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Armas de fogo e as guerras

Tudo teve início com a descoberta acidental da pólvora pelos chineses ...

A descoberta da pólvora foi feita por alquimistas e foi

acidental, a prova disso foi as primeiras referências à

pólvora, elas aparecem como avisos em textos de

alquimia: Não misturem certos materiais uns com os

outros. Ao pesquisar um elixir da imortalidade, os

alquimistas produziram vários incêndios ao fazer testes

com os ingredientes enxofre e salitre (nitrato de

potássio), daí o porquê do aviso.

Por volta do século X, a pólvora começou a

ser usada na China, seu uso com propósitos

militares era na forma de foguetes e bombas

explosivas lançadas de catapultas.

O canhão surgiu em seguida, a pólvora era usada para a propulsão das pesadas

bolas de canhão. Depois da China, o uso militar da pólvora se espalhou para o

Japão e a Europa.

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O uso bélico da pólvora ...

Foram os árabes que desenvolveram a primeira e verdadeira

arma de fogo a arcabuz, um tubo de bambu reforçado com ferro,

que era carregado de pólvora, a qual era inflamada pela inserção

de um arame aquecido.

A pólvora chega à Mongólia após a invasão da China no inicio do século XIII. Os

mongóis, alguns anos depois, capturaram munição chinesa e, em seguida, invadem

a Europa por volta de 1233 espalhando assim o conhecimento sobre os poderes da

pólvora para o mundo.

A pólvora para fins militares foi feita por artesãos militares qualificados, que mais

tarde foram chamados firemakers, e que também foram obrigados a fazer fogos de

artifício para festas de vitória ou paz.

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A corrida armamentista ...

Entre 1871 e 1914 houve na Europa uma corrida armamentista entre as várias

potências econômicas colonialistas. Esse processo ficou conhecido como Paz

Armada, sendo que o grande incentivo à indústria de armamento teve como grande

laboratório de testes conflitos na Ásia e África, cujo objetivo era a expansão dos

impérios coloniais.

1ª Guerra Mundial (1914 – 1918):

Quanto mais os países europeus se industrializavam, maior ficava a disputa entre

eles, que queriam dominar não apenas a Europa, mas modernizar sua economia

se sobrepondo sobre as outras nações. Esse clima acirrado provocou uma forte

tensão, pois os países industrializados disputavam os mercados consumidores

mundiais e as matérias primas com todas as armas que lhes eram possíveis. Com

essa disputa acirrada pelo mercado mundial, foram surgindo os primeiros sinais

de que uma grande guerra estaria vindo pela frente. Assim, dá-se início à 1ª

Guerra Mundial.

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A corrida armamentista ...

1ª Guerra Mundial (1914 – 1918):

A Primeira Guerra Mundial foi marcada pelo rápido desenvolvimento tecnológico do

setor bélico. Seja para aumentar o poder letal, surpreender e/ou apavorar o inimigo,

buscar mecanismos para contra-atacar e levar vantagem sobre o adversário, obter

vitórias no campo moral e da propaganda, ganhar o apoio da população e de

aliados na guerra, foram várias as razões utilizadas pelos países em guerra para

criar e aperfeiçoar seu poderio bélico durante o conflito.

As armas de fogo mais usadas foram:

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Armas de fogo e as guerras

A corrida armamentista ...

A crise econômica que se abateu sobre o sistema capitalista mundial a partir de

1929, teve seu ponto de início nos Estados Unidos, contudo espalhou-se

rapidamente pelo resto do mundo afetando a economia global. Uma das soluções do

governo facista foi investir na industrialização de equipamentos bélicos como armas,

aviões, navios e tanques. 2ª Guerra Mundial (1939 – 1945):

A crise levou os países capitalistas a tomarem medidas protecionistas visando salvar

os mercados internos das importações estrangeiras, ocorrendo uma verdadeira

guerra tarifária. Isso levou à fome e à pobreza extrema, e fomentou o apoio à

medidas radicais em todo continente europeu. Tal situação associada as tensões

políticas (facismo e o nazismo) e ideológicas, levaram à Segunda Guerra Mundial.

As armas de fogo mais usadas foram:

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=d--Xw73b-jU (Memórias da FEB)

Facismo e do nazismo: doutrinas políticas tinham em comum o nacionalismo, o militarismo, o

expansionismo, o racismo, o anti-comunismo e o anti-liberalismo.

Racismo: racismo - crença na superioridade de certas raças; a eugenia, uma teoria do

melhoramento da raça humana através da eliminação sistemática dos indivíduos menos

desejáveis.

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A guerra no Oriente Médio ... Os conflitos que hoje assolam o Oriente Médio têm diferentes motivos. O principal

deles diz respeito ao território: israelenses e palestinos lutam para assegurar terras

sobre as quais, segundo eles, têm direito milenar. Outra questão diz respeito à

cultura e à imposição de valores ocidentais às milenares tradições orientais. Pode-se

ainda mencionar o fator econômico - talvez o preponderante: potências capitalistas

desejam estabelecer um ponto estratégico na mais rica região petrolífera do planeta.

E ainda existe a questão política.

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Armas de fogo – Constituição e funcionamento

A descoberta acidental da pólvora forneceu aos países uma ferramenta

poderosa para o combate: as armas de fogo. Isso os levou a investir cada

vez mais nas indústrias bélicas bem como no aperfeiçoamento das armas de

fogo.

Mas qual é o princípio de funcionamento das armas de fogo?

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=3GyHl2gkD4g (Como funciona:

armas e munição)

A partir do vídeo descobrimos que todas as armas de fogo apresentam basicamente

os três componentes: CANO, IGNIÇÃO e GATILHO

Qualquer arma de fogo é uma variação desses mesmos componentes.

Uma arma de fogo é um artefato que lança um ou mais projéteis em alta velocidade

através de uma explosão. Este processo de queima subsônica é tecnicamente

conhecido como deflagração, em oposição a combustão supersônica conhecida

como detonação.

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Vejamos os componentes básicos da arma de fogo:

CANO (tubo): uns mais

longos outros mais curtos,

tem por função para

direcionar a trajetória do

projétil, usa-se o termo

calibre para denominar a

“grossura” do cano da arma.

O interior do cano pode ser radiado ou liso.

Radiado: do o interior do cano tem sulcos helicoidais

dispostos no eixo longitudinal, destinados a forçar o

projétil a um movimento de rotação.

Liso: isenta de raiamentos, com superfície

absolutamente polida, como, por exemplo, nas

espingardas.

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Vejamos os componentes básicos da arma de fogo:

GATILHO E IGNIÇÃO: trabalham juntos para o funcionamento da arma.

O que ocorre quando apertamos o gatilho?

Como vimos as primeiras armas de fogo não possuíam gatilho, a ignição era feita

por Mecha ou Atrito.

Essas armas não podiam ser usadas em dias de chuva!!

Acendia-se a

mecha (pavio),

punha-se a mecha

acesa de lado e

carregava-se a

arma despejando

pólvora pela sua

boca

O atrito da roda —

girando em alta

velocidade — com

a pederneira

lançava faíscas na

caçoleta, dando

início à explosão.

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Vejamos os componentes básicos da arma de fogo:

Atualmente o sistema de ignição das armas é feito pelo gatilho e a pólvora é

inserida por meio da munição.

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=r3NRyP7uFI0 (Pistola)

Munição O cartucho observado de fora parece grande. Contudo,

uma pequena parte, o projétil, é que irá ser expelido pela

arma após o disparo. A força com que este é projetado

para fora do cano depende da combustão da pólvora. Esta

gera gases, os quais, com a elevação da temperatura

interna (podendo chegar aos 2500 °C) aumentam o

volume e a pressão no interior da arma, fazendo com que

o projétil seja ‘empurrado’, violentamente.

Mas o que fornece a energia para a combustão da

pólvora?

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Vejamos os componentes básicos da arma de fogo:

Antes que ocorra a combustão da pólvora, é necessário uma “chama iniciadora, a

qual é proveniente da espoleta. Ela contém uma pequena quantidade de explosivo

sensível a choque mecânico. O estojo, geralmente constituído por latão 70:30

(70% de cobre e 30 % de zinco), trata-se da cápsula que contém o projétil na

ponta, a pólvora dentro e a espoleta na base.

Ao ser acionado o mecanismo de disparo,

geralmente através de força mecânica pelo

pressionamento do gatilho, a ponta do

percutor deforma a espoleta, comprimindo

a mistura iniciadora. Esta, ao sofrer o

impacto, produz chamas de alto poder

calorífico que passam por orifícios

existentes no fundo do alojamento da

espoleta e dão início à combustão dos

grãos de pólvora.

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Funcionamento das armas de fogo:

A combustão da pólvora gera, em um

curtíssimo espaço de tempo, um volume de

gases considerável. A pressão destes impele

o projétil através do cano da arma, que é a

única saída possível. A expansão dos gases

vai também atuar sobre a parte interna da

arma, projetando-a para trás, fenômeno

conhecido como o “soco da arma”.

Composição química da pólvora negra:

75% de Salitre (NaNO3), 15% de carvão e

10% de enxofre.

Reação de combustão da pólvora negra:

2 KNO3(s) + 3 C(s) + S(s) → K2S(s) + 3 CO2(g) + N2(g)

As armas de fogo atuais usam “pólvora sem fumaça” que é a base de nitrocelulose.

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Funcionamento das armas de fogo:

Como vimos para que ocorra um disparo a arma deve estar carregada e o gatilho

deve ser acionado. Mas, para que o projétil seja lançado é preciso que ocorra a

combustão da pólvora.

A combustão da pólvora consiste em uma reação química. Para que essa reação

ocorra é preciso que seja fornecida energia por meio da ignição.

A energia necessária para a ocorrência da reação de combustão da pólvora é

chamada de energia de ativação.

A energia de ativação é a energia necessária para que se inicie uma dada reação.

Para entendermos melhor sobre o funcionamento das armas de fogo teremos que

aprofundar no estudo da cinética química.

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Cinética Química

A cinética química é o ramo da ciência química que estuda as velocidades e

os mecanismos das reações químicas.

Velocidade de reação: é a medida da rapidez com que se formam os

produtos e se consomem os reagentes.

Mecanismo de reação: consiste na sequência detalhada de etapas simples,

que levam os reagentes aos produtos.

Antes de nos aprofundarmos nesses aspectos estudaremos as condições

para que a ocorrência de uma reação química.

Como sabemos que uma reação química ocorreu?

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Cinética Química

Podemos identificar a ocorrência de uma reação química por meio das

seguintes evidências:

Tais evidencias contudo, não revelam como as substâncias se comportam

durante uma reação química, para isso precisamos construir um modelo.

Formação de precipitado

Mudança de cor

Liberação de gás

Liberação de luz

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Cinética Química

Teoria das colisões (aplicável aos gases)

Modelo: moléculas consistem em esferas rígidas, não há interação

intermolecular entre as mesmas e consideram-se apenas o movimento de

translação.

Animação: (6:04)

http://www.youtube.

com/watch?v=fX9d4XbA

MRU

Usar simulador – simular

algumas reações avaliar a

teoria das colisões.

H2O(g) + CO(g) CO2(g) + H2(g)

A reação só ocorre quando os reagentes se encontrarem e as colisões entre suas moléculas forem efetivas; As colisões devem ocorrem através de uma orientação adequada e com energia necessária;

Nem todas as colisões serão efetivas;

Ligações químicas são “quebradas” e outras formadas.

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Cinética Química

Teoria do complexo ativado (aplicável aos gases e às soluções)

Modelo: semelhante ao da teoria de colisões. Em solução a aproximação é

uma trajetória em ziguezague entre moléculas do solvente.

Molécula do solvente Molécula do reagente A Molécula do reagente B Molécula do produto

“Chute” das moléculas do solvente.

Encontro dos reagentes

No choque efetivo as moléculas absorvem energia suficiente (energia de

ativação) para a formação do complexo ativado, em vez de se

decomporem imediatamente.

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Cinética Química

É um estado de transição entre os reagentes e

os produtos .

Nessa estrutura as ligações dos reagentes estão

enfraquecias e as dos produtos estão sendo

formadas.

O perfil de reação ilustra como o corre a

reação segundo a Teoria do Complexo

Ativado.

Para ocorrer a reação química as moléculas dos reagentes devem “vencer” a barreira de ativação imposta pela energia de ativação.

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Cinética Química

Aplicando a teoria das colisões ao funcionamento das armas.

A fonte da energia de ativação para a reação de combustão da pólvora origina-se

da “chama incineradora” proveniente da espoleta.

Como a pólvora é relativamente estável, isto é, sua

queima só ocorre quando sujeita a certa quantidade

de calor; o cartucho dispõe de um elemento

iniciador, que é sensível ao atrito e gera energia

suficiente para dar início à queima do propelente.

espoletas

A mistura detonante é um composto que queima

com facilidade, bastando o atrito gerado pelo

amassamento da espoleta contra a bigorna,

provocada pelo percussor que por sua vez é

liberado pelo gatilho.

.A queima dessa mistura gera calor,

que passa para o propelente, através

de pequenos furos no estojo,

chamados eventos.

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Cinética Química

Pela teoria das colisões temos que a energia de ativação para a queima do

propelente é menor do que a energia de ativação para a combustão da pólvora.

Graficamente podemos representar da seguinte forma:

Caminho da reação

Ener

gia Energia de ativação

Reagentes

Produtos

Caminho da reação

Ener

gia

Energia de ativação

Reagentes Produtos

Queima da mistura detonante Queima da pólvora

Pelos gráficos,

podemos

concluir que

as reações

envolvidas no

funcionamento

das armas de

fogo são

exotérmicas.

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Cinética Química

Como a energia de ativação da espoleta é baixa, basta o choque mecânico

do gatilho contra a mesma para que a reação química ocorra.

A energia de ativação da reação de combustão da pólvora que dispara o

projétil é, por sua vez, maior. Desse modo, precisará de uma energia maior

para que se inicie. Essa energia vem da queima do propelente na espoleta.

Portanto, para que uma arma de vogo funcione é preciso que o gatinho seja

acionado. Caso isso não corra, não haverá o disparo do projétil.

Uma vez acionado o gatilho levará muito tempo para que o projétil seja

lançado?

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Cinética Química

A velocidade com que uma reação química ocorre está relacionada com a

energia de ativação. Assim podemos dizer que:

A velocidade da reação depende da frequência com que os reagentes

podem subir até o topo da barreira de ativação e formar o complexo ativado.

Velocidade das reações nos dá a

ideia de quão rapidamente os

reagentes são consumidos ou os

produtos são formados.

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Cinética Química

Como a energia de ativação para a queima do propelente é pequena, assim que o

gatilho for acionado a reação ocorrerá rapidamente liberando a energia necessária

para dar início à queima da pólvora.

Uma vez liberada a energia na queima do propelente, esta atuará como a energia de

ativação para a queima da pólvora. Esta reação é um pouco mais lenta do que a da

queima do propelente, já que requer mais energia. Contudo, uma vez fornecida a

energia necessária, a reação corre rapidamente produzindo gases que irão exercer

uma forte pressão sobre o projétil, projetando-o para fora do cano.

Ea= energia

mecânica

Ea= energia calorífica

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Cinética Química

Um pouco de física ...

Ao sai do cano da arma, a bala não desenvolve uma

trajetória retilínea, pois há uma série de forças que se

opõem a este movimento.

A trajetória desenvolvida pelo projétil é do tipo parabólica.

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Armas de fogo – Constituição e funcionamento

Cinética Química – Fatores que interferem na velocidade das reações

químicas

Qualquer coisa que altere um dos fatores acima, altera a velocidade da

reação.

Frequência de choques

(a) proximidade, maior ou menor das partículas

Velocidade Frequência de choques

Fator energia

Fator probabilidade

Aumento na concentração leva a

um aumento na frequência dos

choques maior probabilidade

de ocorrem choques efetivos. < [ ] > [ ]

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Cinética Química – Fatores que interferem na velocidade das reações

químicas

(b) Superfície de contato:

Quanto maior a superfície de contato, maior o

número de partículas que estão em contato,

logo há um aumento na probabilidade de

ocorrem choques efetivos.

Fator probabilidade (probabilidade de um choque ocorrer com

orientação adequada)

Depende da geometria das partículas e do alinhamento de todos os

átomos das espécies químicas durante a colisão. Em reações do mesmo

tipo não se observa uma variação muito grande.

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Cinética Química – Fatores que interferem na velocidade das reações

químicas

Fator energia

Depende da temperatura e da energia de ativação.

(a) Temperatura:

Se aumentarmos a temperatura aumentamos a agitação das moléculas.

Isso aumenta a probabilidade das espécies químicas de se colidirem de

forma efetiva e com maior frequência.

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Cinética Química – Fatores que interferem na velocidade das reações

químicas

(b) Energia de ativação

Valores menores de 𝐸𝑎 exercem um efeito considerável sobre a fração de

colisões suficientemente energéticas, e portanto, sobre a velocidade das

reações.

Os catalisadores são substâncias que podem aumentar a velocidade das

reações químicas.

Fornece um caminho alternativo

entre os reagentes e os produtos,

que tem uma energia de ativação

mais baixa que o caminho original.

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Cinética Química – Fatores que interferem na velocidade das reações

químicas

(b) Energia de ativação

Valores menores de 𝐸𝑎 exercem um efeito considerável sobre a fração de

colisões suficientemente energéticas, e portanto, sobre a velocidade das

reações.

Os catalisadores são substâncias que podem aumentar a velocidade das

reações químicas.

Fornece um caminho alternativo

entre os reagentes e os produtos,

que tem uma energia de ativação

mais baixa que o caminho original.

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Cinética Química – Fatores que interferem na velocidade das reações

químicas

Quando a reação química envolve reagentes e produtos gasosos a

pressão influencia significativamente na sua velocidade.

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Cinética Química – Abordagem matemática da velocidade das reações

químicas

Velocidade média variação da concentração molar de um reagente (R)

ou produto (P) durante um intervalo de tempo ∆t (t2-t1).

𝑉𝑚 = −∆ 𝑅

∆𝑡 𝑜𝑢 𝑉𝑚=

∆ 𝑃

∆𝑡

Velocidade média única várias maneiras de registrar a velocidade (aA

+ bB cC + dD)

𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 ú𝑛𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑎çã𝑜

= −1

𝑎

∆ 𝐴

∆𝑡= −

1 𝑏

∆ 𝐵

∆𝑡 =

1 𝑐

∆ 𝐶

∆𝑡 =

1 𝑑

∆ 𝐷

∆𝑡

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Cinética Química – Abordagem matemática da velocidade das reações

químicas

A água oxigenada, H2O2, decompõe-

se, produzindo água e gás oxigênio,

de acordo com a equação:

H2O2(aq) → H2O + ½ O2

O gráfico ao lado foi construído a

partir de dados experimentais e

mostra a variação da concentração

de água oxigenada em função do

tempo. Qual será a velocidade média

de decomposição da água oxigenada

nos intervalos I, II eIII?

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Cinética Química – Abordagem matemática da velocidade das reações

químicas

𝑉𝑚 = −∆ 𝑅

∆𝑡

𝑉𝑚 = −𝑅𝑓]− [𝑅𝑖

𝑡𝑓−𝑖𝑓

I) Vm = −(0,5−0,8)

(10−0) = 0,03 mol L-1 min-1

II) Vm = −(0,3−0,5)

(20−10) = 0,02 mol L-1 min-1

III) Vm = −(0,2−0,3)

(30−20) = 0,01 mol L-1 min-1

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Cinética Química – Abordagem matemática da velocidade das reações

químicas

Considere a equação balanceada: 4 NH3 + 5 O2 4 NO + 6 H20

Admita a variação de concentração em mol por litro do monóxido de

nitrogênio (NO) em função do tempo em segundos (s), conforme os dados,

da tabela abaixo:

[NO] 0 0,15 0,25 0,31 0,34

Tempo (min)

0 3 6 9 12

A velocidade média, em função do monóxido de nitrogênio (NO), e a

velocidade média da reação acima representada, no intervalo de tempo de 6

a 9 minutos (min), são, respectivamente, em :

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Cinética Química – Abordagem matemática da velocidade das reações

químicas

𝑉𝑚 =∆ 𝑁𝑂

∆𝑡 =

(0,31−0,25)

3 = 0,02 mol L-1 min-1

4 NH3 + 5 O2 4 NO + 6 H20 Δt = 9-6 = 3 min

[NO] 0 0,15 0,25 0,31 0,34

Tempo (min)

0 3 6 9 12

𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑎 ú𝑛𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑎çã𝑜

=1

4

(0,31 −0,25)

3 = 0,005 mol L-1 min-1

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Cinética Química – Abordagem matemática da velocidade das reações

químicas

Lei da ação das massas e velocidade das reações químicas

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Cinética Química – Abordagem matemática da velocidade das reações

químicas

Lei da ação das massas e velocidade das reações químicas

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Armas de fogo – Constituição e funcionamento

Cinética Química – Abordagem matemática da velocidade das reações

químicas

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Atenção: Quando a reação não é elementar, precisamos calcular os expoentes.

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Nos gráficos de reações não elementares temos a presença de mais de uma

curva, sendo a de maior energia de ativação a etapa lenta.

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Lei da ação das massas e velocidade das reações químicas

Vejamos um exemplo:

Para a reação entre os gases abaixo, obtiveram-se os seguintes dados sobre a

velocidade inicial com respeito à concentração inicial (mol/L) dos reagentes:

2H2 + 2NO → N2 + 2H2O

Pode-se dizer que a expressão da

velocidade da reação e a velocidade

da reação no ponto ‘X’ indicado são:

a) V = k [ NO] [H2], v = 48 * 10–5

b) b)V = k [ NO]2 [H2], v = 54 * 10–5

c) V = k [ NO] [H2]2, v = 72 * 10–5

d)V = k [ NO] [H2]2, v = 96 * 10–5

e) V = k [ NO]2 [H2], v = 72 * 10–5

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Lei da ação das massas e velocidade das reações químicas

A questão é sobre velocidade de reação, onde a mesma pede para determinar a

equação da velocidade.

Dica : A equação da velocidade é escrita em função dos reagentes. Quando a

reação ocorre em várias etapas (tem uma tabela ou gráfico ), indica que a mesma

não é elementar e não temos os expoentes(necessário calcular ).

A equação da velocidade é a seguinte:

V = k [H2]x [NO]y

Precisamos calcular os valores de x e y. Para isso usaremos os dados do gráfico.

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Lei da ação das massas e velocidade das reações químicas

A partir do gráfico obtemos as seguintes informações:

Para encontrarmos o valor

de X, vamos deixar o Y

constate. Isso ocorre nos

experimentos 1 e 2.

Para encontrarmos o valor

de Y, vamos deixar o X

constante. Isso ocorre nos

experimentos 2 e 3.

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- Calculando X

A lei da velocidade para esses casos seria:

1) 3x10-5 = k [1,8x10-3]X [1,2x10-3]Y

2) 6x10-5 = k [3,6x10-3]X [1,2x10-3]Y

Podemos dividir v2/v1 para cortar o Y e encontrar o valor de X

Nos experimentos I e II notamos que a

concentração do [NO] permanece

constante e a concentração de [H2] dobra,

ocorrendo o mesmo com a velocidade.

6x10-5 = k [3,6x10-3]X [1,2x10-3]Y

3x10-5 = k [1,8x10-3]X [1,2x10-3]Y

2 = 2x 21 = 2X X= 1

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- Calculando Y

A lei da velocidade para esses casos seria:

2) 6x10-5 = k [3,6x10-3]X [1,2x10-3]Y

3) 24x10-5 = k [3,6x10-3]X [2,4x10-3]Y

Podemos dividir v3/v3 para cortar o X e encontrar o valor de Y

Nos experimentos II e III notamos que a

concentração do [H2] permanece

constante e a concentração de [NO] dobra,

e a velocidade aumenta 4 vezes.

24x10-5 = k [3,6x10-3]X [2,4x10-3]Y

6x10-5 = k [3,6x10-3]X [1,2x10-3]Y

4 = 2Y 22 = 2Y Y= 2

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Lei da ação das massas e velocidade das reações químicas

Portanto a equação da lei da velocidade é: V = k [H2]1 [NO]2

Para encontrar o valor da velocidade, primeiro temos que encontrar o valor da

constante k.

DICA: Sempre calcular o valor da constante k, utilizando a etapa mais lenta (menor

velocidade).

- Calculando K

V = k [H2]1 [NO]2

3 x 10-5 = k (1,8 x 10-3 ) (1,2 x 10-3 )2 .

K = 11574,07

-Calculando a velocidade do experimento 4.

V = k [H2]1 [NO]2

V = 11574,03 (3,6 X 10-3) (3,6 X 10-3)2

V = 54 X 10-5

Resposta: Letra C. Fazer em sala: Pg. 186 – 9 e 10.

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químicas

Ordem da reação

O conceito de ordem de uma reação química está relacionado à expressão

de velocidade. Ordem de reação é a soma dos expoentes aos quais estão

elevadas as concentrações na expressão de velocidade, e não estão

relacionados aos coeficientes estequiométricos.

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Armas de fogo – Constituição e funcionamento

O fenômeno da detonação observado nas armas

de fogo é oriundo de uma reação de combustão

instantânea, isto é se processa de forma súbita,

com velocidade superior a 300 m/s. Isso faz dar

armas de fogo um instrumento de alto poder de

destruição.

Após compreendermos os

fenômenos químicos envolvidos em

um “tiro” por arma de fogo, podemos

nos posicionar de forma crítica ao

uso de armas de fogo pelos civis e a

campanha do desarmamento.

Para fomentar nossas discussões

vejamos algumas notícias.

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Existe relação entre as armas de fogo e a violência no

Brasil?

Levantamento do Mapa da Violência

2015 mostra que 42.416 pessoas

morreram em 2012 vítimas de armas de

fogo no Brasil, o que equivale a 116

mortos por dia. Deste total, 94,5%

foram mortes por homicídio.

O número é o mais alto já observado

pelo estudo, cuja série histórica

começou em 1980.

Quais seriam as vítimas?

Vítimas: Os jovens são as maiores

vítimas das mortes por armas de fogo

no Brasil. De 42.416 óbitos em 2012,

24.882 foram de pessoas entre 15 e 29

anos (59%).

Perfil: Do total de mortes

contabilizadas, 10.632 foram de

brancos e 28.946, de negros. O

número corresponde a 142% mais

negros que brancos mortos por armas

de fogo. Além disso, 94% das vítimas

fatais eram do sexo masculino.

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Existe relação entre as armas de fogo e a violência no

Brasil?

Quais seriam as causas para o número

alarmante de vítimas?

Na introdução, o estudo - cujo título

é Mortes Matadas por Armas de Fogo -

diz que não há uma causa única por trás

dos altos índices de violência do país.

Possíveis causas:

tradição de impunidade;

lentidão dos processos judiciais;

despreparo do aparato de

investigação policial;

farta disponibilidade de armas;

decisão de utilizar essas armas para

resolver todos os tipos de conflitos

interpessoais, na maior parte dos

casos, banais e circunstanciais.

“O Mapa da Violência estima que 160.036 pessoas (sendo

70% delas jovens) foram poupadas de mortes por armas de

fogo entre 2004 e 2012 graças à lei, que restringe o porte de

armas a quem tem mais de 25 anos, passe por testes de

aptidão e não responda a inquéritos policiais, entre outras

exigências.”

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Debate – juri simulado

Vídeo: Profissão Repórter – Desarmamento.