PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

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DIREÇÃO ARTÍSTICA LUÍSA TAVEIRA

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O LAGO DOS CISNES ◆ CNB 14 FEV - 03 MAR 2013 ◆ Teatro Camões Coreografia Fernando Duarte segundo Marius Petipa e Lev Ivanov ◆ Música Piotr Ilitch Tchaikovski ◆ Libreto original Vladimir Begitchev, Vasili Geltzer ◆ Filme Edgar Pêra ◆ Figurinos José António Tenente ◆ Desenho de luz Nuno Meira Interpretação musical Orquestra Metropolitana de Lisboa sob a direção de Cesário Costa Mais informações: http://www.cnb.pt/gca/?id=1057

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DIREÇÃO ARTÍSTICALUÍSA TAVEIRA

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O LAGODOS CISNES

Coreografia Fernando Duarte segundo Marius Petipa e Lev Ivanov

Música Piotr Ilitch Tchaikovski

Libreto original Vladimir Begitchev, Vasili

Filme Edgar Pêra

Figurinos José António Tenente

Desenho de luz Nuno Meira

Ensaiadores Cristina Maciel, Adeline Charpentier,

Rui Alexandre, Carlos Pinillos, Barbora Hruskova e Fátima Brito

ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA

Direção musical Cesário Costa

TEATRO CAMÕES14 FEVEREIRO - 03 MARÇO 2013

FEVEREIRO dias 14, 15, 16, 22, 23 e 28 às 21h; dias 17 e 24 às 16h

MARÇO dias 01 e 02 às 21h; dia 03 às 16h

ESCOLAS dia 21 fevereiro às 15h

NOVA PRODUÇÃO CNB

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A FUNDAÇÃO EDP

É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO

E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL

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1º ATONos jardins do palácio

O Príncipe Siegfried festeja a sua chegada à maiori-

dade. A Rainha, sua mãe, oferece-lhe uma besta de

presente de aniversário e avisa-o que, no próximo

baile, deve escolher uma noiva, facto que deixa Sie-

gfried apreensivo e melancólico.

2º ATOÀ beira de um lago

Para alegrar o Príncipe, os seus amigos desafiam-no

para uma caçada, durante a qual são surpreendidos

por um bando de cisnes. Odete, a rainha dos cisnes,

implora ao Príncipe Siegfried que não atire sobre as

suas companheiras, explicando-lhe que são mulhe-

res enfeitiçadas pelo Barão Von Rothbart, um mago

perverso e poderoso. Siegfried apaixona-se por Odete

e promete amá-la para sempre, único antídoto capaz

de quebrar eternamente o feitiço de Rothbart.

INTERVALO

3º ATONo salão de baile

Os convidados chegam para o baile. A Rainha apre-

senta a Siegfried uma princesa russa, sua futura

noiva, mas o Príncipe está de tal forma apaixonado

por Odete que recusa dar-lhe atenção. Entretanto

Von Rothbart desejando vingar-se da promessa de

amor feita a Odete pelo príncipe, faz chegar ao bai-

le a sua filha Odile, transformada em cisne negro.

As parecenças de Odile com Odete são tais, que

Siegfried acredita tratar-se mesmo da sua amada

e não hesita em declarar publicamente o seu amor

por ela. O Príncipe percebe o erro que cometeu,

quando Odile se revela na despedida do baile.

4º ATOÀ beira do lago

Desesperado, Siegfried vai à procura de Odete.

A sua infidelidade faz com que o feitiço de Von

Rothbart só possa agora ser quebrado através do

sacrifício de ambos, restando-lhe afogar-se com

Odete nas águas revoltas do lago. Von Rothbart,

em fúria com esta prova de amor, assiste à sua pró-

pria derrota e à perda do seu bem mais desejado:

o poder.

O LAGODOS CISNES

Versão integral estreada no Teatro Marinski, São Petersburgo, 15 de janeiro de 1895

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Fernando Duarte, natural de Lisboa, realizou os seus

estudos na Academia de Dança Contemporânea

de Setúbal sob orientação de Maria Bessa e Antó-

nio Rodrigues. Foi bailarino estagiário na CeDeCe

– Companhia de Dança Contemporânea. Integra o

elenco da CNB desde 1996, sendo promovido a Baila-

rino Principal em 2003. Interpretou vasto repertório

clássico, nomeadamente Giselle, O Lago dos Cisnes,

A Bela Adormecida, Cinderela, O Quebra-Nozes, Romeu

e Julieta, A Dama das Camélias, La Sylphide, Coppélia,

Raymonda, Onegin, Les Sylphides, assim como as obras

de Balanchine Apollo, Serenade, Who Cares?, Os 4 Tempe-

ramentos, Sinfonia em Dó e Sinfonia em Três Movimentos.

Dançou ainda coreografias de Van Manen, Duato,

Lightfoot/Léon, Wheeldon, O’Day, Forsythe, Keers-

maeker, Fielding, Lopes Graça, Roriz e Wellenkamp,

entre outros. De 2005 a 2007 fez parte do elenco do

Ballet Nacional da Noruega. Foi professor de Técnica,

Variações e Repertório de Dança Clássica na Acade-

mia de Dança Contemporânea de Setúbal entre 2008

e 2010. Paralelamente à carreira de bailarino apresen-

tou-se como coreógrafo nos Estúdios Coreográficos

da CNB em 1999, 2001 e 2003. Para a CeDeCe criou:

Fantasia em (len)sol maior (2002), O Corvo e a Raposa

(2009) e Pão de Brites (2010). Para a V Gala Interna-

cional de Bailado de Lisboa da CNB criou, em 2010,

Cimbalo Obbligato sobre música do compositor do séc.

XVIII, Carlos Seixas. Em coautoria com Solange Melo

apresentou Cinderela em bicos de pés – A Gata Borralheira

contada e dançada para as crianças (2008), um espetá-

culo único em Portugal na apresentação de bailado

clássico ao público mais jovem assim como Dó, Ré,

Mi, Perlimpimpim – Uma viagem musical para bebés dos

3 meses aos 3 anos (2011) sobre música inédita de Mário

Franco. Atualmente acumula funções de professor e

ensaiador na CNB. /

FERNANDO DUARTECOREOGRAFIA

Edgar Pêra nasce em Lisboa, em 1960. Após frequen-

tar quatro anos do curso de psicologia, ingressa na

Escola do Conservatório Nacional, em 1981, termi-

nando o curso na área de montagem, em 1984. Reali-

za videoclips, escreve banda-desenhada e ficções

para rádio, até que em 1990 vê a sua curta-metragem

Reproduta Interdita estrear no Fantasporto. A primeira

fase da caudalosa obra de Edgar Pêra, mais de uma

centena de trabalhos para cinema, tv, net, espetácu-

los, galerias, eventos, encontra o seu expoente em

A Janela (Maryalva Mix), com participações nos festi-

vais de Locarno, Suíça, de Montreal, Canadá e Ljubl-

jana, Eslovénia, no ano de 2001. Desde A Cidade de

Cassiano (Grand Prix Films D’architecture 1991), que

retrata temas como o trabalho, o tempo, a liberdade,

a realidade e a alienação. Nos anos 2000, a monta-

gem sono-plástica associa-se às emoções, quer no

documentário especulativo Movimentos Perpétuos

– Prémio Público Melhor Filme e Fotografia IndieLis-

boa 2006, quer na ficção. Não abdica de uma refle-

xão sobre a realidade do seu país. A sua mais recente

produção, O Barão, foi apresentada em inúmeros

festivais como Roterdão, Basel, Wraclaw, Busan,

São Paulo, Luanda ou Roménia. Foi galardoado em

2006, em Paris, com o Prémio Pasolini pela carreira,

conjuntamente com Alejandro Jodorowsky, Agnes B.

e Fernando Arrabal. /

EDGAR PÊRAFILME

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UM CINE-CENÁRIO EM SINTONIACOM UM UNIVERSO DE

ESPANTO E MARAVILHAMENTOEDGAR PÊRA

Quando a Luísa Taveira me convidou para colaborar com a Companhia Nacional de Bailado neste Cine-Lago dos

Cisnes, não fazia ideia de que me iria lançar em águas tão “germinativas”. Para já porque se tratou duma primeira

vez, e em todas as primeiras vezes há o prazer e a paixão da descoberta. Apesar de ter filmado e/ou trabalhado com

muitos dos excelentes coreógrafos que temos em Portugal, nunca tinha criado um filme para um repertório clássico.

De início julgava que iria ilustrar a história desse bailado, mas acabei por fazer algo de mais puro e radical. Pude

explorar, pesquisar e criar as imagens (em colaboração com o diretor de fotografia Luís Branquinho) sem o espar-

tilho da narrativa. O filme que acompanha o bailado O Lago dos Cisnes é cinema visual que retoma a tradição do

cinema das atrações e da música ao vivo. No entanto, ao contrário dos filmes mudos do cinema primitivo, a ação

salta do ecrã para o palco e é a música que dita o destino das imagens.

É sabido que cada nota tem uma cor correspondente, mas não se procurou mimar a obra de Tchaikovski. Esta-

beleceu-se uma relação dúplice entre a sua música e os movimentos no palco. Por um lado o filme é pintura em

movimento. As imagens têm o papel de acompanhar a música, como se se tratasse dum instrumento comple-

mentar da orquestra: contrabaixos de luzes, notas suspensas dum teclado de cores e formas. É um contraponto

visual para a música e um cenário cinético para os bailarinos: dois movimentos tangentes, que nunca se tocam.

Por outro lado, nalguns momentos, o cinema é o solista, e faz uma tradução visual sinóptica, cromática, rítmica e

dramática, da música de Tchaikovski.

Este filme foi para mim uma oportunidade extraordinária e um encontro harmonioso: um cine-cenário em sinto-

nia com um universo de espanto e maravilhamento. Cinema espectral.

Um Filme de Edgar Pêra

Diretor de Fotografia Luís Branquinho; Produção Bando À Parte; Produtor Rodrigo Areias;

Diretor de Produção Edmundo Rivotti; Guarda-Roupa José António Tenente; Maquilhadora Sano de Perpessac;

Ator Christian Schwarm

Iluminação Tó-Zé; Operador de Grua Miguel Silva; Maquinista Carlos Melo; Assistente Produção Miguel Pereira;

Assistente Montagem Cláudio Vasques; Assistente Imagem Ernesto Preto; Assistente Realização Orlando Rodrigues;

Tratador de Cisnes Fernando Mourinho; Material Cinemate

Agradecimentos Cinemate; Palácio Nacional da Ajuda; Isabel Silveira Godinho; Teresa Pinhal;

IGESPAR – Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico; Convento de Cristo; Ana Carvalho Dias;

Câmara Municipal de Tomar; Mata Nacional dos Sete Montes; Sónia Bastos;

ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas; EMAC – Empresa Municipal de Ambiente de Cascais;

Palácio Nacional de Queluz/ Parques de Sintra-Monte da Lua, S.A. Susana Pina; Lorena Lamin (Lagoa Azul)

Page 7: PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

Após ter iniciado a sua formação superior em Ar-

quitetura, José António Tenente envereda pela

moda, revelando em 1986 a sua primeira coleção.

Atualmente o universo da marca estende-se a vári-

os projetos: ‘TENENTE escrita’, ‘TENENTE eyewear’,

‘Amor Perfeito’ perfume e perfumaria de casa. Em

2009 viu editado um livro sobre o seu trabalho JAT

– Traços de União. Em 2010 comissariou a exposição

Assinado por Tenente no MUDE, Museu do Design

e da Moda, em Lisboa. Ao longo da sua carreira re-

cebeu vários prémios de Criador de Moda e outras

distinções como a Medalha de Mérito Cultural da

Câmara Municipal de Cascais e a Comenda da Or-

dem do Infante D.Henrique. A conceção de figuri-

nos tem ocupado um lugar importante no seu per-

curso tendo trabalhado com diversos encenadores

e coreógrafos: Beatriz Batarda, Carlos Avillez, Carlos

Pimenta, Lúcia Sigalho, Maria Emília Correia, Ben-

vindo Fonseca, Clara Andermatt, Paulo Ribeiro, Rui

Horta, entre outros. Para a Companhia Nacional de

Bailado assinou os figurinos de Intacto de Rui Lopes

Graça e Du Don de Soi de Paulo Ribeiro. /

JOSÉ ANTÓNIO TENENTEFIGURINOS

Bacharel em Engenharia de Eletrónica e Telecomuni-

cações, frequentou a Escola Superior de Música e Ar-

tes do Espetáculo no curso de Produção Luz e Som.

Tem trabalhado com diversos criadores das áreas do

teatro e da dança, com particular destaque para Ana

Luísa Guimarães, António Lago, Beatriz Batarda,

Cristina Carvalhal, Diogo Infante, Fernanda Lapa,

João Cardoso, João Pedro Vaz, Manuel Sardinha,

Marco Martins, Nuno Carinhas, Nuno M. Cardoso,

Paulo Ribeiro e Ricardo Pais. Foi sócio-fundador do

Teatro Só, e é também colaborador regular da ASSé-

DIO (desde 1998). Foi distinguido, em 2004, com o

Prémio Revelação Ribeiro da Fonte. /

NUNO MEIRADESENHO DE LUZ

Page 8: PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

Carlos Pinillos nasceu em Madrid. Adquiriu a sua

formação em dança com Susana Arnal e na Escue-

la de Danza de Victor Ullate. Iniciou a sua carreira

profissional no Ballet Victor Ullate em 1995, sendo

promovido a bailarino principal em 2000. Em 1998

obteve o primeiro prémio no Concurso Internacional

de Dança de Viena. Foi bailarino convidado pelo

Ballet de la Arena de Verona em 2001. Nesse mesmo

ano ingressa na Companhia Nacional de Bailado,

como bailarino principal. Entre o repertório inter-

pretado destaca obras de Victor Ullate, José Pares,

George Balanchine, Hans van Manen, Nils Christie,

John Cranko, Olga Roriz, Mauro Bigonzetti, Nacho

Duato, Jiři Kylián, Heinz Spoerli ou Uwe Scholz. No

reportório clássico, destaca-se o seu desempenho

nos papéis principais e a solo em Giselle, D. Quixote,

Romeu e Julieta, A Dama das Camélias, O Lago dos

Cisnes, Sonho de uma Noite de Verão, O Quebra-Nozes e

A Bela Adormecida, entre outros. Com regularidade,

desde de 2008, tem sido bailarino convidado da

Ópera Estatal de Praga. Anne Kisselgoff, no jornal

The New York Times, caracterizou Carlos como “...

uma mistura interessante de pura técnica e forte

contacto com o público”. /

CARLOS PINILLOSBAILARINO PRINCIPAL – CNB

Filipa de Castro nasce em Lisboa e forma-se na

Escola de Dança do Conservatório Nacional. Em

1996, ingressa na CNB, então dirigida por Jorge

Salavisa. De imediato começa a dançar papéis de

responsabilidade e aos 21 anos interpreta o seu

primeiro papel principal, Swanilda em Coppélia.

Durante esta fase, tem a oportunidade de abordar

estilos diversos como Forsythe ou Balanchine. É,

porém, com The Lisbon Piece, a criação de Anne

Teresa De Keersmaeker para a CNB, que Filipa

compreende a necessidade de iniciar uma nova fase

fora de Portugal. Em 2001 ingressa no Ballet Real

da Flandres. Nicolo Fonte inclui-a na sua primeira

criação para esta companhia, Like You. É promovida

a demi- -soliste, interpreta pela primeira vez Julieta

e decide voltar à CNB, à data dirigida por Mehemet

Balkan, com a categoria de solista. Spöerli, Cranko,

Kylian, Van Manen, Bigonzetti e Roriz, são alguns

dos coreógrafos que encontra no seu regresso. A

partir daí interpreta os papéis principais dos ballets

clássicos do repertório da CNB, como Kitri, Giselle,

Odette/Odile, Fada do Açúcar, Julieta ou Aurora. Em

2005 recebe, das mãos da Associação dos Amigos

da CNB, o prémio de Bailarina Revelação desse ano.

Em 2006 participa em Stars of American Ballet,

dirigida por Angel Corella e em 2008 é promovida a

bailarina principal. Em 2010 é convidada pela Ópera

de Limoges para interpretar O Quebra-Nozes. Atual-

mente, com Carlos Pinillos, representa a CNB nos

mais prestigiados eventos de dança, como os Fes-

tivais Internacionais de Ballet de Miami e de Riga, a

Gala das Estrelas de Montreal, a Gala da Competição

Mundial de Ballet da Roménia, Festival Internacio-

nal de Ballet de Riga ou Festival Internacional de

Música de Maputo. /

FILIPA DE CASTROBAILARINA PRINCIPAL – CNB

Page 9: PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

Steven McRae nasceu em Sydney, na Australia.

Adquiriu a sua formação em dança com Hilary

Kaplan e na Escola do Royal Ballet de Londres. Foi

distinguido com o RAD Solo Seal Award e Adeline

Genée Gold Medal, em 2002, e o Prix de Lausanne,

em 2003. Ingressou na companhia do Royal Ballet

em 2004 e ascendeu a bailarino principal em 2009.

O reportório que interpretou com esta companhia

inclui o Príncipe Siegfried em O Lago dos Cisnes,

Lensky em Onegin, Romeu em Romeu e Julieta,

James em La Sylphide, Des Grieux em Manon, Príncipe

Florimundo em A Bela Adormecida, Colas em La Fille

mal gardée, o Príncipe em O Quebra-Nozes e Cinderela,

Blue Boy em Les Patineurs e O Eleito em A Sagração

da Primavera. Steven McRae foi motivo inspirador

de coreógrafos como Brandstrup, Bruce, Kobborg,

McGregor, Marriott, Scarlett, Watkins e Wheeldon.

Em 2007 foi nomeado para o Olivier Award. Ainda

nesse ano, recebeu o prémio Emerging Male Artist

(Clássico) pelo Critics’ Circle Dance Awards e em

2012 foi considerado o Melhor Bailarino Marculino.

Atualmente cursa uma licenciatura em Gestão e

Liderança. /

STEVEN McRAEBAILARINO CONVIDADO

Yurina Miura nasceu em Tokyo, no Japão. Iniciou a

sua formação com Tomoko Hatano e na Escola de

Ballet Asami Maki. Graduou-se, em 2003, nos cursos

profissionais do London Studio Center e trabalhou

na Companhia de Peter Schaufuss, no Ballet de Zuri-

que e no Ballet de Victor Ullate. Ingressou no elenco

da Companhia Nacional de Bailado em 2009, sendo

promovida a solista em 2011. Do seu repertório

destaca as interpretações em O Lago dos Cisnes, Don

Quixote, O Quebra-Nozes, Kazimir’s Colors, Coppélia,

Serenade, Giselle, Les Noces, La Sylphide, Romeu e Julieta

e de Aurora em A Bela Adormecida. /

YURINA MIURABAILARINA SOLISTA – CNB

Page 10: PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

Solange Melo, natural de Lisboa, iniciou e comple-

tou os seus estudos na Escola de Dança do Conser-

vatório Nacional sob orientação do professor Geor-

ges Garcia. Ingressou no elenco artístico da CNB em

1998, sendo promovida a Bailarina Solista em 2003

e, em setembro de 2012, a Bailarina Principal. Inter-

pretou várias obras do repertório clássico, desig-

nadamente A Bela Adormecida (Princesa Aurora),

O Quebra-Nozes (Fada do Açúcar), Romeu e Julieta

(Julieta), A Dama das Camélias (Flora), La Sylphide

(Effie), Onegin (Olga), Les Sylphides, O Lago dos

Cisnes, Giselle, Cinderela, Raymonda e Coppélia, assim

como as criações de Balanchine Apollo, Serenade,

Who Cares?, Os 4 Temperamentos, Sinfonia em Dó e

Sinfonia em Três Movimentos. Do seu repertório con-

temporâneo fazem também parte coreografias de

Hans Van Manen, Nacho Duato, Paul Lightfoot/Sol

Léon, Christopher Wheeldon, Kevin O’Day, Mauro

Bigonzetti, David Fielding, Rui Lopes Graça e Vasco

Wellenkamp, entre muitos outros. De 2005 a 2007

integrou o elenco do Ballet Nacional da Noruega

onde alargou a sua experiência e foi distinguida com

várias referências na imprensa local. Paralelamen-

te à carreira de bailarina já desenhou os figurinos

dos bailados coreografados por Fernando Duarte:

Fantasia em (len)sol maior (2002), Pão de Brites (2010)

e Cimbalo Obbligato (2010). Apresentou, também

em coautoria com Fernando Duarte e em estreia

absoluta, Cinderela em bicos de pés – A Gata Borralheira

contada e dançada para as crianças (2008), um espetá-

culo único em Portugal na apresentação de bailado

clássico ao público mais jovem assim como Dó, Ré,

Mi, Perlimpimpim – Uma viagem musical para bebés

dos 3 meses aos 3 anos (2011) sobre música inédita de

Mário Franco. /

SOLANGE MELOBAILARINA PRINCIPAL – CNB

Denis Veginy nasceu em Syktivkar, na Rússia, onde

adquiriu a sua formação em dança na Escola de

Perm. Em 1999 obteve o 3º lugar no concurso Prix de

Lausanne e em 2002, o 2º lugar na Competição Inter-

nacional de Rieti, em tália. Participou igualmente no

Arabesque – Concurso Internacional de Perm e Vaga-

nova Prix – Ballet Competition de São Petersburgo.

Integrou várias companhias, nomeadamente em

São Petersburgo, e na Alemanha. Desde 2008 inte-

gra a companhia Semperoper Ballett, atualmente

com a categoria de Primeiro Solista. Do reportório

clássico que dançou, salientam-se os personagens

Franz e o dueto War and Discord em Coppélia, de

George Balanchine; Príncipe Florimundo, Pássaro

Azul e Jewels em A Bela Adormecida, segundo Marius

Petipa; Príncipe e Günther em O Quebra-Nozes, de

John Neumeier; James em La Sylphide, de August

Bournonville; Benno, Pas-de-sept e Pas-de-trois em

O Lago dos Cisnes, segundo Marius Petipa e Lev

Ivanov; Ídolo de Bronze em La Bayadère, segundo

Marius Petipa; Pas-de-deux e Amigo em Giselle, de

Jean Perrot e Jean Coralli; A Fera Amansada, de John

Cranko; Escravo Ali em O Corsário, de Piotr Gusev.

Do reportório contemporâneo salienta-se a sua par-

ticipação em Black Cake, de Hans van Manen, Alles

Walzer, de Renato Zanella, Bach, de Robert North,

A Mesa Verde, de Kurt Joss, The Second Detail e The

Vertiginous Thrill of Exactitude, de William Forsythe,

Tema e Variações de George Balanchine, entre outros.

Denis Veginy foi bailarino convidado na Austrália,

Japão, Nova Zelândia, Inglaterra, Holanda e Itália. /

DENIS VEGINYBAILARINO CONVIDADO

Page 11: PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

Depois de completar com nota máxima o Mestrado

em Direção de Orquestra (Würzburg, Alemanha),

venceu o Concurso Internacional Fundação Oriente

para Jovens Chefes de Orquestra 1977 e foi bolseiro do

Festival de Bayreuth nesse mesmo ano. A sua inten-

sa atividade, tanto nacional como internacional, já

o levou a dirigir a Royal Philharmonic de Londres,

Orquestra Sinfónica de Nuremberga, Orquestra Sin-

fónica Portuguesa, Orquestra Gulbenkian, Orques-

tra Sinfónica do Porto Casa da Música, Orquestra

Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Algarve,

Remix Orquestra, Ensemble für Neue Musik, Arhus

Sinfonietta, Orquestra Filarmónica da Macedónia,

Orquestra Filarmónica de Roma, Filarmonia Sude-

cka, Orquestra de Extremadura, Orquestra Sinfónica

de Liepaja, Orquestra de Câmara da Rádio Romena,

entre muitas outras formações portuguesas e

estrangeiras. Trabalhou com solistas e encenadores

de renome em repertório do barroco ao contempo-

râneo, incluindo neste percurso a estreia de mais de

80 obras. Paralelamente à atividade de diretor musi-

cal, assumiu lugares de docente em várias escolas

e foi professor da Universidade Católica. É Principal

Maestro Convidado da Orquestra do Algarve. Desde

dezembro de 2008, é Presidente da Metropolitana

(Associação Música - Educação e Cultura) e Diretor

Artístico da Orquestra Metropolitana de Lisboa. /

CESÁRIO COSTADIREÇÃO MUSICAL

A Orquestra Metropolitana de Lisboa (OML) estreou-se

a 10 de junho de 1992. Desde então, assegura extensa

atividade que compreende os repertórios barroco, clás-

sico e sinfónico – integrando neste último caso os jo-

vens intérpretes da Orquestra Académica Metropolita-

na. Distingue-se igualmente pela versatilidade que lhe

permite abordar géneros como a Música de Câmara,

o Jazz, o Fado, a Ópera ou a Música Contemporânea,

proporcionando a criação de novos públicos e a afirma-

ção do caráter único da Metropolitana. A entidade, que

tutela a orquestra, tem como característica inovadora

o relacionamento das práticas artística e pedagógica,

pela convivência quotidiana de músicos profissionais

com alunos das suas escolas – a Academia Superior

de Orquestra, o Conservatório e a Escola Profissional

Metropolitana. Esta dinâmica faz parte da identidade

da OML, a que se junta a ativa participação cívica e a

apresentação em eventos públicos relevantes. Cabe-

lhe, ainda, a responsabilidade de assegurar programa-

ção junto de autarquias da região centro e sul, além de

promover a descentralização cultural pelo país. Tendo

como fundadores a Câmara Municipal de Lisboa, a Se-

cretaria de Estado da Cultura, o Ministério da Educação

e Ciência, o Ministério da Solidariedade e da Segurança

Social, a Secretaria de Estado do Turismo e a Secretaria

de Estado do Desporto e Juventude, a Metropolitana é

constituída também por um conjunto de Mecenas, Pa-

trocinadores, Promotores Regionais e Parceiros que se

unem neste projeto. Desde o início, a OML é referência

incontornável do panorama orquestral nacional. Fez

digressões pela Europa, Índia, Coreia do Sul, Macau, Tai-

lândia, Cabo-Verde e China. Tocou com os mais reputa-

dos maestros nacionais e internacionais, colaborando

com conhecidos solistas. Gravou onze CD, um dos quais

disco de platina, para diferentes editoras. /

ORQUESTRAMETROPOLITANA DE LISBOA

Page 12: PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

Em setembro de 1875, Tchaikovski escreveu ao seu

amigo Rimski-Korsakov: “A pedido da Direção do

Bolschoi, já escrevi dois atos de um bailado. Aceitei o

trabalho porque preciso do dinheiro mas, também,

porque há muito queria tentar escrever este tipo de

música”. Sabemos por Modest, seu irmão mais novo

e biógrafo, que Tchaikovski abordou prudentemen-

te o projeto antes mesmo de escrever o primeiro

compasso de O Lago dos Cisnes (Op.20). Consultou

obras já escritas para este género musical que, à

época, era domínio de compositores de terceira

linha, tais como Pugni, Minkus e, sobretudo, Drigo,

a quem voltaremos mais tarde. De todas as obras, a

que mais o fascinou foi Giselle, (Adam, 1844), sobre-

tudo pela forma como o compositor parisiense lidou

com o emprego dos leitmotivs, técnica componística

que Tchaikovski adotaria para o Lago e, posterior-

mente, também com grande efeito musico-dramáti-

co, para A Bela Adormecida. Para a composição do seu

primeiro bailado, reutilizou material anteriormente

escrito, como por exemplo, da sua ópera Voyevoda,

que resultou no famoso Grand Adage do segundo

ato. Julius Reisinger, um checo que na altura assu-

mia funções de diretor do Ballet Bolschoi, assinou a

coreografia.

A noite de estreia, a 4 de Março de 1877, foi um desastre,

ou, como escreveu Verdi após a estreia da sua La Traviata

em Veneza, (1853), un fiasco, un solemme fiasco. Os baila-

rinos consideraram a música indansable e o público

achou-a demasiado barulhenta, wagneriana até!

O clamoroso insucesso de O Lago dos Cisnes ensom-

brou ainda mais a existência do compositor. De modo

a silenciar ‘certos’ rumores, casou-se, impromptu,

com Antonina Miliukova, aluna do Conservatório

de Moscovo. Previsivelmente, o casamento durou

só seis semanas, e o compositor voltou a afundar-

-se na nostalgia depressiva que o acompanharia até

à morte. Não obstante, nem tudo foram nuvens

negras. Nesse mesmo ano, conheceu a condessa von

Meck, viúva endinheirada e fervorosa admiradora da

sua música, e logo encetaram uma duradoura mas

estranha amizade epistolar. O conforto financeiro,

discretamente providenciado por von Meck, permitiu

ao compositor dedicar-se exclusivamente à sua músi-

ca até ao fim dos seus dias.

Em 1895 – dois anos após a morte de Tchaikovski – o

sucesso estrondoso de A Bela Adormecida (1890) e de

O Quebra Nozes (1982) justificou a reposição de O Lago

O LAGODOS CISNES

«Ach, mein lieber Schwan, könte ich wenigstens im Tiefwasser deiner See versenken!» «Ah, meu querido cisne, pudesse ao menos afundar-me nas águas profundas do teu lago!»

(Carta de Luís II da Baviera a Ricardo Wagner, 1866)

Page 13: PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

dos Cisnes pelo Teatro Marinski, em São Petersburgo.

Para apagar a versão de triste memória de Reisinger,

Petipa e Ivanov criaram uma nova coreografia, e Drigo,

compositor de bailado e de ópera (curiosamente a sua

primeira, estreada em Pádua em 1868, foi Dom Pedro, Re

di Portogallo), supervisionado por Modest Tchaikovski,

reviu a partitura, subtraiu-lhe quase um terço da músi-

ca original, reformulou tempos, alterou tonalidades e,

sobretudo, introduziu novas composições para outras

tantas novas variações. Ao longo das décadas, verificar-

-se-iam ainda mais alterações que tornaram a partitu-

ra original do Lago irreconhecível, um verdadeiro puzzle

de reconstrução musicológica para os mais pacientes.

Na noite de estreia, a 15 de janeiro de 1895, Pavel Gerdt

dançou Siegfried e os papéis de Odete/Odile couberam

a Pierina Legnani, cuja técnica justificou que repetisse

a proeza dos 32 fouettés (circenses e prescindíveis para

muitos amantes da dança) que Ivanov já coreografa-

ra para ela em Cinderela com música de Boris Scheel.

A partir dessa noite, a história de um cisne encantado

por um maléfico barão feiticeiro – nunca saberemos

o porquê de tal encantamento – e o amor impossível

de um príncipe sonhador, fixa para sempre O Lago dos

Cisnes como o bailado clássico quiçá mais popular, cuja

história gravita em torno de um triângulo ficcional e

fantasioso que, numa primeira leitura, se nos afigura

quase pueril. Mas, sê-lo-á?

O enredo foi escrito por Begitchev, Geltser, e pelo

próprio compositor; porém, nunca saberemos qual a

verdadeira fonte inspiradora. Basearam-se certamen-

te em lendas russas que sempre cantaram a pureza

do cisne, uma delas, O Pato Branco, conto tradicional

russo recolhido por Afanasyev, ou O Véu Roubado,

de Musaus. Não consta que as Mil e Uma Noites ou

mesmo O Companheiro de Viagem, de Andersen,

tivessem contribuído para a história do cisne, do

feiticeiro e do príncipe. Todavia, amigos próximos de

Tchaikovski sabiam do fascínio que o jovem rei Luís II

da Baviera exercia sobre o compositor. Foi precisa-

mente sobre esse fascínio que assentaram todos os

pressupostos psicanalíticos que conduziram a uma

reinterpretação contemporânea do bailado. Em

torno de Tchaikovski/Luís/Siegfried entrelaçam-se as

inevitáveis comparações, os flagrantes paralelismos,

fazendo com que o último destes personagens reflita

as consequências trágicas da dualidade e da exacer-

bação do sonho e da vertigem em que os dois primei-

ros mergulharam durante as suas vidas na busca

impossível da sua própria redenção.

Luís II nasceu no palácio de Hochschwangau (tradu-

zido literalmente ‘O Domínio do Grande Cisne’) nas

escarpas de uma montanha em cujo sopé se espraia

um lago de águas turvas. Desde criança, e após a audi-

ção de Lohengrin, o Rei Cisne, de Wagner, o pequeno

Luís adota o cisne como seu animal de eleição, como

símbolo do seu universo onírico, como seu fiel aliado

na sua fuga à realidade, na incessante busca do ideal

amoroso que nunca encontrará. Qual Siegfried, ao

atingir a maioridade, Luís é instado a casar. Perante

ele desfilam as princesas casadoiras de quase todas

as cortes europeias, e todas recusa. Prefere as longas

caminhadas pelas florestas, as travessias dos lagos,

as cavalgadas sobre a neve imaculada, a companhia

e a estúrdia com os seus cortesãos. Deposto, acusado

de insanidade mental e de esbanjamento dos cofres

do reino com a construção de palácios (que são hoje,

ironicamente, a principal fonte de receita do Estado

da Baviera, graças ao turismo) onde o cisne é a marca

matricial e inspiradora, Siegfried e Luís II partilham do

mesmo fim trágico: exaustos pela procura e deceção,

ambos morrem afogados. Siegfried engolido pelas

ondas redentoras, Luís num lago bávaro, em 1886.

E, para perpetuar mais o mito romântico, em circuns-

tâncias ainda por desvendar.

Page 14: PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

E quanto a Odete/Odile? Estará ela, ao contrário de

Siegfried, a salvo de comparações ou de interpreta-

ções psicanalíticas? Como escreveu Balanchine nas

suas memórias, “no bailado clássico, apenas Odete/

Odile não são princesas ou meras camponesas.

Ambas são um cisne, uma criatura da imaginação,

a imagem esvoaçante do sonho a concretizar”.

A teoria de Bachelard vai muito para além do conceito

do apolíneo versus dionisíaco quando defende que o

cisne é hermafrodita; é feminino na sua contempla-

ção das águas luminosas (Odete, o cisne branco) e

masculino na ação, na busca pelo instinto primário,

na conquista dos seus intentos (Odile, o cisne negro).

No filme O Cisne Negro, (Aronofsky, 2010), constata-

mos que Nina, a bailarina, é capaz de conviver e lidar

com a perfeição, com a doçura e contemplação de

Odete, (o feminino, o dionisíaco), mas incapaz de

incarnar o poder de sedução que Odile exige. Para o

conseguir interpretar/dançar, terá de transcender

barreiras, limites físicos e técnicos. Só o corte com a

castração maternal e o despertar da libído a tornará

capaz de dançar Odile (o masculino, o apolíneo).

A versão de 1895 de O Lago dos Cisnes permaneceu

praticamente inalterada até meados do século passa-

do. Se excluirmos a de Vladimir Burmeister (1953), só

Nureyev, em 1964, com a sua versão para a Ópera

de Viena, ousou instilar um novo sopro ao bailado,

fazendo uma releitura quase freudiana da história,

tornando as suas possíveis ramificações menos insí-

pidas e simplistas. Siegfried é agora a figura central,

tudo se passa na sua imaginação, e o cisne tão

somente uma visão fugitiva e inacessível que traduz

a repressão da sua sexualidade (o vídeo desta versão

pioneira, registado pela Deutsche Gramaphone com

uma sublime Fonteyn no papel de Odete/Odile, ainda

se encontra disponível). Nureyev rasga assim novos

caminhos, trilhados quase de seguida por outros

coreógrafos: John Cranko (1963), John Neumeier

(1976, com um Siegfried assumidamente na pele de

Luís da Baviera), Mats Ek (1987), Mathew Bourne

(1995, onde os cisnes são masculinos e cuja como-

vente cena final do filme Billy Elliot deu a conhecer

esta versão ao grande público) e Graeme Murphy,

(2002, inspirada no divórcio de Carlos de Inglaterra

e de Diana Spencer). Depois da estreia, em 1986, da

versão de Armando Jorge com cenários de Cruzeiro

Seixas e figurinos de Da Silva Nunes (pseudónimo de

Armando Jorge, figurinista) e, em 2006, da versão de

Mehmet Balkan/António Lagarto, a CNB apresenta-

-nos agora um terceiro e novo olhar de O Lago dos

Cisnes. Proposta por Luísa Taveira, a conceção core-

ográfica de Fernando Duarte e o filme de Edgar Pêra

– que, ineditamente, substitui a habitual cenografia

– fazem da figura poderosa mas consequentemente

frágil do barão Rothbart, o eixo central da narrativa.

José António Tenente assina os figurinos.

Precisaremos assim tanto deste abandono dos velhos

mitos e lendas, destas insistentes releituras contem-

porâneas, desta nova e ousada lógica teatral? Claro

que sim, uma vez que dela depende absolutamente a

sobrevivência do repertório clássico, cuja linguagem

técnica deixa escassa margem a reinterpretações

mais criativas, menos tradicionais. A dança clássica,

alicerçada em regras rígidas e premeditadas, faz com

que os seus intérpretes disponham apenas da panto-

mima e da técnica para encarnarem personagens

psicologicamente quase unidimensionais. Ela só

continuará a ser popular se trouxer até nós cisnes que

nos sobrevoem, abençoando-nos como o fizeram

quando Apolo nasceu, príncipes que nos alertem dos

medos e nos convoquem o sonho, barões maléficos

que nos desencantem dos nossos sortilégios. Mas,

acima de tudo, que todos eles falem de nós e que

connosco também dancem. /

Texto gentilmente cedido por Rui Esteves

Page 15: PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

* Licença sem vencimento ** Prestadores de serviço

DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira

BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral;

Peggy Konik; Solange Melo; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Fernando Duarte; Mário Franco; Tomislav Petranovic BAILARINOS

SOLISTAS Fátima Brito; Isabel Galriça; Mariana Paz; Paulina Santos; Leonor Távora; Yurina Miura; Brent Williamson; Luis d’Albergaria;

Maxim Clefos; Rui Lopes Graça BAILARINOS CORIFEUS Andreia Pinho; Annabel Barnes; Catarina Lourenço; Irina de Oliveira; Maria

João Pinto; Marta Sobreira; Seongwan Moon; Armando Maciel; Freek Damen; Miguel Ramalho; Pedro Mascarenhas; Tom Colin; Xavier

Carmo CORPO DE BAILE África Sobrino; Anabel Segura; Anna Blackwell; Carla Pereira; Catarina Grilo; Charmaine Du Mont; Elsa Madeira;

Filipa Pinhão; Florencia Siciliano; Helena Marques; Henriette Ventura; Inês Moura; Isabel Frederico; Margarida Pimenta; Maria Santos;

Marina Figueiredo; Mónica Garcia; Sílvia Santos; Susana Matos; Vera Alves; Victoria Monge; Christian Schwarm; Dominic Whitbrook;

Dukin Seo; Filipe Macedo; Frederico Gameiro; João Carlos Petrucci; José Carlos Oliveira; Kilian Souc; Mark Biocca; Nuno Fernandes;

Ricardo Limão; BAILARINOS ESTAGIÁRIOS Andréia Mota; Giorgina Hauser; Júlia Roca; Melissa Parsons; Lourenço Ferreira

MESTRES DE BAILADO Cristina Maciel (coordenadora); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO

ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola

INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE LESÕES Didier Chazeu PIANISTAS CONVIDADOS Humberto Ruaz**;

João Paulo Soares**; Viviena Tupikova** PROFESSOR CONVIDADO Vladimir Petronin**; Irena Milovan**

OPART E.P.E.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Vogal César Viana; Vogal João Villa-Lobos DIREÇÃO DE ESPETÁCULOS Diretora Margarida

Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha Fernandes (assistente); Lurdes Almeida

(assistente administrativa)* ATELIER DE COSTURA Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Cristina Fernandes;

Conceição Santos DIREÇÃO TÉCNICA Diretora Cristina Piedade; João Carlos Andrade (coordenador técnico) Sector de

Maquinaria Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório; Carlos Reis Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe de

sector); Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria*; Frederico

Godinho; Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA Diretor Henrique Andrade; Vanda França (assistente / contrarregra) Conservação

do Guarda-Roupa Carla Cruz (coordenadora) DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO Cristina de Jesus (coordenadora); Laura

Pinto (assistente) Canais Internet José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco Arantes Design João Campos** Bilheteira Luísa

Lourenço; Rita Martins; Mafalda Melo; Ana Rita Ferreira RELAÇÕES EXTERNAS Paulo Veríssimo CENTRO HISTÓRICO Fernando

Carvalho; Maria Luísa Carles; Anabela Pires DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA OPART Diretora Sónia Teixeira; António

Pinheiro; Edna Narciso; Fátima Ramos; Marco Prezado (TOC) EXPEDIENTE E ARQUIVO Susana Santos; Carlos Pires; Miguel Vilhena;

Artur Raposo (motorista) LIMPEZA E ECONOMATO Lurdes Mesquita; Maria Conceição Pereira; Maria de Lurdes Moura; Maria do

Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS HUMANOS OPART Diretora Sofia Dias; Sofia

Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO Nuno Cassiano (coordenador); Daniel Lima;

João Alegria; Manuel Carvalho; Sandra Correia GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues (coordenadora); Anabela Tavares;

Inês Amaral; Juliana Mimoso** Secretária do Conselho de Administração Regina Sutre PROCEDIMENTOS INSTITUCIONAIS Egídio

Heitor**; Raquel Maló CONSULTOR EM ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA Nuno Jorge da Silva Moura OSTEOPATA Vasco Lopes

da Silva** SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA Fisiogaspar** SERVIÇOS DE INFORMÁTICA Infocut

Page 16: PROGRAMA: O LAGO DOS CISNES

BILHETEIRAS E RESERVAS

TEATRO CAMÕES Quarta a domingo 13h às 18h (01 NOV - 30 ABR); 14h às 19h (01 MAI - 31 OUT)

Dias de espetáculo até meia-hora após o início do mesmo // Telef. 218 923 4 77

TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS Segunda a sexta 13h às 19h // Telef. 213 253 045

TICKETLINE www.ticketline.pt // Telef. 707 234 234; LOJAS ABREU, FNAC, WORTEN, EL CORTE INGLÉS, C.C. DOLCE VITA

CONTACTOS

TEATRO CAMÕES Passeio do Neptuno, Parque das Nações, 1990 - 193 Lisboa // Telef. 218 923 470

INFORMAÇÕES AO PÚBLICO

Não é permitida a entrada na plateia enquanto o espetáculo de bailado está a decorrer (dec. lei nº315/95 de 28 de Novembro);

É expressamente proibido filmar, fotografar ou gravar durante os espetáculos; É proibido fumar e comer/beber dentro da sala de

espetáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel; Os menores de 3 anos não poderão assistir ao

espetáculo nos termos do dec. lei nº116/83 de 24 de Fevereiro; O programa pode ser alterado por motivos imprevistos.

Espetáculo M/3

Apoios à divulgação:

www.cnb.pt // www.facebook.com/cnbportugal

DANCE, BAILARINADANCE!

LISBOA , TEATRO CAMÕES 26 ABRIL - 5 MAIO

PRÓXIMOS ESPETÁCULOS

ESTREIA MUNDIAL

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