Professor e escritor Darcy Loss Luzzatto€¦ · nada feminina, brincadeirinha... A questão é...

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES, 04 DE SETEMBRO DE 2014 | EDIÇÃO 159 Professor e escritor Darcy Loss Luzzatto Talian: a língua materna é a língua dos sentimentos.

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Professor e escritor Darcy Loss Luzzatto

Talian: a língua materna é a língua dos sentimentos.

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Por Kátia Bortolini e Janete Nodari

Integração da Serra - O senhor é graduado em Matemática pela PUC/RS, lecionou nos mais renomados colégios de Porto Alegre, nas déca-das de 60 e 70, é coautor de diversos compêndios de ensino da Física e ajudou, na capital do Estado, a fundar o curso pré-vestibular Mauá, do qual foi Diretor por vários períodos. Onde entra a literatura nessa história?

Luzzatto - Encerrei minha car-reira no magistério em 1977, para dedicar-me integralmente à editora que já dirigia e havia fundado em 1967, em Porto Alegre. Sou natural de Pinto Bandeira, neto de imigrantes das Províncias de Belluno e de Trento, Norte/Nordeste da Itália. Nasci e cres-

Iniciativa, com apoio da Atuaserra e Fundação Tarcísio Michelon, visa manutenção da língua

Talian: Idioma Brasileiro de Imigração éensinado pelo professor Luzzatto a difusores

Kátia Bortolini

rofessor Luzzatto. Assim é conhecido o professor apo-sentado de Matemática e Física, o escritor Darcy Loss Luzzatto, de 79 anos, autor de 11 livros bilíngues, entre

eles o dicionário Português/Talian. Palavras como Nono/nona (avo e avó), Laorar (trabalhar), Vin (vinho), Polenta, Magnar (co-mer), Mama (mamãe), Strucon (abraço forte), Filó (encontros de famílias à noite nas casas), Fròtole (conversas, anedotas), Faméia (família), Formàio (queijo), Gràssie (obrigado) Pupà (papai) e Dio (Deus) representam o Talian, língua resultante da mistura de dialetos falados por imigrantes italianos com o português.

O Rio Grande do Sul e Santa Catarina possuem o Talian como patrimônio linguístico. O Talian é a língua cooficial no município de Serafina Corrêa, ao lado do português. Em junho de 2009, a governadora Yeda Crusius sancionou a lei nº 13.178, aprovada pela Assembleia Legislativa, que declara o Talian in-tegrante do Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul.

Casado com Elisa Wenzel Luzzatto, pai de Antônio e Caro-line e avô de Mariana, Maximilian, Carlota, Otto e Sebastião, reside, atualmente, com a esposa em Pinto Bandeira, sua terra natal. Passa a maior parte do tempo em casa, na Linha Liber-dade, escrevendo, ajudando Elisa a cuidar dos cães adotados e preparando “pastas” e pizzas para amigos e turistas. Nesse universo, a esposa e ele receberam a reportagem do Jornal Integração da Serra para uma longa e prazerosa entrevista. Luzzatto, a exemplo de outros homens inteligentes, é um ex-celente contador de histórias.

ci ouvindo e falando o Talian. Mesmo morando na capital desde os 17 anos, sempre tive estreito contato com Pin-to Bandeira, onde mantinha um sítio. Em 1984, a título de hobby, e também para resgatar a língua materna, o Ta-lian, comecei a escrever o que veio a ser uma série de livros bilíngues, (Talian/Português), iniciada com o

Ghen’avemo fato arquante, publicado em 1985, com memórias da minha infância. Também, escrevi livros de culinária da imigração italiana. Mais tarde, passei a escrever só em “talian”. Tenho onze livros publicados e nove a publicar.

Integração da Serra - De onde vem o idioma Talian?

Luzzatto - Esse idioma é um koi-né, resultante da mistura dos diversos dialetos falados pelos imigrantes ita-lianos que povoaram o Sul do Brasil – com a prevalência do vêneto – o Talian não é considerado uma língua estrangeira no Brasil, mas sim, uma língua nacional brasileira. O municí-pio de Serafina Corrêa tem essa lín-gua como cooficial. O Talian é hoje o Idioma Brasileiro de Imigração.

Integração da Serra - O senhor

Escritor Darcy Loss Luzzatto

“Nasci e cresci ouvindo e

falando o Talian”.

está ministrando curso de Talian?Luzzatto - Sim, a professores e in-

tegrantes de entidades culturais, dos municípios de Veranópolis, Serafina Corrêa e Antônio Prado, com o apoio da Atuaserra e do Instituto Tarcísio Michelon.

Integração - Com que objetivo?Luzzatto - De formar professores

em Talian para manutenção da lín-gua, base da nossa cultura. Até pou-cos anos, o Talian era língua de comu-nicação da maioria da população da região de colonização italiana do Rio Grande do Sul. Trata-se de um ressur-gimento da língua, porque as crian-ças já não a falam. Teremos de trazê--la à vida novamente, de ressuscitá-la. Somente assim nossa cultura não desaparecerá por completo. A língua materna é a língua dos sentimentos. Podem observar, quando precisamos

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desabafar, desabafamos em “talian”, não é verdade?

Integração da Serra - É (risos) e se não ressuscitar...?

Luzzatto - Povos que perdem sua língua também perdem suas iden-tidades e, por via de consequência, suas culturas e suas liberdades, tor-nando-se assim escravos dos outros.

Integração da Serra - Como sur-giu a denominação talian?

Luzzatto - Através de consen-so entre o grupo de escritores que escreviam em dialeto regional. Eu chamava vêneto brasileiro, o Rovilio Costa, vêneto sul-riograndense e o Julio Posenato, talian. Em 1988, numa homenagem ao falecido padre Oscar Bertholdo, em Farroupilha, havia uma “nona” sentada junto à porta. Daí pensei: vou fazer um teste. “Nona, me capio se ghe parlo em Vèneto”? Ela res-pondeu: “No, caro, sol se te me parli in talian”. Daí, ponderei: venceu o nome sugerido pelo Posenato – talian.

Integração da Serra - Após a denominação comum, houve outras alterações no Talian?

Luzzatto - Sim. Passamos a ter uma grafia comum. A grafia é próxi-ma do italiano, mas simplificamos, por exemplo, figlia, deixamos filia. O que se mantém até hoje. Estabelece-mos que, “el talian se lo parla come se lo scrive, o, se lo scrive come se lo par-la!”, isto é, respeitamos as maneiras

“O Talian é hoje o Idioma Brasileiro

de Imigração”.

de falar de cada um e, por via de con-sequência, de escrever, desde que respeitada a grafia estabelecida. Nos entendemos todos muito bem!

Integração da Serra - O senhor retornou às suas raízes em Pinto Ban-deira após anos morando em Porto Alegre e num segundo momento, em Garopaba, Santa Catarina, com algu-ma missão?

Luzzatto - Sim, para rever os “meus”, revisitar a minha infância e não deixar o “talian “ morrer. Mas, mu-dou muito.

Luzzatto - Os primeiros imigran-tes a chegar a Bento Gonçalves – en-tão Dona Isabel – eram trentinos. Mas, em seguida, chegaram os vênetos, cada vez em maior número, mas tam-bém lombardos e friulanos, estes últi-mos em número bem menor. E então, da mistura dos falares dessa gente toda – com a predominância do vê-neto – e a presença cada vez maior do português, surgiu o nosso lindo idio-ma, a verdadeira última flor do Lá-cio, o Talian, por enquanto ainda um tanto inculta, mas muito, muito, bela, verdadeiro alicerce de nossa milenar cultura, se optarmos pela raiz vêneta! Basta dizer que os vênetos chegaram ao Norte/Nordeste da Itália mais de 500 anos antes da fundação histórica de Roma. Bota antiguidade nisso!

Elisa Wenzel e Darcy Luzzatto recebem turistas em Pinto Bandeira

“Povos que perdem sua língua

também perdem suas identidades

e, por via de consequência, suas culturas e

suas liberdades, tornando-se assim

escravos dos outros”.

Integração da Serra - O senhor é um estudioso sobre a leva de italianos que imigrou para a região Nordeste do Estado, a partir de 1875, para tra-balhar como pequenos agricultores. Qual é a sua leitura sobre o processo, com base em suas pesquisas e via-gens? E, também, qual é sua leitura sobre o legado desse processo?

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“...da mistura dos falares dessa gente toda - com a predominância

do vêneto - e a presença cada vez maior do

português, surgiu o nosso lindo idioma,

o Talian”.

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DistribuiçãoGRATUITA ANO 13 | Nº 159 | SETEMBRO 2014 | www.integracaodaserra.com.br

Editorial

Nova primavera

Página 03

A arte da alfaiatariaresiste às roupasindustrializadas

Desfile Cívico será nodia 14 em Monte Belo

Página 06

Damos as boas-vindas a dias me-lhores. Em todos os sentidos. Dias ensolarados, otimistas, alegres. Dias de estudos, congressos, exposições fotográficas, festivais e cinema. Nossa editoria prima por assuntos culturais e de interesse geral. Nesta edição, nos superamos. Fomos buscar, nas redes da memória do professor Darcy Loss Luzzatto, a sede de resgatar o talian à nossa volta. Segundo ele, as crianças já não falam mais. Confira na sobre-capa.

Também reportamos os achados do pesquisador Petronio Ponticelli sobre o cinema teatro que havia no centro da cidade. E esbanjamos ge-nialidade ao dar voz ao professor Rogério Gava, adentrando ao mundo de Gutemberg e da tipografia. Que edição!

Confira ainda a implementação de um movimento pela autodeter-minação dos Estados sulistas. Ao conversarmos com os integrantes do movimento separatista pelas redes sociais, nos atualizamos a respeito de que o Mapa Mundi mudará muito em breve. Os analistas estão prevendo o nascimento de cerca de 400 novos países no século 21. No momento, pelo menos 17 blocos regionais já estão alterando a face do Globo. Se-gundo a associação que está elabo-rando o novo mapa político mundial, as razões são as mais diversas possí-veis. “É a nova primavera dos povos“. Da nossa parte, desejamos que, na medida do possível, sejam alterações pacíficas.

Boa leitura.

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02 Jornal Integração da Serra | 04 de setembro de 2014Opinião

Os artigos publicados com assinatura são

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRAPeriodicidade: MensalTiragem: 12.000 exemplaresCirculação: Na primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves,Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.Propriedade: Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda.Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374Redação/Revisão: Janete Nodari e Carlos GeovaneÁrea Comercial: Moacyr RigattiAdministrativo: Aline Festa

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Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come

KátiaBortolini

[email protected]

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Pôr do sol colore a cidade de Bento Gonçalves no finzinho do inverno

Futebol, política e religião não se discute”, lembra o adágio po-

pular. Tranquilo é aquele que segue esse ditado. Mas, em tempo de for-tes manifestações de racismo e de campanha política, com muitas can-didaturas ancoradas em agremiações religiosas, fica difícil a isenção. Com a entrada das mulheres no mercado

de trabalho, muitos estão sendo cria-dos sem saber que a liberdade deles termina onde começa a do outro. Vá-rios pais, com sentimento de culpa pela maior parte do tempo passado fora ou mesmo por comodismo, es-tão moles... deixam as crianças e os jovens fazerem o que querem... e muitos deles perdem a noção, como a torcedora do Grêmio atrás da go-leira, protagonizando um espetáculo de ignorância resultante da falta de limites. Outros, nos casos menos gra-ves, ficam apáticos, esperando “tudo de mão beijada”. O universo precisa, a comunidade precisa, o mercado de trabalho precisa de jovens educados, proativos, que façam a diferença.

Em relação aos candidatos a presidência da República também está difícil. Definiria assim: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Adoro votar em mulher. Mulher vota em mulher, sim. Eu voto. Até aí, tudo bem. Duas candidatas mulheres. Mas, a “Dilmona” anda muito carrancuda,

nada feminina, brincadeirinha... A questão é mesmo a macrogestão na qual ela está inserida. A candidata Marina me inspira, como a que ins-pirou o cantor/compositor Dorival Caymmi. O problema dela é o forte vínculo com a igreja evangélica. Nada contra os evangélicos. Tudo contra qualquer forma de preconceito, ou conceito pré-estabelecido, que sem-pre martiriza as minorias. A vida é di-nâmica, fluida e não se repete. Cada um tem sua própria verdade.

Já o Neves, político nato, perde pontos por causa da história do “he-licóptero do pó”. Se ele é dependen-

te químico, problema dele, mas, se ele tem ligações com o narcotráfico, problema nosso com ele na Presidên-cia. Voto branco e nulo não adianta. Somente se fossem 50% mais 1 da contagem. Utopia. Por falar em uto-pia, entre as políticas a que mais me atrai é a do anarquismo, segundo a qual cada um cuida de sua quintal, sem a necessidade de intervenções de poderes constituídos. Enquanto isso, resta prestar mais atenção às propostas e alianças dos presidenci-áveis para votar no que tenha mais condições de conduzir o Brasil nos próximos quatro anos.

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Cotidiano 0304 de setembro de 2014 | Jornal Integração da Serra

Por Janete Nodari

A cidade já teve dezenas de alfaiates. Hoje, não se sabe o número. Mas, de acordo com o alfaiate João Bassega, 84 anos, ele deve ser o úl-timo a defender a arte da alfaiataria em Bento Gonçalves. Há 64 anos, o cotidiano de Bassega é em frente à máquina de costura, com a fita mé-trica na mão e o inseparável dedal. A resistência em manter o estabelecimento de costura, no bairro Cidade Alta, vem da força que recebe da mulher Ester, de 82 anos, e do amor à perfeição da roupa sob medida.

“Vesti praticamente toda a Bento Gonçal-ves”, afirma Bassega, que nas décadas de 1950, 1960 e 1970 confeccionou centenas de ternos.

Documentos, fotos, livros e uten-sílios que pertenceram à Società Ita-liana di Mútuo Soccorso Regina Mar-gherita, fundada em 17 de setembro de 1882, por um grupo de imigrantes tiroleses, estão sendo resgatados pelo Circolo Trentino de Bento Gonçalves. A ideia é ampliar a história dessa so-ciedade, primeira entidade trentina--italiana de apoio aos imigrantes. A ação também objetiva a digitalização de documentos considerados perdi-dos, para posteriores exposições com o restante do material angariado.

De acordo com o presidente do Circolo Trentino de Bento Gonçalves, Sandro Giordani, a busca por esses documentos foi intensificada devido à proximidade dos 140 anos da Imi-gração Italiana no Rio Grande do Sul, em 2015. O resgate está ocorrendo em Bento Gonçalves no Hospital Dr. Bartholomeu Tacchini, Colégio Maris-ta Aparecida, Arquivo Histórico Muni-cipal e em Porto Alegre no Arquivo Rovílio Costa e Società Massolin di Fiori.“Também estamos tentando a recuperação de certidões e passa-

Dia do Alfaiate | 6 de setembroA arte da confecção de ternos sob medida resiste ao tempo

Considerada profissão do passado, a arte da alfaiataria representada pelo alfaiate João Bassega mostra a resistência da roupa sob medida

Janete Nodari

Alfaiate João Bassega

“Também sempre tive freguesia da colônia. As pessoas vinham à missa a cavalo, vestindo ter-no. Hoje, eles vêm de automóvel com roupas da China”, observa o alfaiate. Mesmo com os pro-dutos industrializados, a alfaiataria ainda recebe vários pedidos, a maioria de moradores antigos da cidade. Além disso, o casal trabalha com re-formas.

A marca da tradição ainda pode ser vista nos gestos medidos e na qualidade dos ternos con-feccionados pelo alfaiate, orgulhoso de ter man-tido a família com esse ofício. Mais um motivo de orgulho é atender clientes cativos da capital, Porto Alegre. Além disso, bento-gonçalvenses que estão residindo, no exterior, têm levado o nome da Alfaiataria Bassega para o mundo.

Em busca de documentos e utensílios da SocietàItaliana di Mútuo Soccorso Regina Margherita

portes dos fundadores da Regina Margherita. Muita coisa se perdeu. Na época da Segunda Guerra Mun-dial, foram queimados muitos docu-mentos, por causa de perseguições” pontua Giordani. Ele acrescenta que a tendência é de que a exposição po-derá ser levada à província do Trento, Norte da Itália.

HistóriaA Sociedade Regina Margherita,

iniciada por Domenico Loss, Pasqua-le Campana, Antônio Bortolini, Pietro Crestani, Eugênio Chiaparin, Constan-te Dal’Olmo, Marco Nardon, Frances-co Frare, Davide Manica, Francesco Gentili, Leandro Bortolini, Giovanni Casagrande e Vicenzo Comin, man-tinha uma escola de língua italiana e também ajudava seus associados em caso de doenças. Quem puder cola-borar, deve contatar: Sandro Giorda-ni (54 9142 7711) ou pessoalmente Marcelo Galvagni, Gilvana Giordani, Angelo Frizzo, Firmino Splendor, de Bento Gonçalves e Gustavo Baretieri, de Erechim.

Reprodução

Desde 2004 no mercado, a Loja Recanto Nativo completa 10 anos de atividades em Bento Gonçalves e re-gião, comercializando produtos de qualidade no ramo de indumentária gaúcha, como pilchas para peões e guris, prendas e prendinhas, além de artesanato, artigos para churrasco e o tradicional chimarrão. Também or-ganizamos aulas de Danças Gaúchas de Salão, com ins-trutores credencia-dos pelo MTG.

Para a Semana Farroupilha e apro-veitando o aniver-sário de 10 anos da loja, foi lançada uma promoção: a cada compra com valor acima de R$ 100,00, o cliente

Prédio que sediava a Sociedade Regina Margherita, na rua Júlio de Castilhos

Promoção de aniversário de 10 anos da Recanto Nativo sorteia pilcha completa

preenche um cupom e concorre a uma pilcha completa. O sorteio será no dia 21 de novembro, no galpão do Parque Municipal de Rodeios Gene-ral Bento Gonçalves da Silva (ABCTG) durante o Baile de Aniversário de 10 anos, que será animado por Matheus Teixeira e Grupo Pachola. Ainda have-rá show do humorista Maragato.

Divulgação

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04 Jornal Integração da Serra | 04 de setembro de 2014Entidades

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Mobiliário - 2014Antecipação de 2,7% em agosto (Bento Gonçalves, Monte Belo do Sul e Santa TerezaPisos a partir de 1º de agostoContrato: R$ 996,19 (60 dias)Intermediário: R$ 1.027,00Normativo: R$ 1.160,51 (depois do sexto mês de empresa)

Construção Civil - 2014Data base 1º de maioReajuste de 7,50% para os salários em geral até a parcela salarial de R$ 3.500,00, sendo que, no tocante a parcela excedente, o reajuste é de 5,82%. Ganho real de 1,68%.Salários normativos:R$ 1.329,00 para o profissional (no contrato de experiência)R$ 1.570,00 para o profissional (pós-contrato de 60 dias)R$ 1.075,00 para o servente (do contrato até o quarto mês de contrato de tra-balho)R$ 1.140,00 para o servente (no período posterior ao quarto mês de contrato de trabalho

Mármores e Granitos - 2014Data base em 1º de maioReajuste de 7,76% até o limite de R$ 2.300,00, sendo que para o valor acima do limite a correção será de 7%. Ganho real de 1,94%.R$ 1.148,40 até o quarto mês de contrato de trabalho (piso admissional).R$ 1.181,40 após o quarto mês de contrato (salário normativo).

Com o desafio de promover o co-nhecimento compartilhando a infor-mação, o Centro da Indústria, Comér-cio e Serviços (CIC/BG) vai repassar exemplares do livro sobre o centená-rio da entidade, lançado no último dia 22 de agosto, para as escolas da rede municipal de ensino, entidades afins e universidades.

Devido a informações históricas, a publicação poderá ser utilizada em sala de aula como ferramenta de pesquisa. As mais de 700 empresas associadas ao CIC também receberão o livro, que homenageia ex-presiden-tes e mescla a trajetória da entidade com a história do desenvolvimento econômico e social na região e no mundo. Dos 48 ex-presidentes, 24 ti-veram forte participação na publica-ção, contando suas experiências em cada período.

“Foi construída uma bela his-tória no decorrer desses 100 anos. Sinto-me honrado em presidir a en-tidade por ocasião dessa comemora-ção. Agradecemos as empresas que

Acordos coletivos garantem ganhos reais a trabalhadoresSitracom BG

A luta constante do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sitracom BG) por quali-dade de vida e mais cidadania gerou novas conquistas para os trabalhado-res. Integrantes de cinco categorias profissionais com data base em 1º de

maio tiveram seus dissídios coletivos homologados e terão reajustes que chegam a 8,30%, como é o caso do setor da construção civil do municí-pio de Nova Prata. Os trabalhadores do mobiliário de Bento Gonçalves, que já tiveram seu dissídio confirma-do, têm também uma antecipação de

2,7% a contar do dia 1º de agosto. O presidente do Sitracom BG, Ita-

jiba Soares Lopes, destacou a impor-tância da entidade nas negociações com os sindicatos patronais e o resul-tado prático para os trabalhadores. “Entendemos que, para garantir qua-lidade de vida e cidadania devemos

lutar por uma distribuição de renda mais justa. O sindicato está empe-nhado nesta tarefa e, por isso, obte-ve resultados bastante positivos que vão gerar ganhos reais”, comentou.

Os novos pisos salariais para es-tes trabalhadores estão descritos nos quadros abaixo:

Olaria e Cerâmica - 2014Data base em 1º de maioReajuste de 7,82% - 2% de ganho real.Piso admissional – Servente – R$ 898,00, ficando garantido neste piso um adiantamento de salário no valor de R$ 50,00 a partir de 1º de janeiro de 2015. Após cinco meses de contrato R$ 1.000,00Piso admissional – profissional – R$ 1.080,00Após cinco meses de contrato – R$ 1.215,00

Marcenaria - 2014Data base em 1º de maioDois Lajeados, Guaporé, Nova Araçá, Nova Bassano, Paraí, São Valentim do Sul e União da Serra. Reajuste de 8% - 2,18% de ganho realPiso admissional de 60 dias – R$ 930,00 ficando garantido neste piso um adian-tamento de salário no valor de R$ 50,00 a partir de 1º de janeiro de 2015. Salário normativo – após 60 dias da admissão – R$ 990,00, ficando garantido neste piso, um adiantamento de salário no valor de R$ 30,00 a partir de 1º de janeiro de 2015.

Construção Civil - Nova Prata - 2014Data base em 1º de maioReajuste de 8,30% - 2,4% de ganho real, além dos demais ganhos sociais.Salário normativo mínimo para serventes – R$ 1.073,60A partir do sexto mês – R$ 1.139,60Profissionais em contrato de experiência – R$ 1.201,20Salário normativo para profissionais – R$ 1.566,40

Livro dos 100 anos do CIC/BG é repassado aassociados, escolas, entidades e universidades

Ex-presidentes da entidade foram homenageados

apoiaram o projeto“, destaca o presi-dente do CIC/BG, Leonardo Giordani.

ApoiadoresDez empresas apostaram na ini-

ciativa e assinaram o Livro dos 100 Anos: Artefatos de Borracha PCR; Bertolini S/A; Canta Maria; Comabe Soluções em Impressão; Geremia Re-

dutores; Giordani Turismo; Hospital Tacchini; Imobiliária Faggion; Todes-chini e Universidade de Caxias do Sul (UCS). Essas marcas, além de assina-rem a obra, também acompanharão a exposição itinerante dos 100 anos que inicia no CIC/BG, seguindo para a Fiergs, Federasul, Salão Nobre da Pre-feitura de Bento Gonçalves, UCS Carvi

e escolas municipais, encerrando nas empresas patrocinadoras. O autor da publicação é Janquiel Mesturini, dire-tor da Conceitocom Brasil, empresa especializada em comunicação cor-porativa, responsável pela produção do livro.

Fotos: Jeferson Soldi

Presidente do CIC/BG, Leonardo Giordani

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0504 de setembro de 2014 | Jornal Integração da Serra Empresas

Estão abertas as inscrições para o Salão Design 2015. O prêmio é re-alizado desde 1988 pelo Sindmóveis Bento Gonçalves, com o objetivo de incentivar a criatividade, o empreen-dedorismo e a inovação tecnológica de móveis e acessórios por meio do design. A 19ª edição distribuirá R$ 205 mil em prêmios nas modalidades Estudante, Profissional e Indústria.

A exemplo das duas últimas edi-ções, os concorrentes poderão ins-crever projetos em sete categorias: Móveis para Dormitório; Móveis para Sala de Estar e Jantar; Móveis para Cozinha, Área de Serviço e Banhei-ro; Móveis para Área Externa; Móveis para Escritório e Home-Office (in-cluindo mobiliário para espaços co-merciais e públicos); Acessórios Do-mésticos e Iluminação.

A Vinícola Salton comemora 104 anos com balanço positivo. O cres-cimento é de 11 % para este ano. Lançamentos como o Salton Septimum e a linha Salton Paradoxo, além do emblemático Salton Talento vêm con-solidando a liderança nacional no mercado de espumantes e frisantes. De acordo com o presidente Daniel Salton, em 2014, a vinícola apresentou duas novidades importantes. “Estamos atentos às oportunidades que te-mos, como a produção na região de Santana do Livramento (RS) e, tam-bém, com a implantação de uma planta-piloto para testes de novos produ-tos e inovações tecnológicas em nossas operações industriais, localizada em Jarinu, no interior de São Paulo. Este projeto deverá nos proporcionar ganhos de produtividade e competitividade ainda maiores”, ressalta.

O Salton Septimum nasceu em homenagem aos sete irmãos funda-dores da vinícola, filhos de Antonio Domenico Salton. Composto pelas variedades Tannat, Ancelota, Merlot, Cabernet Franc, Teroldego, Cabernet Sauvignon e Marselan, é o primeiro vinho elaborado unicamente com uvas provenientes de vinhedos da campanha gaúcha. A primeira edição tem so-mente 7.547 garrafas, todas elas numeradas.

Mais informações www.salton.com.br.

O diretor do Hotel Villa Michelon, Moysés Luiz Michelon, foi homena-geado com o troféu Supermercadista Honorário Agas, durante a solenidade de abertura da 33ª Convenção Gaú-cha de Supermercado (Expoagas), promovida pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), em Porto Alegre, no último dia 19 de agosto. Segundo o presidente da Agas, Antô-nio Longo, ocorreu pela forte relação de Michelon com o mercado super-mercadista, iniciada em 1956, ano da empresa Massas e Biscoitos Isabela em Bento Gonçalves. Mi-chelon ajudou a promover em 1976, em Bento Gonçalves, o pri-meiro encontro de supermerca-distas do Rio Grande do Sul.

No ano seguinte, auxiliou a promover, em Caxias do Sul e Bento Gonçalves, o encontro de empresários supermercadistas da Agas e da Acats de Santa Ca-tarina. “A intenção era ampliar o relacionamento com a rede e re-conhecer os empresários”, desta-

O Hospital Tacchini homenageou um grupo de 60 pessoas com a entre-ga da medalha Tacchini 90 Anos, em evento realizado no último dia 27 de agosto, no auditório da instituição. O evento marcou o início das comemo-rações oficiais de aniversário do hos-pital, lembrado no próximo dia 20 de setembro.

“Entregamos a medalha a di-versos colaboradores, médicos, em-presários e pessoas da comunidade que, direta ou indiretamente, sempre apoiaram o hospital em suas ações”, ressalta o presidente do Conselho de Administração do Tacchini, Antonio Stringhini.

Neste ano, o Hospital Tacchini ampliou os serviços de quimiotera-pia, inaugurando, em maio, o Centro Regional de Oncologia. Em julho, fo-

Maior premiação da América Latina distribuirá R$ 205 mil em prêmios para estudantes, profissionais e indústrias

Inscrições para o Salão Design 2015 até 10 de novembro

Em 26 anos, mais de 11.200 projetos foram inscritos no Salão Design

Nesses 26 anos, mais de 11.200 projetos foram inscritos no prêmio, que é considerado o maior do gênero na América Latina. A diretora do Sa-lão Design, Cristiane Silveira, destaca o crescente reconhecimento interna-cional, com um aumento expressivo na participação estrangeira.

A comissão julgadora do Salão Design 2015 é formada por cinco pro-fissionais da arquitetura e design que emprestarão seus conhecimentos a serviço do prêmio. Quatro dos jura-dos já participaram de edições ante-riores: as arquitetas Ilse Lang e Isabe-la Vecci e os designers Ivens Fontoura e Leonardo Lattavo. A estreia nesta edição fica por conta da executiva Gláucia Binda, que representará a in-dústria.

As inscrições podem ser realiza-

das até 10 de novembro e a avaliação ocorrerá em duas etapas, a partir de novembro. A divulgação dos selecio-nados para a segunda fase ocorre em dezembro de 2014 e os participantes

terão até maio de 2015 para envio dos produtos. Os vencedores serão conhecidos em junho do próximo ano. Inscrições e download do regu-lamento: www.salaodesign.com.br.

Evandro Soares

Moysés Luiz Michelon agraciado com o troféu Supermercadista Honorário Agas

ca Michelon. Durante o período que esteve na Isabela, até 1999, também prestou assistência aos pequenos ar-mazéns e minimercados fornecendo layout, departamentalização e treina-mento das suas equipes. De acordo com o presidente da Expoagas, Antô-nio Cesa Longo, Michelon acreditou desde o início na integração do setor supermercadista gaúcho, dando o pontapé inicial para as primeiras reu-niões de supermercados.

Membros do Conselho de Administração do Tacchini entre os homenageados

Entrega da medalha Tacchini 90 Anos reconhece o apoio de pessoas e entidades ao desenvolvimento da instituição

ram entregues as obras da nova ala da UTI Infantil, que agora conta com espaços separados para a UTI Neona-tal e UTI Pediátrica. Para os meses de setembro e outubro, estão previstas a inauguração do novo espaço do Pronto Socorro e da UTI Adulta. “Nes-te ano, pretendemos ainda dar início às obras de construção do edifício garagem. Tivemos alguns entraves, que envolveram a liberação dos do-cumentos junto ao IPURB, mas agora já temos aprovação”, informa Strin-ghini.

As comemorações dos 90 Anos do Hospital Tacchini preveem ainda a entrega do troféu Tacchini 90 Anos, marcado para o dia 16 de setembro. O Hospital também reconhecerá o apoio de entidades, instituições e ór-gãos públicos.

Giovani Nunes

Vinícola Salton completa 104 anos

Divulgação

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Semana Farroupilha06 Jornal Integração da Serra | 04 de setembro de 2014

Venha nos visitar e conferir nossos produtos.Trabalhamos com alimentação animal, produtos agrícolas, ferragens e tudo para a encilha de seu cavalo.Neste setembro, mês que festejamos a bravura Farroupilha, não deixe faltar nenhum apetrecho em seu cavalo. Venha logo para a Agropecuária Recanto Nativo e cavalgue com o que há de melhor em encilhas.

Agropecuária Recanto NativoRua Mario Italvino Poletto, nº 140, sala 01Bairro Planalto - Bento Gonçalves - RS

Agropecuária Recanto Nativo

A bandeira e o hino do Estado do Rio Grande do Sul, hoje, - salvo uma ou outra alteração - ainda são os mesmos da República do Piratini, onde o general Bento Gonçalves, lí-der da Revolução Farroupilha (1835-1845) manteve cinco ministérios. A História do Brasil tem vários registros de movimentos de revolta em Esta-dos da confederação, como os das Guerras Guaraníticas, (1754-1756); Inconfidência Mineira (Minas Gerais – 1789); República Juliana (1839); Sabi-nada (Bahia - 1837-1838); Revolução

SÁBADO | 13 DE SETEMBRO7h30min Início da Cavalgada com translado da Chama Crioula. Saída da Polícia Rodoviária de Bento Gonçalves em direção a Monte Belo do Sul

13h30min Chegada dos cavaleiros com a Chama Crioula na Praça Padre Ferlin. Início da Mateada, com a gravação do Programa da Rádio Liberal FM “Canta Meu Povo”, apresentação da Oficina de Violão e Oficina de Canto do Projeto “Canto e Dança, Monte Belo Encanta!” e talentos locais. Em caso de chuva, será no Ginásio da Escola Pedro Migliorini. Traga a cuia e a cadeira, a erva-mate e a água quente é por nossa conta!

20h Jantar-dançante com tradicional Churrasco Campeiro na Sociedade 24 de Maio e apresentação do Grupo de Invernada Artística do Projeto “Canto e Dança, Monte Belo Encanta!” Organização CTG Sopro do Minuano

DOMINGO |14 DE SETEMBRO13h30min Desfile Cívico com participação das Escolas do Município, entidades municipais e convidados. Após, mateada na Praça Padre Ferlin

TERÇA-FEIRA | 16 DE SETEMBRO14h Palestra com o professor e tradicionalista César Vieira sobre o tema: “Aspectos da Cultura Gaúcha”, no Ginásio de Esportes da Escola Pedro Migliorini

QUINTA-FEIRA | 18 DE SETEMBRO13h CTG Vai à Escola - programação durante a tarde com alunos da EMEF Caminhos do Aprender e Escola Roman Ross

SEXTA-FEIRA | 19 DE SETEMBRO13h Final da I Gincana de Integração da Semana Farroupilha - alunos de 5º ano a 8ª série da EEEM Pedro Migliorini e EMEF Roman Ross. Promoção: SMED e CTG Sopro do Minuano

Revolução Farroupilha e outros movimentos separatistasLiberal (São Paulo - 1842); Revolução Federalista (1892-1895); Guerra do Contestado (1912-1916) e Revolução Constitucionalista (São Paulo - 1932), entre outros.

O Rio Grande do Sul, após a Re-volução Farroupilha, continuou se-diando movimentos separatistas. Atualmente, o que está em voga é o denominado “O sul é meu país”, que está promovendo o 22º Congresso Nacional, em Passo Fundo, no Ho-tel Serrador, nos dias 20 e 21 deste mês. O movimento, criado em 1991,

em Laguna, leva a bandeira de auto-determinação do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, abrangendo 862 municípios, entre os três Estados.

“Guaranis já lutavam contra os in-vasores portugueses e espanhóis”

De acordo com a representante do movimento no Rio Grande do Sul, Anidria Miranda, de São Jerônimo, a criação de um país com os estados sulistas não é um sonho, como pen-sam alguns. “Nossa peleia vem de bem antes da Revolução Farroupilha.

Os guaranis comandados pelo lendá-rio herói Guairacá já lutavam contra invasores portugueses e espanhóis. Também com a instalação da Repú-blica Guarani, as Missões Jesuíticas tiveram como seu defensor Sepé Tia-rajú, que já declarava “- Essa terra tem dono -,” afirma ela. Já o presidente nacional, Celso Deucher, ressalta que o Rio Grande está bem organizado. Quem tiver interesse em conhecer melhor o Movimento pode acessar: www.meusul.net e ainda no face-book: www.facebook.com/meusul.

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Meio Ambiente 0704 de setembro de 2014 | Jornal Integração da Serra

Como bióloga e para gerar con-fiança, tranquilidade e esclarecimen-tos aos interessados em efetuar o Cadastro Ambiental Rural, expomos aqui os procedimentos, colocando--nos à disposição dos interessados em fazer este cadastramento. O pra-zo é até maio de 2015. Primeiramen-te, esclarecemos que, o CAR faz parte do processo de implantação do novo Código Florestal. Entre os seus obje-tivos está a regularização ambiental das propriedades rurais.

Os dados do cadastro são de ca-ráter declaratório e de responsabili-dade do proprietário rural e têm de ser atualizados sempre que houver alterações de domínio ou das carac-terísticas do imóvel. Deve ser feito na Internet. No formulário de inscri-ção, o proprietário ou posseiro deve

É uma comunidade carismática presente numa diocese, paróquia, capela, colégio, universidade, presídio, empresa, fazenda, condomínio, residên-cia, que cultiva a oração, a partilha e todos os ou-tros aspectos da vivência do Evangelho, a partir da experiência do batismo no Espírito Santo, que tem na reunião de oração sua expressão principal de evangelização querigmática e que, conforme sua especificidade e mantendo sua identidade, se inse-re no conjunto da pastoral diocesana ou paroquial, em espírito de comunhão, participação, obediên-cia e serviço. “O objetivo do grupo de oração é levar os participantes a experimentar o pentecostes pes-soal, a crescer e chegar à maturidade da vida cristã plena do Espírito, segundo os desejos de Jesus: ‘ Eu vim para que as ovelhas tenham vida e a tenham em abundância’ (Jo 10, I Ob)”.

LOCAIS DE ORAÇÃO

Segunda-feiral G.O. Sagrada FamíliaIgreja Matriz Santo Antônio, 20hl G.O. Santa RitaComunidade Santa Rita, 19h30minl Pais orando pelos filhosAssociação Servos de Maria, 13h30min

Terça-feiral G.O. Fé e VidaIgreja Matriz São Roque, 14h

Quarta-feiral G.O. Santo AntônioAuditório da Igreja Santo Antônio, 14hl Terço para homensIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30min(somente na 2ª semana de cada mês)

Quinta-feiral G.O. Servos de MariaAssociação Servos de Maria, 14hl G.O. São LuísIgreja São Luís, bairro Glória, 19h30minl G.O. N. S. de CaravaggioIgreja N.S. Caravaggio, Tamandaré, 19h30l Adoração ao Santíssimo SacramentoAssociação Servos de Maria, das 8 às 14h

Sábadol G.O. Jovem nas Asas do EspíritoAssociação Servos de Maria, 20hl Adoração ao Santíssimo SacramentoIgreja São Luís, 18h - 4º Sábado

O que é um

Grupo deOração?

“O movimento carismático católico é um dos numerosos frutos do Concílio Vaticano II que, como um novo Pentecostes, suscitou na vida da Igreja um extraordinário florescimento de agregações e movimentos, particularmente sensíveis à ação do Espírito. Como não dar graças pelos preciosos fru-tos espirituais que a Renovação gerou na vida da Igreja e de tantas pessoas? Quantos fiéis leigos – homens, mulheres, jovens, adultos e anciãos – pu-deram experimentar na própria vida o maravilhoso poder do Espírito e dos seus dons! Quantas pesso-as redescobriram a fé, o gosto da oração, a força e a beleza da Palavra de Deus, traduzindo tudo isto num generoso serviço à missão da Igreja! Quantas vidas mudaram de maneira radical!”

Fonte: Caderno de Formação Paulo ApóstoloRCCBRASIL

54 3452 2612

Apoio:

A Associação Bento-gonçalvense de Proteção ao Ambiente Natural (Abepan) resgata o projeto “Dê vida: presenteie seu convidado”, que con-siste na entrega de mudas de espé-cies nativas e frutíferas, para convi-dados de aniversários, casamentos, formaturas ou eventos, incentivando--os ao cultivo destas árvores.

As mudas poderão ser retiradas, gratuitamente, na sede da Abepan (Travessa Santo Antônio, 54, bairro Cidade Alta), mediante agendamen-to prévio. As plantinhas estão dispos-tas em cartuchos identificados com a altura que a planta atinge, além do nome científico e popular.

Abepan resgata o projeto “Dê vida: presenteie seu convidado”

Segundo o gestor ambiental da Abepan, Paulo Roberto de Paula, a ação objetiva atingir a consciência do público por meio deste gesto es-pecial. “Esta atitude certamente irá minimizar aquilo que, ao longo dos anos, foi retirado da natureza sem que tenha havido contrapartida”, afir-ma. “A mudinha recebida poderá sig-nificar uma considerável melhora na qualidade de vida da população e no equilíbrio do meio ambiente. Residir numa cidade arborizada é sinônimo de povo consciente”, complementa.

Mais informações pelo telefone (54) 3452 1575, e-mail [email protected], ou na sede da entidade.

Mudas entregues a convidados

Divulgação

AndréiaCelso BiólogaCRBIO 42000-03

Cadastro Ambiental Rural: o prazo vence em maio de 2015

identificar o perímetro do imóvel, as áreas protegidas e as áreas degrada-das que precisam ser recuperadas. A identificação e a avaliação das pro-priedades serão feitas com o uso de imagens de satélite, que permitirão o cruzamento de dados. Após a análise, será gerado um relatório que indica-rá a situação ambiental do imóvel. A atribuição do profissional biólogo vem em auxílio nesse sentido.

Criado pela Lei Federal número 12.651, de 25 de maio de 2012, no âmbito do Sistema Nacional de Infor-mação sobre Meio Ambiente, o CAR é o registro público eletrônico, obri-gatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as infor-mações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramen-to, planejamento ambiental e econô-mico e combate ao desmatamento. Os produtores que têm dificuldade de acesso à internet serão auxiliados por técnicos.

Informações: Andréia Celso, Shopping Bento, Wall Street Business Center, sala 804, Bento Gonçalves, Fone: 54 9967.6199

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Moda&BelezaCristiane Grohe

[email protected]

G. Arroyo

Social / Moda08 Jornal Integração da Serra | 04 de setembro de 2014

Social

A primavera está próxima e os dias mais quentes também. É nessa época que começamos a ver nas vitrines e revistas de moda o que vem por aí. Para quem gosta de colocar as pernas de fora: perfeito. As saias vêm com tudo e para todos os gostos. Confira:

MidiPromete ser a peça da próxima estação, criando looks elegantes e

maduros. Ela promete vir em grande variedade de modelos na prima-vera verão e, claro, com uma pitada de ousadia, resultando em pro-duções modernas e diferentes. Tenha cuidado para não achatar sua silhueta. A dica é sempre provar e aí sim ter a certeza da compra.

LongaElas têm seu charme e, tudo indica, seu público cativo, portanto,

não devem dar adeus tão cedo. Se você tem uma saia longa no guarda--roupa, pode comemorar! Elas continuarão em alta e com novas cores, vindo em tecidos mais nobres e delicados para a próxima estação.

Minissaia assimétricaQuem não lembra da sua versão short? É aquela que mistura saia

com short, muito usada no verão passado. Ela também vai continuar em alta, só que assimétrica, que é fácil de combinar. Pode ser usada com camisa, camisetas, regatinhas e até com um casaquinho nos dias mais frios.

Trompete ou flareVocê já deve ter visto esse modelito no verão passado e até no in-

verno. Saia com babados na barra, também conhecida como saia trom-pete ou flare. São aquelas mais justinhas no quadril, com babadinhos na barra, que deixam a peça delicada e feminina. Apesar de ser um modelo bem democrático, quem tem quadril mais largo deve tomar alguns cuidados.

O sorridente Bernardo Fracalossi, filho de Ronan e Raquel, completou seis meses no último dia 2

Manuela Zanesco, neta e sobrinha de ex-presidentes do CIC BG, brilhou no lançamento do livro dos 100

anos da entidade

Dia de festa nos nove anos de Luize Fronza

André Pellizzari Fotografia Raquel Martinelli Janete Nodari

Reprodução

Ah! A primavera, suas cores e formas!

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JaneteNodari

[email protected]

04 de setembro de 2014 | Jornal Integração da Serra 09

SocialPortaria de LouvorNo próximo dia 9, às 19h, será

entregue a Portaria de Louvor e Agra-decimento ao Hospital Tacchini, pela Câmara de Vereadores de Bento Gon-çalves em reconhecimento aos 90 anos de fundação.

Família Vaccaro com distinções aos produtos da Vinícola Vaccaro, na 12ª edição da Seleção dos Melhores Vinhos e Espumantes de Garibaldi. Evento promovido

pela Associação dos Vinicultores de Garibaldi (AVIGA) no último dia 22

Kátia Bortolini

Janete Nodari

André Pellizzari Fotografia

O enólogo Cristian Bernardi e o coordenador de marketing, Rodrigo Biasi, brindam os lançamentos da Gran Legado e Suvalan na Expoagas 2014

O casal Alberto Ribeiro e Deyse Aquino durante e-session em Floripa

Arquivo Pessoal

Lauren, filha de Sandro e Silvane Giordani, completou 6 meses, no último dia 19

Dante Emanuel Pedrotti recebe os cumprimentos dos pais Eliana e Dirceu Pedrotti e das manas, Monique e Liana, pela sua formatura em Bacharel em Direito. O sucesso é daqueles que batalham e, com certeza, você é um dos merecedores

desse sucesso. Parabéns!Arquivo Pessoal

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Saúde10 Jornal Integração da Serra | 04 de setembro de 2014

Por Carlos Geovane

A primavera, conhecida como a estação das flores, é temida por parte da população por causa das alergias e infecções respiratórias. Não há um número oficial que classifique quan-tos são acometidos por essas doenças. Mas, com a chegada da estação, no dia 23 de setembro, as pessoas recorrem mais a tratamentos médicos.

O médico pneumologista Alexan-dre Pressi, lembra que a polinização das flores acentua os quadros alérgi-cos. “Se o paciente apresenta espirros, coceira no nariz ou nos olhos, coriza branca e nariz trancado, é rinite alérgi-ca, que deve ser combatida com o uso de antialérgicos e sprays nasais”, expli-ca. Acrescenta que, além desses sinto-mas, se o paciente tiver febre, o qua-dro de alergia pode mudar para o de gripe. Pressi observa que as crianças e os jovens sofrem mais com as doenças

A primavera e suas “ites”Pólen de flores acentua quadros alérgicos

PREVENÇÕES E CUIDADOSLavar as mãos é fundamental, para todos os quadros de infecções exis-

tentes. Porém, outros cuidados devem ser tomados. No caso das alergias du-rante a primavera, é recomendado evitar o contato com a poeira, o ácaro e o mofo. Quanto à polinização das flores, não há como evitar. “Nesse caso, é preciso utilizar medicamentos, como o spray nasal, para proteger a pessoa e garantir uma vida mais confortável”, pontua o pneumologista.

Nos quadros infecciosos, o cuidado é evitar locais fechados e aglomera-ções. Quanto às crianças que apresentam esse quadro clínico, o médico tam-bém desaconselha escolinhas. Já para fumantes – tanto passivos como ativos – o risco de adquirir infecções, tanto na primavera quanto em outras estações, é alto. Em fumante gestante, as infecções respiratórias podem provocar alte-ração genética no bebê. A vacinação, garante, ainda é a maneira mais eficaz de se proteger das doenças respiratórias, sendo indicada para todas as idades.

de primavera, pela imunidade incom-pleta. “Já os idosos sofrem mais com as de inverno, por conta da imunidade baixa”, acrescenta.

Segundo ele, o quadro gripal é mais agressivo, pois causa desconfor-to, afetando drasticamente o dia a dia do paciente. “Enquanto uma alergia pode facilmente ser controlada, uma gripe demanda tratamento com re-médios que ajam rapidamente contra a doença”, observa. Pressi lembra tam-bém das infecções bacterianas, que devem ser tratadas à base de antibió-ticos. A sinusite é a mais conhecida. O médico diz que o que a diferencia das outras “ites” é a secreção, amarela ou verde, oriunda da garganta ou das vias aéreas, a tosse noturna e a dor de ca-beça na região da face. Entretanto, a si-nusite não causa febre. De acordo com o médico, traqueobronquites também são mais comuns de acontecer nessa época do ano e, assim como a sinusite,

é causada por bactérias. Segundo o médico, a tosse é o

sintoma mais frequente dos casos res-piratórios, seguida pela dor no tórax – que muitas vezes é confundida com dor muscular – e a falta de ar, principal-mente pelos asmáticos e idosos. Ainda

conforme Pressi, nada impede que o paciente tenha dois diagnósticos (uma sinusite e uma gripe, por exemplo).

Não é comum, diz ele, idosos apre-sentarem quadros de alergia na prima-vera, “até pelo fato de terem dessensi-bilizado ao longo de uma vida inteira”.

Carlos Geovane

Alexandre Pressi, médico pneumologista

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Esportes04 de setembro de 2014 | Jornal Integração da Serra 11

A magia do Stand Up Paddle:pratique você também Rodrigo

De MarcoAcadêmico de [email protected]

Bola dividida“Amoor... busca uma cevinha lá, o jogo já vai começar... bem geladinha...

agora vai logo”! É desta forma que muitos homens se referem a suas parceiras, e elas, sem se darem conta são envolvidas por essa espiral de dominação más-cula. Agindo de forma automática, atendem os pedidos de seus ogros, que as tratam como marionetes, e quando não estão mais apta para uso, as trocam rapidamente. O machismo há décadas está impregnado na sociedade, e como sanguessuga se apodera sem pedir licença.

O começo desse artigo é o retrato básico da mulher submissa aos desejos e provocações do sexo oposto. O futebol está justamente entre o universo de discórdia e a guerra dos sexos. Nesse espetáculo, elas ainda servem como ob-jetos de prazer, cujo símbolo é a geladinha e um belo par de coxas torneadas. É a bola dividida entre o tesão pela mulher gostosa e o futebol de domingo.

O jornalismo esportivo atualmente conta com excelentes repórteres mu-lheres, que desempenham muito bem suas funções. São belas profissionais, que driblaram o preconceito e mostraram que futebol não é destinado exclusi-vamente para os homens. Também, nesses últimos anos, bandeirinhas e juízas passaram a fazer parte da arbitragem em jogos importantes do Campeonato Brasileiro. É claro que há respingos do preconceito enquanto elas fazem seu trabalho. Houve um caso, no ano passado, de uma bandeirinha que errou de forma grotesca, e o treinador de determinada equipe mandou-a fazer fotos para a Playboy, porque para o futebol não servia.

A mulher está cada vez mais cravando seu espaço e dominando inúmeras áreas, inclusive as que até pouco tempo eram exclusivas dos homens. Lindas, esbeltas, elegantes, elas vão dominar o mundo, aprisionando os “machões” em suas celas de preconceito e restrições.

Desde a “descoberta” do surf pelos antigos reis polinésios, o Stand Up Paddle é, por certo, uma de suas mais significativas evolu-ções. Isso por que, tal modalidade permite que, além da prática de “an-dar sobre as ondas”, agora também se possa “andar sobre as águas”. Isso faz com que o esporte possa ser praticado não somente no mar, descendo as ondas, mas ainda em rios, lagos e açudes. Assim, esta mo-dalidade esportiva que, há tempos, se luta para tornar-se um esporte olímpico, possa ser praticada tam-bém longe das praias.

O Stand Up Paddle consiste na utilização de uma prancha de ta-manho maior, com mais sustenta-bilidade e flutuabilidade. Com a uti-lização de um remo, pode-se andar sobre as águas e sentir a sensação de liberdade que o esporte permi-te. Ao mesmo tempo, permite a sua prática longe das praias, ainda que também seja comum a prática de surf sobre as ondas com a utilização também do Stand Up Paddle. Todas essas modalidades permitem a sen-sação de liberdade de andar sobre as ondas.

Trata-se de um es-porte relativamente simples, na medida em que a prancha de Stand Up Paddle, se utilizada de maneira adequada, dificilmen-te afunda, fazendo da modalidade, um es-

O jogador amador de futebol mais antigo atu-ando na Serra Gaúcha, Clario Tasca, completou 76 anos no último dia 2 de agosto. Na foto, em jogo comemorativo realizado no Vale dos Vi-nhedos, com o genro Gil-berto e o filho Daniel (à direita). Tasca é veterano do “Clube dos Trinta” e joga todos os sábados, na sede campestre da Sociedade Recreativa Botafogo.

Arquivo Pessoal

porte seguro na maioria das vezes. Ora, como todo e qualquer esporte, o Stand Up Paddle pressupõe a uti-lização de equipamentos adequa-dos e alguns requisitos, como saber nadar. Os equipamentos necessá-rios são a prancha, o remo, o leash (cordinha que prende a prancha ao pé do esportista, evitando que, em eventual queda, esta se afaste do mesmo, pois é a sua segurança na água), um deck (espécie de base que evita que o esportista escorre-gue sobre a prancha), trajes de ba-nho e, se for o caso, um colete salva--vidas, minimizando os riscos.

A Kakuni Brasil Surf Equipa-ments, empresa que se dedica à fabricação de equipamentos para surf e Stand Up Paddle (SUP), em parceria com os principais shapers (fabricantes de pranchas), trouxe para a Katmai, referência em espor-tes de aventura, na Serra Gaúcha, essa modalidade para Bento Gon-çalves e região. Passe em nossa loja, conheça mais esta novidade e se apaixone. Contatos pelo fone (54) 3701-1913, pelo e-mail [email protected] ou por facebook.

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ulga

ção

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Agricultura12 Jornal Integração da Serra | 04 de setembro de 2014

Os caracóis e as lesmas são os animais que podem surgir num jar-dim ou horta como pragas, e quan-do aparecem são uma autêntica dor de cabeça para todos os produtores. Eles têm a capacidade de estragar uma plantação da noite para o dia.

Tanto os caracóis como as les-mas são hermafroditas, o que signi-fica que tem aparelhos reprodutores masculinos e femininos. Chegam a colocar mais de 400 ovos por ano e fazem-no preferencialmente sob es-combros, pedras e plantas. O apare-cimento de ambos ocorre com mais frequência no início da primavera.

Para se mover, lesmas e cara-cóis contam com a ajuda de uma

Minha mãe nasceu no dia 26 de fevereiro de 1916, num lugar onde não tinha luz elétrica, onde o único barulho era das águas de um córrego, dos passarinhos e dos animais domésticos. Aprendeu a escrever na lousa e só usou sapatos, quando já era bem adulta. Minha mãe nunca entendeu porque sua velha casa teve que ser gradeada e as portas trancadas à chave, também não entendeu nada de informática e muito menos o porquê de tanta violência e injustiças entre os homens. Tinha fé, acreditava no poder da oração. Nunca usou palavras para ensinar, ela era o exemplo e o próprio verbo. Minha mãe entendia de flores, todos os tipos... de verduras e hortaliças, todos os tipos... de hortas e jardins bem cuidados, das estações, da época de plantar, da Lua, das mudas e das raízes, brotos que germinam...entendia de respeito, educação e honestidade. Minha mãe... tinha mãos de fada... tudo era feito com esmero e muito capricho. Arrumava e enfeitava a casa. Fazia pão no forno de pedra, bolos e biscoitos, geleia no tacho de cobre, compotas e frutas açucaradas, que viravam passas... maçãs e marmelos fatiados secos ao sol viravam chás. Conhecia todos os tem-peros e ervas... ervas que curavam minhas dores e meus medos. Sinto cheiro de comida boa... cheiro de casa limpa e arejada, assoalho en-cerado e roupa lavada no varal... cheiro de polenta sapecando no fogão a lenha. Minha mãe costurava e remendava roupas, fazia os lençóis para as camas, os travesseiros com penas de aves e os acolchoados para o inverno... fazia crochê com per-feição...mexia na terra e plantava flores....também fazia flores de papel e tecido...grinaldas para as noivas e lin-das guirlandas. Era uma artesã incógnita. Minha mãe... já não mais queria estar neste mundo, estava cansada. No dia 19 de agosto de 2014, cedo ainda, sem fazer ba-rulho, foi embora...

Saudade... Veranice

“Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos só de passagem. O nosso

objetivo é observar, crescer, amar... depois vamos para casa”.

A saudade é grande, as lembranças estão vivas em nossos pensamentos, jamais te

esqueceremos.

AldacirPancotto

Técnico - EMATER/RS-ASCARSanta Tereza

Medidas de controle contra caracóis e lesmas

espécie de muco secretado por uma glândula localizada na barriga. Essa substância gosmenta é importante, porque ajuda no deslocamento do animal. Eles se movem fazendo movi-mentos ondulatórios, como as cobras e as minhocas.

Provocam prejuízos quantitati-vos quanto qualitativos, pois além de diminuírem a produtividade, depre-ciam o produto, reduzindo seu valor devido à presença de muco ou mes-mo dos próprios animais nas hortali-ças.

Os prejuízos econômicos ocasio-nados podem ser variáveis, depen-dendo do tipo de cultura atacada. No caso de plantio direto, hoje bastante difundido, houve um aumento signi-ficativo dos moluscos pragas.

Estes moluscos vivem em locais úmidos e sombreados, danificando plantas normalmente durante a noi-te. Podem ser vistos durante o dia, em dias nebulosos e úmidos, após as chuvas, raspando (com uma es-trutura chamada rádula) as folhas,

caules e brotos novos, podendo, em infestações severas, levar a morte das plantas.

O manejo envolve uma série de medidas de controle, como o uso de iscas tóxicas, coleta manual de adul-tos e uso de armadilhas à base de cer-veja ou leite, ou restos culturais, além do uso de faixas de cal ou cinzas (de pelo menos 20 cm de largura) ao re-dor da cultura.

Confira alguns métodos

Catação: a coleta manual de adultos é praticável, quando a área cultivada for pequena. Coletar os adultos com luvas de borracha ou sacos plásticos, pois os moluscos po-dem transmitir doenças ao homem através de sua mucosidade. Os adul-tos deverão ser destruídos em água fervente ou mecanicamente.

Iscas tóxicas: são iscas que de-vem ser distribuídas no interior dos canteiros (na dosagem recomendada

pelo fabricante) obtendo redução de aproximadamente 80% da po-pulação infestada.

Armadilhas: colocar estopas ou panos embebidos em cerveja ou leite dispostos juntos à cultura in-festada. Colocar estas armadilhas ao anoitecer e recolher no dia seguinte bem cedo. Tanto a cerveja quanto o leite atrai lesmas e caracóis, os quais deverão ser recolhidos e destruídos. Também poderão ser dispostos res-tos de hortaliças (talos, folhas, etc.) como atrativos, sobre jornais ou lona plástica.

Cal ou cinza: colocar em faixas de aproximadamente 20 cm de lar-gura em volta da cultura. Estas fai-xas dificultam o acesso de lesmas e caracóis. Após cada chuva ou sema-nalmente repetir o tratamento.

Vencer a guerra contra as les-mas e caracóis é trabalhoso, porque a sua erradicação nunca chega a 100%.

Obituário

Homenagem à minha mãe

AugustaDal Piva Fracalossi

Homenagem e convite para missa de 1º ano de falecimento

Mariana Pooli

Missa dia 18 de setembro, Igreja Cristo Rei, às 18 horas

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Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

Tchê e Tchóem quadrinhos

Programe-se com a agenda cultural

Caderno de Cultura e Arte | Nº 14 | Setembro 2014

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A Revolução de Gutenberg Páginas 06 e 07

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02 | Mosaico | 04 de setembro de 2014

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

SeteSete foram as maravilhas do mundo, os sábios

da Grécia, os dias da Criação. Sete são as virtudes cardinais e os pecados capitais. Sete igrejas havia na antiguidade. Sete são as notas musicais.

Sete são as bem-aventuranças, sete pedidos se fazem no Pai-Nosso, sete chagas teve o Cristo. Se-tenta vezes sete se deve perdoar. No sétimo dia Deus descansou. Sete são os sacramentos. Sete vezes fa-lou o Cristo na Cruz.

Sete são os chacras e as obras de misericórdia. Sete braços tem o candelabro judeu. Sete reis teve o Império Romano. Sete contra Tebas conta o mito grego. Sete era o número de Pitágoras. Sete cabeças tinha a Hidra.

Em sete dias a Lua muda e sete são os dias da semana. Sete vidas tem o gato, sete cores o arco-íris. Sete é o pH neutro. Sete linhas há na tabela periódica e sete somam as glândulas endócrinas.

Sete são os mares, sete os continentes, sete on-das se pulam no Ano-Novo. Sete pares de animais ti-nha a arca de Noé. “A sete chaves” se esconde um segredo e “a sete palmos” estão os mortos. Fazer dia-bruras é “pintar o sete”.

Sete Léguas são botas famosas. Sete mulheres

havia em uma casa gaúcha. James Bond era 007. Sete eram os samurais de um romance. Em outro, sete anos se passaram no Tibete. Sete são as artes. Sete cabeças tem um bicho temido.

Dia sete de setembro é a nossa independência. Sete colinas tinha Lisboa. Seven Eleven é nome de rede de loja. Seven Up de refrigerante. Sete Belo é uma bala antiga e famosa. Sete eram os anões da Branca de Neve. Sete eram os arcanjos.

Dizem que sete é conta de mentiroso.

* * *

Em tempo: O Brasil saiu da Copa tomando sete gols da Alemanha. A comissão de Felipão (apelido de sete letras) tinha sete membros. Tudo isso em julho, o mês sete. E o Brasil ficou somente nas sete finais até hoje. Na Copa que começou com Cláudia Leite usando um modelito com o número sete nas costas. Aliás, Cláudia tem sete letras também. E a Copa foi a de 2014, cujos algarismos somam sete. E quatorze, todos sabem, é 7x2. Moral da história: ficamos fora da final, que teria sido a tão sonhada sétima partida.

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Mosaico | 04 de setembro de 2014 | 03Programe-se

A redação leu

Entre os dias 12 e 29 de setembro, a Via Del Vino receberá a exposição de borboletas confeccionadas em ferro pelo artista Bino Fer-reira, de Gramado e decoradas por artistas plásticos da região. A mostra integra a progra-mação “ Estação Primavera em Bento”.

EINSTEIN: SUA VIDA, SEU UNIVERSOAutor: Walter IsaacsonPáginas: 675Editora: Companhia das LetrasAno: 2007 (8ª Reimpressão, 2014)Valor sugerido: R$ 77

EINSTEIN: SUA VIDA, SEU UNIVERSO

Em 2006, vinte anos após a morte da enteada de Einstein, vieram a público uma coleção de cartas par-ticulares do grande cientista. Nelas, a figura de um homem simples e generoso, um humanista de con-vicções firmes. Mas também a de uma pessoa com sé-rias dificuldades de relacionamento familiar, distante emocionalmente dos filhos e às voltas com problemas conjugais. Escrita pelo americano Walter Isaacson, ex--editor executivo da revista Time e biógrafo de Benja-min Franklin, Kissinger e Steve Jobs, “Einstein: Sua Vida, Seu Universo”, é considerada a mais completa e verídica biografia de Einstein realizada até hoje.

Arrebatador e de leitura deliciosa, o livro narra fatos da infância do cientista, seus problemas de indisciplina na escola, a aversão à autoridade, a vida conjugal con-turbada, as dificuldades para arranjar emprego como professor. Obviamente, boa parte da obra desvela a trajetória de Einstein em sua descoberta da Teoria da Relatividade, desde os primeiros tempos no escritório de patentes em Berna, até os dias de glória e fama pelo mundo.

Longe de idealizar o genial cientista, Isaacson traz um Einstein por inteiro, humano e problemático, bon-doso e impertinente, afável e distante. Um pouco as-sim como todos nós. Uma narrativa fantástica sobre o cientista que mostrou a língua ao mundo e mudou para sempre a compreensão do universo.

Exposição Fotográfica O quê: Bailarinas UrbanasQuando: até 22 de setembroHorário: das 8 às 20 horasOnde: Sesc Bento GonçalvesEntrada franca

FestivaisO quê: Festival Nacional do Vinho ColonialQuando: 5 de setembro, 19h30Onde: Salão da Comunidade 8 da GraciemaQuando: Dia 27 de setembro, 20hOnde: Salão da Comunidade Linha PaulinaInformações: 3452.2289

TurismoO quê: 8° Fórum Municipal de TurismoQuando: 10 de setembroOnde: Casa das Artes

Mostra de Cinema AlemãoOnde: Alba Arte, rua General Gomes Carneiro, 171, Centro, 20hQuando: 11 de setembroBerlin is in Germany, Hannes Stohr, 2001Colorido, 90 minClassificação indicativa: 14 anos

Quando: 18 de setembroNenhum lugar para ir, Oscar Roehler, 1999P&B, 100 minClassificação indicativa: 14 anos

AberturaO quê: Estação Primavera em BentoQuando: 12 de setembroOnde: Via Del Vino

CongressosO quê: 2° Congresso JurídicoQuando: 12 e 13 de setembroOnde: Fundação Casa das Artes

O quê: VI Congresso de EquoterapiaQuando: 17 a 19 de setembroOnde: Fundação Casa das Artes

InauguraçãoO quê: sede do Grupo Escoteiro VideiraQuando: 13 de setembro, 14h30minOnde: Ginásio Municipal de Esportes

ExposiçãoO quê: 70 anos da Força Expedicionária BrasileiraQuando: 15 a 18 de setembro, das 8h às 12h e das 13 às 17hOnde: Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves

JantarO quê: Jantar dos 90 anos do Hospital TacchiniQuando: 16 de setembro, 20hOnde: Salão Vittoria do Dall´Onder Vittoria Hotel

AlmoçoO quê: 5° Almoço do Abraço da ABRAÇAÍQuando: 21 de setembro, às 12 horasOnde: Ginásio da Associação Santa Helena Ingressos: R$ 45 adulto e R$15 de 6 a 12 anos.Informações: 54 3453. 3355

Doce SetembroO quê: Feira de Noivas e FestasQuando: 27 e 28 de setembro, 14 às 20hOnde: Fundaparque

L I V R A R I A & R E V I S T E R I A

O coaching deixou de ser uma técnica usada por empresas e profissionais.

É um processo que ajuda qualquer pessoa ou empresa a atin-gir suas metas e obtendo assim, resultados extraordinários de, por exemplo, um ano em apenas três ou quatro meses!

Além de empresas também podem aderir ao coaching quem desejar alcançar objetivos próprios, como: perder peso, comprar um determinado bem, direcionamento de carreira, se relacionar melhor com as pessoas, faturar mais, enfim, independente do re-sultado desejado, através de ferramentas e uma metodologia cien-tificamente comprovada o coach (profissional habilitado) fará com que a o coachee (cliente) consiga alcançar a sua meta.

Se eu pudesse deixar duas perguntas para você pensar, seriam as seguintes:

Qual é o objetivo que você realmente quer alcançar na sua vida? E o que tem feito nos últimos meses para alcançá-lo?

RicardoPereira

Personal & Professional Coach

Mas afinal, o que é coaching?

L´América Shopping, salas 111/11254 3454 5158

[email protected]

Apoio:

Borboletas na Via Del Vino

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Por Petronio Fabio Ponticelli

Amanhecia o dia 2 de janeiro de 1921, era uma manhã esplen-dorosa de verão, na então vila de Bento Gonçalves, pacata cidadezi-nha do interior gaúcho e que con-tava, à época, com pouco mais de dez mil habitantes.

Noé Ponticelli e seu cunhado Constantino Grando preparavam--se para admirar o início da cons-trução planejada há muito tempo. Do solo já brotavam os alicerces de uma imponente construção, em estilo neoclássico, onde deveria funcionar o Cinema Teatro Café Aliança. A localização era no co-ração de Bento Gonçalves, exata-

04 | Mosaico | 04 de setembro de 2014

Cinema Teatro Café Aliança

mente na confluência das ruas Saldanha Marinho e Marechal Floriano, ao lado da Praça Walter Galas-si. A empresa que possuía o complexo denominava-se Noé Ponticelli & Grando e via tornar-se reali-dade um sonho aca-lentado desde longa data.

O cinema no Brasil existia como entretenimento des-de julho de 1896 e como realização e expressão des-de 1897, na cidade do Rio de Janeiro. Noé Ponticelli havia estudado em Porto Alegre e já ouvira, através de amigos, falar verdadeiras

maravilhas do cinema e, desde os primeiros momentos, acalentava a ideia de possuir um na sua família. A construção terminou em 1922 e Noé Ponticelli foi a Porto Alegre, onde entrou em contato com os representantes das grandes com-panhias cinematográficas com o objetivo de adquirir a máquina para projeção das fitas, assim denomi-nadas naquele tempo.

Estátua de figura femininaAs grandes empresas de cine-

ma que existiam naquela época eram: Paramount Pictures, Twen-tieth Century Fox, Warner Univer-sal e Columbia Pictures. Contando com a orientação segura, comprou na Casa Black um “Cinèmato-graphe Lumière” e adquiriu tam-

bém, na oportunidade, visto que era moda, a estátua de uma figu-ra feminina, cuja função era a de atrair a população para a sessão de cinema. A estátua foi colocada, posteriormente, no topo do prédio. Uma sirene foi instalada na mão direita que empunhava uma tocha e a mesma, quando acionada, emi-tia um longo silvo que anunciava o início da sessão para toda a vila. A estátua original encontra-se em nossa cidade e hoje é propriedade de Rosa Mejolaro Salton.

As últimas novidades do cine-ma vinham das grandes metrópo-les europeias, Berlim, Londres, Paris e New York e Los Angeles dos Estados Unidos, através de duas publicações que aqui eram ansiosamente aguardadas: “Scena Muda” e ”Ecran” que eram revistas que traziam a síntese dos filmes a serem exibidos e a vida amorosa de atrizes e atores que povoavam os sonhos da juventude. As re-vistas eram especializadas sobre tudo o que ocorria no mundo en-cantado do cinema e possibilita-vam a leitura e a compreensão dos enredos, intrigas e aventuras para todos, tendo em vista que o cinema ainda era mudo. O cinema falado surgiu apenas em 1926.

OrquestraPara tornar mais agradável e

dar vida às cenas do écran, Noé Ponticelli formou uma “orquestra” para acompanhar as fitas e ao mesmo tempo propiciar ao público belíssimas interpretações líricas. Faziam parte: Noé Ponticelli to-cando bombardino, José Torriani, violoncelo, Derna Valentina Ponti-celli ao piano e Lafaiete Travassos Gonçalves ao violino. As sessões

aconteciam aos domingos, sendo uma vespertina e outra, às 18 ho-ras. Nos demais dias da semana, as poltronas eram afastadas para dar lugar a um amplo local de pa-tinação. Os patins foram adquiri-dos de importadores de São Pau-lo. Um enorme número de jovens desfrutava do entretenimento e consumiam pastéis, acompanha-dos de soda artesanal no café de propriedade das famílias Ponticelli e Grando. As sessões semanais somente começaram a partir de 1936, quando havia sessões aos sábados e domingos à noite. As matinês tinham uma enorme aflu-ência de público.

Era dourada do cinema

Segundo notícias muito an-tigas, a fita mais eletrizante era uma cena que mostrava o desbra-vamento do Oeste, nas imensas pradarias americanas, onde uma locomotiva vinha em alta veloci-dade em direção aos espectado-res, com o silvo do trem emitindo um som estridente apavorando os presentes, que, muitas vezes, saiam em desabalada correria da sala de projeções. Era época do nascedouro da era dourada do ci-nema que proporcionou o melhor entretenimento em sua época.

Sem sombra de dúvida, o Cine Teatro e Café Aliança, e o Clube Aliança, fizeram parte importante de nossa sociedade e da nossa história, porque todos os grandes acontecimentos políticos, sociais e religiosos sempre estiveram, de uma maneira ou outra, ligados ao Clube Aliança que completou 106 anos de sua fundação. O cinema Aliança fez sua derradeira exibição no início da década de 80, quando fechou suas portas em definitivo. O ocaso do cinema, como era sua forma tradicional, coincidiu com o advento da televisão e a chegada dos shoppings centers que atraí-ram as pessoas para locais segu-ros e que centralizam um grande número de lazer e entretenimento, como lojas e restaurantes em am-bientes aprazíveis e seguros.

Kátia Bortolini

Estátua original

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(1) : Rápido, rápido

Acompanhe o final da aventura “Tchê e Tchó no Vale das Antas”

no livro Nenhum dia sem um traço, de Ernani Cousandier.

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HistóriaPor Rogério Gava

Prêmio Jabuti 2012Ilustrações: Ernani Cousandier

06 | Mosaico | 04 de setembro de 2014

Fim da Idade Média. Por volta do ano 1430. Estamos em Mogúncia – em alemão, Mainz –, cida-de à margem esquerda do Reno. Como toda urbe da época, Mainz é uma desordem de cavalos, lama e barulho. O odor de esterco é constante. Esgotos correm a céu aberto. Doenças se disseminam. Nas tavernas, vinho em quantidade amaina o sofri-mento de uma vida precária. O quadro dantesco padrão da Europa medieval.

Em Mainz vive um homem chamado Johan-nes, ou Johann. Seguiu o ofício da família e traba-lha como ourives e gravador de metais. Mas nosso João não está de todo feliz. Ele é ambicioso e anda impaciente. Empreendedor nato, quer comerciar, prosperar. Enriquecer, enfim. Mas nada disso está ocorrendo e ele já ultrapassa os trinta anos. Sente--se frustrado e com poucas perspectivas. “A vida deve ser mais do que isso”, pensa, constantemente, com seus botões.

João tem um sobrenome estranho: Gensfleisch, literalmente “carne de ganso”. Nessa época, era co-mum incorporar-se o nome da casa onde se vivia ao nome da família. João Gensfleisch, assim, é tam-bém Gutenberg, propriedade em Mainz adquirida por seu trisavô. Na verdade, acabaria por ganhar um nome extenso e pomposo: Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg. Mas seria conhecido para sempre como Johannes Gutenberg.

Gutenberg nunca conseguiu ficar rico. Sua busca por fortuna, no entanto, não foi em vão. Longe disso. Ela legaria ao mundo uma das maio-res invenções da história. Uma criação tão simples quanto genial. Extraordinária. Espantosa. O “João da casa Gutenberg” inventaria a impressão por tipo móvel. E com ela a maravilha do livro impres-so. Um gigantesco ponto de virada para a humani-dade. O trampolim para o Renascimento e o Ilumi-nismo. Para o progresso científico e tecnológico da Revolução Industrial. Sem o livro impresso, nada disso teria acontecido.

Da oficina de Gutenberg emanou a luz do li-vro. E o mundo nunca mais seria o mesmo.

Um Empreendedor sem DinheiroA vida de Gutenberg é crivada de lacunas his-

tóricas. Estima-se que o pequeno Johann nasceu em Mainz, Alemanha, em algum momento entre 1394 e 1404. Não há qualquer informação sobre seus primeiros anos. Pouco se sabe de sua infância e adolescência. É certo que cresceu assistindo ao ofício de cunhar moedas, trabalho principal do pai e de um tio. É preciso dizer que Mainz era uma das cidades autorizadas a produzir moedas imperiais pelo reino. E cunhar moedas, naqueles tempos, tinha a ver com a habilidade quase microscópica de talhar o metal. Uma arte de esculpir desenhos

A Revolução deGutenberg

Foi a palavra gravada e disseminada que fez o homem voar rumo à Lua. Nós não teríamos chegado lá se Gutenberg não tivesse criado a possibilidade do livro ao alcance de todo o ser humano. O livro, pois, como o conhecemos hoje, é o mais importante objeto da convivência humana.Ziraldo, escritor e cartunista mineiro

pequenos e delicados em ferro. Muitos deles, di-minutas letras. A história começava a urdir sua trama.

Já rumando para a casa dos trinta anos, Guten-berg vive em uma Mainz instável e socialmente in-segura. A cidade mergulhara em uma crise finan-ceira por conta de altos impostos, inadimplência e dívidas públicas gigantescas. Na época, as cidades eram como que propriedades dos chamados admi-nistradores, líderes locais nomeados pela realeza. E esses não tinham escrúpulos em se locupletar de sua posição. Trocavam, vendiam ou hipotecavam os lugarejos sob seu domínio aos ventos de seu próprio interesse. A corrupção grassava. Um ver-dadeiro caos político e econômico. Mainz não era exceção a essa realidade.

Gutenberg decide então buscar a sorte em ou-tras paragens e deixa sua cidade natal. Parte para Estrasburgo – cidade francesa na divisa com a Ale-manha –, centro mais rico e desenvolvido e onde a família tinha ligações oportunas. Seguia com a ideia de montar algum tipo de negócio. Ganhar dinheiro. Mas, para ganhar dinheiro é preciso, an-tes de tudo, ter dinheiro. O capitalismo ainda não havia florescido, mas sua máxima essencial e ine-xorável já se fazia sentir. Gutenberg, porém, tinha os bolsos vazios. Mas uma vontade ardente e de-terminante de vencer.

Negócios TurbulentosGutenberg viverá em Estrasburgo por dez

anos, entre 1434 e 1444. Pouco se conhece de sua vida nesse período. Mas alguns fatos sempre so-brevivem ao redemoinho do tempo. Sabe-se que em 1439 o ambicioso Johann andava às voltas com um negócio de polimento de espelhos em metal. As peças, acreditava-se então, tinham o poder de captar a luz sagrada de relíquias religiosas. Eram vendidas como lembranças a peregrinos na cida-

de de Aachen, cidade ao norte da Alemanha, onde repousavam os restos mortais de Carlos Magno, fundador do Império Romano e venerado como Santo.

O tino comercial de Gutenberg logo se agu-çou para a oportunidade. Afinal, na peregrinação anual a Aachen dez mil pessoas lotavam a cidade todos os dias, durante quinze dias. Um mercado potencial fabuloso, cuja demanda os fabricantes locais não conseguiam atender. Gutenberg reuniu três sócios e meteu-se na empreitada. Mas as coi-sas não andaram como planejado. A peregrinação daquele ano foi cancelada por força de uma inun-dação, e Gutenberg e seus companheiros ficaram a ver navios com milhares de espelhos encalha-dos e débitos vencendo. Uma pendenga judicial instalou-se entre os sócios. Entre empréstimos e perda de bens, Gutenberg leva cerca de cinco anos para saldar seus débitos. Livre das dívidas, deixa Estrasburgo em 1444. Então a história se cala por quatro anos, e tudo o que sabe é que em 1448 ele está de volta a Mainz.

O Anno MirabilisAté que ponto Gutenberg tinha a ideia for-

mada da impressão por tipos, nessa época, é um mistério. Terá ele refinado sua invenção durante os quatro anos em que some do mapa da história? Trabalhou em alguma oficina onde aprimorou seu conhecimento de ourives? Nada se sabe. Mas es-pecula-se com bastante certeza que, ainda em Es-trasburgo, ele alimentava um empreendimento em “segredo”. E a culminância de sua invenção, dois anos depois, é uma pista forte de que Gutenberg há tempos vinha estudando o que ele próprio por vezes chamava de aventura e arte. Tudo indica que a revolução do livro impresso já ocupava a mente inventiva de Johann.

Então, em algum momento do ano 1449, Gu-

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Mosaico | 04 de setembro de 2014 | 07

tenberg outra vez se endivida e inicia uma nova empreitada. Contrata meia dúzia de assistentes e monta uma gráfica em sua antiga casa. Um ano depois, pela primeira vez na história, um livro im-presso sai do prelo de tipos móveis. Um pequeni-no livro, a Ars Grammatica de Aelius Donatus. Uma gramática latina básica, com apenas vinte e oito páginas e nenhum luxo editorial. O mais impor-

tante, porém, é que tinha mercado

garantido entre os estudantes da época. A apos-ta de Gutenberg deu certo: nos anos seguintes o modesto livrinho foi copiado centenas de vezes ao longo de vinte e quatro diferentes edições.

O Donatus, como ficou sendo conhecido, é considerado hoje o primeiro livro impresso da história. Infelizmente, nenhum Donatus comple-to chegou aos nossos dias. Mas páginas valiosas sobreviveram e são hoje testemunho da grande conquista de Gutenberg. O ano milagroso de 1450 marcou o início de uma nova era para a humanida-de. A era dos livros e do conhecimento.

Nova SociedadeO Donatus foi somente o aperitivo do que vi-

ria pela frente. A aspiração de Gutenberg o levava a querer mais. Ele sabia que a igreja era um po-tencial cliente para edições de missais e breviários (livros de orações), além dos famosos recibos de indulgências (documentos então vendidos pela igreja para a remissão dos pecados). Um mercado líquido e certo. Mas, para atendê-lo, era preciso aumentar a oficina, comprar mais equipamentos, contratar mais ajudantes. Enfim, era preciso inves-tir. E o problema recorrente do arrojado Johann, já sabemos, era o dinheiro. Sempre ele.

Surge então, na história do livro, a figura de outro Johann, esse de sobrenome Fust, um bem sucedido mercador de Mainz. Homem de posses, ao que tudo indica, também era agiota. Fust ven-dia manuscritos e xilogravuras, o que o fazia inte-ressar-se pela novidade inventada por Gutenberg. Tinha um filho adotivo, Peter Schöffer, que tra-balhava como calígrafo em Paris. Uma conjunção de fatores que encaminhou o rumo dos aconteci-mentos. E vemos então Gutenberg endividando-se novamente, tomando emprestado de Fust oitocen-tos gulden (termo antigo alemão para moeda de ouro), a juros de 6%. Compraria com isso o equipa-

Um Prodígio TipográficoA Bíblia de Gutenberg é uma maravilha da tipografia. Fusão singular de tecnologia e arte.

Escrita em Latim, reproduz a Vulgata, a Bíblia na língua vulgar traduzida por São Jerônimo no século V. Possui aproximadamente três milhões de caracteres, distribuídos em dois volumes com 1.282 páginas. Cada página com duas colunas de 42 linhas. Por esse motivo é também co-nhecida como a B42. Impressa em caracteres góticos e com iluminuras pintadas à mão, abran-ge o Antigo e o Novo Testamento.

Dos cento e oitenta exemplares produzidos, quarenta e nove chegaram até nossos dias. Doze em pergaminho e trinta e sete em papel. Desses, apenas vinte e cinco totalmente com-pletos. Hoje, a venda de uma Bíblia de Gutenberg é um episódio raro. Todas elas estão em bibliotecas de governos e universidades. Em 1978 a Universidade do Texas adquiriu um exem-plar completo por 2,4 milhões de dólares, a última vez em que um exemplar nesse estado foi negociado. Pertencia a um rico bibliófilo de Nova Iorque. Em 1987 uma cópia incompleta foi vendida pela casa de leilões Christie’s por 4,9 milhões de dólares a um grupo empresarial japonês. Desde então não se sabe de mais nenhuma negociação. Uma Bíblia de Gutenberg completa é avaliada, hoje, entre 25-35 milhões de dólares. Uma única folha avulsa chega a valer cem mil dólares no mercado de livros raros.

mento necessário para aumentar a produção. Em dinheiro de hoje, esse financiamento equivaleria a cento e cinquenta mil dólares, uma quantia consi-derável. Nos próximos três anos sairiam da oficina de Gutenberg-Fust – a primeira casa editorial da história – milhares de recibos de indulgências e di-versas publicações religiosas.

Surge a BíbliaO negócio ia a pleno, mas Gutenberg queria

editar um best-seller, um livro, como se diria hoje, “arrasa quarteirão”. Os livros religiosos continua-vam a ser o melhor mercado no momento. Por que não imprimir o maior deles, a Bíblia? Gutenberg vende a ideia a Fust e consegue novo empréstimo de mais oitocentos gulden. A empreitada, sabia, seria grande.

E foi. Gutenberg demorou três anos – de 1452 até 1455 – para deixar prontos os cento e oitenta exemplares da Bíblia que se estima foram produ-zidos. O trabalho contou com a ajuda diária de 20 auxiliares, trabalhando três prensas de forma inin-terrupta. Foram duzentas e trinta mil páginas, fei-tas artesanalmente uma a uma. Pelas Bíblias que sobreviveram, sabe-se que foram impressas cerca de 150 em papel e as 30 restantes em pergaminho, ou velino, o couro de bezerro. Algo como cinco mil bezerros foram empregados na confecção. Todos eles, raspados, amaciados, esticados e secados, um a um. Gutenberg era um editor muito cuidadoso. Mandou vir da Itália o papel para a tiragem dos exemplares nesse material, pois a qualidade do produto alemão não o agradava.

Quando a Bíblia ficou pronta, em 1455, Guten-berg pegou alguns exemplares e foi expô-los na Feira do Livro de Frankfurt. Imaginar essa cena é algo fantástico, sublime: Gutenberg, em sua pe-quena banca de livreiro, expondo aos passantes aquele que viria a ser o livro mais famoso de todos os tempos. Uma banca em uma feira do livro ven-dendo as Bíblias de Gutenberg.

Sociedade MalogradaQuando tudo estava correndo às maravilhas

para Gutenberg – Bíblias vendidas ainda no prelo, dinheiro por entrar, fortuna a caminho –, a cobiça de Fust falou mais alto. Ele exige na justiça o pa-gamento do empréstimo que Gutenberg lhe havia tomado. Sabia que seu sócio não teria condições de pagar, e isso significava que as oficinas lhe seriam repassadas, por força da hipoteca que assegurava a dívida. E assim se sucedeu: Fust ficou com as oficinas, as prensas, as tintas, o papel. As Bíblias. Tudo. Gutenberg estava fora do negócio. E o pior: seu segredo se tornara público.

Fust, com o fiel caligrafista Schöffer ao seu lado, era agora o mais importante impressor de

livros de Mainz. O primeiro trabalho dos dois foi o Saltério, coletânea de salmos, orações e trechos bíblicos, popular à época. Esse livro tem uma ca-racterística única e especial: foi o primeiro a exibir a data de impressão e a assinatura do impressor, coisa que Gutenberg nunca o fez. Apresentou, as-sim, o primeiro colofão, ou seja, a declaração regis-trando os detalhes da obra. Corria o ano de 1457. A partir daí, a oficina de Fust lançaria uma obra atrás da outra.

A invenção de Gutenberg começava a se mul-tiplicar pelo mundo. Logo, oficinas estariam ins-taladas por toda a Europa. Em 1480, cento e vinte e duas cidades europeias tinham manufaturas de impressão. Em 1500, ano em que Cabral aportava pelo Brasil, quinze milhões de livros saíram das prensas do velho mundo. O mercado livreiro em-brionário já empregava cerca de vinte mil pessoas. A Galáxia de Gutenberg começava sua fantástica e inexorável expansão.

O FimGutenberg nunca mais se recuperou da traição

do antigo sócio. Contava com sessenta anos de ida-de e dívidas ainda por pagar. Mas o velho Johann não se dava por vencido tão fácil. E continuou com os trabalhos de impressão. Muitos deles se per-deram no tempo, e é quase impossível rastreá-los hoje. Mas sabemos que o último trabalho impresso a sair da oficina de Gutenberg foi o Catholicon, es-pécie de dicionário combinado com gramática, de mil e quinhentas páginas.

Os últimos tempos de Gutenberg estão envol-tos sob um manto de mistério. Especula-se que pelo ano 1460 ele estava envolvido na produção de outra Bíblia. Sabe-se, também, que terminou seus dias de forma até confortável, recebendo auxílio financeiro do Arcebispo de Mainz. Muito prova-velmente por atuar como tipógrafo oficial da corte. Finalmente a falta de dinheiro deixaria de assom-brá-lo.

Mesmo o ano da morte de Gutenberg por um bom tempo foi alvo de controvérsias. Entretanto, um livro datado de 1470 trouxe luz a esse respeito. Em uma anotação em forma de homenagem fei-ta pelo padre que o havia adquirido, a data de 03 de fevereiro de 1468 é posta como o dia em que Gutenberg deixou este mundo. É a evidência mais precisa que se tem até hoje da morte do mestre inventor. Uma morte despercebida e sem pompa. Gutenberg foi enterrado na basílica de São Fran-cisco, em Mainz. Infelizmente, a igreja foi destru-ída em 1742 e os restos mortais do velho Johann perderam-se definitivamente.

Assim desapareceu o genial João da casa Gutenberg, criador da invenção que mudou o mundo para sempre.

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