UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FACULDADE DE DIREITO DISCIPLINA DE MEDICINA LEGAL ANTROPOLOGIA.
Programa Da Disciplina Antropologia Dos Objetos (1)
-
Upload
marcony-alves -
Category
Documents
-
view
221 -
download
0
description
Transcript of Programa Da Disciplina Antropologia Dos Objetos (1)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS.
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS.
ATP042 Tópicos em Antropologia
Antropologia dos objetos
1º semestre de 2015
Sextas-feiras. De 14hs às 18hs.
Levindo da Costa Pereira(e Eduardo Viana Vargas)
Ementa
Os radicais gregos da palavra antropologia denotam um saber (ou uma ciência) do humano.
Mas o que vem a ser justamente esse 'anthropos' e esse saber se a própria antropologia se
situa num paradoxo entre ser ciência e ciência do outro, entre sua origem e sua intenção,
entre aquilo que a constitui como ciência e o que ela estuda, entre ela mesma e seu objeto de
estudo?
Pretende-se, nessa disciplina, passar por diferentes abordagens antropológicas que vêm
levando em consideração não apenas outros povos, mas também o que são coisas e objetos
para estes povos, e como esses outros pensam as coisas e objetos de seus outros — “nós”,
por exemplo. Almeja-se também explorar como a antropologia voltada para o estudo das
sociedades das quais ela mesma emergiu vem desenvolvendo estudos que se questionam o
que seriam coisas e objetos para “nós” — inclusive.
A linha que percorre estas diferentes antropologias com as quais esta disciplina procura
dialogar se sintetiza na seguinte questão: o que um modo antropológico de pensar os objetos
pode nos dizer a respeito dos objetos, dos povos que os mobilizam e da própria
antropologia? Como a antropologia vem concebendo as relações entre pessoas e coisas,
entre humanos e objetos, em suas variações? Enfim, como a antropologia tem pensado a
respeito dos objetos (familiares ou estranhos) e dos povos (outros ou não) com quem vem
dialogando constitutivamente?
A Unidade 1 trata dos modos como a antropologia abordou os objetos ao longo de sua
trajetória. Retomando problemas de economia examinados pela antropologia, esta unidade
trata, a partir de outros ângulos, o tema da escassez e enfatiza as relações entre dádiva e
mercadoria. A Unidade 2, por sua vez, tem como fio condutor a questão do que pode ser um
objeto do ponto de vista de outros povos, e de como esses outros concebem os objetos de
seus respectivos outros. A Unidade 3 abre a possibilidade de acompanhar as concepções de
objeto em sociedades das quais a própria antropologia emergiu, o que permite problematizar
as partilhas mesmas (humanos e objetos, dádivas e mercadorias, pessoas e coisas, nós e
outros) que estiveram – silenciosamente ou em diálogo – presentes desde o começo deste
percurso.
Avaliação: notas de leitura 20pts; seminário 40pts; trabalho final 40pts
PROGRAMA
1ª SESSÃO (06/03)
Apresentação do curso
UNIDADE I — Objetos, dádivas e mercadorias
2ª SESSÃO (13/06)
MAUSS, Marcel. 2003 [1924]. “O ensaio sobre a dádiva” Sociologia e
Antropologia; São Paulo: Cosac & Naify. [Partes a indicar]
Leitura complementar: Gregory, C. Cap. 2. Beyond Gifts and Commodities. Savage Money, 1997. [há tradução: Gregory, C. “Além das dádivas e das mercadorias”]
Strathern, Marilyn O Gênero da dádiva. Problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na melanésia. Ed. Unicamp, 2006 [1988] Capítulo 6. Trabalho: a exploracão em questão. Especialmente 'Uma crítica da dádiva'. e 'Transformações'. [pp.222-228; 244-257]
Parry, J e Bloch, M. (eds) Money and the Morality of Exchange. Parry, J e Bloch, M. Cap.1: Introduction: money and morality of exchange.
3ª SESSÃO (20/03)
GODELIER, Maurice. “Moeda de Sal e Circulação das Mercadorias entre os
Baruya da Nova Guiné.” In: Carvalho, Edgard de Assis (org.) 1981 Maurice
Godelier: Antropologia. (Grandes Cientistas Sociais, 21) São Paulo: Ática
Sahlins, Marshall. “A primeira sociedade da afluência”. Cultura na prática.
Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.
Clastres, Pierre. Capítulo 8 “A economia primitiva”. Arqueologia da
violência. Pesquisas de antropologia política. São Paulo: Cosac & Naify. 2004
[1980]
Leitura complementar: Godelier, Maurice. O enigma do dom. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. Cap. 2. Dos objetos-substitutos dos homens e dos deuses, especialmente 'Das coisas que os baruyas produzem para dar ou para trocar'.
Clastres, Pierre. Capítulo 10 Os marxistas e sua antropologia” Arqueologia da violência. Pesquisas de antropologia política. São Paulo: Cosac & Naify. 2004 [1980][para uma crítica a Godelier]
SAHLINS, Marshall. 1972. Chap. 5. On the Sociology of Primitive Exchange. Stone Age Economics. Chicago: Aldine· Atherton, Inc. [há tradução. Sahlins, Marshall. “Sobre a sociologia da troca primitiva”. Trad. José Candido Lopes Ferreira][pdf em inglês e em espanhol no moodle]
Sahlins, Marshall. Cosmologias do Capitalismo: O Setor Trans-Pacífico do 'Sistema Mundial'. Cultura na prática. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.
4ª SESSÃO (27/03)
Appadurai, Arjun. Introdução: mercadorias e politicas de valor. in Appadurai, Arjun (2008) “Introdução: mercadorias e a política de valor”, in Arjun Appadurai (org.), A vida social das coisas: mercadorias sob uma perspetiva cultural. Rio de Janeiro: Ed. UFF.
GOLDMAN, Marcio e Lima, Tânia Stolze. Como se faz um grande divisor? Marcio
Goldman. Alguma Antropologia. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999. pp. 83-92
LATOUR, Bruno. Reagregando o social. Uma introdução à teoria do ator-rede. Ed.
UFBA/EDUSC. 2012 [2005]. “Terceira Fonte de Incerteza: os objetos também
agem”. Especialmente 'Fazer com que objetos participem do curso da ação'. 'Só de
maneira intermitente os objetos ajudam a rastrear conexões sociais'. 'Quem se
esqueceu das relações de poder?' [pp. 106-128] “Quarta Fonte de Incerteza: Questão
de Fato vs. Questão de Interesse”. Especialmente 'Ha mais coisas na experiência do
que aquilo que nos chega aos olhos' [pp. 160-169]
Leitura complementar: Douglas, Mary. O mundo dos bens, vinte anos depois. Horizontes Antropológicos, 28, jul/dez, 2007
DOUGLAS, Mary; Isherwood; Baron. O Mundo dos Bens para uma antropologia do consumo. Editora UFRJ 2004 [1987] Parte I. “Bens como sistema informacional”
Gell, Alfred (2008). “Recém-chegados ao mundo dos bens: o consumo entre os Gonde Muria”. In. Appadurai, A. A vida social das coisas. As mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Ed. UFF.
Unidade II — Os objetos dos outros e os outros como 'objeto'
Feriado 03/04
5ª SESSÃO (10/04)
STRATHERN, Marilyn. Cap. 3 Sujeito ou objeto? As mulheres e a circulação de
bens de valor nas terras altas da Nova Guiné. O efeito etnográfico e outros ensaios.
São Paulo, Cosac Naify, 2014.
WAGNER, Roy. Cap. 2. A cultura como criatividade. A invenção da cultura. São
Paulo, Cosac Naify, 2010 [1981]
Leitura complementar: Strathern, Marilyn O Gênero da dádiva. Problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na melanésia. Ed. Unicamp, 2006 [1988] Capítulo. 1. Estratégias antropológicas. Especialmente 'Para além da negação' [pp. 44-51]
6ª SESSÃO (17/04)
GORDON, Cesar. Economia selvagem. Ritual e mercadoria entre os indios Xikrin-
Mebêngôkre. Unesp/ISA/NUTI, 2006. Cap. 1 “No mundo das mercadorias”.
Especialmente 'Recém-chegado ao mundo dos bens'. Cap. 2. “Etnologia
mebêngôkre” Especialmente 'Economia política de pessoas e coisas'. Cap. 10.
“Nomes, nêkrêjx e mercadorias”, especialmente 'De volta ao mundo das
mercadorias'.
FAUSTO, Carlos. “Prefácio. A indigenização da mercadoria e suas armadilhas”. In:
Cesar Gordon. Economia selvagem. Ritual e mercadoria entre os indios Xikrin-
Mebêngôkre. Unesp/ISA/NUTI, 2006.
MILLER, Joana. As Coisas Os enfeites corporais e a noção de pessoa entre os
Mamaindê (Nambiquara), Tese de doutorado – Universidade Federal do Rio de
Janeiro, PPGAS - Museu Nacional. 2007. Introdução Capítulos:.2 “As Coisas.” 2.1
Os enfeites 2.2.2 A troca/roubo de enfeites. 3 “As Coisas do xamã.” Considerações
Finais.
Leitura complementar:MILLER, Joana. Os enfeites corporais dos Mamaindê (Nambiquara) e a noção de cultura. 10pp. http://portal.anpocs.org/portal/index.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=3747&Itemid=318
Seeger, Anthony, Matta, Roberto e Viveiros de Castro, Eduardo. 1979. "A construção da pessoa nas sociedades indígenas brasileiras". Boletim do Museu Nacional, 32: 2-19
Viveiros de Castro, Eduardo. O medo dos outros. Revista de Antropologia, São Paulo, USP, 2011, V. 54 Nº 2 [Especialmente o tópico 'O infortúnio do caçador selvagem']
7ª SESSÃO Seminário (discussão dos temas do curso até aqui) (24/04)
Feriado 01/05
8ª SESSÃO (08/05)
LAGROU, Els. Arte indígena no Brasil. Agência, alteridade e relação C/Arte, Belo
Horizonte, 2009. Capítulo 1 “Arte ou artefato? Agência e significado nas artes
indígenas”, Capítulo 2 “Corpos e artefatos”, Capítulo 3 “As artes ligando mundos:
alteridade e autenticidade no mundo das artes”
COELHO DE SOUZA, Marcela. A cultura invisível: conhecimento indígena e
patrimônio imaterial. Anuário Antropológico/2009 - 1, 2010: 149-174
COELHO DE SOUZA, Marcela. A dádiva indígena e a dívida antropológica: o
patrimônio cultural entre direitos universais e relações particulares. Série
Antropologia Vol. 415, Brasília: DAN/UnB, 2007
Leitura complementar: Coelho de Souza, Marcela. A vida material das coisas intangiveis. In: Coelho de Souza; Coffaci de Lima (orgs). Conhecimento e cultura. Praticas de transformação do mundo indigena. Brasília: Athalaia gráfica e editora. 2010
Gell, Alfred. A rede de Vogel, armadilhas como obras de arte e obras de arte como armadilhas. Arte e Ensaios - Revista do Programa de Pós- Graduação em Artes Visuais. Escola de Belas Artes. UFRJ. ano VIII - número 8: 174-191. [1996]
Lagrou, Els (2013). “No caminho da miçanga. Arte e alteridade entre os ameríndios”, Enfoques. Revista dos alunos do PPGSA/UFRJ, v. 12 (1): 18-49
9ª SESSÃO (15/05)
DESCOLA, Philippe. Genealogia dos objetos e antropologia da objetivação.
Horizontes antropológicos. Porto Alegre, v. 8, n. 18.
TAUSSIG, Michael. O diabo e o fetichismo da mercadoria na América do Sul.
Editora Unesp. 2010.[1980]. Capítulo: 2. O Diabo e o Fetichismo da Mercadoria.
Leitura complementar: Taussig, Michael. O diabo e o fetichismo da mercadoria na América do Sul. Editora Unesp. 2010.[1980] Cap 7. O batismo do dinheiro e o segredo do capital.
10ª SESSÃO (22/05)
SAUTCHUK, Carlos. E. 2007. O arpão e o anzol: técnica e pessoa no estuário do
Amazonas Vila Sucuriju, Amapá. Tese de doutorado em Antropologia Social, UnB.
310 p. Capítulos: 5. Construção da pessoa e aprendizagem da pesca. Epílogo. Sobre
técnicas e humanos.
BECHELANY, Fabiano Campelo. Figuras de Captura: a atividade cinegética na
etnologia indígena. Dissertação de mestrado, UnB, 2012. Capítulo: 2 – Ecologia da
cinegética indígena. Especialmente tópicos 2.2 – Tecnologia: as relações técnicas e
os objetos de caça; 2.2.1 – Técnicas; e 2.2.2 – A parafernália da caça.
Leitura complementar:
Sautchuk, Carlos Emanuel. O que a rede nos ensina sobre o pescador? Coletiva (Revista on line. Fundação Joaquim Nabuco [Fundaj]).
Unidade III — ciências e outras coisas estranhas — entre o silêncio e o diálogo
11ª SESSÃO (29/05)
LATOUR, Bruno. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches.
Bauru:EDUSC, 2002. Primeira parte. Objetos-encantados, objetos-feitos.
LATOUR, Bruno. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos
científicos. Bauru: EDUSC, 2001. Cap. 5. “A historicidade das coisas. Por onde
andavam os micróbios antes de Pasteur?”
Leitura complementar: Latour, Bruno. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos. Bauru: EDUSC, 2001. Cap. 4. “Da fabricação à realidade. Pasteur e seu fermento de acido latico” e Cap. 9. “A ligeira surpresa da ação. Fatos, fetiches, fatiche”.
Brittes, Rogério. O Conceito Antropológico de Fetiche: Objetos Africanos, Olhares Europeus. Rio de Janeiro, PPGAS-MN/UFRJ, 2009. Cap.3. “A Retomada Contemporânea: Cartografia de um Plano Conceitual”. Especialmente '3.2. Bruno Latour e o Antifetichismo como Paradigma de Crítica Moderna'; 3.3. 'Atribuições de Agência e Intencionalidade'; 3.5. 'Compondo Minkisi, Pessoas e Coisas'; 3.6. 'Matéria e Espírito, e Outras Dicotomias'; 3.7. 'A Espessura Ontológica do Fetiche'.
Feriado 04/06 (05/06)
12ª SESSÃO (12/06)
HOLBRAAD, M; HENARE, A.; WASTELL, S. (eds.) (2007). Thinking through
things. theorising artefacts ethnographically. London/New York: Routledge / Taylor
& Francis Group. [Capítulo a indicar. Tradução].
Leitura complementar: Holbraad, Martin; Carrithers, Michael; Candea, Matei; Sykes. Karen. Ontology Is Just Another Word for Culture: Motion Tabled at the 2008 Meeting of the Group for Debates in Anthropological Theory, University of Manchester. Critique of Anthropology, vol 30 (2), 2010.
Holbraad, Martin. n/d. “Can the Thing Speak?” Online Seminar Paper, Open Anthropology Cooperative.
13ª SESSÃO (19/06)
STALLYBRASS, Peter. O casaco de Marx. Roupas, memória e dor. Belo
Horizonte: Autêntica, Belo Horizonte: Autêntica, 2012 [1993]
Kopytoff, Igor “A biografia cultural das coisas: a mercantilização como
processo” in Arjun Appadurai (org.) A vida social das coisas: mercadorias sob
uma perspectiva cultural. Rio de Janeiro: Ed. UFF, 2004
Leitura complementar: SAHLINS, Marshall. La pensée bourgeoise: a sociedade ocidental como cultura. Cultura na prática. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004. [também publicado no livro Cultura e razão prática.]
Miller, Daniel. Cap. 1. Por que a indumentária não é algo superficial. Trecos, troços e coisas. Estudos antropológicos sobre a cultura material. Rio de Janeiro: Zahar. 2013 [2009]Ingold, Tim. Chap 21. ‘People like us’: the concept of the anatomically modern human. The Perception of the Environment. Essays on livelihood, dwelling and skill. Routledge, 2000.
14ª SESSÃO (26/06)
PUGLIESE, Gabriel. Sobre o 'Caso Marie Curie'. A radiotividade e a subversão do
gênero. São Paulo: Alameda, 2012. Capítulos:. 2. “Uma raridade e suas
problematizações: o encontro entre gênero e ciência.” Especialmente 'A
efervescência: os misteriosos raios-X'; 'A natureza hiperfosforescente do urânio';
'Entre relações de gênero e a atividade (anormal) dos raios'. Cap. 3. “Qual é a
origem da energia? O dispositivo experimental: fazer-falar, fazer-calar”.
Especialmente 'Radiotividade por todos os lados'; 'Transmutação atomica: uma nova
alquimia'. Cap. 4. “Ressonâncias de atividades radiopoliticas: o agenciamento e seus
estratos”. Especialmente 'Inundados pela radiotividade'; 'Entre o divisivel e
indivisivel'; 'O raio metalico e a polonesa destridora de lares'.
[possível presença do autor]
Leitura complementar: Latour, Bruno. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos. Bauru: EDUSC, 2001. Capítulo: 3. “O fluxo sanguíneo da ciência. Um exemplo da inteligência cientifica de Joliot”.
15ª SESSÃO (03/07)
STRATHERN, Marilyn. A pessoa como um todo e seus artefatos O efeito
etnográfico e outros ensaios. São Paulo, Cosac Naif, 2014.
BEVILAQUA, Ciméa. Sobre a fabricação contextual de pessoas e coisas. As
técnicas jurídicas e o estatuto do ser humano após a morte. Mana 16(1): 7-29, 2010.
Leitura complementar: Strathern, Marilyn O Gênero da dádiva. Problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na melanésia. Ed. Unicamp, 2006 [1988] Capítulo 7. Algumas definições. [pp. 228-263]
Rezende. Patrick Arley. Corpos sem nome, nomes sem corpos: Desconhecidos, desaparecidos e a constituição da pessoa. Dissertação de mestrado. UFMG. 2012. Capítulo: 2. Interlúdio: algumas notas sobre escatologia jurídica. 2.1 O morto entre as pessoas; 2.2. O morto entre as coisas
Miller, Daniel (2013). Cap. 2. Teorias das Coisas. (Do hedonismo ao funcionalismo; Objetificação; Materialidade). Trecos, troços e coisas. Estudos antropológicos sobre a cultura material.
Bibliografia suplementar
Albert Bruce; Ramos, Alcida (orgs). Pacificando o branco. Cosmologias do contato no Norte-
Amazonico. Unesp. 2000
Andrello, Geraldo. Falas, objetos e corpos. Autores indígenas no alto rio Negro. Revista Brasileira
de Ciências Sociais- Vol. 25 N° 73
Bechelany, Fabiano. Da natureza do artefato na Amazônia: ensaio bibliográfico sobre 'The occult life of things', F. Santos-Granero. Campos 12(1): 117-134, 2011
Calavia Saez. O que os santos podem fazer pela antropologia? Religião e Sociedade, 29(2), 2009
Clastres. 2003. “O arco e o cesto”. A sociedade contra o Estado. São Paulo: Cosac & Naify.
Dictionnaire d’Ethnologie et d’Anthropologie. PUF, Paris 1991. Technique, Technologie.
Cosmologie
Fabian, Johannes. On recognizing things. The Ethnic Artefact and the Ethnographic Object.
L'Homme, 170, 2004(2), pp. 47-60.
Gell, Alfred. A tecnologia do encanto e o encanto da tecnologia Revista Concinnitas ano 6, volume
1, número 8, julho 2005 [1992]
Gell, Alfred. Art and Agency. An Anthropological Theory. Clarendon Press, Oxford, 1998. Chap 2.
The theory of art nexus. Chap. 9. The extended mind. 9.1. Distributed objects 9.2. Malangan.
Gell, Alfred. Technology and Magic. Anthropology Today, Vol. 4, No. 2, (Apr., 1988), pp. 6-9
Gregory. Exchange and reciprocity. In: Tim Ingold (ed.) Companion Encyclopedia Of Anthropology,
1994.
Haber, Alejandro. La casa, las cosas y los dioses. Arquictetura doméstica, paisaje campesino y
teoría social. Córdoba: Encuentro Grupo Editor, 2011. Cap. 3. Palas conversan com humanos.
Herzfeld, Michael. Prática teórica na cultura e na sociedade. Ed. Vozes. 2014 [2001] Capítulo 4.
“Economias”; Capítulo 8 “Ambientes”; Capitulo 13 “Estéticas”
Hugh-Jones, S. 2009. The fabricated body: objects and ancestors in Northwest Amazonia. In F.
Santos Granero (ed.), The Occult Life of Things: native Amazonian theories of materiality and
personhood (pp. 33-59). Tucson: University of Arizona Press.
Hugh-Jones, S. 1992. "Yesterday's luxuries, tomorrow's necessities: business and barter in northwest
Amazonia". In Barter, Exchange and Value (C. Humphrey e S. Hugh-Jones, eds.). Cambridge:
Cambridge University Press. pp. 42-74.
Ingold. 2007. “Materials against materiality”. Archaeological Dialogues 14 (1), p. 1–38.
Ishii, Miho. Acting with things. Self-poiesis, actuality, and contingency in the formation of divine
worlds. HAU: Journal of Ethnographic Theory 2 (2)
Jensen, Casper. An interview with Naoki Kasuga. HAU: Journal of Ethnographic Theory 2 (2)
Knappett, Carl. Thinking Through Material Culture: An Interdisciplinary Perspective. Philadelphia:
University of Pennsylvania Press, 2005.
Lagrou, Els. 2007. A fluidez da forma: arte, alteridade e agência em uma sociedade amazônica
(Kaxinawa, Acre), Rio de Janeiro: TopBooks.
Lagrou, Els. Existiria uma arte das sociedades contra o Estado? Revista de Antropologia, São Paulo,
USP, 2011, V. 54 Nº 2, 2011
Lagrou, Els. Antropologia e Arte: uma relação de amor e ódio. Ilha. Revisra de Antropotogia. Vol. 5,
nº 2. Florianopolis: PPGAS/UFSC, pp. 93-113. 2003
Latour, Bruno. Technology is what made society durable. 1991. In J. Law (editor) A Sociology of
Monsters Essays on Power, Technology and Domination.
[há tradução em espanhol: Latour, Bruno. La tecnologia es la socideda hecha para que dure. in
Miquel Domènech y Francisco J. Tirado (Comps.) Sociología simétrica. Ensayos sobre ciencia,
tecnología y sociedad. Barcelona: Gedisa pp.109-142, 1998
Latour. Mixing humans and nonhumans together: the sociology of a door-closer Social problems,
vol. 35, No. 3, June 1988
Latour. Technical does not mean material. Comment on Lemonnier, Pierre. 2012. Mundane objects:
Materiality and non-verbal communication. 2014 | Hau: Journal of Ethnographic Theory 4 (1): 507–
510
Latour. Where Are the Missing Masses? The Sociology of a Few Mundane Artifacts. In: Shaping
Technology-Building Society. Studies in Sociotechnical Change, Wiebe Bijker and John Law (eds.),
MIT Press, Cambridge Mass. pp. 225-259, 1992
Latour, Bruno.Jamais fomos modernos. Ensaios de antropologia simétrica. Rio de Janeiro, Ed. 34,
1994 [1991] Capítulo 3. Revolução.
Lemonnier, Pierre. “Pigs as ordinary wealth. Technical logic, exchange and leadership in New
Guinea”. Lemonnier (ed). Technological choices. Transformation in material cultures since the
Neolithic. Routledge, 1993.
Lemonnier. Mundane Objects. Materiality and Non-verbal Communication. 2012.
Malinowski, Bronislaw. "As canoas e a navegação" e "A construção cerimonial de uma waga"
Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural, pp. 87-116. (Col. Os Pensadores).
Mauss, Marcel. “As Técnicas do Corpo”. Sociologia e Antropologia São Paulo: Cosac & Naify, p. 399-
424
Miller, Daniel (2007). “Consumo como cultura material”, Horizontes Antropológicos, 28 jul/dez
Miller, Daniel. Artefacts and the meaning of things. In: Tim Ingold (ed.) Companion Encyclopedia
Of Anthropology , 1994.
Miller, Joana. 2009. “Things as Persons: Body Ornaments And Alterity Among The Mamaindê
(Nambikwara)”. In: Fernando Santos Granero. (Org.). The Occult Life Of Things. Tucson, Arizona:
Arizona University Press, p. 69-97.
Polanyi, Karl. (2000), A grande Transformação. As origens da nossa época. Rio de Janeiro: Campus
[1946]
Ribeiro, Berta (org.). 1986. Suma etnológica brasileira. Petrópolis: Vozes. 3 v. (v. 1: Etnobiologia;
v.2: Tecnologia indígena; v. 3: Arte índia.)
Sahilns, Marshall. On the culture of material value and the cosmography of riches. 2013 | HAU:
Journal of Ethnographic Theory 3 (2): 161–95
Santos-Granero (org). The occult life of things, native amazonian theories of materiality and
personhood.
Seeger, A.. 1980. Os índios e nós. Rio de Janeiro: Campus. Cap. 2: “O significado dos ornamentos
corporais”. Pgs: 43-57
Serres, Michel. Variações sobre o corpo. Bertrand, 1999.
Serres; Latour. Luzes. (Quarta entrevista. Fim da critica). “O ponto de entrada das coisas no
coletivo”, 1993.
Stocking, George (1989). Objects and others: essays on Museum and material culture (History of
Anthropology). University of Wisconsin Press
Strathern, M. 1979. “The self in self-decoration”. Oceania XLIX, nº 4: 241-257.
Strathern, M. 2001. The patent and the Malanggan. In: Pinney, C & Thomas, N. Beyond Aesthetics.
Art and the technologies of enchantment. Oxford & New York: Berg. Pgs: 259-286
Thomas, Nicholas; Pinney, C (eds). Beyond Aesthetics. Art and the technologies of enchantment.
Oxford & New York: Berg.
Thomas, Nicholas. Entangled Objects: Exchange, Material Culture, and Colonialism in the Pacific.
Cambridge, MA: Harvard University Press, 1991.
Van Velthen, Lúcia H. (2003). O belo é a fera. A estética da produção e da predação entre os
Wayana. Lisboa: Assírio & Alvim (Col. Coisas de Índios).
Viveiros de Castro, Eduardo. (2003), “And”. Manchester Papers in Social Anthropology, 7