Prof. Jorge Função afim: a função geral de 1º grau.
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Função afim: a função geral de 1º grau

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A temperatura de uma substância é 30 ºC. Vamos analisar duas situações distintas.

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① Sua temperatura varia com o tempo de maneira uniforme, aumentando 10 ºC por minuto.
t(min) 0 1 2 3 4 5
T(oC) 30 40 50 60 70 80
Veja as temperaturas da substância, medidas minuto a minuto.
A taxa de variação da temperatura é positiva (10 oC/min).
Após t minutos, a temperatura T da substância em oC é,
T = 30 + 10.t

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② Sua temperatura varia com o tempo de maneira uniforme, diminuindo 10 ºC por minuto.
t(min) 0 1 2 3 4 5
T(oC) 30 20 10 0 –10 – 20
Veja as temperaturas da substância, medidas minuto a minuto.
A taxa de variação da temperatura é negativa (10 oC/min).
Após t minutos, a temperatura T da substância em oC é,
T = 30 – 10.t

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Veja os gráficos cartesianos das duas funções
t(min)
T(oC)
0 1 2 3 4
t(min) T(oC)
0 30
1 40
2 50
3 60
4 70
5 8020
40
60
80
5T = 30 + 10.t

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Veja os gráficos cartesianos das duas funções
t(min)
T(oC)
0 1 2 3 4
t(min) T(oC)
0 30
1 20
2 10
3 0
4 –10
5 –20–20
–40
20
40
5
T = 30 – 10.t
60

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Função afim ou de 1º grau é toda função do tipo
y = f(x) = ax + b
Em que a e b são constantes reais, com a ≠ 0.
Se b = 0, temos a função y = f(x) = ax, chamada, também, função
linear.

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Exemplos
y = f(x) = 5x – 3
é uma função afim com a = 5 e b = –3.
y = f(x) = –2x
é uma função afim, com a = –2 e b = 0
Nesse caso a função é chamada de linear.

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Características da função afim y = f(x) = ax + b.
A fórmula que a define é um polinômio de 1º grau; seu termo independente pode ser nulo ou não.
Se b = 0, temos a função f(x) = ax, chamada de função linear.
A constante real a, não-nula, é o coeficiente angular. Ela é a mesma, qualquer que seja o intervalo considerado.

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Características da função afim y = f(x) = ax + b.
A constante real b é o coeficiente linear.
Seu gráfico cartesiano é uma linha reta, não paralela aos eixos. Ela pode conter a origem (caso b = 0) ou não conter origem (caso b ≠ 0).
O crescimento ou o decrescimento da função estão relacionados com o sinal de a. A reta é ascendente para a > 0 e descendente para a < 0.

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Crescimento e decrescimento.
a > 0 ⇒ função crescente
⇒ reta ascendente (sobe da esquerda p/ direita)
a < 0 ⇒ função decrescente
⇒ reta descendente (desce da esquerda p/ direita)

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Exemplos Veja o gráficos das funções y = x; y = 2x e y = x/2.
x
y
0 1 2 3–3 –2 –1
1
2
3
–3
–2
–14 5–4–5
–5
–4
4
5y = x
y = x/2
y = 2xa > 0

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Exemplos
Veja o gráficos das funções y = –x; y = –2x e y = –x/2 em que
x
y
0 1 2 3–3 –2 –1
1
2
3
–3
–2
–14 5–4–5
–5
–4
4
5
y = –x
y = –x/2
y = –2x
a < 0

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A partir do gráfico da função linear y = ax, podemos obter os gráficos de todas as funções afins y = ax + b. Deslocamos o gráfico da função y = ax para cima ou para baixo, de acordo com o valor da constante b.

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Exemplos
Veja o gráficos das funções y = x; y = x + 2 e y = x – 3.
x
y
0 1 2 3–3 –2 –1
1
2
3
–3
–2
–14 5–4–5
–5
–4
4
5y = x
a > 0
y = x – 3
y = x + 2

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Exemplos
Veja o gráficos das funções y = –2x; y = –2x – 3 e y = –2x + 4.
x
y
0 1 2 3–3 –2 –1
1
2
3
–3
–2
–14 5–4–5
–5
–4
4
5
y = –2x + 4
y = –2x
a < 0
y = –2x – 3

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A análise das duas últimas figuras nos sugere um caso geral em relação a todas as funções afins do tipo y = f(x) = ax + b.
Que relação existe entre o coeficiente b e o ponto onde cada reta corta o eixo y?
b é a ordenada do ponto em que a reta corta o eixo y. Ou seja, a reta intercepta o eixo y no ponto de coordenadas (0, b).

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Construir o gráfico da função y = 2x + 3.
x
y
0 1 2 3–3 –2 –1
1
2
3
–3
–2
–14 5–4–5
–5
–4
4
5
y = 2x + 3
x y = 2x + 3
0 y = 2.0 + 3 = 3
1 y = 2.1 + 3 = 5

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Construir o gráfico da função y = –2x – 2.
x
y
0 1 2 3–3 –2 –1
1
2
3
–3
–2
–14 5–4–5
–5
–4
4
5y = –2x – 2
x y = –2x – 2
0 y = –2.0 – 2 = –2
1 y = –2.1 – 2 = –4

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Dois pontos determinam uma reta. Por isso, se conhecermos dois de seus pontos, podemos obter a função afim que ela representa. Ou seja, podemos obter os coeficientes a e b da função.

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Exemplos
A semi-reta da figura mostra a despesa mensal y (em milhares de
reais) de uma empresa, para produzir x toneladas no mês.
a) Escrever y em função de x.b) Obter a despesa na produção
de 76 t.c) Obter o número de toneladas
produzidas, para uma despesa de 93 mil reais.
x
y
0 20 3010
20
40
40
60
Despesa (milhares de reais)
Produção (t)

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Exemplos
Para o gráfico abaixo, obtenha a fórmula da função.
x
y
0 2
4
A função é do tipo y = ax + b, com a e b reais (a ≠ 0).
Para x = 0 y = ⇒4
Para x = 2 y = 0, substituindo ⇒em y = ax + b, temos
0 = a.2 + 4 –⇒ 2a = 4
⇒ a = –2
y = –2x + 4
⇒ b = 4.

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Exemplos
Para o gráfico abaixo, obtenha a fórmula da função.
A função é do tipo y = ax + b, com a e b reais (a ≠ 0).
Para x = 0 y = ⇒1
Para x = –2 y = –1, ⇒substituindo em y = ax + b, temos
–1 = a.(–2) + 1 ⇒ 2a = 2
⇒ a = 1
y = x + 1
⇒ b = 1.
x
y
0–2
1
–1

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Raízes e sinal dafunção afim

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Nos gráficos das funções de 1º grau, a reta sempre corta o eixo x. A abscissa do ponto por onde o gráfico da função intercepta esse eixo é chamada de zero ou raiz da função.
Raiz da função é o valor de x tais que f(x) = 0.

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Exemplos
Encontrar as raízes das funções de IR em IR definidas
por f(x) = 3x – 6 e g(x) = –2x – 2.
Queremos obter os valores de x que anulam as duas funções.
f(x) = 0 ⇒ 3x – 6 = 0 ⇒ 3x = 6 ⇒ x = 2
g(x) = 0 ⇒ –2x – 2 = 0⇒ –2x = 2⇒ x = –1

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Obter a raiz e analisar os sinais da função definida pelo gráfico abaixo.
x
y
0–2 ++ + + +
–– –
Raiz:
y = 0 para x = –2
Sinais:
y < 0 para x < –2
y > 0 para x < –2

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x
y
0 –– –
Raiz:
y = 0 para x = 1
Sinais:
y < 0 para x > 1
y > 0 para x < 11
+ ++ + +
Obter a raiz e analisar os sinais da função definida pelo gráfico abaixo.

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Estudar o sinal de uma função é determinar para que valores do domínio (valores de x) a função é positiva, negativa ou nula.

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Exemplos
Estudar o sinal da função definida por f(x) = 3x – 6.
Queremos saber para que valores reais de x a função é positiva, negativa ou nula.
f(x) = 0 ⇒ 3x – 6 = 0 ⇒ 3x = 6 ⇒ x = 2
Primeiro vamos achar sua raiz.
x2–
+
Portanto,
y = 0 para x = 2
y > 0 para x > 2
y < 0 para x < 2

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Exemplos
Estudar o sinal da função definida por g(x) = –2x + 2.
g(x) = 0 ⇒ –2x + 2 = 0 ⇒ –2x = –2 ⇒ x = 1
Primeiro vamos achar sua raiz.
x1 –
+
Portanto,
y = 0 para x = 1
y > 0 para x < 1
y < 0 para x > 1

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Inequações de 1º grau

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Suponhamos que y = f(x) e y = g(x) sejam duas funções reais. Chamamos Inequação de incógnita x toda desigualdade condicional que apresenta uma das formas seguintes:
f(x) > g(x) f(x) < g(x)
f(x) ≥ g(x) f(x) ≤ g(x)

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Solução e Conjunto-solução
Solução de uma inequação é cada valor real de x
que a satisfaz. Conjunto-solução de uma inequação
é o conjunto de todas as soluções.
Resolver uma inequação é encontrar o seu conjunto
solução.

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Equivalência de inequaçõesPrincípios de equivalência

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Princípios de equivalência
Podemos adicionar uma mesma expressão aos dois membros de uma inequação. Isso equivale a transpor um termo de um membro para outro, invertendo o seu sinal.
3x + 5 > 2 ⇒ 3x > 2 – 5
⇒ 3x > –3 ⇒ x > –1
Troca de sinal
–3x ≤ 6 – 4x ⇒ –3x + 4x ≤ 6 ⇒ x ≤ 6
Troca de sinal

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Princípios de equivalência
Podemos multiplicar ou dividir os dois membros de uma inequação por um mesmo número real k (k ≠ 0) . No caso, o sentido da desigualdade
se mantém, se k for positivo. se inverte, se k for negativo.
3x > –12 ⇒ x > –12/3 ⇒ x > – 4
Manteve o sentido

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Princípios de equivalência
Podemos multiplicar ou dividir os dois membros de uma inequação por um mesmo número real k (k ≠ 0) . No caso, o sentido da desigualdade
se mantém, se k for positivo. se inverte, se k for negativo.
–5x ≤ – 15 ⇒ x ≥ –15/–5 ⇒ x ≥ 3
Inverteu o sentido

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Princípios de equivalência
< 3 ⇒ x + 1 > 3.(–2) ⇒ x + 1 > –6
Inverteu o sentido
2
1x
Podemos multiplicar ou dividir os dois membros de uma inequação por um mesmo número real k (k ≠ 0) . No caso, o sentido da desigualdade
se mantém, se k for positivo. se inverte, se k for negativo.
⇒ x > –7

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Analisando inequações graficamente A linha vermelha da figura é o gráfico da função y = f(x).
Ele é formado por duas semi-retas. A partir dele, resolver
as inequações f(x) > 0 e f(x) ≤ 0.
x
y
02–4
Raízes: – 4 e 2.
f(x) = 0 para x = – 4 ou x = 2
f(x) ≤ 0 para – 4 ≤ x ≤ 2
f(x) > 0 para x < – 4 ou x > 2