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Prof. Dr. Oriel Herrera Bonilla Monitores: Giuliane Sampaio John David Fortaleza - CE UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ECOLOGIA Versão 2010

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Prof. Dr. Oriel Herrera Bonilla

Monitores: Giuliane Sampaio

John David

Fortaleza - CE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁCENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDECURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

ECOLOGIA

Versão 2010

Movimento anual aparente do sol da direção NORTE-SUL,uma conseqüência da inclinação do eixo em relação aoplano da orbita.

Movimento relativo Sol-Terra e as estações do ano

A hierarquia natural dos

sistemas ecológicos é

mostrada a partir do

organismo de menor

dimensão até o maior, a

biosfera.

Movimento do ar, água e dos organismos

Elemento do

Ambiente

Seres Vivos

ao menos durante uma fase de seu ciclo de desenvolvimento

AÇÃO

SERES

VIVOS

Água

Fogo

Radiação

Solar

Temperatura

Solo

Clima

VentoSeres

Vivos

Fatores Abióticos (Ambiente Físico)

◦ Fatores do clima: luminosidade, temperatura, pressão

atmosférica, ventos, umidade e pluviosidade.

◦ Fatores Químicos: quantidade relativa dos diversos

elementos químicos presentes na água e no solo.

Fatores Bióticos (Ambiente Biológico)

◦ Interações intra-específicas: predação, competição e

parasitismo, os fatores alimentares.

Formas de Atuação

Eliminando certas espécies dos territórios e

conseqüentemente intervindo na distribuição geográfica.

Modificando as taxas de fecundidade e de mortalidade das

diversas espécies.

Atuando sobre os ciclos de desenvolvimento.

Provocando migrações, agindo na densidade das

populações.

Favorecendo o aparecimento de modificações adaptativas

(hibernação, estivação e reações fotoperiódicas, etc).

Formas de Expressão

Na distribuição geográfica dos seres vivos.

Na localização das espécies em seus habitats.

Na densidade das populações.

Nas atividades vitais dos seres vivos: transpiração,

respiração, crescimento, fecundidade, gerações

anuais, ritmos biológicos, etc.

Na eliminação e substituição das espécies (luta pelo

espaço).

Fatores Climáticos

O clima influenciando nos seres vivos.

Fatores Edáficos

O solo influenciando nos seres vivos.

Fatores Hídricos

A água influenciando nos seres vivos.

Compreende uma estatística de quantidades

relevantes de mudanças nos diversos elementos

atmosférico próprios de um lugar, num certo

período de tempo.

O clima de uma região é determinado por

variáveis.

◦ Temperatura, direção e velocidade dos ventos,

pressão atmosférica, umidade, latitude, altitude,

pluviosidade e insolação.

Climatologia◦ Ciência que descreve os climas e traça sua

gênese, proporcionando dados para ciênciasaplicadas como a Meteorologia.

◦ Subdivisões: Climatologia Aeronáutica, Climatologia Marítima,

Climatologia Agrícola, Bioclimatologia,Climapatologia, Climatoterapia, ClimatologiaUrbana

Classificação do clima de Peneck◦ Clima úmido, Clima árido, Clima níveo.

Classificação de Lang: precipitação e temperatura.◦ Clima árido, Clima úmido, Clima superúmido.

Classificação de Supan: linhas isotermais◦ Cálido, Temperado, Fria.

Classificação de Köppen: Baseado nas zonas térmicas.◦ Climas Tropicais, Subtropicais, Temperados, Frio e Polar

Classificação de Martonne◦ Clima Cálido, Climas Monzônicos, Climas Temperados sem

inverno, Clima Mediterrâneo, Frios e Desérticos.

Clima Desértico

Clima Polar

Clima

Tropical

Clima

Subtropical

Clima

Temperado

Clima Frio

O aquecimento diferenciado da superfície terrestre criaas células de Hadley.

O ar quente e úmido se eleva nos trópicos,

o que resulta em chuva abundante.

O ar frio e seco desce para a superfície em latitudes

subtropicais, criando condições desérticas.

A convergência intertropical é o cinturão latitudinal no

equador solar dentro do qual os ventos de superfície

convergem do norte ao sul.

A rotação da terra desvia o movimento do ar dasCélulas de Hadley para criar padrões globais de vento.

Oceanos: reguladores do clima no planeta

As grandes correntes oceanicassão dirigidas pelos ventos e pelarotação da Terra.Zonas de ressurgência - os ventosmovimentam as águas da superfíciepara longe das plataformascontinentais.

Oceanos: reguladores do clima no planeta

As correntes marítimascontribuem para espalharpelo planeta o calor que aTerra recebe do Sol.Os raios solares sãoresponsáveis por 99% detoda a energia da térmicaque chega a superfície daTerra, provocando aevaporação diária demilhões de toneladas deágua dos oceanos.

Fungos recicladores

Grade de coleta

Ciclagem de nutrientes no solo

Estação meteorológica Torre meteorológica automática

Aparelhos de MonitoramentoAparelhos de alta sensibilidade

Hidrômetro

Cecropia sp (arvore da preguiça)

Denominação Área de ocorrência Características

Am (equatorial) Maior parte da

Amazônia

Temperaturas elevadas: médias entre 25oC e

27oC. Pluviosidade elevada: medias de 1500 a

2500 mm (pequena estação seca no inverno)

Aw (Tropical) Brasil Central;

partes de Minas

Gerais e da Bahia

Temperaturas média entre 19oC e 28oC.

Pluviosidade média inferior a 2000 mm/ano. Duas

estações bem definidas: o verão (chuvoso) e o

inverno (seco)

Bsh (Semi-árido) Sertão do Nordeste Medias térmicas anuais superiores a 25oC.

Pluviosidade média anual inferior a 1000 mm e

chuvas irregulares

Cwa (Tropical de

altitude

Partes do Sudeste e

Sul do mato Grosso

do Sul

Medias térmicas entre 19oC e 27oC.

Pluviosidade média de 1500 mm/ano;

Chuvas de verão.

Cf (Subtropical) Sul do país Medias térmicas entre 17oC e 19oC. Pluviosidade

média de 1500 mm/ano com chuvas bem

distribuídas.

Para o território brasileiro, interessam as seguintes massas

de ar:

Massa equatorial atlântica (mEa)

Massa equatorial continental (mEc)

Massa tropical atlântica (mTa)

Massa tropical continental (mTc)

Massa polar atlântico (mPa)

Com base nessas massas de ar que atuam no território

brasileiro, podemos agora entender a classificação de Arthur

Strahler (1951).

De acordo com a atuação das massas de ar, Strahler

dividiu em 5 tipos climáticos o território brasileiro.

Equatorial

Semi-Árido

Tropical

Tropical de

Altitude

Subtropical

Tropical de

Altitude

Equatorial

Mata

Atlântica

Semi-Árido

Cerrado

Subtropical

Pluviosidade

Temperatura

Radiação Solar

Umidade

Relevo

Vento

Fogo

Água

Quantidade de água que cai numa determinadaárea ou região e é medida em milímetro.

Pluviômetro: cada mm corresponde a 1 litro de água da chuva.

Evapotranspiração◦ Transferência de vapor de água para a atmosfera

a partir de um solo com vegetação.

◦ Representa a evaporação da água contida no soloe a transpiração, resultante da atividadebiológica.

Evapotraspiração Potencial◦ Máxima quantidade de água capaz de ser

transferida para a atmosfera, em uma extensaárea inteiramente vegetada.

◦ Deve-se possuir água suficiente para não causarlimitação hídrica.

Estação seca Estação chuvosa As chuvas sustentam o crescimento vegetal na Caatinga.

As variações de temperatura na superfície terrestre são principalmente resultado do efeito da latitude e da altitude da proximidade da latitude ou a influência das grandes massas continentais.

A temperatura depende da latitude, varia segundo as estações do ano e das variações do dia e da noite.

Temperatura do Ar

Temperatura Superfície

Terrestres

Recifes de Coral X Temperatura

Vetores da doença de chagas

Distribuição dos

insetosTriatoma infestans ( ),

(clima mesotérmico).

Anopheles darlini (–– - ––) e

Anopheles aquasalis (–– ––

––) em função da

salinidade. Mizuguchi et al.,

(1982).

Organismos

euritermos e

estenotermos

Vôo de lepidóptera

Energia Energia

Luminosa Química

Insolação◦ É a quantidade de energia luminosa (medida em cal . cm-2. min-1)

que chega a uma determinada superfície da Terra numadeterminada época do ano.

A radiação solar ou insolação◦ Atua em processos fotossíntéticos e morfológicos em um planta,

pois propicia distribuição diferencial da energia em um mesmomeio, ao longo do ciclo anual.

Luz no Fitoplâncto MarinhoLuz na fotossíntese

Através do processo fotossintético a energia da radiação solar é

convertida em compostos químicos hidrocarbonados, ricos em energia,

sendo a base de produtividade da maior parte dos ecossistemas.

A estreita faixa de oceano onde a luz consegue chegar e onde ocorrem

os processos fotossintéticos é denominada de zona eufótica. Em termos

de profundidade esta zona varia bastante, dependendo das condições

da águas por conseqüência da variação da fotossíntese no fitoplancton

marinho.

Vias de ganho e perda de calor entre as

plantas e seu ambiente

Valores médios da

radiação global no NE

brasileiro nos meses de

Junho e Dezembro.

Azevedon et al, (1981)

O Sertão Central do Nordeste é uma das áreas mais quentes da Terra,

pois a isolação que aí chega é muito alta.

Em média, nesta Região incidem diariamente 5,5 quilowatt-hora por

metro quadrado, que influenciam decisivamente na pouca amplitude de

variação da temperatura anual e mensal.

JUNHO DEZEMBRO

Quantidade de água presente em um dadovolume de ar, expressa como uma porcentagemda quantidade que o ar pode reter à mesmatemperatura.

A porcentagem de umidade relativa (%U.R) pode ser encontradaatravés da divisão da quantidade de água presente no ar emdado instante, umidade absoluta (U.A.), pelo da unidade noestado de saturação (U.S.).

U.A.

UR=--------- x 100

U.R.

O relevo de uma região é em grande partedependente do clima.

Dele depende a velocidade de escorrimentode água caída ao solo e, conseqüentemente,a sua infiltração, percolação e toda acirculação da água no interior do solo.

Na Sierra Nevada – California. E.U

Formação de chuvas orográficas

A vertente voltada para o lado de onde vêm os ventos úmidos

(barlavento) recebe maior precipitação (chuvas orográficas) e resulta

num relevo ou modelado mais suaves com solos mais profundos; a

vertente oposta (a sotavento) recebe menor volume de chuva, é mais

abrupto e de solo mais rasos.

Impulsionam as massas de vapor de água, emodelam as paisagens.

Ação Mecânica◦ Quebrar as copas, derrubar, ou mudar o porte das

árvores.

Ação Fisiológica◦ Migração de vegetal e animal.

Flor de Vento

Árvore da Preguiça- Jericoacoara, CE

Palmeiras

Murici de praia

Murici de serra, Ubajara.

É um fator de perturbação de muitosecossistemas terrestres onde geralmentedetermina a estrutura da vegetação e suabiodiversidade.

Efeito imediato◦ Redução da cobertura vegetal e mineralização da

matéria orgânica, afetar a sobrevivência daspartes aéreas, a germinação após a queimada, aregeneração vegetativa, a reprodução sexuada e amortalidade.

Incêndio Florestal