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PROGRAMA III ETAPA 7º ANO Capítulo 6 – O mundo dos indígenas versus o “Novo Mundo” dos europeus Capítulo 7 – As Índias de Castela: A “América espanhola” Capítulo 8 – As Treze Colônias: A “América britânica”

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PROGRAMA III ETAPA 7º ANO

Capítulo 6 – O mundo dos indígenas versus o “Novo Mundo” dos europeus

Capítulo 7 – As Índias de Castela: A “América espanhola”

Capítulo 8 – As Treze Colônias: A “América britânica”

Introdução

• Os reinos europeus eram possuidores de produtos em

grande quantidade.

• Precisavam, portanto, levar mercadorias para vender em

outras regiões.

• Mas isso só foi possível graças à expansão da atividade

comercial.

• Dessas atividades comerciais, surgiram os burgos,

existentes em torno dos castelos medievais.

• O burguês, era o indivíduo negociador de riquezas (o que

habitava o burgo).

• Não eram nobres, mas tinham riquezas baseadas no

trabalho.

• Portugal e Espanha tomaram posse das terras do “Novo

Mundo” através do Tratado de Tordesilhas, assinado com o

apoio da Igreja Católica.

• Os espanhóis tomaram posse das terras que consideravam

suas e os portugueses desejavam extrair o máximo de

riquezas oferecidas pela terra, estabelecendo-se no litoral.

• Os portugueses criaram feitorias, mercados e fortalezas

nos locais de ocupação. Deslocavam de uma região a outra,

a fim de trocar produtos e de fazer o carregamento de

mercadoria e pessoas.

• O Oceano Atlântico se tornou “território” do império

português. Se os espanhóis criaram um domínio interno, os

portugueses criaram um domínio litorâneo.

As Primeiras explorações• Em 1500, o rei Dom Manuel nomeou um militar chamadoPedro Álvares Cabral para comandar uma expedição até àÍndia.

• “As embarcações de desviaram de sua rota original, mascomo se imaginava existir terras naquela região,portugueses seguem viagem”

• Em abril de 1500, chegaram ao litoral sul de onde é hoje aBahia.

• O local era habitado por muitos grupos sociais, comsemelhanças e diferenças entre eles. Como foramchamados de “índios” por Colombo, os portuguesesfizeram o mesmo.

• O primeiro produto a chamar a atenção de Cabral foi opau-brasil.

Os habitantes da terra

• Os habitantes da terra que os portugueses encontraram

tinham línguas, culturas e religiões diversas.

• Os indígenas não eram um grupo único em todo o

território, vivendo da mesma forma.

• Grupos próximos possuíam características semelhantes, mas

tinham diferenças.

• Provavelmente havia 1000 povos habitando o Brasil quando

os portugueses chegaram.

• Somando-se os indivíduos, havia um total de 3 milhões

aproximadamente.

• Atualmente são faladas 305 línguas indígenas no Brasil.

• Muitos povos que habitavam o Brasil hoje não existem mais.

• Entre os indígenas predominava a tradição oral. E isso é muito

importante pois por meio dela muitas informações foram

preservadas.

• Conhecemos alguns povos do Brasil pelos nomes que os

próprios portugueses davam a eles.

• Esses diferentes grupos tinham em comum as atividades de caça,

pesca, coleta de frutos e plantas e agricultura.

• Cada grupo desenvolveu uma forma diferente de organizar suas

habitações, geralmente feitas de madeira, de palha ou de

palmeiras.

• Cada família tinha seu próprio espaço, embora as atividades

fossem coletivas.

• As crianças participavam de todas as atividades, enquanto sua

educação ficava a cargo de todos os adultos do grupo.

• Atualmente, continuam existindo muitas dessas características.

Atividades

• Exercícios pág. 137

Os primeiros contatos

• Durante os primeiros anos, houve convivência pacífica entre os

indígenas e os portugueses, que chegavam à região para

explorar.

• Havia, portanto, aliança entre diferentes grupos e, também,

guerras entre eles.

• Os portugueses enviaram suas embarcações para o Brasil,

tomando posse das terras encontraram, não se importando se

os habitantes originais estavam ou não de acordo com essa

atitude.

Atividades

• Exercícios pág. 141-142

Os conflitos e as riquezas na

colônia

• No início da “invasão”, os portugueses patrulharam o litoral do

Brasil, construíram um forte em Cabo Frio e exploraram o pau-

brasil.

• Todos que extraíssem madeira sem autorização do rei eram

considerados contrabandistas.

• Além de feitorias, até 1530, havia poucos habitantes no Brasil.

• Um decreto do Papa Paulo III reconheceu que os indígenas de

todas as Américas eram verdadeiros seres humanos, mesmo que

não fossem cristãos.

• A bula papal foi redigida par tentar conter a violência dos

portugueses, que queriam escravizar os indígenas.

As Capitanias Hereditárias• Por ordem do rei, as terras brasileiras foram divididas em

Capitanias (lotes enormes que iam do litoral até a demarcação

doTratado deTordesilhas).

• Quem recebia as terras era chamado de Capitão. Este recebia

uma Carta de Doação, tornando-se donatário.

• Ele representava o rei em terras brasileiras e devia garantir a

defesa do território, organizar a vida dos colonos, fazer cumprir

a lei e cobrar impostos.

• Com isso a coroa garantiu a posse da terra.

Atividades

• Exercícios pág. 147

O Governo Geral

• A produção do açúcar não aconteceu em todas as capitanias

como os portugueses tinham planejado.

• Além de conflitos com indígenas, havia problemas para instalar

os engenhos. As moendas, onde era triturada a cana-de-açúcar,

exigiam manutenção, que eram caras.

• Havia conflitos com os colonos e com os navegadores, os

contrabandistas e os piratas estrangeiros, que continuaram a

atacar o litoral do Brasil.

• Assim, a coroa portuguesa decidiu criar outra forma de

organização, a qual pudesse das conta da defesa, da

administração, dos conflitos com os indígenas e do

funcionamento dos engenhos.

• Portugal decide então criar o Governo Geral, estabelecido na

Bahia.

• O governador-geral, chamado Tomé de Souza, seria o

representante do rei de Portugal na Colônia e deveria fazer

com que os donatários, os colonos e os indígenas se

enquadrassem nas leis.

• Foram criados cargos para auxiliar o governador:

• Povoados e vilas se desenvolveram e para organizar esse

crescimento, o governador-geral determinou a criação das

câmaras municipais.

• Nas câmaras os vereadores se reuniam para garantir as

determinações do governador-geral.

Capitão-mor

Organizar soldados para a defesa

Ouvidor-mor

Organizar a justiça

Provedor-mor

Organizar a economia e controlar as finanças

A Igreja na Colônia• Além das questões econômicas, a Coroa portuguesa

preocupava-se com as questões religiosas.

• Para garantir o catolicismo no Brasil, enviou expedições de

grupos religiosos.

• O governador-geral criou um bispado e trouxe padre jesuítas da

Europa.Missões foram criadas, assim como colégios de jesuítas.

• Os jesuítas desenvolveram um trabalho missionário buscando

levar o catolicismo até partes mais distantes do mundo.

• Os jesuítas dedicaram-se à educação de crianças, pois

entendiam que, além de crescer catequizados e educados, era

por meio das crianças que eles conseguiriam chegar aos adultos,

pais e mães indígenas.

Atividades

• Exercícios pág. 149

Estrangeiros na costa• Nós já estudamos um assunto importante na Europa: a Reforma

Protestante e a Contrarreforma.

• Disputas religiosas ocorreram na França, levando muitas pessoas

a saírem de lá. Além disso, os franceses não aceitavam a divisão

do “Novo Mundo” entre Portugal e Espanha.

• Em 1555 os franceses invadem o Rio de Janeiro e criam a

França Antártica. A maioria era composta por calvinistas

perseguidos na França.

• Entre 1560 e 1567, os índios Termiminó combateram os

franceses e os índiosTamoio.

• Após serem expulsos, os franceses tentaram se estabelecer no

norte do Brasil e chegaram a criar um forte, que deram o nome

de São Luís. Os portugueses expulsaram os franceses

definitivamente em 1615.

Estrangeiros na costa

A União Ibérica

• Foi a união entre os reinos de Portugal e Espanha. Entre 1580 e

1640 os dois reinos tiveram um único rei.

• Nesse momento, outro grupo se aproveita para tentar invadir o

Brasil: os holandeses.

• Mas isso tem um motivo: a Holanda era colônia da Espanha que

conseguiu se tornar independente. Para se vingar dos

holandeses, o rei Felipe II proibiu o comércio de Portugal com a

Holanda.

• Em 1624, os holandeses decidiram entrar no Brasil, na região da

Bahia (foram expulsos no ano seguinte).

• Em 1630 tomaram Pernambuco e lá ficaram até 1654!

Estrangeiros na costa

A invasão holandesa e Maurício de Nassau

• Entre 1630 e 1634, empreenderam a conquista da capitania, tendo de

enfrentar a resistência portuguesa.

• A desorganização da lavoura canavieira, a destruição dos engenhos na

luta pelo controle da região e a fuga de escravos acabou dando a

vitória aos holandeses e a rendição local.

• Os holandeses fundaram uma colônia administrada por João Maurício

de Nassau, que estabeleceu um período de paz na região.

• A Companhia das Índias liberou crédito para os proprietários

reconstruírem seus engenhos e comprarem escravos.

• Além disso, Nassau urbanizou o Recife, sede do governo holandês no

Brasil, e implantou uma política de tolerância religiosa, que permitia a

liberdade de culto a católicos e judeus, uma vez que os holandeses

eram protestantes.

• E expulsão dos holandeses ocorre em 1654, alguns anos depois do

retorno de Maurício de Nassau à Europa.

Atividades

• Conhecimento em Ação (pág. 152)

Estrangeiros na costa

Os dois brasis

• As autoridades portuguesas na Colônia e a Coroa portuguesa continuavam

imaginando formas mais eficientes para governar a colônia, para garantir

que aqui se produzissem mais riquezas.

• A solução encontrada foi a

divisão do Brasil-colônia em

duas partes, com Salvador

sendo a capital do norte e o Rio

de janeiro a capital do sul.

• Em 1621 houve uma nova

divisão. A criação do estado do

Maranhão, com a capital em São

Luis e o Estado do Brasil, com a

capital em Salvador.

• Tudo isso era uma forma de buscar maior controle sobre a colônia.

O açúcar: história, trabalho e sociedade

• O açúcar era um produto muito valorizado e quem dominava a produção e

seu comércio tinha bastante lucro.

• A origem da planta é asiática, quando os árabes iniciaram sua expansão e

criaram meios para extrair o açúcar.

• Em razão das boas condições climáticas e características de solo no

nordeste do Brasil, os engenhos começaram a ser construídos no Brasil

colonial.

O engenho• O engenho era as propriedades rurais onde se transformava a cana em

açúcar, em melado, em rapadura, em aguardente e derivados.

• No engenho havia a casa-grande, moradia do senhor e a senzala, moradia

dos escravos.

Ilustração esquemática de um engenho:

1. Casa Grande2. Senzala3. Casa de engenho (moenda)4. Capela5. Casas de empregados livres6. Canavial7. Curral8. Reserva florestal9. Roças de subsistências10. Rio

• Nos engenhos, a cana era espremida em espécies de moinho chamados

moendas.

• Página 155 (etapas de fabricação do açúcar)

• Do engenho, os pães de açúcar seguiam para as cidades e para os portos,

onde eram embarcados para Lisboa e depois vendidos para toda a Europa.

Atividade

Pág. 156

O trabalho no sistema colonial

• As atividades no engenho e em seus arredores eram variadas.

• O senhor de engenho era um proprietário rico, dono de um engenho

movido à água, uma tecnologia rara para a época.

• Quem não produzia cana, dedicava-se ao plantio de feijão, de mandioca e de

outros produtos necessários à alimentação.

• Os jesuítas assumiram os aldeamentos, que eram os agrupamentos de

indígenas, muitas vezes de grupos diferentes, onde aprendiam diferentes

ofícios e trabalhavam, além da catequização.

• Já estudamos no capítulo 5 que os portugueses se estabeleceram na África

em busca de comércio.

• A solução para a mão de obra nos canaviais do Brasil parecia simples. Assim,

formou-se um lucrativo comércio entre Europa, África e América.

• Vender escravos se tornou uma atividade tão lucrativa para os europeus

quanto produzir açúcar ou explorar minas de prata.

• Havia quem não concordava com a escravidão indígena, por considerá-los

“puros”, mas ao mesmo tempo não via problema em escravidar os

africanos.

• Os africanos vinham provinham de dois grupos. Um era formado por

pessoas vindas da região central da África (Congo,Angola e Moçambique)

• Outro grupo constituía-se de africanos da chamada Costa do Ouro (atual

Benin)

• Alguns povos africanos faziam escravos a partir de guerras. Além disso,

negociavam esses escravos com os portugueses, em troca de objetos.

• Quando os engenhos começaram a funcionar, alguns produtos foram

incluídos no comércio de escravos, como a aguardente e o tabaco, que era

plantado na Bahia.

Europa

Brasil África

Escravos

Aguardente e Tabaco

Matérias primasManufaturas

Manufaturas

Matérias primas

• O conjunto das relações comerciais entre as colônias e as metrópoles

formava o sistema colonial.

• Os africanos eram vistos como uma mercadoria muito lucrativa, e seus

comerciantes não poupavam esforços e nem violência para manter a

situação e garantir lucros muito grandes.

• O tráfico de seres humanos representou ganhos para vários reinos na

Europa.

• Havia intermediários trabalhando em portos, em mercados, nas feitorias, e

ainda cuidados de detalhes burocráticos.

• Na África, indivíduos de diferentes povos foram aprisionados e obrigados e

caminhar por dias, até chegar aos portos, onde eram embarcados.

• No Brasil, os africanos eram agrupados em mercados de escravos, nos quais

os compradores adquiriam “lotes”, dependendo das atividades onde os

escravos seriam utilizados.

• A maior parte seria destinada ao trabalho nos engenhos e nas minas, mas

também aos trabalhos domésticos e urbanos.

Atividades

• Exercícios pág. 163 e pág. 164-165

O cotidiano colonial• As atividades no engenho e em seus arredores eram variadas. O senhor era

um proprietário rico.

• Muitos proprietários não possuíam moendas e utilizavam as instalações de

maior engenho da região.

• Quem não produzia cana, cultivava feijão, mandioca e outros produtos.

• Os jesuítas assumiram os aldeamentos (agrupamentos indígenas) e

ensinavam várias tarefas para os nativos.

• De acordo com a Igreja, nenhum cristão poderia ser escravo. Assim os

jesuítas protegiam os indígenas – o que atrapalhava os colonos.

• As pessoas não concordavam com a escravidão dos nativos mas não viam

problema em escravizar os africanos.

• As condições de transporte eram as piores possíveis. Muitos morriam nas

viagens.

• O comércio de escravos foi muito lucrativo para os colonos e para os

traficantes.

O cotidiano colonial

• A senzala era o espaço onde viviam os africanos escravizados (já vimos essa

imagem em um engenho).

• Nas vilas os escravos podiam trabalhar e muitas vezes tinham condições de

comprar a sua alforria.

• As punições públicas eram frequentes, muitas vezes realizadas pelos

feitores.

• As pessoas acreditavam que as punições serviam como exemplo para os

outros cativos.

• A fuga dos escravos era constante. Após fugir se organizavam nos

quilombos. Os quilombos representaram uma importante forma de

resistência ao trabalho escravo.

• O mais famoso dos quilombos brasileiros foi o de Palmares. O seu líder foi

ZUMBI.

• Além de ter sido um dos maiores, Palmares foi também o que mais tempo

durou: quase um século. Só caiu em 1694 quando Domingos Jorge Velho, um

bandeirante invadiu a região.Quilombo dos Palmares https://www.youtube.com/watch?v=zHFfLuUD8Dw

Outras atividades econômicas• Primeira forma de exploração comercial: PAU-BRASIL.

• A cana-de-açúcar foi em seguida a forma de exploração do território. Foi a

mais rentável.

• Outras formas:

• Roças de milho e feijão

• Criação de gado

• Plantações de mandioca

• As exportações eram controladas por Portugal (Pacto Colonial)