Prof. Dra. Aline Henriques Reis · 2017-09-08 · aprendendo a lidar com situações ameaçadoras e...

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TCC criou diversos protocolos empiricamente validados específicos para diversos transtornos da infância e adolescência;

Caminha atualmente para o desenvolvimento e aplicação de intervenções modulares de base transdiagnóstica.

Direciona-se ainda para a aplicação em diferentes settings, diferente do modelo face a face semanal. (Friedberg et al., 2014)

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Os modelos transdiagnósticos enfatizam as vias etiológicas e os fatores de manutenção de uma ampla faixa de transtornos. Ex., de processos psicopatológicos comuns: evitação experiencial, distorções cognitivas , seletividade atencional, preocupação, ruminação, intolerância à incerteza.

A abordagem modular de tratamento organiza técnicas básicas da TCC que obtiveram embasamento quanto à eficácia e as organiza em categorias que compartilham propriedades conceituais.

Módulos típicos: psicoeducação, automonitoramento, reestruturação cognitiva, análise e resolução de problemas e experimentos com exposição. (Friedberg et al., 2014)

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Cada módulo contém diversas técnicas.

Os métodos transdiagnósticos ou protocolos unificados focam no aumento da tolerância à estimulação emocional e afetividade negativa.

Por ex., o protocolo unificado para jovens abrange: (1) Reavaliação cognitiva, com o objetivo de diminuir

distorções; (2) Prevenção de evitação experiencial e emocional,

buscando aceitar e vivenciar emoções desagradáveis;

(3) A construção de novos padrões de funcionamento, aprendendo a lidar com situações ameaçadoras e a manejar estimulação emocional intensa.

(Friedberg et al., 2014)

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Habilidade: Avaliar como se sente Princípios centrais: Prevenir esquiva emocional. Modificar

comportamentos associados a emoções Técnicas: • Psicoeducação sobre as emoções; • Identificar a intensidade de emoções; • Eliciar emoções na criança com filmes (Gross & Levenson, 1995;

Uhrig et al., 2016) • Técnicas de mindfulness: Mensagem: experimentar emoções intensas é desconfortável, mas não é perigoso. 5 sessões

(Ehrenreich-may et al., 2012)

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(Gross & Levenson, 1995)

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(Gross & Levenson, 1995)

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Habilidade e princípios centrais: Identificar os pensamentos.

Técnicas: • Avaliar situações ambíguas sob múltiplas

perspectivas (figuras gestalt); • Armadilhas do pensamento (nomear as distorções

cognitivas) 1 sessão

(Ehrenreich-may et al., 2012)

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Habilidade: Questionar os pensamentos Princípios centrais: Modificar pensamentos

disfuncionais Técnicas: • Questionar distorções. • Resolução de problemas. • 2 sessões

(Ehrenreich-may et al., 2012)

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Habilidade: Vivenciar medos e emoções Princípios centrais: Prevenir esquiva emocional.

Modificar comportamentos associados a emoções

• Técnicas: Experimentos: O objetivo é auxiliar a criança a

reconhecer as emoções desagradáveis, a realizar reavaliação cognitiva tanto quanto manter uma aceitação dos pensamentos e emoções sem julgamento ou esquiva.

6 sessões

(Ehrenreich-may et al., 2012)

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Ansiedade: identificar estado emocional em

repouso; correr, girar, respirar por um

canudo. Aprender que não é necessário se

distrair ou esquivar que a estimulação

fisiológica retorna para o nível basal.

Raiva: Perder em um jogo. Técnica do

cutucão, círculo da raiva.

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“Cutucão” e “círculo da crítica” Envolve fazer comentários ou comandos que geralmente

geram raiva e agressão. Ex.: “Você é tão preguiçoso. Você nunca vai ser alguém na

vida”. As críticas devem iniciar em um nível leve e aumentar de

intensidade. Diante dos comentários, a criança/adolescente deve usar

técnicas de manejo da raiva ensinadas previamente (reavaliação, autoconversa, refocalização, respiração diafragmática, resposta assertiva).

Uma variação envolve o uso de fantoches enquanto desempenha uma atividade, por exemplo, enfileirar peças de dominó.

(Friedberg, McLure, & Garcia, 2011; Larson & Lochman, 2011; Reis, Habigzang, & Sperb, 2015).

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Aplicativos de celulares, videogames e programas de computador podem ser especialmente úteis para as crianças devido à sua semelhança com dispositivos de entretenimento.

As intervenções baseadas em computador poderiam simultaneamente aumentar o acesso do paciente à psicoterapia e atenuar o impacto da falta de terapeutas treinados. (Protocolos “prontos”; web conferência).

Jogos e aplicativos de celular podem fomentar a tolerância à frustração, cooperação, aprender a competir e desenvolver habilidades de memória e atenção.

(Friedberg et al., 2014)

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Podem ser realizados em finais de semana, feriados ou férias escolares.

Podem abordar a família como um todo. A intervenção concentrada pode ter

melhores efeitos de adesão, comparado ao modelo semanal espaçado.

Atividades recreativas são combinadas à TCC para promover exposições. Por ex., jovens ansiosos podem se expor ao ter que dançar ou cantar em um karaokê.

(Elkins, McHugh, Santucci, & Barlow, 2011; Friedberg et al., 2014)

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Elkins, R. M., McHugh, R. K., Santucci, L. C., & Barlow, D. H. (2011). Improving the transportability of CBT for internalizing disorders in children. Clinical Child and Family Psychology Review, 14(2), 161-173. doi: 10.1007/s10567-011-0085-4.

Ehrenreich-may, J. I. L. L., Bilek, E. L., Queen, A. H., & Hernandez Rodriguez, J.. (2012). A unified protocol for the group treatment of childhood anxiety and depression. Revista de psicopatología y psicología clínica, 17(3).

Friedberg, R. D., Hoyman, L. C., Behar, S., Tabbarah, S., Pacholec, N. M., Keller, M., & Thordarson, M. A. (2014). We’ve come a long way, baby!: Evolution and revolution in CBT with youth. Journal of Rational-Emotive & Cognitive-Behavior Therapy, 32(1), 4-14. doi: 10.1007/s10942-014-0178-3

Gross, J. J. & Levenson, R. W. Emotion elicitation using films. Cognition and Emotion, 9(1), 87-108.

Reis, A. H., Habigzang, L. F., & Sperb, T. M. (2015a). Manejo da raiva em grupo. In: C. B. Neufeld (Org.). Terapia cognitivo-comportamental em grupos para crianças e adolescentes. Porto Alegre: Artmed.

Uhrig, M. K., Trautmann, N., Baumgärtner, U., Treede, R.-D., Henrich, F., Hiller, W., & Marschall, S. (2016). Emotion Elicitation: A Comparison of Pictures and Films. Frontiers in Psychology, 7, 180. http://doi.org/10.3389/fpsyg.2016.00180