Prof. Mauro Leão BEM-VINDO À DISCIPLINA CULTURA BRASILEIRA – Aula 5.

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Prof. Mauro Leão

BEM-VINDO À DISCIPLINACULTURA BRASILEIRA – Aula 5

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OS INTELECTUAIS E O PODER

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A definição de intelectual

Um intelectual é um indivíduo que usa a sua mente, ou o seu "intelecto" para refletir ou especular, acerca de uma realidade concreta ou subjetiva.

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Na visão de Gramsci, o intelectual não se vincula a uma formação acadêmica específica, mas a um tipo de ação social. Eles seriam aqueles capazes de fazer a ligação entre a “superestrutura”, ou seja, a base ideológica de uma sociedade (as crenças, o direito, a política, a moral, as ideias, a religião, a arte) e “infra-estrutura” (as relações materiais de produção).No processo da hegemonia pelo poder político, os intelectuais têm um papel muito importante, pois são eles que organizam a cultura.

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O intelectual para Gramsci

Antonio Gramsci (1891-1937)

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Segundo Gramsci, existem dois tipos de intelectuais: o orgânico e o tradicional.

Os intelectuais orgânicos seriam aqueles que representariam os interesses das classes dominantes, enquanto os segundo tipo, os intelectuais tradicionais, representariam os interesses de outras classes no interior da sociedade.

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INTELECTUAIS ORGÂNICOS E TRADICIONAIS

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   Assim sendo, o intelectual é colocado como o sujeito mediador entre o poder, sustentado por uma base material econômica e por uma ideologia emanada desta base que procura mantê-la, e aqueles que estão fora do poder, mas produzindo para este poder e afetados por sua ideologia. Essa mediação se daria por meio da organização e formação de um senso crítico, junto a esse grupo, por parte dos intelectuais.

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Intelectuais e sociedade

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• A Escola Unitária

• A Escola Profissionalizante.

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GRAMSCI E O SISTEMA ESCOLAR

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“[Seria a] escola única inicial de cultura geral, humanista, formativa, que equilibre equanimente o desenvolvimento da capacidade de trabalhar manualmente (tecnicamente, industrialmente) e o desenvolvimento das capacidades de trabalho intelectual."

(GRAMSCI, A . (1978c). Cartas do Cárcere. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira., p. 118)

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A ESCOLA UNITÁRIA

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O escritor, filósofo e dramaturgo francês Jean

Paul Sartre (1905-1980), maior expoente da

filosofia existencialista, parte do seguinte

princípio: a existência precede a essência.

Com isso, quer dizer que o homem primeiro

existe no mundo - e depois se realiza, se

define por meio de suas ações e pelo que faz

com sua vida. O que eu faço de minha vida, o

significado que dou à minha existência, é

parte da liberdade da qual não posso me furtar.

Aula 7

Jean Paul Sartre e o intelectual engajado

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Se o homem é livre para escolher o seu caminho e fazer da sua vida um projeto que dê sentido a ela, isto só pode ser realizado se os seus atos articularem-se com os demais. Não há liberdade de um só. É impossível alguém ser livre numa caverna habitada por escravos, por conseguinte a liberdade de um somente pode ser concretizada obtendo-se a liberdade de todos. Ora, esta conclusão tornava obrigatório o engajamento, de participar ativamente das coisas do mundo. Não é possível alguém trancar-se ou fechar-se numa redoma qualquer e desinteressar-se daquilo que o cerca. É praticamente imoral voltar às costas aos outros, pois “o homem está condenado a ser livre, com outros homens livres” (Revista Tempos Modernos, 1945).

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Por uma filosofia da ação

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MICHEL FOUCAULT (1926-1984) E A SOCIEDADE DE CONTROLE

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Esse espaço fechado, recortado, vigiado em todos os seus pontos, onde os indivíduos estão inseridos num lugar fixo, onde os menores movimentos são controlados, onde todos os acontecimentos são registrados, onde um trabalho ininterrupto de escrita liga o centro e a periferia, onde o poder é exercido sem divisão, segundo um figura hierárquica contínua, onde cada indivíduo é constantemente localizado, examinado e distribuído entre os vivos, os doentes e os mortos (FOUCAULT, Michel. O panoptismo. In: Vigiar e punir: o nascimento da prisão. p. 174-175.).

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O Panoptismo e o dispositivo disciplinar

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O Panóptipo de Jeremy Bentham

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O Panóptipo

O Panóptico é uma máquina de dissociar o par ver / ser visto:

no anel periférico, se é totalmente visto,

sem nunca ver; na torre central, vê-se tudo, sem nunca ser visto”

(Idem, pg. 178).

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A “disciplina não pode se identificar com uma instituição nem com um “aparelho”; ela é um tipo de poder, uma modalidade para exercê-lo, que comporta todo um conjunto de instrumentos, de técnicas, de procedimentos, de níveis de aplicação, de alvos; ela é uma “física” ou uma “anatomia” do poder, uma tecnologia” (Idem, pg. 189).

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Devemos ainda nos admirar que a prisão se pareça com as fábricas, com as escolas, com os quartéis, com os hospitais, e todos se pareçam com as prisões?

(Ibidem, pg. 199)