Professor Carlos Henrique Almeida

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Zoonoses causas por Fungos

• Dermatofitoses

• Esporotricose

• Histoplasmose

• Criptococose

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Dermatofitoses

Dermatofitose: são micoses superficiais ocorrentes em pêlos, unhas

e pele, provocadas por fungos queratinofílicos chamados

dermatófilos. Popularmente chamado de: Tinhas, Frieiras.

Agente etiológico:

Fungos filamentosos, que organizam-se em micélios. Alimentam-se

da proteína queratina.

oTrichophyton

oMicrosporumGeofílico (solo); zoofílico (animal) e

antrofílico ( humanos, não vivem em solos).

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Dermatofitose

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Epidemiologia: ocorre mais no inverno entretanto surtos ocorrem

no verão. Provável relação com confinamento e nutrição. ESTADO

IMUNOLÓGICO.

Transmissão

oContato Direto;

oFômites.

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Sintomatologia

• Em Humanos:

Surgimento de manchas brancas ou vermelhas que causamcoceiras, tem a borda da lesão mais evidente e às vezescrostosa.

Manifestam-se mais frequentemente em áreas de dobras (comoaxilas, virilhas, entre os dedos das mãos e pés), mas tambémpodem ocorrer em qualquer outra área do corpo. Quandoacometem áreas entre os dedos, podem ocorre dor e fissuras.

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Sintomatologia

• Coceira, vermelhidão, as lesões podem gerar infecçõessecundárias;

• No homem: áreas de alopecia em face, membros, dorso etórax, eritema, pústulas, hiperpigmentação, escamas, colarepidérmico.

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Sintomatologia

• Onicomicoses caracterizadas por uma mancha branca opaca eespessa

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Sintomatologia

Nos animais:

Notada perda de pêlo, causando falhas de formato

circular. Pode acontecer descamação, pele

avermelhada, inchaços, pele escurecida, coceira. A

face, orelhas, patas e cauda são as áreas geralmente

mais afetadas.

Cuidado infecção secundária.

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Sintomatologia

• Pequenos animais podem apresentar onicomicose ou infecçãoprofunda da derme

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Profilaxia

oIsolamento e afastamentos de outros animais;

oUso de remédios;

oBanhos com produtos para eliminar o fungo;

oEscovas, lençóis e outros objetos potencialmente contaminados devem

ser desinfetados periodicamente com uma solução de água sanitária ;

oGatos de pêlos longos, podem ser portadores assintomáticos da

dermatofitose por longos períodos. O veterinário poderá indicar medidas

adicionais de prevenção.

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Esporotricose

• A esporotricose é uma micose provocada pelo fungo Sporothrix schenckii e, no Brasil, também pela espécie Sporothrix brasiliensis.

• A doença atinge habitualmente a pele, o tecido subcutâneo e os vasos linfáticos mas pode afetar também órgãos internos. É incluída no grupo das micoses profundas.

• O fungo causador da esporotricose habita a natureza (solo, palha, vegetais, madeira) e a instalação da doença se dá através de ferimentos com material contaminado, como farpas ou espinhos.

• Animais contaminados, principalmente gatos, também podem transmitir a esporotricose através de mordeduras ou arranhaduras.

• Apesar de poder ser encontrada em todo o mundo, a esporotricose é mais comum em países de clima quente.

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Manifestações clínicas da esporotricose

• Após a inoculação na pele, há um período de incubação, que pode variar de poucos dias a 3 meses. As lesões são mais frequentes nos membros superiores e na face.

• A esporotricose apresenta formas cutâneas, restritas à pele, tecido subcutâneo e sistema linfático, que são as mais frequentes, e formas extra-cutâneas, que afetam outros órgãos e são mais raras.

• Existe a forma extra-cutânea, ocorrência mais rara, na qual a infecção atinge outros órgãos como: pulmão, testículos, ossos, articulações e sistema nervoso.

• Nesta forma, a via de contaminação costuma ser a ingestão ou inalação do fungo e também pode haver imunodepressão associada ao seu surgimento.

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• Entre as formas cutâneas da esporotricose, encontramos:

• Forma cutâneo-localizada: restrita à pele ou com discreto comprometimento linfático (íngua). É caracterizada por um nódulo (lesão elevada) avermelhado, que pode ser verrucoso (endurecido e com superfície áspera) ou ulcerado (ferido), geralmente recoberto por crostas. Esta forma também pode ocorrer nas mucosas (boca, olhos);

• Forma cutâneo-linfática: é a forma mais frequente de manifestação da esporotricose. A lesão inicial é um nódulo que pode ulcerar (ferir). A partir dela, forma-se um cordão endurecido que segue pelo vaso linfático em direção aos linfonodos (gânglios) e, ao longo dele, formam-se outros nódulos, que também podem ulcerar, dando um “aspecto de rosário”. Pode ocorrer o surgimento de ínguas, que são, geralmente, discretas (foto abaixo);

• Forma cutâneo-disseminada: as lesões nodulares, ulceradas ou verrucosas se disseminam pela pele. Esta forma é mais comum em pacientes imunodeprimidos.

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Prevenção

• Uma boa higienização do ambiente pode ajudar a reduzir a quantidade de fungos dispersos e, assim, novas contaminações.

• É também importante não manusear demais o animal, usar luvas e lavar bem as mãos.

• Em caso de morte dos animais doentes, não se deve enterrar os corpos, e sim incinerá-los, para evitar que o fungo se espalhe pelo solo.

• Não existe vacina contra a esporotricose, mas alguns estudos vêm sendo desenvolvidos.

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Histoplasmose

Histoplasmose: zoonose fúngica, transmitida pela fezes secas de

aves (pombos) e morcegos.

Sua ocorrência está associada a locais com alta concentração defezes de morcegos e pombos (cavernas, minas abandonadas,túneis).

Agente etiológico: fungo Histoplasma capsulatum.

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Epidemiologia

A eliminação se dá através das fezes de morcegos (as aves

desempenham papel passivo, pois não eliminam o agente, mas suas

fezes ajudam a proliferação)

Transmissão

Trato respiratório através do contato direto com o agente, inalação

do pó.

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Sintomatologia

Nos animais:

• Cães: a espécie que manifesta mais frequentemente sintomas.

oForma respiratória primária: encapsulação e calcificação do

agente;

oForma disseminada: perda de peso, diarreia persistente, ascite,

tosse crônica, hepatoesplenomegalia e linfadenopatia.

• Aves: não são susceptíveis (temperatura corporal não permite o

crescimento do fungo).

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Sintomatologia

Nos humanos:

oGripe, durando de um dia a várias semanas. Pode passar

desapercebida.

oAcomete pessoas com mais de 40 anos, quase sempre com

enfermidade pulmonar pré-existente. Semelhante à tuberculose

pulmonar, com formação de cavidades, com curso de meses a

anos. Pode ocorrer dano pulmonar.

o Hepatoesplenomegalia, febre, prostação.

oForma crônica: geralmente em adultos – pneumonia, hepatite,

endocardite, ulceração de mucosas e hepatoesplenomegalia.

Pode ser mortal se não tratada.

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Profilaxia

Deve-se evitar exposição desnecessária a fontes de infecção, no entanto quando

isto não for possível, é indicado o uso de máscaras protetoras e solução de

formol a 3%, por ocasião de atividades de arar a terra. Impedir a exposição de

indivíduos imunocomprometidos.

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Criptococose

• A criptococose, também conhecida como Torulose, Blastomicose Européia ou Doença de Busse-Buschke, é uma doença infecciosa causada por um fungo, espalhada por todo o mundo, acometendo mamíferos domésticos, como o gato e o cão, animais silvestres e o homem.

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• Esta enfermidade é uma micose sistêmica, que pode ser de subaguda a crônica. O agente etiológico desta doença é o Cryptococcus neoformans, que está presente em frutas, mucosa oronasal de animais, pele de animais e seres humanos, e principalmente, no solo contaminado por excretas de aves, permanecendo viável por até dois anos.

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• A infecção por este agente se dá, geralmente, pela via aerógena, através da inalação de esporos desse fungo, resultando em uma infecção primária do sistema respiratório, afetando principalmente a cavidade nasal. Após a infecção, o C. neoformans pode espalhar-se através da circulação sanguínea ou linfática.

• A patogenia causada por este fungo vai depender de fatores divididos em dois grupos:

• relacionado com as características do estabelecimento da infecção e capacitação de sobrevivência no hospedeiro;

• relacionado aos fatores de virulência, refletindo no grau de patogenicidade.

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• Este fungo possui tropismo pelo sistema nervoso central, manifestando-se, normalmente, como meningite criptococócica nos seres humanos, sendo que a principal responsável por esse fator e a queda da imunidade celular.

• Porém, outros tecidos podem ser afetados, sendo que a resposta tecidual varia muito. Nos indivíduos que se encontram imunossuprimidos, geralmente há o crescimento de massas de consistência gelatinosa do C. neoformans nos tecidos.

• Quando há uma grave imunossupressão, a infecção se espalha para a pele, órgãos parenquimatosos e ossos. Já nos indivíduos imunocompetentes ou com doença crônica, acontece uma reação granulomatosa.

• Assim como os humanos, os animais mais afetados são os imunossuprimidos. Os fatores que estão associados à criptococose em animais são: debilidade, desnutrição, uso prolongado de corticóides e certas infecções virais.

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• Os sintomas característicos dessa enfermidade podem ser divididos em quatro principais síndromes, que podem estar associadas ou isoladas em um mesmo indivíduo:

• Síndrome respiratória: estão presentes estertores respiratórios, corrimento nasal (mucopurulento, seroso ou sanguinolento), dispnéia inspiratória e espirros. Esta síndrome ocorre mais frequentemente em felinos domésticos, sendo observada nesses animais a formação de massas firmes ou pólipos no tecido subcutâneo, especialmente nada região nasal (“nariz de palhaço” ); os cães podem apresentar tosse.

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• Síndrome neurológica: o sistema nervoso central e os olhos são os mais afetados. Esta síndrome manifesta-se nos cães sob a forma de meningoencefalite, sendo que os sintomas dependem do local da lesão.

• Geralmente, observa-se depressão, desorientação, vocalização, diminuição da consciência, ataxia, andar em círculos, espasmos, paresia, paraplegia, convulsões, anisocoria, dilatação da pupila, diminuição da visão, cegueira, surdez e perda de olfato.

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• Síndrome ocular: os sinais clínicos mais observados são uveíte anterior, coriorrenite granulomatosa, hemorragia da retina, edema papilar, neurite óptica, midríase, fotofobia, blefarospasmo, opacidade da córnea, edema inflamatório da íris e/ou hifema e cegueira.

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• Síndrome cutânea: ocorre especialmente nos felinos, sendo que as lesões de pele encontram-se, principalmente, na cabeça e pescoço desses animais. Essas lesões correspondem a ulcerações, que podem ser no focinho, na língua, no palato, na gengiva, nos lábios e nas patas.

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• A principal estratégia para o controle da criptococose é a implementação de ações de controle da população de pombos, que é a principal fonte de transmissão dessa doença.

• As principais medidas de prevenção a Criptococose são:

• Evitar alimentar os pombos;

• Diminuir a quantidade de água, alimento ou abrigo para os pombos;

• Os locais que acumulam as fezes das aves devem ser limpos com água e cloro;

• Se for necessário entrar em contato com as aves, utilizar luvas e máscaras protetoras;

• Inclinar superfícies, para evitar o pouso dos pombos;

• Empregar acessórios como nylon ou barbantes, que dificultam o acesso dos pombos a superfícies planas como os telhados das casas;

• Utilização de cercas eletrificadas.

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