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Profetas Maiores: Livro de Ezequiel Profeta e seu contexto Vocação, Ação simbólica, Justiça social, Novo Israel 1

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Profetas Maiores:Livro de Ezequiel

Profeta e seu contexto

Vocação, Ação simbólica,

Justiça social, Novo Israel

1

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Contexto histórico 1

• Divisão do reino em 926 a.C.

• Queda de Samaria em 722 a.C.

• O tributo de Judá para Assíria na era Ezequias

• Introdução da religião assíria pelo Manassés

• Declínio de Assíria e ascensão de Babilônia, o rei

Josias declara reforma religiosa (622 a.C.)

• O reino de Judá se torna vassalo do Egito

• Nabopolassar derrota Assíria em 609 a.C.

• Nabucodonosor derrota Egito em 605 a.C.2

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Contexto histórico 2

• Na era de Jeoaquim houve cerco de Jerusalém, e

houve 1ª deportação em 597

• Nabucodonosor nomeia Zedequias mas este pede

ajuda do Egito e rescinde suserania

• Em resposta Jerusalém foi destruída e houve 2ª

deportação em 587.

• Templo e Palácios foram destruídos e desde então

não se sabe onde foi a Arca da aliança

• Após 50 anos, Ciro derrota Nabonides (539)3

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Contexto histórico 3

• Em 538 a.C., pelo Edito de retorno, povo de Israel

volta do exílio.

• Em 515 a.C., pela autorização de Dario, o Templo

de Jerusalém foi reconstruído.

• Em 445 a.C., pela dedicação de Neemias, o muro

de Jerusalém foi reconstruído.

• Assim, Israel estava caminhando para firmar uma

nova aliança profetizada por Ezequiel.

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Ezequiel: Senhor fortalece

• 592-570 a.C.

• Estrutura do Livro:

• Narração da vocação do profeta 1-3

• Oráculo contra Judá: antes da queda 4-24

• Oráculo contra nações 25-32

• Oráculo de salvação: depois da queda

• (Novo Templo) 33-485

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Ezequiel - temas e ênfases

• Conhecimento do Senhor: 99 vezes

• A Glória deixa a Jerusalém (Ez 10-11)

• Retribuição (Ez 14, 18): Da mentalidade coletiva

para individual

• O rei de Tiro (Ez 28)

• Os pastores e o rebanho (Ez34)

• Sobre os falsos profetas (Ez 22.23-31)

• Novo Templo e o Novo Israel (Ez 40-48):

• O retorno da Glória (Ez 43) 6

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Características

• Tradição de Êxodo

• Aliança davídica

• Tradição Deuteronomista: Código de Santidade

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Vocação do Profeta• Filho de sacerdote Buzi (1,3)

• Sua atitude contra a corrupção e idolatria, inclusive

inflação a lei do Sábado

• Na 1ª deportação para Babilônia em 597, ele foi

levado junto com rei Jeoaquim a direção de Tel-Abib

na margem do rio Kebar

• No quinto ano do exílio, houve o chamado para ser

profeta (2,1-3,15): Ezequiel se cala, só Deus fala.

• Morte da esposa (24,18) como sinal da destruição de

Jerusalém e não podia expressar seu luto8

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Vocação do Profeta 2• Atividade profética estendeu após a 3ª deportação

(583 a.C.)

• Em relação do local de atividade: Babilônia e

transportado em visão para Jerusalém

• (8,3; 11,24; 40,2)

• Acerca do conteúdo da sua visão, existem muitas

divergências entre os estudiosos

• Foi um profeta de exílio (Jeremias e Deutero-Isaías)

manteve acesa a luz da esperança entre os exilados

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As ações simbólicas

• Os gestos com significados

• Ezequiel é um dos profetas que mais usam ações

simbólicas: primeira parte do ministério

• São necessariamente públicos e polêmicos:

provocam o espectador

• Elementos da ação simbólica:

• 1) A ordem divina de execução

• 2) Narração da execução

• 3) Palavra de explicação: explicitando o sentido

da ação realizada10

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As ações simbólicas 1

• 3,22-27; Sinais para casa de Israel

• Fechar-se em casa, atados em cordas de tal

maneira que não pudesse sair. E ficar mudo:

imobilidade e mudez.

• Serve como um sinal para casa rebelde.

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As ações simbólicas 2• 4,1-3. Cerco de Jerusalém

• 4,4-8. Carregar o pecado (390 + 40 = 430)

• 4,9-17; A fome

• Montou com tijolo maquete de uma cidade em lugar

público.

• E deitava no lado esquerdo e direito deste maquete

durante 430 dias.

• Cozer o pão com esterco de vaca na vista de todos

(alimentar-se de comidas racionadas e contaminadas)

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As ações simbólicas 3-1• 5,1-17; Raspar completamente a barba e os

cabelos e dividir em três partes, dando cada um

destino diferente.

• 5,1-2 Os habitantes

• 5,3-4a Ampliação

• 5.4b-17 Explicação das três ações simbólicas

• 4b-5a Jerusalém

• 5b-6a Anúncio do juízo divino

• 8-9. 14-15 A sentença

• 16-17 Falta de pão 13

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As ações simbólicas 3-2

• Explicação:

• Para um terço dos habitantes é aniquilado pelo

fogo, outro um terço, pela espada, e último um

terço, disperso no exílio.

• Bater as mãos e sapatear com os pés para profeta

significar assim amarga alegria (6,11-14)

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As ações simbólicas 4• 12,1-16. Presságio para os príncipes

• Preparar uma bagagem de deportado e parte em

pleno dia, fazer um buraco no muro, e carregar

bagagem nas costas.

• 12,17-20; Presságio para o povo

• A refeição tomada com tremor:

• Comer o pão tremendo e beber a água na

inquietude.

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As ações simbólicas 5• 21,11-12. Da notícia

• Gesto de dor e angústia por causa da notícia ruim:

• a ameaça da espada dos babilônios.

• 21,23-29; As duas estradas abertas diante do rei

da Babilônia

• Consultar o oráculo é parte da estratégia antiga.

• O gesto representava rei da babilônia consultando o

vaticínio na bifurcação da estrada, e que a sorte caiu

para Jerusalém.

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As ações simbólicas 6• 24,1-14; Panela enferrujada, a cidade sanguinária

• Profeta prepara panela com água fervente junta a as

melhores partes das carnes e ossos, e cozinha.

• 24,15-27; Morte da esposa do profeta

• Morte não pranteada e coincide com o dia da queda

de Jerusalém.

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As ações simbólicas 7• 37,15-28 A unidade de novo Israel

• Tomar um pedaço de madeira

• Escrever Judá e um e José no outro (e as tribos associados)

• Aproximar estes pedaços um contra o outro para formarem um só.

• O nome “Israel” é o povo como unidade total.

• A unidade se completa na mão do profeta e de Deus. O termo “um” aparece 7x.

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Reponsabilidade pessoal 1• Ez 18; cf. Dt 30,15; 34,7

• O exílio não foi precisamente os pecados desta geração, os quais não mereciam tamanho castigo, mas sim, os pecados acumulados de antepassados (Jr 15,4).

• Se Deus leva em conta os delitos paternos, porque não leva em conta as bondades de outros reis tementes a Deus?

• A mensagem profética é: há possibilidade de quebrar a corrente do passado, há necessidade de comprometer-se a fim de refazer o futuro.

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Reponsabilidade pessoal 2• Junto à responsabilidade coletiva anuncia-se a

responsabilidade do indivíduo.

• A responsabilidade pessoal é exigência de iniciar a

ação e nela perseverar (Dt 5,9-10)

• O mal produz consequências históricas, no entanto, a

misericórdia divina atravessa a história por mil

gerações: o novo início, para começar a constituir a

nova comunidade de Israel.

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Justiça Social• Em Ez 22,3 o autor desenvolve duas acusações a

saber: injustiça social e idolatria.

• A gravidade do pecado da liderança sócio-político: príncipes, juízes, sacerdotes, governante, profetas e proprietários.

• Ez 22,12-13, a exploração dos mais fracos pelos príncipes.

• Deus esperava que esse grupo protegessem o país com sua boa conduta da possível ameaça divina.

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O Pastor e o rebanho 1• Ez 34

• “No rebanho de Deus, as piores feridas não são

causadas pelos lobos, mas são causadas pelas

outras ovelhas.”

• Denúncia de injustiças pelas autoridades (vv.1-10)

e pelos ricos (vv.17-22), mas ao mesmo tempo

anuncia nova situação de paz e bem-estar (11-16, 23-

31)

• Analisando vv.5 e 8 significa ausência de pastores

que cumprem sua missão?22

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O Pastor e o rebanho 2• vv. 2-4, 10 antes do exílio existiam os pastores que

aproveitaram do rebanho

• Na época após a deportação não existem pastores e povo acha se disperso vv.5-6, 8.

• No antigo oriente, o pastor é a imagem para se referir ao rei. A acusação aqui é que os pastores não cumprem sua missão

• v.3 destaca benefícios que obtém do rebanho e os cuidados que pastor presta

• v.4 aparece 2 grupos de rebanhos: fracas e fortes. (Ver nota 50 de Sicre) 23

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O Pastor e o rebanho 3• A relação é que as mais fortes exploram as mais

fracas.

• Exílio: Para resolver este problema foi essencial desaparecimento das autoridades o que resultou no exílio.

• vv.11-15 Deus decide ocupar o lugar deixado pelos pastores e põe fim ao exílio (v.13)

• Nos versos seguintes 34,17-22. 23-24 agora o problema é entre as ovelhas fortes e fracas

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O Pastor e o rebanho 4• O enfrentamento não leva ao castigo das fortes que

Deus denuncia (vv.17,20,22)

• Deus vai interferir no pleito fazendo separação dos cabritos e das ovelhas

• Identificação do pastor com Davi, Davi reinará junto com Messias

• O problema da injustiça não se restringe só na relação pastor-ovelha, mas também entre ovelhas fortes e fracas.

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O Pastor e o rebanho 5• Reflexão prática:

• “No rebanho de Deus, as piores feridas não são

causadas pelos lobos, mas são causadas pelas

outras ovelhas.”

• Na administração eclesiástica, qual é a importância

da dimensão política do pastorado?

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Novo Israel 1• Ez 10-11 e 47-48

• Visão da partida da Glória do Senhor

• O maior castigo antecedendo a destruição do

Templo em 586 a.C.

• Visão da presença do Senhor

• O sinal da restauração

• A situação idêntica ocorreu na rejeição de Jesus

como Messias por parte da autoridade judaica no

primeiro século o que trouxe a destruição de

Jerusalém no ano 70 d.C. 27

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Novo Israel 2• A rejeição (partida) somente fez postergar a

chegada do reino de Deus na sua plenitude, no

entanto, não transferiu para Igreja como interpretam

alguns teólogos

• O cumprimento da promessa de Ez não acontece em

relação à Igreja, mas sim em Israel restaurado

• O novo Israel ou Israel espiritual será concretizada

na restauração futura de Israel incluindo Templo,

terra, na dimensão concreta no milênio

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Novo Israel 3• Israel é distinto da Igreja

• A Igreja não é Israel espiritual

• Israel espiritual são os remanescentes

• Esta ainda vai ser manifestada no tempo escatológico

• Os judeus ortodoxos estão preparados para

ressurgir a religião de Israel, inclusive de consagrar

os sacrifícios de animais de acordo com a Lei de

Moisés, no momento da reconstrução do Templo.

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• REFERÊNCIAS:• 1. DE LACY, J. M. Abrego. Os Livros Proféticos. Coleção Introdução ao Estudo da Bíblia.

2ª ed. São Paulo: Ave Maria, 2006. 295 p.•  • 2. CARO, J. M. SÁNCHEZ. (ed.) História, Narrativa, Apocalíptica. Coleção Introdução ao

Estudo da Bíblia. São Paulo: Ave Maria, 2004. 479 p.•  • 3. SCHOKEL, L. Alonso e DIAZ J.L. Sicre. Profetas I: Isaías, Jeremias. Coleção Grande

comentário bíblico. São Paulo: Paulinas. 1988. 680 p.•  • 4. SCHOKEL, L. Alonso e DIAZ J.L. Sicre. Profetas II: Ezequiel, Profetas menores, Daniel,

Baruc Cartas de Jeremias. Coleção Grande comentário bíblico. São Paulo: Paulinas. 1991. 731 p.

•  • 5. BALLARINI, Teodorico. e outros. Profetismo e Profetas em geral: Isaías, Jeremias,

Lamentações, Baruc, Carta de Jeremias, Ezequiel. Introdução à Bíblia. Vol. II/3. Petrópolis: Vozes, 1977. 431 p.

•  • 6. BALLARINI, Teodorico. e outros. Os Doze Profetas, Daniel. Introdução à Bíblia. Vol. II/4.

Petrópolis: Vozes, 1978. 282 p.•  • 7. AMSLER, S. Os Profetas e os livros proféticos. São Paulo: Paulinas, 1992. 452 p.

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