Condutas em Pacientes Cirúrgicos para Residentes e Estudantes, Volume 1
Profilaxia em pacientes internados- pacientes cirúrgicos
description
Transcript of Profilaxia em pacientes internados- pacientes cirúrgicos
PROFILAXIA EM PACIENTES INTERNADOS-PACIENTES CIRÚRGICOS
Monica S Lapa
Introdução
Incidência de TVP em internados: SEM PROFILAXIA
10-40% pacientes clínicos e cirúrgicos40 a 80% pacientes submetidos a
procedimentos ortopédicos de grande porte
Alikhan , 2004
Introdução II
Incidência estimada de TVP distal (%):Pacientes clínicos 10-20Cirurgia geral 15-40Cirurgia ginecológica 15-40Cirurgia urológica maior 15-40Neurocirurgia 15-40AVC 20-50Artroplastia de joelho ou quadril 40-60Politraumatismo 40-80Pacientes críticos 10-80Lesão da medula espinhal 60-80
Foto: Doppler venosoCedida por Daniela Kleinfelder
Geerts, Chest, 2008
Introdução III
2010:TEV: 18,3 casos/10.000 habitantes no
anoTEP: 6 casos/ 10.000 no ano
Pacientes internados: 0,1-0,4% TEV
Medidas para diminuir risco: profilaxiaEikelboom, chest, 2012
Classificação de Risco: TEVBAIXO RISCOCirurgia menorPaciente deambula(clínico também)Risco de TEV <10%Tratamento:Deambulação
RISCO MODERADOCirurgias:
ginecológica, urológicaRisco de TEV: 10-
40%Tratamento:Heparinas
(Paciente clínico prostrado)
RISCO ALTO Artroplastia de joelho e quadrilCirurgia de fratura de quadril Politraumatismo Lesão de medula espinhal. Risco de TEV: 40-80%. Tratamento: HBPM ou cumarínicos.Risco alto de trombose e também de sangramento: profilaxia mecânica
Terra-Filho, J Bras Pneumol, 2010
Fatores de Risco: Pacientes Cirúrgicos
Fatores maiorescomplicações no pós-operatório
(cirurgias de grande porte, trauma, neoplasias, evento prévio de TVP )
Fatores Menores: eventos tromboembólicos associados a outros fatores de risco intrínsecos ou adquiridos.
Geerts, Chest, 2008
Estratificação de Pacientes Cirúrgicos
Baixo Cirurgias de
pequeno porte anestesia geral <
30 minutos Paciente ativo Idade < 40 anos
Moderado Maioria das
cirurgias gerais, torácicas, ginecológicas e urológicas
Anestesia geral >30 minutos
Paciente não deambula
Idade >40 anos
AltoArtroplastia de quadril ou joelho Fratura de quadril PolitraumaTrauma raquimedular
Geerts, Chest, 2008
Avaliação de risco: Caprini 2005
Pannucci, 2012
Risco de Caprini Muito baixo (<0,5%) Cirurgia geral abdominal, pélvica caprini=0 Sem profilaxia
Baixo (1,5%) Cirurgia geral abdominal e pélvica caprini 1-2 Profilaxia Mecânica
Moderado (3%) Cirurgia geral abdominal e pélvica caprini 3-4 HBPM/HNF ou mecânica
Alto (6%)Cirurgia geral abdominal e pélvica caprini 5 HBPM/HNF e mecânica Arcelus, 2013
ACCP guidelines 2012
Incidência de TEV comprovada em até 30 dias
Bahl, Ann Surg, 2010
Profilaxia
Heparina Não Fracionada
Início: 12 horas antes da cirurgia, sendo mantida a cada 8 ou 12 horas.
Heparina de Baixo Peso Molecular
Início: 12 horas antes da cirurgia, sendo mantida a cada 24 horas
Anti-vitamina K Início: no pré-operatório ou na noite anterior da cirurgia, sendo mantido a cada 24 horas
Terra-Filho, 20102012 ACCP guidelines
Contra-indicações de Profilaxia com drogas
Sangramento ativo Úlcera péptica ativa HAS não controlada
(> 180 X 110 mm Hg) Coagulopatia
(plaquetopenia ou INR >1,5)
Alergia ou plaquetopenia por heparina
Insuficiência renal (clearance < 30 mL/min)
Cirurgia craniana ou ocular < 2 sem
Coleta de líquido cefalorraquidiano < 24
Terra-Filho, 2010
Opções: Profilaxia Mecânica Meias de Compressão
gradual 18mmHg tornozelos,14mmHg nas panturrilhas, 8mmHg no joelho, 10mmHg na porção distal da
coxa 8mmHg na proximal aumento de 36% na
velocidade de fluxo da veia femoral.
Compressão Pneumática Intermitente
insuflação seqüencial de cuffs: 35, 30 e 20mmHg, , no
tornozelo, joelho e coxa aumentam em 240% a
velocidade de fluxo na veia femoral
Leizorovicz,2004
Profilaxia: Doses
Enoxaparina:
Risco moderado: 20mg/dia;
Risco alto: 40mg/dia ou 30 mg 2x dia
Delteparina:
Risco moderado: 2.500 Ul/dia;
Risco alto: 5.000 Ul/dia
Terra-Filho, 2010
Profilaxia: Situações Especiais
Cirurgias oncológicas pélvicas e abdominais: Profilaxia de 4 semanas /25 dias + mecânica
Cirurgias videolaparoscópicas: Baixo risco: deambulação algum risco: Profilaxia farmacológica+ mecânica
Cirurgias ortopédicas: HBPM e AAS ou Dabigratana / apicaban/
fondaparinux ou AVK Profilaxia por até 35 dias
Terra-Filho, 2010Geerts, 2008
Diretriz x Vida real Profilaxia em até 6 semanas após
cirurgias N= 700 em cada, maioria
farmacológica
Arcelus, 2013
ACCP guidelines
2012: observação da diminuição da incidência de TEV sem aumento do risco de sangramento
Dabigratan/apicaban/Ribaroxaban x Enoxaparina Meta-análise 16 estudos cirurgia
ortopédica 38.000 pacientes
Sem diferença na eficácia e segurança;
Quanto maior eficácia, maior risco de sangramento
Gomez, BMJ, 2012
Rivaroxaban X enoxaparina
Apesar de parecer mais eficaz, teve mais risco de sangramento
N=2000 em cada grupo (artroplastia joelho, quadril)Russell, 2013
Conclusões
A profilaxia diminuiu a incidência de TEV
Cirurgias oncológicas abdominais e Pélvicas: tratamento 25 dias
Cirurgias ortopédicas: 35 dias Profilaxia Mecanica /farmacológica Droga: HBPM de escolha, alem AAS,
rivaroxaban, etc
www.congressosppt.com.br
Obrigada!