Despotismo e História na Obra de Alexis de Tocqueville - IEA
Professor Eustáquio Vidigal · John Locke (1632-1704)”pai do liberalismo ... O despotismo...
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A emergência do Iluminismo
O auge do absolutismo no século XVIII
Ponto máximo de suas contradições
Tensões envolvendo os monarcas, a nobreza e a
burguesia
Situação pré-revolucionária na Europa
A emergência do Iluminismo
A partir do final do século XVIII
A burguesia foi se equipando coma armas teóricas
○ Questionar o poder dos reis
○ Justificar a revolução
○ Criar uma nova ordem política.
A emergência do Iluminismo
Iluminismo
Nome que se dá à ideologia que foi sendo
desenvolvida e incorporada pela burguesia com
base nas lutas revolucionárias do final do século XVIII.
A emergência do Iluminismo
Origens do iluminismo René Descartes – (1596-1650) século XVII
○ Racionalismo Clássico do - Renascimento
○ Bases do racionalismo como a única fonte de conhecimento Verdade absoluta, incontestável. E, para atingi-la,
desenvolveu o método da dúvida.
- Questionar todas as teorias e ideias
- A ÚNICA VERDADE POSSIVÉL ERA SUA CAPACIDADE DE DUVIDAR.
- “Eu penso, logo existo”.
Deus – Caberia ao homem, dotado de razão desvendar as leis eternas. Não há interferência divina no universo após sua criação.
A emergência do Iluminismo
Origens do iluminismo
Isaac Newton (1642-1727)
○ Física – afastou a crença em uma interferência divina
no universo.
○ Interpretação do mundo natural baseado na razão.
○ Interpretava as leis da natureza e as expressava de
forma matemática.
○ Sugeriu a possibilidade de leis que governassem a
sociedade.
A emergência do Iluminismo
Origens do iluminismo
John Locke (1632-1704)”pai do liberalismo”
○ Bases da investigação das leis da sociedade.
Segundo Tratado sobre o Governo Civil
- Os homens são portadores de direitos naturais:
- Vida
- Liberdade
- Propriedade
Para garantir que todos os indivíduos
usufruíssem seus direitos, os homens
criaram o governo. (contrato)
Se o governante rompesse o contrato,
utilizando os poderes delegados pela
sociedade par obter vantagens
particulares, a sociedade teria o direito
de destituí-lo do poder.
O Século das Luzes (XVIII)
Voltaire (1694-1778) Criticava a Igreja e o clero
Acreditava que a livre expressão é um dos direitos naturais do homem, condenando firmemente a censura.
○ “Posso não concordar com uma única palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o direito de dizê-la”.
Rejeitava a ideia de revolução
○ Acreditava que as reformas realizadas por monarcas, sob a orientação dos filósofos, poderiam resultar em um governo progressista “esclarecido”
○ Se aproximou dos monarcas da Prússia e da Rússia
O Século das Luzes (XVIII)
Montesquieu (1689-1755)
O Espirito das Leis
○ Três poderes
Executivo
Legislativo
Judiciário
Mesmo em uma república, se não há
separação de poderes, a liberdade
não pode ser garantida, pois a
separação de poderes em diferentes
esferas independentes permite que
um poder restrinja tentativas de outros
poderes de infringir a liberdade dos
indivíduos.
O Século das Luzes (XVIII)
Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778) Embora criticasse o absolutismo, muito
de suas ideias foram rejeitadas pela burguesia, como a crítica a propriedade privada.
O Contrato Social
○ Liberdade dos homens, na medida em que nasciam todos iguais;
○ Por meio da sua livre vontade os homens criavam as leis e organizavam a sociedade.
○ Grande defensor da democracia
○ Criticava o excessivo racionalismo – reprimia os sentimentos.
O Século das Luzes (XVIII)
Diderot e D’Alembert
Responsáveis pela compilação da
Enciclopédia.
Obra monumental dividida em 35
volumes
Apresentar de forma sistemática, todo o
conhecimento humano acumulado até então.
○ Racionalismo substituindo a fé;
○ Estímulo a ciência;
○ Deísmo
○ Contrato entre governantes e governados.
○ Foi condenada pelo papa Clemente XIII.
Deísmo
O Deísmo expressa uma posição filosófica e
também religiosa que aceita a ação divina
na criação do mundo, convicção esta
conquistada não por revelações de Deus,
mas sim pela compreensão racional da
Divindade, uma percepção que parte do
conhecimento das leis que regem a vida e a
Natureza.
Os economistas
Fisiocracia
○ Crítica às concepções mercantilistas
○ Rejeitava o metalismo
○ Acreditavam que a terra fosse a única fonte de riqueza.
○ O comércio e a atividade manufatureira eram apenas
meios de transformar ou fazer circular riquezas.
○ Defendiam o fim das regulamentações econômicas
○ Quesnay
○ Gournay – “Laissez faire, laissez passer, le monde va de lui
même” – “Deixe fazer, deixe passar, o mundo vai por si
mesmo”
○ Turgot
Os economistas
Liberalismo econômico
○ Crítica às concepções mercantilistas
○ O trabalho a única fonte de riqueza, e não o
comércio.
○ A maior produtividade do trabalho era o meio pelo
qual os Estados enriqueceriam, o que só seria possível
pelo racionalismo.
○ Concorrência
○ Divisão do trabalho
○ Livre comércio
○ Adam Smith (pai da economia)
“Mão invisível do mercado”
O despotismo esclarecido
Final do século XVIII
Diversos reis absolutistas assessorados por seus
ministros “esclarecidos”, realizaram reformas se
cunho iluminista.
○ Atenuar a tensões entre monarcas e burguesia
Modernização e aumento da eficiência administrativa
Incentivo a educação pública
Apoio ás academias literárias e científicas
Buscavam acomodar os interesses da nobreza e da
burguesia locais a nova prática mercantilista.
O despotismo esclarecido
Contradição fundamental
○ Se por um lado, alguns reis estavam dispostos a
realizar reformas, por outro, jamais iriam tolerar
limitações ou perda de poderes.
○ Principais déspotas
Rei da Áustria (José II)
Rússia (Catarina II)
Prússia (Frederico II)
Portugal (D. José II – Ministro marquês de Pombal)
Espanha ( Carlos III – Ministro conde de Aranda)
O Iluminismo
Movimento do pensamento europeu, com
características próprias em países e mmentos
diferentes.
Abrange
Pensamento filosófico
Artes
Literatura
Ciências
Teoria política
Doutrina jurídica
Sua problemática central consiste na necessidade de conciliar os direitos individuais, considerados como naturais, com a necessidade da vida social.
Hobbes, Locke e Rousseau são os pensadores mais importantes que discutiam essa problemática, concordando quanto a concepção de um contrato social como fundamento da sociedade organizada racionalmente, embora divergindo sobre a natureza humana e as características do Estado.
O Iluminismo valoriza o conhecimento como instrumento de libertação e progresso da humanidade, levando o homem à sua autonomia e a sociedade à democracia, ou seja o fim da opressão.