Prof (a) Responsável: Roseli Aparecida de Mello Bergamo · 2018-09-13 · A saúde é direito de...
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Quais os conceitos da Disciplina de Saúde Coletiva?
Compreender os princípios históricos sobre saúde e doença.
Compreender a saúde, considerando a dimensão social que interfere nos
processos de saúde e doença.
Compreender o desenvolvimento das políticas públicas da saúde e as
ações de prevenção, promoção e reabilitação da saúde.
Compreender o papel das políticas públicas no processo de saúde e
doença do indivíduo, da família e da comunidade.
Quais os procedimentos em que devo agir em Saúde
Coletiva? Realizar leitura compreensiva de textos didáticos, científicos e técnicos de
diferentes áreas do conhecimento da saúde pública.
Refletir criticamente, expressando opinião, a partir de dados e fatos da
atualidade a respeito da Saúde Coletiva.
Analisar as informações necessárias para a resolução de problemas
apresentados.
Desenvolver a capacidade de argumentação e produção escrita sobre a
Saúde Coletiva e os diferentes temas propostos que se entrelaçam.
Quais as atitudes críticas devo ter em Saúde
Coletiva?
Desenvolver o senso de responsabilidade social e comprometimento com
a cidadania, na perspectiva da Saúde Coletiva.
Analisar os problemas de saúde da sociedade dentro da abordagem da
Saúde Coletiva e epidemiológica.
UNID 1.1 - Concepções, Conceitos e Reflexões em Saúde
Coletiva
O que é ter saúde, o que é ter doença e como isso é
tratado na saúde coletiva e na saúde pública?
SAÚDE COMO DIREITO
A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução
do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,
proteção e recuperação
(Artigo 196 da Constituição Federal do Brasil, 1988).
SAÚDE COLETIVA
Importância: conhecer como ocorreram as concepções sobre saúde
e doença, os seus significados, seus condicionantes e as consequências
para as práticas de saúde, principalmente no que se refere a saúde da
coletividade.
“Saúde Coletiva: expressão que designa um campo multiparadigmático e
interdisciplinar do saber com perspectiva de práticas referindo-se à
saúde como fenômeno social e, portanto, de interesse público”.
Saúde Pública x Saúde Coletiva
Saúde Pública: diz respeito ao diagnóstico e tratamento de
doenças e a tentativa de assegurar que o indivíduo tenha, dentro
da comunidade, um padrão de vida que lhe assegure a
manutenção da saúde.
Saúde Coletiva: é uma nova forma de pensar saúde, a partir do
movimento sanitarista latino-americano e da corrente da reforma
sanitária no Brasil.
Conceito ampliado de Saúde
“A saúde é resultante das condições de vida tais como:
alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho,
emprego, lazer, liberdade, acesso e posse de terra e acesso a
serviços de saúde. Diz respeito à qualidade de vida, não só à
ausência de doenças!” (BRASIL, 1986)
UNID 1.2 - Epidemiologia em Saúde: Processo
Saúde/Doença, Conceitos e Usos
Quais são os FATORES que determinam a ocorrência da
doença e sua distribuição na população? Será que o
estudo da Epidemiologia consegue responder esta e
outras indagações?
Conceituando...
Epidemiologia” – é o estudo da frequência, da distribuição e
dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde
em específicas populações e aplicação desses estudos no
controle dos problemas de saúde.
Os principais objetivos da epidemiologia
I. Descrever a distribuição e a magnitude dos problemas de
saúde das populações humanas.
II. Proporcionar dados essenciais para o planejamento, execução
e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das
doenças, bem como para estabelecer prioridades.
III. Identificar fatores etiológicos na gênese das enfermidades.
identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à saúde;
realizar investigação etiológica ;
determinar os riscos;
definir os modos de transmissão;
definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde;
identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças;
estabelecer medidas preventivas; métodos e estratégias de controle dos
agravos à saúde;
planejar e organizar serviços e programas em saúde;
prover dados estatísticos para a administração e avaliação de serviços de
saúde;
formar recursos humanos especializados na área de saúde coletiva.
Aplicações da Epidemiologia
fatores causais para ocorrência da doença/agravo
São distribuídos em três conjuntos:
os relacionados como o agente,
com hospedeiro
e com o meio ambiente.
O estado de saúde-doença depende da inter-relação e do equilíbrio entre esses
conjuntos.
Fatores Causais
Relacionados com os agentes: biológicos, nutrientes, químicos, físicos ou
mecânicos,
Relacionados com o hospedeiro: idade, sexo, raça, hábitos, estado civil,
hereditariedade, fatores ocupacionais etc.
Relacionados com o meio ambiente: ambiente físico (clima, tempo, estação
do ano, geografia etc.), ambiente biológico e ambiente social e econômico.
UNID 1.3 – Epidemiologia em Saúde: Determinantes e
Medidas em Saúde Coletiva
Será que as medidas de Saúde Coletiva podem proporcionar bases
para avaliação das medidas de profilaxia, para as doenças e
agravos da saúde nas coletividades?
Variáveis Epidemiológicas
Indicadores Demográficos Indicadores Sociais Indicadores Ambientais
Esperança de vida Renda per capitaAbastecimento de água e
esgoto
Níveis de fecundidade Distribuição de renda Coleta de lixo
Níveis de natalidade Taxa de analfabetismo Condições de moradia
SexoCrianças em idade escolar
fora da escola
Idade IDH
Morbidade
É um termo genérico usado para designar o conjunto de casos de umadada afecção ou a soma de agravos à saúde que atingem um grupo deindivíduos e que são capazes de produzir uma doença. Muitas doençascausam importante morbidade, mas baixa mortalidade, como a asma.
Para que se possa acompanhar a morbidade na população e traçarparalelos entre a morbidade de um local em relação a outros, é precisoque se tenha medidas-padrão de morbidade. As medidas de morbidademais utilizadas são: medida da prevalência e medida da incidência.
Medida de Prevalência:
Mede o número total de casos, episódios ou eventos existentes em um determinado ponto
no tempo. É a relação entre o número de casos existentes de uma determinada doença e o
número de pessoas na população, em um determinado período. Na interpretação da medida
da prevalência, deve-se lembrar que a mesma depende do número de pessoas que
desenvolveram a doença no passado e continuam doentes no presente.
Medida de Incidência:
Mede o número de casos novos de uma doença, episódios ou eventos na população dentro
de um período definido de tempo (dia, semana, mês, ano); é um dos melhores indicadores
para avaliar se uma condição está diminuindo, aumentando ou permanecendo estável, pois
indica o número de pessoas da população que passou de um estado de não-doente para
doente ou vice-versa. O coeficiente de incidência é a razão entre o número de casos novos
de uma doença que ocorre em uma comunidade, em um intervalo de tempo determinado, e a
população exposta ao risco de adquirir essa doença no mesmo período.
Mortalidade: O número de óbitos (assim como o número de nascimentos) é uma importante fonte
para avaliar as condições de saúde da população.
É um caso particular do conceito de incidência, porém o evento de interesse é a morte.
Os coeficientes de mortalidade são os mais tradicionais indicadores de saúde, sendo os principais:
Coeficiente de mortalidade geral;
Coeficiente de mortalidade infantil;
Coeficiente de mortalidade neonatal precoce;
Coeficiente de mortalidade neonatal tardia;
Coeficiente de mortalidade perinatal;
Coeficiente de mortalidade materna;
Coeficiente de mortalidade específico por doença.
A letalidade expressa a gravidade de uma doença: quanto maior o número de indivíduos,acometidos
por uma doença, que vão a óbito, mais grave ela é considerada.
Ex: dengue hemorrágica x resfriado comum.
Epidemia: Se caracteriza pela alta incidência, em curto período de tempo, ou seja, o elevado número de casos
novos e rápida difusão.
OBS: Surto é uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado. Ex: colégio, prédio.
Exemplo de doença que se iniciou com um surto epidêmico: gripe aviária.
Endemia, Se traduz pelo aparecimento de menor número de casos ao longo do tempo, porém com uma duração
contínua. Logo, o que define o caráter endêmico de uma doença é o fato de ser a mesma peculiar a um povo, país
ou região, isto é, ocorre apenas em um determinado local, não atingindo nem se espalhando para outros.
Exemplo de áreas endêmicas no Brasil: febre amarela comum Amazônia.
Os critérios de definição de uma pandemia são que a doença ou condição além de se espalhar ou matar um
grande número de pessoas, deve ser infecciosa.
O câncer (responsável por inúmeras mortes) não é considerado uma pandemia porque não uma é doença
infecciosa, ou seja, não é transmissível.
Exemplo de pandemias:AIDS, tuberculose, gripe espanhola, peste.
UNID 1.4 – Vigilância em Saúde
Será que ações de vigilância em saúde nos permitem ter uma
ampla visão sobre os aspectos de prevenção e controle de
agravos a partir do monitoramento epidemiológico das
doenças transmissíveis e não transmissíveis?
VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Ações
laboratoriais
Análise de
situação de
saúde
Promoção da
Saúde
Atuação
transversalA vigilância em saúde constitui umprocesso contínuo e sistemático decoleta, consolidação, análise edisseminação de informações sobreeventos relacionados à saúde, visando oplanejamento e a implementação demedidas de saúde pública, incluindo aregulação, intervenção e atuação emcondicionantes e determinantes dasaúde, para a proteção e promoção dasaúde da população, prevenção econtrole de riscos, agravos e doenças.
Articulação entre as vigilâncias
Área de atuação da Vigilância em Saúde.
Vigilância Epidemiológica: vigilância e controle das doenças transmissíveis, não
transmissíveis e agravos, como um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a
detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da
saúde individual e coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle das doenças e agravos;
Promoção da Saúde: conjunto de intervenções individuais, coletivas e ambientais
responsáveis pela atuação sobre os determinantes sociais da saúde;
Vigilância da situação de saúde: desenvolve ações de monitoramento contínuo do País,
estado, região, município ou áreas de abrangência de equipes de atenção à saúde, por estudos
e análises que identifiquem e expliquem problemas de saúde e o comportamento dos
principais indicadores de saúde, contribuindo para um planejamento de saúde mais
abrangente;
Vigilância em Saúde Ambiental: conjunto de ações que propiciam o conhecimento e a detecção
de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde
humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco
ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde;
Vigilância da Saúde do Trabalhador: visa à promoção da saúde e à redução da
morbimortalidade da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos
agravos e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processos produtivos;
Vigilância Sanitária: conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e
de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de
bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo o controle de bens de consumo,
que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos,
da produção ao consumo, e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou
indiretamente com a saúde.