Professora : Sandra C. Vieira...Mediante o volume de obras e artistas que aparecem na Itália, os...

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Professora : Sandra C.Vieira

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Professora : Sandra C. Vieira

Mediante o volume de obras e artistas

que aparecem na Itália, os historiadores

resolveram periodizar o Renascimento

Italiano em três fases distintas:

Trecento, que corresponde à fase inicial

do movimento renascentista, no século

XIV; o Quattrocento, onde temos vários

trabalhos na cidade de Florença, os quais

correspondem aos séculos XV; e o

Cinquecento, última fase – transcorrida

no século XVI – onde a cidade de Roma

assume posição de destaque.

No Trecento, as artes plásticas foram

agraciadas pelas obras inovadoras de Giotto di

Bondoni. Em suas pinturas, observamos uma

primeira tentativa de se romper com os antigos

padrões da arte.

Nas letras, observamos um primeiro impulso na

produção a partir do momento que Dante

Alighieri publicou suas obras em toscano, um

dialeto que influenciou profundamente o italiano

hoje falado. Logo depois, aparece Petrarca,

considerado um dos grandes fundadores da

questão humanística na literatura italiana. Ao seu

lado, também destacamos as sátiras de Giovanni

Boccaccio, autor da obra Decameron.

Graças ao apoio da poderosa família Médici, o

Quatrocento teve suas maiores expressões

ligadas à cidade italiana de Florença. Vários

artistas de renome eram contratados para

pintarem quadros, realizar projetos

arquitetônicos e construir igrejas.

Entre os artistas do Quatrocento, Massaico foi

um dos pintores que aprimoraram o uso da

perspectiva. Além dele, temos os belos quadros

de Sandro Botticelli, que tentava explorar

elementos de natureza espiritual, religiosa e

simbólica em várias de suas obras. No campo

da arquitetura, destacamos Filippo Brunelleschi

pela construção da catedral de Santa Maria Del

Fiore.

Quatrocento,no final dessa fase, damos

um lugar para Leonardo da Vinci, talvez

uma das figuras que encarnou o sentido

inovador do Renascimento com maior

intensidade. Não se especializando em

nenhum âmbito específico, da Vinci se

aventurou como pintor, escultor,

urbanista, inventor e filósofo. Entre suas

obras, podemos dedicar especial

destaque à Gioconda, mais conhecida

como Mona Lisa, e a reprodução da

Santa Ceia.

Chegando ao Cinquecento, o

Renascimento já ocupa uma posição

de destaque na Itália e em outras

nações europeias. Na literatura, o

Cinquecento foi prestigiado com as

inovadoras teses políticas de Nicolau

Maquaivel, autor da obra “O

Príncipe”, onde elabora a cisão entre

as questões políticas e os valores

morais. Já nas artes, Michelangelo

Buonarroti se imortaliza pela pintura

dos afrescos da Capela Sistina.

Alcançando os finais do século XVI,

observamos que o Renascimento já

experimentava outras manifestações para

fora da Itália. Nesse contexto, a expansão

marítima deslocava o eixo econômico

europeu do mar Mediterrâneo para o

Atlântico. De tal modo, outros centros

urbanos se enriqueciam, propiciando o

surgimento de novos artistas, escritores e

intelectuais. Já nessa nova situação, a

Contra Reforma católica atuou no sentido de

perseguir as formas de conhecimento que

iam contra os seus dogmas.