Profa Dra Leda Rodrigues de Assis Favetta UNIMEP- Piracicaba

Março de 2012

Racionalidade Técnica

• Desarticulação entre a teoria e a prática.

• Professor como técnico: basta conhecer o conteúdo científico e técnicas de ensino .

• Não se preocupa com o desenvolvimento do professor/aluno como pessoa.

Racionalidade Prática

• Não deve haver separação entre a teoria e a prática no âmbito profissional, mas sim integração.

• Interpretar o que vê, imitar sem copiar, recriar, transformar.

• Autonomia progressiva.

Investigação e reflexões + conhecimentos teóricos conhecimento profissional.

O quê? (conteúdo)

Quem? (sujeitos que aprendem)

Como? (metodologia)

Conhecimento Pedagógico

Relação dinâmica e de qualidade entre os três elementos do ensino;

Para que esta concepção de ensino se torne possível, temos que pensar no professor como aquele sujeito que: “vai além de diagnosticar o comportamento dos alunos e

suas relações, mas deverá ser capaz de analisar a sua própria relação com o conteúdo tanto quanto à relação dos alunos com ele e com o conteúdo. Isto é necessário para favorecer o diagnóstico e o entendimento do trabalho dos alunos” (Hyman,1974:19).

Pois para o professor desenvolver o currículo exige-se conhecimento, sensibilidade, capacidade de reflexão e dedicação profissional, tendo em vista o processo de ensino-aprendizagem adequado ao ritmo e as

peculiaridades de cada aluno.

• Professor como investigador na sala de aula (Stenhouse,1975);

• O professor como prático reflexivo (Schön,1983,1987)

• Prática reflexiva ou professores reflexivos (Zeichner,1993);

• Formação clínica (Perrenoud,1993);

• Formação de professores orientada para a indagação, reflexão-na-ação, o professor como controlador de si mesmo (Elliot).

“É aquele capaz de refletir a respeito de sua prática de forma crítica, de ver a sua realidade de sala de aula para além do conhecimento na ação e de responder ,reflexivamente, aos problemas do dia-a-dia nas aulas”. (Maldaner,2000,p.30)

Examinam, esboçam hipóteses e tentam resolver os dilemas envolvidos em suas práticas em sala de aula;

Estão abertos a respeito das questões e assumem os valores que levam/carregam para seu ensino;

Estão atentos ao contexto institucional e cultural no qual ensinam;

Tomam parte do desenvolvimento curricular e se envolvem efetivamente para sua mudança;

Assumem a responsabilidade por seu desenvolvimento profissional (Zeichner e Liston,1996 in: Geraldi,1998,p.252.).

• Ruptura com visões simplistas • Conhecer a matéria a ser ensinada • Adquirir conhecimentos teóricos sobre a aprendizagem • Analisar criticamente o ensino tradicional • Preparar atividades capazes de gerar aprendizagem

significativa • Associar ensino com pesquisa.

(Gil-Pérez e Carvalho,2006; Favetta,2002; FurióMás,2000; Pórlan,2000; Schnetzler,1996; )

Ensinam: ◦ Habilidades (ensinar como fazer alguma coisa)

◦ Conhecimento (ensinar o que é alguma coisa)

◦ Valores (normas , atitudes): honestidade, sinceridade, amizade, cortesia, lealdade e cidadania.

Para isso precisam ter atitudes reflexivas sobre a sua própria prática em sala de aula, as quais segundo Dewey (1933) são:

• Abertura de Espírito: se refere ao desejo ativo de se ouvir mais do que uma única opinião, de se atender a possíveis alternativas e de se admitir a possibilidade de erro, mesmo naquilo que se acredita com força.

• Responsabilidade:implica que o professor reflita sobre o seu ensino e sobre as consequências do seu ensino ao nível, pessoal, acadêmico e sócio-político.

• Sinceridade ou Entusiasmo: para enfrentar a atividade com curiosidade, energia, capacidade de renovação e luta contra a rotina. (Zeichner,1993:19;Alarcão,1996:99)

ALARCÃO,I. (Org.) Formação reflexiva de professores: estratégias de supervisão. Porto: Porto

Editora,1996.189.

HYMAN, R. Ways of teaching. 2 ed. J.B.Lippincott,1974.

FAVETTA,L.R.A. Enfocando necessidades formativas de professores de Ciências/Biologia: um

processo de investigação-ação na prática de ensino.2002.215p. Tese (Doutorado em Educação).

Faculdade de Educação. Universidade Metodista de Piracicaba.

FAVETTA, L. R. A. Tendências e desafios para a formação de professores reflexivos.Revista

Campus APG ESALQ.vol.1,dezembro, 2011.

Gil-Pérez, D.;CARVALHO,A.M.P. Formação de professores de ciências.8 ed. São Paulo:

Cortez,2011.120p.

MALDANER,O.A. A formação inicial e continuada de professores de química:

professor/pesquisador. Ijuí: Ed. Unijuí,2000.419p.

SCHÖN,D.A. The reflective practitioner: how professionals think in action. New York: Basic

Books,1983.374p.

SCHÖN,D.A. La formacion de profissionales reflexivos: hacia un nuevo diseño de la enseñanza y

el aprendizaje en las profesiones. Barcelona: Ed. Paidós,1992.310p.

SCHÖN,D.A. Formar professores como profissionais reflexivos. In: Nóvoa,A. (Org.) Os

professores e sua formação. Lisboa: Publicações Don quixote,1995.p 77-92.

Zeichner,K.M. Formação reflexiva de professores: idéias e práticas. Lisboa: Educa,1993.131p.