PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA - sasmet.com.br · níveis de ruído elevados é importante nos...

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDITIVA JAN- 2015 Responsável Técnico: Romilda Alves Guerreiro Fonoaudióloga CRFª 10141– AM Dr. José Virgílio C. de Castro CRM 604- AM Médico do Trabalho.

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PROGRAMA DE

CONSERVAÇÃO AUDITIVA

JAN- 2015

Responsável Técnico: Romilda Alves Guerreiro Fonoau dióloga

CRFª 10141– AM

Dr. José Virgílio C. de Castro CRM 604- AM Médico do Trabalho.

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SÚMARIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 2. ETAPAS DO PROGRAMA ...................................................................................... 4

3.1. Antecipação do risco: ............................................................................................. 4 2.2 Identificação do agente: ..................................................................................... 5 3.3 Avaliação quantitativa do agente: ........................................................................... 5 3.4 Controles Administrativos e de Engenharia: ........................................................... 6

3.5. Equipamentos de Proteção Individual: ................................................................... 7 3.6. Avaliação Audiométrica:........................................................................................ 8

Audiometria de referência .............................................................................................. 10 Audiometria Periódica .................................................................................................... 10

3.7. Educação e Treinamento: ..................................................................................... 12 3.8. Arquivamento dos dados: ..................................................................................... 13 3.9.Monitoramento contínuo: ...................................................................................... 14

4. LIMITES DE TOLERÂNCIA: ................................................................................ 14

4.1. Norma Regulamentadora nº 15 ............................................................................ 16 4.2. Norma de Higiene Ocupacional, nº 01: ................................................................ 16

5. MONITORAMENTO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO ............. 18 5.1. Quando Monitorar: ............................................................................................... 18 5.2. Metodologia empregada: ...................................................................................... 18

6. AÇÕES PARA A REDUÇÃO DO RUÍDO ............................................................... 19

6.1.Medidas de controle de caráter de engenharia: ..................................................... 19

6.2.Medidas de controle de caráter administrativo: .................................................... 19

6.3.1.Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI's): ............................ 20

6.3.2. Escolha do protetor auricular: .................................................................... 21 7. SELEÇÃO DE PROTETORES AUDITIVOS ........................................................... 28

8. Causas de Mudanças Audiométricas. ......................................................................... 36 9. TREINAMENTO ....................................................................................................... 39 10. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO PROGRAMA .............................................. 39

11. LEVANTAMENTO DAS AUDIOMETRIAS REALIZADAS .............................. 42 12. CRONOGRAMA DE AÇÔES E MELHORIAS ..................................................... 43

13. RELATORIO FINAL COM AUDIOMETRIAIS ALTERADAS DE COLABORADORES..............43

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DADOS DA EMPRESA Razão Social:

Alfatec Indústria e Comércio LTDA

C.N.P.J.

34.582.973/0001-06

Endereço:

Av. Mandii - Distrito Industrial

Cidade / Estado:

Manaus - Amazonas

Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE):

22.22-6

Atividade Principal:

Fabricação de embalagens de material plástico

Grau de Risco:

03

Nº. de Funcionários Previstos:

56

Horário de Trabalho

Comercial: 07h30min às 17h18min (Seg. á Sexta)

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1. INTRODUÇÃO

Dentre os agentes nocivos à saúde, os mais frequentes no ambiente de

trabalho, assim como no nosso dia a dia, é o ruído, que tem sido responsável

por distúrbios auditivos temporários e permanentes e por comprometimento

orgânicos diversos.

O Programa de Conservação Auditiva visa garantir a integridade auditiva de

seus funcionários, bem como de funcionários de empresas terceirizadas, que

executem atividades em áreas onde exista potencial de gerar níveis de pressão

sonora capazes de provocar danos ao sistema auditivo dos trabalhadores.

A extensão e o grau do dano auditivo dependem da intensidade da pressão

sonora, da duração da exposição, da frequência do ruído e da suscetibilidade

do indivíduo.

O programa de conservação auditiva (PCA) é um conjunto de medidas

técnicas e administrativos que visa à proteção da saúde dos trabalhadores,

para que os trabalhadores expostos ao ruído ocupacional não desenvolvam

perda auditiva induzida por nível de pressão sonora elevada (PAINPSE).

O principal objetivo de um PCA na indústria é proteção da saúde do

trabalhador, ou seja, prevenir que os trabalhadores expostos a níveis de ruído

potencialmente altos desenvolvam perda auditiva induzida pelo ruído

ocupacional (PAIRO). O ruído é um dos “contaminantes”, mais comum,

encontrado facilmente tanto no nosso dia a dia como em grande parte dos

processos industriais. O controle do ruído é, portanto, uma questão de

considerável importância econômica e social e esta importância tem crescido

progressivamente nos últimos anos.

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A característica multidisciplinar do PCA faz om que as habilidades,

conhecimento e experiências de cada profissional envolvido no programa

sejam aproveitados ao máximo, integrado aos trabalhadores expostos,

aumentando consideravelmente as chances de sucesso.

Cada vez mais uma ampla variedade de profissionais compartilha um

interesse vital por este problema: técnicos, engenheiros, arquitetos, urbanistas,

oficiais do governo, higienistas ocupacionais, médicos, fonoaudiólogos, entre

outros.

A maioria dos requisitos propostos neste documento para execução e

administração de um programa de conservação auditiva está baseado nos

requisitos das Normas Regulamentadoras do Ministério de Trabalho e

Emprego, Norma de Higiene ocupacional (NHO-01) da Fundacentro, NBR

10.152- Níveis de ruído de conforto acústico e instruções Normativas do INSS.

2. ETAPAS DO PROGRAMA

3.1. Antecipação do risco:

Realizada nas fases de projeto e/ou modificação de lay-out das unidades

industriais, a antecipação do risco visa o controle do agente antes de sua

efetiva geração, permitindo soluções mais efetivas e de menor custo.

Definir medidas técnicas e administrativas para salvaguardar a capacidade

auditiva dos trabalhadores contra os efeitos potencializados da exposição

excessiva do ruído nos locais de trabalho.

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2.2 Identificação do agente:

Todas as aéreas de trabalho devem ser monitoradas, realizada nas

inspeções/auditorias nas unidades industriais, esta etapa visa identificar os

setores e/ou atividades com potencial de gerar níveis de pressão sonora acima

de 80dB (A).

A caracterização do local de trabalho, da força de trabalho e do agente de

risco é a base para a formação da exposição ocupacional. A medição dos

níveis de pressão sonora visa mapear as aéreas ruidosas para a adoção de

procedimentos de controle, buscando identificar, por exemplo:

• Áreas onde o ruído exceda 80dBs (A).

• Áreas com potencial para ruído de impacto.

• Maquinas e ferramentas onde o nível de ruído exceda 80dBs (A).

• Equipamentos com ruído contínuo acima de 80Db (A) próximos a

posto fixos de trabalho e que contribuam para a exposição.

Todos os funcionários da empresa podem identificar o agente, devendo

comunicar este fato ao Setor de Segurança, Saúde e Meio Ambiente.

3.3 Avaliação quantitativa do agente:

Seu objetivo é determinar quantitativamente o nível de pressão sonora nos

diversos ambientes de trabalho, com objetivo de verificar a necessidade de

adotar medidas de controle, e indicando as mais adequadas para cada caso. A

avaliação quantitativa dos riscos é de responsabilidade da Gerência de

Segurança, Saúde e Meio Ambiente.

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3.4 Controles Administrativos e de Engenharia:

Os controles administrativos e de engenharia do agente visam minimizar a emissão de

níveis de pressão sonora, ou o tempo de exposição aos mesmos, até valores que assegurem

tecnicamente a integridade do sistema auditivo dos trabalhadores envolvidos em atividades

realizadas em áreas com potencial de emissão de ruído.

Equipamentos de monitoração são ele os responsáveis pelo controle de medidas que

avalia a dose do ruído, são:

Dosímetros de ruído: é um equipamento portátil, leve, com microfone, que registra o nível

equivalente e compara este com os critérios estabelecidos no programa. É usado para a

medição da dose de ruído durante a jornada de trabalho, especialmente em ambientes

onde o nível de ruído é variável e quando o trabalhador executa atividades em diferentes

locais.

Características básicas e/ou desejáveis:

• Faixa de medição de 50 a 120 dB;

• Detector de nível de ruído continuo acima de 115dB;

• Detector de valores de pico para ruído de impacto;

• Calibrador de pressão sonora compatível com o equipamento de medição;

• Cronometro interno;

• Software para gráficos de históricos do tempo e distribuição estatísticas;

Medidor de nível de pressão sonora: os medidores de nível de pressão

sonora medem o ruído instantâneo e são utilizados para medições pontuais,

mapeamentos e medição de ruído na fonte.

Devem atender as especificações das Normas ANSI S1. 1983 e IEC 651 ou

de futuras revisões e ter classificação mínima do tipo 2 (exatidão ± 1,0 dB).

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Medidor de frequência: equipamento utilizado na análise espectral do

ruído, para verifica a intensidade existente em cada banda de frequência para

níveis de ruído elevados é importante nos projetos de redução, para adoção de

medidas de controle mais eficaz, bem como especificação do tipo de

enclausuramento para as fontes de emissão e na seleção de protetores

auditivos.

3.5. Equipamentos de Proteção Individual:

Existem medidas eficazes para o controle do ruído e o Equipamento de

Proteção Individual (EPI) é o mais utilizado na prevenção da Perda Auditiva

Induzida por Ruído (PAIR), sendo que, uma vez instalada, a perda auditiva é

irreversível.

O uso de equipamentos de proteção auditiva individual para situações onde

ocorra exposição ao ruído só é aceito na empresa como medida de controle

quando comprovado tecnicamente que não existe nenhuma outra medida de

engenharia ou administrativa capaz de assegurar a proteção do trabalhador.

Os protetores auriculares poderão ser utilizados também como medida de

controle complementar ou enquanto as medidas de engenharia estiverem

sendo implantadas.

O Equipamento de proteção individual é o meio mais eficaz de prevenção

contra a perda auditiva induzida pelo ruído. Sendo o responsável pelo bom

desempenho do trabalhador em seu ambiente de trabalho, preconizando

medidas infalíveis tanto na adaptação como no manuseio do protetor auditivo.

A seleção dos protetores auditivos pode ser realizada com base nos

elementos da proteção efetiva, porém, deve ficar explícita a metodologia

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utilizada pela empresa. É muito importante considerar os fatores relativos às

características pessoais do trabalhador e das atividades por ele realizadas.

3.6. Avaliação Audiométrica:

A avaliação audiométrica é o principal instrumento de medida e

monitoramento auditivo dos empregados bem como da eficácia de seu

Programa de Conservação Auditiva.

Os exames audiométricos serão realizados:

a. Nos exames admissionais de qualquer candidato, a qualquer função

conforme indicado no Programa de Prevenção de Risco Ambientais -

PPRA. (Audiometria de referência).

b. Nos exames periódicos de trabalhadores expostos a ruído ocupacional

independente da função, em telefonistas, motoristas de carro tanque e

operadores de telemarketing. A periodicidade da realização será determinada

pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO.

c. Naqueles empregados portadores de alterações audiológicas de qualquer

etiologia, estando exercendo atividade laborativa em áreas com níveis de

pressão sonora acima do limite de ação ou não. A periodicidade da realização

será conforme determina a legislação, e/ou no máximo anualmente.

d. Em todo empregado exposto a níveis de pressão sonora acima do limite

de ação e/ou portadores de alterações audiológicas, quando de seu exame

demissional.

Todo empregado portador de alterações audiométricas de origem

ocupacional ou não, será encaminhado para parecer especializado otológico,

onde após todos os exames complementares necessários, se firmará, em

laudo, diagnóstico claro e objetivo sobre a lesão, sua origem, seu prognóstico e

acompanhamento, laudo este que norteará a emissão da "Comunicação de

Acidente do Trabalho" (CAT). Evidenciada a perda auditiva neurossensorial por

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exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora de origem

ocupacional e firmando o nexo causal para a atividade laborativa desenvolvida

na empresa, deverá ser emitida "Comunicação de Acidente do Trabalho"

(CAT), conforme determina a legislação vigente e nos moldes definidos pela

legislação brasileira.

Identificada PAIR de origem ocupacional no exame admissional, por parecer

especializado, e desde que essa não impeça ou traga risco no desempenho da

atividade ou agravamento da lesão, situação que deverá vir mencionada no

parecer otológico, o candidato poderá ser considerado apto, observando-se a

necessidade do Atestado de Saúde Ocupacional Demissional da empresa

anterior mencionando o risco físico - ruído, da emissão de Comunicação de

Acidente do Trabalho (CAT) e da notificação ao Sindicato de Classe, o INSS

e/ou Ministério do Trabalho, da admissão de um portador de PAIR de origem

ocupacional.

Observação 1: O exame audiométrico obrigatoriamente deverá ser

realizado de acordo com a legislação no que concerne a otoscopia prévia,

repouso auditivo de 14 horas, freqüências testadas, ambiente acústico, aferição

e calibração do aparelho e habilitação do profissional que realizar e assinar o

exame. O resultado deve conter no mínimo os seguintes dados:

a. Nome, idade e número do registro de identidade do trabalhador e

assinatura do mesmo.

b. Nome da empresa e função do trabalhador.

c. Tempo de repouso auditivo cumprido para a realização do exame.

d. Nome do fabricante, modelo e data da última calibração do audiômetro.

e. Nome e número de registro do Conselho Regional e assinatura do

profissional responsável pela execução da audiometria.

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Audiometria de referência

O objetivo dos exames audiométricos (admissionais) é determinar a capacidade auditiva

de novos empregados no momento de sua admissão. É de conhecimento de todos que muitas

pessoas em diferentes idades sofrem perda auditiva por uma variedade de razões. A menos

que determinem a capacidade auditiva exata de novos empregados no momento de sua

admissão, poderemos estar sujeitos a complicações médico-legais para a perda auditiva, que

pode ter existido antes da admissão do funcionário. As audiometrias realizadas na admissão

do funcionário devem ser comparadas.

Audiometria Periódica

O trabalhador com potencial de exposição deve repetir o exame audiométrico após 06

meses do início das suas atividades laborais, conforme NR7. Depois de cumprida essa etapa,

a periodicidade segue de 06 em 06 meses ou anualmente, como determina o PCMSO

(Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) e no desligamento. Os resultados são

comparados com a audiometria de referência para avaliar possíveis indícios de perda auditiva.

Fallow up: teste da capacidade auditiva

Audiometrias periódicas de acompanhamento são recomendadas para pessoas que

trabalham em zonas onde o ruído ultrapassa os critérios de exposição. As mudanças ocorrem

nas regiões de 6000, 4000 e 3000 Hz, respectivamente, estas alterações não influenciam na

expressão e na comunicação, normalmente passam despercebidas.

Audiometria de Mudança de Função

Nos casos em que uma mudança função que possa implicar em modificação do perfil de

exposição do nível de pressão sonora, passando de uma exposição abaixo do nível de ação

para uma exposição acima deste ou vice-versa, deverá ser realizado exame audiométrico,

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antes do início das atividades na nova função, para estabelecimento do audiograma de

referência.

Audiometria Demissional

Deverá ser realizado exame audiométrico demissional nos trabalhadores cuja exposição

ocupacional tenha sido acima do nível de ação. Serão considerados validos os exames

realizados com 90 dias ou menos, depende do critério do médico do trabalho.

AVALIAÇÃO DO AUDIOGRAMA

Serão considerados dentro dos limites aceitáveis aqueles em que os limiares auditivos

das várias frequências testadas estejam situados até 25decibeis.

Desvios confirmados em comparação com o audiograma de referência, embora dentro

da faixa de normalidade, deve ser comunicado à Higiene Ocupacional e à Segurança para

reavaliação das medidas de conservação auditiva.

A ocorrência ou progressão de perda auditiva, seja ela qual for a causa, o audiograma de

referência para fins de acompanhamento futuro, passara a ser aqueles que evidenciou a perda

mais recente. A ocorrência ou progressão da perda auditiva será diagnosticada de acordo com

a NR7.

Para a análise dos audiogramas, é feita a seguinte classificação:

• Normal: todos os limiares auditivos, bilateralmente, estavam menores

e/ou iguais que 25 dBNA.

• Normal com característica de PAIR: limiares auditivos normais com

presença de entalhe em frequências agudas.

• PC - Perda Condutiva: vias aéreas alteradas com via óssea normal,

sempre as frequências graves, com presença de queixas auditivas.

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• PAIR: exames que apresentaram via aéreas alteradas e via ósseas

próximas e ou iguais. Todas as características da perda auditiva induzida por

ruído.

• Perdas associadas: exames que não se enquadraram nas

características acima, provavelmente devido a existência de outras alterações.

Parâmetros do exame audiométrico .

OD 250 500Kz 1Kz 2Kz 3Kz 4kZ 6Kz 8Kz

VA O O O O O O O O

VO X X X X X

OE

VA O O O O O O O O

VO X X X X X

No exame audiométrico, serão testadas as frequências de 500,1,2,3,4,6 e

8Hkz, pela via aérea. Havendo detecção de alteração na via aéreas (VA), serão

testadas as frequências de 500,1,2,3 e 4HKz na via óssea (VO).

3.7. Educação e Treinamento:

O Programa de Conservação Auditiva é baseado na educação e no

treinamento de seus funcionários, colaboradores e terceirizados, quanto aos

corretos procedimentos que assegurem a integridade do sistema auditivo dos

trabalhadores.

O programa e para todos os trabalhadores com potencial de exposição ao

ruído acima de 80 dB (A) e para os membros da equipe multidisciplinar de

forma que todos entendam o objetivo e como conduzir suas ações no

programa.

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Podem ser usados palestras informativas, posters, vídeos, folhetos,

exposição de material e exercícios práticos.

No programa de educação e treinamento é importante que os trabalhadores

estejam informados sobre:

• O conteúdo do PCA;

• Os efeitos do ruído na audição;

• O nível de ruído que o trabalhador está exposto;

• As medidas de proteção adotadas;

• Como proteger a audição dentro e fora do trabalho;

• A importância do protetor auditivo;

• Locais em que o uso do protetor é obrigatório;

• Objetivo do exame audiométrico;

• A importância do treinamento da educação auditiva;

O programa educacional deverá ser repetido anualmente para trabalhadores

incluindo no PCA. As informações fornecidas no programa deverão está

atualizada e consistente com as mudanças nos dispositivos de proteção e nos

processos de trabalho.

3.8. Arquivamento dos dados:

O objetivo da manutenção dos registros é documentar de modo que os

trabalhadores são protegidos em relação ao ruído.

Todas as informações referentes ao Programa de Conservação Auditiva

devem ser arquivadas por um período mínimo de 20 anos, e se constituem em

um banco de dados para consulta e avaliação de seu desempenho,

respeitando os limites éticos da confidencialidade médica.

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Elas podem ser necessárias como provas em processos trabalhistas e

indenizações e deverão estar disponíveis aos empregados interessados ou aos

seus parentes legais, bem como autoridades competentes.

Entre os registros importantes temos:

• Medição da exposição: procedimentos e dos resultados das

monitorações pessoais (dosimetria). Monitoração de aérea

(mapeamento ruído) e medições de equipamentos críticos.

• Medidas de controle: histórico da implantação das medidas de

controle, recibo de entrega de protetores auditivos, bem como sua

utilização e treinamento.

• Exames audiométricos: prontuários médicos dos trabalhadores

contendo os resultados dos exames, audiometricos, laudos, e

calibração audiometrica.

3.9.Monitoramento contínuo:

O cumprimento do Programa de Conservação Auditiva é constantemente

avaliado através de inspeções e auditorias de Segurança, Saúde e Meio

Ambiente.

4. LIMITES DE TOLERÂNCIA:

Tecnicamente entende-se por Limite de Tolerância a intensidade dos riscos

físicos ou a concentração dos riscos químicos, sob os quais acredita-se que a

maioria dos trabalhadores pode ficar exposta, sem sofrer efeitos à saúde,

durante toda a sua vida laboral.

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Conforme NR15, nenhum trabalhador deverá ser exposto a níveis de ruído

igual ou superior a 85 dB(A), para 8 horas de trabalho, que corresponderá a

100% de dose. Deve-se adotar o seguinte critério para avalição de exposição.

• Limites de tolerância 85dB(A);

• Incremento de duplicação de dose (q) 5dB(A);

• Nível limiar de integração (NLI) 80dB(A);

O procedimento Técnico da Fundacentro NHO-01 adota os seguintes

critérios para avaliação exposição:

• Limites de tolerância 85dB(A);

• Incremento de duplicação de dose (q) 3dB(A);

• Nível limiar de integração (NLI) 80dB (A);

Embora a recomendação seja seguir os critérios da NR15, sempre que

possível desse-se obter os resultados seguindo os dois critérios. Conforme

segue tabela:

TEMPO

Lavg dB(a)

Q= 5

Lavg dB(a)

Q= 3

Dose (%)

16h 80 82 50

8h 85 85 100

4h 90 88 200

2h 95 91 400

1h 100 94 800

30min 105 97 1.600

15min 110 100 3.200

7min 115 103 6.400

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Nenhum trabalhador deverá ser exposto a níveis de ruído continuo acima de

115dB(A) se não estiver adequadamente protegido. Os Limites de Tolerância

adotados pelo Programa de Conservação Auditiva baseiam-se nas Normas

Regulamentadoras constantes da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho,

conforme descrito a seguir.

4.1. Norma Regulamentadora nº 15

A Norma Regulamentadora nº 15 estabelece os limites de tolerância para

ruído contínuo ou intermitente e para ruído de impacto.

Para ruído contínuo ou intermitente o Limite de Tolerância é definido de

acordo com o Anexo nº 1 da referida NR. Para exposições ao ruído contínuo ou

intermitente sem uso de proteção auricular, a dose diária máxima deve estar

abaixo de 85 dB(A), medidos no circuito de resposta lenta (slow), considerando

a jornada de trabalho de 8 horas diárias.

Com relação ao ruído de impacto, o Limite de Tolerância é definido de

acordo com o da referida NR 15. Para exposição ao ruído de impacto, o limite

de tolerância é igual a 130dB, medidos no circuito de resposta para impacto ou

120 dB medido em circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de

compensação "C", valores acima destes indicadores oferecerão risco grave e

iminente ao trabalhador.

4.2. Norma de Higiene Ocupacional, nº 01:

A Norma de Higiene Ocupacional nº 01, estabelece o nível de ação de 80 dB(A) para o

agente ruído. Entende-se como nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações

preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais

ultrapassem os limites de exposição.

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Tabela I: Exposições permitidas para ruído.

NR 15 – Norma Regulamentadora do Ministério do Trab alho e Emprego.

Portaria 3214 – NR15 – Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente10.

Nível Ruído (dBA)

Máxima Exposição diária

85 8h

86 7h

87 6h

88 5h

89 4h.5min

90 4h

91 3h.5min

92 3h

93 2h.40min

94 2h.15min

95 2h

96 1h.45min

98 1h.15min

100 1h

102 45min

104 35min

105 30min

106 25min

108 20min

110 15min

112 10min

114 8min

115 7min

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5. MONITORAMENTO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO RUÍDO

5.1. Quando Monitorar:

As atividades e/ou setores que apresentam potencial de gerar níveis de

pressão sonora acima de 80 dB(A) são monitoradas quanto a exposição

ocupacional dos trabalhadores. Este monitoramento é realizado pelo Sesmt da

empresa quando houver ou pessoas designadas por esta e registrado nos

Levantamentos de Exposição Ocupacional - LEO's.

5.2. Metodologia empregada:

O monitoramento de ruído pode ser realizado de três formas distintas, que

são definidas pelo grupo de Segurança do Trabalho de acordo com o objetivo

do monitoramento.

Em geral, o mapeamento de níveis de pressão sonora é a primeira etapa de

uma avaliação completa de ruído, sendo utilizado para quantificar os valores

encontrados em uma determinada área. Com o resultado do mapeamento é

possível determinar a necessidade de adoção de medidas de controle, bem

como identificar as principais fontes de ruído do local avaliado.

Para a realização do mapeamento de níveis de pressão sonora é utilizado

um medidor de níveis de pressão sonora, tipo 2 (de acordo com a Norma IEC

651), operando na escala "A" e no circuito de resposta lenta (Slow).

As avaliações de exposição ocupacional ao ruído são repetidas quando

ocorrem modificações no processo produtivo ou em equipamentos ou ainda em

mecanismos de controle de ruído que possam resultar em alterações nos

níveis de pressão sonora no ambiente de trabalho.

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6. AÇÕES PARA A REDUÇÃO DO RUÍDO

6.1.Medidas de controle de caráter de engenharia:

Estas medidas visam minimizar a emissão de ruído na fonte geradora ou evitar sua

disseminação no ambiente de trabalho. Como exemplo de métodos de controle de engenharia

mais utilizados podem ser citados:

• Manutenção preventiva de equipamentos (Ex. lubrificação e troca de

peças desgastadas);

• Utilização de silenciadores em "vents” de descarga atmosférica;

• Isolamento de tubulações ruidosas com material absorvente

acústico;

• Construção de barreiras em torno de equipamentos ruidosos;

• Utilização de bases anti-vibracionais em compressores;

• Automação de processos;

• Controle remoto de máquinas e equipamentos.

6.2.Medidas de controle de caráter administrativo:

Estas medidas visam reduzir o tempo de exposição dos trabalhadores, e

conseqüentemente, reduzir a dose de ruído recebida durante a jornada de

trabalho. As mais utilizadas são:

• Diminuição do tempo de exposição durante a jornada de trabalho;

• Revezamento de trabalhadores entre ambientes, postos, funções ou

atividades;

• Aumento do número e do tempo de duração das pausas durante a

jornada de trabalho.

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6. 3 Medidas de Proteção Individual (EPI's)

Existem medidas eficazes para o controle do ruído e o Equipamento de

Proteção Individual (EPI) é o mais utilizado na prevenção da Perda Auditiva

Induzida por Ruído (PAIR), sendo que, uma vez instalada, a perda auditiva é

irreversível.

Na utilização do EPI, deve-se considerar, segundo a NR 9, as normas legais

e administrativas que envolvem a seleção adequada, conforto, uso,

higienização, manutenção, orientação e avaliação dessas medidas adotadas

sobre os EPI, garantindo-se as condições de proteção originalmente

estabelecidas pelos fabricantes.

A seleção dos protetores auditivos pode ser realizada com base nos

elementos da proteção efetiva, porém, deve ficar explícita a metodologia

utilizada pela empresa. É muito importante considerar os fatores relativos às

características pessoais do trabalhador e das atividades por ele realizadas.

Independentemente do tipo e modelo, existem mais de (1000), e os

protetores auriculares devem ser escolhidos de acordo com a atenuação de

ruído necessária, o conforto ao usuário, ambiente de trabalho e custo. Porém, o

melhor protetor auricular será aquele que o trabalhador melhor se adaptar.

6.3.1.Utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI's):

O uso de protetores auriculares é indicado como medida de controle em um

dos seguintes casos:

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• Por intervalos restritos à execução de determinadas tarefas durante

a jornada de trabalho;

• Medidas de engenharia para redução dos níveis de pressão sonora

estão sendo adotadas;

• Como medida complementar às medidas de controle de

engenharia e/ou administrativas adotadas;

• Quando for tecnicamente comprovada à impossibilidade de

execução de medidas de controle de engenharia e/ou administrativas;

Em qualquer dos casos citados a utilização de EPI's para controle de ruído

deve atender todos as medidas de proteção.

6.3.2. Escolha do protetor auricular:

O procedimento deve contemplar as considerações para a escolha do

melhor protetor auditivo, como por exemplo, a dose de exposição ao agente e

determinação da atenuação mínima desejável, tipo de ambiente onde será

utilizado o protetor, outros contaminantes presentes, necessidade de

compatibilidade com uso de outros EPI’s, conforto proporcionado ao usuário,

vedação no canal auditivo, tipo de trabalho executado, entre outros.

Uma vez que existem muitos tipos diferentes de protetores, que podem ser

utilizados em diversos ambientes de trabalho é desejável que se escolha o

protetor auditivo mais adequado para cada caso.

Para uma seleção objetiva observamos os seguintes requisitos:

• Identificação do risco;

• Efeitos do ruído a saúde;

• Tipos de protetor auditivo;

• O tempo de exposição ao ruído;

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• Atenuação mínima do protetor;

• Conforto e coaptação do protetor;

• Vedação adequada do canal auditivo;

• Como usar o protetor auditivo;

6.3.3. Tipo de protetor auricular:

Basicamente existem dois tipos de proteção auditiva individual: os protetores

de inserção, também conhecidos como tipo de inserção plugue e os

abafadores tipo concha.

Cada protetor tem como função e mobilidade diferente uns dos outros,

sendo importante a perfeita adaptação para cada orelha, que de forma

geométrica e anatomicamente é de configuração diferenciada para cada

indivíduo.

Tipo Plugue - Protetores Auditivos de Inserção Pré – Moldados

São aqueles cujo formato é definido, por exemplo, três flanges ou protetores

não roletáveis. Podem ser de diferentes materiais: borracha, silicone, PVC. As

vantagens dos protetores auditivos pré-moldados são: diversos modelos,

compatíveis com outros equipamentos, como capacetes, óculos, respiradores,

reutilizáveis ou descartáveis, pequenos e facilmente transportados e

guardados, relativamente confortáveis em ambiente quente, não restringem

movimentos em áreas muito pequenas, podem ser utilizados por pessoas com

cabelos longos, barba e cicatrizes, seminterferência na vedação.

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Protetores Auditivos de Inserção Moldáveis conforme fig.01 e fig. 02.

São divididos em três tipos:

1. Pré-Moldados (borracha, silicone, plástico, etc.);

2. Auto moldável (espuma plástica, algodão parafinado, fibra de vidro);

3. Moldável (tipo borracha de silicone), moldado individualmente no meato

acústico externo do trabalhador.

Em relação a vida útil dos protetores auditivos, segundo BRANDOLT, 2001,

o protetor tipo pugle de inserção pode ser de até 6 meses, após esse período

sua atenuação pode sofrer diferença de até 03db.

Vantagens

• Fáceis de carregar;

• Não tóxico;

• Pré-moldados, em vários tamanhos;

• Superfície lisa, sem reentrâncias;

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• De fácil encaixe dentro do conduto;

• Custo inicial de implantação é baixo,

• Permitido a limpeza com água e sabão neutro;

• Permitem o uso de óculos e de qualquer outro EPI (capacete, protetor

facial, máscara de solda etc.);

• Seu uso não é afetado pela temperatura ambiente

Desvantagens

• Vida útil seja curta;

• Fáceis de perder e esquecer;

• Por não ser vistos, dificultam a fiscalização do uso;

• Dependendo do tipo, exige disponibilidade de vários tamanhos

conforme o meato auditivo externo;

• Difíceis de manipular com luvas ou com mãos sujas;

• Podem causar lesão no conduto auditivo;

• Falta de higienização;

Protetores Auditivos Tipo Concha- Abafadores

Formado por um arco plástico ligado a duas conchas plásticas revestidas

internamente por espuma, que ficam sobre as orelhas. Possuem as almofadas

externas para ajuste confortável da concha ao rosto do usuário, ao redor da orelha.

Podem ser do tipo “acopláveis ao capacete”, não apresentando, neste caso, a

haste de interligação das conchas. As vantagens em relação ao uso dos protetores

tipo concha são: único tamanho - serve para todos os tamanhos de cabeça,

utilização simples / colocação rápida, pode ser utilizado mesmo por pessoas com

infecções mínimas no canal auditivo, atenuação uniforme nas duas conchas,

partes substituíveis, possuem várias peças de reposição, higiênicos – podem ser

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utilizados em canais auditivos doentes, desde que permitido pelo médico

responsável. A vida útil de desse tipo de protetor é de até 1ano, referido ao

cuidado, com a mesma variação de diferença de 03 dB23.

Protetores tipo concha.

Os protetores tipo concha sendo estes formados por duas conchas

atenuadoras de ruído, colocadas em torno dos ouvidos e interligadas através

de um arco tensor ou acoplados ao capacete.

1. Devem possuir bordas revestidas de material macio para permitir um

bom ajuste na região do ouvido.

2. A haste pode ficar posicionada sobre a cabeça, ou atrás da cabeça ou

sob o queixo.

3. Possuem atenuação média de 20 a 40 dB, concentrada nas frequências

médio-altas.

Esse tipo de protetor é inadequado para exposição contínua, onde o

pressionamento da área circum auditiva apresenta grande desconforto, sendo

provável a não utilização do protetor durante toda a jornada.

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Vantagens

• Eliminam ajustes complexos de colocação, podendo ser colocados em

qualquer pessoa;

• Pelo seu tamanho, podem ser visualizados à distância, permitindo tomar

providências para realizar a comunicação oral;

• Pelo mesmo motivo, torna-se fácil a fiscalização do seu uso correto;

• Podem ser ajustados, mesmo utilizando-se luvas;

• São confortáveis em ambientes frios;

• No caso do uso de capacete ou protetor facial, devem ser acoplados

pelo fabricante;

• Custo inicial de implantação é maior do que os intra-articulares, mas sua

vida útil é longa e há peças de reposição;

• Fácil remoção, caso o usuário circule em áreas com frequentes

variações do nível de pressão sonora;

• Recomendados para áreas não-limpas.

Desvantagens

• Incomodo com o uso de óculos e com máscaras de soldador;

• Acarretam problemas de espaço em locais pequenos ou confinados;

• Muito desconfortáveis em ambientes quentes;

• Pelo peso do protetor também geram desconforto;

• Muitos trabalhadores não querem usar devido queixar-se de zumbido.

Contra indicações ao uso de protetores auditivos

Os contras indicações não são em grandes números, mais exigem uma

avaliação médica criteriosa. Devido a presença de fatores clínicos são eles:

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• Malformação do meato acústico externo, tendo ou não a presença do

pavilhão auricular.

• As otites, são as inflamações internas da orelha, que, de fato impedem o

uso do protetor inta-auricular;

• A presença de existência de otorréia, secreção, e excesso de cerume no

conduto.

• Entre outros impedimentos referidos pelo indivíduo que pode ser um

indicativo de queixa como: presença de zumbido, sessão de orelha

tapada, prurido e outras afecções.

Protetores Auditivos Tipo Capa de Canal

Protetor tipo capa de canal.

São formados por uma haste plástica de alta resistência à deformação e

rompimento, utilizadas abaixo do queixo ou atrás da cabeça, com plugues de

espuma substituíveis em suas extremidades. Acomodam-se na entrada do canal

auditivo, possuem formato definido, não entrando em contato com o canal auditivo

do usuário. As vantagens dos protetores tipo capa de canal são: boa durabilidade

dos plugues, plugues descartáveis, podem ser utilizados com a haste atrás da

cabeça ou debaixo do queixo, podem ser usados com capacetes, óculos e outros

equipamentos sem que reduza a atenuação e mantendo a eficiência da vedação.

Possuem haste que pode ser regulada para não incomodar o usuário, ainda

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oferecendo certa pressão dos plugues, mantendo a atenuação. Excelente opção

para usos intermitentes.

7. SELEÇÃO DE PROTETORES AUDITIVOS

A seleção dos protetores auditivos pode ser realizada com base nos

elementos da proteção efetiva, porém, deve ficar explícita a metodologia

utilizada pela empresa. É muito importante considerar os fatores relativos às

características pessoais do trabalhador e das atividades por ele realizadas.

Para uma seleção objetiva observamos os seguintes requisitos:

• Identificação do risco;

• Efeitos do ruído a saúde;

• Tipos de protetor auditivo;

• O tempo de exposição ao ruído;

• Atenuação mínima do protetor;

• Conforto e coaptação do protetor;

• Vedação adequada do canal auditivo;

• Como usar o protetor auditivo;

A consideração mais crítica na seleção e uso de protetores auditivos é a

habilidade em ajustar os protetores, a fim de proporcionarem uma vedação ao

ruído de uma maneira confortável e que a vedação possa ser consistentemente

mantida durante todas as exposições ao ruído.

Outras considerações importantes incluem: capacidade de redução de

ruídos do protetor auditivo (atenuação), a exposição diária ao ruído (uso diário),

variações no nível de ruído (dose), preferências do usuário (conforto),

necessidades de comunicação, perda auditiva (se houver), compatibilidade

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com outros equipamentos de segurança, habilidades físicas, clima e outras

condições de trabalho e requerimentos de troca, cuidado e uso.

Como selecionar um bom protetor auditivos

Portanto, a seleção do protetor auricular segue alguns requisitos por ser a solução

mais simples e eficiente de atenuar do som e permitir a proteção do trabalhador contra os

altos níveis de ruído e a perda auditiva.

A maior importância para determinar a aceitação do trabalhador no uso do

protetor com consistência são:

• Acreditar que o protetor previne a perda auditiva permanente;

• Estar de acordo que o protetor deva ser colocado corretamente;

• Usar o protetor com consciência;

• Saber sobre o desconforto do protetor, mas acreditar nos benefícios de

usá-lo;

• Perceber a redução de ruído fornecida pelo protetor;

• Estar com prática de colocar e retirar o protetor com maneira fácil;

• Usar o protetor junto com outros equipamentos de EPI;

• Cuidar, guardar limpo, trocar se necessário o PA.

É de responsabilidade das áreas de Segurança e Saúde/Médica a escolha pela

proteção apropriada, em termos de atenuação mínima necessária, após a avaliação das

exposições dos trabalhadores (dose de exposição). Porém, deverão ser consideradas as

opiniões finais dos usuários em relação a alguns pontos muito importantes, que

aumentarão as chances do uso correto e eficácia da proteção.

Para que o protetor seja utilizado adequadamente, vários aspectos deverão ser

observados, dependendo das condições de trabalho em cada área e do tipo de ruído

existente.

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Elementos da proteção efetiva

Existe uma diferença entre os termos Eficiência dos protetores e sua

Eficácia. A Eficiência de atenuação está relacionada à capacidade que os

protetores têm de amenizar os ruídos externos, ou seja, poder de redução ou

nível de redução do ruído. Esta medida de eficiência é realizada em laboratório,

através de uma metodologia de ensaio conforme sugerido em uma norma.

Atualmente, no Brasil, são seguidos os critérios da ANSI S12.6/1997 – método

B, cujo resultado é denominado NRRsf (nível de redução de ruído – “subject

fit”), cujo resultado está explícito no certificado de aprovação (C.A.), emitido

pelo Ministério do Trabalho.

No entanto, a Eficácia do protetor depende de alguns fatores, que são os

elementos da proteção efetiva. Na realização dos ensaios, pelo método

subjetivo, de atenuação de ruídos de protetores auditivos busca-se avaliar a

eficiência com relação ao tempo de uso dos protetores auditivos tipo concha e

do tipo plugue.

Conforme tabela abaixo:

TABELA DE EPI E LINKS CA NRR-SF

Protetor Auditivo, confeccionado em silicone grau farmacêutico, de alta durabilidade, consta de 3 ABAS curvas, tamanho Universal, disponível também nos tamanhos pequenos e grandes. Fornecido com cordão de Polipropileno ou Silicone. http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/Pesquisa/CA_DET.asp?vNRCAProc

11882 16

Protetor Auditivo, confeccionado em silicone, tamanho único, com cordão de algodão, plástico ou silicone. http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/Pesquisa/CA_DET.asp?vNRCAProc

5745 17

Protetor auditivo, confeccionado em silicone grau farmacêutico, de alta

durabilidade, 3 flanges retas, tamanho P, M E G. Fornecido com cordão de

Polipropileno.

http://www.mte.gov.br/Temas/SegSau/Pesquisa/CA_DET.asp?vNRCAProc

2271 16

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Portanto, a seleção do protetor auditivo precisa ser realizada a partir de

um trabalho individual, no qual sejam considerados todos os elementos da

proteção efetiva, além das características pessoais do usuário (formato da

cabeça e rosto, tamanho do conduto auditivo, tipo de atividade, compatibilidade

com outros E.P.I.’s), e conforto proporcionado ao usuário pelo protetor,

lembrando que o aspecto conforto é extremamente subjetivo, ou seja, o

protetor não deve incomodar quem o utiliza. “O melhor desempenho dos

protetores auditivos somente será alcançado com esforços direcionados para a

correta seleção, colocação, vedação, entrega do EPI e substituição por novos.

Pessoas capacitadas e interessadas devem ser selecionadas para

conduzir esta fase do PCA, proporcionando-as conhecimentos suficientes para

realizarem um bom trabalho”. Realizar seleção, juntamente com os

trabalhadores, do protetor mais adequado e treiná-los no uso correto e

cuidados com os protetores é muito mais complicado que distribuir óculos de

segurança.

Os protetores auditivos somente protegerão os trabalhadores se for

absolutamente reforçada a necessidade do uso apropriado como uma condição

mandatória. Para o PCA ser efetivo, é preciso dar a mesma prioridade no uso

dos protetores auditivos como no uso de qualquer outro equipamento de

segurança.

Colocação e Uso Corretos

Em conseqüência do pouco conforto, pela falta de treinamento e

motivação ao uso, os protetores auditivos muitas vezes são impropriamente

inseridos (plugues) ou ajustados (tipo concha); e finalmente, a partir de

algumas horas de utilização, eles ficam fora deposição - devido ao suor,

movimentos da cabeça e/ou da boca (para falar, mascar ou bocejar). Por isso é

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necessário que sejam retirados e recolocados, fora da área de riscos, após

algumas horas de uso, ajustando-o novamente. O hábito de utilizar tipo concha

com a haste atrás da nuca (com as conchas viradas na horizontal), junto com

outros E.P.I.’s, pode fazer com que o ajuste não fique adequado e haja

vazamentos.

Mesmo quando bem utilizadas, existe a deterioração dos protetores: os

plugues podem alterar-se com o calor e suor; os protetores tipo concha podem

se danificar ou a haste que une as conchas pode perder a pressão contra a

cabeça. Ou mesmo as espumas externas ficarem ressecadas e prejudicarem o

conforto e a vedação.

Indivíduos podem modificar os protetores para obter melhor conforto.

Estas técnicas incluem a dilatação da haste nos do tipo concha para reduzir a

tensão, cortes nos plugues para utilizá-los em menor tamanho, modificação ou

furos nos protetores de espuma para um melhor conforto. Por estas razões, um

bom programa de treinamento é essencial e os usuários de protetores

precisam estar convencidos de que os protetores somente oferecerão proteção

adequada se a colocação, uso e manutenção também forem adequadas.

Instruções para Colocação

Antes de utilizar o produto, conforme exigência na NR. 6 da C.L.T., o

usuário deve ser informado pelo empregador sobre a obrigatoriedade do uso e

devidamente treinado para a correta utilização do mesmo.

Protetor Tipo Inserção Moldável

1. Com as mãos limpas, rolete o protetor deslizando-o entre o seu polegar e os

dois primeiros dedos, até que o protetor seja reduzido ao menor diâmetro

possível e mantenha-o neste formato.

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2. Passe a outra mão ao redor da cabeça e puxe o topo de sua orelha para abrir o

canal auditivo.

3. Mantendo o canal auditivo aberto, leve a mão, que ainda está pressionando o

protetor, em direção à orelha e insira o protetor no canal auditivo, o mais

profundamente possível.

4. Mantenha a ponta do seu dedo pressionando a extremidade do protetor para

dentro do canal auditivo por 10 segundos, para que o protetor se expanda e

vede o canal auditivo.

Protetor Tipo Inserção Pré-Moldado

1. Segure firmemente a haste do protetor auditivo por trás do maior flange.

2. Passe a outra mão por cima da cabeça e puxe o topo da relha para abrir o

canal auditivo.

3. Insira completamente o protetor no canal auditivo, deixando a haste de fora,

para permitir sua remoção.

Protetor Tipo Concha

1. Para ajustar a pressão aplicada à cabeça movimente o cursor lateral do

braço da haste para cima e para baixo, até que se obtenha um ajuste

confortável

2. Retire com as mãos o máximo possível o excesso de cabelo que possa

interferir no bom contato entre as almofadas dos protetores e a sua

cabeça. Certifique-se de que a vedação entre as almofadas pretas

externas da concha e a cabeça não tenha interferência de objetos, tais

como hastes de óculos, brincos, a fim de se obter o melhor

desempenho.

3. Com a haste do protetor sobre a cabeça, posicione as conchas de

maneira a cobrir completamente as orelhas.

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4. As conchas podem ser deslizadas na haste, para cima ou para baixo,

mantendo a haste sobre a cabeça, para que se obtenha um ajuste firme

e confortável.

Tipo Concha Acoplado ao Capacete

1. Deslize a concha até a extremidade da ranhura da haste, para facilitar sua

inserção no capacete.

2. Gire a parte que se encaixa ao capacete, alinhando-a a haste.

3. Pressione com o dedo a lâmina metálica para abrir a haste.

4. Introduza a parte que se encaixa ao capacete na fenda lateral do mesmo.

5. Para colocar as conchas em posição de descanso, coloque o dedo

indicador sobre a lâmina metálica e pressione-a para dentro e, ao mesmo

tempo, levante a concha.

Protetor Tipo Capa de Canal

1. Segure a haste do protetor próximo ao plugue e puxe-a para fora

2. Direcione os plugues para a entrada do canal auditivo, movendo-os

lentamente para cima e para baixo, até conseguir uma boa vedação.

3. Após encontrar a posição correta, pressione-os contra a orelha, para

uma boa vedação.

4. Os plugues não devem ser inseridos no canal auditivo

5. As hastes podem ser utilizadas ou abaixo do queixo ou atrás da cabeça, na

nuca.

Quando utilizar o protetor auricular:

Utiliza-se obrigatoriamente protetores auriculares sempre que o nível de

pressão sonora no ambiente de trabalho ultrapassa 85 dB(A). Para realização

de tarefas, mesmo não-rotineiras, onde o nível de pressão sonora ultrapasse

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100 dB(A), é adotado o uso de protetores concha e plug combinados. O uso de

protetores auriculares combinados é obrigatório também para todos os

empregados portadores de alterações audiométricas.

Treinamento:

Os funcionários que utilizam protetores auriculares fazem parte do

Programa de Conservação Auditiva e, consequentemente, devem estar

treinados quanto aos procedimentos corretos de uso, guarda, higienização e

selagem dos protetores auriculares. Já descritos acima.

Entrega e substituição de protetores auriculares:

A entrega e a substituição dos protetores auriculares são feitas mediante

registro em ficha funcional individual contra recibo, que permanece em poder

da chefia imediata do funcionário que recebeu o EPI.

Os protetores auriculares são substituídos sempre que apresentam

sinais de desgaste devido ao uso. Os protetores tipo plugue, modelo

descartável, são trocados a cada jornada de trabalho.

Higienização dos protetores auriculares:

Todo protetor auricular não descartável utilizado deve ser higienizado

após o uso. A higienização é realizada em água corrente utilizando-se sabão

neutro. Assim como guarda-los de forma que os protetores sejam devidamente

guardados em local seco, evitando ambientes com poeira e incidência direta de

luz solar. Normalmente, são utilizados armários individuais de guarda de EPI's.

Visitantes e prestadores de serviço

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Para entrar em áreas com nível de pressão sonora acima de 80 dB(A),

os visitantes e prestadores de serviço devem seguir os mesmos procedimentos

adotados por funcionários.

Sinalização:

Todas as áreas que apresentam nível de pressão sonora acima de 80dB(A) devem ser

sinalizadas quanto a necessidade do uso de proteção auditiva.

8. Causas de Mudanças Audiométricas.

Abaixo está uma lista dos principais fatores que tem sido considerado

como influenciador nas questões de medição audiométricas. Nem todos esses

fatores são motivo de preocupação no programa de conservação auditiva. A

lista é apresentada para ilustrar o potencial de complexidade e chamando a

atenção contra a tirar conclusões apressadas, na ausência de informações

completas.

Variáveis Físicas.

• Colocação dos fones de ouvido de maneira errada.

• Ambiente da audiometria ruidosa.

• Variáveis do equipamento, tais como: precisão, tipo de fone (almofadas),

zumbido, e outros fatores.

Variáveis Fisiológicas.

• A idade e o sexo.

• Condições patológicas do órgão auditivo.

• Outros assuntos de saúde.

• Falta do descanso do ouvido antes do teste.

• Zumbidos e outros ruídos.

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Variáveis Psicológicas.

Motivação do assunto:

• Momentânea flutuação de atenção.

• Atitude com relação o ensaio.

• Personalidade atribuída.

Fatores intelectuais:

• A compreensão das instruções;

• Experiência na tomada de qualquer tipo de teste.

Resposta às condições:

• Tipo de resposta exigida do assunto, isto é, botão pressionando, elevando

dedo, resposta verbal.

Variáveis do Método.

• Teste e técnicas utilizadas.

• Intervalo de tempo entre dois ensaios.

• Instruções aos temas.

• Ordem de apresentação das frequências.

Há muitos fatores a serem considerados no estabelecimento de um

programa de exames audiométricos. Na consideração desses fatores, temos

de ter em mente a importância da validade dos testes, bem como as questões

de custo e conveniência. Em relação a cada caso, a localização deve

considerar as vantagens e/ou desvantagens de cada uma das empresas que

executa os exames audiométricos na planta, hospital ou clínica, verificando

instalações de teste aprovados, e que irá fornecer esses testes em condições

controladas a um custo razoável.

Os seguintes fatores devem ser considerados para fa zer essa determinação:

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1. Determinar a conveniência e a viabilidade de instalar a cabine audiométrica

nas instalações da fábrica.

2. A cabine de exames audiométricos deve estar em uma sala muito tranqüila.

Do ponto de vista prático, é quase impossível encontrar uma área em uma

planta industrial que pode ser usada para realizar os exames sem instalar

uma cabine a prova de som.

3. A sugestão para se certificar das condições de que os testes e serviços estão

sendo realizados, é pedir bianualmente que o médico encarregado ateste

seus trabalhos com um relatório escrito com os seguintes itens:

• Faça um relatório com a data da compra do equipamento para a

realização das audiometrias, bem como a data da última calibração.

• Nome (s) dos técnicos ou fonoaudiólogos responsáveis pelos exames,

com o grau de formação, treinamentos e formação complementar.

• Mudanças, adições ou alterações feitas na cabine audiométrica utilizada

para realização dos exames.

Os equipamentos necessários para o programa de audi ometria

Uma cabine e um audiômetro, satisfaz as necessidades básicas da

audiometria para efeitos de som, conforme padronizado pela American National

Standards Institute (ANSI).

O audiômetro irá produzir sons discretos em determinadas freqüências

designadas. Esses tons puros são gerados eletricamente por circuito oscilador.

Os sons são produzidos para o ouvido do ouvinte como melodias. A freqüência

é controlada através de um interruptor que permite a qualquer um padronizar

as freqüências a serem selecionados na vontade do operador.

A cabine deve ser acusticamente tradada e calibrada, sendo o exame

realizado em local silencioso onde não haja interferência de ruídos externos.

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9. TREINAMENTO

Todos os funcionários que executam atividades em ambientes

potencialmente ruidosos são treinados no Programa de Conservação Auditiva.

Este Treinamento é registrado em ficha funcional individual, que permanece em

poder da chefia imediata do funcionário que participou do treinamento. O

conteúdo programático do treinamento contém, no mínimo, os seguintes

tópicos:

A. Introdução (O que é ruído).

B. O aparelho auditivo (anatomia, fisiologia e doenças relacionadas ao

aparelho auditivo);

C. Os efeitos do ruído na audição

D. Fatores que influenciam os efeitos do ruído

E. Resultados das avaliações de ruído nas áreas e atividades realizadas

pelos funcionários envolvidos nos treinamentos;

F. As medidas de controle adotadas (coletivas e individuais);

G. Os tipos de protetores auriculares e razões para o seu uso;

H. Uso, selagem, higienização e guarda de protetores auriculares;

I. Controle médico.

10. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO PROGRAMA

A intenção final do PCA é eliminar ou reduzir ao máximo os efeitos dos

níveis elevados de pressão sonora do ambiente de trabalho, sobre a saúde do

trabalhador e para que se julgue se o programa está sendo eficiente, é

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necessário que seja realizada uma avaliação com periodicidade anual,

avaliação esta feita através das respostas ao Check-List que segue:

CHECK-LIST - PROGRAMA CONSERVAÇÃO AUDITIVA

Medida Preventivas Foram adotadas medidas preventivas no período ? ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, foram: ( ) Administrativas ( )De Engenharia Quais ? (Informar quando foram implantadas) 1º e 2º Semestres, foram realizadas palestras preventivas de Proteção Auditiva com Inspeção em local de trabalho para reforço junto ao funcionário e estímulo ao uso Do EPI. Realização de controle de exames médicos periódicos. ( ) 6 em 06 meses ( ) 12 em 12 meses. Levantamento de Exposição Ocupacional/Ruído Informar a data do último LEO: Foi solicitado novo levantamento? ( )Sim ( ) Não Em caso positivo, informar o motivo ( ) Alteração no processo produtivo ( ) Alteração de Lay out ( ) Alteração em equipamentos ( ) Adoção de medidas de controle de ruído

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Audiometrias Nº total de exames realizados no período: Nº por indicação: − Pré-admissional ( ) − Periódicos ( ) − Demissional ( )

Nº de exames anormais no período: Nº de exames anormais por PAIRO: Nº de CAT’s (Comunicação de Acidentes do Trabalho) por PAIRO no, período: *** As audiometrias realizadas foram conforme determina a legislação do PCA? ( ) Sim ( ) Não Os funcionários portadores de alterações audiométri cas foram encaminhados para parecer especializado em Otorrino laringologia, conforme determina o PCA? ( )Sim ( )Não Equipamentos de Proteção Individual Nº total de EPI’s tipo conc ha distribuídos no período? Nº total de EPI’s tipo plug distribuídos no período ? Treinamentos Foram realizados treinamentos sobre Proteção Auditi va, no período? ( ) Sim ( ) Não Em caso positivo, quantos e quando? Quantos funcionários foram treinados no período? No ( ) Os treinamentos foram devidamente registrados? ( ) Sim ( )Não

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11. LEVANTAMENTO DAS AUDIOMETRIAS REALIZADAS

Gráfico representa quantidades de colaboradores dentro dos padrões de

normalidade e com alterações representadas como em mínimo grau de perda

auditiva. No período do levantamento refere-se de 01/01/14 a 01/01/15.

O controle de ruído ocupacional, segundo a padronização ISO. Outro

objetivo das provas audiométricas são de verificar se o trabalhador apresenta:

Mudança Temporária de Limiar (TTS - Temporary Threshold Shift); Mudança

Permanente do Limiar (PTS - Permanent Treshold Shift).

A mudança temporária do limiar (TTS) é definida como uma diminuição

gradual da sensibilidade auditiva ocasionada por exposições contínuas a níveis

de pressão sonora elevados. Constitui-se de uma alteração temporária, que se

recupera após um período de repouso auditivo. A identificação desses fatores

tem como colaboração a identificação de ouvidos mais suscetíveis à PTS,

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contribuindo para a eficácia do programa através do controle daqueles

trabalhadores que apresentam lesão, podendo com isso minimizar e/ou

prevenir a PAIR.

Em anexo, segue audiometrias relevantes para acompanhamento do

programa de controle auditivo o PCA.

12. CRONOGRAMA DE AÇÔES E MELHORIAS Em anexo 01.

13. RELATORIO FINAL COM AUDIOMETRIAIS ALTERADAS DE COLABORADORES. Em anexo 02.

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MODELO DE FICHA DE CONTROLE DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

MODELO 01.

ORIENTAÇÃO PARA CONSERVAÇÃO AUDI TIVA INDIVIDUAL A presente orientação tem por finalidade a proteção da integridade da saúde do trabalhador em contato com área/função de exposição a níveis de pressão sonora elevados, bem como a Conscientização do mesmo sobre a importância que sejam tomadas medidas de controle individuais. Nome: Sexo: Matrícula: Função RG: Setor: Data de Adm: O empregado acima descrito, nesta data, recebe a orientação que deverá utilizar o(s) PROTETOR (ES) AUDITIVO(S): ( ) Tipo CONCHA, Marca/Modelo_______________________________________. ( ) Tipo Plugue de Inserção, Marca/Modelo________________________________ ( ) Associação dos protetores auditivos acima descritos.______________________ O empregado deverá seguir as orientações diariamente e fazer uso constante deste (s) protetor (es) auditivo (s) conforme orientações específicas de cada modelo, durante todo o tempo em que estiver exposto a ruído, colocando-o (s) sempre antes de entrar e retirando-o (s) apenas após sair de locais ruidosos. Fica o empregado ciente que de acordo com Norma Regulamentadora 6 – 7.1, aprovada pela portaria nº 3.214 do Ministério do Trabalho, é sua obrigação com relação aos EPI´s fornecidos pela empresa: 1. Usá-lo (s) apenas para finalidade que se destina, 2. Responsabilizar-se por sua guarda e proteção, 3. Comunicar à empregadora qualquer alteração que o torne impróprio para uso. Fica também estabelecido que de nenhuma maneira o empregado poderá estar em seu posto de trabalho sem o (s) protetor (es) auditivo (s) indicado (s) e que havendo qualquer queixa quanto ao seu uso, o mesmo deverá se encaminhar imediatamente para avaliação do SERVIÇO DE MEDICINA DO TRABALHO, para que seja avaliada a queixa e tomadas as devidas providências. O empregado só poderá se isentar temporariamente das orientações que deve seguir ou do uso do EPI indicado acima, caso haja “Prescrição Clínico-Ocupacional” do SERVIÇO DE MEDICINA DO TRABALHO que o justifique. Neste caso, o empregado deverá notificar seu líder direto e ao técnico de segurança de trabalho responsável, devendo portar em seu setor de trabalho a prescrição que o abone, durante o período previsto para trabalho sem o (s) protetor (es) auditivo (s). _________________________ _____________________________ Empregado Médico do Trabalho / Fonoaudiólogo. Manaus, _____, ________________ de 2015

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Ficha de recebimento e Controle de Equipamentos de Proteção

Individual (E.P.I.)

MODELO 02. NOME DO FUNCIONÁRIO

ALFA

FUNÇÃO SEÇÃO UNIDADE DECLARO TER RECEBIDO O (S) MATERIAL (IS) RELACIONADO (S), PARA USO EXCLUSIVO NO DESEMPENHO DAS TAREFAS QUE ME FOREM ATRIBUÍDAS. DECLARO, ESTAR CIENTE DAS NORMAS DE UTILIZAÇÃO, LIMPEZA, CONSERVAÇÃO, GUARDA E REEMBOLSO, POR EXTRAVIO OU MAU USO DESSE (S) MATERIAL (IS).

ASSINATURA DO FUNCIONÁRIO

DATA

DATA QUANT. DESCRIÇÃO DO E.P.I. ASSINATURA

FEQ-111

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MODELO DE FICHA DE ACOMPANHAMENTO PESSOAL

AUDIOMETRIA TONAL- MODELO 03.

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RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PELO PROGRAMA DE CONTROLE AUD ITIVO (PCA)

________________________________

Romilda Alves Guerreiro

CRFa. 10141- AM

Responsável Técnica do PCA

Setor de Fonoaudiologia

_________________________________

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE A UDITIVO

(PCA)

MANAUS JANEIRO 2015

Dr. José Virgílio C. de Castro

Médico do Trabalho CRM 604 – AM

ANEXO AUDIOMETRIAS

PCA - PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO AUDIT IVA

JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Programado Realizado

2016

Anexo - Cronograma de Melhorias

PCA- ALFATEC INDUSTRIA E COMERCIO LTDA. CNPJ 34.582.973/0001-06

Data: 26/01/2015

ALFATEC INDÚSTRIA E COMERCIO LTDA.

Obs: - Cabe a empresa informar as possíveis datas de implantação das melhorias sugeridas neste Cronog rama de Ação e melhorias, e promover melhorias cont ínuas em seu processo, com objetivo: De preservação da saúde e integridade dos trabalhadores (NR 09 ítem 9.1.1)

ITENS

2- Realizar medidas que previnam a liberação ou disseminação do agente físico RUÌDO no ambiente de trabalho, tal como: Enclausuramentos de

máquinas em equipamentos de grande porte.

2015

CRONOGRAMA DE MELHORIAS

___________________________________________

1- Gestão de Controle coletivo: Audiometrias: Admissionais, Períodicos, Retorno ao trabalho, Demissionais.

3- Gestão de Equipamentos de Proteção: Disponibilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPIs, adequados aos riscos( sugestões de protetores

auditivos estarão em anexo a este PCA), assim como realizar inspeção diária, conforme NR 06. Apesentação de palestra pelo fonaoudiologo.

5- Renovação do PCA. Realizar avaliação anual do Programa de Conservação Auditivo .

JAN

Responsável pela empresa ______________________________________________ Responsável

4- Gestão de conhecimento: Treinamento dos trabalhadores sobre medidas de controle coletiva e uso de EPIs, para prevenção de Perdas Auditivas Ocupacionais. Tanto atraves de Campanhas quanto de programas de

duraçao permanente.

EscalA ____/____/___ ____/_Serviço de Assessoria em Segurança e Medicina do Serviço de Assessoria em Segurança e Medicina do Tipo ____/____/__Serviço de Assessoria

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RESPONSÁVEIS TÉCNICOS PELO PROGRAMA DE CONTROLE AUD ITIVO (PCA)

________________________________

Romilda Alves Guerreiro

CRFa. 10141- AM

Responsável Técnica do PCA

Setor de Fonoaudiologia

_________________________________

RESPONSÁVEL PELA EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE A UDITIVO

(PCA)

MANAUS JANEIRO 2015

Dr. José Virgílio C. de Castro

Médico do Trabalho CRM 604 – AM