Profissão e Legislação 2014

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Secretariado Executivo: Profissão e Legislação Secretarial – 2014 Apostila realizada pela líder de disciplina: Profª Penha Terra SUMÁRIO I - HISTÓRICO DO SECRETARIADO 1.1. A origem da profissão 1.2. Secretária e Secretário 1.2.1. Atividades Desenvolvidas por Homens nas Empresas como Profissional de Secretariado Executivo 1.3. Dia Nacional e Internacional do Profissional de Secretariado 1.4. A Invasão das Mulheres nos Escritórios 1.5. Mitos e Paradigmas da profissão II - EVOLUÇÃO DA PROFISSÃO III – FORMAÇÃO EDUCACIONAL E LEGISLAÇÃO SECRETARIAL 3.1. Regulamentação da Profissão 3.2. Lei 7377, de 30/09/85 e Lei 9261 (*), de 10/01/96 3.3. Código de Ética 3.4. Simbologia do Secretariado 3.4.1. Juramento para o Curso Superior 3.4.2. Juramento para o Curso Técnico em Secretariado 3.5. A importância do curso de graduação de secretariado executivo IV - COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO PROFISSIONAL DE SECRETARIADO EXECUTIVO 4.1. Perfil Atual do Profissional de Secretariado 4.2. Competências e Habilidades do Profissional de Secretariado Executivo 4.2.1. Competências 4.2.2. Habilidades Essenciais V - O MERCADO DE TRABALHO 5.1. Planejamento de Carreira e Objetivos profissionais 5.2. Guia de salários / Secretários (as) 5.3. CBO – Classificação Brasileira de Ocupações 5.4. Empregabilidade 5.4.1 - Você é "Hands On" ? 5.5. Resiliência 5.5.1. Como desenvolver e/ou aumentar a resiliência 5.6 - Rede de Contatos – Networking VI - ETIQUETA CORPORATIVA 6.1. Atitudes discretas preservam a harmonia do ambiente 6.2. Higiene Pessoal - Cuidados Pessoais VII - PREPARAÇÃO PROFISSIONAL 7.1. Elaboração de Currículo 7.2. Entrevista de Emprego 7.3. Avaliação de Desempenho ou Desempenho de Cargo VIII - MARKETING PESSOAL E PROFISSIONAL 8.1. O Marketing Pessoal na sua Trajetória Profissional 8.2. Segredos do Marketing Pessoal 8.3. Passos importante para o desenvolvimento da boa imagem pessoal 8.4. Lidando com as críticas e elogios REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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    SUMRIO

    I - HISTRICO DO SECRETARIADO 1.1. A origem da profisso 1.2. Secretria e Secretrio 1.2.1. Atividades Desenvolvidas por Homens nas Empresas como Profissional de Secretariado Executivo 1.3. Dia Nacional e Internacional do Profissional de Secretariado 1.4. A Invaso das Mulheres nos Escritrios 1.5. Mitos e Paradigmas da profisso

    II - EVOLUO DA PROFISSO

    III FORMAO EDUCACIONAL E LEGISLAO SECRETARIAL 3.1. Regulamentao da Profisso 3.2. Lei 7377, de 30/09/85 e Lei 9261 (*), de 10/01/96 3.3. Cdigo de tica 3.4. Simbologia do Secretariado 3.4.1. Juramento para o Curso Superior 3.4.2. Juramento para o Curso Tcnico em Secretariado 3.5. A importncia do curso de graduao de secretariado executivo

    IV - COMPETNCIAS E HABILIDADES DO PROFISSIONAL DE SECRETARIADO EXECUTIVO 4.1. Perfil Atual do Profissional de Secretariado 4.2. Competncias e Habilidades do Profissional de Secretariado Executivo 4.2.1. Competncias 4.2.2. Habilidades Essenciais

    V - O MERCADO DE TRABALHO 5.1. Planejamento de Carreira e Objetivos profissionais 5.2. Guia de salrios / Secretrios (as) 5.3. CBO Classificao Brasileira de Ocupaes 5.4. Empregabilidade 5.4.1 - Voc "Hands On" ? 5.5. Resilincia 5.5.1. Como desenvolver e/ou aumentar a resilincia 5.6 - Rede de Contatos Networking

    VI - ETIQUETA CORPORATIVA 6.1. Atitudes discretas preservam a harmonia do ambiente 6.2. Higiene Pessoal - Cuidados Pessoais

    VII - PREPARAO PROFISSIONAL 7.1. Elaborao de Currculo 7.2. Entrevista de Emprego 7.3. Avaliao de Desempenho ou Desempenho de Cargo

    VIII - MARKETING PESSOAL E PROFISSIONAL 8.1. O Marketing Pessoal na sua Trajetria Profissional 8.2. Segredos do Marketing Pessoal 8.3. Passos importante para o desenvolvimento da boa imagem pessoal 8.4. Lidando com as crticas e elogios

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    Curso: SECRETARIADO EXECUTIVO BILNGUE

    Objetivo:

    O graduado de Secretariado Executivo Bilngue deve ser um profissional proficiente para atender as demandas do mercado de sua atuao. Para isto, seu perfil profissional abrange uma formao Generalista, que permite o entendimento das principais atividades dentro de sua rea e Especialista, o que permite uma melhor adequao ao Mercado de Trabalho. Sendo assim, seu perfil ter as caractersticas de um profissional:

    Criativo; Participativo; Conhecedor da gesto estratgica; Articulador em negociaes que precedam s tomadas de decises; Facilitador das relaes interpessoais e intergrupais; Revelando eficiente domnio de tcnicas de sensibilizao e fcil domnio dos

    diferentes meios de comunicao dentro da organizao e com diferentes grupos de clientela e de demanda.

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    I - HISTRICO DO SECRETARIADO

    Estudiosos da histria do mundo sempre buscaram explicaes de certas caractersticas referentes ao surgimento das profisses, afinal, todas as profisses tm suas razes em um passado distante.

    1.1. A origem da profisso

    Texto adaptado da Apostila de Maria Liana Natalense. A Saga do Profissional de Secretariado. Disponvel em: http://www.sinserj.com.br/historia_origem.htm. Acesso em 10.06.2007

    Como outras, a profisso de secretrio/a no tem a sua origem muito conhecida. Pelas pesquisas histricas, Liana Natalense em seu livro Gerente e Secretria Uma Equipe de Sucesso, percebeu que o "antepassado" da secretria foi o Escriba profissional de atuao destacada em toda a Idade Antiga, junto aos povos que desenvolveram a escrita e o comrcio. Isto tambm se confirma no site da Secconsult, onde afirma-se que os primeiros registros da profisso de secretria datam dos tempos dos faras, sendo exercida pelo sexo masculino, na figura dos escribas .

    Ainda, segundo a mesma autora, analisando a descrio do trabalho e funo do escriba, observa-se que existe bastante semelhana com o trabalho da secretria, garantindo, obviamente, as caractersticas de cada poca. A funo e descrio do trabalho do escriba se resumem na seguinte frase: "O escriba o homem que domina a escrita, classifica os arquivos, redige as ordens, aquele que capaz de receb-las por escrito e que, por conseguinte, naturalmente encarregado da sua execuo". Portanto, um profissional de atuao destacada em toda a Idade Antiga.

    Segundo a expresso de Claude Abastado, na Grcia antiga, eles constituam espcie de confraria de letrados privilegiada: uma casta hereditria, porm, sem o carter sacerdotal a que outras civilizaes davam a seus confrades.

    Muito mais tarde com o advento da democracia, proporcionou ao povo facilidades para aprender a ler e escrever, trazendo liberdade intelectual, igualdade social e econmica, progresso e controle cvicos, trouxe aos escribas o declnio de seu prestgio, sofrendo assim restries, ou melhor, a funo adquiriu novas roupagens, sendo parte transformada em eruditos, filsofos, professores, sbios e escritores e uma outra parte (constituda, principalmente, de prisioneiros de guerra) permaneceu na condio de escravos, a servio de senhores capazes de aproveitar as suas aptides mentais. Sendo que foi desta segunda parte que saram os secretrios, os copistas e leitores (e por que no?) os colaboradores intelectuais das obras assinadas pelos amos.

    Uma curiosidade quanto ao desempenho dos escribas, mais tarde chamados de secretrios, no Baixo Imprio Romano: muitos deles eram taqugrafos! No Baixo Imprio Romano a estenografia vulgarizou-se, assumindo importante papel nos escritrios da administrao pblica.

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    J na esfera da burocracia, o escriba compartilhou das prerrogativas e das penrias que seguem os passos dos funcionrios pblicos em geral. Havia os secretrios dos tribunais e conselhos com poderes e regalias iguais aos dos mais altos magistrados da cidade. No extremo oposto vegetavam os humildes de todas as administraes: escravos, modestos cidados que tinham necessidade de ganhar a vida, no possuindo uma boa reputao perante a sociedade.

    Atualmente ao comparar a situao de um "antepassado escravo", pode-se perguntar se muitas secretrias, que mantm uma postura de submisso, esto ainda sofrendo as consequncias daquela antiga situao. Ou, se os gerentes que insistem em tratar as suas secretrias como serventes, sem qualquer tipo de participao e iniciativa, tambm estariam preservando a antiga postura dos senhores da Grcia e Roma antigas.

    A prpria palavra secretria tem origem no Latim, secretarium que significa lugar retirado, conselho privado. Tambm h secretum que significa: lugar retirado, retiro, solido, audincia secreta, particular, segredo, mistrio. Secreta - particular, segredo e suas derivaes

    Nos sculos IV e V em vrias civilizaes antigas (egpcia, mesopotmica, judaica, etc) encontramos referncias aos escribas: eles dominavam a escrita, faziam as cartas, classificavam arquivos, redigiam as ordens e eram encarregados de sua execuo. Portanto, a funo de secretariar comeou nessas civilizaes.

    Acredita-se que, com o passar do tempo, a grafia e o significado de tais palavras tenham sofrido alteraes,

    surgindo os dois gneros (Secretria e Secretrio).

    Nos remotos dias de Alexandre Magno, um secretrio era realmente um secretrio. Para levar a cabo este encargo, em 300 a.C., voc passaria a noite em claro, entalhando uma tabuinha de cera com a esptula e todo o dia seguinte retalhando o inimigo com uma espada. Esta era uma posio de prestgio porm perigosa e, Alexandre Magno unicamente em sua campanha na sia, perdeu 43 secretrios. Quando o Imprio Romano atingiu o seu pice, os Secretrios trocaram as suas espadas pelos deveres de simples escribas. Porm, os Secretrios, em sua maioria, eram escravos e suas condies de trabalho estavam longe de serem as ideais. Na Idade Mdia, viram-se os secretrios novamente obrigados a lidar tanto com a espada como com a pena. No entanto, um grupo de escribas comeou a combater astuciosamente este sistema, adotando o hbito de monges. Assim sendo, em meados do sc. XIV, 70% da classe secretarial originou-se dos monastrios, fato este nada surpreendente, pois naquela poca os Secretrios eram todos homens. Na Idade Mdia a funo do secretrio ficava restrita aos monges. Sua funo era fazer cpias e arquivos de documentos. J na poca da Revoluo Industrial, ocorrida na Inglaterra, a partir de 1760, instalou-se uma nova estrutura empresarial, onde funes novas como assessoria administrativa fortaleceram o papel do profissional de secretariado. As mulheres s surgiram no cenrio como Secretrias quando Napoleo Bonaparte levou uma a fim de registrar os detalhes das batalhas, em cada uma de suas campanhas. Contudo, Josefina, mais do que depressa, objetou e, finalmente, Napoleo contratou um homem quando de sua fatal invaso Rssia.

    Durante a Idade Mdia, a funo do secretrio praticamente desapareceu em razo das condies polticas, econmicas e sociais. Na Idade Moderna, com o ressurgir do comrcio,

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    a necessidade da funo do secretrio reaparece. Integra-se, mais tarde, estrutura organizacional das empresas e permanece em evoluo at os nossos dias.

    A mulher passa a atuar como secretria de forma expressiva na Europa e nos Estados Unidos a partir das duas Guerras Mundiais. Com a escassez de mo-de-obra masculina, desviada para os campos de batalha e, com uma estrutura industrial/empresarial desenvolvida, as empresas no tiveram outra alternativa para manterem-se em funcionamento, seno a de utilizar a mo-de-obra feminina, em todas as reas, tendo uma atuao marcante e trazendo para as empresas um custo ainda menor.

    No Brasil, percebe-se a atuao da mulher como secretria a partir da dcada dos anos 50, com a chegada das multinacionais, cuja cultura organizacional j estava habituada com a presena da mulher.

    1.2. Secretria e Secretrio

    Texto baseado: BOLZAN. Roberson lopes. MASSARUTTI Neusa Maria Orthmeyer. Prof. Orientador. Artigo cientfico classificado em terceiro lugar para apresentao oral desafios e preconceitos enfrentados por estudantes e profissionais de secretariado executivo, destacando o preconceito pelo sexo masculino. Instituio: Universidade Estadual de Londrina - UEL. XVII CONSEC 26 a 29/05/2010 Fortaleza/CE http://www.fenassec.com.br/pdf/xxvii_oral_3_lugar.pdf Acesso em 20/02/2014

    A tendncia que se nota ao consultar bibliografias, como: sites e revistas que as publicaes so direcionadas para as secretrias; todavia, a proposta do Ministrio da Educao (MEC) para o curso coloca como em nossa lngua portuguesa, toda a referncia no gnero masculino.

    A diferena de gneros neste caso to marcante que no Cdigo de tica e em outras publicaes aparecem os termos secretria e secretrio sempre que so mencionados esses profissionais, o que no acontece nas demais profisses.

    Em convites para eventos da rea de secretariado o termo Secretria, dificulta a participao masculina. Alm de ttulos de e livros, h poucos ttulos de palestras, com o termo profissional de Secretariado, que direciona atrair tanto Secretrias quanto Secretrios. A maioria est explicito para as profissionais femininas a chance de atrair um pblico masculino mnima. Analisando esses convites possvel identificar que o foco, em muitos deles, o pblico feminino do Secretariado. Basta prestar ateno no layout dos mesmos: imagens de mulheres executivas, tons rosados como pano de fundo ou nos letreiros etc. Com esse tipo de convite muito difcil que um secretrio cogite a possibilidade de participar do mesmo, pois a imagem feminina muito forte, conforme Arajo. (2007).

    So inmeras as manifestaes que praticamente ignoram a presena masculina no mbito do secretariado, o que fortalece a idia de que secretariado executivo uma profisso para mulheres e isso ocorrendo, inclusive, com os setores sindicais da profisso: sindicatos estaduais e federao e, tambm, com os ttulos de obras especificas da rea. As dificuldades de ingressar em uma profisso predominantemente feminina iniciam logo nos primeiros contatos com o secretariado. O discurso em sala de aula, que acaba destacando a participao feminina, o que pode inibir ou excluir a participao dos representantes do sexo masculino e, quanto menor o nmero de representantes maiores so as dificuldades.

    1.2.1. Atividades Desenvolvidas por Homens nas Empresas como Profissional de Secretariado Executivo

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    Para Arajo (2007), desde a infncia depara-se com definies de masculino e feminino e adquire-se hbitos que, por exigncia da sociedade nos identificam como homens ou mulheres influencia na escolha da nossa profisso ao ingressar na carreira profissional.

    Segundo pesquisas de Lupton (2000, apud Araujo, 2007) que tratam sobre a presena de homens em algumas reas especificas como enfermagem, assistente social e, at mesmo secretariado. Explica que no h interesse em desenvolver bibliografia que aborde as dificuldades enfrentadas por homens em profisses tidas como feminina, uma vez que o ingresso de homens em profisses tradicionalmente seguidas por mulheres at considerado um passo atrs na carreira profissional e, talvez, esta concepo explique a pequena representao masculina nessas profisses.

    Na reportagem Homens no Secretariado: uma questo de gnero, publicada na revista Excelncia, relata que h homens que atuam na profisso de Secretariado que confessaram ter recebido sugestes de professores da sua universidade para desistirem desse curso. Outros no conseguiram se inscrever em seminrios da categoria, pois era sobre o Dia da Secretria e a recepo vetou. Em outro, um profissional sofreu quando foi sorteado para receber um brinde, pois o representante do prmio no quis entregar porque era para uma mulher e no um homem. Ainda na mesma reportagem, abordava opinies de profissionais homens no secretariado sobre esse preconceito, como no relato a seguir:

    Assessorar o chefe, redigir documentos, preparar reunies na Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidncia da Repblica, entre outras atividades, o que Hugo Nister Pessoa Teixeira, 25 anos, faz depois que se formou em Secretariado Executivo pelo Instituto de Ensino Superior de Braslia. No entanto, atuar na rea traz alguns detalhes inesperados. Ele conta que as pessoas quando querem agendar com seu chefe, sempre telefonam e pergunta: A secretria est:. Para explicar sua reao, ele diz que compreensvel, visto que tal profisso era exercida no passado apenas por mulheres. Mas o pior mesmo quando as pessoas demonstram claro preconceito com o fato dele ter cursado Secretariado. Boa parte das pessoas faz indagaes como, por exemplo, Esse curso no de mulher?, reclama. (Revista Excelncia, Dez, 2006, p. 8).

    Apesar de o cenrio estar em crescimento para a profisso de Secretariado Executivo, uma das lutas dos profissionais quanto ao preconceito de que apenas mulheres podem exercer a funo.

    O nmero de alunos do sexo masculino nos bancos das faculdades tem aumentado a cada ano. E, na execuo das tarefas, a qualidade profissional a mesma. Porm, muitas empresas ainda relutam com a contratao de profissionais homens para a funo. Segundo, Maria Ceclia Pilla, da Pontifcia Universidade Catlica do Paran (PUCPR). O bom secretrio executivo aquele que tem respostas para as questes que se apresentam no dia-a-dia e capacidade para tomar decises indispensveis. Portanto, uma das estratgias para lidar com estas dificuldades utilizar outras denominaes para definirem seus papis.

    preciso incentivar de todas as maneiras a participao do gnero masculino em reas tidas como femininas, e tambm, incentivar o ingresso do gnero feminino em profisses eminentemente masculinas, pois, acredita-se que o cumprimento de tarefas no est ligado sexualidade e gneros e sim excelncia e o respeito das pessoas ao desenvolverem a profisso que escolherem.

    Atualmente, muitas empresas reconhecem que os secretrios preenchem satisfatoriamente o papel que lhes cabe nas organizaes. Por esse motivo seguindo os passos do

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    Ministrio da Educao, com o intuito de facilitar e valorizar a profisso e o curso ao referir-se s secretrias e secretrios deve-se dar como referncia nomenclatura de Profissional de Secretariado, para incluir ambos os sexos.

    Referncias Bibliogrficas

    ARAUJO, Daiana Gossmann. O espao ocupado pelo sexo masculino no ramo de secretariado UNB, 2007 KORKI, Maria Rosngela Kamimura; SANTOS, Rogrio Carvalho dos. A presena masculina na profisso de secretariado executivo. 2007. 68fls. (Graduao em Secretariado Executivo) Universidade Estadual de Londrina, Londrina. http://www.fenassec.com.br/pdf/xxvii_oral_3_lugar.pdf http://secretarirailde.blogspot.com.br/2011/10/importancia-do-curso-superior-de.html

    1.3. Dia Nacional e Internacional do Profissional De Secretariado Texto de Liana Natalense

    Extrado do site: http://www.secretariando.com.br/diasec.htm

    Durante a segunda fase da Revoluo Industrial (fase esta iniciada em 1860), Christopher Sholes inventou um tipo de mquina de escrever. Sua filha - Lilian Sholes - testou tal invento, tornando-se a primeira mulher a escrever numa mquina, em pblico.

    Lilian Sholes nasceu em 30 de setembro. Por ocasio do centenrio de seu nascimento, as empresas fabricantes de mquinas de escrever fizeram diversas comemoraes. Entre elas, concursos para escolher a melhor datilgrafa.

    Tais concursos alcanaram sucesso, passando a repetir-se anualmente, a cada 30 de setembro. Como muitas secretrias participavam, o dia passou a ser conhecido como o "Dia das Secretrias".

    Com o surgimento das associaes da classe de secretrias do Brasil, apareceram os movimentos para o reconhecimento da profisso. Das atividades das associaes, uma das consequncias foi a divulgao e popularizao do dia 30 de setembro como sendo o "Dia da Secretria".

    Em alguns Estados brasileiros, o dia foi oficialmente reconhecido. Em So Paulo, conforme quadro prxima pgina, por exemplo, a lei n 1.421 de 26/10/1977, reconhece e oficializa 30 de setembro como "Dia da Secretria".

    LEI 1.421 - Dia da Secretria LEI N 1.421 - DE 26 DE OUTUBRO DE 1977 INSTITUI O DIA DA SECRETRIA O GOVERNADOR DO ESTADO DE SO PAULO, FAO saber que a Assemblia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte Lei: ART. 1 - Fica institudo oficialmente o Dia da Secretria, a ser comemorado, anualmente, no dia 30 de setembro. ART. 2 - Esta Lei entrar em vigor na data de sua publicao. PAULO EGYDIO MARTINS GOVERNADOR DO ESTADO http://www.sinsesp.com.br/lei_1421_dia_da_secretaria.htm, acesso em 27/02/2004

    O Dia Internacional do (a) Secretrio (a), comemorado na ltima 4 feira do ms de abril.

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    So Jernimo o Santo protetor das Secretrias e Secretrios. Ele foi secretrio do Papa Dmaso, que governou a Igreja Catlica de 367 a 384 e seu dia 30/9.

    1.4. A Invaso das Mulheres nos Escritrios

    Segundo Lcia Casimiro, Coterp, foi o comrcio americano que recebeu o primeiro ataque da Secretria. Em 1877, a primeira dentre esta nova raa, entrou timidamente num escritrio de Nova Iorque e orgulhosamente anunciou ser ela a nova Secretria do Executivo. O homem explodiu, blasfemou, indagando o que estava acontecendo ao mundo e j se inclinava para pegar o telefone e contratar um homem. Deu-se, ento, o primeiro passo para a emancipao feminina.

    A jovem rompeu em prantos. Seu executivo cedeu e a primeira mulher Secretria americana levou os louros do dia.

    Por volta de 1902, havia cerca de 50.000 Secretrias mulheres e isto provocou uma srie de alteraes nos escritrios. O relegado lavatrio brilhava, o to inesttico cuspidor desapareceu misteriosamente, surgiram cortinas nas janelas e muitas foram as blasfmias engolidas pelos Executivos enrubescidos. Por todo pas, as mulheres invadiram os escritrios e fincaram seus ps nas posies conquistadas.

    Um fato que influenciou o aumento numrico de Secretrias foi o salrio baixo. Os homens exigiam e recebiam US$ 50,00 a mais por semana. As mulheres trabalhavam por menos que um tero desse montante.

    Entretanto, por volta de 1911, j havia mulheres suficientes no ramo para se reunirem e reivindicarem salrios mais altos, melhores condies de trabalho e outros benefcios. Graas aos esforos dessas pioneiras, os ordenados subiram para uma mdia de US$ 20,00 semanais e a maioria delas conseguiu obter de seus Executivos uma semana de frias (no remuneradas) por ano.

    Finalmente, o maior benefcio resultou em utilizar-se o escritrio como um feliz campo a caa de homens elegveis para futuros maridos. Este foi um choque enorme aos homens americanos. Se eles no estavam mais a salvo nos escritrios, que santurios lhes restavam?

    O que deu maior estmulo integrao da mulher nos escritrios foi a Primeira Guerra Mundial. Ela drenou a fora de trabalho americano e a mulher apareceu para substituir o homem, trabalhando como Secretria e s vezes at em atividades executivas, bem como em outras profisses. Havia procura e necessidade e as mulheres responderam ao desafio. Este era um dos lados da moeda. Pois, um Executivo ao dar baixa no servio militar e ao

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    reassumir suas funes civis manifestou-se do seguinte modo: "ns ganhamos uma guerra, mas perdemos a outra. Esta poca ser lembrada como a da maior emboscada sofrida pelos homens em toda a Histria."

    Aps a guerra, a mulher manteve sua posio to arduamente conquistada. Por volta de 1920 j havia 1,2 milhes de mulheres desempenhando os cargos de Secretrias e Estengrafas. Mudanas drsticas sucediam-se, arrebanhando cada vez mais mulheres para a fora trabalhadora. Construram-se casas e apartamentos menores, que exigiam menos cuidados e trabalhos de manuteno, alimentos enlatados, mquinas de lavar roupa, ferros de passar eltrico e roupas feitas, deixaram as mulheres com mais tempo livre sua disposio. Os executivos, sem alternativas diante das dramticas vitrias conseguidas pelo sufrgio feminino e pela crescente influncia do Bureau Trabalhista Feminino, comearam a aceitar a Secretria feminina como um fato cotidiano da vida.

    No comeo da dcada dos anos 30 havia trs milhes de Secretrias e os empregos continuavam a chover, inclusive durante os anos de represso. Prontamente, apareceu a Secretria como uma jovem distinta, ativa em tudo do tnis poltica. Surgiu a primeira dentre as Secretrias Executivas. Datilgrafa e Estenografa e nasceu o intervalo do cafezinho!!!

    A Segunda Guerra Mundial, tal qual a primeira, levou a sua cota de mo-de-obra e a procura por Secretrias aumentou medida em que os negcios progrediram. A prosperidade continuou e por volta de 1945, toda a fora de trabalho feminino cresceu dos seus 14 milhes, em 1940, para o significante nmero de 20 milhes. A estatstica para 1960 era de 22 milhes e para os dias de hoje calcula-se que 42% da populao economicamente ativa seja do sexo feminino.

    Mas o papel da Secretria de hoje mudou. Aos seus deveres tradicionais de taquigrafia e datilografia outros foram adicionados, manipular e redigir cartas, marcar entrevistas, reservar passagens, manipulao de modernos equipamentos de escritrio, acompanhar em viagens o seu Executivo, participar de reunies, cancelar e remarcar visitas e o desempenho de uma grande variedade de pequenas tarefas como: redigir anncios, at a compra e escolha do presente de aniversrio para a esposa do Executivo.

    1.5. Mitos e Paradigmas da profisso

    Devido ao perfil negativo gerado em torno do profissional de secretariado surgiram alguns mitos. So eles:

    Disponibilidade total para horrios irregulares

    Todo profissional de secretariado tem limite de horrios de trabalho, caso contrrio, no haveria uma legislao sobre esse assunto. Est provado pela Organizao Internacional do Trabalho (OIT) que as pessoas s conseguem produzir por um perodo de 8 (oito) horas.

    Irregularidades no horrio de trabalho fora do expediente normal significam que o gerente ou o(a) secretrio(a) so desorganizados e incompetentes. Muitas vezes o executivo precisa permanecer no escritrio aps o expediente e o seu secretrio o acompanha, eventualmente ele precisa tomar essa atitude, pois para trabalhos urgentes e longos o perodo de 8 (oito) horas passa a ser pouco, e seu gerente precisa de sua ajuda. Mas, isso no deve tornar-se um hbito, pelo fato dele possuir uma vida pessoal. Caso contrrio, seu superior ficar acomodado com esta atitude, e ir exigir que ele passe a ter um horrio irregular.

    Disponibilidade para executar trabalhos particulares

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    A competncia do profissional de secretariado e a solidariedade dessa parceira fazem com que algumas vezes seja prestada assessoria particular para o executivo em tudo. Isso no atrapalha o trabalho nem prejudica a empresa, pelo contrrio colabora para facilitar a vida deles.

    Porm, quando o gerente passa a exigir que o profissional de secretariado saia de sua mesa para ficar numa fila de banco e fazer seus pagamentos pessoais uma falta de respeito para com o secretrio. Outras pessoas tm incumbncia para essa tarefa, como os office boys. Assim, no necessrio interromper a execuo de tarefas de suma importncia.

    O trabalho secretarial no produz resultados concretos e mensurveis

    Produz sim! Por que no decorrer do dia o profissional de secretariado atende vrios telefonemas e visitas de clientes internos e externos. Alm, de realizar tarefas em que apenas o executivo recebe o crdito. Assim, fcil perceber que todo trabalho realizado tem uma grande contribuio para o desempenho organizacional, por mais que eles no sejam to visveis.

    O profissional de secretariado tem funo maternal, feminina, domstica e uma vocao feminina

    H alguns gerentes, executivos e empresrios que enxergam na profisso de um(a) secretrio(a) funes maternais, femininas e domsticas, so comodistas e aproveitadores. Pelo fato de no saberem e/ou no darem a devida importncia para esse profissional que atualmente adquiriu uma nova imagem de assessor.

    Com as novas exigncias do mercado, a chegada da informtica e necessidades de reduo dos custos, levam os profissionais de secretariado, gerentes e empresas a repensarem as atitudes, o papel da utilizao da profisso.

    Os Novos Paradigmas Profissionais

    Atualmente o mercado de trabalho exige de todos os profissionais conhecimentos especficos de sua rea de atuao e generalistas para melhor atender suas necessidades e posies dentro da estrutura organizacional. Possibilitando, aos profissionais, contribuir de maneira mais eficiente e eficaz. Observa-se que esta exigncia ainda maior quando o enfoque para os profissionais de secretariado

    Paradigma: Modelo, padro. O profissional de secretariado deve se atentar o tempo todo s mudanas, possibilitando e buscando seu crescimento profissional. No mais nenhuma novidade dizer que a profisso que mais evoluiu foi a de secretariado.

    Se verificarmos na histria da evoluo da profisso de secretariado, veremos que h pouco tempo bastava o profissional de secretariado saber digitar uma carta ou anotar recados j era considerado um profissional eficiente. Mas atualmente as exigncias ficaram mais complexas, podendo ser classificadas em:

    Essenciais: saber buscar novas tecnologias e habilidades, estar disposto a se atualizar continuamente, ter esprito de cooperao; saber trabalhar sob presso; saber motivar equipes;

    Complementares: saber analisar o mercado; definir sua misso; ter objetivos e reconhec-los em seu trabalho; ter planos de ao; ser tico; ser facilitador; gostar de inovaes e desafios;

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    Bsicas: organizar agendas; redigir ou digitar textos; providenciar correspondncias e anotar recados.

    O profissional de secretariado procurado hoje pelas organizaes aquele interessado em conhecer e compreender o ponto de vista da empresa nos assuntos mais importantes, devendo estar preparado para ajudar o cliente a solucionar e filtrar os assuntos antes de chegarem ao executivo. Para ajud-lo nesta tarefa necessrio que ele tenha conhecimento do mercado que a organizao atua.

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    II - EVOLUO DA PROFISSO O cargo de secretrio cresceu consideravelmente aps a Segunda Guerra Mundial, quando o mercado de trabalho passou a abrir suas portas para a mo-de-obra feminina inicialmente na Europa e nos Estados Unidos da Amrica para suprir a escassez da mo-de-obra masculina que fora direcionada para os campos de batalha. Em 1945 j existiam 20 milhes de pessoas na profisso com estatstica crescente.

    No Brasil, o desenvolvimento da profisso acompanhou o ambiente empresarial, adaptando-se aos paradigmas vigentes. O perfil do profissional de Secretariado, historicamente, mudou muito. Teve seu incio como mera funo de servir, de executar as tcnicas secretariais bsicas, nas dcadas de 50 e 60. Passou pela funo de assessoria gerencial para participar de reunies (redigir atas), na dcada de 70, at o papel de executar, gerenciar, dcadas de 80 e 90. Atualmente, exige-se um perfil do profissional de secretariado que vai alm do gerenciar, necessrio assessorar o executivo que participa do processo decisrio nas organizaes e ser multifuncional.

    Natalense (1998) descreve o desenvolvimento da profisso de secretariado assim: na Idade Antiga at o incio do sculo XX a profisso foi eminentemente masculina; a partir da dcada de 30 at os nossos dias, a profisso tornou-se eminentemente

    feminina; nos ltimos anos, nota-se um despertar do interesse masculino pela profisso. Cerca

    de 10% dos profissionais existentes, atualmente, na rea de secretariado, so homens.

    Dcada de 50

    O profissional de secretariado comeou a ser notado no Brasil a partir da dcada de 50 com a chegada da indstria automobilstica.

    O(a) secretrio (a) era um(a) mero(a) servente, ajudante do chefe, sem autoridade

    para resolver problemas cotidianos, apenas reconhecidos como um funcionrio que apenas estava no ambiente de trabalho para fazer as vontades do chefe, sem opinar sobre o mtodo de trabalho e sem ser valorizado. Suas tarefas baseavam-se em funes simples, onde no era necessrio ter um alto nvel de conhecimento profissional, pois qualquer pessoa sem nenhuma instruo poderia executar o trabalho.

    No seu dia-a-dia, as nicas tarefas que faziam parte do perfil profissional eram datilografar, taquigrafar, arquivar e atender ao telefone.

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    Dcada de 60

    Na dcada de 60, manteve-se destinada a anotar recados. Foi o incio da formao de gerentes, atravs de treinamentos desenvolvidos por Peter Drucker que desenvolveu a teoria que defende a seguinte idia: O conhecimento em si no impessoal, como dinheiro ou capital financeiro, ele incorporado em pessoas. Diferente da poca industrial em que as pessoas eram usadas como robs para trabalhos operacionais e rotineiros, onde elas como funcionrios no tinham poder de deciso. Seus conhecimentos no eram levados em conta, por isso os executivos integram seus funcionrios, porque muitas vezes as solues para vrios problemas da empresa encontram-se na mente de seus subordinados, ou seja, o sucesso da empresa est em dar poder e autonomia. O funcionrio no mais avaliado por suas tarefas dirias, mas sim por sua criatividade e iniciativa.

    Com o incio de um treinamento gerencial ter uma secretria passa a ser status iniciando-se assim uma valorizao da secretria por parte dos empresrios brasileiros.

    Nesta poca o profissional de secretariado era visto apenas como carto de visita e objeto decorativo. O que acarretava a escolha de profissionais com boa aparncia pessoal, no sendo avaliada a vocao profissional, a experincia no ramo de atividade e as habilidades tcnicas.

    1o. Curso de nvel superior em Secretariado no Brasil: Universidade Federal da Bahia. Criado em 1969 e reconhecido em 1998, atravs do Parecer 331/98 - DOU 24/8/98.

    Dcada de 70

    Nos anos 70 passou a ter um papel mais ativo, onde participava de programas de desenvolvimento mais elaborados. Porm era conhecida como um profissional acomodado, dependente, resistente s mudanas, sem ambies de elevar sua categoria, no possui piso salarial fixo, no tem horrio para ir embora e seu trabalho no gera grandes resultados, mas passa a ser membro ativo na gerncia.

    Tambm foi o incio da formao superior, justamente pela formao gerencial onde se comea a praticar a teoria de Peter Drucker que consiste em investir nos conhecimentos dos clientes internos delegando autonomia para tomada de decises e, juntos superior e subordinado alcanarem o crescimento prprio e o da empresa.

    No Brasil, a lei N 6.556, de 05 de setembro de 1978, que dispe sobre a atividade de Secretrio e d outras providncias, foi o primeiro documento oficial da categoria apesar de considerar o trabalho secretarial como atividade e no profisso. As atividades costumeiramente desenvolvidas pelos secretrios e descritas na Lei se caracterizavam pela anotao de recados, atendimento telefnico, registros de entrevistas, arquivamento, redao de ditados, entre outros. A preocupao voltava-se eficincia e obedincia na realizao de tais tarefas. A literatura, mediante a propagao de manuais tcnicos e de dicas de comportamento, tambm enfatizava esse perfil operacional e de subordinao.

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    O 1 curso de nvel superior em secretariado executivo reconhecido no Brasil: Universidade Federal de Pernambuco . Criado em 1970 e reconhecido em 1978, atravs do Decreto n 82.166, publicado no Dirio Oficial da Unio do dia 25/08/78.

    Dcada de 80

    Nos anos 80 passou a participar de um movimento renovador que era participativo com a realizao do treinamento gerente e secretria para formao de uma parceria com o executivo.

    Mudanas positivas e significativas a profisso recebeu. A primeira delas foi o reconhecimento do secretariado como profisso, por meio da lei N 7.377, de 30 de setembro de 1985.

    Assim como as mulheres foram conquistando a igualdade e se consolidando no mercado de trabalho, a categoria secretarial evolui qualitativamente no sentido de amplitude de suas funes e interferncia dessas nos processos empresariais. O processo de industrializao e globalizao, bem como os avanos da cincia e da tecnologia muito contriburam com a transformao do perfil secretarial, pois as organizaes passaram a necessitar de mo-de-obra diferenciada, abrangendo vrios saberes, tornando o conhecimento tcnico insuficiente para responder as novas demandas do mercado.

    A lei, embora definisse os critrios da funo do profissional de secretariado, exigia formao tcnica e aperfeioamento cultural, trazendo tambm prejuzos. Ao exigir que s poderiam ser considerados profissionais de secretariado as pessoas que exercessem a profisso durante cinco anos ininterruptos ou dez anos intercalados. Dessa forma, fechou as portas do mercado de trabalho para muitos profissionais. Foi assim que 90% das pessoas que exerciam a profisso se viram prejudicadas com a nova legislao.

    O resultado positivo da regulamentao da profisso foi o surgimento do Sindicato das Secretrias e dos Secretrios do Estado de So Paulo SINSESP que foi fundado no dia 07/12/1987 e reconhecido pelo Ministrio do Trabalho em 29/12/1987.

    Foi criada em 31 de agosto de 1988 em Curitiba, Paran, a FENASSEC (Federao Nacional das Secretrias e Secretrios) composta de vinte e quatro sindicatos, trabalhando em conjunto dentro de uma mesma linha de ao e com os mesmos objetivos.

    No dia 7 de julho de 1989 foi publicado no Dirio Oficial da Unio o Cdigo de tica do Profissional Secretrio, que hoje um instrumento bsico na orientao do profissional secretrio.

    Com esses adventos, o ensino superior em secretariado se proliferou com o propsito de melhor preparar e capacitar os profissionais para as novas demandas do mercado. Ao mesmo tempo, a procura por tal formao cresceu consideravelmente. A partir de uma formao mais slida, abrangente e interdisciplinar, a atuao profissional tornou-se mais assertiva, consequentemente, aos poucos, os secretrios foram assumindo mais responsabilidades, agregando outras atividades e ampliando suas funes.

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    Dcada de 90

    O profissional de secretariado perde a viso negativa a seu respeito e comea adquirir vida prpria e a utilizar sua criatividade no desenvolver do seu trabalho Assim, torna-se um profissional de alta confiana e de inteira competncia para os afazeres do escritrio, como tambm prestar auxlio ao executivo.

    A performance deste profissional sua ferramenta de comando. Passa a ser curioso, independente, gerador de mudanas, facilitador, seu salrio conquistado pela importncia do seu trabalho, seu conhecimento fruto da aplicao prtica da teoria. Nos anos 90, a Lei de Regulamentao da profisso foi reformulada, Lei 9261, de

    10/01/96.

    Na dcada de 90 presenciou-se um dos melhores momentos da profisso de secretariado que se caracteriza, como uma figura importante na empresa, pois, com o advento dos recursos tecnolgicos, mudou-se a forma de trabalhar no escritrio. As organizaes passaram a buscar intensamente a qualidade total e a valorizao dos clientes. Segundo Ribeiro, Tais transformaes ocorreram principalmente com a introduo da reengenharia que redefiniu o papel dos que secretariam, atribuindo a este mais autonomia nas execues das tarefas.

    A partir de 1996, quando houve alterao na lei que regulamenta a profisso, a Fenassec (Federao Nacional de Secretrias e Secretrios) e seus sindicatos filiados iniciaram um movimento para a criao dos Conselhos Regionais e Federal de Secretariado.

    Em 1997, foi aprovado em um evento internacional na frica do Sul (3o. Summit), a comemorao do Dia Internacional da (o) Secretria(o) na ltima quarta-feira cheia do ms de abril.

    Em 1998, foi apresentado o projeto 91/98 para a criao dos Conselhos Regional e Federal de Secretariado enviado sano presidencial em abril de 2000, tendo sido vetado pelo ento presidente da Repblica Fernando Henrique Cardoso, sob o argumento de vcio de iniciativa.

    Hoje, para se obter o registro profissional (SRTE) deve-se encaminhar documentao ao Ministrio do Trabalho, pois ainda a categoria no possui Conselho Profissional. A criao do Conselho Profissional de Secretariado uma batalha em luta constante. Com a aprovao do projeto nos Conselhos Regionais e Federal de Secretariado, ser uma medida com ganhos recprocos: ganha o governo, em particular o Ministrio do Trabalho, que sem nenhum custo se desobriga do registro e fiscalizao da profisso, e ganham os profissionais de secretariado, que podero registrar, controlar e fiscalizar o exerccio da profisso com eficincia, evitando fraudes e descumprimento da lei no pas.

    O profissional de secretariado pode entrar nessa luta, enviando um e-mail para [email protected], falando da importncia da criao do Conselho para a categoria.

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    Anos 2000

    As competncias para responder s exigncias e s rpidas transformaes garantem o sucesso, o crescimento e a continuao da histria secretarial.

    Azevedo e Costa (2004, p. 146) no livro Secretria: Um guia prtico aponta a alterao do perfil secretarial, sinalizando a necessidade de competncia em: assessoria que diz respeito capacidade de trabalhar ao lado dos centros de poder e

    deciso; gesto, compreendendo o exerccio de planejamento, organizao, liderana e controle; empreendedorismo que representa a capacidade reflexiva e criativa para identificar e

    solucionar problemas e promover prticas inovadoras.

    Conforme Garcia e DElia (2005), o profissional de secretariado est com novos padres de competncia. Em um mundo globalizado em que tudo e todos se relacionam sem fronteiras, com velocidade e muito intercmbio profissional e pessoal, ele aparece atuando como elo entre clientes internos e externos, parceiros e fornecedores; gerenciando informaes; administrando processos de trabalho; preparando e organizando tudo para que as solues e decises sejam tomadas com qualidade:

    Essas novas caractersticas da profisso exigem, em contrapartida, um Secretrio flexvel, competente e comprometido com o desenvolvimento e aperfeioamento das suas atividades. O Secretrio do terceiro milnio deve ter capacidade empreendedora, deve ser capaz de trabalhar em grupo, ter uma postura tica, ser determinado para alcanar objetivos, ousado para apresentar ideias e objetivo nas suas aes (Sabino; Rocha, 2004, p. 94).

    Bscoli e Cielo (2004, p. 12), dentre outros, destaca que na atualidade, suas habilidades vo desde a gesto de rotinas administrativas at a leitura e gerenciamento das relaes organizacionais, atravs da qual o profissional desenvolve a caracterstica de mediador de relacionamentos.

    DElia e Garcia (2005) no livro Secretria Executiva afirma que o profissional de secretariado passou a ser empreendedor, assessor, executante, polivalente e possui viso holstica. Para tanto, apresentam uma anlise do perfil do profissional de secretariado com o intuito de esclarecer a evoluo deste profissional dos anos 70 aos anos 2000.

    Perfil do Profissional no Geral Dcada de 70 Dcada de 80 Dcada de 90 Sculo XXI

    A experincia a ferramenta usada no comando.

    O grau de escolaridade sua ferramenta de comando.

    Sua performance sua ferramenta de comando.

    O profissional e sua equipe so a ferramenta do sucesso dele e de outros.

    Acomodado. Confiante. Curioso. Estudioso.

    Dependente. Poltico. Independente. Tem viso global das coisas.

    Resiste s mudanas. Ajusta-se s mudanas. Gera Mudanas. Lidera mudanas. Carreirista. Procura ser cooperador. Facilitador. Criativo.

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    Seu salrio determinado pela empresa.

    Seu salrio negociado pela empresa.

    Seu salrio conquistado pela importncia do seu trabalho.

    Seu salrio conquistado pelo resultado de seu trabalho, bem como de sua equipe.

    Seu conhecimento fruto da experincia profissional.

    Seu conhecimento baseado na teoria acadmica.

    Seu conhecimento fruto da aplicao prtica da teoria.

    Seu conhecimento fruto do aprendizado contnuo.

    Fonte: DELIA, Maria Elisabete Silva; GARCIA, Edna. Secretria Executiva. IOB-Thompson: So Paulo, 2005. Pg. 24

    Perfil do Profissional de Secretariado Como era Como fica

    Digitao. Coordenao do sistema de informao com o uso de rotinas automatizadas (editores de texto, agendas, telefone e banco de dados).

    Envio e recebimento de correspondncia. Coordenao do fluxo de papis no departamento e triagem, bem como decises sobre assuntos de rotina.

    Proviso, para departamento, de material necessrio realizao da rotina administrativa.

    Coordenao de compras, cotao de preos com fornecedores alternativos e administrao de custos do departamento.

    Organizao de reunies.

    Sistemas integrados (rede) fazem esse trabalho. A secretria programa os equipamentos, organiza a infra-estrutura e participa de muitas delas.

    Atendimento telefnico. Atendimento global ao cliente, secretria como ombusdman, o que vai exigir maior conhecimento da empresa e de seus clientes.

    Manuteno de arquivos. Organizao do sistema de dados e informaes em arquivos manuais e eletrnicos.

    Fonte: DELIA, Maria Elisabete Silva; GARCIA, Edma. Secretria Executiva. IOB-Thompson: So Paulo, 2005. Pg. 25

    Perfil do Profissional de Secretariado

    Ontem Hoje Futuro Formao dispersiva, autodidatismo.

    Existncia de cursos especficos para formao.

    Amadurecimento profissional cdigo de tica.

    Falta de qualquer requisito para o aprimoramento.

    Cursos de reciclagem e de conhecimentos peculiares.

    Constante aprimoramento e desenvolvimento contnuo.

    Ausncia de poltica para recrutamento e seleo.

    Exigncia de qualificao de atribuies e plano de carreira.

    Viso holstica e trabalho em equipe, conscincia profissional.

    Organizaes burocrticas com tarefas isoladas.

    Organizaes participativas, tarefas definidas, trabalho com qualidade, criatividade e participao.

    Organizaes empreendedoras, trabalho em equipe, viso global, metodologia flexvel, diviso de responsabilidade.

    Tarefas traadas pela chefia. Tarefas definidas pelo novo estilo gerencial.

    Tarefas globais com autonomia para execuo.

    Secretria como funo. Secretria como profisso. Secretria com reconhecimento profissional e comprometida com resultados.

    Falta de recursos. Domnio em informtica e outros conhecimentos.

    Necessidade constante de aprimoramento e de novos conhecimentos e de viso do negcio.

    Chefia. Executivo. Parceria.

    Fonte: DELIA, Maria Elisabete Silva; GARCIA, Edma. Secretria Executiva. IOB-Thompson: So Paulo, 2005. Pg. 25

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    O exposto elucida a conquista de um espao mais evidente nas estruturas organizacionais, uma participao e interferncia mais amplas nos processos empresariais, sobretudo, maior autonomia para gerir o seu trabalho e tomar decises inerentes ao seu campo de atuao. Deste modo, a viso unilateral da profisso, processualmente, vem sendo desmistificada com a qualificao dos profissionais e a atuao mais estratgica e condizente com as necessidades das organizaes, se fazendo, portanto, respeitada pelo mercado.

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    III FORMAO EDUCACIONAL E LEGISLAO SECRETARIAL

    Em 1939, o Instituto Feminino da Bahia, rgo de Utilidade Pblica, sob direo da fundadora Henriqueta Martins Catharino1, possua em funcionamento entre outros cursos ligados mulher, o curso de Secretariado.

    Com a chegada das multinacionais e o desenvolvimento do parque industrial, foi necessrio preparar muito melhor profissionais para o mercado de trabalho. As secretrias conquistaram como j mencionadas na dcada de 70, os primeiros cursos de 3 grau de secretariado.

    conhecida a luta das mulheres pela emancipao e igualdade diante dos homens, mas na poca em que ingressaram no mercado de trabalho tiveram que se sujeitar a situaes bastante desiguais, jornada de trabalho, remunerao, sobretudo, a dominao exercida pelos homens, que eram os que detinham o poder. Isso reduziu as contribuies das mulheres, logo das secretrias, pois ficavam restritas a execuo de determinadas tarefas e ao mando dos superiores. Por isso, ao longo da histria, a profisso secretarial tem sido vista como executora, seguidora de normas e determinaes dos superiores, ficando implcito o perfil submisso e de expectador.

    No Brasil, a lei N 6.556, de 05 de setembro de 1978, que dispe sobre a atividade de Secretrio e d outras providncias, foi o primeiro documento oficial da categoria apesar de considerar o trabalho secretarial como atividade e no profisso. As atividades costumeiramente desenvolvidas pelos secretrios e descritas na Lei se caracterizavam pela anotao de recados, atendimento telefnico, registros de entrevistas, arquivamento, redao de ditados, entre outros. A preocupao voltava-se eficincia e obedincia na realizao de tais tarefas. A literatura, mediante a propagao de manuais tcnicos e de dicas de comportamento, tambm enfatizava esse perfil operacional e de subordinao.

    O reconhecimento do secretariado como profisso ocorreu sete anos depois, por meio da lei N 7.377, de 30 de setembro de 1985. Assim como as mulheres foram conquistando a igualdade e se consolidando no mercado de trabalho, a categoria secretarial evolui qualitativamente no sentido de amplitude de suas funes e interferncia dessas nos processos empresariais. O processo de industrializao e globalizao, bem como os avanos da cincia e da tecnologia muito contriburam com a transformao do perfil secretarial, pois as organizaes passaram a necessitar de mo-de-obra diferenciada, abrangendo vrios saberes, tornando o conhecimento tcnico insuficiente para responder as novas demandas do mercado.

    Com esses adventos, o ensino superior em secretariado se proliferou com o propsito de melhor preparar e capacitar os profissionais para as novas demandas do mercado. Ao mesmo tempo, a procura por tal formao cresceu consideravelmente.

    3.1. Regulamentao da Profisso

    A lei de regulamentao da profisso de secretariado, divide-se em duas categorias: Secretrio-Executivo (reservado as profissionais que possuam o 3 grau) e Tcnico em Secretariado (curso em nvel 2 grau).

    1 Henriqueta Martins Catharino (1886-1969) - Atividade: Assistncia Social - Educao e Cincias, Sculo:

    SC.XIX; Estado: BA. Descrio:Educadora, natural de Feira de Santana (BA), atuou na assistncia aos carentes e dessa experincia nasceu o Instituto Feminino da Bahia, voltada para a profissionalizao da mulher e posterior insero das mesmas no mercado de trabalho. Na dcada de 1980, transformou-se no Museu Henriqueta Catharino.

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    Com a lei que regulamenta a profisso, as empresas, para fugirem das multas e burlarem a lei, registram os profissionais que desempenham a funo de secretrio(a), com outras nomenclaturas de ocupaes, gerando assim uma lista enorme de diversas funes, como exemplo a lista publicada no site da FENASSEC, como segue:

    assessor(a) assessora auxiliar assessora de diretoria assistente assistente administrativo assistente administrativo de departamento assistente administrativo de seo assistente de carga area I assistente de compras assistente de consultoria assistente de diretoria assistente de diretoria I assistente de gerente assistente de importao e exportao assistente de promoo assistente de redao assistente de secretria assistente de secretria bilnge assistente de secretria C assistente de treinamento assistente de vendas assistente executivo assistente geral comercial assistente tcnico executivo I, II, III ou IV atendente de atividade atendente de atividade e meio auxiliar comercial auxiliar de custos auxiliar de faturamento auxiliar de pessoal auxiliar de secretria auxiliar de treinamento auxiliar secretaria chefe de secretaria coordenadora escrituraria secretria secretria A secretria adjunta secretria adjunta bilnge secretria adjunto escolar secretria administrativa de servios tcnicos secretria administrativa secretria administrativa de produo de fitas secretria administrativa geral secretria administrativa I secretria administrativa II secretria assessora secretria assistente secretria assistente administrativa secretria assistente de departamento de materiais secretria assistente de diretoria secretria assistente de diviso de finanas secretria assistente de diviso mdica secretria assistente de gerncia secretria assistente de inspetoria secretria assistente de vendas secretria assistente industrial secretria auxiliar secretria auxiliar distrital

    secretria de gerncia de planejamento de marketing secretria de gerncia de produo secretria de gerncia de produo agrcola secretria de gerncia de produtos secretria de gerncia de relaes industriais secretria de gerncia de servio de instalao de fludos secretria de gerncia de servios de instalao e manuteno secretria de gerncia de setor de tecelagem secretria de gerncia de unidade comercial secretria de gerncia de unidade de fabricao secretria de gerncia de vendas secretria de gerncia industrial secretria de gerncia nacional de vendas secretria de gerncia regional secretria de gerncia tcnica secretria de gerncia tcnica secretria de gerncia tcnica PSI secretria de gerente secretria de gerente administrativo secretria de gerente de administrao financeira secretria de gerente de compras secretria de gerente de contabilidade secretria de gerente de departamento secretria de gerente de departamento de metalrgica secretria de gerente de diviso de planejamento de marketing secretria de gerente de diviso de planejamentos secretria de gerente de engenharia e manuteno secretria de gerente de fbrica secretria de gerente de filial secretria de gerente de marketing secretria de gerente de pesquisa de marketing secretria de gerente de pesquisas agrcolas secretria de gerente de produo secretria de gerente de produtos agrcolas secretria de gerente de relaes industriais secretria de gerente de relaes pblicas secretria de gerente de suprimentos secretria de gerente de treinamento de vendas secretria de gerente de vendas secretria de gerente financeiro secretria de gerente geral secretria de gerente industrial secretria de hospital secretria de importao secretria de imprensa e traduo secretria de informtica secretria de inspetor de qualidade secretria de laboratrio secretria de laboratrio mercadolgico secretria de legao (nacional) secretria de manufaturamento de produtos refletivos secretria de marcas e patentes secretria de marketing secretria de mecanizao secretria de mtodos e processos secretria de pagadoria secretria de pesquisas de mercado secretria de pessoal secretria de planejamento

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    secretria auxiliar do colegiado secretria B secretria bibliotecria secretria bilnge A secretria bilnge B secretria bilnge coordenadora secretria bilnge da vice-presidncia secretria bilnge de chefia de setor secretria bilnge de departamento secretria bilnge de diretor presidente secretria bilnge de diretoria secretria bilnge de gerencia secretria bilnge de gerncia geral secretria bilnge de marcas e patentes secretria bilnge de materiais secretria bilnge de produo secretria bilnge de vendas secretria bilnge e taquigrafa secretria bilnge Junior secretria bilnge Junior alemo secretria bilnge master secretria bilnge plena secretria bilnge snior secretria bilnge tradutora secretria C secretria chefe secretria chefe bilnge secretria chefe de administrao e servios secretria chefe de engenharia secretria chefe de escritrio central secretria chefe de gerente de produtos secretria chefe de propaganda escrita secretria chefe de servios de exportao e importao secretria controller secretria coordenadora secretria correspondente secretria CPD secretria CPD master secretria CPD snior secretria das gerncias secretria datilgrafa secretria de administrao secretria de administrao de pessoal secretria de administrao de produtos de cassetes secretria de administrao de propaganda secretria de administrao de salrios secretria de almoxarifado secretria de assessoria legal secretria de assessorias superiores secretria de assistente de gerncia de diviso secretria de assuntos de propriedade industrial secretria de assuntos de viagem secretria de aturio secretria de auditoria secretria de auditoria interna secretria de berrio secretria de centro contbil secretria de centro de anlise e oramento secretria de centro de atividades secretria de centro de controle de qualidade secretria de centro de esmaltagem secretria de centro de estgios secretria de centro de instalao e manuteno secretria de centro de laboratrio de provas e fabricao de carros secretria de centro de processamento de dados

    secretria de presidncia secretria de presidente secretria de presidente snior secretria de produo secretria de produo e veterinria secretria de produo refletivos secretria de programao secretria de promoo secretria de promoo de vendas secretria de propaganda secretria de relaes governamentais secretria de relaes industriais secretria de relaes pblicas secretria de relaes sociais de fbrica secretria de revista secretria de seo secretria de seo de anilinas secretria de seo de cabos de papel secretria de seo de colocaes secretria de seo de fludos secretria de seo de instalao e manuteno secretria de seo de mecnicas secretria de seo de pessoal secretria de seo de pigmentos secretria de seo de produo secretria de seo de servio social secretria de seo de treinamento secretria de seo de vapor e termologia secretria de seo de vendas secretria de servio contbil secretria de servio de administrao de fbrica secretria de servio de assistncia tcnica de fbrica de pneus secretria de servio de auditoria de fbrica secretria de servio de cabos de papel secretria de servio de controle de qualidade secretria de servio de expedio secretria de servio de instalao de cabos secretria de servio de instalao de fludos secretria de servio de processamentos de dados secretria de servio de programao secretria de servio de projetos tcnicos de fbrica de pneus secretria de servio de vendas secretria de servio tcnico de fbrica de cabos secretria de servio tecnolgico de fbrica de cabos secretria de servio tecnolgico de fabricao de pneus secretria de servios administrativos secretria de servios de venda secretria de servios mdicos secretria de servios tcnicos secretria de setor secretria de setor de autnomo secretria de setor de compras secretria de setor de fbricas secretria de setor de farmcia secretria de setor de pesquisas de mercado secretria de setor de treinamento de propaganda secretria de setor de vendas de plsticos secretria de sistemas secretria de subgerente secretria de subgerente de produo secretria de superintendncia secretria de superintendncia regional secretria de superintendente secretria de superintendente geral secretria de supervisores secretria de suprimentos secretria de tempos e mtodos

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    secretria de centro de transformao de metais secretria de chefe de administrao de pessoal secretria de chefe de crdito e cobrana secretria de chefe de escritrio secretria de chefe de higiene e segurana do trabalho secretria de chefia de vendas secretria de clnica secretria de cobrana secretria de comercializao secretria de compras secretria de comunicaes secretria de construo civil secretria de contabilidade secretria de contabilidade industrial de fbrica secretria de controle de qualidade secretria de convnios secretria de coordenao comercial secretria de coordenao de pesquisa secretria de coordenador de pesquisas agrcolas secretria de crdito secretria de crdito e cobrana secretria de crdito e cobrana secretria de cursos secretria de custos secretria de departamento secretria de departamento de anlises e sistemas secretria de departamento de compras secretria de departamento de contabilidade secretria de departamento de controle secretria de departamento de controle de qualidade secretria de departamento de cosmticos secretria de departamento de diagnstico secretria de departamento de engenharia secretria de departamento de expedio secretria de departamento de importao secretria de departamento de operaes secretria de departamento de patrimnio secretria de departamento de planejamento secretria de departamento de produo secretria de departamento de produo de cabos secretria de departamento de propagandas secretria de departamento de qualidade secretria de departamento de relaes industriais secretria de departamento de seleo secretria de departamento de vendas secretria de departamento de vitaminas secretria de departamento especfico de normas tcnicas secretria de departamento jurdico secretria de departamento legal secretria de departamento mdico secretria de departamento pessoal secretria de departamento pblico secretria de departamento regional secretria de departamento tcnico secretria de departamento veterinrio secretria de direo secretria de direo superior secretria de diretor secretria de diretor cientfico secretria de diretor comercial secretria de diretor de finanas secretria de diretor de marketing

    secretria de tesouraria secretria de tesoureiro secretria de tradutor de departamento de propaganda secretria de treinamento de vendas secretria de vendas secretria de vice-presidente secretria departamental secretria diretoria de relaes industriais secretria distrital secretria documentadora CPD secretria E secretria e datilgrafa secretria e telefonista secretria encarregada secretria encarregada secretria escolar secretria escrituraria secretria especfica secretria estenodatilgrafa secretria estenografa secretria estenografa bilnge secretria estenotipista secretria executiva A secretria executiva B secretria executiva bilnge secretria executiva bilnge de vice presidncia secretria executiva bilnge ingls secretria executiva bilnge vendas secretria executiva de administrao secretria executiva de comisso secretria executiva de diretoria secretria executiva de diretoria de superintendncia secretria executiva de diviso secretria executiva de gabinete diretoria regional secretria executiva de gerncia de diviso secretria executiva de gerncia de funo central de pessoal secretria executiva de gerncia geral secretria executiva de presidncias secretria executiva de Vice Presidncia secretria executiva e taquigrafa secretria executiva I secretria executiva II secretria executiva III secretria executiva IV secretria executiva portugus snior secretria executiva trilnge secretria exterior secretria geral secretria geral de gerncia de relaes pblicas secretria gerncia de finanas secretria gerncia de produo de sistema automotivo secretria gerncia geral de abrasivos secretria gerncia geral eltrica secretria gerente de tesouraria secretria I secretria II secretria III secretria industrial secretria IV secretria japons/portugus secretria Junior secretria Junior LDP secretria mdio secretria paralegal I secretria paralegal II secretria pessoal secretria plena

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    secretria de diretor de produo secretria de diretor financeiro secretria de diretor industrial secretria de diretor mdico secretria de diretor tcnico secretria de diretor tesoureiro secretria de diretoria secretria de diretoria A secretria de diretoria administrativa secretria de diretoria bilnge secretria de diretoria comercial secretria de diretoria de engenharia secretria de diretoria de ingls e portugus secretria de diretoria de portugus secretria de diretoria de produtos agrcolas secretria de diretoria financeira secretria de diretoria industrial secretria de diretoria jurdica secretria de diretoria snior secretria de diretoria trilingue secretria de diretor-presidente secretria de diviso secretria de diviso comercial secretria de diviso contbil secretria de diviso de engenharia secretria de diviso de laminados secretria de diviso de manufaturados secretria de diviso de pessoal secretria de diviso de plsticos secretria de diviso de propaganda secretria de diviso de vendas secretria de diviso financeira secretria de diviso LDP secretria de diviso mecnica secretria de diviso qumica secretria de diviso tcnica secretria de editorial secretria de enfermagem secretria de engenharia de manufatura secretria de engenharia de produo secretria de engenharia de produtos secretria de engenharia eltrica secretria de ensino secretria de escritrios secretria de escritrios de promoo secretria de escritrios de restaurante de fbrica secretria de escritos de servios e instalao de fludos secretria de estabelecimento de ensino fundamental secretria de expedio secretria de expediente de diretoria s3ecretria de fbrica secretria de fbrica de componentes secretria de fbrica de lmpadas secretria de fbrica de luminrias secretria de fbrica de vidros secretria de faturamento e expedio secretria de finanas secretria de gabinete de presidncia secretria de gerncia secretria de gerncia administrativa secretria de gerncia agroqumica secretria de gerncia bilnge secretria de gerncia comercial secretria de gerncia de administrao secretria de gerncia de administrao de finanas

    secretria portugus de custos secretria portugus de diretoria secretria portugus de embalagem secretria portugus de produtos secretria portugus de RH secretria portugus de vendas secretria portugus E secretria portugus I secretaria portugus II secretria portugus III secretria portugus IV secretria portugus Junior secretria portugus plena secretria portugus snior secretria portugus/espanhol secretria portugus/italiano secretria programadora de vendas secretria PSD para sade secretria recepcionista secretria regional secretria snior secretria servios de marketing e relaes pblicas secretria substituta de setor de compras secretria superintendente secretria taquigrafa secretria tcnica secretria tcnica encarregada secretria tcnica snior secretria telefonista secretria trading secretria tradutora secretria trainee secretria trilnge secretria trilnge de chefia de setor secretria trilnge de diretoria secretria vendas pleno secretrio secretrio adjunto secretrio auxiliar secretrio bilnge secretrio correspondente secretrio de almoxarifado secretrio de chefe de seo produtiva secretrio de colgio secretrio de conselho secretrio de conselho regional secretrio de construo secretrio de consultor jurdico secretrio de contador secretrio de curso mdio superior secretrio de departamento de engenharia secretrio de departamento de manuteno secretrio de diretor secretrio de embaixada (nacional) secretrio de embaixada estrangeira secretrio de engenharia secretrio de escola secretrio de faculdade secretrio de gabinete secretrio de gerncia secretrio de gerente de vendas de departamento de cosmticos secretrio de gerente geral secretrio de grupo de assistncia de produo de fabricao de cabo secretrio de legao estrangeira secretrio de manuteno secretrio de oficina secretrio de prefeitura

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    secretria de gerncia de compras secretria de gerncia de construo civil secretria de gerncia de controle industrial secretria de gerncia de departamento secretria de gerncia de diviso secretria de gerncia de diviso contbil secretria de gerncia de diviso de extruso secretria de gerncia de diviso de laminados e folhas secretria de gerncia de diviso de vendas secretria de gerncia de diviso de vendas, laminados e folhas secretria de gerncia de diviso e planejamento de marketing secretria de gerncia de engenharia 7secretria de gerncia de engenharia de manuteno secretria de gerncia de pesquisas de mercado secretria de gerncia de planejamento

    secretrio de presidncia secretrio de presidncia de diretoria secretrio de redao secretrio de revista de direito administrativo secretrio de servio de programao de produo secretrio de superintendente secretrio de supervisor secretrio de telejornal secretrio de tesoureiro secretrio de tribunal de justia desportiva secretrio de vice-presidncia secretrio executivo secretrio executivo de conselho curador secretrio geral secretrio geral de ensino secretrio geral de jornal secretrio geral de universidade secretrio taqugrafo de reunies secretrio tcnico secretrio tcnico de instalaes secretrio tradutor taquigrafa tcnica administrativa de vendas tcnico de secretariado tcnico de secretariado auxiliar tcnico de secretariado Junior tradutora

    Fonte: www.fenassec.com.br

    3.2. Lei 7377, de 30/09/85 e Lei 9261 (*), de 10/01/96 Dispe sobre o exerccio da profisso de secretrio e d outras providncias. O Presidente da Repblica. Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

    Art.1. O exerccio da profisso de secretrio regulado pela presente Lei.

    Art.2. Para os efeitos desta Lei, considerado:

    I - Secretrio Executivo a) o profissional diplomado no Brasil por curso superior de Secretariado, reconhecido na forma de Lei, ou diplomado no exterior por curso de Secretariado, cujo diploma seja revalidado no Brasil, na forma de Lei.

    b) o portador de qualquer diploma de nvel superior que, na data de vigncia desta Lei, houver comprovado, atravs de declaraes de empregadores, o exerccio efetivo, durante pelo menos trinta e seis meses, das atribuies mencionados no Art.4. desta Lei.

    II - Tcnico em Secretariado

    a) o profissional portador de certificado de concluso de curso de Secretariado em nvel de 2. grau

    b) portador de certificado de concluso do 2. grau que, na data de incio da vigncia desta Lei, houver comprovado, atravs de declaraes de empregadores, o exerccio efetivo, durante pelo menos trinta e seis meses, das atribuies mencionados no Art.5. desta Lei.

    Art. 3. Fica assegurado o direito ao exerccio da profisso aos que, embora no habilitados nos termos do artigo anterior, contm pelo menos (5) cinco anos ininterruptos ou (10) dez intercalados, de exerccio de atividades prprias de secretria na data de vigncia desta Lei.

    Art.4. So atribuies do Secretrio Executivo: I - planejamento, organizao e direo de servios de secretaria; II - assistncia e assessoramento direto a executivos; III - coleta de informaes para a consecuo de objetivos e metas de empresas;

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    IV - redao de textos profissionais especializados, inclusive em idioma estrangeiro; V - interpretao e sintetizao de textos e documentos; VI - taquigrafia de ditados, discursos, conferncias, palestras de explanaes, inclusive em idioma estrangeiro; VII - verso e traduo em idioma estrangeiro, para atender s necessidades de comunicao da empresa; VIII - registro e distribuio de expediente e outras tarefas correlatas; IX - orientao da avaliao e seleo da correspondncia para fins de encaminhamento a chefia; X - conhecimentos protocolares.

    Art.5. So atribuies do Tcnico em Secretariado: I - organizao e manuteno dos arquivos da secretaria; II - classificao, registro e distribuio de correspondncia; III - redao e datilografia de correspondncia ou documentos de rotina, inclusive em idioma estrangeiro; IV - execuo de servios tpicos de escritrio, tais como recepo, registro de compromissos, informaes e atendimento telefnico.

    Art.6. O exerccio da profisso de Secretrio requer prvio registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministrio do Trabalho e far-se- mediante a apresentao de documento comprobatrio de concluso dos cursos previstos nos incisos I e II do Art.2. desta Lei e da Carteira de Trabalho e Previdncia Social - CTPS.

    Pargrafo nico - No caso dos profissionais includos no Art.3., a prova da atuao ser feita por meio de anotaes na Carteira de Trabalho e Previdncia Social e atravs de declaraes das empresas nas quais os profissionais tenham desenvolvido suas respectivas atividades, discriminando as atribuies a serem confrontadas com os elencos especificados nos Arts.4. e 5.

    Art.7. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicao.

    Art.8. Revogam-se as disposies em contrrio.

    Jos SarneyAlmir Pazzianotto

    Fernando Henrique Cardoso

    Paulo Paiva

    Braslia, em 30 de setembro de 1985. 164 da Independncia e 97 da Repblica Jos Sarney e Almir Pazzianotto.

    * Braslia, em 10 de janeiro de 1996. 175 da Independncia e 108 da Repblica Fernando Henrique Cardoso e Paulo Paiva. Registro Profissional na SRTE Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego (Antiga DRT - Delegacia Regional do Trabalho)

    Fonte: http://www.sinsesp.com.br/srte.htm#executivadip. Acesso em 17.02.2011

    O Registro Profissional obtido na Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego - SRTE/MTE uma exigncia da Lei de Regulamentao da Profisso. Trata-se de um carimbo com um nmero que colocado na CTPS, comprovando que foram atendidas s exigncias legais para exercer a profisso. Este procedimento ocorre com todas as categorias regulamentadas como: jornalistas, tcnico de segurana, etc.

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    Aps a concluso do curso Tcnico em Secretariado ou curso de Secretariado Executivo o profissional de secretariado poder solicitar o seu registro profissional na SRTE Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego (Antiga DRT - Delegacia Regional do Trabalho.

    A entrada no processo pode ser por um portador, mas s o requerente ou parente de 1o. grau pode retirar o registro. Aps dar entrada na documentao abaixo, o requerente deve retornar aps 15 dias teis, com a carteira de trabalho e protocolo do processo.

    Para saber endereos de Gerncias Regionais do Trabalho, no estado de So Paulo, acesse o link: http://www.mte.gov.br/delegacias/sp/sp_subdelegacias.asp .

    Como obter SRTE

    REGISTRO NA SRTE SUPERINTENDNCIA REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO (Antiga DRT - Delegacia Regional do Trabalho) As informaes abaixo podem mudar de acordo com cada superintendncia/gerncia do ministrio do trabalho.

    Maiores informaes consulte o anexo I da apostila.

    Obter SRTE (Antiga DRT)

    REGISTRO NA SRTE SUPERINTENDNCIA REGIONAL DO TRABALHO E

    EMPREGO (Antiga DRT - Delegacia Regional do Trabalho)

    Em So Paulo, o registro obtido diretamente na SRTE- Superintendncia Regional do Trabalho (orgo do Ministrio do Trabalho) na Rua Martins Fontes, 109 - 1 andar - Fone: (11) 3150-8163. Horrio: das 9h s 15h e em algumas Gerncias Regional. Maiores informaes Sindicato das Secretrias e Secretrios do Estado de So Paulo - SINSESP: www.sinsesp.com.br

    A entrada no processo pode ser por um portador, porm preciso mandar uma autorizao com firma reconhecida pelo requerente. A retirada do registro s pode ser feita pelo requerente ou parente de 1o. grau tambm com autorizao, com firma reconhecida pelo requerente. Aps dar entrada na documentao abaixo, o requerente deve retornar na data informada pela SRTE, com a carteira de trabalho e protocolo do processo.

    Em Braslia, os requerimentos devem ser preenchidos diretamente na SRTE situada W3 Norte - Qd. 509. Maiores informaes Sindicato das Secretrias e Secretrios do Distrito Federal SISDF: www.sisdf.com.br

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    DOCUMENTOS PARA REGISTRO COMO SECRETRIA(O) EXECUTIVA(O) DIPLOMADA(O)

    IMPORTANTE: TODA CPIA DEVE ESTAR ACOMPANHADO DOS RESPECTIVOS ORIGINAIS. NA FALTA DE ALGUM DOCUMENTO, NO SER POSSVEL PROTOCOLAR O PROCESSO NA SRTE.

    Xerox simples (sem cortar o papel) da Cdula de identidade, do CPF e do PIS.

    . Xerox simples (sem cortar o papel) da CTPS (Carteira de Trabalho Profissional) - pgina da foto e da qualificao civil.

    . Xerox simples (frente e verso) do Histrico e Certificado de concluso do Curso Superior em Secretariado (com a data da colao de grau, da concluso do curso e no. da Portaria de Reconhecimento do Curso) ou Diploma de concluso.

    . Requerimento a Superintendente Regional do Trabalho e Emprego (abaixo) MODELO DO REQUERIMENTO A SUPERINTENDENTE REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO

    ILUSTRSSIMO SENHOR SUPERINTENDENTE REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO NO ESTADO DE SO PAULO. (Nome completo) portadora do RG n..., CPF n... e PIS no. ... (se no tiver PIS, escrever "no possuo") residente na ..., no.... bairro... cidade... estado... cep... fone ..., REQUER mui respeito de V.Sa., seu registro como Secretria(o) Executiva(o), de conformidade com a Lei 7.377, de 30.09.85 e Lei 9.261, de 10/01/96.

    Termos em que

    Pede deferimento

    So Paulo,

    Documentos para Registro como Documentos para Registro como Documentos para Registro como Documentos para Registro como Tcnico em SecretariadoTcnico em SecretariadoTcnico em SecretariadoTcnico em Secretariado ---- Diplomada(o) IMPORTANTE: TODA CPIA DEVE ESTAR ACOMPANHADO DOS RESPECTIVOS ORIGINAIS. NA FALTA DE ALGUM DOCUMENTO, NO SER POSSVEL PROTOCOLAR O PROCESSO NA SERT.

    Xerox simples (sem cortar o papel) da Cdula de identidade, do CPF e do PIS. . Xerox simples (sem cortar o Papel) da CTPS (Carteira de Trabalho Profissional) - pgina da foto e da qualificao civil.

    . Xerox simples (frente e verso) do Diploma do curso de Tcnico em Secretariado ou o Histrico e do Certificado de concluso.

    . Xerox simples do Diploma ou do histrico e do certificado de concluso do Ensino Mdio para curso feito a distncia ou com durao inferior a 3 anos.

    . Requerimento a Superintendente Regional do Trabalho e Emprego (abaixo).

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    MODELO DO REQUERIMENTO A SUPERINTENDENTE REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO

    ILUSTRSSIMA SENHORA SUPERINTENDENTE REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO NO ESTADO DE SO PAULO. (Nome completo) portadora do RG n..., CPF n... e PIS no. ... (se no tiver PIS, escrever "no possuo") residente na ..., no.... bairro... cidade... estado... cep... fone ..., REQUER mui respeito de V.Sa., seu registro como Tcnico em Secretariado, de conformidade com a Lei 7.377, de 30.09.85 e Lei 9.261, de 10/01/96.

    Termos em que

    Pede deferimento

    So Paulo,

    MODELO DO REQUERIMENTO AO GERENTE REGIONAL DO TRABALHO (SE VOC FOR ENTREGAR SUA DOCUMENTAO EM UMA GERNCIA REGIONAL VOC DEVE FAZER OS DOIS REQUERIMENTOS, PARA A SUPERINTENDENTE E PARA O GERENTE REGIONAL). Ilustrssimo Senhor Gerente Regional do Trabalho de ...

    (Nome), portadora do RG ..., vem, respeitosamente, solicitar o encaminhamento do processo do registro profissional como Secretria(o) Executiva(o) ou Tcnico em Secretariado) Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego no Estado de So Paulo.

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    Como obter SRTE Pessoas que trabalharam antes da regulamentao da profisso e possuem tempo de servio antes da Lei de 1985.

    Documentos para Registro como Secretrio(a) Executivo(a) - Por Tempo de Servio IMPORTANTE: TODA CPIA DEVE ESTAR ACOMPANHADA DOS RESPECTIVOS ORIGINAIS. NA FALTA DE ALGUM DOCUMENTO, NO SER POSSVEL PROTOCOLAR O PROCESSO NA SRTE.

    Xerox simples (sem cortar o papel) da CTPS (Carteira de Trabalho Profissional) das seguintes pginas

    1. FOTO E QUALIFICAO CIVIL; 2. CONTRATOS DE TRABALHO QUE SOMEM, PELO MENOS 36 MESES, AT 30/09/85; 3. TODAS AS ALTERAES DE CARGO E SALRIO AT 30/09/85; Xerox simples (sem cortar o papel) da Cdula de identidade, do CPF e do PIS. Xerox simples (sem cortar o papel do Diploma de NVEL SUPERIOR (frente e verso) concludo at 30/09/85); Declarao, em papel timbrado (vide modelo anexo), do (s) empregador(s) dos contratos acima citados.

    Em caso de no possuir diploma de nvel superior at 30/09/85, considerar como prova de tempo de servio 5 anos ininterruptos ou 10 anos intercalados at 30/09/85.

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    Declarao para Secretria(o) Executiva(o) - Por Tempo de Servio Declaro, para, fins de obteno de registro profissional junto Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego no Estado de So Paulo, sob as penas do artigo 299 do Cdigo Penal, que: ______________________, portadora da CTPS n.: ____, srie: ____, foi registrada nesta empresa na funo de . ______________, no perodo de __/__/__ __/__/___ exercendo as atribuies de Secretria(o) Executiva(o), no perodo de ___/__/___ __ /__/__, conforme o artigo 4 da Lei 7.377/85, modificado pela Lei 9.261/96.

    So Paulo, _______ de _______de ____

    (data recente) ____________________________________

    Nome legvel de quem assina (declarante) e o cargo IMPORTANTE: RECONHECER FIRMA DO DECLARANTE

    No caso de empresas que fecharam ou faliram, o interessado deve procurar a Junta Comercial - www.jucesp.sp.gov.br e pedir uma certido de breve relato da empresa para se informar sobre quem ficou com a massa falida ou documentos da empresa, para que essa pessoa, normalmente denominada "Sndico", faa a declarao.

    Documentos para Registro como Tcnico em Secretariado - Por tempo de servio

    IMPORTANTE: TODA CPIA DEVE ESTAR ACOMPANHADO DOS RESPECTIVOS ORIGINAIS. NA FALTA DE ALGUM DOCUMENTO, NO SER POSSVEL PROTOCOLAR O PROCESSO NA SRTE.

    Xerox simples (sem cortar o papel) da CTPS (Carteira de Trabalho Profissional) das seguintes pginas.

    1. FOTO E QUALIFICAO CIVIL; 2. CONTRATOS DE TRABALHO QUE SOMEM, PELO MENOS 36 MESES, AT 30/09/85; 3. TODAS AS ALTERAES DE CARGO E SALRIO AT 30/09/85; Xerox simples (sem cortar o papel) da Cdula de identidade, do CPF e do PIS. Xerox simples (sem cortar o papel) do Diploma de 2. grau (frente e verso) concludo at 30/09/85; Declarao, em papel timbrado (vide modelo anexo), do (s) empregador(s) dos contratos acima citados.

    Em caso de no possuir diploma de 2. grau completo at 30/09/85, considerar como prova de tempo de servio 5 anos ininterruptos ou 10 anos intercalados at a data acima citada.

    Declarao para Tcnico em Secretariado - Por Tempo de Servio EM PAPEL TIMBRADO DA EMPRESA

    Declaro, para, fins de obteno de registro profissional junto Superintendncia Regional do Trabalho e Emprego no Estado de So Paulo, sob as penas do artigo 299 do Cdigo Penal, que: ______________________, portadora da CTPS n.: ____, srie: ____, foi registrada nesta empresa na funo de . ______________, no perodo de __/__/__ __/__/___ exercendo as atribuies de Tcnico em secretariado, no perodo de ___/__/___ __ /__/__, conforme o artigo 5 da Lei 7.377/85, modificado pela Lei 9.261/96.

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    So Paulo, _______ de _______de ____

    (data recente) ___________________________________

    Nome legvel de quem assina (declarante) e o cargo IMPORTANTE: RECONHECER FIRMA DO DECLARANTE

    No caso de empresas que fecharam ou faliram, o interessado deve procurar a Junta Comercial - www.jucesp.sp.gov.br e pedir uma certido de breve relato da empresa para se informar sobre quem ficou com a massa falida ou documentos da empresa, para que essa pessoa, normalmente denominada "Sndico", faa a declarao.

    Documentos para Registro como Secretria(o) Executiva(o) Diplomada(o) IMPORTANTE: TODA CPIA DEVE ESTAR ACOMPANHADO DOS RESPECTIVOS ORIGINAIS. NA FALTA DE ALGUM DOCUMENTO, NO SER POSSVEL PROTOCOLAR O PROCESSO NA SRTE.

    Xerox simples (sem cortar o papel) da Cdula de identidade, do CPF e do PIS. . Xerox simples (sem cortar o papel) da CTPS (Carteira de Trabalho Profissional) - pgina da foto e da qualificao civil.

    . Xerox simples (frente e verso) do Diploma do curso superior de Secretariado Executivo ou Histrico e Certificado de concluso e a data da colao de grau.

    . Requerimento a Superintendente Regional do Trabalho e Emprego (abaixo) ILUSTRSSIMA SENHORA SUPERINTENDENTE REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO NO ESTADO DE SO PAULO. (Nome completo) portadora do RG n...e CPF n. ...., PIS ..., residente na ..., bairro..., cidade..., CEP..., UF..., fone...., REQUER, mui respeito de V.Sa., seu registro como Secretria(o) Executiva(o), de conformidade com a Lei 7.377, de 30.9.85 e Lei 9.261, de 10/1/96.

    Nestes Termos,

    Pede deferimento.

    So Paulo,

    Assinatura

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    INFORMAES SOBRE CONTRIBUIO SINDICAL EM SO PAULO

    Como toda a profisso regulamentada o profissional em secretariado executivo tem o direito de fazer sua CONTRIBUIO SINDICAL

    Chamado tambm de Imposto Sindical, previsto na legislao federal, nos artigos 578 ao 610 da CLT - Consolidao das Leis do Trabalho. Consiste no desconto de um dia de trabalho por ano (equivalente a 3,33% do salrio), sempre no ms de maro.

    Para fazer o pagamento, por se tratar de lei, a empresa obrigada a descontar do funcionrio no ms de maro o valor de um dia do salrio e para efetuar o pagamento dessa contribuio, a empresa tem at o ltimo dia til de abril de cada ano, o pagamento dever ser feito atravs de guia prpria, que adquirida em papelaria, ou enviada pelo prprio sindicato da categoria - nos bancos credenciados pelo Ministrio do Trabalho.

    O pagamento esta contribuio dever ser feito na Caixa Econmica Federal CEF, instituio controladora da distribuio desse imposto, para o sindicato das secretrias do estado do contribuinte.

    Para compreender melhor este nesse tema preciso entender como est dividido o trabalhador na CLT - Consolidao das Leis do Trabalho:

    - Profissionais Liberais (Ex.: Mdicos, Dentistas, contadores, consultores, etc) - Profissionais sem regulamentao (Ex.: Mecnicos, torneiros, qumicos, bancrios, etc. ditos majoritrios ou preponderantes) - Categoria Diferenciada (Ex.: secretrios, jornalista, professor, tcnicos em segurana, vendedores propagandistas, etc.)

    O Profissional Liberal pode escolher se ele quer pertencer ao Sindicato da sua profisso ou ao Sindicato majoritrio da empresa onde estiver trabalhando (metalrgico, bancrio, eletricitrio...)

    O Profissional sem regulamentao sempre pertencer ao Sindicato majoritrio da empresa onde trabalha. Se hoje trabalha em uma grfica, pertencer ao sindicato dos grficos. Se amanh for trabalhar em uma empresa de energia ser eletricitrio.

    J o profissional enquadrado como categoria diferenciada sempre pertencer ao Sindicato da sua categoria. Ou seja, uma secretria ser sempre secretria mesmo que trabalhe em uma indstria, em um banco ou em uma rede comercial de empresas, nunca pertencer ao sindicato preponderante ou majoritrio, os quais no possuem - por lei - legitimidade de reapresent-la. Como exemplo uma homologao de secretria feita em um sindicato de bancrios ou metalrgicos, no tem validade legal. Se ela estiver sofrendo algum prejuzo na homologao no poder reclamar.

    A profisso de secretariado foi reconhecida pelo Ministrio do Trabalho em 1987, como Categoria Diferenciada atravs da Portaria 3.103 - (www.sinsesp.com.br/portaria_categoria.htm). Isto significa que o profissional de secretariado possui, no mundo do trabalho, regras prprias que norteiam o exerccio da profisso. Essas regras so: as leis de regulamentao, os acordos coletivos ou dissdios e o sindicato prprio de sua profisso.

    Portanto, o profissional de secretariado, no exerccio da profisso est automaticamente enquadrado, por lei, no sindicato das secretrias do seu Estado.

    Reforando: mesmo que trabalhe em um banco, ou em uma empresa grfica, metalrgica,

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    de alimentos etc. no estar enquadrada e no pertencer por lei - ao sindicato majoritrio da empresa onde atua e no ser bancria, grfica, metalrgica etc. e sim Secretria.

    E pertencendo, por lei, ao Sindicato das Secretrias a secretria tem direitos (acordo coletivo) e deveres (co