais baixo).

    3 - Abra os áudios exportados em um novo projeto, antes de fazer 

    isso você deve ir em Preferences > Record / Warp / Launch > Dei-

    xar Off a função "Auto Warp Long Samples"  (com isso o Live vai

    importar o áudio mas não vai mexer no andamento dele via Warp).

    4 - Coloque o projeto no BPM da música original.

    5 - Renomeie todos os canais com os nomes da cada um dos elementos.

    6 - Use cores para dividir os elementos das músicas por grupos

    (bateria, baixo, sintetizadores, efeitos e etc).

    7 - Corte os pedaços de áudio que não em nenhum som.

    8 - Escute a música e perceba se não tem algum erro que você

    pode consertar editando o áudio ou adicionando algum tipo de efeito

    e automação.

    9 -  Divida em vários canais um mesmo elements que potencial-

    mente vão precisar ser mixados de forma diferente (exemplo: vo-cal, sintetizador principal).

    Dica: use a ferramenta de Zoom para visualizar com mais faci-

    lidade todos os elementos no projeto

    Exercício: Prepare as partes da música Kick em um novo pro-

     jeto, você deve:

    1 - Desligar o warp automático

    2 - Colocar o BPM em 122

    3 - Adicionar as partes4 - Renomear os canais com os nomes dos elementos

    5 - Organizar os canais por bateria, bass e sintetizadores

    6 - Colorir os grupos de canais

    O resultado deve ser esse:

    3. Preparação de mixagem

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    Dica 2: Cuidado para não cortar a sobra de efeitos de alguns

    canais, na música kick o único elemento que precisa desse tipo

    de organização é o Synth Break.

    Nesta música não tem nenhum elemento que você vai precisar 

    dividir em dois canais, mas leve isso em consideração quando for trabalhar com vocais e outros sons que tenham uma grande dinâ-

    mica. Agora que você preparou o áudio, você já pode começar a

    trabalhar na mixagem.

    Nesse tópico veremos os itens existentes para que seja possível

    executar uma boa mixagem. Segundo Bobby Owsinski, existem

    alguns parâmetros básicos que devem ser considerados em uma

    mixagem:

    . Equilíbrio – relação de volume entre os instrumentos;

    . Panorama – distribuição de volume pelas caixas;. Espectro de freqüências – quantidade de frequências abrangidas;. Dinâmica – variações de volume de cada instrumento ou damúsica em geral;. Espaço – ambientação de cada instrumento;.  Identidade – como tornar sua mixagem especial, diferentedas outras.

     Alguns procedimentos e dicas variam dependendo da criatividade

    e personalidade de cada técnico de mixagem. O processo de

    mixagem é acima de tudo um processo de criação e inovação

    musical. Portanto não existem apenas regras ou limites, mas tam-

    bém o bom senso e gosto de cada pessoa. Muitas vezes a mixagem

    vai variar de acordo com o que é pedido pelo artista, afinal, a com-

    posição musical é de autoria do artista e do ponto de vista profissi-

    onal o cliente sempre deve receber pelo que pagou.

    Podem ocorrer situações onde existam discordâncias entre o

    que o técnico de mixagem faz e o que o artista quer.

    Nesses casos a última palavra deve ser do artista, por mais

    incomum que possa parecer. O que deve ser feito é alertá-lo sobre

    as possíveis conseqüências de tais decisões e deixar com que ele

    escolha o caminho a seguir.Devemos então estar conscientes de que muitas vezes as técni-

    cas vão variar e as opções serão diferentes. A seqüência dessa aula

    apresenta as técnicas básicas de mixagem para encontrar um bom

    equilíbrio de volumes, uma boa distribuição de panorâmica e como

    são realizadas pré-mixes através de canais de grupo. Os outros itens

    apresentados acima veremos na aula de Mixagem II.

    O primeiro passo em uma mixagem é trabalhar os níveis de vo-

    lume dos canais, isso não significa que não será necessário

    modificá-los futuramente, mas é um ótimo começo para familiari-

    zar-se com a música e se acostumar com as nuances existentes

    dentro da mesma.

    4. A Mixagem

    No entanto, antes de iniciar este trabalho, certifique-se de que

    está trabalhando com um nível de volume satisfatório aos seus

    ouvidos, nem muito alto (para não comprometer a audição) e nem

    muito baixo (em volumes muito baixos nossos ouvidos não captam

    muito bem as frequências graves).

    Fábio Henriques, autor do livro Guia de Mixagem, diz que se

    você está fazendo esforço para ser ouvido ao conversar no estú-

    dio, então já está no ponto limite do volume. Se você está tendo

    dificuldade para entender todas as nuances sonoras dos instru-

    mentos, o volume está baixo demais.

    Outro cuidado a ser tomado é com os níveis de volume de cada

    fader dos canais de áudio. Nunca deixe o volume de saída passar 

    de 0dB no Fader (a não ser que o estilo produzido peça esse tipo

    de distorção), senão estará inserindo distorções de áudio no som,

    devido à saturação da onda de áudio. Cuide também do fader da

    saída geral (Master Fader), pois muitas vezes os volumes dos fader 

    dos canais estão em níveis aceitáveis, mas a soma de todos eles

    faz com que a saída geral acabe passando de 0dB.

    Por onde começar?Coloquei todos os canais no zero para iniciar a mixagem, geral-

    mente uma mixagem começa definindo o volume da base da músi-

    ca, que na música eletrônica geralmente são a bateria e o baixo.

    Para simplificar um pouco mais podemos utilizar o kick e a caixa

    da bateria juntamente com o baixo. Iniciando dessa forma teremos

    uma base de volume para podermos definir os níveis de todos os

    outros instrumentos.Escolha a parte da música onde tem mais elementos, geralmen-

    te o refrão, assim você vai ter um bom parâmetro de como a músi-

    ca vai soar na sua parte mais cheia, se você começar a mixar pelo

    break ou pela introdução dificilmente você vai ter espaço para dei-

    xar a parte cheia mais alta a presente.

     Apenas como parâmetro vamos considerar que o volume máxi-

    mo do kick sozinho deve atingir -6dB na saída geral, para darmos

    uma margem para inserirmos os outros instrumentos. Com isso

    regulamos os volumes do restante da bateria e também o baixo.

    Com a regulagem da base geralmente conseguimos na saída do

    master um pico máximo em torno de -4dB, que é uma margem

    mais do que suficiente para os outros instrumentos.

    Em seguida são trabalhados os elementos principais da música

    como, por exemplo, o Lead ou um vocal. A partir deste ponto a

    escolha dos outros instrumentos é opcional.

    Uma seqüência boa para mixagem de volumes é a seguinte:. Bumbo e Caixa. Baixo. Hats (Close, Open, Crash).

     Elementos principais (Lead, Voz)

    . Percussão ou loops de áudio. Elementos de acompanhamento (Pad, Stab, Bleep). FX (noise, ruídos, etc.)

    5. Como atingir uma boa mixagem -Mixagem Crua (equilíbrio e panorama)

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    O ideal é que no final da mixagem de volumes seja alcançado no

    master um pico máximo de volumes mais próximo possível de 0dB.

    Caso esse valor tenha sido ultrapassado ou está um pouco abaixo

    você pode compensar utilizando o próprio fader do master.

    Dica: você pode também alternar os canais que você está su-

    bindo o volume em relação a frequência, subo o kick, depois a

    caixa, depois o bass, depois um heat, depois um sintetizador,

    depois outros hat e assim por diante - isso facilita para você

    dividir a sua atenção entre as diferentes frequências e com isso

    o seu ouvido tende a ficar menos viciado e com isso perder a

    percepção correta de cada elemento.

    Dica 2: você pode mixar subindo os canais ou colocando eles

    no volume máximo e ir diminuindo eles.

    Exercício: baixe o Multitrack da faixa Dorothy no link: http:// 

    www.cambridge-mt.com/ms-mtk.htm#Triviul - prepare as

    partes para serem mixadas, abaixe todos os volume e começar 

    a mixar como proposto acima.

    Você pode além de colocar elementos para frente e para trás

    (com mais ou menos volume), colocar eles no centro ou em um

    dos campos do espectro, isso vai facilitar para encontrar a posi-

    ção ideal de cada um dos sons.

     A Panorâmica de uma música define a espacialização dos sons

    dentro do estéreo (um canal esquerdo e outro direito). Quando

    escutamos os sons à nossa volta, ou um show de música, os ins-

    trumentos não vêm todos no centro, mas sim espalhados pelo pal-

    co ou pelo ambiente.

    É para simular esse efeito que utilizamos o controle da panorâ-

    mica em uma música.

     Assim como fizemos no ajuste de volume, o ideal é iniciarmos a

    espacialização pelo bumbo e caixa da bateria juntamente com o bai-

    xo. A razão disso é porque esses três instrumentos, que são a base

    da música, são geralmente colocados no centro, portanto servem

    como um ponto de referência no espaço. A partir desses três ele-

    mentos podemos então “espacializar” o restante dos instrumentos.

     A ordem seguida na escolha dos instrumentos para distribuir 

    dentro do estéreo pode ser a mesma que a escolhida na mixagem

    de volumes. O único cuidado é lembrar que os elementos princi-

    pais de uma música são geralmente colocados no centro e o res-

    tante em volta. Também tome cuidado para sempre fazer um equi-

    líbrio da música dentro do estéreo, nunca deixe muito som de um

    lado e pouco do outro em momento nenhum de sua música.

    Uma boa referência é você pensar no posicionamento de umabanda em um palco, a bateria, baixo e vocal, geralmente ficam no

    centro e os outros instrumentos são espalhados dentro do palco.

    6. PAN (Panorâmica)

    Dicas:. Coloque sintetizadores que tocam juntos em lados diferentesdo espectro;. Não coloque nenhum elemento no extremo do estéreo, elespodem sumir se a música for ouvida em mono

    . Coloque diferentes hats em diferentes posições do espectro

    Exercício: abaixe todos os volume e inicie novamente o ajus-

    te de volume, agora além de aumentar o volume espalhe os

    elementos dentro da imagem de estéreo.

    O canal de grupo facilita a sua mixagem, libera processamento

    do seu cpu e ainda é de suma importância para automações, por 

    isso ele é indispensável.

    Como criar um canal de grupo no Ableton Live?Você tem duas formas de agrupar canais:

    1 - Com a função group tracks.

    2 - Com a função "audio to".

    3 - Com canais de send / return.

    1 - Com a frunção group tracks

    Essa é a forma mais fácil e rápida, mas tem limitação de não

    permitir grupos dentro de grupos.

    Para agrupar desta forma você deve:

    1) Selecione os canais desejados

    2) Com botão direito do mouse abra o menu e selecione "Group Tracks"

    7. Como criar e usar grupos

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    3) O Live vai automaticamente agrupar os canais, você pode ago-

    ra controlar o volume de todos os canais em um mesmo local e

    também adicionar efeitos que vão ser aplicados em todos os ca-

    nais ao mesmo tempo.

    2 - Com a função "audio to" 

     A função “Audio To” agrupa dois ou mais canais, e permite que

    sejam criados sub-grupos

    Como fazer:

     Abra o patch bay clicando no pequeno botão com os inscritos I-

    O (“in” e “out” do inglês “entrada” e “saída”) encontrado no lado

    direito inferior do Ableton Live.

    Cada canal pode direcionar o seu áudio com a função “Audio

    To”, abrindo o patch bay você percebe que os canais têm comopadrão enviar o áudio para o canal de master.

     Abra um novo canal de áudio. (control + t) e renomeie este como

    “GRUPO” (control + R).

     Agora na janela “Áudio To” você pode escolher “Grupo”.

    Reparem que temos três opções sob a aba de monitor: “in”, “auto” e “off”.

    Isso significa que esse canal pode:

    “in” - receber o áudio de outros canais tanto de áudio e midi.

    “auto” - tocar os clips normalmente.

    “off” - desligar a monitoração do canal.

    Para nosso grupo funcionar devemos enviar os canais deseja-

    dos para o “GRUPO” e selecionar a opção “In” na monitoração

    deste canal.

    3 - Com canais de send / return

    Essa é uma terceira opção para agrupar canais, você pode na

    saída de áudio de cada canal usar o "Sends Only", use o controle

    de send para enviar o áudio para o canal de return, use esse tipo

    de técnica em qualquer canal que você quiser agrupar.

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    Aula 26 Mixagem II

    Objetivos. Uma nova introdução. Compressão para estabilizar o fader .

     Equalização para evitar mascaramento

    . Coloque em uma sala. Automação é o último toque. Como o seu mix deve estar antes de enviar para a masterizaçãoIntrodução

    Na primeira aula de mixagem você teve a chance de ver todos os

    passos técnicos necessários para a realização de uma mixagem (or-

    ganização de arquivos, renomeamento de canais, uso de cores,

    multing, comping e etc.), você também já teve a chance de mexer 

    em duas ferramentas que são de extrema importância para ajustar 

    O som mais alto é percebido como melhor 

    Você já deve ter escutado a ideia que que se uma música for 

    tocada alta ela tem a tendência de soar melhor - isso é verdade em

    1933 Fletcher e Munson realizaram um teste para analisar a per-

    cepção do volume do som em relação a sua frequência. Eles tes-

    taram com muitos voluntários se uma outra frequencia soava mais

    alta ou mais baixa em relação a frequência de 1kz.

    O resultado foi esse (já revisado no ISO 226 há alguns anos atrás):

    1. Uma nova introdução

    Se você acompanhar a tabela acima, fica fácil de perceber que para

    um som no extremo grave e extremo agudo para soar com o mesmo

    volume de 1kz precisa ser tocado com um volume bem mais alto.

    Só acima de 100 Dbs que essas diferenças ficam menores.

    Você pode e deve aprender algumas coisas com esses experimento:

    . O som mais alto, soa melhor, pois as frequências baixas e

    altas vão ter mais presença. Você deve testar a sua mixagem com diferentes volumes paraanalisar como ela se comporta nestas situações. A frequência média como tem menos variação, acaba se trans-

    formando em uma frequência chave para que a sua mixagem fi-

    quei melhor em diferentes situações.

    Sons percussivos pesam menos

    Mixar uma bateria é mais simples e fácil do que mixar um con-

     junto de strings e pads, isso acontece por que os sons de bateria,

    por serem mais curtos, acabam se sobrepondo menos e com isso

    causando menos cancelamento de frequências entre sí. No caso

    de strings e pads que são sons que tocam de forma mais constan-

    te é necessário usar de controles de pan, equalização e outras

    ferramentas para que eles não briguem por espaço na mix.

    Importância

    Para que ficar horas equalizando e colocando efeitos em sons

    que tocam por pouco tempo e volume baixo? Concentre o seu tempo

    e a sua atenção nos elementos que tem um papel principal na

    música que está sendo trabalhada.

    Natural versus artificial

    Na música eletrônica e em muitos outros gêneros, engenheiros

    de som estão usando a criatividade para criar mixagens que não

    sejam naturais mas que chamem a atenção da audiência. Você

    pode escolher se a sua mixagem vai para um caminho mais natu-

    ral ou artificial, gêneros como o Jazz, que pedem uma ambiêntação

    mais natural, mas mesmo esse gênero tem atualmente muitas

    músicas que tem o seu kick e snare mais proeminentes e reverbs

    que fogem do esperado e comum.

    Mudança

    Copiar padrões e técnicas que já são amplamente utilizadas por 

    outros artistas vai facilitar que você aprenda com os mestres - mas

    se você for apenas copiar e não adicionar nada, você nunca vai

    conseguir um espaço no mercado e também reconhecimento.

    Você quer ser o novo The Beatles (original) ou você prefere ser 

    apenas como o The Monkeys (cópia).

    Aprendendo a mixar Sem uma visão você nunca vai chegar lá!Um engenheiro novato só pensa em dois passos na hora de

    fazer uma mixagem:. Avaliação (Esse som soa bem? O que tem de errado com ele?). Ação (Quais equipamentos eu devo usar? Como devo usar osequipamentos?)

    Um engenheiro experiente trabalha com um outro fator é a Vi-

    são, ele com isso consegue pensar em: Como eu quero que isso

    soe? Isso facilita para avaliar se o som está correto e quais ferra-

    mentas devem ser usadas para corrigir isso.

    Algumas habilidades que o engenheiro também precisam de-

    senvolver são:. Concentre em poucas e boas ferramentas - não queira sair baixando todos os plug-ins disponíveis, leia o manual, estude

    Produção Musical

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    tutoriais, livros e artigos e se torne mestre das ferramentas que

    você já tem;. Relacionamento com pessoas - trabalhar com música e músi-cos as vezes pode ser bem estressante, você precisa desenvolver 

    um habilidade para contornar problemas e manter os seus clientes

    satisfeitos

    . Habilidade de fazer rápido - imagine que o João conseguefazer uma nova mixagem a cada 2 dias e o Pedro a cada um mês,no fim de um ano o primeiro vai ter feito 180 mixagens e o segundo

    apenas 12. Quem você acha que tem mais chance de aprender 

    com os seus erros e de se tornar um profissional melhor?. Música de referência e análise de mixes - use boas referênciaelas podem te ajudar a perceber os erros em suas mixagens e

    também avaliar técnicas e ferramentas empregradas em outras

    produções.. Escute em mono - muitos sistema de som são em mono, comoa sua mixagem vai ficar nestes sistema? Você prefere sacrificar 

    uma boa audição neste tipo de sistema para deixar ele mais

    estereofónico?

    Qual processo deve ser aplicado? A formulá tradicional é que você deve seguir passo a passo es-

    tes processos:. Faders. Pan. Processadores de áudio (Compressão e Equalização)

    . Modulação

    . Delay. Reverb. Automação A forma mais moderna e interativa de usar esses processos,

    leva em consideração que a mixagem deve ter uma direção e fluxo

    constante, você inicia fazendo muitas mais bruscas e usando to-

    dos os processos em sequencia, as mudanças continuam em uma

    espiral, que vai ficando cada vez mais refinadas.

    Qual é a hora de pular fora?

    Você nunca acaba uma mixagem e sim desiste dela, saiba a

    hora de parar de trabalhar e começar uma nova música / mixagem.

    Se você continuar trabalhando sempre vai ter algo para modificar 

    e melhorar (as vezes pode até piorar).

    Finalizando e estabilizando a mixagem

    Você vai precisar de muita experiência para conseguir criar uma

    mixagem que toque bem em diferentes sistemas de som, mas

    mesmo que você não tenha um estúdio com monitores de referên-

    cia de alta qualidade e uma sala tratada existem certas práticas

    que você podem fazer que vão te auxiliar para perceber se vocêestá indo na direção correta.

    Esse tipo de audição deve ser feita tanto com a música que está

    sendo mixada quanto com a música que você escolheu como refe-

    rência:

    . Volume baixo - como o seu mix soa em baixos volumes? Eleperde muitos elementos?. Fora do estúdio - deixe a música tocando e saia da sala,como ele soa do corredor?. No carro - a acústica dos carros geralmente é boa, esse tipode audição podem ajudar a identificar problemas de mixagem

    .   Heaphones - sem o problema de acústica ouvir comheadphones pode ajudar e muito a enconrtar problemas. Pontos específicos da sala - selecione mais de um pontocomo referência e analise como a sua música soa nestes locais.

    O compressor deve ser usado em uma mixagem para permitir 

    que o fader de um canal ou grupo fique estabilizado - se você está

    mixando um vocal e ele está em algumas partes muito alto e ou-

    tras muito baixa, esse é um sinal evidente que você vai precisar de

    um compressor para estabilizar ele.

    Você pode usar o compressor em uma mixagem para:. Tornar sons maiores, mais densos e gordos. Acentuar detalhes do som. Adicionar calor . Segurar volumes. Aumentar o Loudness. Diminuir ou aumentar a enfase na dinâmica de um som. Mudar o envelope de um som

    . Mover instrumentos para trás e para frente em um mixagem

    . Fazer sons programados em um computador soarem maisnaturais e orgânicos. Aplicar movimento de dinâmica. Use de side-chain para dar espaço para cada elementoExperimente diferentes compressores, para diferentes tipos de sons

    e situações, não esqueça de mantar uma visão clara do que realmente

    você está querendo com a aplicação deste processador de áudio.

    Um dos grandes problemas e obstáculos para qualquer pessoa

    que realize uma mixagem é o mascaramento.

    O mascaramento é um tipo de limitação auditiva que afeta prin-

    cipalmente quem trabalha com sistemas de pior qualidade ou sis-

    temas com menor número de pistas, e ocorre quando são grava-

    dos dois sons de freqüências próximas e normalmente o mais forte

    faz o que está com volume menor desaparecer. Por causa do fe-

    nômeno do mascaramento, todo instrumento em uma mixagem soa

    de forma completamente diferente quando solado, em compara-

    ção a como soa em conjunto com os outros instrumentos.

    Cada instrumento produz a freqüência básica de cada nota

    tocada, mas também produz múltiplos dessa freqüência. Em umpiano, tocando-se o A3, ouve-se uma freqüência de 440Hz. Mas

    também se ouve, com volumes menores, freqüências de 880, 1320,

    1760, 2200, e assim às vezes até mais agudas. Esses múltiplos da

    freqüência base são conhecidos como harmônicos.

    2. Compressão para estabilizar o fader 

    3. Equalização para evitar mascaramento

    Produção Musical

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    O nível de energia de cada harmônico determina o timbre de um

    instrumento, sendo o fator determinante para que a mesma nota

    soe diferentemente se tocada em um piano ou em um oboé, por 

    exemplo. Quando mais de um instrumento é tocado simultanea-

    mente, alguns harmônicos são mascarados, fazendo o instrumen-

    to soar diferente no conjunto do que solado.

     A melhor maneira de evitar o mascaramento é através da

    equalização, no entanto algumas vezes não é possível atingir um

    resultado satisfatório sem prejudicar o timbre e som do áudio gra-

    vado. Nesses casos podem ser usados outros recursos como, por 

    exemplo, a panorâmica e reverbs diferentes de modo que os ins-

    trumentos soem em regiões distintas dentro da mix.

    Quais são as aplicações de um equalizador?. Balanceamento de frequências em relação ao espectro -frequências com muita ou pouca ênfase pode ser manipulados

    pelo equalizador 

    . Moldar o timbre de instrumentos - magro, gordo, grande,pequeno, limpo e sujo, são apenas algumas características que

    o equializador pode moldar em um som. Separação - instrumentos parecidos podem ter os seus sonsseparados com facilidade através de um equalizador . Definição - o equalizador pode facilitar para a melhor defini-ção de sons e timbres. Uso criativo - o equalizador pode ser usado para transformar um som para que ele soa como nenhum outro na terra

    . Interesse - o equalizador pode aumentar o interesse do ou-

    vinte por um som. Melhorar a percepção de profundidade - sons médios e agu-dos são mais fáceis absorvidos, por isso é comum que sons que

    soem mais longe no mix tenham essas frequências cortadas. Efeitos mais realistas - efeitos também podem ser equalizadospara soar mais realísticos. Melhorias na imagem de estéreo - muitos equializadorestem funções que permitem equalizar de forma diferente a ima-

    gem em mono e estéreo. Ajustes de volume - muitas vezes não é o loop que está altoe sim algum som que pode ter o seu volume ajustado através de

    equalização.. Melhorar controle sobre a dinâmica - equalizar antes oudepois de um compressor pode mudar muito o resultado deste

    processo.. Remoção de conteúdo - o sub de um lead ou o agudo de umgrave pode ser manipulado por um equalizador . Compensação de uma gravação ruim - o equalizador podefazer milagres para "consertar e contornar" problemas gerados

    por uma gravação.

    Filtros e bandasEqualizadores classícos geralmente tem 2 ou 3 bandas de

    frequência, geralmente é isso que você precisa para atingir aquele

    som, equalizadores digitais tem as vezes uma dezenas de bandas

    e as vezes mais, muitas vezes a grande quantidade de opções

    atrapalham e não ajudam.

    Filtros. High Pass e Low PassOs filtros de passa alta e passa baixa são ferramentas ideias

    para cortar frequências e limpar o som. O filtro de passa baixa é

    largamente usada em quase todos os canais para controlar as

    frequências baixas que pode "embolar" com facildiade.

    Equalizador do Live com a banda 1 especializada para um filtro

    de passa alta (High Pass Filter)

    Equalizador do Live com a banda 1 especializada para um filtro

    de passa baixa (Low Pass Filter)

    . Low e High ShelvingDiferente do filro de passa alta e baixa o filtro de Shelving pode

    ser usado para aumentar frequências. No caso deste filtro uma

    parte do espectro fica intocado e as frequencia acima ou abaixo

    deste ponto são amplificados ou cortados.

    Exemplo das bandas 1 e 4 do equalizador do Live sendo usados

    como Shelving Filter - banda 1 cortando e banda 4 adicionando.

    . Filtros ParamétricosPodem ser usados para diminuir áreas inteiras do espectro mas

    também pode ser usadas para consertor mais específicos em al-

    gum ponto. O Q neste caso é usado para aumentar ou diminuir a

    quantidade de frequências influênciadas.

    Produção Musical

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    Como e onde usar equalização:Coloque um high pass filter em praticamente todos os canais

    para cortar as frequências baixas

    Use o equalizador para cortar e não para adicionar frequências

    Equalize os sons em conjunto com os outros elementos, eles

    precisam funcionar bem no mix e não em separado

    O equalizador adiciona uma espécie de delay na banda modifi-

    cada, isso pode alterar a phase de elementos importantes que po-

    dem se cancelar dessa forma

    Como equalizar?

    Na mixagem o equalizador deve ser usado principalmente para

    neutralizar qualquer tipo de mascaramento, principalmente dos ele-

    mentos primários.

    Cada instrumento tem a sua própría faixa de frequência:

    Você deve usar o equalizador para fazer o instrumento soar apro-

    priadamente e não permitir que ele atrapalhe a frequência de ou-

    tros instrumentos.

    Delays e reverbs, são importantes elementos de ambiêntação,

    eles vão permitir que a sua música soe mais natural e que os dife-

    rentes elementos pareçam vir de uma mesma composição.

    Você usa Delay em uma mixagem para:

    . Criar efeitos de pan - onde os elementos refletem de forma

    diferente, em diferentes posições do espectro de estéreo. Efeitos sincronizados com o tempo - isso é ótimo para pre-encher espaços sem confundir o groove de uma música

    4. Coloque em uma sala

    . Modulação - com delay curtos, esse processador de efeitoconsegue modular o som original. Automação - usar uma automação para aplicar o delay emapenas uma palavra pode dar uma ênfase importante nesta par-

    te

    . Adicionar vida - em um instrumento que não tem muitas va-

    riações e dinâmica. Preencher buracos no estéreo - com delay em pan. Criar uma imagem de estéreo falsa - com o delay em umdos lados você consegue criar uma imagem do estéreo. Fazer sons ficarem maiores / com mais amplitude - delayspodem facilmente sons ficarem maiores

    Os delays são ferramentas chaves e importantes para a produ-

    ção de música eletrônica, eles podem ser usados para deixar ele-

    mentos mais naturais mas também como antecipação de viradas e

    mudanças de frases e peças.

    Reverb:Na natureza o reverb é comumente encontrado em espaços fe-

    chados. A melhor forma de você pensar no som do reverb de uma

    sala é imaginar você dando um palma, o som que você vai ouvir 

    não vem apenas direto das suas mãos, esse som se soma ao som

    da palma que ao rebater em qualquer superfície retorna para você,

    essas reflexões vão diminuindo de força em relação ao material e

    formato da sala de dos seus móveis. Nós usamos emuladores de

    reverb nas mixagens para simular esse fenômeno natual.

    Como usar o reverb?

    Quantidade de reverbs - usar muitas "salas" em uma música

    pode criar o fenômeno conhecido por "ambience collision", que é

    quando muitos ambientes diferentes sem relação espacial são

    mixados juntos. Send ou Insert - Existem algmas situações onde o reverbdeve se inserido em insert mas no geral usar como send é me-

    lhor, pois você pode colocar mais de um elemento em uma mes-

    ma sala, fica mais fácil a maniupulação em send e você gasta

    menos processamento

    . Pre ou Post Fader - o melhor é usar em Post Fader para que

    o sinal seco e molhado fiquem conectados. Qual o volume ideal? = o reverb na maioria das suas aplica-ções deve ser sentido e não ouvido

    Diferentes efeitos pode precisar de diferentes configurações em

    diferentes momentos da sua música. As automações podem aju-

    dar a criar esse tipo de clima e de tensão, mas também podem ser 

    usadas para criar dinâmica em uma música e também corrigir pro-

    blemas de arranho e composição.

    Algumas automações que pode ser feitas são:. Aumentar o volume de algum instrumento em alguma parteda música

    5. Automação é o último toque

    Produção Musical

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    . Mutar alguns canais no começo da música. Fazer alguns instrumentos surgirem em fade in. Fazer alguns instrumentos terem mais brilho e presença emalguma passagem. Diminuir a bateria quando entrar um crash ou efeito similar 

    . Fazer o pan de instrumento para um lado no verso e para o

    outro no refrão

    . Colocar alguns efeitos especiais no vocal apenas em umaseção da música. Mudar o timbre do kick em algumas seções. Mudar o reverb do snare em apenas alguns sons. Diminuir o volume de alguns sons em algumas partes da música. Colocar distorção no baixo na parte do refrão. Aumentar a compressão da bateria durante o desenvolvimen-to da música. Aumentar e diminuir a imagem de estéreo de alguns instru-mentos em diferentes seções

    . O limite aqui é a sua imaginação.

    Quando a sua mixagem estiver pronta, chegou a hora de enviar 

    a sua música para um profissional especializado em masterização

    ou você mesmo começar esse processo.

    Para que uma boa masterização seja feita na sua música você deve:

    . Usar mídias de alta qualidade - algumas marcas de CD temqualdiade inferior, depois de investir tanto tempo produzindo emixagem a sua música não economize aqui;. Não faça fade in / out - deixe essa decisão para a parte damasterização. Deixe um espaço - pelo menos 3 DB, se ve você mandar oseu mix muito quente o engenheiro não vai poder fazer nenhu-

    ma processo sem precisar dminuir o volume inicial da música. Use arquivos de .WAV - ele é usado tanto em Windows quantoem MAC

    . Mantenha a qualidade atual - não faça nenhum tipo de con-

    versão de sample-rate / bit-depth

    6. Como o seu mix deve estar antes deenviar para a masterização

    Produção Musical

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    Técnicamente falando a master é a etapa intermediária entre a

    mixagem do estúdio e a replicação da mídia escolhida. A master é o processo que sintoniza uma coleção de músicas

    que farão parte de uma mesma mídia, fazendo com que estas

    músicas soem todas num mesmo tom ou espectro, volume e espa-

    ço adequado (intervalo entre músicas).

    O processo pode se fazer necessário por razões diferentes. Pode

    ser apenas o caso de “acomodar” todas as faixas de um álbum. Ou

    então, juntar várias gravações diferentes em um único volume. Ou

    ainda quem sabe, criar uma coletânea com músicas de diferentes

    volumes. Seja qual for a demanda, existem vários fatores e critérios

    a serem levados em consideração na hora de masterizar o material.

    O que a Master pode fazer por mim?

     Algumas pessoas vem a masterização como desnecessária e

    que engenheiros de masterização são uma espécie de fraude.

    Outros veêm a masterização como um processo mágico que ira

    fazer suas mixagens medíocres soarem como uma gravação de

    milhões de dólares. Nenhuma das premissas é verdadeira.

    Algumas das coisas que a

    masterização pode te ajudar:

    . “Apertar” os graves das suas mixagens, o tornando mais con-sistente de música pra música;. Maximizar o ‘loudness’ da sua música sem comprimir mais doque o necessário;. Dar a sua mixagem um som mais “polido”, tendo em mentetodo o material.. Adicionar “calor” e “pressão” na mixagem.O que a Pré-Master NÃO pode fazer por mim?. Consertar problemas de equilibrio na mixagem..

     Des-comprimir mixagens muito comprimidas

    . Adicionar frequências que estão carentes na mixagem.. Consertar problemas de sinc da gravação. Fazer mixagens medíocres soarem melhor.Há casos onde você fica tão satisfeito com o resultado de uma

    mixagem que chega a pensar que nada pode ser melhorado. Até

    que escuta a versão masterizada e fica perplexo de como está

    soando melhor.

    Por outro lado, pde haver situação em que você não está muito

    confiante na mixagem, e espera que isso se resolva namasterização, que ela esconda o problema de alguma forma. Ledo

    engano. O problema vai apenas se agravar.

    Portanto, faça toda a lição de casa durante a gravação, edição e

    mixagem. Aí então é hora de masterizar!

    Aula 27 Masterização

    1. O que é uma master?

    Sample Rate e Word Length (bits) determinam a qualidade dosinal digital.. Sample rate = quando um áudio analógico é digitalizado, por um conversor analógico - digital" o que teremos é uma amostra

    digital deste áudio, chamado de SAMPLER. Que é a amplitude do

    sinal analógico num exato momento de tempo. Quanto mais amos-

    tras do áudio conseguir por segundo, melhor será a representação

    deste som no formato digital. O áudio num CD respeita um padrão

    de 44.100 samplers por segundo (ou 44.1KHz).. BITs - Quanto maior a taxa de Bits no domínio digital, melhor será a faixa dinâmica, isto é, o som será melhor!

    É sempre melhor gravar e mixar na melhor amostragem digital

    possível, sendo que a redução desta amostragem para um forma-

    to menor será feita no processo de masterização.

    Pode-se dizer que a masterização é 30% ferramentas e técni-

    cas, e 70 % ouvidos e experiência.

     As melhores ferramentas que temos para realizar uma boa master são:

    a) bons ouvidos;

    b) uma boa monitoracao;c) uma boa sala;

    3.1. Monitores:Devem responder ao maior espectro possível de maneira flat,

    com a mínima alteração no espectro do som;

    Monitores grandes têm maior facilidade em atingir um melhor 

    resultado, alcançando freqüências mais graves.

    3.2. SubWoofers

    Podem ser utilizados para escutar os subgraves com maior cla-reza e definição. Tome muito cuidado, pois eles devem fazer parte

    do sistema de maneira balanceada.

    3.3. Equalizadores:Uma das ferramentas básicas da masterização.

    Na masterização tanto o equalizador como o compressor são

    usados na maior parte das vezes fazendo ajustes leves.

    Toda equalização na masterização afeta a mixagem inteira, so-

    bras de freqüências em apenas um instrumento, poderão ser leve-

    mente corrigidas na master, mas isto acaba sempre alterando um

    segundo instrumento que utiliza a mesma região do espectro de

    freqüência.

    OBS: UMA MASTERIZACAO NUNCA

    SALVA UMA MIXAGEM MAL FEITA!

    2. Informações básicas doformato de Áudio Digital

    3. Ferramentas de Masterização

    Produção Musical

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    Equalizador Paramétrico:

    Gain é o volume propriamente dito, pode ser positivo ou negativo;

    Q. – quanto maior o Q mais cirúrgico e a atuação do equalizador,

    Q baixos (.05) são mais suaves.

    3.4. Compressores e LimitersDurante uma gravação ou mix, estas duas funções podem ser 

    realizadas por um mesmo equipamento ou plugin, na masterização

    é necessário duas unidades distintas.

    Generalizando, o compressor é usado para controlar a dinâmica

    da música acrescentando punch, enquanto o limiter para controlar 

    os peaks dando volume para a música.

    O Limiter é um compressor com um ratio igual ou maior que 10:1;

    Novos limiters, chamados de “brickwall limiters”, foram criados

    com a capacidade de evitar que qualquer “peak” ultrapasse a linha

    do “treeshold”. Estes utilizam uma tecnologia chamada “look ahead”,

    que permite analisar e processar o som antes de escutá-los.

    3.5. Dither O Dither é uma pequena parte da masterização, mas de extre-

    ma importância.

    É o processo usado para evitar erros de quantização do áudio

    digital, quando reduzimos o “bit depht” do sinal digital.

    Ex. quando temos uma mixagem realizada em 24 bits e estamos

    masterizando para um CD onde o padrão é 16 bits.

    O dither é a ultima operação feita na masterização.

    Dica importante: Sempre que utilizar um limiter em sua músi-

    ca, deixe o dither desligado! Utilize apenas no último processo

    de renderização da música.

    Talvez seja uma boa ideia deixar o dither do ableton sempre

    desativado e utilizar de algum plugin como o L316 da waves. Para

    isso o limiter terá de ser o último plugin de sua cadeia.

    3.6. Metter Essencial em qualquer master, hoje é muito utilizado o meter 

    estilo "peak-reading".

    3.7. SignalPathCaminho que o sinal de áudio analógico percorre na masterização

    O máximo de volume sem distorção digital.... fazendo com que a

    música soe o mais alto possível, é o que a maioria das pessoas

    busca numa masterização, e isto nem sempre é bom.

    O aumento do volume das músicas vem crescendo de modo

    descontrolado, lembrando que quanto mais alto o volume, menor éo “headroom”, fazendo com que a música soe mais “chapada” e

    perca sua clareza.

    Loudness War Esse é um termo pejorativo aplicado à aparente competição exis-

    tente na masterização e lançamento de gravações digitais produ-

    zidas com percepção de volume cada vez mais alto, uma competi-

    ção entre as gravadoras para soar mais alto, se prevalecer frente

    a concorrência, e assim vender mais.

     A era digital possibilitou uma evolução assustadora dessa ten-

    dência, sofrendo um acréscimo de aproximadamente 20 dB em 20

    anos, o que é muita coisa!

     A figura a seguir exemplifica o fenômeno:

    4. VOLUME

    O efeito prático dessa compressão na faixa dinâmica (a diferen-

    ça entre os pontos de máxima e de mínima) é que perdem-se mui-

    tos detalhes de dinâmica do som, o que pode tornar a música can-

    sativa, pois as sutilezas e contrastes foram perdidos, ao ganho de

    muita distorção.

    Infelizmente a competição no mercado vem tirando a referência

    das pessoas, que raramente se atentam para isso. Não raramente,

    isso acaba forçando engenheiros de som a destruir suas

    masterizações por exigências de mercado ou de clientes que temem

    que suas músicas estejam soando “inferiores” às da concorrência.

    Esteja atento ao “vício” pelo loudness.

    Tabela comparativa da compressão usada durante anos:

    Variação da dinâmica em um período de 20 anos

    OBS: “HYPERCOMPRESSION” NÃO ENTRE NESTA!

    (taxas dinâmicas de 0.1 / 0.2 db)

    Dicas de como obter bom volume:a) Regule o compressor com uma taxa baixa de 1.5:1 ou 2:1

    para ganhar volume aparente;

    b) Use o Limiter para conter os “peaks”;

    c) Use -0.1 ou - 0.2 em seu máster fader , afim de evitar clip.

    ISRC - International Standard Recording Code foi desenvolvido

    pela ISO (International Organization for Standardization).

    Tem a finalidade de identificar todos os fonogramas, é um códi-

    go inserido no CD, composto por 12 caracteres.Estes caracteres indicam o país de registro do fonograma, pri-

    meiro dono, ano da gravação e código da música.

    Produção Musical

  • 8/18/2019 Produção Musical - Apostila 4

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     As etapas do processo geralmente incluem os seguintes itens

    (podem não se limitar ao que se segue):.  Importar as mixagens em uma sessão de masterização nasua DAW de preferência

    . Organizar os áudios na ordem em que serão publicadas na

    versão final, inclusive considerando o espaço entre as músicas.. Processar o ‘áudio para maximixar a qualidade sonora pen-sando na mídia particular em que se pretende veícular (ex: um

    EQ específico para vinil). Transferir o audio para a mídia desejada (CD, DVD, fita demeia polegada, etc)

    Exemplo de ações que podem ser tomadas durante a Pré-Master:. Edição de pormenores

    . Aplicação de noise reduction para eliminar hiss (se necessário)

    . Ajuste estéreo ou stereo enhancements

    . Adicionar ambiência. Equalização. Ajuste de volume. Compressão ou expansão dinâmica. Peak limit (limiter)

    Não existe uma receita de como dever ser feito todo o procedi-

    mento. Entretanto, podemos dar algumas dicas a respeito para que

    você saiba por onde começar a tratar os áudios.

    . Separe uma ou duas músicas de referência e importe no seuprojeto para que você possa comparar com as suas músicas. Evi-

    te trazer muitas referências para o projeto, pois o efeito pode ser o

    oposto e você acabar ficando confuso e sem referência.. Escolha a mixagem que mais lhe agrada do material que preten-de pré-masterizar e comece por ela. Aplique os procedimentos que

     julgar necessários (equalização, compressão, reverb, etc) até que

    fique satisfeito com o resultado e, a partir daí, adote essa música

    como a referência principal para a sua pré-masterização.

    . Tome o volume da melodia principal (normalmente a voz) nos

    trechos mais intensos de cada música como referência de equilibrio

    entre elas. Escolha o caminho mais simples para promover altera-

    ções se achar necessário. Por exemplo, se você achar que existe

    discrepância de volume de uma das músicas, compare o volume

    da voz com outras e simplesmente abaixe o volume daquele track

    até encontrar o equilíbrio com as outras músicas. Prefira fazer isso

    do que alterar parâmetros de compressão. Normalmente é mais

    simples e efetivo.

    ExercícioEscolha 4 mixagens e aplique os conceitos de Masterização

    com intuito de criar um EP com esse material.

    5. Quais são os procedimentos?

    6. Dicas sobre como proceder 

    Produção Musical

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    Aula 28 Re-Edits e Mash-upsIntrodução

     Antigamente, os DJs utilizavam fitas de rolo recortando-as para

    criar versões únicas de uma música. Assim, eles poderiam, esten-

    der uma música com versão editada para rádio, aumentar um break,

    recortar um break ou retirar a parte com vocal.

    Naquele tempo, você iria precisar de paciência de monge e a

    habilidade de um neurocirurgião para conseguir recortar e colar a

    fita e realmente conseguir o efeito desejado. Hoje em dia, ficou

    muito mais fácil! Com o Ableton Live você poderá editar e re-editar,

    cortar e re-cortar com apenas alguns cliques do mouse.

    RE-EDIT: Passo a passoDepois de sincronizar as músicas com o programa com o WARP.

    É hora de sermos criativos para adaptar essa faixa da melhor maneira possível ao nosso set.

    Com as marcações de warp corretas, podemos manipular a

    música escolhida a vontade. Podemos tirar um break ou repeti-lo,

    separar pedaços de uma virada e utilizar em mais momentos em

    nossa track, aumentar o tamanho da intro se quisermos mixá-la

    por mais tempo, bem como loopar qualquer treco da música por 

    maior tempo, enfim, as possibilidades são infinitas.

    Para realizar esse processo, é fundamental que as peças de 32

    tempos sejam mantidas, só assim não teremos problemas na hora

    de realizar nossa mixagem. Se você tiver dificuldades em visualizar 

    onde estão as tônicas e suas respectivas peças, experimente tra-

    balhar com o grid fixo em 8 bares (cada bar corresponde a um

    compasso de 4 tempos logo, a cada 8 bares temos exatamente 32

    tempos). Para deixar o grid fixo em 8 bares, basta clicar com o

    botão direito do mouse sobre a indicação do grid atual (no canal

    master) e selecionar: Fixed Grid: 8 Bars (atalho Cntrl +1 e+2

    (pc) Command +1 e +2 (mac).

     Agora, cada linha do grid aparecerá sobre uma tônica e o inter-

    valo entre essas linhas corresponde a uma peça de 32 tempos.

    Você pode começar o trabalho criando um clip para cada peça.

    Para isso utilizaremos o comando ctrl ou cmd + “e”. Isso criará um

    recorte no clip, transformando um clip em dois. Comece criando

    um recorte em cada peça.

    Música sem recortes:

    Música após os recortes:

    Selecionando com o mouse cada ponto da música no clip,

    clicamos a tecla “ctrl” mais a letra “e” (ao mesmo tempo) para fazer um corte exatamente nesse ponto.

    Você pode melhorar ainda mais sua organização no projeto atra-

    vés da utilização de cores. Assinale clipes com características es-

    pecíficas com cores diferentes. Nesse caso, os breaks da música

    foram pintados de vermelho. Para fazer isso, basta clicar com o

    botão direito do mouse sobre o clip e escolher a cor na parte de

    baixo do menu que se abre.

    Para repetir um clip, você pode utilizar o comando ctrl ou cmd +

    d. Isso criará um clip identico logo após o clip selecionado. Sempre

    que quiser duplicar um clip sem afetar o restante da música, é im-

    portante abrir espaço para ele. Selecione todos os clipes que fi-

    cam após o clip que você quer duplicar e mova-os para a direita.

    Para selecionar, basta clicar no primeiro clip da seleção, segurar 

    shift e clicar no último clip da música. Se você quiser duplicar o clip

    duas vezes, por exemplo, abra o espaço correspondente (basta

    clicar na seleção e arrastar) como na figura abaixo:

    Produção Musical

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    Em amarelo, o clip da intro que será duplicado.

    Para duplicar, utilize ctrl ou cmd + d. Os comandos de cópia (ctrl

    ou cmd + “c”) e cola (ctrl ou cmd +“v”) também funcionam.

    Suponha que nosso objetivo seja encurtar essa música, para

    realizarmos uma mixagem rápida. Podemos trazer o segundo break

    e todo o restante da música direto para o ponto onde entra o pri-

    meiro, eliminando-o.

    Para isso basta selecionar a entrada do primeiro break até o

    último, pressionamos ctrl ou cmd + x (recortar), clicamos no clip do

    primeiro break e ctrl ou cmd + v.

    Alguns recursos utilizados naconstrução de Mashups e ReEdits:

    FadesDentro da aba de automações de cada canal encontra-se o con-

    trole dos Fades, eles são individuais para cada CLIP. No ponto

    inicial é feito o FADE IN e no final o FADE OUT, o ponto do meio

    determina a curvatura do FADE.

    Quando separa um CLIP em dois cada um ficará com seu fade

    independente:

    Crossfader Quando fizer uma sobreposição de CLIPS se arrastar os pontos

    de fade criará o CROSSFADER entre eles.

    Controle de ganho CLIPCada clip tem o seu controle de ganho independente. Se sepa-

    rar a mesma música em dois ou mais clips eles terão seu controle

    de ganho separado.

    ReverseDentro da aba Sample no clip está a função reverse (tocar ao

    contrário).

    Produção Musical

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    Salvar WARPÉ possível salvar o WARP da música para quando for carregá-la

    novamente já vir com o WARP pronto, depois da sincronia basta

    clicar no botão SAVE dentro da aba sample.

    EfeitosUse e abuse dos efeitos nos canais para modificar realmente o

    som original e deixar os mashups com a sua cara. Aplique os mes-

    mos conceitos utilizados em suas producões.

    Efeitos de SEND/RETURN

    Utilize os conceitos já aplicados em suas

    produções com os efeitos de SEND/

    RETURN utilizando para melhorar as com-

    binações e criar mais subidas.

    Dica: Reverb com decay longo para subida!

    Filter delay efeito rítmico.

    AutomaçõesPara fazer as entradas e saidas e aplicação de efeitos use e

    abuse das automações.

     Automatizando filtros e efeitos.

    Recortes para subidaUma técnica muito utilizada nos mashups é utilizar o recorte do clip

    (similar ao loop do CDJ). Recorte um trecho e duplique várias vezes

    depois diminua o quantize proporcionalmente ao tamanho do loop.

    Dica: unir esse conceito a aplicação de efeitos e filtros.

    Sample EFX e FILLSPara compor seu Mashup utilize samples de subidas, descidas

    e fills nas viradas: Uplifters, Downlifters, Fills, Impact, Noise e etc..

    Atenção cuidado com o volume do MASTER!

    Ele não pode bater no vermelho.

    Você já aprendeu a fazer o warp em músicas inteiras, o que

    possibilita ao DJ realizar mixagens sem precisar se preocupar em

    acertar o pitch para cada virada. Agora vamos aprender como fa-zer o warp em acapellas, aquelas faixas que contém apenas o áudio

    com a gravação do vocal de uma música.

    Para o nosso exemplo, utilizaremos o clássico Indeep - Last Night

    a DJ Saved My Life.

    Nota: Para todas as músicas

    utilizaremos o warp mode

    COMPLEX (você aprenderá

    mais sobre warp modes na

    próxima aula).

    Warp Avançado

    Produção Musical

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    Como proceder?

    Existem duas maneiras básicas de se proceder. A primeira de-

    pende de você ter em seu HD a música original, que deu origem à

    acapella que você quer trabalhar. Se este é o seu caso, basta des-

    cobrir o BPM da música original. Você pode fazer isso de maneira

    simples utilizando o Mixed In Key.

    Depois que você encontrou o BPM da música original, voce deve

    imaginar que este será o mesmo BPM da acapella, e você está

    certo (cuidado para não comparar a acapella com nenhum remix

    da música original, pois este pode ter um BPM diferente).

    Em nosso caso, a música original possui 110 BPMs.

    1. Trazer a música original para a tela de arranjo.

    2. Ajustar o BPM geral do projeto para 110.

    3. Fazer o warp da música original.

     Ao conferir o warp que fizemos desta música, percebemos queo processo aprendido em nosso última aula não funcionou da ma-

    neira como deveria. Isso se deve ao estilo de gravação da faixa

    que estamos utilizando. Percebemos que ela tem um groove mais

    acentuado, o que significa que temos um BPM que traz uma certa

    variação no decorrer da faixa. Você irá se deparar com esta situa-

    ção toda vez que tentar fazer o warp em músicas cujos instrumen-

    tos foram gravados por músicos em um estúdio, é o caso de esti-

    los como o rock n roll.

    E como resolvemos esse problema? Vamos aproveitar a oportu-

    nidade para aprender como fazer o warp em faixas que exigem um

    cuidado um pouco maior. O processo é mais lento, porém mais

    detalhado. Após ter a música em nossa tela de arranjo seguimos

    os seguintes passos:

    1. Ligamos o metrônomo (canto superior esquerdo do programa).

    1 - Warp em Accapella com a música original

    2. Dois cliques no clip da música.

    3. Marcamos a primeira batida.

    4. Set 1.1.1 here.

    5. Warp From Here (Straight)

    6. Ligamos o loop e selecionamos uma área de 4 bares (Você

    pode escolher uma área maior, mas cuidado para não escolher 

    uma área muito grande)..

    7. Clicamos na barra que seleciona o tamanho do loop para que

    ela fique preta.

    8. Com a barra selecionada, pressionamos shift + seta para cima

    no teclado. Isso faz com que o loop pule para os próximos 4 bares.

    9. Acertamos o primeiro e o último beat do loop (se sentirmos a ne-

    cessidade, podemos acertar mais pontos de warp neste intervalo).

    10. Repetimos o processo até o final da música, marcando todos

    os pontos que acharmos necessários com o auxílio do metrônomo.

     Agora basta desligar o loop e pronto, nossa música está pronta

    para ser utilizada.Lembre-se sempre de que o DJ deve confiar mais nos ouvidos

    do que nos olhos, e como não poderia deixar de ser, isso também

    se aplica a realização do warp das músicas. Muitas vezes vai ser 

    difícil de identificar uma batida visualmente, tente sempre utilizar o

    auxílio do metrônomo para chegar a um bom resultado.

    Agora como procedemos com a acapella?

    1. Carregamos a acapella em um novo canal de áudio.

    2. Desligamos o warp e arrastamos o starting point para o início

    da faixa.

    3. Na timeline de nosso arranjo, procuramos onde começa o vocal

    na música original. Em nosso caso, fica entre o bar 12 e 13.

    4. Mexemos em nosso clip para ajustar a entrada do vocal da

    acapella com o vocal da música original.

    5. Ligamos o warp, marcamos o primeiro ponto e começamos a ajus-

    tar nossa acapella a partir daí. A ideia é fazer com que ouçamos

    apenas um vocal tocando, já que estarão sobrepostos um ao outro.

    6. Nunca esqueça de marcar os pontos de warp no silêncio após

    Produção Musical

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    cada frase do vocal para que os próximos pontos de marcação não

    afetem o trabalho que já foi feito (sem mexer na posição dos pontos).

    7. Vamos ouvindo e ajustando em relação à música original até

    chegarmos ao fim da faixa.

    8. Selecione a área entre o bar 12 de nosso arranjo e o bar 97

    para que fique em amarelo. em seguida tecle ctrl+J (consolidate)

    no teclado para criar um clip que, sempre ao ser disparado, terá

    o vocal tocando na hora certa.

    9. Clique em save e pronto, você já pode usar a sua acapella em

    qualquer música.

    Em muitos casos, você não terá acesso à música que deu ori-

    gem a acapella que você está querendo utilizar. Para que você

    consiga trabalhar com esta faixa no Ableton Live, podemos utilizar 

    uma técnica de warp um pouco diferente.

    Quando você ouve qualquer vocal, é possível imaginar o BPM

    deste vocal em questão. O ritmo está presente e, mesmo sem con-

    seguir ouvir a marcação dos beats, podemos imaginá-los. É imagi-

    nando os beats que faremos o warp de nossa acapella.

    O primeiro passo é trazer nossa acapella para a tela de cenas

    do Ableton e desligar o warp da faixa..

    Oberve que na figura acima o TAP está

    circulado em vermelho. É através da uti-lização do TAP que iremos determinar o

    BPM da música em questão. Como?

    1. Com o warp desligado, dê o play no clip.

    2. Deixe o metrônomo desligado.

    3. Agora imagine o beat da música e, a cada batida que você

    imaginar, dê um clique no TAP. Observe que o BPM do projeto

    vai se ajustando a cada clique.

    4. Faça isso por alguns segundos e você perceberá que o BPM vai

    circular em torno de um determinado valor. No nosso caso, entre

    109 e 111, ficando bem próximo de 110 a maior parte do tempo.

    5. Arredonde o valor do BPM para 110. É de se imaginar que esse

    seja o valor correto, pois apesar de tentar sermos o mais precisos

    possível, é muito difícil manter o ritmo correto o tempo inteiro.

     Agora que você já sabe o BPM da música, fica muito mais fácil

    fazer o warp de nossa acapella.

    1. Jogue a acapella de volta para a tela de arranjo.

    2. Ligue o metrônomo.

    3. Ligue o warp e marque o início da faixa.

    4. Identifique as sílabas tônicas

    O que são as sílabas tônicas? Em uma música, podemos obser-var que as sílabas mais fortes de uma palavra ou verso quase

    sempre ocorrem em cima da marcação de um tempo.

    Vamos fazer um exercício: Ouça com atenção a frase que está

    sendo cantada em nossa acapella.

    Se você concluiu que a vocalista está cantando “Last night a DJ

    saved my life”, você está correto.

    Dentro desta frase, quais são as sílabas que ela está cantando

    com maior intensidade?

    Se você acha que as palavras (sílabas) mais fortes da frase são

    “night” e “life”, você está correto mais uma vez. Preste bem aten-

    ção como estas duas palavras dão toda a cadência da frase. Através

    delas é possível imaginar o ritmo da música. Você já sabe que as

    tônicas estarão colocadas sobre os beats de nossa música, então

    vamos continuar o nosso passo a passo e você irá entender como

    manipular estas sílabas tônicas para fazer o warp da música.

    5. Marque o início da sílaba “night” com um ponto de warp.

    6. Delete a sua primeira marcação.

    7. Mova a sílaba “night” para o beat mais próximo, neste caso, 1.2 no grid.

    Perceba que o vocal não vai mais começar na primeira batida e quea palavra “life” foi parar logo em cima da primeira batida do segundo

    bar. Ouça esse trecho algumas vezes com o metrônomo ligado e tente

    perceber se esta marcação faz sentido para você. Faça o ajuste fino da

    sílaba “life”. Também podemos ter certeza, a partir destas marcações,

    que todas as vezes que a cantora repetir a frase “last night a DJ saves my

    life”, a palavra “life” estará na primeira batida de um bar.

    8. Continue ouvindo frase a frase, identificando as tônicas, criando

    as marcações e comparando o ritmo do vocal com o metrônomo.

    Não esqueça de criar um ponto logo após cada frase, no silên-

    cio, para que a movimentação das próximas marcações não afete

    as anteriores. Pode parecer difícil nas primeiras vezes, mas comum pouco de prática o processo começará a ficar bem prático e

    intuitivo. Teste várias acapellas diferentes e aplique-as sobre dife-

    rentes músicas para ter certeza de que você está fazendo o pro-

    cesso da maneira correta.

    2 - Warp em acapella semconhecer a música original

    Produção Musical

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    Aula 29 Mixagem I

    Objetivos da aula. Definir o que é remix

    . Apresentar motivos para fazer remixes

    . Tipos de remix. Como preparar arquivos para remix. Como modificar loops de bateria (envelopes, warp modes,edição de áudio). Como modificar amostras em loop. Como usar amostras de áudio para recriar instrumentos. Como recriar pxadões da música original em MIDI. Como adicionar novos samples e instrumentos ao seu remix

    Introdução:Fazer remixes ou ter as suas músicas remixadas é uma prática

    que é muito comum e pode servir para você aprender com pa-

    drões e timbres de outros produtores, mas também apresentar o

    seu trabalho para um novo mercado.

    Nesta aula você vai aprender a preparar as suas músicas para

    que outros aritstas façam um remix e também aprender como criar 

    remixes com boa parte dos conceitos e técnicas que foram apre-

    sentadas durante todo o curso.

     As competições de remixes são atualmente uma febre entre pro-

    dutores e selos fonográficos, é altamente aconselhavel participar 

    deste tipo de disputa para poder aprender como uma música émontada elemento por elemento.

    Muita gente confunde produções originais com re-edtis, mash-

    ups e remixes. Você sabe como diferencial eles?. Original Mix: música original composta pelo artista. Re-edit: feito pelo próprio aritista ou qualquer produtor / DJ quetenha a música original para modificar (geralmente um re-edit é feito

    sem autorização do autor, mas não tem fins diretamente comerciais);

    . Mash-ups: re-edits de duas ou mais músicas

    . Remixes: artista usa conjunto de amostras de áudio que con-

    tém a música separada, elemento por elemento, esse elemen-

    tos são usados como base para contruír uma nova música.

    Mercado de RemixesQuando um artista pede um remix seu para uma música, ele

    quer que você coloque a sua assinatura musical em sua obra, isso

    pode ser apenas uma versão com uma melhor mixagem e

    masterização, mas geralmente significa que alguns elementos da

    música original vão ser mantidos, mas muitos elementos vão ser 

    substituidos ou adicionados.Um remix pode mudar estilo, bpm, timbres, padrões, arranjo, in-

    serir ou tirar vocais ou qualquer outro tipo de modificação criativa.

    Muitas bandas de rock e artistas pop utilizam remixes de música

    eletrônica para apresentar a sua música para um novo mercado.

    1. Definir o que é remix

    Você deve fazer remixes para:

    . Estudar quantos elementos são usados em uma produção

    profissional. Estudar timbres e padrões de cada um dos elementos de umamúsica. Estudo de arranjo e dinâmica, comparando os elementos emseparado com a música inteira original. Apresentar o seu trabalho para um mercado diferente. Aprimorar e testar a sua identidade musical. Criar uma versão que possa ser tocada na rádio. Criar uma versão com qualidade melhor 

    . Alteração da versão original para que ela se encaixe em ou-

    tros gêneros. Reaproveitar uma parte de uma material já produzido. Possibilidade de se conectar com artista renomadosEsses são apenas alguns dos motivos que devem animar você

    a começar a fazer remixes e também disponibilizar as suas músi-

    cas para outros artistas.

    Dependendo da quantidade e profundidade das modificações

    que você fizer o remix pode ter vários tipos:

    . Remix para melhorar a qualidade - os timbres, padrões e

    arranjo são mantidos, as partes são apenas mixadas novamen-

    te para obter uma qualidade melhor . Remix para trocar timbres - os padrões e arranjo ficam iguaisou parecidos, mas os timbres são substiuídos para por novos

    que combinem com diferentes estilos.  Remix para trocar padrões - os timbres ficam parecidos,mas os padrões são modificados. Remix para manter alguns sons - alguns loops da músicaoriginal são mantidas, mas a maioria dos sons é substituída.

     Antes de você começar a fazer um remix é uma boa ideia, criar 

    os seus próprios arquivos para remix de uma música sua, com a

    realização desse processo você vai ter a chance de aprender como

    manipular as amostras de outros artistas.

    Passo a passo:. Abra a música que você vai criar as amostras para remix. Tire qualquer efeito no master . Mantenha efeitos no canal e efeitos de side-chain (pois sem issoas amostras podem soar diferente)

    . Sole o primeiro canal, se for um elemento que não tiver nenhu-ma variação de padrão, automação, selecione 4 tempos e exporte

    o primeiro canal - aproveita para nomer com o nome do elemento,

    se este canal tiver uma variação grande de padrão ou automação,

    2. Apresentar motivos para fazer remixes

    3. Tipos de remix

    4. Como preparar arquivos para remix

    Produção Musical

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    faça uma nova seleção e exporte ela. Siga solando e exportando cada um dos canais. Junte todos os samples em uma mesma pastaPronto! Você já criou o seu primeiro pacote de samples para

    remix, agora é só começar a disponibilizar para outros artistas.

    Como exemplo nesta aula vamos usar a música Sunshine Groove

    do Sonic Future.

    No pacote de samples para remix dessa música você tem 12

    arquivos, destes 12 arquivos apenas 2 são samples de bateria.

    Devo usar os samples de bateria da música original ou não?

    Isso vai depender muito da onde você quer levar esse remix, se

    ele for manter o mesmo estilo e bpm pode ser uma boa ideia usar 

    a original, mas se você quiser mudar de bpm / estilo ou imprimir 

    um som com caraterísticas próprias vai ser importante substituir a

    bateria (principalmente o kick).

    De qualquer forma é importante você aprender como reciclar 

    esses loops iniciais, para tentar usar pelo menos alguns sons para

    manter algumas características da música original.

    Neste caso vamos tentar fazer um remix mais deep da música

    original, por isso não vamos usar o kick original e vamo reciclar o

    loop de bateria para deixar ele mais limpo e suave.

    Siga este passo a passo e utilize as ferramentas que você achar necessárias, lembre-se sempre que nesta parte criativa você utili-

    zar diferentes técncias e conceitos para conseguir o resultado es-

    perado.

    5. Como modificar loops de bateria(envelopes, warp modes, edição de áudio) Por enquanto o Kick foi substitúido o bpm desejado foi colocado

    e loop de bateria ainda é o original.

    Warp Modes:Qual warp modes é melhor para bateria? O Warp modes beats é o

    mais indicado para esse tipo de amostra. No Warp Modes beats você

    também pode mudar o Transient Loop Mode, no modo Off você pode

    usar o Transient Envelope para deixar os sons mais curtos.

    Neste caso todos os sons vão ser encurtados em uma mesma

    proporção, o resultado ficou interessante, mas principalmente o

    Snare perdeu muito do seu impacto.

    Produção Musical

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    Envelopes de áudio:Eles podem ser uma boa solução para criar silêncio e também encurtar alguns elementos em específico. Esse tipo de envelope

    também pode ser usado para isolar os elementos (isso vai facilitar na aplicação de efeitos e também na mixagem da sua música).

    Com o envelope de áudio foi possível isolar o Snare, o resultado foi esse:

    Crie um novo canal e neste novo canal edite o loop para tirar os Snares e manter apenas os hats.

    Como neste loop tem também uma espécie de rim shot foi decidido criar mais um clip só com estes sons (foram selecionados nos outros clipes).

     Agora nós já temos 4 canais diferentes:

    Para personalizar ele ainda mais você pode:

    . Mudar o starting points dos hats e rim shot. Fazer loops mais curtos de cada um dos sons. Usar ferramentas de edição de áudio na tela dearranjo para criar variações diferentes que pode ser 

    mais simples e complexas.

    Uma outra forma pode-

    rosa de moficar tanto

    loops de bateria quantoquantos loops musicais é

    através do Slice to New

    Midi Track, com esse fun-

    ção você consegue rapi-

    damente transformar 

    áudio em MIDI em com

    isso controlar melhor 

    cada um dos sons.

    Selecione o loop que

    você quer transformar em áudio, clique com o

    botão direito e selecione

    no menu, Slice To new

    MIDI Track.

    6. Como modificar amostras em loop

    Você pode selecionar diversas formas de fragmentar este aúdio,

    uma das melhores e mais fáceis de serem aplicadas e Transient, o

    Live vai automaticamente cortar os sons em diferentes pedaços, umaoutra forma que funciona parecida mas com maior precisão, é mar-

    car cada um dos sons com um warp marker (corrigindo qualquer 

    problema de groove) e na hora do slice selecionar Warp Marker.

    O resultado em ambos os casos vai ser este:

    Produção Musical

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    O Live vai manter o loop inicial, adicionar um novo canal MIDI com todos os pedaços em separados e também criar um clip de MIDI

    para reproduzir os sons da mesma forma que eles estavam dispostos no loop inicial.

    Com o novo canal, você pode usar os mesmos sons mas criar o seu padrão, no exemplo abaixo foi cortado apenas os snares do loop.

     As técnicas de sampleamento são uma excelente forma de reaproveitar elementos da música original em um novo padrão e tom.

    Para samplear com sucesso e sem muitas surpresas, o ideal é você descobrir o tom da música e também de cada uma das notas do

    timbre que você quer modificar. No caso da música Sunshine Groove o tom dela é Dó menor, se você é um música treinado vai ser fácil

    de descobrir isso, se você não é a melhor solução é usar o software Mixed in Key, o tom da música já é de grande ajuda, mas nem todos

    os elementos e notas devem estar no mesmo tom. Para descobrir o tom de cada uma das notas do baixo, coloque ele na tela de arranjo,

    corte ele me pedaços e consolide todos eles, esses pedaços devem ser colocados no Mixed in Key.

    7. Como usar amostras de áudio para recriar instrumentos

    O Mixed in Key descobriu que algumas

    notas são em Dó e algumas são em Fá e

    outras em Lá sustenido. Para facilitar vamos

    escolher uma nota em dó para colocar no

    Sampler.

    Carregue a nota em Dó no Live, use as ferramentas de edição e um bom zoom para

    selecionar só a nota do Bass. Carregue essa nota no Sampler, como a nota raíz dela já

    está em Dó você não vai precisar mudar o Root Key (se fosse outra nota ele precisaria

    ser modificado ou qualquer padrão que fosse montado ficaria fora do tom).Com o sample no sampler você pode contruír um novo padrão de baixo, como este abaixo:

    Você além de poder construír um novo padrão também pode usar as muitas funcionalidades do Sampler para moldar o som como

    você quiser. No caso como estamos neste exemplo fazendo um remix mais deep, cortamos um pouco o som com envelope e também

    tiramos algumas frequências com o filtro.

    Produção Musical

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     Agora nós já temos uma

    bateria renovada e tam-

    bém um baixo com o tim-

    bre original e um novo pa-

    drão, você pode criar um

    nova camada para o bai-

    xo com um outro timbre.

     A função de slice do new MIDI Track também pode ser usado como uma ferramenta poderosa para conseguir "pegar" o padrão MIDI

    de um loop. Selecionamos para isso o sample "Filtered Disco Loop", depois do Slice to New MIDI Track (Transient) ele ficou assim.

    8. Como recriar padrões da música original em MIDI

     A ideia é pegar as posições de cada um das notas e usar elas em um novo instrumento, se você colocar esse MIDI para tocar ele vai

    fazer um som de Glissando, para que o som fique interessante e dentro do tom, você precisar editar ele para ficar dentro da escala, como

    por exemplo algo assim:

    Você pode fazer isso com vários instrumentos

    para manter os padrões originais e adicionar os seuspróprios sintetizadores.

    Você pode adicionar quantos novos sons você achar necessário, só é importante levantar em consideração alguns fatores:. Mantenha no mínimo 3 sons originais. Não adicione um vocal se a música já tiver um, a não ser que você crie uma espécie de dueto. Analise como são os breaks e o arranjo da música original, as vezes é importante manter alguma virada e efeito especial.

     Procure samples que estejam no tom da música original

    . Use as técnicas anteriores, para captar samples ou padrões e usar eles de forma diferente a criativa. Não deixe o seu remix como uma cópia da música original, você deve conseguir colocar a sua identidade nele. Não tenha medo de experimentar trocar a música original para um novo estilo e BPM, na maioria das vezes é isso que o autor procuro em um remixer.

    9. Como adicionar novos samples e instrumentos ao seu remix

    Produção Musical

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    Aula 30 Live PAObjetivos. O que é Live PA?. Definindo o conceito do seu projeto.

     Vantagens e Desvantagens do formato do Live PA

    . Formatando o seu Live PA. LaunchIntrodução

    Boa parte do rendimentos de um artista é através da apresenta-

    ção ao vivo, muitas gravadores atualmente querem fechar turnês

    com os artistas e não apenas álbuns, assim eles também podem

    lucrar com os shows.

     A boa notícia é que o Live é um software muito versátil, ele pode

    ser usado com facilidade como uma ferramenta de performanceao vivo, essas apresentações poder ser em formato solo, duplas,

    grupos e uma quantidade enorme de combinações.

    Live PA é a apresentação de música eletrônica com produções

    próprias criadas ou reeditadas ao vivo com o uso de hardware(s)

    (sintetizadores, baterias eletrônicas, grooveboxes e/ou outras

    tecnologias), instrumentos musicais, ou apenas um computador 

    equipado de um DAW .

     A sigla PA ("Public Address") implica em algum tipo de criação

    ou interferência em tempo real, ao vivo. O termo Public Address,

    que significa “endereço público”, se refere ao fato do produtor es-

    tar fazendo em um local público (apresentação) o que normalmen-

    te estaria sendo feito em estúdio: elementos da música. Bem dis-

    tante do formato DJ set, que consite em reproduzir músicas de

    outros artistas.

    Muitos artistas populares do mundo da música eletrônica são

    conhecidos como artistas que se apresentam no formato de Live

    PA. Grandes nomes como Kraftwerk, Underworld, The Chemical

    Brothers, Crystal Method, The Prodigy, Daft Punk, sendo o primei-

    ro o precursor desta modalidade de apresentação.

    2.1. Gosto MusicalQue tipo de música você costuma escutar? Se imagine produzin-

    do e tocando músicas de um estilo que você não tem nenhuma afini-

    dade. Além de não te trazer satisfação pessoal, isso com certeza

    renderia uma apresentação sem vida e conseqüentemente pouco

    atrativa. A música que você ama deve estar no centro do seu projeto.

    2.2. OportunidadesNão perca as raízes, mas procure criar algo novo. Melhor do

    que lançar mais um Live P.A. de Electro-House, Techno ou Psy-

    Trance é conseguir pensar mais à frente e desenvolver um traba-

    lho único, misturando as influências que você realmente gosta com

    1. Conceito de Live PA

    2. Definindo o conceito do seu projeto

    algo que já existe criando algo novo. Assim você seria reconheci-

    do como um artista com um diferencial único e talvez até o criador 

    de um novo estilo de e-music.

     A tendência de qualquer movimento musical à medida que vaise enraizando em um país/cultura é de ganhar contornos regio-

    nais, o que torna muito difícil conseguir um lugar ao sol produzindo

    os gêneros que já tem os seus ícones consolidados em seus paí-

    ses de origem.

    Temos outros lados a serem explorados, como a inserção de

    elementos eletrônicos junto a uma banda, o que é também de cer-

    ta forma um Live PA, porém neste caso não é o foco principal da

    apresentação. Este tipo de ação esta ficando cada vez mais co-

    mum e vem quebrando a barreira do preconceito entre o universos

    de bandas e e-music.

    2.3.1. Público

    O Público tem interesse no conceito que você quer apresentar? Ana-

    lise também que alguns gêneros são muito fechados para inovações.

    Lembre também que, na maioria das vezes, o público só está na bala-

    da por puro entretenimento e não quer fazer o mínimo esforço e para

    entender e “digerir” o som, e sim dançar, beber, etc. Outro ponto impor-

    tante: qual é o público que você está querendo atingir? Ele realmente

    existe? O ideal é você partir do público do qual você faz parte, buscan-

    do unir ao seu som elementos que despertem o interesse e a identifica-

    ção de pessoas de outros segmentos musicais.

    2.3.2. Promoters

    Se você está visando se apresentar em clubes de e-music não

    adianta nada montar um projeto com uma banda de 5 pessoas ou

    coisa parecida se a maioria das cabines de som mal comportam 3

    pessoas lado a lado. Pense nisso antes de começar a chamar um

    grande número de músicos porque 99% dos clubes não têm mesa

    de som/microfones/cabos para suportar essa quantidade de artistas.

     Além disso, o clube teria um custo extra na noite, (dinheiro que pode-

    ria vir direto para as suas mãos). É importante lembrar que o empre-sário da noite quer ver o dinheiro entrar e ficar no caixa, com muita

    gente na balada pagando ingresso e consumindo dentro da sua casa.

    2.3.2. Mídia

     A mídia está sempre procurando “The Next Big Thing” (a próxi-

    ma grande banda, gênero ou tendência). Com esse movimento ela

    pode rapidamente levantar a sua banda que foi descoberta em um

    novo site de relacionamento (que foi o caso do Bonde do Role no

    Myspace, pelo dj americano Diplo) como também podem ajudar a

    derrubar o seu gênero preferido mudando o foco para o próximo

    destaque da cena.

    O ideal é ano a ano lançar um novo álbum trabalhando mais a

    fundo o conceito, mas sem mudar completamente o seu foco e sim

    incrementando com novidades que podem manter o radar da mídia

    Produção Musical

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    atento ao seu trabalho. Se você tiver o apoio da mídia fica bem

    mais fácil vender um show e começar a criar uma legião de fãs.

    Mesmo que a indústria fonogr