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Diferentemente da monarquia, na qual reis ou imperadores recebiam o poder como herança e governavam até o fim da vida (cargo vitalício), na república, o chefe de governo (presidente ou primeiro-ministro) é eleito para governar por um período de tempo limitado.

Períodocolonial

Proclamaçãoda República

(1889)Período

republicano

LeiÁurea(1888)

Início da Guerra do Paraguai (1864)

Lei de Terras(1850)

Confederaçãodo Equador (1824)

Independênciado Brasil

(1822)

Primeiro Reinado(1822-1831)

Regência(1831-1840)

Segundo Reinado(1840-1889)

Período imperial1822 a 1889

A Proclamação da República

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• o descontentamento de um setor da elite com a monarquia, principalmente a elite cafeeira do interior paulista;

A exclusão da representação do povo na alegoria mostra que ele não teve uma participação efetiva na derrubada da monarquia e ascensão da república.

A alegoria ao lado representa os três processos que levaram à mudança, em 1889, da forma de governo monárquica para a republicana:

• o triunfo das ideias republicanas no Brasil.

• a participação dos militares nos assuntos políticos;

A Queda da Monarquia

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De fato, à época, ocorria uma verdadeira revolução tecnológica, com o avanço das comunicações e a invenção do telégrafo, do telefone, de diversos meios de transporte, da navegação a vapor, do automóvel, da eletricidade, etc. Tudo isso, aliado ao crescimento dos centros urbanos, parecia ilustrar o progresso anunciado pelo positivismo.

Segundo o positivismo, a humanidade deveria passar por sucessivas etapas que levariam ao progresso constante, o que no século XIX, por causa do grande desenvolvimento científico e tecnológico, rendeu muitos adeptos à teoria.

Entre as influências assimiladas pela cultura e pensamentos brasileiros estava uma corrente filosófica conhecida como positivismo, criada pelo pensador francês Auguste Comte (1798-1857).

O Avanço das Idéias Republicanas

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Todos os inventos e avanços pareciam dar razão à teoria positivista, que, por sua vez, levava seus adeptos a interpretarem a Proclamação da República como uma representação de “progresso”, e a monarquia, como uma representação do “atraso”.

Alexander Graham Bell faz a primeira ligação telefônica entre a cidade de Nova York e a

cidade de Chicago.

O Avanço das Idéias Republicanas

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Ainda que uma parte da elite não tivesse aderido ao positivismo, a república era vista como algo moderno, tendo em vista que a França, grande modelo das classes ricas, adotara esta forma de governo em 1848.

A elite republicana brasileira temia que a participação das camadas populares no processo levasse a medidas extremas, como a condenação de opositores à guilhotina, a exemplo do que ocorreu na França durante a Revolução Francesa, preferindo a implantação da nova forma de governo sem apelar para a revolução.

Apesar disso, a elite não apoiava a participação do povo no novo sistema de governo, diferentemente do que ocorrera na França, em que o processo de mudança de governo teve grande participação das classes populares.

Para muitos representantes da elite, a república seria a forma de governo que levaria o Brasil à modernidade já alcançada na França.

O Avanço das Idéias Republicanas

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Assim, alguns dos integrantes da elite cafeeira se uniram para a criação do Partido Republicano Paulista, em 1873, ampliando o movimento pela república. Pouco antes, em 1870, outro partido republicano já havia sido criado no Rio de Janeiro.

Havia fazendeiros a favor e contra a abolição de escravos, entretanto, a vontade de uma maior participação na vida política acabou unindo as duas partes no apoio à nova forma de governo.

As elites eram formadas por proprietários de terra, empresários (banqueiros, industriais, etc.) e grandes comerciantes e, tendo em vista a diferença entre os grupos sociais, tiveram diferentes motivações no apoio à república.

A atração das elites pelas ideias republicanas ocorria também por sua insatisfação com a monarquia a partir da segunda metade do século XIX.

A Insatisfação das Elites

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Indignados com a Lei Áurea, os fazendeiros exigiam que o governo os indenizasse pela perda de seus trabalhadores escravizados e, não tendo a reivindicação atendida, romperam com a monarquia, passando a apoiar o movimento republicano.

A abolição da escravidão, em 1888, aumentou a crise da elite rural, que ainda se apoiava na monarquia.

No final da década de 1880, muitos cafeicultores do Vale do Paraíba e de outras regiões do Brasil encontravam-se decadentes e endividados, tornando-se totalmente dependentes de favores do governo imperial.

Litografia atribuída a Ângelo Agostini, A Pátria repele os escravocratas (c. 1880), representa a rejeição da pátria aos fazendeiros escravocratas que, para aceitar a abolição, exigiram ser indenizados. Ilustração publicada na Revista Illustrada.

A Velha Elite Rompe com a Monarquia

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O principal líder do positivismo e do republicanismo no Exército brasileiro foi Benjamin Constant, que acreditava que o Exército era a verdadeira força patriótica brasileira.

Quanto aos militares, muitos aderiram ao positivismo e, assim, aos ideais republicanos.

De modo geral, os políticos tradicionais viam a presença dos militares com muita desconfiança, preocupando-se com a possibilidade de que eles se tornassem líderes políticos, como havia ocorrido em outros países latino-americanos.

A presença de militares na cena política brasileira ganhou maior importância após a Guerra do Paraguai.

A Hora e a Vez dos Militares

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Na opinião de Benjamin Constant, cabia aos militares combater os políticos tradicionais e instaurar a república inovadora e forte com base no binômio Ordem e Progresso.

Apesar disso, nem todos os militares que apoiaram a república eram positivistas, como era o caso de Marechal Deodoro da Fonseca.

Detalhe de Glória à Pátria! Honra aos Heroes do dia 15 de novembro de 1889 – Alegoria de Pereira Neto publicada na

Revista Illustrada, de 16/11/1889, em homenagem à Proclamação da República.

A Hora e a Vez dos Militares

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A medida não surtiu efeito, já que a Câmara rejeitou a proposta, tendo sido dissolvida pelo imperador, que convocou novas eleições.

Ciente disso, o governo reagiu elegendo como presidente do Conselho de Ministros, em 1889, o político liberal republicano Afonso Celso de Assis Figueiredo (visconde de Ouro Preto), que apresentou à Câmara dos Deputados uma proposta de maior autonomia para as províncias.

Em contraponto, o movimento republicano crescia cada vez mais, apoiado por fazendeiros do Oeste paulista e pelas camadas médias da população urbana.

Sem o apoio dos fazendeiros escravagistas e dos militares, o governo se encontrava cada vez mais isolado na sociedade.

A Proclamação da República

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A Proclamação da República

Em 17 de novembro, o imperador embarcou com sua família rumo a Portugal, e de lá seguiu para Paris, onde faleceu em dezembro de 1891.

Proclamada a república, os líderes que derrubaram a monarquia constituíram o Governo Provisório presidido pelo marechal Deodoro da Fonseca.

A Proclamação da República, óleo de Henrique Bernardelli.Na imagem vemos a figura de Marechal Deodoro da Fonseca, exaltado

como grande herói republicano.

O golpe que derrubou a monarquia foi organizado sem participação popular; assim, mesmo na capital Rio de Janeiro, o povo não sabia ao certo o que estava ocorrendo na manhã de 15 de novembro (tanto que algumas pessoas chegaram a pensar que se tratava de uma parada militar).

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Reunido sob a presidência de Benjamin Constant, o Clube Militar decide pelo fim da monarquia e pela Proclamação da República.

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Tropas comandadas pelo Marechal Deodoro da Fonseca depõem o gabinete de ministros.Dom Pedro II, que se encontrava em Petrópolis, ainda tenta nomear outro Ministério, mas não obtém sucesso.

Militares e civis republicanos reúnem-se com o Marechal Deodoro da Fonseca, convencendo-o a apoiar a república.Inicialmente, o movimento militar pela Proclamação da República foi marcado para o dia 20 de novembro. Entretanto, diante de rumores de que o visconde de Ouro Preto havia ordenado a prisão de marechal Deodoro, o golpe de Estado é adiantado.

Novembro de 1888

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Referência Bibliográfica

Projeto Teláris: História / Gislane Campos de Azevedo, Reinaldo Seriacopi. – 1ª Edição – São Paulo: Ática, 2012.

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