Produção Fitoplanctônica em Ecossistemas Límnicos...
Transcript of Produção Fitoplanctônica em Ecossistemas Límnicos...
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO DEPARTAMENTO DE ECOLOGIA/CCS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA/PPGE
Produção Fitoplanctônica em Ecossistemas
Límnicos Brasileiros:
Síntese e Cenário Atual
Fernanda Bassoli
Rio de Janeiro,
Dezembro de 2006
Livros Grátis
http://www.livrosgratis.com.br
Milhares de livros grátis para download.
Produção Fitoplanctônica em Ecossistemas Límnicos
Brasileiros:
Síntese e Cenário Atual
Fernanda Bassoli
Orientador: Fábio Roland
Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Ecologia
PPGE/UFRJ, como parte dos requisitos para a obtenção do título de mestre
em Ecologia.
_____________________________________________
Prof. Fábio Roland
_____________________________________________
Prof. Francisco Assis Esteves
_____________________________________________
Prof. Carlos Eduardo de Mattos Bicudo
i
BASSOLI, FERNANDA
Produção Fitoplanctônica em Ecossistemas Límnicos Brasileiros: Síntese e Cenário
Atual. [Rio de Janeiro] 2006
117 p. 29,7 cm (Instituto de Biologia/UFRJ, M.Sc., Ecologia, 2006)
Dissertação – Universidade Federal do Rio de
Janeiro, PPGE.
1. Produção Primária Fitoplanctônica.
I. IB/UFRJ II. Título (série)
ii
À minha mãe, por seu incondicional incentivo e apoio.
À minha filha Laís.
iii
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por tudo de bom e de ruim que Ele me
propiciou, o que foi fundamental para o meu crescimento, assim como todas as
pessoas maravilhosas que Ele pôs no meu caminho.
Aos meus pais, que sempre estiveram ao meu lado, incentivando, apoiando
e me levantando quando eu tendia a cair.
Ao Beto, por sua dedicação e amor, que me propiciaram a paz e a
tranqüilidade necessária para a elaboração desse trabalho.
Á minha filha, Laís, por transbordar a minha vida de alegria.
Aos meus irmãos Paula e Guilherme, pela amizade e por sempre estarem
prontos a ajudar.
A tia Tada, tio Luís, Bruninho e Fabinho, por terem me acolhido com carinho
e amizade inimagináveis e por terem feito das minhas idas e vindas ao Rio de
Janeiro as mais agradáveis possíveis.
A toda minha família, fonte de exemplos, que sempre me apoiou, em todos
os momentos.
Ao professor Ferrari, que me despertou o grande interesse pela Biologia, e
proporcionou que eu chegasse até aqui, assim como a todos os professores que
me ajudaram nesta trajetória: Adilson, Andréia, Wander, Marco Aurélio, Zé Mário,
Regina, Hirosh, Celinho, Sandra, Farah, Edmundo e a todos os outros não citados
aqui. Muito Obrigada!
iv
Ao pessoal do LEA: Luciana, Lili, Raphaela, Raquel, Dionéia, Felipe,
Natalinha, Lúcia, Nathan, Marininha, Simone, Caique, Alessandro, Mariana e
Marcela, pela amizade e carinho.
À Luciana, que sempre esteve ao meu lado, mesmo estando distante,
esclarecendo dúvidas, apoiando, discutindo idéias. Obrigada pela amizade e pelos
nossos entusiasmados debates científicos (ou não), que me fazem tanta falta.
A Marcinha e D. Sueli da secretaria do PPGE, pela atenção e constante
auxílio.
Ao Prof. Raoul Henry por suas importantes sugestões e contribuições para
este trabalho.
A Prof. Vera Huszar, por ter me introduzido de forma fascinante no estudo
do fitoplâncton, por ter me acompanhado e orientado pacientemente desde o início
do meu ingresso no mundo da ciência e pelo seu incomensurável auxílio na
elaboração dessa dissertação. Obrigada pela sua dedicação, atenção e por seu
grande exemplo de profissionalismo.
Ao meu orientador, Fábio, por me apresentar apaixonantemente à
Limnologia. Obrigada pela grande confiança depositada em meu trabalho e por ter
me acompanhado por todos esses anos, muitas vezes de longe, às vezes de
perto, mas sempre me ensinando a ser cientista e a caminhar com minhas
próprias pernas por esse caminho cheio de pedras, de pedregulhos, mas, no fim,
com o lindo lago cristalino, que todos nós almejamos.
A todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste
trabalho.
v
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra...
Drummond
vi
Resumo Geral
O principal objetivo desta pesquisa foi revisar a literatura brasileira sobre
produtividade fitoplanctônica nos ecossistemas límnicos, a fim de agrupar e sintetizar o
conhecimento acumulado durante mais de três décadas de estudos, assim como
investigar a variabilidade dos dados, padrões, tendências e, principalmente, buscar
propriedades inerentes ao todo, as quais são invisíveis quando analisamos dados de um
único lago ou reservatório e que podem ser essenciais para a compreensão da dinâmica
da produtividade dos ecossistemas aquáticos. Além disso, nós comparamos as taxas de
produção entre os diferentes tipos de ecossistemas abordados (lagos, reservatórios e
lagos de inundação), contrastando os dados dos ecossistemas brasileiros com os de
outros sistemas tropicais e temperados.
Os estudos da produtividade fitoplanctônica apresentaram um padrão de
crescimento desde a década de 60 até os anos 90, quando houve um “boom” de
publicações sobre o assunto. No entanto, na atual década, esta tendência parece estar
diminuindo. Os sistemas brasileiros mais estudados foram os reservatórios,
principalmente aqueles do estado de São Paulo, os lagos naturais do Vale do Rio Doce,
as lagoas costeiras e os lagos de inundação da Amazônia, respectivamente.
A análise dos dados de produtividade fitoplanctônica de 60 ecossistemas
brasileiros de água doce, incluindo lagos, reservatórios e lagos de inundação, mostrou
uma predominância de sistemas oligotróficos na base de dados. Foram encontradas
relações significativas, embora fracas, entre NPP integrada (mg C. m-2. h-1) e latitude
(r2=0,11; p<0,01), N NH+4 (r
2=0,32; p<0,05) e clorofila a (r2=0,16; p<0,05). A relação entre
a PPL por unidade de volume e a Pmax foi altamente significativa (r2=0,99; p<0,01), assim
como a relação clorofila a vs. PT (r2=0,58; p<0,01). Foram encontradas também
vii
diferenças significativas entre os diferentes tipos de ecossistemas (lagos, reservatórios e
lagos de inundação), sistemas rasos e profundos e sistemas com diferentes estados
tróficos em relação à PPL. Alguns sistemas analisados em base inter-anual apresentaram
tendência a eutrofização, no entanto não foram encontradas diferenças significativas nas
taxas de PPL entre os anos estudados.
viii
General Abstract
The main goal of this work was to revise Brazilian Phytoplankton Productivity
literature, in order to connect and synthesize the knowledge accumulated during more
than three decades of productivity studies, besides investigate data variability, patterns,
trends, and mainly, to search properties inherent to the whole data, which are invisible
when we look at a single lake or reservoir data, and can be essential to understand the
dynamic of freshwater ecosystems. Additionally, we have compared Brazilian productivity
among ecosystem types (lakes, reservoirs and flood plain lakes), contrasting our data set
to others tropical and temperate systems. Phytoplankton productivity studies presented an
increase pattern since 60 decade until 90’s, when there was a boom of works. However, in
the present decade, this tendency seems decrease. The more studied Brazilian systems
were the reservoirs, mainly those from São Paulo state, natural lakes from Rio Doce
Valley (Minas Gerais), coastal lagoons and Amazonian flood plain lakes.
The analysis of productivity data from 60 Brazilian freshwater systems, including
lakes, flood plain lakes and reservoirs, showed a distribution skewed to the left,
predominating oligotrophic systems in the data set. We have found not strong, but
significant relationships between NPP (mg C.m-2.h-1) vs. latitude (r2=0.11; p<0.05), NPP vs.
N NH+4 (r
2=0.32; p<0.05) and NPP vs. chlorophyll a (r2=0.16; p<0.05). Volumetric NPP vs.
Pmax relationship was highly significant (r2=0.99; p<0.01), and also chlorophyll a vs. TP
(r2=0.58; p<0.01). Significant differences have been found between types of ecosystems
(lakes, flood plain lakes and reservoirs), deep and shallow systems and lake trophic status
in relation NPP rates. There was an eutrophication tendency in some systems analyzed in
an inter-annual basis; nevertheless NPP rates among the years were not significant.
ix
Sumário
Introdução 1
Objetivos 12
Capítulo 1: Caminhos da Produção Fitoplanctônica em Ecossistemas
Aquáticos Continentais (Lições de Limnologia, Ed. Rima, 2005).
13
Capítulo 2: Revisitando os dados de Produtividade Fitoplanctônica dos
Ecosistemas Límnicos Brasileiros: Lagos, Reservatórios e Lagos de
Inundação
47
Considerações Finais 89
Referências Bibliográficas 93
- 1 -
INTRODUÇÃO
O clima tem forte influência sobre os fatores que determinam o volume e
distribuição da água doce (evaporação, transporte do vapor de água e precipitação) e sua
disponibilidade para os ecossistemas e para as atividades antrópicas (CARPENTER et al.,
1992). A biosfera contém somente 0,014% da água presente na Terra, distribuída entre
lagos (0,008%), solos (0,005%), atmosfera, rios e biota (0,001%) (LA RIVIERE, 1989). Além
disso, apenas 2,58% desta água são constituídos por água doce, ocorrendo na forma de
gelo (1,97%) ou nos lençóis freáticos (0,61%).
Durante os últimos 100 anos, a média global de temperatura da superfície da Terra
tem aumentado cerca de 0,6 ± 0,2o C (IPCC, 2001). Existe um consenso de que as
atividades humanas estão transformando o clima da Terra e que o aquecimento global
causado pela interferência antrópica pode alterar processos biológicos (PARK et al., 2004).
As mudanças climáticas globais têm ocorrido principalmente em função do aumento das
concentrações de dióxido de carbono na atmosfera, assim como dos outros gases
causadores do efeito estufa, como o metano e o óxido nitroso.
Na última década uma atenção especial tem sido dada às variações nas taxas de
produção primária, principalmente em função do aquecimento global.
Inquestionavelmente, o seqüestro de CO2 pela biosfera fotossintética (ecossistemas
continentais e oceanos) desempenhará um papel crítico nas tendências climáticas futuras
(BEHRENFELD et al., 2002). Apesar do grande interesse sobre a influência das mudanças
climáticas globais sobre a produtividade primária (PP), existe pouca evidência empírica a
respeito do mecanismo de resposta da PP ao aquecimento GLOBAL (CARPENTER et al.,
1992; MAGNUNSON et al., 1997).
- 2 -
Analisando a resposta da produção vegetal terrestre ao aquecimento global
durante 18 anos (1982-1999), NEMANI et al. (2003) Constataram que a produção vegetal
líquida, aumentou 6% globalmente, de modo que os ecossistemas tropicais contribuíram
com a maior parte deste aumento. A Floresta Amazônica contribuiu com 42% do aumento
da produção primária líquida, em função, principalmente, da redução da cobertura de
nuvens, que resultou em aumento da radiação solar incidente na floresta.
PARK et al. (2004) analisaram dados de 42 anos de medidas de produção primária
em um lago subalpino (Castle Lake, Califórnia) a fim determinar como a variabilidade
climática poderia influenciar a produtividade do lago. Os autores encontraram um
significativo aumento na média anual de temperatura (0,91o C) durante o período
analisado e que a variabilidade na temperatura e precipitação, causada pelo aquecimento
global, El Nino e Oscilação do Pacífico, influenciou a produtividade primária e as
comunidades planctônicas nos lagos dimíticos da América do Norte.
Estudos recentes têm investigado o efeito do aumento das concentrações de CO2
sobre a resposta fisiológica dos produtores primários (URBAN, 2003; LEE et al., 2001;
FUHRER, 2003). O crescimento das plantas depende das concentrações de CO2, sobre as
quais se tem uma expectativa de crescimento de cerca de 400 ppm (nível atual) para algo
entre 700 e 1000 ppm no próximo século (WATSON et al., 2001). Em resposta a essa
mudança, espera-se um crescimento da produtividade primária global dos ecossistemas
aquáticos e terrestres (COLLINS & BELL, 2004). Além disso, vários modelos predizem
aumento nos fluxos de carbono continente-atmosfera e oceano-atmosfera dos níveis
atuais, ≅ 2 Pg C por ano para ≅ 5 Pg (WATSON et al., 2001). No entanto essas projeções
têm complicadores, como mudanças sincrônicas na temperatura e em outros fatores.
Estimativas da fixação de carbono pelo fitoplâncton chegam a 23 x 109 toneladas
de carbono por ano ou cerca de 30% do total de carbono fixado na Terra (FORSBERG,
- 3 -
1985). O fitoplâncton tem um papel fundamental na cadeia trófica dos ambientes
aquáticos, exercendo duas funções principais: 1) como produtor primário, fornecendo
material orgânico particulado para o zooplâncton e para os peixes e 2) fornecendo matéria
orgânica dissolvida de alta qualidade para as bactérias heterotróficas, o que é conhecido
como “alça microbiana” ou “microbial loop”.
Nas últimas décadas, a contribuição da excreção fitoplanctônica para a alça
microbiana tem recebido considerável atenção por parte dos ecólogos aquáticos (COLE et
al., 1982; BROOK & CLYNE, 1984; MALINSKY-RUSHANSKY & LEGRAND, 1996; FINDLAY et al.,
1998). O carbono orgânico extracelular fornecido pelo fitoplâncton (EOC) pode contribuir
para as bactérias com cerca da metade da sua demanda de carbono em alguns
ambientes (LARSSON & HAGSTRÖM, 1982). Alguns estudos sugerem que uma considerável
fração da produção fitoplanctônica passa através do componente bacteriano (BLOCK &
CLYNE, 1984), e a produção bacteriana corresponde à cerca de 20% da produção primária
fitoplanctônica (COLE et al., 1988).
Os ecossistemas aquáticos continentais compreendem menos de 1% da superfície
da Terra, no entanto são com freqüência as áreas mais produtivas. Os lagos de água
doce e rios englobam 0,2% da superfície terrestre e têm um volume de pelo menos 2,04 x
105 Km3. Poucos lagos são excessivamente profundos, sendo 10 m a média dos lagos do
mundo. O lago Baikal (1741m de profundidade) contém 11% das águas doces da Terra,
representando o maior reservatório de água doce do mundo. Adicionalmente, os cinco
Grandes Lagos da América do Norte, concentram cerca 20% da água doce (LIKENS,
1975). Existe um número entre 5 e 50 milhões de lagos na superfície continental da Terra.
Destes, apenas cerca de 10% são tropicais, devido, principalmente, à raridade de
ocorrência de lagos de origem glacial em baixas latitudes. Na região tropical, os tipos de
lagos mais comuns são os originados a partir de rios, seguidos pelas lagoas costeiras e
- 4 -
pelos lagos vulcânicos, enquanto na região temperada cerca de 60% dos lagos são
glaciais (LEWIS, 1996).
Em lagos grandes e profundos, o fitoplâncton é indubitavelmente o maior produtor
primário. No entanto, nas áreas litorâneas de lagos profundos, em lagos rasos, brejos,
pântanos e ecossistemas de águas correntes, a contribuição do perifíton e das macrófitas
é certamente mais importante, senão dominante. Os lagos rasos são normalmente muito
produtivos por unidade de área e, por isso, de especial interesse ecológico (LIKENS, 1975).
Os lagos tropicais de profundidades moderadas a grandes, são predominantemente
monomíticos quentes, apresentando grande regularidade sazonal de mistura, o que
tipicamente ocorre no período de inverno. A estratificação é sazonalmente persistente,
mas menos estável do que em altas latitudes. A eficiência da ciclagem de nutrientes é alta
na região tropical, em função da mistura intersazonal combinada com elevadas médias de
temperatura, que resulta em altas taxas de regeneração de nutrientes (LEWIS, 1996).
Os estudos nas regiões tropical e subtropical são escassos em comparação com a
região temperada (LEWIS, 1996), de modo que pouco se conhece sobre a dinâmica do
fitoplâncton nos lagos do Hemisfério Sul (HARDING, 1992; ZOAHARY et al., 1996). Da
mesma forma são escassos estudos que abordam gradientes latitudinais (BEAVER &
CRUISMAN, 1991). De acordo com LEWIS (1987), a literatura existente sobre lagos tropicais
é difusa, fragmentada e difícil de ser utilizada.
Nos trópicos, as elevadas temperaturas e os altos índices de precipitação têm
como conseqüência altas taxas de intemperismo. Este fator somado com temperaturas
elevadas e pouco variáveis no decorrer do ano, altas taxas de reciclagem de nutrientes,
altas taxas de renovação da biomassa e reduzidas profundidades da coluna d`água torna
propício o surgimento de lagos eutróficos nesta região (ESTEVES, 1988). Poucos trabalhos
compararam as taxas de produção dos ecossistemas aquáticos continentais tropicais e
- 5 -
temperados (BRYLINSK & MANN, 1973; LIKENS, 1975; MELACK, 1979; ALVAREZ-COBELLAS &
ROJO, 1994; LEWIS, 1996). A maior parte deles revelou taxas mais elevadas de PP nos
trópicos (RUTTNER, 1931a; 1952; DEEVEY, 1955; 1957; FREY, 1969; LEWIS, 1973C;
BRYLINSK & MANN, 1973; LIKENS, 1975; LEWIS, 1996), atribuídas principalmente a elevadas
médias de temperatura, rápida reciclagem de nutrientes e disponibilidade de radiação
solar. Segundo LEWIS (1996), a produção primária é duas vezes superior nos trópicos, sob
semelhantes concentrações de nutrientes, do que em altas latitudes. De acordo ainda
com este autor, os lagos tropicais e temperados não diferem quanto ao total anual de
radiação solar, entretanto distinguem-se quanto aos valores mínimos anuais.
Geralmente, comparados aos lagos temperados, os lagos tropicais têm maiores
taxas anuais de produtividade (BRYLINSKY & MANN, 1973; MELACK, 1979; LEWIS, 1996),
menor variação sazonal na produção fitoplanctônica (MELACK, 1979; ROBARTS, 1979),
assim como baixo coeficiente de variação (MELACK, 1979) e maior importância dos
nutrientes do que luz ou temperatura na limitação da produtividade fitoplanctônica (LEWIS,
1987). No entanto, em outros trabalhos não foram encontradas diferenças significativas
entre a produtividade de ecossistemas tropicais e temperados (SCHINDLER, 1978;
HAMMER, 1980; ALVAREZ-COBELLAS & ROJO, 1994).
Cabe ressaltar que mesmo em baixas latitudes, são encontrados ecossistemas
muito pouco produtivos, onde a produção fitoplanctônica é limitada pela atenuação da
radiação solar por partículas (KIMMEL et al., 1990), como o Lago Chapala, México, cuja
média anual de produção é de 80 g C.m-2 (LIND et al., 1992); Maselspoort Dam, Mockes e
Krugersdrift, na África do Sul (GROBELLAR, 1992). Os lagos tropicais podem ser
extremamente produtivos se há plenitude de nutrientes e penetração da radiação na
coluna d´água, o que muitas vezes não ocorre em função de elevados valores de
turbidez. Estes fatores são certamente os mais importantes, no entanto temperatura,
- 6 -
disponibilidade de substrato e predação pelo zooplâncton e invertebrados bentônicos
também desempenha um papel relevante na produtividade dos ecossistemas.
LIKENS (1975) reportou valores para a produtividade líquida de lagos tropicais
(100-7600 mg C.m-2.dia-1), temperados (5-3600 mg C.m-2.dia-1), árticos (1-170 mg C.m-
2.dia-1), antárticos (1-35 mg C.m-2.dia-1), alpinos (1-450 mg C.m-2.dia-1) e rios temperados
(1-3000 mg C.m-2.dia-1). Os lagos árticos, antárticos e alpinos são notadamente os menos
produtivos. Primeiramente, em função da limitação da estação de crescimento causada
pela cobertura do lago por gelo e neve durante parte do ano, segundo, devido à limitação
da entrada de nutrientes oriundos da bacia de drenagem.
KALFF & WATSON (1986) compararam a composição e dinâmica da comunidade
fitoplanctônica entre as regiões tropical e temperada (durante o verão), não encontrando
grandes diferenças entre as duas regiões em relação a esses dois atributos.
Nas regiões temperadas é comum as taxas de produção primária serem medidas
somente durante as estações mais quentes, sendo ignorada a fixação de carbono que
ocorre sob o gelo (ALVAREZ-COBELAS & ROJO, 1994). No entanto alguns trabalhos
relataram taxas significativas de produção primária medidas sob a cobertura de gelo. De
acordo COM HOBBIE (1964) os valores encontrados para dois lagos do Alasca neste
período, estão entre 41% e 83% da produção anual. Nestes lagos, a temperatura parece
ser o principal fator limitante da produtividade. Em contraste, o Lago Constance, o
segundo maior lago sub-alpino, é considerado eutrófico, com taxas de produção
superiores a 450 mg C.m-2.dia-1 encontradas no mês de outubro (LIKENS, 1975).
Likens calculou ainda taxas globais da produtividade de ecossistemas aquáticos
continentais divididos em duas categorias: 1) lagos e rios e 2) brejos e pântanos.
Considerando uma extensão de 2 x 106 Km2 para todos os lagos e rios e a produção de
macrófitas e perifíton, além da produção fitoplanctônica, o valor médio de produtividade
- 7 -
encontrado para esses ecossistemas foi de 200 g C/m2/ano, o que resulta num total anual
de 0.4 x 109 t de carbono. Para brejos e pântanos a produtividade estimada foi de 1500 g
C/m2/ano.
BRYLINSKY & MANN (1973) baseados em uma análise de correlação de larga escala
(utilizando dados de 43 lagos e 12 reservatórios localizados dos trópicos ao ártico)
sugeriram que a produção primária em ecossistemas aquáticos é primeiramente
controlada pela radiação solar, determinada pela latitude. A latitude, como uma variável
independente, explicou cerca de 60% da variação da produtividade, enquanto que
variáveis relacionadas à concentração de nutrientes explicaram apenas 15%. Entretanto,
quando os autores analisaram uma faixa latitudinal estreita, os nutrientes assumiram
maior importância.
Existem vários exemplos de lagos que estão sujeitos à mesma entrada de
radiação, no entanto diferem amplamente quanto à produtividade em função da
disponibilidade de nutrientes, particularmente nitrogênio inorgânico e fósforo. Além disso,
é interessante ressaltar que, segundo LIKENS (1975), aparentemente os lagos mais
produtivos não estão nos trópicos, visto que alguns lagos polares e alpinos têm
produtividades superiores à de determinados lagos tropicais.
Sabe-se que as mudanças no suprimento de nutrientes podem ser o mecanismo
dominante da variabilidade em muitos ecossistemas e esse mecanismo opera em escalas
maiores que um ano. O suprimento dos ecossistemas por fósforo e nitrogênio governa a
variabilidade interanual da PP de muitos ecossistemas de água doce (JASSBY et al.,
1992), de ambientes estuarinos (PAERL et al., 1998) e de áreas costeiras (HARDING et al.,
1999). O aumento da entrada de nutrientes nos ecossistemas (principalmente fósforo) tem
sido apontado como a principal causa do aumento da produtividade e biomassa do
fitoplâncton, independentemente da latitude (VOLLENWEIDER, 1968, 1975, 1976;
- 8 -
VOLLENWEIDER et al., 1974; KALFF & WELCH, 1974; DILLON, 1975; DILLON & RIGLER, 1974;
SCHINDLER, 1976; SHINDLER ET AL., 1974; SHINDLER, 1978). A relação entre o suprimento
de nutrientes, a biomassa e a PP também tem sido fortemente estabelecida por estudos
experimentais realizados em lagos de diferentes latitudes (SCHINDLER, 1976; SCHINDLER &
FEE, 1973).
O uso de concentrações de fósforo inorgânico e nitrogênio como variáveis
independentes deve ser tratado com cautela para acessar o efeito desses nutrientes
sobre a produtividade, uma vez que esses nutrientes ciclam muito rapidamente na coluna
d`água. Além disso, o “efeito luxúria” do fitoplâncton em relação à absorção do fósforo
pode mascarar qualquer relação entre disponibilidade de nutrientes e produtividade. Por
essa razão, as entradas e saídas de nutrientes do sistema devem ser consideradas,
assim como as taxas internas de ciclagem devem ser conhecidas para se avaliar o papel
dos nutrientes sobre a produtividade primária de ecossistemas aquáticos (LIKENS, 1975).
ALVAREZ-COBELAS & ROJO (1994) estudaram a variabilidade da produção
fitoplanctônica de 98 lagos distribuídos em um gradiente latitudinal entre 60oN e 42oS, não
encontrando relações significativas entre PP e latitude. Comparando diferentes tipos de
lagos (raso e profundo, tropical e temperado, estratificado e não estratificado, lagos e
reservatórios) não foram encontradas diferenças estatísticas entre eles, assim como entre
lagos de diferentes estados tróficos, com base em valores médios anuais. As variáveis
ambientais não apresentaram correlações significativas com a produção fitoplanctônica. A
PP medida sob a cobertura de gelo, contribuiu em média, com 10 % da PP anual.
Tem emergido nas últimas décadas grande interesse na variabilidade da
produtividade primária de ecossistemas aquáticos. Após muitos anos de estudos
centrados em valores médios das variáveis analisadas, o foco das pesquisas tem sido
- 9 -
desviado para a compreensão da variabilidade dos fatores analisados (ALVAREZ-COBELAS
& ROJO, 1994).
Vários fatores são responsáveis pela variabilidade das taxas de produção como
fatores ambientais, estado trófico, regime de estratificação, profundidade média, tempo de
retenção, cadeia trófica, área superficial e profundidade da zona de mistura nos lagos
estratificados. Além desses fatores, cabe ressaltar a importância da variação temporal da
produtividade primária, pois embora isto seja implicitamente aceito, os esforços
despendidos para a mensuração e compreensão desta variabilidade têm se concentrado
em escalas de tempo de um ano ou menos (JASSBY et al., 2002).
Quanto varia a produção primária de ano para ano ou de década para década?
Quais são os mecanismos que governam a variabilidade em grandes escalas de tempo?
Estudos em grandes escalas de tempo são de fundamental interesse para se
individualizar as influências antrópicas da variabilidade natural, a fim de se compreender
os efeitos do atual uso dos recursos hídricos. Estes estudos podem também ajudar-nos a
compreender diferenças entre ecossistemas quanto sua produção anual. Entretanto
nossa compreensão sobre a variabilidade em maiores escalas temporais da PP é limitada
pela escassez global de bases de dados apropriadas (JASSBY et al., 2002).
Para se estudar a variabilidade da produtividade fitoplanctônica é necessário
trabalhar com um grande volume de dados obtidos da literatura e muitas dificuldades são
encontradas para utilizar esses dados. Infelizmente, os métodos utilizados em produção
primária fornecem medidas de diferentes produtos do processo fotossintético, tornando as
comparações e interpretações muito difíceis. As dificuldades estão presentes
principalmente quando os autores não especificam se as medidas fornecidas são relativas
à produção bruta ou líquida. Freqüentemente os dados em uma base volumétrica
- 10 -
precisam ser utilizados em unidade de área, a fim de se comparar diferentes
ecossistemas, o que nem sempre é fornecido.
Também contribuem para esse problema as dificuldades técnicas e interpretativas
associadas a medidas indiretas da fixação de carbono de amostras isoladas de
ecossistemas aquáticos em pequenas garrafas de vidro e, particularmente aquelas
associadas à técnica do 14C.
Essas precauções e dificuldades têm sido relatadas por vários autores (PETERSON,
1980; DAVIES & WILLIAMS, 1983; BENDER & GRANDE, K., 1987; MARRA, 2002) e incluem a
artificialidade do ambiente de incubação, efeitos do tempo de incubação, efeitos do
choque de luz ou temperatura durante a manipulação, produção e medida de produtos
extracelulares, incorporação ou liberação de 14C não relacionado com a fotossíntese e
calibração das fontes e equipamentos de contagem. Por essas razões, a alta
sensibilidade da técnica é freqüentemente compensada pelas extremas precauções
necessárias para se obter resultados confiáveis, especialmente porque ainda é debatido
se o método do 14C fornece medidas da produção bruta ou líquida.
Os valores expressos em termos de produtividade líquida são preferíveis aos
expressos em termos de produção bruta, uma vez que a produção líquida reflete a
energia que será disponibilizada aos organismos heterotróficos do sistema.
As medidas de produção primária são dispendiosas em termos de metodologia e
tempo, sendo por isso restrita a uma amostragem mínima, tanto na escala espacial
(vertical e horizontal) quanto temporal (estudos anuais). Em função disso, o problema da
extrapolação dos resultados de um número limitado de pequenas amostras para o
ambiente inteiro é de fundamental importância para a análise do ecossistema. A produção
primária pode ocorrer de forma irregular na coluna d`água dos lagos, por isso é
- 11 -
importante diferenciar a produtividade do lago e a de sua água, o que é contraposto pelas
medidas em uma base de área versus base volumétrica (LIKENS, 1975).
Os resultados encontrados dependerão de uma variedade de fatores, incluindo a
profundidade da zona eufótica, espécies de algas, penetração da luz, distribuição vertical
dos nutrientes, turbulência e mistura dentro da coluna d`água. Existem normalmente,
significativas diferenças temporais (anual, sazonal e diária) e espaciais (horizontal e
vertical) nas taxas de produtividade dentro de um ecossistema aquático (LIKENS, 1975).
Poucos estudos realizam medidas durante todas as estações, permitindo uma
estimativa razoável da produção anual. Na maioria dos casos, valores provenientes de
incubações realizadas em poucos dias são extrapolados para taxas anuais, permitindo
apenas detectar variações, no máximo, sazonais (mesovariabilidade). Enquanto que as
variações supra-anuais podem ser obtidas em um número muito reduzido de casos
(MABERLY et al., 1994).
Apesar de todas as dificuldades associadas ao estudo da variabilidade da
produtividade fitoplanctônica, esta abordagem não deve ser desestimulada. Ao contrário,
devem-se reunir esforços a fim de padronizar os procedimentos metodológicos e criar
uma base de dados globais, que reúna informações acerca dos ecossistemas tropicais, as
quais são minimamente reportadas, e que esteja acessível a todos os pesquisadores
interessados no estudo da produção primária fitoplanctônica dos ecossistemas
continentais, sendo este, um dos objetivos deste trabalho.
- 12 -
OBJETIVO GERAL
� Descrever e sintetizar os dados de produção primária fitoplanctônica dos
ecossistemas límnicos brasileiros
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
� Fazer revisão e levantamento de estudos enfocando dados de produção
fitoplanctônica nos ecossistemas brasileiros;
� Compor um banco de dados, a partir dos dados levantados na literatura;
� Analisar padrões espaço-temporais, variabilidade funcional, tendências e relações
envolvendo dados de produtividade fitoplanctônica e de variáveis limnológicas,
físicas e morfométricas;
� Comparar dados de produtividade fitoplanctônica oriundos de diferentes tipos de
ecossistemas analisados (lagos, reservatórios e lagos de inundação) e entre
outros ecossistemas tropicais e temperados.
- 13 -
CAPÍTULO 1
CAMINHOS DA PRODUÇÃO FITOPLANCTÔNICA EM ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS CONTINENTAIS
Fernanda Bassoli & Fabio Roland
- 14 -
Um Pouco de História
As reflexões sobre a produção primária vegetal remontam a Idade Média, estando
incluídas nos pensamentos de Aristóteles (384-322 a.C.) sobre as relações dos vegetais
com o solo (384-322 a.C.) (Lieth, 1975 apud Roland, 1995). Na Bíblia também são
encontradas menções que revelam conceitos ainda intuitivos de produção primária como,
por exemplo, na metáfora usada pelo apóstolo Marcos, no Novo Testamento: “Se alguém
espalhasse sementes sobre a terra, as sementes iriam brotar e crescer, mas ele não
saberia como”. Marcos enfatiza o mistério do crescimento ou produção vegetal, o qual
permaneceu incógnito até o século XVIII (Barber & Hilting, 2002).
As noções de produção primária foram gradativamente sendo ampliadas no
decorrer dos séculos. Em 1450, Nicolai de Cusa relacionou a energia solar à absorção de
água do solo pelas plantas. Posteriormente, Van Helmont (1577-1644) acompanhou o
desenvolvimento de um salgueiro de cinco libras plantado em um reservatório com 300
libras de solo e irrigado apenas com água da chuva. Após 5 anos, o salgueiro já pesava
164 libras e a quantidade de solo havia sido reduzida a apenas 4 libras (Lieth, 1975 apud
Roland, 1995).
No século XVIII, com o desenvolvimento tecnológico necessário para se detectar a
assimilação e liberação de gases, uma progressão de estudos realizados por Lavoisier,
Priestley, Ingenhousz, Senebier e Saussure culminou na descrição do processo
fotossintético (Barber & Hiltting, 2002).
Até o fim do século XIII, todos os esforços na compreensão da produção primária
estiveram restritos a produção vegetal. No entanto, por volta de 1800, quando estes
estudos já estavam metodologicamente consolidados, iniciavam-se as primeiras
pesquisas sobre a produção primária em ambientes aquáticos.
- 15 -
O entendimento da produção primária aquática, como um processo químico
ambiental, foi ganhando força na Europa e na América do Norte no final do século XIX e
início do século XX, destacando-se as pesquisas de Pütter na Baía de Naples, de Kiel e
na Ilha de Tenerife; de Gran, na costa da Noruega; de Steeman-Nielsen na costa da
Dinamarca, mar Báltico e Mar do Norte; de Riley no Golfo do México e Atlântico Oeste; de
Seiwell, no Atlântico Norte; de Ruttner, em Sumatra, Java e Bali e de Cooper no Canal
Inglês (Chambers, 1912). Estes estudos, pioneiros em sua maioria, utilizaram o método
de Winkler, introduzido em 1888, para medir as concentrações de oxigênio dissolvido,
mostrando que o aumento de biomassa das plantas aquáticas envolve consumo de
dióxido de carbono e produção de oxigênio. No entanto a fonte de carbono inorgânico
para a fotossíntese no ambiente aquático ainda não era bem compreendida (Barber &
Hiltting, 2002).
Um grande avanço conceitual da produção primária aquática ocorreu na segunda
metade do século XIX com as primeiras hipóteses de que a cadeia trófica oceânica seria
sustentada por organismos microscópicos fotossintetizantes. Estas idéias surgiram
independentemente a partir de observações de blooms de diatomácias por Hooker, no
Pólo Sul, por Ørsted, em Sargasso Sea e por Sars, no Atlântico Norte. Victor Hensen,
quem introduziu pela primeira vez a palavra “plâncton”, foi o mais veemente defensor
dessas idéias (Barber & Hilting, 2002).
Neste contexto, o termo “produção primária”, no lugar de “produção vegetal”, foi
atribuído por Schroeder no início do século XX , quando este promoveu uma mudança na
abordagem das pesquisas sobre produção primária, através da inclusão de conceitos
ecológicos básicos no contexto da produção de biomassa (Roland, 1995).
Essa revolução na pesquisa sobre produção primária, motivou muitos
oceanógrafos a quantificar a produtividade oceânica, no entanto não havia ainda
- 16 -
metodologias consolidadas para estudos de tal magnitude, pois os métodos utilizados até
então consistiam em mensurações das mudanças de pH e de teores de oxigênio
dissolvido, ambos medidos in situ. A grande circulação ocorrida nas águas oceânicas
impossibilitava o acesso às mudanças quantitativas do fitoplâncton, através de medidas in
situ. Este problema motivou Gaarder e Gran a pensarem em um método in vitro. Gran,
além disso, já tinha em mente o conceito de ponto de compensação, o que o fez
suspender frascos claros e escuros em várias profundidades. Surgia então um novo
método – o método dos frascos claros e escuros de Gaarder e Gran, utilizado pela
primeira vez em 1916 e publicado, em inglês, só em 1927 (Barber & Hilting, 2002).
Nos anos subseqüentes esse método foi amplamente utilizado, principalmente nos
estudos de Marshall & Orr (1930), Steeman-Nielsen (1932, 1937e 1951) e Riley (1939,
1941a, 1941b) (Steeman-Nielsen, 1952).
As estimativas de Riley acerca da produtividade dos oceanos motivaram um longo
embate entre este e Steeman-Nielsen. Steeman-Nielsen via vários problemas
metodológicos nas estimativas de Riley, fato este, que o levou a desenvolver a
revolucionária técnica do 14C (Steeman-Nielsen, 1952). O novo método, além de mais
acurado, permitia a estimação da produção primária mesmo em ambientes ultra-
oligotróficos, com baixíssimas taxas de produção.
O desenvolvimento desse método foi um grande marco nos estudos da produção
primária, o qual tem sido largamente empregado em todo o mundo desde a sua
elaboração até os dias atuais.
Estudos de Produção Fitoplanctônica no Brasil
Os estudos de produção primária no Brasil iniciaram-se na década de 60 com os
trabalhos de Hammer (1965) e Marlier (1965,1967) na região amazônica. Na década de
70, os ecossistemas amazônicos foram estudados por Schmidt (1973a, 1973b, 1973c,
- 17 -
1976), Fittkal et al. (1975), Fisher (1978) e Ribeiro (1978). Os estudos no sudeste foram
iniciados por Aidar (1970), em uma região estuarina do estado de São Paulo; por Tundisi
(1977), Tundisi et al (1977, 1978) na Represa do Lobo (SP) e por Barbosa (1979), na
Lagoa Carioca (MG).
Nos anos 80 houve uma redução dos estudos realizados na região amazônica,
tendo sido publicados somente os trabalhos de Schmidt (1982a, 1982b), Alves (1983) e
Rai & Hill (1984), enquanto que a região sudeste presenciou um forte aumento nos
trabalhos com produção fitoplanctônica, motivado pelo IBP (International Biological
Program), o qual objetivava comparar as taxas de produção primária entre diferentes
sistemas.
Nesse período formou-se um significativo contingente de limnólogos com atuação
em produção fitoplanctônica. No entanto, os estudos estiveram concentrados em Minas
Gerais (Pontes, 1980; Barbosa & Tundisi, 1980; Tundisi et al., 1981; Barbosa, 1981;
Mitamura, et al., 1985; Henry et al., 1985, 1989 e Barbosa et al., 1989) e em São Paulo
(Montanari-Franco, 1982; Jureidini, et al., 1983; Brasile-Martins et al., 1985; Calijuri, 1985,
1988; Gianesella-Galvão, 1981, 1985, 1986 e Henry & Tundisi, 1985). Houve também
estudos em Pernambuco (Feitosa, 1988), no Maranhão (Teixeira et al., 1988; Barbieri et
al., 1989), no Rio de Janeiro (Knoppers & Moreira, 1988) e no Distrito Federal (Toledo &
Hay, 1988).
Na década de 1990, o número de pesquisas em produção primária aumentou
ainda mais, entretanto, este aumento ainda ficou restrito à região sudeste;
especificamente Minas Gerais (Tundisi et al., 1997; Sá, Jr. & Sipaúba-Tavares, 1997;
Henry et al. 1997; Mitamura et al., 1997; Araujo & Pinto Coelho, 1998), Rio de Janeiro
(Domingos, 1991; Suzuki, 1997; Roland, 1998) e São Paulo (Henry, 1990, 1993; Pompeo,
1991; Oliveira, 1993; Oliveira, 1997; Henry et al., 1998; Matsumura-Tundisi & Tundisi,
- 18 -
1997; Feresin, 1994; Oliveira & Calijuri, 1996; Deberdt, 1997; Calijuri, 1999; Calijuri et al.,
1999); e à região sul (Proença, 1990; Abreu & Biddanda, 1992; Abreu, 1992; Abreu et al.,
1994, 1995). Nas outras regiões, foram estudados apenas sistemas no Pará (Esteves et
al., 1994; Roland, 1995; Roland et al. 1997), Amazonas (Forsverg et al., 1992; Rodrigues,
1992, 1994; Ribeiro & Darwich, 1994), Distrito Federal (Cavalcanti et al., 1992) e Sergipe
(Souza & Couto, 1999) (Figura 1).
O grande número de pesquisas realizadas no estado de São Paulo deveu-se,
principalmente, ao projeto “Tipologia de represas do Estado de São Paulo”, iniciado em
1978 com o objetivo de estudar 52 reservatórios neste estado. Em Minas Gerais, os
ecossistemas mais estudados foram as lagoas naturais do Vale do Rio Doce. Atualmente,
está havendo uma desaceleração dos estudos da produtividade fitoplanctônica do ano
2000 até hoje. Neste período, foram publicados apenas alguns trabalhos realizados no
Lago Batata, Pará (Roland, 2000; Roland et al., 2002); em ecossistemas do Vale do Rio
Doce, Minas Gerais (Petrúcio & Barbosa, 2004; Petrúcio et al., 2005) e no Reservatório de
Barra Bonita, São Paulo (Calijuri & Dos Santos, 2001).
Figura 1: A evolução das publicações sobre produção primária fitoplanctônica no Brasil desde seu
início, na década de 1960, até os dias atuais.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
60 70 80 90 2000-2005
Década
Núm
ero
de p
ublic
açõe
s
- 19 -
Em relação à natureza da produção bibliográfica sobre a produtividade primária
fitoplanctônica no Brasil, houve um maior número de artigos publicados em revistas
internacionais, seguidas por teses e dissertações. Livros, capítulos e artigos em
periódicos nacionais constituem as publicações sobre produção primária menos
freqüentes no Brasil (Figura 2).
Na produção bibliográfica realizada no Brasil sobre produção primária, os tipos de
ecossistemas aquáticos mais abordados foram, respectivamente, os reservatórios, os
lagos naturais, as lagoas costeiras e os lagos de inundação da Amazônia e, por último, os
rios e manguezais (Figura 3).
Figura 2: Percentual de contribuição de cada tipo de produção bibliográfica (capítulos de livros,
publicações em periódicos internacionais, piblicações em periódicos nacionais, teses e
dissertações) para o total de trabalhos publicados sobre produção primária fitoplanctônica no
Brasil.
Publicações em periódicos nacionais
Publicações em periódicos internacionaisTeses e dissertações
Capítulos de livros
14%22%
35%29%
Publicações em periódicos nacionais
Publicações em periódicos internacionaisTeses e dissertações
Capítulos de livros
14%22%
35%29%
- 20 -
Figura 3: Número de publicações sobre produção primária fitoplanctônica no Brasil por tipo de
ecossistema aquático continental (mangues, rios, lagos de inundação, lagoas costeiras, lagos
naturais e reservatórios).
Fotossíntese, Respiração e Fatores Limitantes da Pr odutividade Primária
Fotossíntese é o processo de transformação da energia radiante em energia
química, o qual envolve uma série de reações que começam com a absorção de luz,
síntese de NADPH e ATP e culminam com a fixação de CO2 no ciclo de Calvin e liberação
de oxigênio. A reação geral da fotossíntese pode ser resumida na equação abaixo:
(n) CO2 + (n) H2O + PAR → (n) CH2O + (n) H2O + (n) O2
De acordo com a equação simplificada, se somente carboidratos simples são
produzidos, cada mol de CO2 absorvido resultaria na liberação de um mol de oxigênio.
Neste caso, o quociente fotossintético (PQ), definido como +O2/-CO2, seria igual a um; e o
0
5
10
15
20
25
Man
gues
Rios
Lago
as co
steir
as
Lago
s natu
r ais
Núm
ero
de p
ublic
açõe
s
- 21 -
quociente respiratório, +CO2/-O2, também seria um. No entanto, o PQ varia na maioria
dos estudos entre um e dois, sendo 1,2 o valor mais comumente encontrado. Um PQ
maior que um é um indicativo de que os organismos estão sintetizando não só
carboidratos, mas também gorduras e proteínas.
A luz utilizada na fotossíntese compreende a faixa do espectro de radiação solar
entre 400 nm (azul) e 700 nm (vermelho), denominada PAR (Photosynthetic Active
Radiation). As radiações de comprimento de onda inferiores a 400 nm (ultravioleta) são
por demais energéticas e, portanto, capazes de danificar as estruturas fotossintéticas dos
organismos; já as radiações superiores a 700 nm (infravermelho) provocam um aumento
da energia cinética, acarretando em grande produção de calor (Figura 4).
Figura 4: Espectro da radiação solar com destaque para a luz visível (PAR), utilizada na
fotossíntese.
Luz visível
400 nm (azul) a 700 nm (vermelho)
PAR
Fotossíntese
Luz visível
400 nm (azul) a 700 nm (vermelho)
PAR
Fotossíntese
- 22 -
A limitação da produção primária ocorre, fisiologicamente, em função de três
fatores: luz, nutrientes e temperatura. O principal fator regulador da produção primária é a
radiação, a qual pode afetar a fotossíntese de três maneiras: por inibição, saturação e por
limitação.
A inibição pela luz ocorre quando a intensidade luminosa é muito alta, causando
uma redução da produtividade primária através da inibição das cadeias de transporte de
elétrons, por fotooxidação dos pigmentos ou, ainda, pela contração dos cloroplastos. O
efeito inibidor da radiação depende da adaptação do fitoplâncton a fortes intensidades de
luz.
A saturação da fotossíntese ocorre quando o aumento da produtividade é cessado
à medida que a disponibilidade de luz é aumentada. Neste caso, a produtividade primária
atinge o seu valor máximo (Pmax) e os fatores que podem limitar a fotossíntese passam a
ser a temperatura e a disponibilidade de nutrientes.
Em condições de saturação de luz, as taxas respiratórias são inferiores às taxas
fotossintéticas (P>R), possibilitando o aumento de biomassa da população. No entanto,
com o aumento da profundidade e redução da radiação incidente, as taxas de
fotossíntese tendem a decrescer progressivamente, igualando-se às taxas de respiração
(P=R) e tornando-se subseqüentemente inferiores a ela (P<R). A limitação da produção
primária pela radiação acontece quando a radiação disponível para o fitoplâncton é muito
reduzida, de modo que o carbono fixado fotossinteticamente é perdido durante a
respiração celular (Figura 5).
- 23 -
Figura 5: Perfil da produção primária (P) e da respiração (R) do fitoplâncton ao longo da coluna
d`água, mostrando os efeitos da radiação solar sobre a produção fitoplanctônica – inibição,
saturação e limitação.
Em estudos de produção primária é muito difícil detectar o valor da radiação para
o qual a fotossíntese torna-se saturada. Por esta razão, é de grande valia traçar uma
curva relacionando fotossíntese e radiação (curva P-I). A curva P-I é descrita por uma
hipérbole retangular, onde a assíntota representa a taxa fotossintética máxima (Pmax) e
taxa fotossintética específica (taxa por unidade de biomassa ou por unidade de clorofila)
cresce linearmente com o aumento da radiação na região da curva limitada pela luz (A). O
coeficiente de saturação lumiosa (Ik) é descrito pelo ponto onde a curva torna-se não-
Inibição pela luz
Saturação pela luz
Limitação pela luz
Zona eufótica
PmaxR
Produtividade/volume
Pro
fund
idad
e Ponto de compensação P = R
P > R
P < R
Inibição pela luz
Saturação pela luz
Limitação pela luz
Zona eufótica
PmaxR
Produtividade/volume
Pro
fund
idad
e Ponto de compensação P = R
P > R
P < R
- 24 -
linear. Em intensidades superótimas de luz, a taxa fotossintética declina abaixo do
máximo observado (Pmax) na medida em que o fitoplâncton torna-se progressivamente
mais fotoinibido (Figura 6).
Embora o efeito da temperatura na curva P-I seja facilmente demonstrado sob
condições de cultivo, na natureza parece que as condições impostas pela baixa radiação,
usualmente encontradas durante a circulação e mistura, ou a limitação por nutrientes, são
os principais determinantes da produtividade primária em ecossistemas oligotróficos.
Entretanto onde as condições de luz e nutrientes são favoráveis, o efeito da temperatura é
marcante. Além disso, a temperatura é o principal fator determinante da respiração, que
acarreta em perda da matéria orgânica produzida pela fotossíntese e na sua
indisponibilização para o crescimento.
A comparação entre a composição química da água e dos organismos indica os
elementos que apresentam maior fator de concentração e que atuam como limitantes.
Deste modo, os principais elementos limitantes à produtividade fitoplanctônica são o
carbono, o fósforo e o nitrogênio e foi de acordo com este raciocínio que foi determinada a
relação atômica entre estes elementos nas células planctônicas, conhecida como razão
de Redfield, sendo a relação entre C:N:P igual a 106:16:1. O elemento que estiver em
quantidades inferiores a estas proporções poderá limitar as taxas de fotossíntese – lei do
mínimo de Liebig. Cabe ressaltar que embora esta relação seja a normalmente
encontrada no plâncton, podem ocorrer significativos desvios.
Os elementos podem ser classificados como macro e micronutrientes de acordo
com as quantidades requeridas pelo organismo. Entre os macronutrientes destacam-se o
carbono, fósforo, nitrogênio, silício, enxofre, potássio, cálcio e magnésio; sendo os três
primeiros os principais. Os principais micronutrientes são: ferro, manganês, molibdênio,
zinco, cobre e cobalto.
- 25 -
A concentração de carbono nos ecossistemas aquáticos raramente é crítica, salvo
em ambientes muito ácidos ou muito alcalinos, logo os nutrientes mais limitantes ao
crescimento fitoplanctônico são o fósforo e o nitrogênio, sendo o fósforo mais escasso em
ambientes de água doce e o nitrogênio mais limitante em ambientes marinhos.
Fig. 6: Curva fotossíntese-radiação (curva P-I), modificada de Kalff, J. 2002. As variáveis utilizadas
incluem α, inclinação inicial que serve como um índice de eficiência de utilização da luz; Ik, índice
de início da saturação fotossintética pela luz, refletindo o estado de fotoadaptação de espécies
particulares da comunidade; Pmax, taxa de fotossíntese sob saturação da luz e medida da
capacidade fotossintética das células sob as condições particulares encontradas de luz e
temperatura; Ib, índice que indica o início da fotoinibição; Isat é o ponto onde a fotossíntese torna-se
saturada pela luz; Pg representa a fotossíntese bruta e Pn representa a fotossíntese líquida, de
modo que, Pn = Pg – R (respiração). As regiões A, B e C representam, respectivamente, as zonas
de limitação pela luz, saturação e fotoinibição.
RIk
α
Ik= Pmax/αααα
Isat
Luz disponível
Ta x
a d
e p
rod
uça
ões
pec
ífica
, P, [
mg
C
(mg
Ch
l-a]-
1h
-1)
A
Pg Ph
B
Pmax
C
ββββ
Ponto de compensação
Ib
Ib= Pmax/ββββ
Io
R
RIk
α
Ik= Pmax/αααα
Isat
Luz disponível
Ta x
a d
e p
rod
uça
ões
pec
ífica
, P, [
mg
C
(mg
Ch
l-a]-
1h
-1)
A
Pg Ph
B
Pmax
C
ββββ
Ponto de compensação
Ib
Ib= Pmax/ββββ
IoIk
α
Ik= Pmax/αααα
Isat
Luz disponível
Ta x
a d
e p
rod
uça
ões
pec
ífica
, P, [
mg
C
(mg
Ch
l-a]-
1h
-1)
A
Pg Ph
B
Pmax
C
ββββ
Ponto de compensação
Ib
Ib= Pmax/ββββ
Io
R
- 26 -
Estimativa da Produção Fitoplanctônica
As técnicas utilizadas na determinação da produção primária são baseadas na
estequiometria da equação geral da fotossíntese, através da detecção da variação das
concentrações de CO2, O2 ou da matéria orgânica. Há métodos diretos e indiretos para se
determinar cada um dos elementos envolvidos na fotossíntese. As variações de CO2
podem ser detectadas indiretamente, por meio de mudanças de pH e alcalinidade, ou
diretamente, através de aparelhos sofisticados como o analisador de carbono e o
analisador de gases (IRGA). Do mesmo modo, mudanças na concentração de oxigênio
podem ser mensuradas com oxímetros ou pelo método de Winkler (reação com azida
sódica e sulfato manganoso formando um complexo de iodo - iodina). Marcadores
radioativos, como os isótopos do oxigênio (18O) e do carbono (14C) também podem ser
empregados para estimativa dos fluxos. A análise do incremento na biomassa da
comunidade fitoplanctônica, em dado intervalo de tempo, é a expressão mais real da
produtividade. Os valores de biomassa podem ser estimados por: (1) variação na
densidade de células, (2) quantificação dos estoques de carbono orgânico particulado
(POC) e (3) determinação das concentrações de pigmentos fotossintéticos (por exemplo,
clorofila-a).
Breve descrição de métodos usuais em estudos de pro dução fitoplanctônica
– variação de oxigênio dissolvido e incorporação de 14C
Independente do procedimento metodológico adotado é importante que as
amostras sejam coletadas rigorosamente de acordo com o escopo conceitual do estudo
em questão. A determinação do número de amostras por estação de amostragem
(contemplando análises estatísticas), das profundidades por estação de amostragem
(normalmente definidas em função da penetração de luz – derivadas das condições
ópticas da água) e do número de estações de amostragem por sistema (dependendo da
- 27 -
heterogeneidade espacial) são variáveis que deverão ser contempladas no planejamento
amostral. Por exemplo, a avaliação do perfil vertical deve estar em consonância com a
distribuição da radiação fotossinteticamente ativa na zona eufótica. As profundidades
correspondentes a 100%, 75%, 50%, 25%, 10% e 1% da radiação que chega ao sistema
(nos primeiros centímetros acima da superfície) são geralmente assumidas como
profundidades a serem analisadas). A fotossíntese normalmente é reduzida a zero abaixo
de 1% de radiação incidente. Várias amostragens do perfil vertical permitem a
identificação de parâmetros fisiológicos e a integração (expressão por área) dos valores
isolados por profundidade, os quais são originalmente relativos ao volume da amostra.
Nos dois procedimentos – Variação de Oxigênio Dissolvido (VOD) e Incorporação
de 14C (I-14C) – é fundamental utilizar frascos que não selecionem determinado
comprimento de onda da radiação fotossinteticamente ativa ou promovam a dispersão no
fluxo de fótons. Frascos de borossilicato, por exemplo, são freqüentemente utilizados.
Todavia, deve-se ressaltar que outros materiais podem ser utilizados dependendo do
objetivo do estudo. Poe exemplo, frascos de vidro especiais que não barrem a passagem
de luz ultravioleta podem ser utilizados de modo a verificar o efeito dessa radiação nas
taxas de produtividade fitoplanctônica. No caso específico das taxas de produtividade
geradas a partir de VOD, a estimativa de processos respiratórios simultâneos à
fotossíntese é obtida a partir da incubação de frascos escuros, os quais também são
utilizados em experimentos com I-14C, pois não expressam taxas de respiração, mas, sim,
a incorporação de 14C por organismos heterotróficos presentes na amostra. Novamente, o
número de frascos (claros e escuros) depende do objetivo do estudo e, em particular, do
esforço amostral viável. Ressalta-se ainda o cuidado necessário para que a amostra
incubada não contenha bolhas, fato que altera toda a dinâmica a ser observada.
- 28 -
Cálculos para VOD – Durante a incubação, a concentração inicial de oxigênio
dissolvido (FI) diminui nos frascos escuros (FE) em resposta ao consumo de oxigênio pela
comunidade e, a princípio, aumenta nos frascos claros (FC). No entanto, valores distintos
do previsto podem ocorrer, por exemplo, a concentração nos FC pode diminuir em virtude
de uma intensa respiração durante o período de incubação. Os valores das produções
bruta (PB) e líquida (PL) e da respiração (R), em unidade de volume por unidade de
tempo, são determinados a partir dos seguintes cálculos:
FI – FE = R
FC – FI = PL
PL + R = PB
A conversão dos valores de oxigênio (mg O2 L-1) produzido ou consumido para
carbono (mg C L-1) é obtida a partir dos quocientes fotossintético (PQ) e respiratório (RQ),
os quais indicam os valores relativos de oxigênio e carbono envolvidos nos processos
fotossintético e respiratório.
PQ = +∆O2/-∆CO2 = moléculas de oxigênio liberadas durante a
fotossíntese/moléculas de CO2 assimiladas
RQ = +∆CO2/-∆O2 = moléculas de CO2 liberadas durante a respiração/ moléculas
de oxigênio consumidas
Os valores de PQ e RQ variam entre os diferentes grupos fitoplanctônicos e em
função das condições ambientais. O valor 1,2 de PQ e 1,0 de RQ são típicos para
populações submetidas a moderadas intensidades luminosas e são freqüentemente
utilizados em estudos de produção fitoplanctônica. Assumindo RQ=1, por exemplo, a
massa de oxigênio dissolvido produzido ou consumido para a respectiva massa de
carbono ocorre de acordo com a razão molar unitária entre ambos (O2 e C; 12 mgC= 32
mgO2). As equações a seguir sintetizam o encaminhamento do cálculo das taxas
- 29 -
metabólicas fitoplanctônicas, em que t é o período de incubação em horas e O2, a
concentração de oxigênio em mg L-1:
PB (mg C/m3/h) = [(O2, FC) – (O2, FE)] (1000) (0,375)/(PQ)t
PL (mg C/m3/h) = [(O2, FC) – (O2, FI)] (1000) (0,375)/(PQ)t
R (mg C/m3/h) = [(O2, FI) – (O2, FE)] (RQ) (1000) (0,375)/t
Cálculos para incorporação de 14C - A habilidade do fitoplâncton de incorporar
quantidades traço de isótopos radioativos em matéria orgânica durante a fotossíntese,
permite a determinação de taxas de produção primária in situ. A adição do isótopo
radioativo do carbono (14C), por exemplo, na forma de bicarbonato (NaH14CO3) é realizada
na amostra incubada em frascos como os descritos anteriormente e o carbono “marcado”,
é incorporado à biomassa via fotossíntese. O princípio de assimilação obedece a seguinte
relação:
14C disponível/14C assimilado = 12C disponível/12C assimilado
A atividade radioativa adicionada varia em função da biomassa (densidade)
existente na amostra, da taxa de crescimento, da luz, da temperatura, do tempo de
incubação e do volume de amostra filtrada, sendo recomendada uma avaliação prévia.
Para efeito de cálculo é necessária, ainda, a determinação do pH e da alcalinidade ou
outra forma de quantificação da concentração original de CO2 na amostra. Além disso, a
temperatura em cada profundidade deve ser medida.
O tempo de incubação pode variar de três a seis horas e a quantidade de
radiação, se estimada, pode prover a eficiência fotossintética (taxa de produtividade por
unidade de radiação). Ao término da incubação, a atividade biológica é interrompida e o
volume é filtrado em membranas com porosidade de 0,45 µm, de modo a reter o
particulado (comunidade fitoplanctônica com o marcador incorporado à biomassa). O
- 30 -
vácuo gerado para filtração não deve exceder 0,5 atm ou 380 mm Hg, reduzindo, assim, a
possibilidade de ruptura das células.
A atividade radioativa relativa ao 14C incorporado à biomassa nos filtros (secos e
fumegados com vapor de HCl por 10 minutos dentro de uma capela, para remoção do 14C
inorgânico residual) é medida por cintilação líquida. A estimativa do carbono orgânico
dissolvido excretado pelo fitoplâncton durante o processo de fotossíntese (período de
incubação da amostra) pode ser obtida na amostra derivada da filtração. Após
borbulhamento em meio ácido para a expulsão do 14CO2, a tividade radioativa é medida
por cintilação líquida e corresponde ao estoque de carbono orgânico oriundo do
metabolismo celular.
A quantidade de 12C assimilado é determinada por meio da fórmula:
(x) (c) = (a) (b) (d)
Em que: x = 12C assimilado (mg C m3 tempo-1);
a = 12C disponível (calculado a partir da alcalinidade e do pH);
b = 14C assimilado [(total de contagens no filtro por segundo x K1) – (background x K1)] x
1,06);
c = 14C disponível;
d = 1000 (fator dimensional para converter mg L-1 em mg m-3).
O total de contagens dos filtros é referente aos FC e os valores “background”, às
contagens dos filtros dos FE. O fator isotópico (1,06) é proveniente da maior massa do 14C
em relação ao 12C (assimilação 6% mais lenta do isótopo radioativo). K1 é o fator de
correção de volume para alíquotas filtradas e frascos. Para se calcular este fator é
necessário determinar o volume individual de cada frasco, subtrair dele o volume de 14C
- 31 -
adicionado e dividir pela alíquota filtrada. Para detalhes, sugere-se consultar Wetzel &
Likens (1991).
Figura 7: Desenho esquemático dos dois métodos mais utilizados na determinação da produção
primária fitoplanctônica – o método do oxigênio dissolvido e o método do 14C.
Considerações Finais
O método do 14C, apesar de ser o método mais utilizado nos estudos de produção
primária em todo o mundo, tem tido sua aplicação de forma indiscriminada, inclusive em
ambientes caracteristicamente heterotróficos. Além disso, a falta de padronização no uso
desta técnica entre os pesquisadores constitui um entrave na comparação entre os
resultados obtidos.
Em contrapartida, método do O2 tem sido refinado nos últimos anos ao grau de
poder estar sendo aplicado em muitos ambientes oligotróficos (Williams & Jenkinson,
Método do oxigênio
dissolvido
Método do 14CCintilação líquida
Pro
du
ção
Pri
már
ia F
itop
lan
ctô
nic
a
Inoculação de 14C
Incubação
75%
100%
50%
25%
10%
1%
Amostragem
Filtração
0.45 µµµµm
Ca
r bo
no
/ volu
me
/ tem
po
Ca
rbo
no
/ ár ea
/ tem
po
Titulação ou espectrofotometria
AZIDA
Fixação do O 2
Sulfato manganoso
[ ] inicial
Fixação do O 2
Sulfato manganoso
[ ] f inal
Azida
Cá
lculos
Método do oxigênio
dissolvido
Método do 14CCintilação líquidaCintilação líquida
Pro
du
ção
Pri
már
ia F
itop
lan
ctô
nic
a
Inoculação de 14CInoculação de 14C
Incubação
75%
100%
50%
25%
10%
1%
Incubação
75%
100%
50%
25%
10%
1%
75%
100%
50%
25%
10%
1%
100%
50%
25%
10%
1%
AmostragemAmostragem
Filtração
0.45 µµµµm
Filtração
0.45 µµµµm
Ca
r bo
no
/ volu
me
/ tem
po
Ca
rbo
no
/ ár ea
/ tem
po
Titulação ou espectrofotometria
AZIDA
Fixação do O 2
Sulfato manganoso
[ ] inicial
Fixação do O 2
Sulfato manganoso
[ ] inicial
Fixação do O 2
Sulfato manganoso
[ ] f inal
Fixação do O 2
Sulfato manganoso
[ ] f inal
Azida
Cá
lculos
- 32 -
1982), adquirindo vantagem sobre a técnica do 14C ao possibilitar a determinação da
respiração e das taxas de produção líquida e bruta.
Na verdade, o processo fotossintético consiste de um conjunto de reações que,
não necessariamente demonstram relações umas com as outras. Os métodos do O2 e do
14C medem taxas de diferentes reações e, por isso, nem sempre produzem resultados
semelhantes (Calijuri & Dos Santos, 2004). Deste modo, para melhor conhecer o
metabolismo dos ecossistemas aquáticos faz-se necessário o uso simultâneo de
diferentes métodos, considerando-se sempre a escala espaço-temporal, para que as
flutuações sejam acessadas em escalas diária, sazonal, anual e espacial.
No Brasil, houve um grande número de trabalhos sobre produção primária na
década de 90, ocorrendo, neste início de século, drástica redução de publicações sobre
este assunto. Além disso, a maior parte dos estudos está concentrada na região sudeste,
principalmente em São Paulo e Minas Gerais onde os dados existentes, são em maioria
descontínuos e muitas vezes pontuais, não acessando flutuações sazonais e interanuais.
Falta no Brasil, no entanto, uma base de dados sobre produção primária
padronizada metodologicamente, representativa dos vários ecossistemas e estados
brasileiros e, que seja ainda, abrangente na escala temporal, a fim de facilitar
comparações e possibilitar um monitoramento da produção primária dos ecossistemas
continentais, principalmente neste cenário mundial de mudanças climáticas, de níveis de
dióxido de carbono atingindo valores alarmantes e com o “comércio de carbono”, recém
legitimado pelo Protocolo de Kyoto. Neste contexto, os estudos da variação temporal da
produtividade nos oceanos e ecossistemas continentais tomam uma nova dimensão,
principalmente com a associação das técnicas de sensoriamento remoto e 14C.
- 33 -
Referências
ABREU, P. C., BIDDANDA, B. & ODEBRECHT, C. 1992. “Bacterial dynamics of the Patos
Lagoon estuary, southern Brazil (320S, 520W): Relationship with phytoplankton
production and suspended material”. Estuarine Coastal Shelf Sci . v. 6, pp. 621-635.
ABREU, P. C. 1992. Phytoplankton production and microbial food web of the Patos
Lagoon estuary, southern Brasil . M.Sc. dissertation, Bremen.
ABREU, P. C., ODEBRECHT, C. & GONZÁLEZ, A. 1994. “Particulate and dissolved
phytoplankton production of the Patos Lagoon Estuary, southern Brazil: comparison of
methods and influencing factors”. J. Plank. Res ., v.16, n. 7, pp. 737-753.
ABREU, P. C., GRANÉLI, H. W. & ODEBRECHT, C. 1995. “Produção fitoplanctônica e
bacteriana na região da pluma estuarina da Lagoa dos Patos – RS, Brasil”. Rev.
Atlântica , v.17, pp. 35-52.
AIDAR, E. 1970. Produção primária em função de diferentes métodos d e incubação,
em uma região estuarina . Tese de M.Sc., USP, São Carlos.
ALVES, L. F. 1983. Estudo sazonal da produção primária e fatores ecoló gicos num
lago de terra firme da Amazônia Central (Lago Verde /Rio Negro) . Tese de M.Sc.,
UFSCar, São Carlos.
ARAÚJO, M. A. R. & PINTO-COELHO, R. M. 1998. “Produção e consumo de carbono
orgânico na comunidade planctônica da Represa da Pampulha, Minas Gerais.” Brasil.
Rev. Bras. Biol ., v. 58, n. 3, pp. 405-416.
BARBER, R. T. & HILTING, A. K. 2002. “History of the Study of Plankton Productivity”. In:
le B. Williams, P. J., Thomas, D. N. & Reynolds, C. S. (Eds.). Phytoplankton
Productivity – Carbon Assimilation in marine and fr eshwater ecosystems .
Bodmin, Blackwell Science. 16-43 p.
- 34 -
BARBIERI, R.; IBAÑEZ, M. S.; ARANHA, F. J.; FERREIRA, M. M. F.; REID, J. &
TURNER, P. 1989. “Plâncton, produção primária, e alguns fatores físico-químicos de
dois lagos da Baixada Maranhese”. Rev. Bras. Biol . vol. 49, n. 2, pp. 399-408.
BARBOSA, F. A. R. 1979. Produção primária e fatores ambientais na Lagoa Car ioca -
Parque Florestal do Rio Doce- MG . Tese de M.Sc., UFSCar, São Carlos.
BARBOSA, F. A. & TUNDISI, J. G., 1980. “Primary production of phytoplankton and
environmental characteristics of a shallow quaternary lake at eastern Brasil”. Arch.
Hydrobiol ., vol. 90, n. 2, pp.139-161.
BARBOSA, F. A. 1981. Variação diurna (24h) de parâmetros limnológicos básicos e
da produtividade primária do fitoplâncton da Lagoa Carioca, Parque Florestal do
Rio Doce, MG, Brasil . Tese de D.Sc., UFSCar, São Carlos.
BARBOSA, F. A., TUNDISI, J. G. & HENRY, R. 1989. “Diel variations in a shallow tropical
Brazilian lake. II. Primary production, photosynthetic efficiency and chlorophyll-a
content”. Arch. Hydrobiol ., v. 116, n. 4, pp. 435-448.
BRASILE-MARTINS, M. A., CIPOLLI, M. N. & CESTA-ROLLI, M. A. 1985. “Limnologia de
reservatórios do sudeste do estado de São Paulo, Brasil, VI, Produção primária”. B.
Inst. Pesca , v. 12, pp. 123-143.
CALIJURI, M. C. 1985. Curvas de luz-fotossíntese e fatores ecológicos em
ecossistema artificial não estratificado – Represa do Broa (Lobo) . Tese de M.Sc.,
PPG-ERN, São Carlos.
CALIJURI, M. C. 1988. Respostas fisioecológicas da comunidade fitoplanctô nica e
fatores fisoecológicos em ecossistemas com diferent es estágios de
eutrofização . Tese de D.Sc., USP, São Carlos.
CALIJURI, M. C. 1999. A comunidade fitoplanctônica em um reservatório tro pical
(Barra Bonita, SP) . Tese livre-docência, USP, São Carlos.
- 35 -
CALIJURI, M. C., DEBERDT, G. L. B. & MINOTI, R. T. 1999. ‘A produtividade primária
pelo fitoplâncton na Represa de Salto Grande (Americana, São Paulo)”. In: Henry, R.
(Ed.). Ecologia de Reservatórios: Estrutura, função e aspectos sociais. Henry, R.
Botucatu, Fundibio/Fapesp. 109-148 p.
CAIJURI, M. C. & DOS SANTOS, A. C. A. 2004. A produção primária do fitoplâncton. In:
Bicudo, C. E. de M. & Bicudo, D. de C. (Eds). Amostragem em limnologia . 321-341
p., São Carlos, Ed. Rima.
CAVALCANTI, C. G. B., ALVES, V. R. & IKAWA, N. G. 1992. “Variação espacial da
produtividade primária no Lago Paranoá, Brasília DF”. Acta Limnol. Bras ., v. 4, pp.
327-341.
CHAMBERS, C. O. 1912. “ The relation of algae to dissolved oxygen and carbon dioxide.
With special reference to carbonates”. Missouri Botanical Garden 23rd Annual Report.
The Board of Trustees, St Louis, Missouri.
DE VOOYS, C. G. N., 1979. “Primary production in aquatic ecosystems”. In: Bolin, B.,
Degens, E. T., Kempe, S. & Ketner, P. (Eds). The global carbon cycle . pp. 259-292,
New York, John Wiley & Sons.
DEBERDT, G. L. B. 1997. Produção primária e caracterização da comunidade
fitoplanctônica no reservatório de Salto Grande (Am ericana-SP) em duas épocas
do ano . Tese de M.Sc., Escola de Engenharia/USP,São Carlos,. DOMINGOS, P.,
1991. Estrutura da comunidade fitoplanctônica e produção primária na Lagoa de
Saquarema . Tese de M.Sc., UFF, Niterói.
DOTY, M. S. & OGURI, M. 1959. “The carbon-fourteen technique for determining plankton
productivity”. Publ. Staz. Zool. Napoli , V. 31(Suppl), pp. 70-94.
- 36 -
ESTEVES, F. A., THOMAZ, S. M. & ROLAND, F. 1994. “Comparison of the metabolism of
two floodplain lakes of the Trombetas river (Pará, Brazil) based on a study of diel
variation”. Amazoniana , v. 13, pp. 33-46.
FEITOSA, F. A. N. 1988. Produção primária do fitoplâncton correlacionadas c om
parâmetros bióticos e abióticos na bacia do Pina (R ecife, Pernambuco, Brasil).
Tese de M.Sc., UFPE, Recife.
FERESIN, E. G. 1994. Produção de carbono orgânico via fitoplâncton e
bacterioplâncton em duas lagoas da planície de inun dação do rio Mogi Guaçu
(Estação Ecológica de Jataí, SP) . Tese de M.Sc., PPG-ERN/UFSCar, São Carlos.
FISHER, D. T. 1978. “Plâncton e produção primária em sistemas aquáticos da bacia da
Amazônia Central”. Acta Amazonica , v. 8, pp. 43-54.
FITTKAU, E. J., IRMLER, U., JUNK, W. J., REISS, F. & SCHMIDT, G. W. 1975.
“Productivity, biomass and population dynamics in Amazonian water bodies”. In: Golley, F.
B. & Medina, E. (Eds.). Tropical Ecological Systems. Trends in terrestrial and Aquatic
Research . pp. 289-311, New York, Springer.
FITZWATER, S. E., KNAUER, G. A. & MARTIN, J. H. 1982. “Metal contamination and its
effect on primary production measurements”. Limnol. Oceanogr ., v. 27, pp. 544-551.
FOGG, G. E. 1963. “The role of algae in organic production in aquatic environments”. Br.
Phycol. Bull ., v. 2, pp. 195-205.
FOGG, G. E. 1975B. “Primary productivity”. In: Riley, J. P. & Skirrow, G. (Eds), Chemical
Oceanography . pp. 385-453, 2nd ed., vol. 2., London, Academic Press.
FORSVERG, B.; PIMENTEL, I. P. & NOBRE, A. O. 1992. “Photosynthetic parameters for
phytoplankton in Amazon floodplain lakes. April-may 1987.” Verh. Internat. Verein.
Limnol ., v. 24, pp. 1188-1191.
- 37 -
GAARDER, T. & GRAN, H. H., 1927. “Investigation on the production of plankton in the
Oslo-Fjord”. Rapp. Et Proc. Verb., Cons. Int. Expl. Mer ., v. 42, pp. 1-48.
GIANESELLA-GALVÃO, S. M. F. 1981. Produção primária e suas relações com
alguns fatores físico-químicos em reservatórios do Estado de São Paulo . Tese
de D.Sc., USP, São Paulo.
GIANESELLA-GALVÃO, S. M. F. 1985. “Primary productivity of phytoplankton at ten
reservoirs in southern Brazil”. Hydrobiol ., v. 122, pp. 81-88.
GIANESELLA-GALVÃO, S. M. F. 1986. “Limnology of ten reservoirs in Southern Brazil, II:
Phytoplankton primary productivity in a reservoir with monomitical characteristics –
Paraibuna Reservoir”. In: C. E. Bicudo; C. Teixeira & J. G. Tundisi (Eds), Algas: a
energia do amanhã , pp. 199-208, São Paulo, I. O. USP.
GIESKES, W. W. C., KRAAY, G. W. & BAARS, M. A. 1979. “Current 14C methods for
measuring primary production: gross underestimates in oceanic waters”. Neyh. J. Sea
Res., v. 13, pp. 58-78.
HAMMER, L. 1965. “Photosynthese und Primärproduktion in rio Negro”. Int. Rev. Ges.
Hydrobiol ., v. 50, pp. 335-339.
HENRY, R., HINO, K., GENTIL, J. G. & TUNDISI, J. G. 1985. “Primary production and
effects of enrichment with nitrate and phosphate on phytoplankton in the Barra Bonita
reservoir (State of São Paulo, Brazil)”. Int. Rev. Ges. Hydrobiol . v. 70, n. 4, pp. 561-
573.
HENRY. R. & TUNDISI, J. G, 1985. “Enrichment experiments and their effects on
phytoplankton (biomass and primary productivity)”. In: Saijo, Y. & Tundis, J. G. (Eds.).
Limnological studies in Central Brazil Rio Doce Val ley Lakes and Pantanal
Wetland , pp. 63-80, (1st Report) Japan, Nagoya University.
- 38 -
HENRY, R., TUNDISI, J. G., CALIJURI, M. C., IBAÑEZ, M. S., MITAMURA, O,
MATSUMURA-TUNDISI, T., ROCHA, O., SPINDOLA, E. L. G. & GUILL’RN, S. M.
1989. “Addition of phosphate and ammonia and its effects on primary productivity by
phytoplankton in lake D. Helvécio using large enclosures”. In: Saijo, Y. & Tundisi, J. G.
(Eds.), Limnological studies in Rio Doce Valley Lakes , pp. 53-59, (3rd Report)
Japan, Nagoya University.
HENRY, R. 1990. Estrutura espacial e temporal do ambiente físico e químico e
análise de alguns processos ecológicos na represa d e Jurumirim (Rio
Paranapanema, SP) e na sua bacia hidrográfica. Tese de D.Sc., UNESP, Botucatu.
HENRY, R. 1993. “Primary production by phytoplankton and its controlling factors in
Jurumirim Reservoir (São Paulo, Brasil)”. Rev. Bras. Biol . v. 53, n. 3, pp. 489-499.
HENRY, R., TUNDISI, J. G. & IBÁÑEZ, M. S. R. 1997. “Enrichment experiment and their
effects on phytoplankton (biomass and primary productivity)”. In: Tundisi, J. G. & Saijo,
Y. (Eds.). Limnological studies on the Rio Doce Valley Lakes, Brasil , pp. 243-264.
Braz. Acad. Sci./USP.
HENRY, R., NUNES, M. A., MITSUKA, P. M., LIMA, N. DE & CASANOVA, S. M. C. 1998.
“Variação espacial e temporal da produtividade primária pelo fitoplâncton na Represa
de Jurumirim (Rio Paranapanema, SP)”. Rev. Bras. Biol ., v. 58, n. 4, pp. 571-590.
HERBLAND, A. 1977. “The prevention of radiocarbon loss in liquid scintillation counting of
solutions containing 14C-NaHCO3”. Int. J. Appl. Radiat. Isotopes , v. 28, pp. 795-796.
IVERSON, R. L., BITATKER, H. F. & MYERS, V. B. 1976. “Loss of radiocarbon in direct
use of Aquasol for liquid scintillation counting of solutions containing 14C NaH CO3”.
Limnol. Oceanogr ., v. 21, pp. 756-758.
- 39 -
JUREIDINI, P.; CHINEZ, S. J. & AGUDO, E. G. 1983. “Medições da produção primária em
três reservatórios do Estado de São Paulo”. Ciência e Cultura , v. 35, n. 9, pp. 1341-
1346.
KALFF, J. 2002. Limnology . Pearson Education, Prentice Hall.
KNOPPERS, B. A. & MOREIRA, P. F. 1988. “The short term effect of physical processes
upon nutrients, primary production and sedimentation in Guarapina Lagoon (RJ),
Brazil”. Acta Limnol. Brasil ., v. 2, pp. 405-430.
LIETH, H. 1975. “Historical Survey of Primary Productivity Research”. In: Lieth, H. &
Whittaker, R. H. (Eds). Primary productivity of the Biosphere, pp. 185-202, New
York, Springer-Verlag..
LIGNELL, R. 1992. “Problems in filtration fractionation of 14C primary productivity
samples”. Limnol. Oceanogr ., 37: 172-178.
MARGALEF, R. 1986. Ecologia . Barcelona, Ed. Omega.
MARLIER, G. 1965. “Étude sur les lacs de l’Amazonie centrale”. Cader. Amaz . V. 5, pp.1-
51.
MARLIER, G. 1967. “Ecological studies on some lakes of the Amazon valley”.
Amazoniana , v. 1, n. 2, pp. 91-115.
MARSHALL, S. M. & ORR, A. P. 1930. “A study of spring diatom increase in Loch Striven”.
Journ. Mar. Biol. Assoc. U.K ., v. 16, pp. 853.
MATSUMURA-TUNDISI, T. & TUNDISI, J. G. 1997. “Mixing processes affecting primary
production of phytoplankton in Barra Bonita reservoir”. Verh. Int. Ver. Limnol . v. 26,
pp. 536-542.
MITAMURA, O.; HINO, K.; SAIJO, Y.; NAKAMOTO, N. & BARBOSA, F. A. R. 1985.
“Diurnal variation of photosynthesis and nutrients in lake Carioca”. In: Saijo, Y. &
Tundisi, J. G. (Eds.). Limnological studies in Central Brazil Rio Doce Val ley Lakes
- 40 -
and Pantanal Wetland , pp. 97-105, (1st Report) Water Research Institute, Nagoya
University.
MITAMURA, O.; SAIJO, Y. & HINO, K. 1997. “Cycling of urea associated with
photosynthetic activity of phytoplankton in the euphotic layer in lakes Dom Helvecio,
Jacaré and Carioca”. In: Tundisi, J.G. & Saijo, Y. (Eds.) Limnological studies on the
Rio Doce Valley Lake, Brasil , pp. 129-139, Braz. Acad. Sci./USP.
MONTANARI-FRANCO, G. M. 1982. Ciclo sazonal da produção primária, "standing-
stock" do fitoplâncton e fatores ambientais na Repr esa do Jacaré-Pepira
(Brotas-SP) . Tese de D.Sc., UFSCar, São Carlos.
NODDACK, W. & KOMOR, J. 1937. “Über die Ausnutzung des Sonnenlichtes beim
Wachstum der grünen Pflanzen unter natürlichen Bedingugen”. Angew. Chem ., v. 50,
pp. 271-277.
OLIVEIRA, H. T. 1997. “Primary production in a dendritic tropical reservoir spatial and
seasonal heterogeneity (Barra Bonita Reservoir, Brasil)”. Verh. Int. Verein. Limnol ., v.
26, pp. 569-573.
OLIVEIRA, M. D. 1993. Produção primária e estrutura da comunidade fitopla nctônica
no reservatório do Lobo (SP): Uma comparação entre fatores ecológicos na
represa e nos seus principais tributários . Tese de M.Sc., USP, São Carlos.
OLIVEIRA, M. D. & CALIJURI, M. C. 1996. “Estimate of the rate of primary production in
two lotic-systems, based on hourly change of dissolved oxygen: Itaqueri and Lobo
rivers (São Paulo State)”. In: Anais da Acad. Bras. de Ciências, v. 68 n.1, pp. 103-
111.
PETERSON, B. J. 1980. “Aquatic primary productivity and the 14C-CO2 method: A History
of the productivity problem”. Ann. Rev. Ecol. Syst ., v. 11, pp. 359-385.
- 41 -
PETRUCIO, M. M. & BARBOSA, F.A. R. 2004. “Diel variations of phytoplankton and
bacterioplankton production rates in four tropical lakes in the middle Rio Doce basin
(southeastern Brazil)”. Hydrobiol ., v. 513, pp. 71-76.
PETRUCIO, M. M., BARBOSA, F. A. R. & THOMAZ, S. M. (no prelo). “Bacteria and
phytoplankton production rates in eight river stretches of the middle Rio Doce
Hidrographic Basin (southeast Brazil)”. Brazilian Archives of Biology and
Technology.
POMPEO, M. L. M. 1991. Aspectos ecológicos da Lagoa Dourada (Itapirina, SP ), com
ênfase na produtividade primária do fitoplâncton, p erifiton e da macrófita
aquática Utricularia gibba . Tese de D.Sc., SHS-EESC-USP São Carlos.
PONTES, M. C. F. 1980. Produção Primária, fitoplâncton e fatores ambientai s no
Lago D. Helvécio, Parque Florestal do Rio Doce, MG . Tese de M.Sc., UFSCar, São
Carlos.
PROENÇA, L. A. 1990. Ciclo anual da produção primária, biomassa do fitop lâncton e
carbono orgânico particulado em área rasa da porção sul da Lagoa dos Patos .
Tese de M.Sc., FURG , Rio Grande.
RAI, H. & HILL, G. 1984. “Primary production in the Amazonian aquatic ecosystem”. In:
Sioli, H. (Ed.) The Amazon: Limnology and landscape ecology of a mi ghty
tropical river and its basin , pp. 311-335 p. Dordrecht, Dr. W. Junk Publ.
RIBEIRO, J. S. B. 1978. Fatores ecológicos, produção primária e fitoplâncto n em
cinco lagos da Amazônia Central. Estudo Preliminar . Tese de M.Sc., UFSCar ,São
Carlos.
RIBEIRO, J. S. B. & DARWICH, A. J. 1994. “Produção Primária Fitoplanctônica de um
Lago de Ilha Fluvial na Amazônia Central (Lago do Rei, Ilha do Careiro)”.
Amazoniana , v. 12, n. ¾, pp. 365-383.
- 42 -
RILEY, G. A. 1939. “Plankton studies. II. The western North Atantic, May-June, 1939”. J.
Mar. Res ., v. 2, pp. 145-162.
RILEY, G. A. 1941a. “Plankton studies. III. Long Island Soaad”. Bull. Bindham Oceanogr.
Coll , v. 7, n. 3.
RILEY, G. A. 1941b. “Plankton studies. IV. Georges Bank”. Ibdem , v. 7, n. 4.
RILEY, G. A. 1944. “The carbon metabolism and photosynthetic efficiency of the earth as
a role”. Amer. Sci ., v. 32, pp. 129-134.
RYTHER, J. H. 1956. “Photosynthesis in the Ocean as a function of light intensity”. Limnol.
Oceanogr., v. 1, pp. 61-70.
RODRIGUES, M. S. 1992. “A comunidade fitoplanctônica de um lago de várzea da
Amazônia Central (Lago do Camaleão, Ilha de Marchantaria): Variação temporal e
espacial, biomassa, composição de espécies e produtividade”. Ph.D. Tese, INPA/FUA,
Manaus,.
RODRIGUES, M. S. 1994. Biomassa e produção fitoplanctônica do lago Camaleã o
(Ilha da Marchantaria, Amazonas) . Tese de D.Sc., INPA/UAM, Manaus.
ROLAND, F. 1995. Produção primária fitoplanctônica em um lago amazôn ico
impactado por rejeito de bauxita – Lago Batata, Par á, Tese de D.Sc., UFSCar, São
Carlos.
ROLAND, F., ESTEVES, F. A. & BARBOSA, F. A. R. 1997. “The influence of bauxite
tailings on the light regime and its consequence on the phytoplankton primary
production in an Amazonian flood-plain lake”. Verh. Int. Ver. Limnol . v. 26, pp. 765-
767.
ROLAND, F. 1998. “Produção fitoplanctônica em diferentes classes de tamanho nas
lagoas Imboassica e Cabiúnas”. In: Esteves, F. A. (Ed.) Ecologia de lagoas
- 43 -
costeiras do Parque Nacional da Restinga de Jurubat iba e do Município de
Macaé (RJ) , pp. 159-175, Rio de Janeiro, UFRJ.
ROLAND, F. 1999. “Rapid and precise determination of dissolved oxygen by
spectrophotometry: Evaluation of interference from color and turbidity”. Limnol.
Oceanogr ., v. 4, n. 4, pp. 1148-1154.
ROLAND, F. 2000. “Produção primária fitoplanctônica”. In: Bozelli, R. L., Esteves, F. A. &
Roland, F. (Eds.). Lago Batata: Impacto e recuperação de um ecossistem a
amazônico , pp. 107-117, Rio de Janeiro, UFRJ/SBL.
ROLAND, F., ESTEVES, F. DE A. & BARBOSA, F. A. R. 2002. “Relashionship between
antropogenically caused turbidity and phytoplankton production in a clear Amazonian
floodplain lake”. Amazoniana , v. 12, n. ½, pp.65-77.
SÁ, JR., W. P. DE & SIPAÚBA-TAVARES, L. H. 1997. “Produtividade primária
fitoplanctônica e variação de parâmetros limnológicos ao longo do dia, em tanques de
cultivo planctônico da Estação de Hidrobiologia e Piscicultura de Furnas”. Acta
Limnol. Bras. , v. 9, pp. 83-91.
SCHIMIDT, G. W. 1973a. “Primary production of phytoplankton in three types of
Amazonian waters”. Amazoniana , v. 4, n. 2, pp. 135-138.
SCHIMIDT, G. W. 1973B. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. II. The limnology of a tropical flood-plain lake in Central Amazonia
(Lago Castanho)”. Amazoniana , v. 4, n. 2, pp. 139-204.
SCHIMIDT, G. W. 1973C. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. III. Primary productivity of phytoplankton in a tropical flood-plain
lake of Central Amazonia, Lago Castanho, Amazonas, Brazil”. Amazoniana , v. 4, n. 4,
pp. 379-404.
- 44 -
SCHIMIDT, G. W. 1976. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. IV. On the primary productivity of phytoplankton in a bay of the
lower Rio Negro (Amazonas, Brazil)”. Amazoniana , v. 5, n. 4, pp. 517-528.
SCHMIDT, G. W. 1982A. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. V”. Amazoniana , v. 7, n. 3, pp. 221- 292.
SCHIMIDT, G. W. 1982b. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. V. Some investigations on the phytoplankton and its primary
production in the clear water of the lower Rio Tapajóz (Pará, Brazil)”. Amazoniana , v.
7, n. 3, pp. 335-348.
SCHINDLER, D. W., SCHMIDT, R. V. & REID, R. A. 1972. “Acidification and bubbling as
an alternative to filtration in determining phytoplankton production by the 14C method”.
J. Fish. Res. Bd. Can ., v. 29, pp.1627-31.
SOUZA, M. F. L. DE & COUTO, E. C. G. 1999. “Short-term changes and longitudinal
distribution of carbon metabolism in the Piauí River Estuary (Sergipe, Brazil)”. Rev.
Bras. Biol ., v. 59, n. 2, pp. 195-202.
STEEMAN-NIELSEN, E. 1932. “The carbon metabolism and photosynthetic efficiency of
the Earth as a whole”. American Scientist , v. 32, pp. 129.
STEEMAN-NIELSEN, E. 1937. “The annual amount of organic matter produced by the
phytoplankton in the Soun off Helsinger”. Ibidem , v. 3, n. 3.
STEEMAN-NIELSEN, E., 1951. “The marine vegetation of the Isefjord. A study on ecology
and production”. Ibidem , v. 5, n. 4.
STEEMAN-NIELSEN, E., 1952. “The use of radioactive carbon (C-14) for measuring
organic production in the sea”. J. Cons. Int. Explor. Mer ., v. 18, pp. 117-140.
- 45 -
STEEMAN-NIELSEN, E. & HANSEN, V. K. 1959. “Measurements with the 14C tecnique of
the respiration rates in natural populations of phytoplankton”. Deep Sea Res ., v. 5, pp.
222-232.
SUZUKI, M. S. 1997. Abertura da barra na lagoa Grussaí, São João da Bar ra, RJ.
Aspectos hidroquímicos, dinâmica da comunidade fito planctônica e
metabolismo. Campos de Goytacazes , Tese de D.Sc., UENF, Rio de Janeiro.
TEIXEIRA, C., ARANHA, F. J.; BARBIERI, R.; MELO, O. T. 1988. “Produção primária e
clorofila-a do fitoplâncton e parâmetros físicos e químicos do estreito dos coqueiros -
Maranhão, Brasil”. Rev. Brasil. Biol ., v. 48, n. 1, pp. 29-39.
TOLEDO, L. G. & HAY, J. D. 1988. “Variacão sazonal da produção primária do
fitoplâncton e dos fatores limnológicos do Lago Paranoá, Brasília”. Acta Limnol. Bras .
v. 2, pp. 347-365.
TUNDISI, J. G., TUNDISI, T. M., ROCHA, O., GENTIL, J. G. & NAKAMOTO, N. 1977.
“Primary production, standing-stock of phytoplankton and ecological factors and
shallow tropical reservoir. (Represa do Broa, São Carlos, Brasil)”. Semana Médio
Ambiente y Represas , v. 1, pp. 138-172, Montevideo.
TUNDISI, J. G. 1977. Produção primária, standing-stock, fracionamento do
fitoplâncton e fatores ecológicos em ecossistemas l acustre artificial (Represa do
Broa, São Carlos) , Tese de Livre-docência, USP, São Paulo.
TUNDISI, J. G. GENTIL, J. & DIRICKSON, M. C. 1978. “Seasonal cycle of primary
production of nanno and microphytoplankton in a shallow tropical reservoir”. Rev.
Bras. Bot ., v. 1, pp. 35-39.
TUNDISI, J. G.; MATSUMURA-TUNDISI, T.; PONTES, M. C. F. & GENTIL, J. G. 1981.
“Limnological studies at quarternary lakes in eastern Brazil. I. Primary production of
- 46 -
phytoplankton and ecological factors at lake D. Helvécio”. Rev. Bras. Bot ., v. 4, n. 1,
pp. 5-14.
TUNDISI, J.G., SAIJO, Y., HENRY, R. & NAKAMOTO, N. 1997. “Primary productivity,
phytoplankton biomass and light photosynthesis responses in four lakes”. In: Tundisi,
J. G. & Saijo, Y. (Eds.). Limnological studies on the Rio Doce Valley Lakes , pp.
199-242, Brasil. Braz. Acad. Sci./USP.
WALLEN, D. G. & GEEN, G. H. 1968. “Loss of radioactivity during storage of 14C labeled
phytoplankton on membrane filter”. J. Fish. Res. Bd Can . v. 25, pp. 2219-2224.
WARD, F. J. & NAKANISH, M. 1971. “A comparison of Geiger-Müller and liquidscintillation
counting methods in estimating primary productivity”. Limnol. Oceanogr ., v. 16, pp.
560-563.
WETZEL, R. G. & LIKENS, G. E. 1991. Limnological analysis . New York, Springer-
Verlag.
WILLIAMS, P. J. LE B., RAINE, R. C. T. & BRYAN, J. R. 1979. “Agreement between the
14C and oxygen methods of measuring phytoplankton production: reassessment of the
photosynthetic quocient”. Oceanol. Acta ., v. 2, pp. 411-416.
WILLIAMS, P. J. LE B. & JENKINSON, N. W. 1982. “A transportable microprocessor-
controlled precise Winkler titration, suitable for field station and shipboard use”.
Limnol. Oceanogr ., v. 27, pp. 576-584.
- 47 -
CAPÍTULO 2
REVISITANDO OS DADOS DE PRODUÇÃO FITOPLANCTÔNICA DOS ECOSSISTEMAS LÍMNICOS BRASILEIROS : LAGOS,
RESERVATÓRIOS E LAGOS DE INUNDAÇÃO
Fernanda Bassoli & Fabio Roland
- 48 -
Revisitando os Dados de Produção Fitoplanctônica do s Ecossistemas Límnicos
Brasileiros: Lagos Naturais, Reservatórios e Lagos de Inundação
Fernanda Bassoli(1,2)
Fábio Roland(1*)
(1) Laboratório de Ecologia Aquática, Departamento de Biologia, Universidade Federal de Juiz de Fora,
Juiz de Fora, MG, Brasil, 36036-900.
(2) Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Departamento de Ecologia, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 21941-590.
(*) Endereço eletrônico: [email protected]
Palavras-chave: produtividades fitoplanctônica, ecossistemas límnicos brasileiros.
Com 4 Figuras e 6 Tabelas.
- 49 -
Abstract
Phytoplankton productivity data from 60 Brazilian freshwater ecosystems, including
lakes, flood plain lakes and reservoirs, were collected from the literature. The variability of
phytoplankton productivity among these freshwater ecosystems and the relationships
between phytoplankton productivity vs. morphometric (lake area, volume, maximum and
mean depth), physical (latitude, water temperature and euphotic zone), chemical (pH, free
CO2, SRP, TP, N NO-3 and N NH+
4) variables and chlorophyll a were investigated. The
main goal of this study was to describe net phytoplankton productivity (NPP) and related
variables in different types of Brazilian aquatic ecosystems, emphasizing the reservoirs.
Additionally, inter-annual variability of areal NPP in some particular lakes and reservoirs
was analyzed. The NPP data frequency distribution has been skewed to the left,
predominating systems with low productivity rates in the data set. We have found not
strong, but significant correlations between areal NPP (mg C.m-2.h-1) vs. latitude (r2=0.11;
p<0.05), areal NPP vs. N NH+4 (r
2=0.32; p<0.05) and areal NPP vs. chlorophyll a (r2=0.16;
p<0.05). Volumetric NPP vs. Pmax relationship was highly significant (r2=0.99; p<0.01), and
also chlorophyll a vs. TP (r2=0.58; p<0.01). Significant differences have been found
between types of ecosystems (reservoirs, flood plain lakes and other natural lakes), deep
and shallow systems and trophic status in relation to NPP rates. There was an
eutrophication tendency in some lakes and reservoirs analyzed in an inter-annual basis;
nevertheless NPP rates among the years were not significant.
- 50 -
Resumo
Foram coletados da literatura dados de produtividade fitoplanctônica de 60
ecossistemas límnicos brasileiros, incluindo lagos, reservatórios e lagos de inundação.
Foram investigadas a variabilidade da produtividade fitoplanctônica e as relações entre
produtividade e variáveis morfométricas (área, volume, profundidade media e
profundidade máxima), físicas (latitude, temperatura da água e profundidade da zona
eufótica), químicas (pH, CO2 livre, PSR, PT, N NO-3 e N NH+
4) e biológicas (clorofila-a). O
principal objetivo deste estudo foi descrever a produtividade fitoplanctônica líquida (PFL) e
as variáveis relacionadas a ela, em diferentes tipos de ecossistemas aquáticos brasileiros,
com ênfase nos reservatórios. Além disso, a variabilidade inter-anual da PFL de alguns
lagos e reservatórios foi analisada. A análise da distribuição de freqüência dos dados de
PFL indicou uma predominância de sistemas pouco produtivos na base de dados. Foram
encontradas correlações significativas entre a PFL integrada (mg C.m-2.h-1) vs. latitude
(r2=0,11; p<0,05); vs. N NH+4 (r2=0,32; p<0,05) e vs. Clorofila-a (r2=0,16; p<0,05). A
relação entre a PFL volumétrica (mg C. m-3. h-1) e Pmax foi altamente significativa (r2=0,99;
p<0,01), assim como a relação entre clorofila-a e PT (r2=0,58; p<0,01). A PFL entre os
diferentes tipos de ecossistemas estudados foi significativamente diferente, assim como a
PFL de sistemas rasos vs. profundos e entre os sistemas pertencentes a estados tróficos
diferentes. Foi constatada uma tendência a eutrofização em alguns dos lagos e
reservatórios estudados na base inter-anual, no entanto as diferenças de PFL entre os
anos analisados não foram significativas.
- 51 -
Introdução
A produção primária (PP) é um importante processo biológico, pois além de ser a
base energética para maioria das cadeias alimentares, seqüestra gases causadores do
efeito estufa através do consumo de CO2, assim como compostos fosfatados e
nitrogenados, especialmente na escala dos ecossistemas aquáticos mundiais (PARK ET
AL., 2004). Atualmente, quando o aquecimento global está sendo amplamente discutido,
os estudos de PP assumem um importante papel na compreensão da relação entre clima
e processos biológicos. Apesar do grande interesse científico neste assunto, as respostas
da PP ao aquecimento global ainda são muito pouco conhecidas (TAN & SHIBASAKI, 2003;
SHAW ET AL., 2002; NEMANI ET AL., 2002; NEILSON & DARPEK, 1998).
Os dados de PP dos ecossistemas tropicais são escassos em comparação com a
base de dados de ecossistemas temperados (LEWIS, 1996). Estudos de PP em grandes
gradientes latitudinais são ainda mais raros (BEAVER & CRISMAN, 1991). Entre os lagos
tropicais, aqueles de maiores latitudes (15-23o N-S) têm sido mais bem investigados. No
entanto, nesta faixa latitudinal, grupos de lagos com características limnológicas comuns
diferem bastante, tanto em relação a outros grupos de lagos tropicais quanto a
ecossistemas temperados (LIND ET AL., 1992). Nos trópicos, fatores como radiação solar
relativamente constante ao longo do ano, alta média anual de temperatura e rápida
ciclagem de nutrientes contribuem para o aumento da produtividade fitoplanctônica líquida
(PFL) anual e para minimizar a variabilidade inter-sazonal (LEWIS, 1996). Nas regiões
temperadas, entretanto, as marcadas estações, caracterizadas por grande variação na
disponibilidade de radiação solar ao longo do ano, assim como baixa média anual de
temperatura, contribuem para menores taxas anuais de PFL.
O Brasil possui um extenso território (8 511 996 km2) onde estão localizadas as
maiores reservas de água da Terra, tanto superficiais quanto subterrâneas, sendo
- 52 -
formado por um grande mosaico de ecossistemas aquáticos, como rios, lagos,
reservatórios, lagoas costeiras e lagos de inundação, distribuídos em um grande
gradiente latitudinal (5oN - 33oS). Uma vasta literatura sobre produtividade fitoplanctônica
tem sido publicada no Brasil a partir da década de 60, no entanto, os estudos concentram-
se em alguns grupos particulares de lagos e reservatórios, como os lagos de inundação
da Amazônia, os reservatórios do Estado de São Paulo e os lagos naturais do Vale do Rio
Doce, em Minas Gerais, por exemplo (BASSOLI & ROLAND, 2005). Além disso, a maioria
destes estudos tem se focado sobre curtos períodos de tempo através de medidas
pontuais da PP ou, quando muito, investigando a variabilidade sazonal, de forma que são
escassos estudos de longa duração.
No Brasil, o número de reservatórios tem crescido consideravelmente nos últimos
50 anos (Tundisi & Matsumura-Tundisi, 2003). Construídos primariamente para a geração
de eletricidade, em função da crescente demanda energética do país, estes ecossistemas
servem agora para múltiplos propósitos, como armazenamento de água para uso público,
aquacultura e pesca, recreação, turismo e irrigação. Estes ecossistemas têm sido
bastante estudados, principalmente quanto à biota aquática e sua relação com fatores
ambientais, e impactos da degradação, poluição e eutrofização sobre a biodiversidade
(Tundisi & Matsumura-Tundisi, 2003), sendo de fundamental importância o conhecimento
da Limnologia e dos processos metabólicos destes novos ambientes. Além disso, nestes
ecossistemas, têm-se concentrado a grande maioria dos estudos de PP já publicados no
Brasil (Bassoli & Roland, 2005), entretanto estes estudos são pontuais e não fornecem
uma visão geral da produtividade destes ecossistemas.
Os reservatórios diferem dos outros sistemas aquáticos, principalmente em
relação à dinâmica física da água, que é controlada pela vontade humana, combinando
requerimento energético com função de drenagem. Lagos e reservatórios são
- 53 -
essencialmente diferentes na magnitude e duração das funções de força ou variáveis
governantes, respondendo diferentemente a processos como mistura interna, trocas de
gases entre a interface água-atmosfera, aporte de nutrientes, interações predador-presa,
produção primária e respiração (KIMMEL ET AL., 1990).
Os principais objetivos deste estudo foram: 1) sintetizar os dados já publicados de
PP nos diferentes tipos de ecossistemas aquáticos brasileiros, com ênfase nos
reservatórios; 2) investigar as relações entre PFL e variáveis morfométricas, químicas e
biológicas; 3) analisar a variabilidade inter-anual da PFL de alguns lagos e reservatórios e
4) comparar a variabilidade da PFL dos lagos e reservatórios brasileiros com a de outros
sistemas tropicais e temperados.
Tabela 1
Material e Métodos
Base de Dados - A base de dados usada neste trabalho foi obtida de artigos, teses
dissertações e capítulos de livros coletados na literatura, publicados no período entre
1973 e 2006. A coleta de dados baseou-se em um meticuloso trabalho de revisão
bibliográfica, a fim de incluir todos os trabalhos de PP realizados nos sistemas brasileiros,
de acordo com os critérios de inclusão especificados abaixo.
Os ecossistemas aquáticos analisados no presente estudo foram: lagos,
reservatórios e lagos de inundação, totalizando 60 lagos-ano, incluindo 43 diferentes
sistemas (Tabela 1). No entanto, o número de reservatórios analisados (n=33) foi
consideravelmente superior ao de lagos naturais (n=5) e lagos de inundação (n=5).
Embora os lagos de inundação e os lagos propriamente ditos, sejam sistemas naturais,
eles foram analisados separadamente em função das diferentes dinâmicas de
funcionamento apresentadas por esses ecossistemas. Foram também coletados da
- 54 -
literatura dados de outros ecossistemas aquáticos tropicais e temperados (Tabela 2), a
fim de possibilitar comparações entre estes sistemas. Adicionalmente, foi analisada a
variabilidade inter-anual da PFL nos sistemas com medições durante dois anos ou mais
(Tabela 3).
Tabela 2
Variáveis Quantitativas - Os dados coletados da literatura e tabelados foram: PFL
integrada e volumétrica, Pmax, profundidade média e máxima, área, volume, profundidade
do disco de Secchi, profundidade da zone eufótica (Zeu), oxigênio dissolvido, pH,
temperatura, condutividade, CO2 livre, CO2 total, fósforo solúvel reativo (PSR), fósforo total
(PT), nitrato (N NO-3), nitrito (N NO-
2), amônia (N NH+4), nitrogênio inorgânico dissolvido
(NID), nitrogênio total (NT), sílica solúvel reativa (SiSR) e clorofila-a (chl-a).
Variáveis Qualitativas - Os ecossistemas aqui analisados foram separados em
diferentes categorias com base nos seguintes fatores: i) tipo de ecossistemas (lagos,
reservatórios e lagos de inundação); ii) área (pequeno ou grande); iii) profundidade
máxima (raso ou profundo) e iv) estado trófico, a fim extrair mais informação dos dados
coletados. Deste modo, foram classificados como “grandes” os sistemas com área
superior a 30 km2 e como “pequenos” aqueles com área inferior a 30 km2. Foram
classificados como sistemas “rasos“ aqueles com profundidade máxima menor que 5m e
como “profundos” aqueles com profundidade máxima superior a 5m. O estado trófico dos
ecossistemas foi obtido através de duas classificações distintas: de acordo com
VOLLENWEIDER & KEREKES (1980) e de acordo com LIKENS (1975). A primeira utiliza as
concentrações de clorofila-a e de fósforo total como critérios e, a segunda, a PFL.
Dezessete sistemas, no entanto, não puderam ser classificados de acordo com
- 55 -
VOLLENWEIDER & KEREKES, porque os autores não forneceram dados de chl-a, nem de PT,
além de não terem mencionado o estado trófico do ambiente.
Critérios para inclusão de dados - Os critérios para inclusão de dados foram: 1) PFL
medida sazonalmente durante, pelo menos, um ano; 2) dados de PFL integrados ou
passíveis de serem convertidos para mg C m-2 h-1; 3) utilização do “método do 14C” ou do
“oxigênio dissolvido em frascos claros e escuros” para determinação da PFL.
Cálculos - Nós consideramos que as medidas obtidas pelo “método do 14C”
correspondem, aproximadamente, à produtividade líquida (PFL) de acordo com Likens
(1975). A PFL, obtida através da técnica do “oxigênio dissolvido”, foi utilizada para
representar a produtividade do sistema, ao invés da produtividade fitoplanctônica bruta
(PFB), uma vez que, somente a primeira reflete a disponibilidade de energia proveniente
do fitoplâncton para os organismos heterotróficos. Entretanto, no caso de apenas a PFB
ser reportada, nós assumimos um valor para a respiração fitoplanctônica de 40% da PFB,
e o subtraímos dela para determinar a PFL (LIKENS, 1975).
Os dados de PP, quando reportamos em termos de concentrações de oxigênio,
foram convertidos para concentrações de carbono assumindo o quociente fotossintético
de 1,2 (WETZEL & LIKENS, 1991). Embora a correspondência entre os dois métodos
empregados não seja total (GEIDER & OSBORNE, 1992), nós assumimos que a PP, obtida
através do “método 14C”, equivale à obtida por meio do “método do oxigênio dissolvido”
(MARRA, 2002).
A produtividade integrada por unidade de hora (mg C m-2 h-1) foi empregada em
todas as análises comparativas deste estudo, uma vez que a conversão para taxas diárias
de PFL agrega uma série de erros, visto que o tempo de incubação varia
consideravelmente entre os trabalhos e os dados de radiação são raramente reportados,
tornando essa extrapolação muitas vezes impossível. No entanto, somente para a
- 56 -
classificação dos estados tróficos dos sistemas de acordo com LIKENS (1975), nós
convertemos os dados por unidade de hora para taxas diárias, quando necessário, de
acordo com TAILING (1965).
Quando a PFL integrada não foi fornecida pelos autores, nós a calculamos através
da integração dos dados volumétricos medidos na Zeu. O perfil da produtividade na Zeu,
por unidade de volume, também foi utilizado para calcular a Pmax, definida como a
produtividade máxima obtida em um perfil da coluna d`água. A Zeu, por sua vez, foi
calculada multiplicando por 3 a profundidade do disco de Secchi, segundo COLE (1994).
Todas as análises foram baseadas nos valores médios sazonais das variáveis.
Análise estatística - O coeficiente de variação (CV) foi utilizado para acessar a
variabilidade das principais variáveis analisadas neste estudo e para comparar a
produtividade dos sistemas tropicais e temperados. Esta expressão estatística foi
empregada por ser um termo adimensional, que permite comparações entre sistemas
muito diferentes. As análises estatísticas foram realizadas no software StatView (versão
5.01). O teste paramétrico ANOVA One Way foi utilizado para calcular as diferenças
entre os diferentes tipos de ecossistemas e os testes não paramétricos Mann-Whitney e
Kruskal-Wallys foram utilizados para calcular as diferenças inter-anuais, para dois anos ou
mais, respectivamente.
Tabela 3
Resultados PFL e as Variáveis Quantitativas - Os ecossistemas analisados neste estudo
apresentaram uma ampla variabilidade nas características morfométricas, limnológicas e
biológicas. Por exemplo, o volume (CV=520%) apresentou uma variação em torno de 5
ordens de grandeza entre os sistemas estudados, a área (CV=270%) variou em cerca de
- 57 -
4 ordens e a Zeu (CV=75%), PT (CV=129%), chl-a (CV=217%) e PFL (CV=179%)
apresentaram uma variação de 2 ordens de grandeza (Tabela 4).
Tabela 4
A distribuição de freqüência da PFL integrada (mg C m-2 h-1) e volumétrica (mg C
m-3 h-1) apresentou-se deslocada para a esquerda, com poucos valores elevados,
evidenciando a predominância de sistemas pouco produtivos na base de dados (Figura
1).
Figura 1
De acordo com a análise de regressão, a PFL integrada esteve significativamente
relacionada com a latitude (r2=0,11; p<0,01) e com a chl-a (r2=0,16; p<0,05), embora
fracamente (Tabela 5). Entretanto coeficientes de regressão mais elevados foram
encontrados nas relações entre as variáveis: PFL (mg C m-2 h-1) vs. N NH4+ (r2=0,32;
p<0,05), chl-a vs. TP (r2=0,58; p<0,01), PFL (mg C m-3 h-1) vs. Pmax (r2=0,99; p<0,01) e
PFL (mg C m-3 h-1) vs. CO2 (r2=0,24; p<0,01) (Figura 2). Não foram encontradas relações
significativas entre PFL integrada e as variáveis: profundidade média, área, volume, Zeu,
temperatura da água, pH, PT, PSR, N NO3- e Pmax.
Tabela 5
Figura 2
PFL e as Variáveis Qualitativas – a PFL foi claramente diferente entre os diferentes
tipos de ecossistemas (lagos, reservatórios e lagos de inundação), entre sistemas
profundos e rasos e entre os diferentes estados tróficos, principalmente entre os estados
- 58 -
eutrófico e hipereutrófico em relação aos demais. Os lagos apresentaram valores mais
elevados de PFL que os reservatórios e lagos de inundação, enquanto que os sistemas
rasos foram mais produtivos do que os profundos. Os ecossistemas grandes e pequenos,
entretanto, apresentaram taxas de PFL muito similares (Figura 3).
Figura 3
Foram encontradas diferenças significativas nas taxas de PFL entre os diferentes
tipos de ecossistemas (p<0,05), entre os estados tróficos segundo ambas as
classificações, Vollenweider & Kerekes (p<0,05) e Likens (p<0,0001), e entre sistemas
rasos e profundos (p<0,05). Não foram encontradas diferenças significativas entre a PFL
de sistemas grandes e pequenos.
PFL e Variação Inter-anual – Entre os ecossistemas analisados na escala inter-anual, os
reservatórios Jurumirim e Lobo (Broa) apresentaram os menores valores de PFL (<50 mg
C m-2 h-1), assim como taxas similares entre os anos analisados. No entanto, os lagos
Dom Helvécio e Carioca e os reservatórios Paranoá e Barra Bonita apresentaram valores
crescentes de PFL entre os anos investigados, embora as diferenças de PFL entre estes
anos não tenham sido significativas (p>0,05) (Figura 4).
Figura 4
PFL e outros Ecossistemas Tropicais e Temperados – Os outros lagos e reservatórios
tropicais analisados apresentaram valores médios de PFL de 573,85 mg C m-2 h-1
(CV=101%) e 217,54 mg C m-2 h-1 (CV=140%), respectivamente, enquanto que os lagos
temperados apresentaram PFL média 95,08 mg C m-2 h-1 (CV=94%) (Tabela 6).
Comparando a média sazonal dos sistemas brasileiros com a dos sistemas tropicais e
temperados, os lagos brasileiros apresentaram menores taxas de PFL, enquanto que os
- 59 -
reservatórios apresentaram taxas similares a de outros sistemas tropicais e temperados.
No entanto, nenhuma inferência será realizada acerca da produtividade destes sistemas,
em função da disparidade entre o número amostral dos sistemas brasileiros e dos outros
tropicais e temperados.
A variabilidade das taxas de PFL nos ecossistemas brasileiros foi extremamente
elevada, principalmente a dos reservatórios (CV=170%) e lagos de inundação
(CV=152%). Os outros reservatórios tropicais também apresentaram elevada variabilidade
da PFL (CV=140%). Os lagos, entretanto, apresentaram a menor variabilidade da PFL,
tanto os brasileiros (CV=111%), quanto os temperados (CV=94%) e os outros tropicais
(CV=101%) (Tabela 6).
Tabela 6
Discussão PFL e as Variáveis Quantitativas - Os ecossistemas brasileiros investigados neste
estudo apresentaram uma grande variabilidade dos dados quanto as variáveis analisadas,
principalmente em relação às morfométricas (área e volume) e químicas (concentrações
de nutrientes), acarretando em grandes diferenças nas concentrações de clorofila e PFL
entre os sistemas. HUSZAR ET AL. (2006), analisando 192 lagos tropicais e subtropicais,
encontrou também uma grande variabilidade nas condições morfométricas e limnológicas
nos ambientes analisados.
A relação entre chl-a e PFL foi fraca, em relação aos valores reportados na
literatura (BRYLINSK & MANN, 1973; SMITH, 1979; BEAVER & CRUISMAN, 1991; ALVAREZ-
COBELLAS & ROJO, 1994; KALFF, 2002). Entretanto, a relação entre chl-a e PT foi
altamente significativa (r2=0,58; p<0,01), inclusive superior à encontrada por HUSZAR ET
AL. (2006) analisando sistemas tropicais e subtropicais (r2=0,42). Muitos autores têm
- 60 -
reportado a existência de uma estreita relação entre as concentrações de fósforo e a
biomassa fitoplanctônica, refletida pela chl-a (SCHINDLER, 1978; SMITH, 1979; BEAVER &
CRISMAN, 1991), mas, em geral, esta relação tem sido mais forte nos ecossistemas
temperados do que nos tropicais (HUSZAR ET AL., 2006), de modo que, nos ecossistemas
temperados, a limitação da comunidade fitoplanctônica por fósforo é mais acentuada do
que a limitação por nitrogênio e o contrário ocorre nos trópicos (LEWIS, 2002).
A relação altamente significativa encontrada entre a PFL volumétrica (mg C m-3 h-1)
e a Pmax (r2=0,99; p<0,01) já era esperada, uma vez que os valores da segunda variável
são obtidos através da primeira.
As análises de regressão entre as variáveis NT vs. PFL e entre NT vs. chl-a não
puderam ser realizadas devido à escassez de dados de NT na base de dados, escassez
esta, que não se resume apenas à região tropical, valendo também para os sistemas
temperados (SMITH, 1979). Contudo, a relação entre as concentrações de N NH+4 e a PFL
(r2=0,32; p<0,05) foi razoavelmente significativa. Vários trabalhos têm documentado uma
boa capacidade preditiva acerca do input de nitrogênio sobre a PFL (SCHINDLER, 1978),
mas normalmente esta análise tem se restringido apenas ao NT, de modo que as outras
formas nitrogenadas, como N NH+4 e N NO-
3, são raramente relacionadas à PFL, mesmo
sabendo-se que as formas nitrogenadas menos oxidadas são mais facilmente absorvidas
pelo fitoplâncton (MARGALEF, 1983).
Não foram encontradas relações significativas entre a PFL e a temperatura da
água. Esta ausência de correlação, entretanto, tem sido comumente observada na região
tropical (LEWIS, 1974) e pode ser atribuída à pequena variabilidade da temperatura anual
nos trópicos. No entanto, a relação entre a latitude e a PFL, apesar do pequeno gradiente
latitudinal analisado (1-24o S), foi relativamente significativa (r2=0,11; p<0,01). Este
assunto têm sido bem polêmico na literatura de modo que certos trabalhos têm
- 61 -
corroborado este dado (BRYLINSK AND MANN, 1973; MELACK, 1979 AND BEAVER & CRISMAN,
1991), enquanto outros não têm encontrado qualquer relação entre latitude e a
produtividade fitoplanctônica (SCHINDLER, 1978; ALVAREZ-COBELLAS & ROJO, 1994; KALFF,
1991). Segundo ALVAREZ-COBELLAS & ROJO (1994) o efeito da latitude pode ser
mascarado por condições climáticas locais, mas particularmente no presente trabalho, a
latitude parece estar refletindo mais os diferentes grupos de sistemas analisados do que
as condições climáticas, uma vez que, os lagos de inundação estão todos concentrados
na região Amazônica (1-3o S), os reservatórios estão, predominantemente, localizados no
Estado de São Paulo (22-24o S) e os lagos naturais estão concentrados em Minas Gerais
(19o S, aproximadamente).
Em geral, as variáveis analisadas explicaram pouco a variabilidade da PFL, no
entanto, cabe ressaltar que nós analisamos aqui apenas as variáveis relacionadas ao
controle ascendente da produtividade (“bottom-up”), de modo que a pressão de
herbivoria exercida pela comunidade zooplanctônica sobre o fitoplâncton (controle
descendente –“top-down”), não abordada por este estudo, talvez pudesse explicar melhor
a PFL. Além disso, o menor número amostral de dados de nutrientes em nossa base de
dados, em relação aos de PFL, pode ter contribuído para os baixos coeficientes de
regressão (r2) encontrados nas relações entre estes e a PFL.
PFL e as Variáveis Qualitativas
1. Lagos, Reservatórios e Lagos de Inundação – As contrastantes diferenças entre as
médias e a variabilidade da PFL entre os diferentes tipos de ecossistemas analisados
neste estudo são, provavelmente, causadas pela própria natureza destes ecossistemas,
que apresentam mecanismos de funcionamento bastante diferenciados. Por exemplo, os
lagos de inundação amazônicos são submetidos sazonalmente a flutuações do nível de
suas águas, associadas a mudanças no aporte de nutrientes e matéria orgânica, em
- 62 -
função dos pulsos de inundação (Junk et al., 1989), apresentando grande variação das
características limnológicas entre os ciclos hidrológicos (ROLAND ET AL., 2002). Essas
flutuações acarretam também variações abruptas na área e volume do lago e nas
condições ópticas da coluna d`água, em função do aporte de material alóctone, refletindo
diretamente na biomassa e na produtividade fitoplanctônica. Da mesma forma, os
reservatórios analisados neste trabalho variam substancialmente em sua dinâmica de
funcionamento, a qual está relacionada a diferenças de tamanho (área e volume), tempo
de residência, regime de estratificação, bacia de drenagem e clima local. Segundo KIMMEL
ET AL. (1990), os reservatórios ocupam uma posição intermediária entre os rios e os lagos
naturais em relação a uma série de características como morfologia, hidrologia, entrada
de material alóctone, ciclagem de nutrientes e fontes de matéria orgânica para a cadeia
trófica. A grande variabilidade destes fatores é responsável pela grande variabilidade da
PFL observada neste estudo, associada com um efeito de amostragem, uma vez que os
reservatórios predominam na base de dados (n=33) sobre os lagos naturais (n=5) e lagos
de inundação (n=5).
As maiores taxas de PFL dos lagos em relação aos reservatórios e lagos de
inundação ocorreram em função da elevada produtividade dos lagos abordados por este
estudo, os lagos naturais do Parque Estadual do Vale do Rio Doce (MG), os quais
contribuíram para elevar a média da PFL. Estes lagos, embora estejam localizados em
uma área remanescente da Mata Atlântica, sofrem impactos de atividades de agro-
industriais, conforme discussão abaixo. Em contraste com os nossos resultados, KIMMEL
ET AL. (1990) comparando a PFL entre reservatórios (n=64) e lagos (n=102), observou
maiores taxas de PFL nos reservatórios. Ele atribuiu este fato aos seguintes fatores:
maior razão entre a área de drenagem e a área de superfície, maior aporte externo de
nutrientes e menor tempo de residência da água nos reservatórios do que nos lagos. Em
- 63 -
nossa base de dados, entretanto, apesar de haver uma grande variabilidade de tipos de
reservatórios (rasos, profundos, pequenos, grandes, oligotróficos, mesotróficos e
eutróficos), há uma clara predominância de sistemas oligotróficos.
2. Sistemas Pequenos vs. Grandes – A inexistência de diferenças significativas entre os
sistemas grandes e pequenos, evidencia que a área do sistema não interfere na
produtividade fitoplanctônica por unidade de área. Entretanto, quando é calculada a
produtividade do sistema, extrapolando a produtividade por m2 para a área total, essa
variável assume grande importância.
3. Sistemas Rasos vs. Profundos – Embora não tenhamos encontrado nenhuma
relação entre PFL e profundidade máxima, os ecossistemas rasos foram
significativamente diferentes dos profundos em relação a PFL. A profundidade máxima é
de fundamental importância na determinação do regime de mistura do sistema, refletindo
diretamente na concentração de nutrientes na zona eufótica, na turbidez e,
consequentemente, na produtividade. A mistura nos lagos rasos tem um duplo efeito
sobre a produtividade: negativo, ao efetuar a ressuspensão do sedimento, aumentando a
atenuação da radiação fotossinteticamente ativa e, ao mesmo tempo, submetendo a
comunidade fitoplanctônica a um regime variado de luz (MALLIN & PAERL, 1992) e positivo,
com a liberação de nutrientes do sedimento com a ressuspensão, contribuindo assim,
com o aumento da produtividade (CAMPOS ET AL. 1990).
4. Estado Trófico – A mesma tendência de predominância de sistemas pouco produtivos
na base de dados foi observada por ALVAREZ-COBELLAS & ROJO (1994), analisando dados
de PFL provenientes de ecossistemas límnicos distribuídos globalmente. A classificação
de estado trófico segundo LIKENS (1975), usando a PFL como critério, refletiu
perfeitamente esta tendência, de modo que, 7% dos sistemas foram classificados como
ultra-oligotróficos, 50% como oligotróficos, 3% como oligo-mesotróficos, 13% como
- 64 -
mesotróficos, 5% como meso-eutróficos e 22% como eutróficos. Entretanto, a
classificação de VOLLENWEIDER & KEREKES (1980), baseada nas concentrações de PT, NT
e chl-a, mostrou-nos um panorama diferente acerca da produtividade dos sistemas
brasileiros analisados. De acordo com esta classificação, 48% sistemas foram
classificados como mesotróficos, 33% como eutróficos, 9% como hipertróficos e somente
9% dos sistemas foram enquadrados no estado oligotrófico. Estes dados indicam que as
duas classificações não são, portanto, comparáveis, de modo que a classificação de
estado trófico de Vollenweider & Kerekes não reflete a produtividade dos ecossistemas
brasileiros. Esta aparente contradição deriva do equívoco fato de os sistemas eutróficos,
no sentido de possuírem elevadas concentrações de nutrientes, serem, com freqüência,
tidos como euprodutivos (Reynolds, 2006). Além disso, essa classificação foi
desenvolvida a partir de dados da região temperada e para a região temperada, não se
aplicando bem aos ecossistemas tropicais (SALAS & MARTINO, 1991).
Em contrapartida, de acordo com o recente levantamento realizado pelo projeto
“Brasil das Águas” (MOSS & MOSS, 2005), que analisou amostras de água provenientes de
1160 pontos distribuídos por todo o território brasileiro, 40% dos sistemas brasileiros
foram enquadrados no estado oligotrófico, 35% no mesotrófico, 24% no eutrófico e 1,3%
no hipertófico, utilizando o índice de Carlson modificado por TOLEDO JR. (1990), que tem
como critério as concentrações de fósforo total. De acordo com este estudo, os
ecossistemas eutróficos estiveram concentrados nas regiões mais urbanizadas, nas
regiões com atividades de pecuária extensiva, como o Pantanal Matogrossense e na
região Amazônica, especificamente os rios que recebem águas provenientes do degelo
dos Andes (Abe et al., 2006). Apesar da discussão já levantada acima, o status do
estado trófico dos sistemas brasileiros de acordo com a classificação de LIKENS (1975) foi
semelhante aos resultados obtidos pelo Brasil das Águas.
- 65 -
PFL e Variação Inter-anual – Entre os sistemas analisados na escala inter-annual,
alguns reservatórios apresentaram taxas de PFL relativamente constantes entre os anos
estudados, como os reservatórios Jurumirim e Lobo (Broa), além de reduzida
produtividade. Por outro lado, os reservatórios Paranoá e Barra Bonita, evidenciaram um
característico processo de eutrofização, com valores crescentes de PFL ao longo dos
anos estudados.
A variabilidade da PFL do reservatório de Jurumirim foi investigada durante três
anos por HENRY ET AL. (2006). No entanto, nenhum padrão recorrente na variação sazonal
da PFL foi encontrado pelos autores, que qualificaram como “caótica” a variabilidade da
PFL entre os anos analisados. Neste sistema, a PFL foi governada principalmente pela
magnitude da penetração da luz na coluna d`água e pelo regime de mistura, de modo que
a variação diária da PFL pareceu ser maior do que a sazonal ou inter-anual (HENRY ET AL.,
2006). Em contra-partida, a variabilidade da PFL do reservatório do Lobo (Broa), de
acordo com OLIVEIRA (1993) foi governada, principalmente, por fatores climatológicos
(ventos e precipitação) associados a eventos físicos (turbulência e fluxo da água) e
concentração de nutrientes. O reservatório Paranoá tem sido submetido a um crescente
processo de eutrofização, em função do aporte de efluentes domésticos (CAVALCANTI ET
AL., 1992) e o mesmo tem acontecido com Barra Bonita, que recebe efluentes da área
urbana de São Paulo, assim como de atividades agro-industriais locais (MATSUMURA-
TUNDISI & TUNDISI, 1997).
Os lagos Dom Helvécio e Carioca também evidenciaram estar em processo de
eutrofização. Embora eles estejam localizados no Parque Estadual do Vale do Rio Doce,
que engloba uma área de vegetação remanescente da Mata Atlântica, eles têm sido
submetidos a impactos de indústrias pesadas ligadas a produção de celulose e siderurgia,
- 66 -
além de plantações de Eucalyptus spp. e áreas de pastagem (PETRÚCIO & BARBOSA,
2004).
PFL e outros Ecossistemas Tropicais e Temperados – Embora existam divergências a
respeito da influência da latitude sobre a produtividade fitoplanctônica, existe um
consenso de que a variabilidade da PFL aumenta com a latitude (BEAVER & CRUISMAN,
1991). Apesar disso, a variabilidade da PFL encontrada nos sistemas brasileiros foi
extremamente elevada. Neste sentido, os reservatórios brasileiros apresentaram a maior
variabilidade da PFL entre os sistemas analisados (CV=170%), seguidos pelos lagos de
inundação (CV=152%) e pelos lagos naturais (CV=111%). A variabilidade da PFL dos
outros reservatórios tropicais também foi bastante elevada (CV=140%), enquanto que a
variabilidade da PFL dos lagos brasileiros (CV=97%) foi similar a dos outros lagos
tropicais (CV=101%) e temperados (CV=94%).
MELACK (1979), analisando a variabilidade da produtividade de seis lagos
equatoriais africanos e outros vinte lagos tropicais sul-americanos, asiáticos e africanos,
encontrou coeficientes de variação bem inferiores aos reportados pelo presente estudo.
Entre os lagos africanos, os coeficientes de variação variaram entre 15 e 61% e entre 15
e 86% entre todos os sistemas tropicais. No entanto, analisando uma base de dados de
45 lagos árticos e temperados, o mesmo autor encontrou coeficientes de variação de 29 a
155%.
Deste modo, a variabilidade da PFL dos sistemas brasileiros foi ainda superior a
dos lagos temperados e árticos. Essa grande variabilidade pode ser atribuída às grandes
diferenças encontradas entre os vários tipos de sistemas analisados - lagos, reservatórios
e lagos de inundação, assim como às diferentes dinâmicas de funcionamento, inerentes a
cada um destes sistemas. A menor variabilidade encontrada nos sistemas temperados e
árticos pode ser causada pela freqüente ausência de medidas da PFL, no inverno,
- 67 -
quando os sistemas encontram-se congelados, mas ainda mantendo alguma
produtividade (ALVAREZ-COBELLAS & ROJO, 1994).
Conclusões
Em síntese, nossos resultados indicaram uma predominância de valores reduzidos
de produtividade fitoplanctônica na base de dados analisada, atribuída principalmente aos
reservatórios brasileiros; grande variabilidade dos dados, inclusive em relação a outros
sistemas tropicais e temperados e existência de diferenças significativas de PFL entre os
diferentes tipos de sistemas (lagos, reservatórios e lagos naturais) e entre os sistemas
rasos e profundos. Além disso, as relações entre a PFL e as variáveis químicas,
morfométricas e físicas analisadas foram, em geral, muito fracas, evidenciando um
pequeno potencial preditivo destas variáveis acerca da produtividade fitoplanctônica. Uma
exceção, porém, foi a relação bastante significativa entre o fósforo total e a biomassa
fitoplanctônica, expressa através das concentrações de chl-a, indicando uma grande
dependência da produtividade fitoplanctônica em relação à disponibilidade de fósforo na
coluna d`água.
Agradecimentos
Agradecemos a Prof. Vera Huszar (Laboratório de Ficologia - Museu Nacional/UFRJ),
pelas sugestões e auxílio na elaboração deste trabalho e a Furnas Centrais Elétricas pelo
suporte financeiro.
Referências
ABE, D.; TUNDISI, J.G.; MATSUMURA-TUNDISI, T.; TUNDISI, J. E. M.; SIDAGIS-GALLI,
C.; TEIXEIRA-SILVA, V.; AFONSO, G. F.; ALBARICI, F.L.; VON HAEHLING, P. H. A.;
MOSS, G. & MOSS, M. 2006. “Monitoramento da qualidade ecológica das águas
interiores superficiais e do potencial trófico em escala continental no Brasil com o uso
de hidroavião”. In: Tundisi, J. G., Matsumura-Tundisi, T., Tundisi, J. E. M., Sidagis-
- 68 -
Galli, C. Eutrofização na América do Sul: causas conseqüência s e tecnologias
para gerenciamento e controle , pp 225-239, IIEE/ABS/IPII/INAS.
ALVAREZ-COBELAS, M. & ROJO, C. 1994. “Spatial, seasonal and long-term variability of
phytoplankton photosynthesis in lakes”. J. Plankton Res , v. 16, n. 12, pp. 1691-1716.
ALVES, L. F. 1983. Estudo sazonal da produção primária e fatores ecoló gicos num
lago de terra firme da Amazônia Central (Lago Verde /Rio Negro) . Tese de D.Sc.,
UFSCar, São Carlos.
ARAÚJO, M. A. R. & PINTO-COELHO, R. M. 1998. “Produção e consumo de carbono
orgânico na comunidade planctônica da Represa da Pampulha, Minas Gerais”, Brasil.
Rev. Bras. Biol ., v. 58, n.3, pp. 405-416.
BARBOSA, F. A. & TUNDISI, J. G., 1980. “Primary production of phytoplankton and
environmental characteristics of a shallow quaternary lake at eastern Brasil”. Arch.
Hydrobiol ., v. 90, n. 2, pp. 139-161.
BARBOSA, F. A. 1981. “Variação diurna (24h) de parâmetros limnológicos básicos e da
produtividade primária do fitoplâncton da Lagoa Carioca, Parque Florestal do Rio
Doce, MG, Brasil”. Tese de D.Sc., UFSCar, São Carlos.
BASSOLI, F. & ROLAND, 2005. “Caminhos da produção Primária Fitoplanctônica em
Ecossistemas Aquáticos Continentais”, pp. 173-191. In: F. Roland, D. Cezar & M. M.
Marinho, (eds). Lições de Limnologia ., São Carlos, Ed. Rima.
BEAVER, J. R. & CRISMAN, T. L. 1991. “Temporal variability in algal biomass and primary
productivity in Florida lakes relative to latitudinal gradients, organic color and trophic
state”. Hydrobiol ., v. 224, pp. 89-97.
BLOESH, J. STADELMANN, P. & BUHRER, H. 1977. “Primary production, mineralization,
and sedimentation in the euphotic zone of two Swiss lakes”. Limnol. Oceanogr ., v. 22,
n. 3, 511-525.
- 69 -
BOUVY, M.; ARFI, R.; CECCHI, P.; CORBIN, D.; PAGANO, M.; SAINT-JEAN, L. &
THOMAS, S. 1998. “Trophic coupling between bacterial and phytoplankton
compartments in shallow tropical reservoirs (Ivory Coast, West Africa)”. Aquat.
Microb. Ecol. , v. 15, pp. 25-37.
BRASILE-MARTINS, M. A., CIPOLLI, M. N. & CESTA-ROLLI, M. A. 1985. “Limnologia de
reservatórios do sudeste do estado de São Paulo, Brasil, VI, Produção primária”. B.
Inst. Pesca , v. 12, pp. 123-143.
BRYLINSK, M. 1980. “Estimating the productivity of lakes and reservoirs, pp. 411-453. In:
E. D. LeCren and R. H. Lowe-McConnel (eds). The functioning of freshwater
ecosystems , London, Cambridge Univ. Press.
BRYLINSK, M. & MANN, K. H., 1973. “An Analysis of factors governing productivity in
lakes and reservoirs”. Limnol. Oceanogr ., vol. 18, n. 1, pp. 1-14.
CALIJURI, M. C. 1985. Curvas de luz-fotossíntese e fatores ecológicos em
ecossistema artificial não estratificado – Represa do Broa (Lobo). Tese de M.Sc.,
UFSCar, São Carlos.
CALIJURI, M. C. 1999. A comunidade fitoplanctônica em um reservatório tro pical
(Barra Bonita, SP) . Tese livre-docência, USP, São Carlos.
CALIJURI, M. C., DEBERDT, G. L. B. & MINOTI, R. T. 1999. “A produtividade primária
pelo fitoplâncton na Represa de Salto Grande (Americana, São Paulo)”, pp. 109-148.
In: Henry, R. (Ed.). Ecologia de Reservatórios: Estrutura, função e aspe ctos
sociais . Botucatu, Fundibio/Fapesp.
CAMARERO, L.; FELIP, M; VENTURA, M.; BARTUMEUS, F. & CATALAN, J. 1999. The
relative importance of the planktonic food web in the carbon cycle of an oligotrophic
mountain lake in poorly vegetated catchment (Redó, Pyrenees). J. Limnol ., v. 58, n. 2,
pp. 203-212.
- 70 -
CAMPOS, H.; STEFFEN, W.; AGUERO, G.; PARRA, O. & ZUNIGA, L. 1990.
”Limnological Study of Lake Todos Los Santos (Chile): Morphometry , Physics,
Chemistry, Plankton, and Primary Productivity”. Arch. Hydrobiol ., vol. 117, n. 4, pp.
453-484.
CAVALCANTI, C. G. B.; ALVES, V. R. E. & IKAWA, N. G. 1992. “Variação Espacial da
produtividade primária no Lago Paranoá, Brasília, DF”. Acta Limnol. Brasil ., vol. 4,
pp. 327-341.
COLE, G. A. 1994. Textbook of Limnology . Waveland Press Inc., Illinois.
DUBINSK, Z. & BERMAN, T. 1981. “Light utilization by phytoplankton in Lake Kinneret
(Israel)”. Limnol. Oceanogr ., vol. 26, n. 4, pp. 660-670.
ERIKSON, R.; HOOKER, E. & MEJIA, M. 1991.”The dynamics of photosynthetic activity in
Lake Xolotlán, Nicaragua”. Verh. Internat. Verein. Limnol ., vol. 24, pp. 1163-1166.
FAHNENSTIEL, G. L. & SCAVIA, D. 1987. “Dynamics of Lake Michigan phytoplankton:
Primary production and growth”. Can. J. Fish. Aquat. Sci ., vol. 44, pp. 499-507.
GEIDER, R. J. & OSBORNE, B. A. 1992. Algal Photosynthesis . Chapman and Hall.
London.
GIANESELLA-GALVÃO, S. M. F. 1985. “Limnology of ten reservoirs in Southern Brazil, II:
Phytoplankton primary productivity in a reservoir with monomitical characteristics –
Paraibuna Reservoir”, pp. 199-208. In: C. E. Bicudo; C. Teixeira & J. G. Tubdisi (eds),
Algas: a energia do amanhã , I. O. USP, São Paulo.
GIL-GIL, F. 2004. Fracionamento da produção primária em dois sistemas com
diferentes níveis tróficos no Parque Estadual das F ontes do Ipiranga, São Paulo,
Brasil . Tese de D.Sc. USP, São Paulo.
- 71 -
HAPPEY-WOOD, C. M. 1993. “Diurnal and seasonal variation in the contributions of
autotrophic pico-, nano-, and microplankton to the primary production of an upland
lake”. J. Plankton Res ., vol. 15, n. 2, pp. 125-159.
HARTMAN, E. C. ASBURY, C. & COLAR, R. A. 1981. “Seasonal variations in primary
productivity in lago Tapacurá, a tropical reservoir”. J. freswat. Ecol . vol. 1, pp. 208-
213.
HENRY, R. 1990. Estrutura especial e temporal do ambiente físico e químico e
análise de alguns processos ecológicos na represa d e Jurumirim (Rio
Paranapanema, SP) e na sua bacia hidrográfica . Tese de D.Sc., UNESP, Botucatu.
HENRY, R., NUNES, M. A., MITSUKA, P. M., LIMA, N. DE & CASANOVA, S. M. C. 1998.
1346. “Variação espacial e temporal da produtividade primária pelo fitoplâncton na
Represa de Jurumirim (Rio Paranapanema, SP)”. Rev. Bras. Biol ., vol. 58, n. 4, pp.
571-590.
HENRY, R.; NOGUEIRA, M. G.; POMPEO, M. L. M. & MOSCHINI-CARLOS, V. 2006.
“Annual and short-term variability on primary productivity by phytoplankton and
correlated abiotic factors in Jurumirim Reservoir (São Paulo, Brazil)”. Brazilian
Journal of Biology , vol. 66, n. 1b, pp. 239-261.
HOOKER, E.; CHOW-WONG, N.; RIVAS, K.; ERIKSON, R.; AHLGREN, I. & AHLGREN,
G. 2001. “Primary production and estimation of potential fish yeld in Lake Cocibolca,
Nicaragua”. Verh. Internat. Verein. Limnol ., vol. 27, pp. 3589-3594.
HUSZAR, V. L. M.; CARACO, N. F.; ROLAND, F. & COLE, J. 2006. “Nutrient-chlorophyll
relationships in tropical-subtropical lakes: do temperate models fit?” Biogeochemistry ,
vol. 79, n. 1-2, pp. 239-250.
JUNK, W; BAYLEY, P. B. & SPARKS, R. E. 1989. “The flood pulse concept in river
floodplain system”. Can. Spec. Publ. Fish. Aquat. Sci ., vol., 106, pp.110-127.
- 72 -
KALFF, J. 2002. Limnology. Prentice-Hall, Inc., New Jersey.
KHALIL, M. T. 1990. “Plankton and primary productivity of Lake Manzala”, Egypt.
Hydrobiol ., vol. 196, pp. 201-207.
KIMMEL, B. L.; LIND, O. T & PAULSON, L. J. 1990. “Reservoir Primary Production”,
pp.133-193. In: K. W. Thornton, B. L. Kimmel & F. E. Payne (eds). Reservoir
Limnology: Ecological Perspectives . New York, John Wiley & Sons, Inc.
LEWIS, W. M. JR., 1996. “Tropical lakes: how latitude makes a difference”, pp. 43-64. In:
F. Schiemer & K. T. Boland (eds). Perspectives in Tropical Limnology , Amsterdam,
SBP Academic Publishing bv.
LIKENS, G. 1975. “Primary production of inland aquatic ecosystems”, pp. 185-202. In: H.
Lieth, & R. H. Whittaker. Primary productivity of the biosphere , New York, Springer-
Verlag.
LIND, O. T.; DOYLE, R.; VODOPICH, D. S.; TROTTE, B. G.; LIMÓN, J. G. & DÁVALOS-
LIND, L. 1992. “Clay turbidity: Regulation of phytoplankton production in a large,
nutrient-rich tropical lake”. Limnol. Oceanogr ., vol. 37, n. 3, pp. 549-565.
LIND, O. T.; CHRZANOWSKI, T. H. & DÁVALOS-LIND, L. 1997. “Clay turbidity and the
relative production bacterioplankton of and phytoplankton”. Hydrobiol ., vol. 353, pp. 1-
18.
MALLIN, M. A. & PAERL, H. A. 1992. “Effects of Variable Irradiance on Phytoplankton
Productivity in Shallow Estuaries”. Limnol. Oceanogr , vol. 37, n. 1, pp. 54-62.
MARRA, J. 2002. “Approaches to the measurement of plankton production”, pp. 78-106.
In: Phytoplankton Productivity – Carbon assimilation in marine and freshwater
ecosystems . P. J. le B. Williams, D. N. Thomas & C. S. Reynolds (eds.). Oxford,
Blackwell Science.
MARGALEF, R. 1983. Limnologia . Barcelona, Ed. Omega.
- 73 -
MATSUMURA-TUNDISI, T. & TUNDISI, J. G. 1997. “Mixing processes affecting primary
production of phytoplankton in Barra Bonita reservoir”. Verh. Int. Ver. Limnol. , vol. 26,
pp. 536-542.
MELACK, J. M. 1979. “Temporal Variability of phytoplankton in tropical lakes”. Oecologia ,
vol. 44, n. 1, pp. 1-7.
MELACK, J. M. 1979. “Photosynthetic rates in four tropical African fresh waters.”
Freshwater Biol . vol. 9, pp. 555-571.
MONTANARI-FRANCO, G. M. 1982. Ciclo sazonal da produção primária, "standing-
stock"do fitoplâncton, e fatores ambientais na Repr esa do Jacaré-Pepira
(Brotas-SP) . Tese de D.Sc., UFSCar, São Carlos.
NEMANI, R. R.; KEELING, C. D.; HASHIMOTO, H.; JOLLY, W. M.; PIPER, S. C.;
TUCKER, C. J.; MYNEMI, R. B. & RUNNING, S. W. 2003. “Climate-Driven Increases
in Global Terrestrial Net Primary Production from 1982 to 1999”. Science , vol. 300, pp.
1560-1563.
NEILSON, R. P. & DRAPEK, R. J. 1998. “Potentially complex biosphere responses to
transient global warming”. Global Change Biology , vol. 4, n. 5, pp. 505.
MOSS, G. & MOSS, M. 2005. Brasil das Águas: revelando o azul do verde e amare lo .
São Paulo, Supernova Editora.
MUKANKOMEJE, R.; PLISNIER, P. D.; DESCY, J. P & MASSAUT, L. 1993. “Lake
Muzahi, Rwanda: Limnological features and phytoplankton production”. Hydrobiol. ,
vol. 257, pp. 107-102.
OLIVEIRA, H. T. 1993. Avaliação das condições limnológicas de um comparti mento
(Braço do Rio Capivara) e sua interação com o reser vatório de Barra Bonita, SP,
com ênfase na comunidade fitoplanctônica . Tese de D.Sc., UFSCar, São Carlos.
- 74 -
OLIVEIRA, M D. 1993. Produção primária e estrutura da comunidade fitopla nctônica
no Reservatório do Lobo (SP): Uma comparação entre fatores ecológicos na
represa e nos seus principais tributários . Tese de M.Sc., UFSCar, São Carlos.
PARK, S.; BRETT, M. T.; MÜLLER-SOLGER, A. & GOLDMAN, C. H. 2004. “Climatic
forcing and primary productivity in a subalpine lake: Inter-annual variability as a natural
experiment”. Limnol. Oceanogr ., vol. 49, n. 2, pp.614-619.
PETRUCIO, M. M. & BARBOSA, F.A. R. 2004. “Diel variations of phytoplankton and
bacterioplankton production rates in four tropical lakes in the middle Rio Doce basin
(southeastern Brazil)”. Hydrobiol. , vol., 513, pp. 71-76.
PONTES, M. C. F. 1980. Produção Primária, fitoplâncton e fatores ambientai s no
Lago D. Helvécio, Parque Florestal do Rio Doce, MG . Tese de M.Sc., UFSCar, São
Carlos.
RIBEIRO, J. S. B. & DARWICK, 1994. “Produção Primária Fitoplanctônica de um Lago de
Ilha Fluvial na Amazônia Central (Lago do Rei, Ilha do Careiro)”. Amazoniana , vol. 12,
n. 3/4, pp. 365-383
ROBARTS, R. D. 1988. “Heterotrophic bacterial activity and primary production in a
hypertrophic African lake”. Hydrobiol ., vol. 162, pp. 97-107.
RODRIGUES, M. S. 1994. Biomassa e produção fitoplanctônica do lago Camaleã o
(Ilha da Marchantaria, Amazonas) . Tese de D.Sc., INPA/UAM Manaus.
ROLAND, F. 1995. Produção primária fitoplanctônica em um lago amazôn ico
mpactado por rejeito de bauxita – Lago Batata, Pará . Tese de D.Sc., UFSCar, São
Carlos.
ROLAND, F., ESTEVES, F. DE A. & BARBOSA, F. A. R. 2002. “Relationship between
antropogenically caused turbidity and phytoplankton production in a clear Amazonian
floodplain lake”. Amazoniana , vol. 12, n. 1/2, pp. 65-77.
- 75 -
SALAS, H. J. & MARTINO, P. 1991. “A simplified phosphorus trophic state model for
warm-water tropical lakes”. Wat. Res ., vol. 25, n. 3, pp. 341-350.
SCHAGERL, M. & ODUOR, S. O. 2003. “On the limnology of Lake Baringo (Kenya): II.
Pelagic primary production and algal composition of Lake Baringo, Kenya”.
Hydrobiol ., vol. 506-509, pp. 297-303.
SCHIMIDT, G. W. 1973. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. III. Primary productivity of phytoplankton in a tropical flood-plain
lake of Central Amazonia, Lago Castanho, Amazonas, Brazil”. Amazoniana , vol. 4, n.
4, pp. 379-404.
SCHINDLER, D. W. 1978. “Factors regulating phytoplankton production and standing crop
in the world’s freshwaters”. Limnol. Oceanogr ., vol. 23, n. 3, pp. 478-486.
SHAW, R. M.; ZAVALETA, E. S.; CHIARIELLO, N. R.; CLELAND, E. E.; MOONEY, H. A.
& FIELD, C. B. 2002. “Grassland Responses to Global Environmental Changes
Suppressed by Elevated CO2”. Science , vol. 298, n. 5600, pp. 1987-1990.
SMITH, V. H. 1979. “Nutrient dependence of primary productivity in lakes”. Limnol.
Oceanogr ., vol. 24, n. 6, pp. 1051-1064.
TAILLING, J. F. 1965. “The photosynthetic activity of phytoplankton in East African lakes”.
Internationale Revue der gesameten Hydrobiologie , vol. 50, pp. 1-32.
TAN, G. & SHIBASAKI, R. 2003. “Global estimation of crop productivity and the impacts of
global warming by GIS and EPIC integration”. Ecological Modelling , vol. 168, pp.
357–370.
TOLEDO, L. G. & RAI, J. D. 1988. “Variação sazonal da produção primária do fitoplâncton
e dos fatores limnológicos do Lago Paranoá, Brasília, DF”. Acta Limnol. Brasil ., vol.
2, pp. 347-365.
- 76 -
TOLEDO Jr., A. P. 1990. “Informe preliminar sobre estudos para obtençãp de um índice
para a avaliação do estado trófico de reservatórios de regiões quentes tropicais.
Relatório Interno CETESB .
TUNDISI, J. G. 1977. Produção primária, standing-stock, fracionamento do
fitoplâncton e fatores ecológicos em ecossistemas l acustre artificial (Represa do
Broa, São Carlos) . Tese de D.Sc., USP, São Paulo.
TUNDISI, J. G.; MATSUMURA-TUNDISI, T.; PONTES, M. C. F. & GENTIL, J. G. 1981.
“Limnological studies at quarternary lakes in eastern Brazil. I. Primary production of
phytoplankton and ecological factors at lake D. Helvécio”. Rev. Bras. Bot ., vol. 4, n. 1,
pp. 5-14.
TUNDISI, J. G. & MATSUMURA-TUNDISI, T. 2003. “Integration of research and
management in optimizing multiple uses of reservoirs: the experience in South
América and Brazilian case studies”. Hydrobiol ., vol. 500, pp. 231-242.
VOLLENWEIDER, R. & KEREKES, J. 1980. “OECD cooperative program for monitoring of
inlandwaters (eutrophication control)”. Synthesis Report, Paris .
WETZEL, R. G. 1983. Limnology . Saunders, Philadelphia, PA.
WETZEL, R. G. & LIKENS, G. E. 1991. Limnological analysis . New York, Springer-
Verlag.
YOSHMURA, T.; KUDO, I.; YANADA, M. & MATSUNAGA, K. 2000. “Change in the water
quality in Lake Ohnuma, Hokkaido, Japan: a cpmparison of 1977 and 1996”.
Limnology , vol.1, pp. 63-68.
- 77 -
Legendas - Tabelas Tabela 1: Ecossistemas Brasileiros analisados neste estudo, suas respectivas
coordenadas, tipo de sistema, método utilizado e referência.
Tabela 2: Outros sistemas tropicais e temperados analisados neste estudo.
Tabela 3: Lagos e reservatórios que foram analisados na escala inter-anual.
Tabela 4: Médias, desvios-padrão, valores mínimo e máximo, coeficiente de variação e
número amostral de algumas variáveis limnológicas e PFL, baseados em valores médios
sazonais de 60 sistemas aquáticos brasileiros.
Tabela 5: Relações entre a PFL integrada (mg C m-2 h-1) e volumétrica (mg C m-3 h-1) e as
variáveis morfométricas, físicas, químicas e biológicas investigadas neste trabalho.
(*p<0,05 por parcimônia; **p<0,05 e ***p<0,01).
Tabela 6: Valores de PFL para ecossistemas aquáticos regionais.
- 78 -
Legendas - Figuras
Figura 1: Freqüência relativa das médias sazonais da produtividade fitoplanctônica
líquida (PFL): a) integrada (mg C m-2 h-1) e b) volumétrica (mg C m-3 h-1) de 60
ecossistemas aquáticos brasileiros.
Figura 2: Coeficientes de regressão (r2) das relações entre: a) PFL (mg C m-2 h-1) vs.
Clorofila-a (µg L-1); b) PFL (mg C m-2 h-1) vs. N NH+4 (µg L-1); c) chl-a (µg L-1) vs. PT (µg L-
1) e d) PPL (mg C m-3 h-1) vs. Pmax (mg C m-3 h-1), nos ecossistemas brasileiros analisados.
Figura 3: “Box-plots” da PFL (mg C m-2 h-1) de: a) diferentes tipos de ecossistemas
aquáticos; b) sistemas profundos e rasos; c) estado trófico de acordo com Vollenweider &
Kerekes (1980); d) estado trófico de acordo com Likens (1975) e e) ecossistemas grandes
e pequenos.
Figura 4: Variação inter-anual da PFL (mg C m-2 h-1) de alguns lagos e reservatórios
brasileiros. O reservatório de Barra Bonita no período de (1993/1994) foi estudado por
diferentes autores usando métodos distintos.
- 79 -
Tabela 1 Sistema (Lago-ano) Coordenadas Tipo Método Referência
Águas Claras (MG) 19o49'01"S, 42o35'47"W lago 14C Petrucio & Barbosa, 2004Águas Claras (SP) 23o 20´S, 46o44`W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Alecrim 24o04´S, 47o28'W reservatório 14C Brasile-Martins et al, 1985Amarela 19o49'19"S, 42o34'27"W lago 14C Petrucio & Barbosa, 2004Barra Bonita 22o29'S, 48o34'W reservatório 14C Oliveira, 1993 Barra Bonita 22o29'S, 48o34'W reservatório 14C Calijuri, 1999 Barra Bonita 22o29'S, 48o34'W reservatório O2 Matsumura-Tundisi & Tundisi, 1997
Batata 1o28-1o33S, 56o14-56oW lago de inundação 14C Roland, 1995Batista 23o 42'S, 47o35W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Cabuçu 23o-24o S, 45o47oW reservatório 14C Gianesella-Galvão, 1985Cachoeira 23o-24o S, 45o47oW reservatório 14C Gianesella-Galvão, 1985Camaleão 03o15'S, 60o00'W lago de inundação 14C Rodrigues, 1994 Carioca 30o02'S, 60o10'W lago 14C Barbosa, 1979 Carioca 30o02'S, 60o10'W lago 14C Barbosa, 1981 Carioca 30o02'S, 60o10'W lago 14C Petrucio & Barbosa, 2004Castanho 03°43’S, 60°33’W lago de inundação 14C Schimidt, 1973Castanho 03°43’S, 60°33’W lago de inundação 14C Schimidt, 1973Castanho 03°43’S, 60°33’W lago de inundação 14C Schimidt, 1973Castanho 03°43’S, 60°33’W lago de inundação 14C Schimidt, 1973Corumbá 17o30`-18oS, 48o35`-48o25'W reservatório 14C Bassoli et al . (em preparação)Dom Helvécio 19o10'S, 42oW lago 14C Pontes, 1980 Dom Helvécio 19o10'S, 42oW lago 14C Tundisi et al, 1981Dom Helvécio 19o10'S, 42oW lago 14C Petrucio & Barbosa, 2004França 23o56´S, 47o11'W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Fumaça 24o00´S, 47o15'W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Guarapiranga 23o41´S, 46o43´W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Infernão 21o35'S, 47o47'W lago de inundação 14C Silva, 1990 Itapeva 22o44´S, 45o34'W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Itumbiara 18o25`S, 49o06`W reservatório 14C Bassoli et al. (em preparação)Ituparanga 23o40´S, 46o44'W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Jacaré-Pepira 22o26'S, 48o01'W reservatório 14C Montanari-Franco, 1982Juqueri 23o 20´S, 46o35'W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Jurumirim 23o12'11''S, 49o14'30''W reservatório 14C Henry, 1990 Jurumirim 23o12'11''S, 49o14'30''W reservatório 14C Henry et al, 1998Jurumirim 23o12'11''S, 49o14'30''W reservatório 14C Henry et al , 2006Jurumirim 23o12'11''S, 49o14'30''W reservatório 14C Henry et al , 2006Jurumirim 23o12'11''S, 49o14'30''W reservatório 14C Henry et al , 2006Lago das Garças 23o38`40``S, 46o37`28``W reservatório 14C Gil-Gil, 2004Lago das Ninféias 23o38`18``S, 46o37`16``W reservatório 14C Gil-Gil, 2004Lago do Rei 3°10'0"S, 59°43'0"W lago de inundação 14C Ribeiro & Darwich, 1994Lobo (Broa) 22o10'S, 47o54'W reservatório 14C Tundisi, 1977Lobo (Broa) 22o10'S, 47o54'W reservatório 14C Calijuri, 1985Lobo (Broa) 3 22 10'S, 47 54'W reservatório CLobo (Broa) 22o10'S, 47o54'W reservatório 14C Oliveira, 1993Manso 14o52`S,55o40`W reservatório 14C Bassoli et al. (em preparação)Pampulha 19o55'09''S, 43o56'47''W reservatório O2 Araújo & Pinto-Coelho, 1998
Paraibuna 23o-24o S, 45o-47oW reservatório 14C Gianesella-Galvão, 1985Paranoá 15o48'S, 47o47'W reservatório O2 Toledo & Ray, 1988
Paranoá 15o48'S, 47o47'W reservatório O2 Cavalcanti et al , 1992
Parque Ecológico 23o32´S, 46o48´W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Pedreira 23o39'S, 46o38´W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Ponte Nova 23o33´S, 45o50´W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Ribeirão do Campo 23o-24o S, 45o47oW reservatório 14C Gianesella-Galvão, 1985Rio das Pedras 23o51´S, 46o28´W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Salto Grande 22o44'S, 47o19'W reservatório 14C Calijuri et al , 1999São José 23o 45´S, 48o57'W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Serra da Mesa 13o41`S, 49o30`W reservatório 14C Bassoli et al. (em preparação)Serraria 24o09´S, 45o34W reservatório 14C Brasile-Martins et al , 1985Taiaçupeba 23o-24o S, 45o47oW reservatório 14C Gianesella-Galvão, 1985Verde lago 14C Alves, 1983
- 80 -
Tabela 2
Região Tipo Método ReferênciaTropical reservatório 14C Bouvy et al ., 1998Tropical reservatório 14C Bouvy et al ., 1998Tropical reservatório 14C Robarts, 1988Tropical lago O2 Erikson et al. ,1991Tropical lago 14C Lind et al. ,1997Tropical lago O2 Mukankomeje et al .,1993Tropical lago O2 Khalil, 1990Tropical lago O2 Schagerl & Oduor, 2003Tropical lago O2 Melack, 1979Tropical lago O2 Melack, 1979Tropical lago O2 Melack, 1979Tropical lago O2 Melack, 1979Tropical lago 14C Hooker et al , 2001
Temperada lago 14C Yoshmura et al ., 2000Temperada lago 14C Happey-Wood, 1993Temperada lago 14C Dubinsky & Berman,1981Temperada lago 14C Bloesch et al ., 1977Temperada lago 14C Bloesch et al ., 1977Temperada lago 14C Camarero et al ., 1999Temperada lago 14C Fahnestiel & Scavia, 1987
- 81 -
Tabela 3
Sistema Tipo Período Estudado ReferênciaCarioca lago 1977/1978 Barbosa & Tundisi, 1980Carioca lago 1979/1980 Barbosa, 1981Carioca lago 2000/2001 Petrucio & Barbosa, 2004Dom Helvécio lago 1976 Tundisi et al ., 1981Dom Helvécio lago 1977/1978 Pontes, 1980Dom Helvécio lago 2000/2001 Petrucio & Barbosa, 2004Paranoá reservatório 1984/1985 Toledo & Ray, 1988Paranoá reservatório 1988/1989 Cavalcanti et al ., 1992Lobo (Broa) reservatório 1973/1974 Tundisi, 1977Lobo (Broa) reservatório 1983/1984 Calijuri, 1985Lobo (Broa) reservatório 1990/1991 Oliveira, 1983Barra Bonita reservatório 1990/1992 Oliveira, 1984Barra Bonita reservatório 1993/1994 Calijuri, 1999Barra Bonita reservatório 1993/1994 Matsumura-Tundisi & Tundisi, 1997Jurumirim reservatório 1988/1989 Henry, 1990Jurumirim reservatório 1992/1993 Henry et al ., 2006Jurumirim reservatório 1993/1994 Henry et al ., 2006Jurumirim reservatório 1994/1995 Henry et al ., 2006Jurumirim reservatório 1995/1996 Henry et al ., 1998
- 82 -
Tabela 4
Média SD Mínimo Máximo CV (%) nProfundidade máxima (m) 27,00 20,30 2,00 90,00 75 50Profundidade média (m) 12,22 10,27 1,32 44,02 84 25Área (km 2) 156,78 414,79 0,00 2770,00 265 55Volume (*10 6 m3) 23799,56 123708,73 0,00 793000,00 520 41Zeu (m) 5,74 4,30 0,64 18,64 75 21
Temperatura ( oC) 26,20 3,00 20,30 30,71 11 23pH 6,58 0,83 3,95 8,53 13 26PSR (µg L -1) 10,22 14,18 0,12 58,33 139 17PT (µg L -1) 37,00 47,85 1,74 196,50 129 20N NO-
3 (µg L -1) 193,24 325,20 0,18 1026,77 168 18
N NO-2 (µg L -1) 7,20 14,72 0,33 56,63 204 17
N NH+4 (µg L -1) 84,25 108,55 6,16 352,64 129 14
Clorofila- a (µg L -1) 31,13 67,70 0,54 327,00 217 23PFL (mg C m -2 h-1) 78,84 141,16 1,44 829,00 179 60
- 83 -
Tabela 5
PFL (mg C m -2 h-1) PFL (mg C m -3 h-1)
Latitude 0,11*** 0,14Profundidade média (m) 0,05 0,02Profundidade Máxima (m) 0,06 0,18Area (m 2) 0 0Volume (*10 6 m3) 0 0,04Temperatura ( oC) 0 0,03pH 0,03 0,04CO2 livre (mg L -1) 0,05 0,24***Zeu (m) 0,07 0,02
PSR (µg L -1) 0,03 0,1PT (µg L-1) 0,03 0N NO-
3 (µg L -1) 0 0,02
N NH+4 (µg L -1) 0,32** 0,06
Pmax (mg C m -3 h-1) 0,24 0,99***
Clorofila- a (µg L -1) 0,15* 0
r2
- 84 -
Tabela 6
Sistema Mín. Máx. Média SD CV (%)Lagos de Inundação Brasileiros 3,86 272,6 58,07 88,36 152Lagos Brasileiros 15,71 829 237,3 263,61 111Reservatórios Brasileiros 1,44 472,35 49,55 84,34 170Outros lagos Tropicais 22,96 1628,64 573,85 582,53 101Outros Reservatórios Tropicais 40,04 674,43 217,64 305,16 140Lagos Temperados 4,16 270,14 95,08 89,82 94
mg C m -2 h-1
- 85 -
Figura 1
Re l
ati v
eF
req
uen
cy
mg C.m -3.h-1
0
,1
,2
,3
,4
,5
,6
,7
,8
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 5000
,05
,1
,15
,2
,25
,3
,35
,4
,45
,5
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Rel
a tiv
eF
req
uen
c y
PFL (mg C m -3 h-1)
80
70
60
50
40
30
20
10
0Fre
qüên
cia
Rel
ativ
a (
%)
a) b)504540353025251510
50
Re l
ati v
eF
req
uen
cy
mg C.m -3.h-1
0
,1
,2
,3
,4
,5
,6
,7
,8
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 5000
,05
,1
,15
,2
,25
,3
,35
,4
,45
,5
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
Rel
a tiv
eF
req
uen
c y
PFL (mg C m -3 h-1)
80
70
60
50
40
30
20
10
0Fre
qüên
cia
Rel
ativ
a (
%)
a) b)504540353025251510
50
- 86 -
Figura 2
y = 1,9956x - 2,2812
R2 = 0,9984
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
400,00
0,00 50,00 100,00 150,00 200,00
d)
PF
L (m
gC
m-3
h-1
)
Pmax (mg C m -3 h-1)
c)
y = 0,2168x + 5,4506
R2 = 0,5807
0,000
10,000
20,000
30,000
40,000
50,000
60,000
70,000
80,000
90,000
100,000
0 50 100 150 200
Clorofila- a (µg L -1)
PT
(µ
g L
-1)
b)
a)
y = 0,0916x + 23,215
R2 = 0,1501
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
180,00
200,00
0,00 200,00 400,00 600,00 800,00
PF
L (m
gC
m-2
h-1
)
Clorofila- a (µg L -1)
y = 0,6441x + 37,942
R2 = 0,3202
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
180,00
200,00
0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00
PF
L (m
gC
m-2
h-1
)
N NH+4 (µg L -1)
y = 1,9956x - 2,2812
R2 = 0,9984
0,00
50,00
100,00
150,00
200,00
250,00
300,00
350,00
400,00
0,00 50,00 100,00 150,00 200,00
d)
PF
L (m
gC
m-3
h-1
)
Pmax (mg C m -3 h-1)
c)
y = 0,2168x + 5,4506
R2 = 0,5807
0,000
10,000
20,000
30,000
40,000
50,000
60,000
70,000
80,000
90,000
100,000
0 50 100 150 200
Clorofila- a (µg L -1)
PT
(µ
g L
-1)
b)
a)
y = 0,0916x + 23,215
R2 = 0,1501
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
180,00
200,00
0,00 200,00 400,00 600,00 800,00
PF
L (m
gC
m-2
h-1
)
Clorofila- a (µg L -1)
y = 0,6441x + 37,942
R2 = 0,3202
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
140,00
160,00
180,00
200,00
0,00 50,00 100,00 150,00 200,00 250,00 300,00
PF
L (m
gC
m-2
h-1
)
N NH+4 (µg L -1)
- 87 -
Figura 3
Meso-eutrophic
Classification by Likens (1975)
Ultra-oligot rophic
Oligotrophic
Oligo-mesotrophic
Mesotrophic
Meso-eutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
ReservoirLakeFlood plain lake
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Classification by Vollenweider & Kerekes (1980)
Oligotrophic
Mesotrophic
Hy pereutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
10
18
9
3
2
mg
C.m
-2.h
-1
ShallowDeep
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Smal lLarge
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Classification by Likens (1975)
Ultra-oligot rophic
Oligotrophic
Oligo-mesotrophic
Mesotrophic
Meso-eutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1 Classification by Likens (1975)
Ultra-oligot rophic
Oligotrophic
Oligo-mesotrophic
Mesotrophic
Meso-eutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
ReservoirLakeFlood plain lake
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
ReservoirLakeFlood plain lake
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Classification by Vollenweider & Kerekes (1980)
Oligotrophic
Mesotrophic
Hy pereutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
10
18
9
3
2
mg
C.m
-2.h
-1
Classification by Vollenweider & Kerekes (1980)
Oligotrophic
Mesotrophic
Hy pereutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
10
18
9
3
2
mg
C.m
-2.h
-1
ShallowDeep
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
ShallowDeep
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Smal lLarge
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Smal lLarge
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
a) b)
c) d)
Lago de Inundação
Lago Reservatório Sistemas Profundos Sistemas Rasos
Sistemas Grandes Sistemas Pequenos
e)
EutróficoHipereutrófico
MesotróficoOligotrófico
Eutrófico Meso-eutrófico
MesotróficoOligo-
mesotrófico
Oligotrófico Ultra-oligotrófico
PF
L (m
gC
m-2
h-1)
Meso-eutrophic
Classification by Likens (1975)
Ultra-oligot rophic
Oligotrophic
Oligo-mesotrophic
Mesotrophic
Meso-eutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
ReservoirLakeFlood plain lake
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Classification by Vollenweider & Kerekes (1980)
Oligotrophic
Mesotrophic
Hy pereutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
10
18
9
3
2
mg
C.m
-2.h
-1
ShallowDeep
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Smal lLarge
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Classification by Likens (1975)
Ultra-oligot rophic
Oligotrophic
Oligo-mesotrophic
Mesotrophic
Meso-eutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1 Classification by Likens (1975)
Ultra-oligot rophic
Oligotrophic
Oligo-mesotrophic
Mesotrophic
Meso-eutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
ReservoirLakeFlood plain lake
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
ReservoirLakeFlood plain lake
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Classification by Vollenweider & Kerekes (1980)
Oligotrophic
Mesotrophic
Hy pereutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
10
18
9
3
2
mg
C.m
-2.h
-1
Classification by Vollenweider & Kerekes (1980)
Oligotrophic
Mesotrophic
Hy pereutrophic
Eutrophic
600
500
400
300
200
100
0
-100
10
18
9
3
2
mg
C.m
-2.h
-1
ShallowDeep
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
ShallowDeep
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Smal lLarge
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
Smal lLarge
600
500
400
300
200
100
0
-100
mg
C.m
-2.h
-1
a) b)
c) d)
Lago de Inundação
Lago Reservatório Sistemas Profundos Sistemas Rasos
Sistemas Grandes Sistemas Pequenos
e)
EutróficoHipereutrófico
MesotróficoOligotrófico
Eutrófico Meso-eutrófico
MesotróficoOligo-
mesotrófico
Oligotrófico Ultra-oligotrófico
PF
L (m
gC
m-2
h-1)
- 88 -
Figura 4
Dom Helvécio Lake
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1976 1977/1978 2000/2001
Paranoá Reservoir
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1984/1985 1988/1989
Carioca Lake
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1977/1978 1979/1980 2000/2001
Barra Bonita Reservoir
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1990/1991 1993/1994 1993/1994
Jurumirim Reservoir
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1988/1989 1995/1996 1992/1993 1993/1994 1994/1995
Lobo (Broa) Reservoir
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1975 1983/1984 1990/1991
PF
L (m
gC
m-2
h-1
)
Carioca Dom Helvécio
Paranoá Barra Bonita
Jurumirim Lobo (Broa)
Dom Helvécio Lake
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1976 1977/1978 2000/2001
Paranoá Reservoir
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1984/1985 1988/1989
Carioca Lake
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1977/1978 1979/1980 2000/2001
Barra Bonita Reservoir
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1990/1991 1993/1994 1993/1994
Jurumirim Reservoir
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1988/1989 1995/1996 1992/1993 1993/1994 1994/1995
Lobo (Broa) Reservoir
0
100
200
300
400
500
600
700
800
900
1975 1983/1984 1990/1991
PF
L (m
gC
m-2
h-1
)
Carioca Dom Helvécio
Paranoá Barra Bonita
Jurumirim Lobo (Broa)
- 89 -
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os estudos de produção primária fitoplanctônica no Brasil, de acordo com o
levantamento realizado neste trabalho, apresentaram uma desaceleração no período de
2000 a 2006. No entanto, número de reservatórios no Brasil tem aumentado
significativamente nas últimas décadas e estes têm sido os ecossistemas mais estudados
quanto à produção fitoplanctônica, seguidos pelos lagos naturais, lagoas costeiras e lagos
de inundação, respectivamente. Os rios foram os ecossistemas límnicos menos estudos,
apesar do grande número destes no nosso país.
De acordo com a revisão da literatura brasileira sobre produção fitoplanctônica,
observamos a grande maioria destes trabalhos são pontuais e realizados em escalas de
tempo iguais ou inferiores a um ano, sendo raros os estudos de longa duração. Este fato
pode ser atribuído às dificuldades encontradas nos estudos de produtividade, uma vez
que envolvem um planejamento amostral rígido, experimentos em campo e em
laboratório, altos custos, assim como problemas de ordem metodológica, uma vez que as
técnicas empregadas envolvem uma série de cuidados, especialmente o método do 14C.
Em função da pontualidade das amostragens, grande parte dos dados disponíveis na
literatura, tanto em relação aos ecossistemas brasileiros quanto aos outros tropicais e
temperados, não entraram em nossas análises, uma vez que definimos alguns critérios de
inclusão de dados (ver Capítulo 2), visando obter resultados estatisticamente mais
robustos.
No Brasil, o método mais utilizado nos estudos da produtividade fitoplanctônica,
desde a década de 60, quando se iniciaram os estudos, tem sido o “método do 14C”. No
entanto, não só no Brasil, mas globalmente, constata-se a necessidade de uniformização
dos protocolos de análise envolvendo esta técnica, de modo a dar maior comparabilidade
- 90 -
aos dados gerados. Embora seja indispensável para a determinação das taxas de
respiração planctônica e de baixo custo, o “método do Oxigênio Dissolvido” tem sido
muito pouco utilizado nos trabalhos de produção primária no Brasil (Capítulo 1). Dados
obtidos a partir de outros métodos não foram utilizados em nossas análises.
Muitos foram os estudos publicados sobre a produtividade dos ecossistemas
aquáticos brasileiros, no entanto, estes estiveram concentrados na região amazônica e
sudeste, excetuando-se o estado de Espírito Santo, e restringiram-se a certos grupos
específicos de sistemas, como, por exemplo, os lagos de inundação amazônicos, os
reservatórios do estado de São Paulo e os lagos naturais do Vale do Rio Doce (MG).
Falta, portanto, ao país que tem 12% das reservas superficiais mundiais de água doce e
53% das reservas do continente sul-americano (ABE ET AL., 2006) expandir os estudos
limnológicos para todo o território brasileiro, desregionalizando-os e, principalmente,
contemplar os rios, que são inúmeros em nosso país. Um exemplo desta disparidade, em
relação à regionalização dos estudos, é a carência de trabalhos não só de produtividade
fitoplanctônica, mas de limnologia geral na região Nordeste do Brasil, que por ser a mais
carente de recursos hídricos, deveria ser a mais estudada. Da mesma forma, os poucos
trabalhos publicados sobre a produtividade dos rios e dos ecossistemas do nordeste
brasileiro não entraram em nossas análises por não satisfazerem os critérios de inclusão
adotados.
De acordo com nosso levantamento, a maioria dos dados sobre produção dos
ecossistemas brasileiros são inferiores a 300 mg C m-2 dia-1, sendo, portanto,
provenientes de sistemas oligotróficos de acordo com LIKENS (1975). Cabe ressaltar, que
os dados analisados neste estudo, foram coletados no passado e englobam um longo
período de tempo, de 1970 a 2005, aproximadamente. Logo, não necessariamente, estes
resultados refletem o estado trófico atual dos ecossistemas.
- 91 -
A classificação do estado trófico dos sistemas brasileiros analisados com base na
produção primária (LIKENS, 1975), diferiu substancialmente em relação à classificação
adotada pela OECD – Organisation for Economic Cooperation and Development
(VOLLENWEIDER & KEREKES, 1980). Este fato pode ser atribuído ao fato desta classificação
ter sido desenvolvida para sistemas temperados. Além disso, cabe ressaltar que o status
da concentração de nutrientes dos ecossistemas aquáticos nem sempre reflete sua
produtividade, uma vez que esta é regulada não só por nutrientes, mas também pela
disponibilidade de luz e pela pressão de predação.
A análise inter-anual dos poucos sistemas analisados em anos consecutivos,
indicou uma tendência à eutrofização, de modo que as taxas de produtividade foram
crescentes no decorrer dos anos estudados. Entretanto, ainda não podemos tirar
conclusões definitivas acerca destes ecossistemas uma vez que a escala temporal destes
estudos foi muito curta.
Um grande avanço realizado em relação ao levantamento do “status” dos recursos
hídricos superficiais no Brasil foi obtido recentemente através do projeto “Brasil das
águas” (MOSS & MOSS, 2005), onde amostras de água de mais de 1000 pontos,
distribuídos por todo o território, foram coletadas por meio de um hidro-avião e analisados
em relação a concentrações de nitrogênio, fósforo, temperatura, oxigênio dissolvido,
clorofila, entre outras variáveis.
O principal resultado deste projeto foi o mapeamento do estado trófico dos
recursos hídricos brasileiros, que mostrou que as maiores concentrações de fósforo e
nitrogênio na água foram observadas em áreas com grande densidade demográfica
(regiões sudeste e sul, principalmente), com grande rebanho bovino (Pantanal
Matogrossense) e rios amazônicos que recebem sedimentos provenientes da
intemperização das águas dos Andes, como Solimões, Madeira e Purus (ABE ET AL.,
- 92 -
2006). Além disso, a análise geral mostrou que, de acordo com a classificação de estado
trófico adotada (TOLEDO, 1990), 40% dos sistemas analisados foram classificados como
oligotróficos, 35% como mesotróficos, 24% como eutróficos e 1,3% como hipereutróficos.
Estes dados foram bastante semelhantes ao obtido pelo presente estudo de acordo com a
classificação de LIKENS (1975) (Capítulo 2).
A questão temporal, entretanto, tem novamente fundamental importância na
interpretação destes resultados, que devem ser analisados com ressalva, visto que as
informações geradas foram instantâneas, coletadas em um único momento, além de
serem referentes apenas a amostras de água coletadas na superfície destes
ecossistemas. Apesar disto, este levantamento foi de inquestionável relevância para o
mapeamento das áreas críticas, que devem ser priorizadas pelos projetos de restauração,
e das áreas ainda conservadas, que devem ser monitoradas e contempladas por políticas
de conservação.
A grande variabilidade dos dados de produção fitoplanctônica dos sistemas
brasileiros, expressas através do coeficiente de variação, foi atribuída às diferenças
existentes entre os tipos de ecossistemas analisados (lagos, reservatórios e lagos de
inundação) e, principalmente, às grandes diferenças morfométricas e de estado trófico
entre os reservatórios analisados, que foram os sistemas predominantes na base de
dados analisada.
Deste modo, a síntese dos dados de produtividade fitoplanctônica, principal
objetivo deste trabalho, mostra-nos, essencialmente, que: 1) a maior parte dos dados são
inferiores a 300 mg C m-2 dia-1, sendo, portanto, provenientes de sistemas pouco
produtivos; 2) os diferentes tipos de ecossistemas analisados (lagos, reservatórios e lagos
de inundação) diferem significativamente entre si quanto à produtividade fitoplanctônica,
assim como os sistemas rasos são significativamente diferentes dos profundos e 3) os
- 93 -
dados analisados apresentam uma grande variabilidade, refletida pelo coeficiente de
variação, sendo este superior aos relatados na literatura para ecossistemas temperados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABE, D.; TUNDISI, J.G.; MATSUMURA-TUNDISI, T.; TUNDISI, J. E. M.; SIDAGIS-GALLI,
C.; TEIXEIRA-SILVA, V.; AFONSO, G. F.; ALBARICI, F.L.; VON HAEHLING, P. H. A.;
MOSS, G. & MOSS, M. 2006. “Monitoramento da qualidade ecológica das águas
interiores superficiais e do potencial trófico em escala continental no Brasil com o uso
de hidroavião”. In: Tundisi, J. G., Matsumura-Tundisi, T., Tundisi, J. E. M., Sidagis-
Galli, C. Eutrofização na América do Sul: causas conseqüência s e tecnologias
para gerenciamento e controle. IIEE/ABS/IPII/INAS: pp 225-239.
ABREU, P. C., BIDDANDA, B. & ODEBRECHT, C. 1992. “Bacterial dynamics of the Patos
Lagoon estuary, southern Brazil (320S, 520W): Relationship with phytoplankton
production and suspended material”. Estuarine Coastal Shelf Sci . v. 6, pp. 621-635.
ABREU, P. C. 1992. Phytoplankton production and microbial food web of the Patos
Lagoon estuary, southern Brasil . M.Sc. dissertation, Bremen.
ABREU, P. C., ODEBRECHT, C. & GONZÁLEZ, A. 1994. “Particulate and dissolved
phytoplankton production of the Patos Lagoon Estuary, southern Brazil: comparison of
methods and influencing factors”. J. Plank. Res ., v.16, n. 7, pp. 737-753.
ABREU, P. C., GRANÉLI, H. W. & ODEBRECHT, C. 1995. “Produção fitoplanctônica e
bacteriana na região da pluma estuarina da Lagoa dos Patos – RS, Brasil”. Rev.
Atlântica , v.17, pp. 35-52.
AIDAR, E. 1970. Produção primária em função de diferentes métodos d e incubação,
em uma região estuarina . Tese de M.Sc., USP, São Carlos.
- 94 -
ALVAREZ-COBELAS, M. & ROJO, C. 1994. “Spatial, seasonal and long-term variability
of phytoplankton photosynthesis in lakes”. J. Plankton Res. , v. 16, n. 12, pp. 1691-
1716.
ALVES, L. F. 1983. Estudo sazonal da produção primária e fatores ecoló gicos num
lago de terra firme da Amazônia Central (Lago Verde /Rio Negro) . Tese de M.Sc.,
UFSCar, São Carlos.
ARAÚJO, M. A. R. & PINTO-COELHO, R. M. 1998. “Produção e consumo de carbono
orgânico na comunidade planctônica da Represa da Pampulha, Minas Gerais.” Brasil.
Rev. Bras. Biol ., v. 58, n. 3, pp. 405-416.
BARBER, R. T. & HILTING, A. K. 2002. “History of the Study of Plankton Productivity”, pp.
16-43. In: le B. Williams, P. J., Thomas, D. N. & Reynolds, C. S. (Eds.).
Phytoplankton Productivity – Carbon Assimilation in marine and freshwater
ecosystems . Bodmin, Blackwell Science.
BARBIERI, R.; IBAÑEZ, M. S.; ARANHA, F. J.; FERREIRA, M. M. F.; REID, J. &
TURNER, P. 1989. “Plâncton, produção primária, e alguns fatores físico-químicos de
dois lagos da Baixada Maranhese”. Rev. Bras. Biol . vol. 49, n. 2, pp. 399-408.
BARBOSA, F. A. R. 1979. Produção primária e fatores ambientais na Lagoa Car ioca -
Parque Florestal do Rio Doce- MG . Tese de M.Sc., UFSCar, São Carlos.
BARBOSA, F. A. & TUNDISI, J. G., 1980. “Primary production of phytoplankton and
environmental characteristics of a shallow quaternary lake at eastern Brasil”. Arch.
Hydrobiol ., vol. 90, n. 2, pp.139-161.
BARBOSA, F. A. 1981. Variação diurna (24h) de parâmetros limnológicos bá sicos e
da produtividade primária do fitoplâncton da Lagoa Carioca, Parque Florestal do
Rio Doce, MG, Brasil . Tese de D.Sc., UFSCar, São Carlos.
- 95 -
BARBOSA, F. A., TUNDISI, J. G. & HENRY, R. 1989. “Diel variations in a shallow tropical
Brazilian lake. II. Primary production, photosynthetic efficiency and chlorophyll-a
content”. Arch. Hydrobiol ., v. 116, n. 4, pp. 435-448.
BASSOLI, F. & ROLAND, 2005. “Caminhos da produção Primária Fitoplanctônica em
Ecossistemas Aquáticos Continentais”, pp. 173-191. In: F. Roland, D. Cezar & M. M.
Marinho, (eds). Lições de Limnologia ., São Carlos, Ed. Rima.
BEAVER, J. R. & CRUISMAN, T. L. 1991. “Temporal variability in algal biomass and
primary productivity in Florida lakes relative to latitudinal gradients, organic color and
trophic state”. Hydrobiol ., v. 224, pp. 89-97.
BEHRENFELD, M. J., ESAIAS, W. E. & TURPIE, K. R. 2002. “Assessment of Primary
Production at the Global Scale”. In: Williams, P. J. le B.;.Thomas, D. N. & Reynolds, C.
S. (eds.). Phytoplankton Productivity – Carbon Assimilation in marine and
freshwater ecosystems . Blackwell Science.
BENDER, M. & GRANDE, K. 1987. “A comparison of four methods for determining
planktonic communit production”. Limnol. Oceanogr ., v. 32, pp. 1085-1098.
BLOESH, J. STADELMANN, P. & BUHRER, H. 1977. “Primary production, mineralization,
and sedimentation in the euphotic zone of two Swiss lakes”. Limnol. Oceanogr ., v. 22,
n. 3, 511-525.
BOUVY, M.; ARFI, R.; CECCHI, P.; CORBIN, D.; PAGANO, M.; SAINT-JEAN, L. &
THOMAS, S. 1998. “Trophic coupling between bacterial and phytoplankton
compartments in shallow tropical reservoirs (Ivory Coast, West Africa)”. Aquat.
Microb. Ecol. , v. 15, pp. 25-37.
BRASILE-MARTINS, M. A., CIPOLLI, M. N. & CESTA-ROLLI, M. A. 1985. “Limnologia de
reservatórios do sudeste do estado de São Paulo, Brasil, VI, Produção primária”. B.
- 96 -
Inst. Pe BRIERLEY, B. & HARPER, D. 1999. Ecological principles for management
techniques in deeper reservoirs. Hydrobiol. , 395/396: 335-353.
BROOK, T. D. & CLYNE, J. 1984. “Significance of algal excretory products for growth of
epiliminetic bacteria”. Appl. Env. Microbiol ., v. 47, pp.731-734.
BRYLINSK, M. 1980. “Estimating the productivity of lakes and reservoirs, pp. 411-453. In:
E. D. LeCren and R. H. Lowe-McConnel (eds). The functioning of freshwater
ecosystems , London, Cambridge Univ. Press.
BRYLINSKY , M. & MAN, K. H. 1973. “An analysis of factors governing productivity in
lakes and reservoirs”. Limnol. Oceanogr ., v. 18, n. 1, pp. 1-14.
sca , v. 12, pp. 123-143.
CALIJURI, M. C. 1985. Curvas de luz-fotossíntese e fatores ecológicos em
ecossistema artificial não estratificado – Represa do Broa (Lobo) . Tese de M.Sc.,
PPG-ERN, São Carlos.
CALIJURI, M. C. 1988. Respostas fisioecológicas da comunidade fitoplanctô nica e
fatores fisoecológicos em ecossistemas com diferent es estágios de
eutrofização . Tese de D.Sc., USP, São Carlos.
CALIJURI, M. C. 1999. A comunidade fitoplanctônica em um reservatório tro pical
(Barra Bonita, SP) . Tese livre-docência, USP, São Carlos.
CALIJURI, M. C., DEBERDT, G. L. B. & MINOTI, R. T. 1999. ‘A produtividade primária
pelo fitoplâncton na Represa de Salto Grande (Americana, São Paulo)”. In: Henry, R.
(Ed.). Ecologia de Reservatórios: Estrutura, função e aspectos sociais. Henry, R.
Botucatu, Fundibio/Fapesp. 109-148 p.
- 97 -
CALIJURI, M. C. & DOS SANTOS, A. C. A. 2004. A produção primária do fitoplâncton. In:
Bicudo, C. E. de M. & Bicudo, D. de C. (Eds). Amostragem em limnologia . 321-341
p., São Carlos, Ed. Rima.
CAMARERO, L.; FELIP, M; VENTURA, M.; BARTUMEUS, F. & CATALAN, J. 1999. The
relative importance of the planktonic food web in the carbon cycle of an oligotrophic
mountain lake in poorly vegetated catchment (Redó, Pyrenees). J. Limnol ., v. 58, n. 2,
pp. 203-212.
CAMPOS, H.; STEFFEN, W.; AGUERO, G.; PARRA, O. & ZUNIGA, L. 1990.
”Limnological Study of Lake Todos Los Santos (Chile): Morphometry , Physics,
Chemistry, Plankton, and Primary Productivity”. Arch. Hydrobiol ., vol. 117, n. 4, pp.
453-484.
CARPENTER, S. R.; FISHER, S. G., GRIMM, N. B. & KITCHELL, J. F. 1992. ”Global
change and freshwater ecosystems”. Annu. Rev. Ecol. Syst ., v. 23, pp. 119-139.
CAVALCANTI, C. G. B., ALVES, V. R. & IKAWA, N. G. 1992. “Variação espacial da
produtividade primária no Lago Paranoá, Brasília DF”. Acta Limnol. Bras ., v. 4, pp.
327-341.
CHAMBERS, C. O. 1912. “ The relation of algae to dissolved oxygen and carbon dioxide.
With special reference to carbonates”. Missouri Botanical Garden 23rd Annual Report.
The Board of Trustees, St Louis, Missouri.
COLE, G. A. 1994. Textbook of Limnology . Waveland Press Inc., Illinois.
COLE, J. J.; LIKENS, G. E. & STRAYER, D. L. 1982. “Photosynthetically produced
dissolved organic carbon: an important source for planktonic bacteria”. Limnol.
Oceanogr ., v. 27, pp. 1080-1090.
- 98 -
COLE, J. J.; FINDLAY, S. & PACE, M. L. 1988. Bacterial production in fresh and saltwater
ecosystems – A cross system overview. Mar. Ecol. Prog. Ser. 43 (1-2): 1-10.
COLLINS, S. & BELL, G. 2004. “Phenotypic consequences of 1000 generations of
selection at elevatated CO2 in a green alga”. Nature , v. 431, pp. 566-569.
DAVIES, J. L. & WILLIAMS, P. J. LE B. 1983. “Verification of 14C and O2 derived primary
organic production measurements using an enclosed ecosystem”. J. Plankton Res ., v.
6, pp. 457-474.
DEBERDT, G. L. B. 1997. Produção primária e caracterização da comunidade
fitoplanctônica no reservatório de Salto Grande (Am ericana-SP) em duas épocas
do ano . Tese de M.Sc., Escola de Engenharia/USP,São Carlos.
DEEVEY, E. S. Jr. 1957. “Limnologic studies in Middle America. Trans. Coonn”. Acad.
Arts Sci., v. 39, pp. 213-328.
DEEVEY, E. S. Jr. 1955. “Limnological studies in Guatemala and El Salvador”. Verh. Int.
Ver. Limnol. , v. 12, pp. 278-283.
DE VOOYS, C. G. N., 1979. “Primary production in aquatic ecosystems”. In: Bolin, B.,
Degens, E. T., Kempe, S. & Ketner, P. (Eds). The global carbon cycle . pp. 259-292,
New York, John Wiley & Sons.
DILLON, P. J. The application of the phosphorus-loading concept o f eutrophication
research . CCIW Sci. Scr., 46, Burlington, Ontario. 1975.
DILLON, P. J. & RIGLER, I. I. 1974. “The phosphorus chlorophyll relashionship in lakes”.
Limnol. Oceanogr ., v. 19, pp. 767-773.
DOMINGOS, P., 1991. Estrutura da comunidade fitoplanctônica e produção primária
na Lagoa de Saquarema . Tese de M.Sc., UFF, Niterói.
- 99 -
DOTY, M. S. & OGURI, M. 1959. “The carbon-fourteen technique for determining plankton
productivity”. Publ. Staz. Zool. Napoli , V. 31(Suppl), pp. 70-94.
DUBINSK, Z. & BERMAN, T. 1981. “Light utilization by phytoplankton in Lake Kinneret
(Israel)”. Limnol. Oceanogr ., vol. 26, n. 4, pp. 660-670.
ERIKSON, R.; HOOKER, E. & MEJIA, M. 1991.”The dynamics of photosynthetic activity in
Lake Xolotlán, Nicaragua”. Verh. Internat. Verein. Limnol ., vol. 24, pp. 1163-1166.
ESTEVES, F. A. 1988. “Considerações sobre a aplicação da tipologia de lagos
temperados a lagos tropicais”. Acta Limnol. Brasil ., v. 2, pp. 3-28.
ESTEVES, F. A., THOMAZ, S. M. & ROLAND, F. 1994. “Comparison of the metabolism of
two floodplain lakes of the Trombetas river (Pará, Brazil) based on a study of diel
variation”. Amazoniana , v. 13, pp. 33-46.
FAHNENSTIEL, G. L. & SCAVIA, D. 1987. “Dynamics of Lake Michigan phytoplankton:
Primary production and growth”. Can. J. Fish. Aquat. Sci ., vol. 44, pp. 499-507.
FEITOSA, F. A. N. 1988. Produção primária do fitoplâncton correlacionadas c om
parâmetros bióticos e abióticos na bacia do Pina (R ecife, Pernambuco, Brasil).
Tese de M.Sc., UFPE, Recife.
FERESIN, E. G. 1994. Produção de carbono orgânico via fitoplâncton e
bacterioplâncton em duas lagoas da planície de inun dação do rio Mogi Guaçu
(Estação Ecológica de Jataí, SP) . Tese de M.Sc., PPG-ERN/UFSCar, São Carlos.
FISHER, D. T. 1978. “Plâncton e produção primária em sistemas aquáticos da bacia da
Amazônia Central”. Acta Amazonica , v. 8, pp. 43-54.
FITTKAU, E. J., IRMLER, U., JUNK, W. J., REISS, F. & SCHMIDT, G. W. 1975.
“Productivity, biomass and population dynamics in Amazonian water bodies”. In:
Golley, F. B. & Medina, E. (Eds.). Tropical Ecological Systems. Trends in terrestrial
and Aquatic Research . pp. 289-311, New York, Springer.
- 100 -
FITZWATER, S. E., KNAUER, G. A. & MARTIN, J. H. 1982. “Metal contamination and its
effect on primary production measurements”. Limnol. Oceanogr ., v. 27, pp. 544-551.
FOGG, G. E. 1963. “The role of algae in organic production in aquatic environments”. Br.
Phycol. Bull ., v. 2, pp. 195-205.
FOGG, G. E. 1975. “Primary productivity”. In: Riley, J. P. & Skirrow, G. (Eds), Chemical
Oceanography . pp. 385-453, 2nd ed., vol. 2., London, Academic Press.
FORSBERG, B. R. 1985. “The fate of planktonic primary production”. Limnol. Oceanog r.,
v. 30, n. 4, pp. 807-819.
FREY, D. G. 1969. “A limnological reconnaissance of Lake Lanao”. Verh. Int. Ver.
Limnol., v. 17, pp. 1090-1102.
FUHRER, J. 2003. “Agroecosystemresponses to combinations of elevated CO2, ozone
and global climate change”. Agric. Ecosyst. Environ ., v. 97, pp. 1-20.
GAARDER, T. & GRAN, H. H., 1927. “Investigation on the production of plankton in the
Oslo-Fjord”. Rapp. Et Proc. Verb., Cons. Int. Expl. Mer ., v. 42, pp. 1-48.
GEIDER, R. J. & OSBORNE, B. A. 1992. Algal Photosynthesis . Chapman and Hall.
London.
GIANESELLA-GALVÃO, S. M. F. 1981. Produção primária e suas relações com
alguns fatores físico-químicos em reservatórios do Estado de São Paulo . Tese
de D.Sc., USP, São Paulo.
GIANESELLA-GALVÃO, S. M. F. 1985. “Primary productivity of phytoplankton at ten
reservoirs in southern Brazil”. Hydrobiol ., v. 122, pp. 81-88.
GIANESELLA-GALVÃO, S. M. F. 1985. “Limnology of ten reservoirs in Southern Brazil, II:
Phytoplankton primary productivity in a reservoir with monomitical characteristics –
- 101 -
Paraibuna Reservoir”, pp. 199-208. In: C. E. Bicudo; C. Teixeira & J. G. Tubdisi (eds),
Algas: a energia do amanhã , I. O. USP, São Paulo.
GIANESELLA-GALVÃO, S. M. F. 1986. “Limnology of ten reservoirs in Southern Brazil, II:
Phytoplankton primary productivity in a reservoir with monomitical characteristics –
Paraibuna Reservoir”. In: C. E. Bicudo; C. Teixeira & J. G. Tundisi (Eds), Algas: a
energia do amanhã , pp. 199-208, São Paulo, I. O. USP.
GIESKES, W. W. C., KRAAY, G. W. & BAARS, M. A. 1979. “Current 14C methods for
measuring primary production: gross underestimates in oceanic waters”. Neyh. J. Sea
Res., v. 13, pp. 58-78.
GIL-GIL, F. 2004. Fracionamento da produção primária em dois sistemas com
diferentes níveis tróficos no Parque Estadual das F ontes do Ipiranga, São Paulo,
Brasil . Tese de D.Sc. USP, São Paulo.
GRIFFON, K. L. et al., 2001. “Plant growth in elevated Co2 alter mitocondrial and
cloroplast structure”. Proc. Natl Acad. Sci. USA , v. 98, pp. 2473-2478.
GROBBELAAR, J. U. 1992. “Nutrients versus physical factors in determining the primary
productivity of waters with inorganic turbidity”. Hydrobiol ., v. 238, pp. 177-182.
HAMMER, L. 1965. “Photosynthese und Primärproduktion in rio Negro”. Int. Rev. Ges.
Hydrobiol ., v. 50, pp. 335-339.
HAMMER, U. 1980. “Geographical variations of primary production”. In: E. D. LeCren & R.
Lowe-McConnel (eds.). The functioning of freshwater ecosystems . IBP Publ. 22.
Cambrige.
HAPPEY-WOOD, C. M. 1993. “Diurnal and seasonal variation in the contributions of
autotrophic pico-, nano-, and microplankton to the primary production of an upland
lake”. J. Plankton Res ., vol. 15, n. 2, pp. 125-159.
- 102 -
HARDING, W. R. 1992. “Zeekoevlei Water chemistry and phytoplankton productivity”.
Water SA , v. 18, pp. 237-246.
HARDING, L. W., DEGOBBIS, D. & PRECALL, R. 1999. “Production and fate of
phytoplankton: Annual cycles and interannual variability”. In: T. C. Malone (ed.),
Ecosystems at the land-sea margin: Drainage basin t o coastal sea . American
Geophysical Union.
HARTMAN, E. C. ASBURY, C. & COLAR, R. A. 1981. “Seasonal variations in primary
productivity in lago Tapacurá, a tropical reservoir”. J. freswat. Ecol . vol. 1, pp. 208-
213.
HENRY, R., HINO, K., GENTIL, J. G. & TUNDISI, J. G. 1985. “Primary production and
effects of enrichment with nitrate and phosphate on phytoplankton in the Barra Bonita
reservoir (State of São Paulo, Brazil)”. Int. Rev. Ges. Hydrobiol . v. 70, n. 4, pp. 561-
573.
HENRY. R. & TUNDISI, J. G, 1985. “Enrichment experiments and their effects on
phytoplankton (biomass and primary productivity)”. In: Saijo, Y. & Tundis, J. G. (Eds.).
Limnological studies in Central Brazil Rio Doce Val ley Lakes and Pantanal
Wetland , pp. 63-80, (1st Report) Japan, Nagoya University.
HENRY, R., TUNDISI, J. G., CALIJURI, M. C., IBAÑEZ, M. S., MITAMURA, O,
MATSUMURA-TUNDISI, T., ROCHA, O., SPINDOLA, E. L. G. & GUILL’RN, S. M.
1989. “Addition of phosphate and ammonia and its effects on primary productivity by
phytoplankton in lake D. Helvécio using large enclosures”. In: Saijo, Y. & Tundisi, J. G.
(Eds.), Limnological studies in Rio Doce Valley Lakes , pp. 53-59, (3rd Report)
Japan, Nagoya University.
- 103 -
HENRY, R. 1990. Estrutura espacial e temporal do ambiente físico e químico e
análise de alguns processos ecológicos na represa d e Jurumirim (Rio
Paranapanema, SP) e na sua bacia hidrográfica. Tese de D.Sc., UNESP, Botucatu.
HENRY, R. 1993. “Primary production by phytoplankton and its controlling factors in
Jurumirim Reservoir (São Paulo, Brasil)”. Rev. Bras. Biol . v. 53, n. 3, pp. 489-499.
HENRY, R., TUNDISI, J. G. & IBÁÑEZ, M. S. R. 1997. “Enrichment experiment and their
effects on phytoplankton (biomass and primary productivity)”. In: Tundisi, J. G. & Saijo,
Y. (Eds.). Limnological studies on the Rio Doce Valley Lakes, Brasil , pp. 243-264.
Braz. Acad. Sci./USP.
HENRY, R., NUNES, M. A., MITSUKA, P. M., LIMA, N. DE & CASANOVA, S. M. C. 1998.
“Variação espacial e temporal da produtividade primária pelo fitoplâncton na Represa
de Jurumirim (Rio Paranapanema, SP)”. Rev. Bras. Biol ., v. 58, n. 4, pp. 571-590.
HENRY, R.; NOGUEIRA, M. G.; POMPEO, M. L. M. & MOSCHINI-CARLOS, V. 2006.
“Annual and short-term variability on primary productivity by phytoplankton and
correlated abiotic factors in Jurumirim Reservoir (São Paulo, Brazil)”. Brazilian
Journal of Biology , vol. 66, n. 1b, pp. 239-261.
HERBLAND, A. 1977. “The prevention of radiocarbon loss in liquid scintillation counting of
solutions containing 14C-NaHCO3”. Int. J. Appl. Radiat. Isotopes , v. 28, pp. 795-796.
HOBBIE, J. E. 1964. “Carbon 14 measurementsof primary production in two arctic Alaskan
lakes”. Ver. Int. Ver. Limnol ., v. 15, pp. 360-364.
HOOKER, E.; CHOW-WONG, N.; RIVAS, K.; ERIKSON, R.; AHLGREN, I. & AHLGREN,
G. 2001. “Primary production and estimation of potential fish yeld in Lake Cocibolca,
Nicaragua”. Verh. Internat. Verein. Limnol ., vol. 27, pp. 3589-3594.
- 104 -
HUSZAR, V. L. M.; CARACO, N. F.; ROLAND, F. & COLE, J. 2006. “Nutrient-chlorophyll
relationships in tropical-subtropical lakes: do temperate models fit?” Biogeochemistry ,
vol. 79, n. 1-2, pp. 239-250.
[IPCC] Intergovernmental Panel on Climate Change. 2001: Synthesis report – a
contribution of work groups I, II and III to the Th ird Assesment Report of the
Intergovernmental Panel on Climate Change . Cambridge Univ. Press.
IVERSON, R. L., BITATKER, H. F. & MYERS, V. B. 1976. “Loss of radiocarbon in direct
use of Aquasol for liquid scintillation counting of solutions containing 14C NaH CO3”.
Limnol. Oceanogr ., v. 21, pp. 756-758.
JASSBY, A. D.; CLOERN, J. E. & COLE, B. E. 2002. “Annual primary production: Patterns
and mechanisms of change in a nutrient-rich tidal ecosystem”. Limnol. Oceanogr ., v.
47, n. 3, pp. 698-712.
JASSBY, A. D., GOLDMAN, C. R. & POWEL, T. M. 1992. “Trend, seasonality, cycle and
irregular fluctuations in primary productivity at Lake Tahoe, California-Nevada, USA”.
Hydrobiol ., v. 246, pp. 195-203.
JUNK, W; BAYLEY, P. B. & SPARKS, R. E. 1989. “The flood pulse concept in river
floodplain system”. Can. Spec. Publ. Fish. Aquat. Sci ., vol., 106, pp.110-127.
JUREIDINI, P.; CHINEZ, S. J. & AGUDO, E. G. 1983. “Medições da produção primária em
três reservatórios do Estado de São Paulo”. Ciência e Cultura , v. 35, n. 9, pp. 1341-
1346.
KALFF, J. 2002. Limnology . Pearson Education, Prentice Hall.
KALFF, J. & WEELCH, H. E. 1974. “Phytoplankton production in Char Lake, a natural
polar lake, and in Cornwallis Island, Northwest Territories”. J. Fish. Res. Bd. Can ., v.
31, pp. 739-762.
- 105 -
KALFF, J. & WATSON, S. 1986. “Phytoplankton and its dynamics in two tropical lakes: a
tropical and temperate zone comparison”. Hydrobiol ., v. 138, pp. 161-176.
KHALIL, M. T. 1990. “Plankton and primary productivity of Lake Manzala”, Egypt.
Hydrobiol ., vol. 196, pp. 201-207.
KIMMEL, B. L.; LIND, O. T & PAULSON, L. J. 1990. “Reservoir Primary Production”,
pp.133-193. In: K. W. Thornton, B. L. Kimmel & F. E. Payne (eds). Reservoir
Limnology: Ecological Perspectives . New York, John Wiley & Sons, Inc.
KNOPPERS, B. A. & MOREIRA, P. F. 1988. “The short term effect of physical processes
upon nutrients, primary production and sedimentation in Guarapina Lagoon (RJ),
Brazil”. Acta Limnol. Brasil ., v. 2, pp. 405-430.
LA RIVIERE, J. W. 1989. “Threats to the world’s water”. Sci. Am. Sept ., pp. 80-94.
LARSSON, U. & HAGSTRÖM, A. 1982. “Fractionated phytoplankton primary production,
exudates release and bacterial production in a Baltic eutrophication gradient”. Mar.
Biol ., v. 67, pp. 57-70.
LEE, T. D., TJOELKER, M. G.. ELLSWORTH, D. S. & REICH, P. B. 2001. “Leaf gas
exchenge responses of 13 prairie grassland species to elevated CO2 and increase
nitrogen supply”. New Phytol ., v. 150, pp. 405-418.
LEWIS, W. M. JR., 1973C. ”A limnological survey of Lake Mainit. Philippines”. Innt. Rev.
ges. Hyydrobiol ., v. 58, pp. 801-818.
LEWIS, W. 1987. “Tropical Limnology”. Ann. Rev. Ecol. Syst ., v. 18, pp. 159-184.
LEWIS, W. M. JR., 1990. “Comparisons of phytoplankton biomass in temperate and
tropical lakes”. Limnol. Oceanogr ., v. 35, n. 8, pp. 1938-1845.
- 106 -
LEWIS, W. M. Jr., 1996. “Tropical lakes: how latitude makes a difference”. In: F. Schiemer
& K. T. Boland (eds). Perspectives in Tropical Limnology . SBP Academic Publishing
bv, Amsterdam.
LIETH, H. 1975. “Historical Survey of Primary Productivity Research”. In: Lieth, H. &
Whittaker, R. H. (Eds). Primary productivity of the Biosphere, pp. 185-202, New
York, Springer-Verlag..
LIGNELL, R. 1992. “Problems in filtration fractionation of 14C primary productivity
samples”. Limnol. Oceanogr ., 37: 172-178.
LIKENS, G. 1975. “Primary production of inland aquatic ecosystems”. In: Lieth, H. &
Whittaker, R. H. Primary productivity of the biosphere . Springer-Verlag, New York.
LIND, O. T.; DOYLE, R.; VODOPICH, D. S.; TROTTE, B. G.; LIMÓN, J. G. & DÁVALOS-
LIND, L. 1992. “Clay turbidity: Regulation of phytoplankton production in a large,
nutrient-rich tropical lake”. Limnol. Oceanogr ., v. 37, n. 3, pp. 549-565.
LIND, O. T.; CHRZANOWSKI, T. H. & DÁVALOS-LIND, L. 1997. “Clay turbidity and the
relative production bacterioplankton of and phytoplankton”. Hydrobiol ., vol. 353, pp. 1-
18.
MABERLY, S. C., HURLEY, M. A., BUTTERWICK, C., CORRY, J. E., HEANEY, S. I.,
IRISH, A. E., JAWORSKI, G. H. M., LUND, J. W. G., REYNOLDS, C. S. & ROSCOE, J.
V. 1994. “The rise and fall of Asterionella Formosa in the South Basin of Lake
Windemere: analysis of 45-years series of data”. Freshwater Biol ., v. 31, pp. 19-34.
MAGNUNSON, J. J. et al., 1997. “Potential effects of climate changes on aquatic
ecosystems: Laurentian great lakes and Precambrian shield region”. In: C. E. Cushing
(ed.), Freshwater ecosystems and climate change in North A merica . John Wiley.
- 107 -
MALLIN, M. A. & PAERL, H. A. 1992. “Effects of Variable Irradiance on Phytoplankton
Productivity in Shallow Estuaries”. Limnol. Oceanogr , vol. 37, n. 1, pp. 54-62.
MARGALEF, R. 1986. Ecologia . Barcelona, Ed. Omega.
MARLIER, G. 1965. “Étude sur les lacs de l’Amazonie centrale”. Cader. Amaz . V. 5, pp.1-
51
MARLIER, G. 1967. “Ecological studies on some lakes of the Amazon valley”.
Amazoniana , v. 1, n. 2, pp. 91-115.
MARRA, J. 2002. “Approaches to the Measurement of Plankton Production”. In: Williams,
P. J. le B.;.Thomas, D. N. & Reynolds, C. S. (eds.). Phytoplankton Productivity –
Carbon Assimilation in marine and freshwater ecosys tems . Blackwell Science.
MARSHALL, S. M. & ORR, A. P. 1930. “A study of spring diatom increase in Loch Striven”.
Journ. Mar. Biol. Assoc. U.K ., v. 16, pp. 853.
MATSUMURA-TUNDISI, T. & TUNDISI, J. G. 1997. “Mixing processes affecting primary
production of phytoplankton in Barra Bonita reservoir”. Verh. Int. Ver. Limnol . v. 26,
pp. 536-542.
MELACK, J. M. 1979a. “Temporal variability of phytoplankton in tropical lakes”. Oecologia
(Berl.), v. 44, pp. 1-7.
MELACK, J. M. 1979b. “Photosynthetic rates in four tropical African fresh waters.”
Freshwater Biol . vol. 9, pp. 555-571.
MITAMURA, O.; HINO, K.; SAIJO, Y.; NAKAMOTO, N. & BARBOSA, F. A. R. 1985.
“Diurnal variation of photosynthesis and nutrients in lake Carioca”. In: Saijo, Y. &
Tundisi, J. G. (Eds.). Limnological studies in Central Brazil Rio Doce Val ley Lakes
and Pantanal Wetland , pp. 97-105, (1st Report) Water Research Institute, Nagoya
University.
- 108 -
MITAMURA, O.; SAIJO, Y. & HINO, K. 1997. “Cycling of urea associated with
photosynthetic activity of phytoplankton in the euphotic layer in lakes Dom Helvecio,
Jacaré and Carioca”. In: Tundisi, J.G. & Saijo, Y. (Eds.) Limnological studies on the
Rio Doce Valley Lake, Brasil , pp. 129-139, Braz. Acad. Sci./USP.
MONTANARI-FRANCO, G. M. 1982. Ciclo sazonal da produção primária, "standing-
stock" do fitoplâncton e fatores ambientais na Repr esa do Jacaré-Pepira
(Brotas-SP) . Tese de D.Sc., UFSCar, São Carlos.
MOSS. G. & MOSS, M. 2005. Brasil das Águas: revelando o azul do verde e amare lo .
São Paulo, Supernova Editora.
MUKANKOMEJE, R.; PLISNIER, P. D.; DESCY, J. P & MASSAUT, L. 1993. “Lake
Muzahi, Rwanda: Limnological features and phytoplankton production”. Hydrobiol. ,
vol. 257, pp. 107-102.
NEILSON, R. P. & DRAPEK, R. J. 1998. “Potentially complex biosphere responses to
transient global warming”. Global Change Biology , vol. 4, n. 5, pp. 505.
NEMANI, R. R.; KEELING, C. D.; HASHIMOTO, H.; JOLLY, W. M.; PIPER, S. C.;
TUCKER, C. J.; MYNEMI, R. B. & RUNNING, S. W. 2003. “Climate-Driven increases
in global terrestrial net primary production from 1982 to 1999.” Science , 300: 1560-
1563.
NODDACK, W. & KOMOR, J. 1937. “Über die Ausnutzung des Sonnenlichtes beim
Wachstum der grünen Pflanzen unter natürlichen Bedingugen”. Angew. Chem ., v. 50,
pp. 271-277.
OLIVEIRA, H. T. 1997. “Primary production in a dendritic tropical reservoir spatial and
seasonal heterogeneity (Barra Bonita Reservoir, Brasil)”. Verh. Int. Verein. Limnol ., v.
26, pp. 569-573.
- 109 -
OLIVEIRA, M. D. 1993. Produção primária e estrutura da comunidade fitopla nctônica
no reservatório do Lobo (SP): Uma comparação entre fatores ecológicos na
represa e nos seus principais tributários . Tese de M.Sc., USP, São Carlos.
OLIVEIRA, M. D. & CALIJURI, M. C. 1996. “Estimate of the rate of primary production in
two lotic-systems, based on hourly change of dissolved oxygen: Itaqueri and Lobo
rivers (São Paulo State)”. In: Anais da Acad. Bras. de Ciências, v. 68 n.1, pp. 103-
111.
PAERL, H. W., PINCKNEY, J. L., FERAR, J. M. & PEIERLS, B. L. 1998. “Ecosystem
responses to internal and watershed organic matter loading: consequences for hypoxia
in the eutrophying Neuse River Estuary, North Carolina, USA”. Mar. Ecol. Prog. Ser .,
v. 166, pp. 17-25.
PARK, S.; BRETT, M. T.; MÜLLER-SOLGER, A. & GOLDMAN, C. H. 2004. “Climatic
forcing and primary productivity in a subalpine lake: Interannual variability as a natural
experiment”. Limnol. Oceanogr ., v. 9, n. 2, pp. 614-619.
PETERSON, B. J. 1980. “Aquatic primary productivity and the 14C-CO2 method: A History
of the productivity problem”. Ann. Rev. Ecol. Syst ., v. 11, pp. 359-385.
PETRUCIO, M. M. & BARBOSA, F.A. R. 2004. “Diel variations of phytoplankton and
bacterioplankton production rates in four tropical lakes in the middle Rio Doce basin
(southeastern Brazil)”. Hydrobiol ., v. 513, pp. 71-76.
PETRUCIO, M. M., BARBOSA, F. A. R. & THOMAZ, S. M. (no prelo). “Bacteria and
phytoplankton production rates in eight river stretches of the middle Rio Doce
Hidrographic Basin (southeast Brazil)”. Brazilian Archives of Biology and
Technology.
- 110 -
POMPEO, M. L. M. 1991. Aspectos ecológicos da Lagoa Dourada (Itapirina, SP ), com
ênfase na produtividade primária do fitoplâncton, p erifiton e da macrófita
aquática Utricularia gibba . Tese de D.Sc., SHS-EESC-USP São Carlos.
PONTES, M. C. F. 1980. Produção Primária, fitoplâncton e fatores ambientai s no
Lago D. Helvécio, Parque Florestal do Rio Doce, MG . Tese de M.Sc., UFSCar, São
Carlos.
PROENÇA, L. A. 1990. Ciclo anual da produção primária, biomassa do fitop lâncton e
carbono orgânico particulado em área rasa da porção sul da Lagoa dos Patos .
Tese de M.Sc., FURG , Rio Grande.
RAI, H. & HILL, G. 1984. “Primary production in the Amazonian aquatic ecosystem”. In:
Sioli, H. (Ed.) The Amazon: Limnology and landscape ecology of a mi ghty
tropical river and its basin , pp. 311-335 p. Dordrecht, Dr. W. Junk Publ.
RIBEIRO, J. S. B. 1978. Fatores ecológicos, produção primária e fitoplâncto n em
cinco lagos da Amazônia Central. Estudo Preliminar . Tese de M.Sc., UFSCar ,São
Carlos.
RIBEIRO, J. S. B. & DARWICH, A. J. 1994. “Produção Primária Fitoplanctônica de um
Lago de Ilha Fluvial na Amazônia Central (Lago do Rei, Ilha do Careiro)”.
Amazoniana , v. 12, n. ¾, pp. 365-383.
RILEY, G. A. 1939. “Plankton studies. II. The western North Atantic, May-June, 1939”. J.
Mar. Res ., v. 2, pp. 145-162.
RILEY, G. A. 1941a. “Plankton studies. III. Long Island Soaad”. Bull. Bindham Oceanogr.
Coll , v. 7, n. 3.
RILEY, G. A. 1941b. “Plankton studies. IV. Georges Bank”. Ibdem , v. 7, n. 4.
RILEY, G. A. 1944. “The carbon metabolism and photosynthetic efficiency of the earth as
a role”. Amer. Sci ., v. 32, pp. 129-134.
- 111 -
ROBARTS, R. 1979. “Underwater light penetration, chlorophyll a, and primary production
in a tropical African lake (Lake Mcllwaine, Rhodesia)”. Arch. Hydrobiol ., v. 86, pp.
423-444.
ROBARTS, R. D. 1988. “Heterotrophic bacterial activity and primary production in a
hypertrophic African lake”. Hydrobiol ., vol. 162, pp. 97-107.
RODRIGUES, M. S. 1992. “A comunidade fitoplanctônica de um lago de várzea da
Amazônia Central (Lago do Camaleão, Ilha de Marchantaria): Variação temporal e
espacial, biomassa, composição de espécies e produtividade”. Ph.D. Tese, INPA/FUA,
Manaus,.
RODRIGUES, M. S. 1994. Biomassa e produção fitoplanctônica do lago Camaleã o
(Ilha da Marchantaria, Amazonas) . Tese de D.Sc., INPA/UAM, Manaus.
ROLAND, F. & ESTEVES, F. A. 1998. “Effects of bauxite tailing on PAR attenuation in an
Amazonian crystalline water lake”. Hydrobiol ., v. 377, pp.1-7.
ROLAND, F. 1995. Produção primária fitoplanctônica em um lago amazôn ico
impactado por rejeito de bauxita – Lago Batata, Par á, Tese de D.Sc., UFSCar, São
Carlos.
ROLAND, F., ESTEVES, F. A. & BARBOSA, F. A. R. 1997. “The influence of bauxite
tailings on the light regime and its consequence on the phytoplankton primary
production in an Amazonian flood-plain lake”. Verh. Int. Ver. Limnol . v. 26, pp. 765-
767.
ROLAND, F. 1998. “Produção fitoplanctônica em diferentes classes de tamanho nas
lagoas Imboassica e Cabiúnas”. In: Esteves, F. A. (Ed.) Ecologia de lagoas
costeiras do Parque Nacional da Restinga de Jurubat iba e do Município de
Macaé (RJ) , pp. 159-175, Rio de Janeiro, UFRJ.
- 112 -
ROLAND, F. 2000. “Produção primária fitoplanctônica”. In: Bozelli, R. L., Esteves, F. A. &
Roland, F. (Eds.). Lago Batata: Impacto e recuperação de um ecossistem a
amazônico , pp. 107-117, Rio de Janeiro, UFRJ/SBL.
ROLAND, F., ESTEVES, F. DE A. & BARBOSA, F. A. R. 2002. “Relashionship between
antropogenically caused turbidity and phytoplankton production in a clear Amazonian
floodplain lake”. Amazoniana , v. 12, n. ½, pp.65-77.
RUTTNER, F. 1931. “Hydrographische und hydrochemische Beobachtungen auf Java.
Sumatra und Bali”. Arch. Hydrobiol. Suppl., 8, pp. 197-454.
RUTTNER, F. 1952. “Planktonstudien der Deutschen Limnogischen Sunda-Expedition”.
Arch. Hydrobiol. Suppl., 21, pp. 1-274.
RYTHER, J. H. 1956. “Photosynthesis in the Ocean as a function of light intensity”. Limnol.
Oceanogr., v. 1, pp. 61-70.
SÁ, JR., W. P. DE & SIPAÚBA-TAVARES, L. H. 1997. “Produtividade primária
fitoplanctônica e variação de parâmetros limnológicos ao longo do dia, em tanques de
cultivo planctônico da Estação de Hidrobiologia e Piscicultura de Furnas”. Acta
Limnol. Bras. , v. 9, pp. 83-91.
SALAS, H. J. & MARTINO, P. 1991. “A simplified phosphorus trophic state model for
warm-water tropical lakes”. Wat. Res ., vol. 25, n. 3, pp. 341-350.
SCHAGERL, M. & ODUOR, S. O. 2003. “On the limnology of Lake Baringo (Kenya): II.
Pelagic primary production and algal composition of Lake Baringo, Kenya”.
Hydrobiol ., vol. 506-509, pp. 297-303.
SCHIMIDT, G. W. 1973a. “Primary production of phytoplankton in three types of
Amazonian waters”. Amazoniana , v. 4, n. 2, pp. 135-138.
- 113 -
SCHIMIDT, G. W. 1973b. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. II. The limnology of a tropical flood-plain lake in Central Amazonia
(Lago Castanho)”. Amazoniana , v. 4, n. 2, pp. 139-204.
SCHIMIDT, G. W. 1973c. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. III. Primary productivity of phytoplankton in a tropical flood-plain
lake of Central Amazonia, Lago Castanho, Amazonas, Brazil”. Amazoniana , v. 4, n. 4,
pp. 379-404.
SCHIMIDT, G. W. 1976. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. IV. On the primary productivity of phytoplankton in a bay of the
lower Rio Negro (Amazonas, Brazil)”. Amazoniana , v. 5, n. 4, pp. 517-528.
SCHMIDT, G. W. 1982a. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. V”. Amazoniana , v. 7, n. 3, pp. 221- 292.
SCHIMIDT, G. W. 1982b. “Primary production of phytoplankton in the three types of
Amazonian waters. V. Some investigations on the phytoplankton and its primary
production in the clear water of the lower Rio Tapajóz (Pará, Brazil)”. Amazoniana , v.
7, n. 3, pp. 335-348.
SCHINDLER, D. W., SCHMIDT, R. V. & REID, R. A. 1972. “Acidification and bubbling as
an alternative to filtration in determining phytoplankton production by the 14C method”.
J. Fish. Res. Bd. Can ., v. 29, pp.1627-31.
SCHINDLER, D. 1978. “Factors regulating phytoplankton production and standing crop in
the world`s freshwaters”. Limnol. Oceanogr ., v. 23, pp. 478-486.
SCHINDLER, D. W. “Biogeochemical evolution of phosphorus limitation in nutrient-
enriched lakes of Precambrian Shield”. In: J. O. Nriagu (Ed.). Environmental
biogeochemistry . Am Arbor Sci. 1976.
- 114 -
SCHINDLER, D. W. & FEE, J. 1973. “Diurnal variation of dissolved inorganic carbon and
its use in estimating primary production and CO2 invasion in lake 227”. J. Fish. Res.
Bd. Can ., v. 30, pp. 1501-1510.
SCHINDLER, D. W. & FEE, J. 1974. “Primary production in freshwater”, Proc. Int.
Congr. Ecol. (1st), The Hague, September 1974. PUDOC, Wagen.
SHAW, R. M.; ZAVALETA, E. S.; CHIARIELLO, N. R.; CLELAND, E. E.; MOONEY, H. A.
& FIELD, C. B. 2002. “Grassland Responses to Global Environmental Changes
Suppressed by Elevated CO2”. Science , vol. 298, n. 5600, pp. 1987-1990.
SMITH, V. H. 1979. “Nutrient dependence of primary productivity in lakes”. Limnol.
Oceanogr ., vol. 24, n. 6, pp. 1051-1064.
SOUZA, M. F. L. DE & COUTO, E. C. G. 1999. “Short-term changes and longitudinal
distribution of carbon metabolism in the Piauí River Estuary (Sergipe, Brazil)”. Rev.
Bras. Biol ., v. 59, n. 2, pp. 195-202.
STEEMAN-NIELSEN, E. 1932. “The carbon metabolism and photosynthetic efficiency of
the Earth as a whole”. American Scientist , v. 32, pp. 129.
STEEMAN-NIELSEN, E. 1937. “The annual amount of organic matter produced by the
phytoplankton in the Soun off Helsinger”. Ibidem , v. 3, n. 3.
STEEMAN-NIELSEN, E., 1951. “The marine vegetation of the Isefjord. A study on ecology
and production”. Ibidem , v. 5, n. 4.
STEEMAN-NIELSEN, E., 1952. “The use of radioactive carbon (C-14) for measuring
organic production in the sea”. J. Cons. Int. Explor. Mer ., v. 18, pp. 117-140.
STEEMAN-NIELSEN, E. & HANSEN, V. K. 1959. “Measurements with the 14C tecnique of
the respiration rates in natural populations of phytoplankton”. Deep Sea Res ., v. 5, pp.
222-232.
- 115 -
SUZUKI, M. S. 1997. Abertura da barra na lagoa Grussaí, São João da Bar ra, RJ.
Aspectos hidroquímicos, dinâmica da comunidade fito planctônica e
metabolismo. Campos de Goytacazes , Tese de D.Sc., UENF, Rio de Janeiro.
TAILLING, J. F. 1965. “The photosynthetic activity of phytoplankton in East African lakes”.
Internationale Revue der gesameten Hydrobiologie , vol. 50, pp. 1-32.
TAN, G. & SHIBASAKI, R. 2003. “Global estimation of crop productivity and the impacts of
global warming by GIS and EPIC integration”. Ecological Modelling , vol. 168, pp.
357–370.
TEIXEIRA, C., ARANHA, F. J.; BARBIERI, R.; MELO, O. T. 1988. “Produção primária e
clorofila-a do fitoplâncton e parâmetros físicos e químicos do estreito dos coqueiros -
Maranhão, Brasil”. Rev. Brasil. Biol ., v. 48, n. 1, pp. 29-39.
TOLEDO Jr., A. P. 1990. “Informe preliminar sobre estudos para obtençãp de um índice
para a avaliação do estado trófico de reservatórios de regiões quentes tropicais.
Relatório Interno CETESB .
TOLEDO, L. G. & HAY, J. D. 1988. “Variacão sazonal da produção primária do
fitoplâncton e dos fatores limnológicos do Lago Paranoá, Brasília”. Acta Limnol. Bras .
v. 2, pp. 347-365.
TUNDISI, J. G. 1977. Produção primária, standing-stock, fracionamento do
fitoplâncton e fatores ecológicos em ecossistemas l acustre artificial (Represa do
Broa, São Carlos) . Tese de D.Sc., USP, São Paulo.
TUNDISI, J. G.; MATSUMURA-TUNDISI, T.; PONTES, M. C. F. & GENTIL, J. G. 1981.
“Limnological studies at quarternary lakes in eastern Brazil. I. Primary production of
phytoplankton and ecological factors at lake D. Helvécio”. Rev. Bras. Bot ., vol. 4, n. 1,
pp. 5-14.
- 116 -
TUNDISI, J. G. & MATSUMURA-TUNDISI, T. 2003. “Integration of research and
management in optimizing multiple uses of reservoirs: the experience in South
América and Brazilian case studies”. Hydrobiol ., vol. 500, pp. 231-242.
TUNDISI, J. G., TUNDISI, T. M., ROCHA, O., GENTIL, J. G. & NAKAMOTO, N. 1977.
“Primary production, standing-stock of phytoplankton and ecological factors and
shallow tropical reservoir. (Represa do Broa, São Carlos, Brasil)”. Semana Médio
Ambiente y Represas , v. 1, pp. 138-172, Montevideo.
TUNDISI, J. G. GENTIL, J. & DIRICKSON, M. C. 1978. “Seasonal cycle of primary
production of nanno and microphytoplankton in a shallow tropical reservoir”. Rev.
Bras. Bot ., v. 1, pp. 35-39.
TUNDISI, J.G.; SAIJO, Y.; HENRY, R. & NAKAMOTO, N. 1997. “Primary productivity,
phytoplankton biomass and light photosynthesis responses in four lakes”. In: Tundisi,
J. G. & Saijo, Y. (Eds.). Limnological studies on the Rio Doce Valley Lakes , pp.
199-242, Brasil. Braz. Acad. Sci./USP.
URBAN, O., 2003. “Physiological impacts of elevated CO2 concentration ranging from
molecular to whole plant responses”. Photosynthetica , v. 41, pp. 9-20.
VOLLENWEIDER, R. A. 1968. Water management research . OECD Paris.
DAS/CSI/68.27.
VOLLENWEIDER, R. A. 1975. “Input-output models”. Schweiz. Z. Hydrol ., v. 37, pp. 53-
84.
VOLLENWEIDER, R. A. 1976. “Advances in defining critical loading levels for phosphorus
in lake eutrophication”. Mem. Ist. Ital. Idrobiol ., v. 33, pp. 53-83.
- 117 -
VOLLENWEIDER, R. A.; MUNAMAR, M. & STADELMANN, P. 1974. “A comparative
review of phytoplankton and primary production in the Laurentian Great Lakes”. J.
Fish. Res. Bd. Can., v. 31, pp. 739-762.
VOLLENWEIDER, R. & KEREKES, J. 1980. “OECD cooperative program for monitoring of
inlandwaters (eutrophication control)”. Synthesis Report, Paris .
WALLEN, D. G. & GEEN, G. H. 1968. “Loss of radioactivity during storage of 14C labeled
phytoplankton on membrane filter”. J. Fish. Res. Bd Can . v. 25, pp. 2219-2224.
WARD, F. J. & NAKANISH, M. 1971. “A comparison of Geiger-Müller and liquidscintillation
counting methods in estimating primary productivity”. Limnol. Oceanogr ., v. 16, pp.
560-563.
WETZEL, R. G. 1983. Limnology . Saunders, Philadelphia, PA.
WETZEL, R. G. & LIKENS, G. E. 1991. Limnological analysis . New York, Springer-
Verlag.
WILLIAMS, P. J. LE B., RAINE, R. C. T. & BRYAN, J. R. 1979. “Agreement between the
14C and oxygen methods of measuring phytoplankton production: reassessment of the
photosynthetic quocient”. Oceanol. Acta ., v. 2, pp. 411-416.
WILLIAMS, P. J. LE B. & JENKINSON, N. W. 1982. “A transportable microprocessor-
controlled precise Winkler titration, suitable for field station and shipboard use”.
Limnol. Oceanogr ., v. 27, pp. 576-584.
YOSHMURA, T.; KUDO, I.; YANADA, M. & MATSUNAGA, K. 2000. “Change in the water
quality in Lake Ohnuma, Hokkaido, Japan: a cpmparison of 1977 and 1996”.
Limnology , vol.1, pp. 63-68.
ZOHARY, T., PARIS-MADEIRA, A. M., ROBARTS, R. & HAMBRIGHT, K. D. 1996.
‘Interannual phytoplankton dynamics of a hypertrophic African lake”. Arch. Hydrobiol .,
v. 136, pp. 105-126.
- 118 -
Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )
Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas
Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo