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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PROATER 2011 - 2013 IÚNA d ihbob.blogspot.com/2008_09_22_archive.html PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES – (2011)

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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURALPROATER 2011 - 2013

IÚNA

d ihbob.blogspot.com/2008_09_22_archive.html

PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES – (2011)

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Equipe Responsável pela elaboraçãoOnofre Oliveira de Almeida Rodrigues

Cirlene Vimercate Fernandes

Cláudio Deps Almeida

Contribuições na elaboração do diagnóstico e planejamentoPREFEITURA MUNICIPAL DE IÚNA

SECRETARIA MUNICIPAL DE AGRICULTURA

SECRETARIA DE INTERIOR E TRANSPORTE

CONSÓRCIO DO CAPARAÓ

SEAG

SAFARI

SEBRAE

SENAR

COOCAFE

COOPARAISO

TERRITÓRIO DO CAPARAÓ

Equipe de apoio na elaboraçãoJosé Gilberto Vial (MDR Caparaó)

Gilson Tófano (CRDR Caparaó)

Célia Jaqueline Sanz Rodriguez (Área de Operações Ater)

Gardênia Marsalha de Araújo (Área de Operações Ater)

Sabrina Souza de Paula (Área de Operações Ater)

Thyerri Santos Silva(CPD)

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APRESENTAÇÃO

O Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Proater é um instrumento norteador das

ações de Assistência Técnica e Extensão Rural - Ater que serão desenvolvidas junto aos

agricultores familiares. A programação está respaldada em diagnósticos e planejamento

participativos, com a qual agricultores, lideranças, gestores públicos e técnicos contribuíram

ativamente na sua concepção.

Mais do que um instrumento de gestão, o Proater tem como grande desafio contribuir com o

desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. As ações de assistência técnica e extensão

rural ora planejadas são vistas como um processo educativo não formal, emancipatório e

contínuo. Assim, a melhoria da qualidade de vida das famílias rurais é o grande mote e

direcionamento dos esforços dos agentes de Ater envolvidos no processo.

Este documento está dividido em duas partes: a primeira, o diagnóstico, apresenta informações

acerca da realidade do município (aspectos demográficos, naturais/ambientais, sociais e

econômicos), os principais desafios e as potencialidades. A segunda, o planejamento, encerra a

programação de ações para o ano de 2011.

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1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

1.1. Localização do Município

Situado no Bioma da Mata Atlântica, Mesorregião Sul, na região do Caparaó, com uma área de

460 Km2, o Município de Iúna está localizado nas montanhas do Espírito Santo, é componente do

território do Caparaó, com sua sede geograficamente situada nas coordenadas: Latitude de 20o

20’ 40’’ S e Longitude de 41º 32’06’’ W.

Limita-se ao norte com os municípios de Irupi, Ibatiba e o Estado de Minas Gerais; ao sul com os

municípios de Ibitirama e Muniz Freire; a leste com Muniz Freire e a oeste com o Estado de Minas

Gerais. Dista-se 184 km de Vitória (capital).

1.2. Aspectos históricos, populacional e fundiários

1.2.1 – Histórico da colonização, etnia, costumes e tradições

A colonização das terras capixabas processou-se de forma lenta e gradual, fundada numa estraté-

gia de que o território servisse como uma barreira protetora das zonas de mineração das “Minas

Gerais”.

Essas barreiras naturais, por questões estratégicas, fizeram com que a ocupação das terras des-

se território, durante mais de 3 (três) séculos, ficasse limitado a cerca de 40 quilômetros ao interior

da região costeira Sul do Estado, especificamente no vale do rio Itapemirim, com o cultivo da ca-

na-de-açúcar, criando uma política econômica solidificada pela sesmaria e o engenho.

No Século XIX, os colonizadores portugueses introduziram a criação de bovinos, o que levou a um

um novo domínio territorial – expansão da fronteira. Essa atividade, além de fornecedora de ani-

mais para os trabalhos relacionados aos engenhos, supria de carne para alimentação dos traba-

lhadores. Essa atividade foi expandindo-se, ocupando grandes extensões de terra que, ao afastar-

se cada vez mais para o interior, fugiu do controle e da fiscalização do grande proprietário.

Aliada a crise na exportação do açúcar, em 1850, houve, então, a necessidade de introduzirem-se

novas atividades agrícolas com intuito de diversificar a economia. Isso permitiu, por outro lado,

que as pessoas de menores posses tivessem acesso a terra, surgindo, assim, a figura do arrenda-

tário.

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Nesse período as pequenas unidades de produção se expandiram, surgindo a cultura do café

como atividade principal propulsora da economia territorial. A cafeicultura assentou-se, predomi-

nantemente, nas médias e pequenas propriedades, constituindo-se numa força desagregadora

dos privilégios absolutos sobre a posse da terra, em oposição ao engenho.

No final do Século XIX e início do XX, houve plena expansão da lavoura cafeeira, incentivada pelo

Governo que estimulou uma política de cessão de terras aos imigrantes europeus, iniciando um

processo de estruturação fundiária no Estado. Ressalta-se que as terras cedidas foram aquelas

que o grande proprietário não tinha interesse, as terras de relevo acidentado, de difícil acesso,

longe do mercado e em geral de baixa fertilidade.

A colonização do território do município de Iúna, se iniciou no período compreendido entre 1865 a

1870, quando diversas famílias de origem portuguesa, remanescentes da Guerra do Paraguai, se

instalaram na então Freguesia de São Pedro de Alcântara do Rio Pardo.

Essas famílias receberam, de sua Majestade Imperial D. Pedro II, Sesmarias no “Sertão do

Norte”, como era conhecida a extensa região que compunha o Distrito do Rio Pardo, abrangendo

os territórios que hoje correspondem aos Municípios de Castelo, Conceição de Castelo, Venda

Nova do Imigrante, Muniz Freire, Ibatiba, Irupi, no Espírito Santo, e Lajinha, Chalé, Ipanema, Con-

ceição de Ipanema e Mutum, em Minas Gerais.

O isolamento natural dessa região de montanha ocorreu pela dificuldade de se construir as vias

de acesso, dada a conformação do relevo de suas terras, o que contribuiu para a estagnação da

fronteira agrícola.

Em 1859 o arraial foi elevado a distrito, com o nome de Freguesia de São Pedro de Alcântara do

Rio Pardo. No período compreendido entre 1865 e 1870 chegaram diversas famílias de origem

portuguesa. Em 1872 chegaram os primeiros italianos. Também no final do XIX e início do XX, fa-

mílias de outras nacionalidades (francesa, alemã, suíça) fixaram-se na vila. A partir da década de

20, famílias libanesas chegaram ao distrito.

Em 1890 criou-se o Município da Villa do Rio Pardo e em 1943 o município passou a se chamar

Iúna (rio de águas turvas).

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Até a década de 20, essa região do território do Caparaó permaneceu isolada do resto do Estado,

ainda com parte de suas florestas nativas intactas. Com a abertura das estradas e caminhos na

região, iniciou-se, de fato, o desmatamento de novas áreas, dando lugar às lavouras de café e

pastagens, introduzindo-se a pecuária leiteira.

Porém, o maior impulso econômico deveu-se à abertura e construção da BR-262, no final dos

anos 60 (Vitória – Belo Horizonte), incluído, também, as rodovias estaduais que passaram no terri-

tório. A abertura e a construção dessas rodovias, além das estradas e caminhos, sem critérios am-

bientais, em nome de um suposto desenvolvimento econômico, induziram o processo de degrada-

ção do sistema natural nesse território, além de alterar, de forma marcante, o fluxo das águas das

bacias e sub-bacias hidrográficas por onde elas transpassavam.

Pela carência de informações e a falta de tecnologias adequadas para o manejo dos solos nessa

região acidentada, contribuíram ainda mais para a degradação ambiental de toda a região.

1.2.2– Distritos e principais comunidades

Recentemente, com o desmembramento de dois distritos a formação administrativa do Município

passou a ser constituído de 5 (cinco) distritos, com suas comunidades. Ressalta-se que nessa re-

presentação dos distritos, o distrito de Perdição é atualmente denominado de Nossa Senhora das

Graças (homenagem à padroeira local).

Distritos Comunidades

Trindade Alto Trindade, Uberaba

Nossa Senhora das Graças

(Perdição)

São Jorge , Morro redondo, Socorro, Ponte Alta, Terra Corrida

Sede Rio Claro, São Jose 3 Pontes

São João Príncipe Rio Claro, São Jose 3 Pontes

Pequiá Santa Clara, Pouso Alto, Pilões, Boa Sorte, Laranja da Terra, Tinguaciba,

Córrego do Fama.

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Figura 1 – Mapa do município/ distritos

1.2.3 – Aspectos populacionais

Em pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, divulgada no

Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, Iúna ocupa, em relação ao Espírito Santo, o 37º

lugar (0,73), no ranking do I.D.H. - Índice de Desenvolvimento Humano (PNUD/2000). Os índices

avaliados foram: longevidade, mortalidade, educação, renda e sua distribuição.

Tabela 1 – Aspectos Demográficos

SITUAÇÃO DO DOMÍCILIO/ SEXO 2010

Urbana 15620Homens 7472

Mulheres 8148

Rural 11708Homens 6168

Mulheres 5540Http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=608&z=cd&o=3&i=p, em 12 de maio de 2001.

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1.2.4 – Aspectos fundiários

Os aspectos fundiários de um município refletem, a grosso modo, a forma como a terra está

sendo distribuída entre as pessoas e os grupos. Existem muitas formas de observar e conceituar a

partir desses números. Optamos por utilizar dados do Incra (Instituto Nacional de Colonização e

Reforma Agrária) onde a quantidade de módulos fiscais define a propriedade em minifúndio,

pequena (entre 1 a 4 módulos fiscais), média (acima de 4 até 15 módulos fiscais) e grande

propriedade (superior a 15 módulos fiscais). Os módulos fiscais variam de município para

município, levando em consideração, principalmente, o tipo de exploração predominante no

município, a renda obtida com a exploração predominante e o conceito de propriedade familiar

(entre outros aspectos, para ser considerada familiar, a propriedade não pode ter mais que 4

módulos fiscais)1.

Em Iúna o módulo fiscal equivale a 20 hectares.

A estrutura fundiária de Iúna retrata o predomínio das pequenas propriedades, de base familiar,

onde os trabalhos produtivos são feitos pela própria família ou no regime de parcerias agrícolas.

Tabela 2 – Assentamentos Existentes no Município

Nº NOME DO ASSENTAMENTO E/OU ASSOCIAÇÃO CONTEMPLADA MODALIDADE

Nº DE FAMÍLIAS ASSENTADAS E/OU

BENEFICIADAS

1 ATRAFI – Associação dos Trabalhadores de Agricultores Familiares de Iúna

Banco da terra 20

2 Associação dos Agricultores Familiares Bela Vista Cred. Fundiário 09

3 Associação dos Agricultores Familiares Ponte Alta Cred. Fundiário 05

4 Associação de Jovens da Primeira Terra Caparaó Cred. Fundiário 10

5 Associação dos Agricultores Familiares Bonsucesso Cred. Fundiário 15

6 Associação dos Agricultores Familiares Poço Fundo Cred. Fundiário 14

7 Associação dos Agricultores Familiares Caeté Créd. Fundiário 05

8 Associação dos Agricultores Familiares dos Irmãos e Primos

CAF 03

9 Associação dos Agricultores Familiares Três Irmãos CAF 03

10 Associação dos Agricultores Familiares Stuquim CAF 04Fonte: INCAPER/ELDR de Iúna, 2010.

1 Legislação: Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 e Instrução Normativa Nº 11, de 04 de abril de 2003).

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Tabela 3 – Aspectos da Estratificação Fundiária

MUNICÍPIO MINIFÚNDIO PEQUENA MÉDIA GRANDE TOTAL

Iúna 1.852 520 81 5 2.458Fonte: Incra, dados de janeiro de 2011.

1.3 Aspectos Edafoclimáticos e ambientais

Os altos graus de diversidade ambientais no Estado do Espírito Santo são marcados pelos con-

trastes apresentados pelas diferenciações entre o clima, as paisagens, os solos e as espécies de

plantas e animais em um espaço relativamente pequeno, representando aproximadamente 0,5 %

da área do território brasileiro.

Há grande variação de altitudes em poucas dezenas de quilômetros, como, por exemplo, a que

acontece na Região Sul: começa nas montanhas do Caparaó, de paisagem predominantemente

acidentada, passando por paisagens formadas nos platôs litorâneos (terciário ou tabuleiros), onde

predominam ondulações suaves, até chegar às falésias, junto ao mar.

Para quem chega nesse Estado por ar, por água ou por terra, saltam aos olhos os contrastes rele-

vos. As regiões montanhosas, os tabuleiros terciários e as planícies litorâneas constituem suas

principais macroformas (ATLAS, 2008).

A expressão fisionômica dessas diversidades é representada sinteticamente em forma gráfica, uti-

lizando-se de critérios com indicadores paramétricos e não paramétricos, denominada de “Mapa

das Unidades Naturais do Estado do Espírito Santo” (FEITOZA et al., 1999).

Desse modo, as informações municipais espacializadas em compartimentos ecologicamente mais

homogêneos, representados por Zonas Naturais, permitem o detalhamento e o conhecimento da

diversidade de ambientes do território.

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Figura 2 – Zonas naturais do município de Iúna

Algumas características das zonas naturais1 do município de Iúna

1 Fonte: Mapa de Unidades Naturais(EMCAPA/NEPUT, 1999);2 Cada 2 meses parcialmente secos são contados como um mês seco.3 U – chuvoso; S – seco; P- parcialmente seco.

Temperatura Relevo Água

Meses secos, chuvosos/secos e secos3ZONASmédia min.mês maisfrio (oC)

média máx.mês mais

quente (oC)

Declividade No mesessecos2

J F M A M J J A S O N DZona 1: Terras Frias, Acidentadas e Chuvosas 7,3 – 9,4 25,3 - 27,8 > 8% 3,0 U U U U P P P S P U U U

Zona 2: Terras de Temperaturas Amenas,Acidentadas e Chuvosas

9,4 - 11,8 27,8 - 30,7 > 8% 3,0 U U U U P P P S P U U U

Zona 3: Terras de Temperaturas Amenas,Acidentadas e TransiçãoChuvosa/Seca

9,4 - 11,8 27,8 - 30,7 > 8% 4,5 U U U U P S S S S U U U

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1.4 Organização Social

O associativismo e o cooperativismo são pontos fortes que devem ser potencializados no municí-

pio, haja vista que a organização social é uma das formas para o fortalecimento da agricultura.

Neste aspecto, as associações existentes no município de Iúna e no município de Irupi, agrupa-

ram-se em torno de uma federação – FACI (Federação das Associações Comunitárias dos Agricul-

tores Familiares Rurais de Iúna e Irupi). A FACI está situada na Sede do Município de Iúna e con-

grega 20 associações filiadas nesse município e 12 em Irupi, envolve diretamente 900 famílias ru-

rais e tem como objetivo a comercialização do café para o mercado solidário.

As associações filiadas a FACI, em Iúna, estão relacionadas a seguir:

• Associação de Pequiá

• Associação de Santa Clara de São Sebastião

• Associação de Boa Sorte Santa Clara

• Associação de Boa Sorte Morro Redondo

• Associação de Barra da Boa Sorte

• Associação de Terra Corrida

• Associação de Barro Branco

• Associação de Fazenda Alegria

• Associação de Vila Nossa Senhora das Graças

• Associação de Trindade

• Associação de Alto Trindade

• Associação de Pouso Alto

• Associação de Vargem Alegre

• Associação da Figueira

• Associação do Bonsucesso

• Associação do Rio Pardinho

• Associação dos Cafeicultores Orgânicos de Iúna e Região do Caparaó (Abrange a to-

dos os Municípios)

• Associação Comunitária do Córrego do Laje

• Associação Comunitária de Ponte Alta

• Associação dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares de Iúna (ATRAFI).

Além dessas associações que incidem diretamente na organização da produção, existe outra or-

ganização não governamental que atua regionalmente, denominada Consórcio Intermunicipal de

Desenvolvimento da Região do Caparaó, atuando no lado capixaba do Parque Nacional.

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Essa organização foi criada a partir de um fórum constituído em 1995, formado por Organizações

Não Governamentais (ONG´s) e pelas prefeituras dos municípios capixabas componentes dessa

Microrregião do Caparaó. Dada pela sua importância, atualmente o Consórcio constitui-se no mar-

co referencial do desenvolvimento sustentável da região do Caparaó, em que as ações, desde sua

elaboração a execução, são construídas utilizando-se metodologias participativas, destacadamen-

te focadas na integração, cooperação e parceria entre os diversos atores.

Mais recentemente foi instituído o Território do Caparaó com articulação ao Ministério de Desen-

volvimento Agrário, homologado pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável

em 06 de agosto de 2003 e é constituído por 10 municípios: Alegre, Divino de São Lourenço, Do-

res do Rio Preto, Guaçuí, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Muniz Freire e São José do Calçado. O

município de Jerônimo Monteiro foi recentemente incorporado a este território.

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Tabela 4 – Associações de agricultores familiares no município

Nº NOME DA ORGANIZAÇÃO LOCAL DA SEDE

Nº DE SÓCIOS

PRINCIPAIS ATIVIDADES COLETIVAS DESENVOLVIDAS

1 Conselho Comunitário de Pequia Pequia 31 Qualificação profissional.

2 Associação Comunitária do Rio Claro Rio Claro 25 Qualificação profissional

3 Associação Comunitária de Stª Clara de São Sebastião Santa Clara 40 Festa da Laranja

Qualificação profissional.

4 Associação Comunitária de Boa Sorte (Santa Clara) Boa Sorte 20 -

5 Associação Comunitária de São Jorge (Morro Redondo)

Morro Redondo 25 -

6 Associação Comunitária de Terra Corrida Terra Corrida 22 Qualificação profissional

7 Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iúna Centro - Iúna 10.000

Grito da Terra BrasilGrito da Terra EstadualQualificação profissionalMarcha MargaridaEncontro Municipal das Mulheres

8 FACI e COOFACI. Sede – Iúna 18 Associações

Qualificação profissionalVenda de Café ao Mercado JustoGerenciando Organizações de produtores rurais das Associações.Comercializações de produtos orgânicos e semi-orgânicos.Grupo de Vendas e de Compras.

9 Associação dos Feirantes de Iuna. Sede – Iúna 45 Organização e realização da feira todo

sábado de madrugada

10 Associação Comunitária de Nossa Senhora das Graças.

Nossa Senhora das

Graças32 -

11 Associação Comunitária de Trindade

S. S. Trindade 25 -

12 Associação Comunitária de Rio Pardinho Rio Pardinho 20 Festa Comunitária .

13 Associação Comunitária de Bonsucesso Bonsucesso 20 -

14 Associação Comunitária da Figueira Figueira 20 -

Fonte: INCAPER/ELDR de Iúna, 2010.

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Tabela 5 – Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS

Nº ENTIDADE REPRESENTANTE1 Secretaria Municipal de Agricultura EFETIVO: Gumercindo Gonçalves Vinand

SUPLENTE: Paulo Sérgio Prudente

2 Secretaria Municipal de Administração SECRETARIO: Eliel Nunes

VICE-SECRETARIO: Leandro Nunes de Oliveira

3 Incaper EFETIVO: Onofre O. A. Rodrigues

SUPLENTE: Cláudio deps de Almeida

4 Associação de Crédito Fundiário – Bela Vista EFETIVO: Valtair José Ramos

SUPLENTE: José Cousaquevitti

5 Sindicato dos Trab Rurais de Iúna e Irupi EFETIVO: Elizete Almeida de Abreu

SUPLENTE: João Francisco Rodrigues dos Santos

6 Setor Pequia EFETIVO:Ivana Vieira Fonseca

SUPLENTE:

7 Secretário de Gestão EFETIVO: Adalton Gomes Faria

SUPLENTE

8 Setor Barro Branco EFETIVO: Leandro Nunes de Oliveira

SUPLENTE:

9 Presidente da FACI EFETIVO: Paulo Marcio Reis Fernandes

SUPLENTE:

10 Secretario da Educação EFETIVO: Gildo Silveira

SUPLENTE:

11 IDAF – Chefe do IDAF EFETIVO: Gilson Pinel de Mendonça

SUPLENTE: Robson Amorim

12 Câmara EFETIVO: Leotemiro Argemiro de souza

SUPLENTE;

13 CACIL EFETIVO: João Luiz Casati.

SUPLENTE:

14 Secretaria de Interior e Transporte EFETIVO: Paulo Henrique Amorim

SUPLENTE:

15 Setor SS. Trindade EFETIVO: Valtair José ramos

SUPLENTE:

16 Setor São João do Príncipe EFETIVO: Amós José Horsth

SUPLENTE:Fonte: INCAPER/ELDR de Iúna, 2010.

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1.5 Aspectos Econômicos

O setor agrícola contribui, isoladamente, com 29,4 % do PIB do Município, mas, essa contribuição

torna-se mais significativa pelos reflexos diretos nos outros setores da economia municipal, quan-

do se observa que existe uma rede de relações e interações sociais e comerciais que a cadeia

dos produtos da agropecuária representa para o município.

Nos municípios onde há predominância das atividades da agropecuária, todo o comércio e os ser-

viços são dependentes do progresso dessas atividades. Do mesmo modo, o setor industrial, mes-

mo incipiente, tende, em geral, direcionar estrategicamente suas atividades para àquelas deriva-

das ou que possuem estreita relação com o setor agrícola.

A economia tem uma forte base agrícola. O café é a principal atividade do município e ocupa uma

área de mais de 14.000 ha, seguido pela área com as pastagens, silvicultura , macega e fruticul-

tura.

Existem ainda mais de 3.000,0 ha de culturas alimentares e tradicionais (feijão, milho, mandioca

e cana-de-açúcar), cultivadas em terrenos destinados ao cultivo de café. Além disso, o município

possui cerca de 30% de remanescentes da Mata Atlântica, fragmentadas em todas as Comunida-

des, que exercem um papel ecológico importante pelas condições de interceptação de precipita-

ções, retenções e infiltração, escoamento superficial e subsuperficial, evaporação e transpiração.

Tabela 6– Principais Atividades Econômicas

ATIVIDADES % NO PIB MUNICIPAL/2008

Agropecuária 29,4

Indústria 8,12

Comércio e Serviços 62,48Fonte: http://www.ijsn.es.gov.br/index.php?ption=com_content&view=category&layout=blog&id=281&Itemid=258

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Tabela 7 – Principais atividades agrícolas (Área, Produção, Produtividade e valor total das principais atividades agropecuárias do município)

Produto Área Total (ha)

Área a ser Colhida

(ha)Quantidade

Produzida (T)Rendimento Médio

(Kg/ha)Produção Estimada

(T)

Arroz 2 2 6 0 -

Banana 30 28 420 15000 420

Café 17020 15930 14336 8999 143354

Cana 30 30 1500 50000 1500

Feijão safra 1 200 200 120 0 -

Feijão safra 2 800 800 576 7200 5760

Laranja 31 31 310 10000 310

Mandioca 25 25 263 10520 263

Manga 6 6 126 21000 126

Milho safra 1 2000 2000 6060 3030 6060

Palmito 8 3 9 3000 9

Tangerina 14 14 252 18000 252

Tomate 3 3 162 0 -

Fonte: IBGE/LSPA do Estado do Espirito Santo (Agosto/2010).

Tabela 8 – Atividade Pecuária

Município Tipo de Rebanho 2008 2009

Bovino 10074 9488

Suíno 2910 2910

Iúna Caprino 310 310

Ovino 350 350

Galos, Frangas, Frangos, Pintos 12360 12360

Galinhas 5500 5500

Codornas 140 140

Variável: Valor da Produção (Mil reais)

Município Tipo de Produto 2008 2009

Leite 1696 1224

Iúna Ovos de Galinha 67 73

Ovos de Codorna 1 1

Mel de Abelha 11 12Fonte: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/ppm/default.asp e http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pecua/default.asp?t=1&z=t&o=23&u1=1&u2=1&u3=1&u4=1&u5=1&u6=1&u7=1, em 2011

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Tabela 9 – Aquicultura e Pesca

TILÁPIA (X) Área utilizada em ha 1

OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada 12

QUAIS? – carpas; pacu; tambaqui; tambacú. Produtor Nº 2

ALEVINOS

TILÁPIA ( ) Área utilizada em ha -

OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada -

QUAIS? - Produtor Nº -Fonte: INCAPER/ELDR de Iúna, 2010.

Tabela 10 – Principais atividades Rurais Não Agrícolas

Nº ATIVIDADES NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS

1 Agroindústria 5

2 Artesanato 10

3 Agroturismo 1

Fonte: INCAPER/ELDR de Iúna, 2010.

1.6 Aspectos Turísticos (Fonte: http://www.anoticiadocaparao.com.br)

Abaixo os principais pontos turísticos de Iúna, composto de elementos da história do município

destacados por indicação feita através de pesquisa na internet, no comércio e nas escolas. Os

pontos destacados são formados por reservas naturais, sítios históricos, prédios antigos e novos

com destaque arquitetônico.

Água Santa Situada a três quilômetros do centro da cidade, o começo de sua história se dá com a chegada do

frei Benedito di Genova, um frade capuchinho que já velhinho morreu sob uma pedra ali existente,

que com o tempo tomou a fama de Pedra dos Milagres – ou Pedra dos Pecados, pois dizem que

só quem não tem pecados consegue passar por uma fresta bem estreita entre a pedra e a rocha

de onde brota a Água Santa.

CachoeirasSão centenas de piscinas naturais de águas cristalinas ao longo dos rios propiciando lazer a

milhares de turistas capixabas e de outros estados. Nas comunidades de Rio Claro, São João do

Príncipe e Santa Clara, estão localizados ótimos pontos de visitação pela beleza e também pela

organização, algumas delas já preparadas para receber os visitantes com estrutura de

restaurante, pousada, camping e local de banho muito aconchegante.

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CaféA maior riqueza de Iúna é o café. O município foi durante muitos anos o primeiro do estado na

produção do café arábica, cultivado desde a época da escravidão. Além de ser o maior gerador de

emprego e renda é também uma vocação cultural do nosso povo. A beleza das floradas e da

vegetação, o hábito de tomar um cafezinho para brindar uma visita ou marcar um encontro

transforma o café numa cultura maravilhosa de Iúna.

Fazenda ImperialSituada no Córrego Barro Branco a cinco quilômetros de da sede do município de Iúna, ganhou

esse nome pelas lindas e centenárias palmeiras imperiais cultivadas na chegada da casa. O

imóvel foi construído há 52 anos por José Lima Monteiro, quando ainda eram proprietários, João

Ferreira de Almeida e Flausina Lima de Jesus. Durante os anos anteriores, ela se destacava pela

produção de fumo, rapadura, queijo, cebola entre outros. Com a morte dos ancestrais, a

propriedade foi adquirida pela empresária Marineide, ex-nora que promoveu reformas, mantendo

as características da obra, porém acrescentando açudes, áreas de festa e de MotoCross.

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2. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO E DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO

2.1 Metodologia de elaboração do Proater

A metodologia utilizada para a realização deste programa está baseada nos princípios de uma

práxis extensionista dialógica, participativa e emancipadora. Desta forma, agricultores

participaram ativamente de todos os processos, discutindo e refletindo sobre sua realidade de

vida, os anseios e as possibilidades de mudança.

A adoção de metodologias participativas de Ater para a condução dos trabalhos deste programa

buscam, além de um diagnóstico que realmente reflita a realidade vivida pelas famílias, aprimorar

a construção da cidadania e a democratização da gestão da política pública.

A prática utilizada nos diversos encontros com os agricultores familiares estão baseadas em

técnicas e métodos de Diagnóstico Rural Participativo – DRP, nos quais o diálogo e o respeito são

pontos fundamentais para o entendimento coletivo de determinadas percepções.

A tabela 11 indica o cronograma de encontros realizados no município.

Tabela 11 – Cronograma de encontros para elaboração do Proater

Nº COMUNIDADE/LOCAL PÚBLICO DATA Nº PARTICIPANTES

1 Rio Claro Agricultores Familiares 26/10/2010 12

2 SS. Trindade Agricultores Familiares 29/10/2010 05

3 Bonsucesso Agricultores Familiares 29/10/2010 03

4 Várzea Alegre Agricultores Familiares 29/10/2010 03

5 Barro Branco Agricultores Familiares 29/10/2010 02

6 Figueira Agricultores Familiares 29/10/2010 02

7 Sede SAFARI 29/10/2010 08

8 Sede SEMAM 29/10/2010 04

9 Sede CMDR’s 12/11/2010 10

Fonte: INCAPER/ELDR Iúna, 2010.

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2.2 Diagnóstico municipal de problemas e potencialidades

O diagnóstico apresentado abaixo foi definido de forma participativa, conforme identificamos na

metodologia de elaboração.

Os problemas e potencialidades diagnosticados estão organizados em três eixos: Meio ambiente;

Econômico/produtivo e Social (este contempla aspectos sociais, culturais e políticos).

Destacamos que estão apresentados todos os problemas e potencialidades do município. Desta

forma, este diagnóstico possibilita pensar ações em outras áreas e para além da Assistência

Técnica e Extensão Rural.

Meio Ambiente

• Problemas

-Coleta de lixo no meio rural.-Poluição dos rios.-Desmatamento.-Faltam fossas sépticas.-Falta coleta de embalagens de agrotóxicos.-Falta reflorestamento.-Falta consciência ambiental.-Falta programa municipal para utilização de caixa secas.-Falta viveiro municipal ou regional para produção de mudas nativas.

• Potencialidades

-Nível de conscientização ambiental está melhorando..-Coleta de lixo em algumas comunidades.-Terra fértil.-Água em abundância e de boa qualidade.-Clima que favorece o cultivo de várias espécies.-Belezas naturais.

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Econômico/ Produtivo

• Problemas

- -Faltam barracas para atender melhor o consumidor (feirantes) -Vale verde com valor defasado -Estradas ruins no período chuvoso (falta conservação)- -Assistência Técnica insuficiente -Monocultura do café -Baixo volume de café de qualidade -Selo de inspeção municipal -Baixo preço do café -Maquinas da prefeitura (retro escavadeira) com muita dificuldade

• Potencialidades

-Cafeicultura presente em todas as comunidades -Floricultura já implantada no município -Diversificação se iniciando no município -Assistência técnica e apoio do Incaper/Secretaria de Agricultura -Crédito Rural abundante (Pronaf) -Apoio do estado (descascador de café e resfriador de leite -Despolpadores de café (Pronaf) instalados em comunidades estratégicas -Federação de associações comunitárias (FACI) .

Social

• Problema

-Faltam áreas de lazer-Faltam máquinas para atendimento aos agricultores-Sinal de celular não cobre todas as comunidades-Abrigos em pontos de ônibus-Falta de segurança-Falta de creches e escolas no meio rural-Loteamentos irregulares-Falta presença do poder público.

• Potencialidades

-Tranqüilidade e convivência ótima-Associações de agricultores nas comunidades-Construção de campos de futebol nas comunidades-Assistência técnica e apoio do Incaper/secretaria de agricultura e prefeitura-Transporte escolar-Agentes de saúde-Comunidades unidas-Cooperativismo-Comunidades bem localizadas.

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3. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE ATER DO ELDR

As ações planejadas pelo ELDR foram formatadas com a efetiva participação dos agricultores,

suas instituições de representação, técnicos e gestores públicos. Estes sujeitos participaram não

só do diagnóstico como do planejamento em si, apontando as prioridades e as ações que

identificaram como fundamentais.

Além da prospecção das demandas levantadas com os agricultores, o Proater também está

alicerçado nos programas do Governo do Estado, coordenados pelo Incaper e pela Secretaria da

Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca.

A tabela a seguir é um quadro resumo das principais ações/atividades a serem desenvolvidas pelo

ELDR no ano de 2011.

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PROGRAMAÇÃO ANUAL DAS ATIVIDADES DE ATER – 2011Iúna

Público Assistido Crédito Rural Nº

Agricultores Familiares 490 Projeto Elaborado 10

Assentados 100 Projeto Contratado 10

Quilombolas Mercado e Comercialização Nº

Indígenas Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) 2

Pescadores Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) -

Outros Agricultores 10 Inclusão/Apoio a feiras 1

Outros Públicos 50 Inclusão/Apoio outros mercados 1

Somatório 650 Organização e gestão da comercialização -

TABELA – Resumo da programação por atividadeINDICADORES

ATIVIDADES

Con

tato

Vis

ita

Reu

nião

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Cur

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Dia

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Cam

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Esp

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Exc

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Sem

inár

io

Ofic

ina

Out

ros

Café Arábica 600 50 150 15 20 1 4 0 1 10 0 1 0 0 0 0 0 0 0

Café Conilon 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fruticultura 16 19 19 1 - - - - - 6 - 2 - - - - - - -

Olericultura - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Culturas Alimentares 8 8 8 - - - - - - - - - - - - - - - -

Pecuária - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Pesca e Aquicultura - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Silvicultura 20 10 10 - - - - - - - - - - - - - - - -

Floricultura - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Recursos Hídricos e Meio Ambiente 10 10 10 1 - - - - - - - - - - - - - - -

Atividades Rurais Não Agrícolas - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Agroecologia - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Organização Social 39 - 22 - - 1 - - - - - - - - 1 5 - -

Somatório 654 136 197 39 20 1 5 0 1 16 0 3 0 0 0 1 5 0 0

Incaper – Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural

Nº Pessoas Assistidas

Pes

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A

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Dem

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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• AGENCIA 21. Plano de desenvolvimento sustentável: programa Vale Mais – Caparaó

capixaba 2006-2026. Rio de Janeiro: Agência 21, 2006. 128p.

• ANDALUZ & ASSOCIADOS CONSULTORIA LTDA. Plano diretor municipal da região do Caparaó: município de Iúna. Guaçui, ES: Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento

Sustentável da Região do Caparaó (Consórcio Caparaó-ES)/Andaluz & associados consul-

toria ltda., 2007. 221p.

• ARCELORMITTAL. Eucalipto: oportunidade de negócios. IN: 1º SIMPÓSIO REGIONAL DO

EUCALIPTO. 2009, Ipanema, MG. Apresentação eletrônica. Ipanema, MG: ArcelorMittal

BioEnergia Ltda, 2009. 108 slides.

• ATLAS DE ECOSSISTEMAS DO ESPÍRITO SANTO (ATLAS). Vitória, ES: SEAMA; Viçosa,

MG: UFV, 2008. 504p. il.

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grafia (Especialização em Gestão Ambiental em Sistemas Agrícolas) Universidade Federal

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• BARBOSA, F.A.R; PAULA, J.A. DE; MONTE-MÓR, R.L. DE M. A bacia hidrográfica como

unidade de análise e realidade de integração disciplinar. In: PAULA, J.A. DE (coord.). Bio-

diversidade, população e economia: uma região da mata atlântica. Belo Horizonte, MG:

UFMG/Cedeplar; ECMXC; PADCT/CIAMB, 1997. p. 257-270.

• CASTRO, L.L.F. DE (coord.). Manejo e gestão dos recursos da terra em de bacias hi-drográficas: unidade territorial para a promoção do desenvolvimento rural. Domingos Mar-

tins, ES: INCAPER, 2006. (Projeto de P&D – INCAPER).

• CONFERÊNCIA ESTADUAL DAS CIDADES (CONFERÊNCIA). 1ª. Conferência Estadual das Cidades, Vitória 11 a 12 de setembro de 2003. Vitória: IPES, 2003. 85p.

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cretaria de Estado da Agricultura/Secreataria de Estado do Meio Ambiente/Secretaria de

Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo, 2003b. (digitado).

• ESPÍRITO SANTO Governo do Estado. Um novo Espírito Santo: orientações estratégicas

de governo. Gestão 2003-2006. Vitória: Governo do Estado do Espírito Santo, 2003a.

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ca. Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura: movo PEDEAG 2007-2025.

Vitória: SEAG, 2008. 284p. Il; color.

• ESPÍRITO SANTO Secretaria de Estado de Economia e Planejamento. Espírito Santo 2025: plano de desenvolvimento. Vitória: SEPLAN, 2006. 156p. Il; color.

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