Programa para futebol formação ( 6 aos 18 anos )

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  1 PASarticles  database  P r og rama pa r a o F ut ebol For ma ç ão (6 a os 18 a nos ) Nuno Teix eira & F ranci sco Trocado Depart ament o de E ducaçã o Fís ica e Desporto, IS MAI, A v. Carlos O liveira Campo s , Cas tel o da Ma ia, 4475 -690 A vios o S. P edro

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PASarticles database

 

Programa para o Futebol Formação 

(6 aos 18 anos) 

Nuno Teixeira & Francisco Trocado 

Departamento de Educação Física e Desporto, ISMAI, Av. Carlos Oliveira Campos, Castelo da Maia, 4475-690 Avioso S. Pedro 

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Teixeira, N., & Trocado, F. (2009). Programa para o Futebol Formação (6 aos 18 anos)

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Resumo

Os clubes devem planear uma

estratégia para desenvolverem o seu

futebol de formação, implementando os

seus modelos com programas

adequados que possibilitem aos seus

atletas uma melhor aprendizagem

possível do jogo, relativamente à

identidade do clube, no seu processo

cultural e no seu modelo de jogo. Nos

primeiros escalões (Pré-escolas aos

Infantis), procura-se uma maiorliberdade para os atletas,

nomeadamente nos conteúdos técnicos,

enquanto nos últimos escalões

(Iniciados a juniores), faz-se a

aproximação definitiva ao modelo de

jogo do clube, sendo que o grau de

complexidade aumenta

progressivamente. Todos os treinadores

do clube devem estar sintonizados com

o plano do clube, de forma a garantirem

a eficácia deste processo.

Palavras-chave: Futebol, Formação, Modelo

de Jogo, Modelo de jogador, Modelo de

Treinador, Identidade, Ensino de Futebol,

Programa.

Abstract

Clubs should plan a strategy to

develop their football in formation,

implementing their own models, with

adequate programs, that make possible

for their athletes the best apprentice

possible of the game, in concern with

the identity of the club in its cultural

process and in its game model, being so

that in the first quadrants (“Pré -

escolas” and “Infantis”) there is a

search for a bigger freedom for theathletes, more precisely, in the

technical contents, meanwhile, in the

lower quadrants (“Iniciados” and

“juniores"), a definite approximation of

the club game model is made, being that

the complexity increases progressively.

Every coach in the club should be in

tune with the clubs plan, so to assure

process efficiency.

Keywords: Football, Formation, Game Models,

Player Model, Coach Model, Identity, Coaching

Football, Program. 

To cite this article (APA 5 th 

Style)

Teixeira, N., & Trocado, F. (2009). Programa para o Futebol Formação (6 aos 18 anos) (Publication no.ARTICLE_TN_1). Retrieved month day, year, from PASarticles database:http://www.peopleandsports.com

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Introdução

Na natureza tudo tem uma ordem, as plantas

crescem progressivamente, tal como o ser

humano, bem como os jogadores, que têm de

ultrapassar sucessivas fases de formação até

atingirem com o tempo a maturidade. O ensino do

futebol na formação deverá ser um argumento

mais bem estudado e coordenado, de forma a

evitar lacunas/falhas nos ensinamentos que são

transmitidos aos atletas, ao longo dos anos, até à

sua passagem definitiva para o futebol

profissional do clube. Com a finalidade de seobter cada vez melhores resultados na escola de

formação do clube, seria oportuno implementar a

nível do clube uma metodologia e uma didáctica,

na qual os treinadores se poderão orientar. É

necessário um modelo para desenvolver a

capacidade de jogo de futebol dos jovens, capaz

de guiar e aconselhar os técnicos, que siga a

ordem da natureza e que o seu método global e

gradual, seja capaz de melhorar, com a sua

aplicação, os resultados na formação de

  jogadores de futebol. É necessário um modelo

para desenvolver a capacidade de jogo de futebol

dos jovens, capaz de guiar e aconselhar os

técnicos, que siga a ordem da natureza e que o

seu método global e gradual, seja capaz de

melhorar, com a sua aplicação, os resultados na

formação de jogadores de futebol.

O modelo aqui proposto, depois de uma

profunda análise do actual processo de

ensino/aprendizagem do futebol na formação,

pode ser considerado como um plano especifico

de formação para jogadores a partir dos seis anos

e está dividido em quatro níveis distintos de

formação:

1. Jogos de habilidades básicas e mini

futebol (Pré-escolas)

2. Jogos para o futebol 7 (Escolas)

3. Jogos para o futebol 9 (Infantis)4. Futebol regulamentado em função do

modelo de jogo do clube (Iniciados,

Juvenis e Juniores)

Este trabalho surge porque, como afirma Júlio

Garganta (2008), “O envolvimento dos jovens no

desporto não é recente nem é nova a

preocupação pelo entendimento dos processos

que podem faze-los evoluir.

Filosofia a implementar no clube

Os clubes deverão definir claramente aquilo

que pretendem do futebol de formação, através

da implementação de modelos próprios, com

programas adequados, que contribuam para uma

melhor aprendizagem do jogo, que sirvam de

guião para os treinadores e que contribuam parauma melhor e mais eficaz formação dos jovens

futebolistas.

Para José Mourinho (2004), a filosofia de

clube a ser implementada deverá seguir os

seguintes passos: Visão, Modelo de jogo,

Filosofia de jogo e Cultura de jogo. Para o mesmo

autor “O mais importante é o sucesso do clube”,

ou seja, sempre o clube acima de qualquerinteresse individual. A Visão é o rumo que se

pretende dar ao clube e ao futuro dos jovens

praticantes. É o desenvolvimento da filosofia

futebolística do clube, baseando-se em três

princípios fundamentais: Conseguir o maior

número de golos possíveis; Com um futebol

atractivo; Utilizando o maior numero de jogadores

do futebol formação. A filosofia a ser

implementada conduzirá ao modelo de clube

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pretendido. Este por sua vez será transmitido a

todos os treinadores e atletas através do modelo

de jogo. Para colocar em prática o modelo de

 jogo, será necessário um modelo de treino, ondeatravés de uma metodologia se rentabilizará todo

o processo, será necessário um modelo de

treinador para se formar o modelo de jogador

pretendido a médio prazo com as referências

individuais necessárias para o modelo de clube e

de jogo. Para esta filosofia ser implementada no

clube, é necessário que todos os escalões da

nossa escola de futebol formação estejam em

sintonia relativamente aos objectivos pretendidos.Para a implementação de uma filosofia no clube é

necessário que as planificações durem alguns

anos, porque o processo de formação de um

  jogador pode durar 10 a 12 anos, então, se

queremos continuidade no processo de formação,

é necessário que este tenha estabilidade e

continuidade. Um clube deve fazer do seu futebol

formação uma escola de futebol, com o seu

próprio programa, sendo uma identidade que

deve possuir:

- Estrutura própria e exclusiva dedicada ao

futebol formação;

- Programa, direcção e técnicos

especializados no futebol formação;

- Objectivos e formas de trabalho específicos

para a formação desportiva do jogador.

Partindo deste conceito, a escola de futebol do

clube converte-se num elemento imprescindível

no que deve ser uma coerente configuração

conceptual do futebol.

Com a criação da escola de futebol formação

do clube pretende-se especializar os jovens,

submetendo-os a um processo de treino, no

sentido de provocar adaptações específicas.

As razões para ter um Programa no Futebol

Formação

“O treino de jovens é sempre um processo

demorado”, como afirma Garganta (2008), então

o ensino do futebol deve ser tratado como um

programa formativo. Este programa, para ser

considerado como um programa formativo, deve

contemplar a existência de diversos elementos:

• Um objectivo final do programa;

• Etapas progressivas que se sucedem;

• Objectivos parciais que dão consistência

a cada etapa.

Para ter um programa para o futebol de

formação, é necessário ter treinadores com

muitos conhecimentos e grande experiência no

ensino do futebol, além de entusiasmo e vontade

de fazer as coisas o melhor possível. Todos os

treinadores devem estudar o programa do clube,

de forma a entender e enquadrar-se melhor com

o pretendido. Assim, os treinadores do clube

passarão a conhecer melhor os conteúdos,

métodos e objectivos a conseguir em cada uma

das etapas de desenvolvimento psicomotor dos

 jogadores.

Os conceitos de cada etapa dependem, em

grande medida, do nível alcançado na etapa

anterior. Assim, a progressão de conhecimento

dos objectivos parciais conduzirá a obtenção do

objectivo final, que é o que determina o êxito ou

fracasso de qualquer processo de ensino. O

objectivo final implica o domínio de todas as

situações inerentes ao futebol 11 de máximo

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nível, enquadrando-se no modelo de jogo

adoptado pelo clube, devendo-se dividir por

etapas, com objectivos próprios que desenvolvam

os aspectos técnicos, tácticos, físicos epsicológicos, de forma progressiva. Deve

igualmente identificar-se com a cultura do clube.

No programa devemos ter em conta a

evolução da sociedade, uma vez que as crianças

de hoje não são as mesmas de alguns anos

atrás, tendo novas motivações, o que provoca no

treinador novas exigências no ensino e no treino.

No entanto, as crianças e jovens continuam a

gostar de jogar.

Os objectivos ao serem determinados para

cada escalão (Pré-escolas, Escolas, Infantis,

Iniciados, Juvenis e Juniores):

- Proporciona ao treinador uma direcção para

estruturar e desenvolver o processo de

ensino/aprendizagem;

- Ajuda os atletas ao trabalharem numa

direcção definida, de forma a eles saberem para

onde está a ser dirigido todo o trabalho que é

desenvolvido no dia-a-dia;

- Serve para o treinador poder avaliar de forma

mais facilitada o trabalho desenvolvido pelos

atletas.

No entanto os treinadores devem preocupar-

se com alguns aspectos nomeadamente:

- Por onde deve começar o seu trabalho;

- O que pretende alcançar;

- Como deve treinar (quando, o quê e com que

meios);

- Que resultados devem ser atingidos nos

treinos e nas competições.

Conforme Wein (1995), para que o programa

seja ainda mais útil ao treinador, é necessário que

este seja estruturado de forma hierárquica com

objectivos globais de progressão, do mais simples

para o complexo, através de metas parciais e

específicas. Na determinação dos objectivos

globais e parciais de cada um dos quatro níveis,

teve-se em conta a evolução psicomotora do

  jovem, em vez de propor e realizar actividades

inacessíveis para jovens de uma determinada

etapa do desenvolvimento psicomotor, como

ocorre frequentemente nos treinos, mas também

na equivocada estruturação das competições do

futebol de formação, onde se proporciona

exercícios adaptados às suas necessidades

interesses e expectativas actuais. A semelhança

dos exercícios com as situações e problemas que

o jovem encontra na competição oficial facilitar-

lhe-á colocar na competição os conhecimentosque adquire nos treinos.

Passar de nível de formação ou de objectivo

caracteriza-se por um aumento progressivo de

dificuldade e complexidade. Com os objectivos

claramente definidos em cada categoria do

futebol formação evita-se que os jovens estejam

expostos a um processo de formação, no qual a

improvisação e a intuição são os protagonistas.Os hábitos incorrectos assumidos pelos jovens

nos primeiros anos de aprendizagem de futebol,

condicionam negativamente o desejado

progresso de rendimento a níveis superiores.

A finalidade do “Programa” para a formação do

 jogador de futebol é obter, depois de ter passado

por todas as etapas de formação, jogadores

completos e inteligentes.

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A importância de criar um Modelo

“ (…) O êxito no futebol tem mil receitas.

O treinador deve crer numa, e com ela seduzir osseus jogadores” Marisa Silva (2008). Para Miguel

Leal e Rui Quinta (2009), “um modelo (uma

referência) ajuda-nos… a melhorar a nossa

participação.” 

Uma nova tendência no futebol moderno,

indica-nos que as equipas de futebol devem

trabalhar através da “periodização táctica – do

paradigma da simplicidade ao dacomplexidade…” 

Edgar Morin, cit. por Carlos Carvalhal (2006),

entende que “o universo não se encontra

subjugado à soberania absoluta da ordem,

porque nele há jogo e dialogo entre a ordem, a

desordem e a organização” 

No entanto, Le Moigne, cit. por Carlos

Carvalhal (2006), refere que “se pretendemos

construir a inteligibilidade de um sistema

complexo, isto é, entendê-lo, devemos modelá-lo

sistemicamente”, uma vez que “a organização e a

ordem de um sistema ou de um todo, transcende

aquilo que é oferecido pelas partes

isoladamente”. 

Ainda Carlos Carvalhal (2006), a periodização

táctica permite pôr “ênfase na assimilação de

numa determinada forma de jogar,

exponenciando princípios do seu modelo de jogo

nos quatro momentos”.

Segundo José Mourinho (2006), “O mais

importante numa equipa de futebol é ter um

modelo de jogo, um conjunto de princípios que

dêem organização à equipa. Por isso, a minha

atenção é para ai dirigida desde o primeiro dia”.

Para Marisa Silva (2008), “…a finalidade do

Modelo de Jogo confere um determinado sentido

ao desenvolvimento do processo face a um

conjunto de regularidades que se pretendemobservar. Deste modo, o modelo permite

responder à questão: para onde vamos?

A pertinência desta questão parece-nos

fundamental para desenvolver um processo

direccionado para um determinado “jogar” ou

seja, para um processo intencional. A partir dele

criam-se um conjunto de referências que definem

a organização da equipa e jogadores nos vários

momentos do jogo. Deste modo o modelo orienta

o processo para um jogar concreto através dos

princípios colectivos e individuais em função do

que é pretendido. Neste sentido, trata-se de

desenvolver um jogar específico e não um jogar

qualquer.” 

Sabendo que no futebol existem quatro

momentos no jogo: ataque; defesa; transição para

ataque e transição para defesa.

O treinador deverá definir claramente,

princípios, sub-princípios e sub-sub-principios

para cada momento, e a forma como estes se

devem articular.” 

Modelo de Jogo

O modelo de jogo consiste na concepção de

 jogo idealizada pelo treinador, no que diz respeito

a um conjunto de factores necessários para a

organização dos processos ofensivos e

defensivos da equipa, tais como: os princípios, os

métodos e os sistemas de jogo bem como todo o

conjunto de comportamentos e valores que

permitam caracterizar a organização desses

processos quer em termos individuais quer,

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fundamentalmente, em termos colectivos da

referida equipa.

A componente táctica aparece como núcleo

central da preparação, estando subjugada a esta,

todas as outras componentes, técnica, física e

psicológica.

O modelo de jogo expressa-se

constantemente porque é ele que guia todo o

processo de treino. Neste sentido, acrescenta que

tem como objectivo criar e desenvolver uma dada

forma de jogar e, portanto, estabelece um

conjunto de princípios para a sua equipa.

Como foi referido anteriormente, no futebol

existem quatro momentos de jogo: Ofensivo,

transição ataque-defesa, defensivo e transição

defesa-ataque. No momento ofensivo

defendemos uma posse de bola, com os

objectivos de desorganizar a equipa adversária e

de criar situações de golo, através de bom jogo

posicional e boa qualidade de passe dos nossos

  jogadores. Nem tudo é como se pretende e

quando a nossa equipa perde a posse de bola

passamos para o momento de transição ataque-

defesa. No momento de transição ataque-defesa

pretendemos que a equipa se organize

defensivamente o mais rápido possível,

pressionando o portador da bola com o objectivo

de recuperar a bola o mais longe possível da

nossa baliza ou para retardar a transição defesa-

ataque da equipa adversária. Se a nossa equipa

não conseguir recuperar a posse de bola

passamos para o momento de jogo defensivo. No

momento de jogo defensivo pretendemos

condicionar a forma de jogar da equipa adversária

através da defesa à zona pressionante, sempre

com o objectivo de recuperar a bola o mais longe

possível da nossa baliza e evitar que o adversário

crie situações de golo. Quando a nossa equipa

recupera a posse de bola passa para o momento

de transição defesa-ataque. Neste momento de

  jogo, pretendemos aproveitar a desorganizaçãoposicional da equipa adversária, através de posse

de bola segura com o menor número de toques e

de jogadores envolvidos, para criar situações de

golo. Estes princípios de jogo foram baseados em

Mourinho (2002) cit. por Joca Mariano (2006) e

Guilherme Oliveira (Anexo I) cit. por Marisa Silva

(2008).

Estrutura Organizativa

O processo de ensino/aprendizagem do

 jogador de futebol é um caminho longo, que cada

um terá de percorrer até atingir o ultimo patamar

na equipa sénior, onde se pretende que

desenvolva o máximo das suas capacidades.

Para que tal aconteça, terá que ultrapassar os

vários níveis que existem na formação. Então,

torna-se primordial racionalizar o trajecto até aosmais elevados níveis de desempenho.

Em Portugal, os únicos locais onde se formam

  jogadores de futebol são nos clubes, que

oferecem a todos os que queiram praticar a

modalidade a possibilidade de praticá-la,

gratuitamente ou, em alguns casos, pagando uma

mensalidade. Os atletas dos clubes são

submetidos a um processo de treino ecompetição contínuos, onde são avaliados pelo

seu desempenho.

Os escalões que os atletas terão que

percorrer, se demonstrarem capacidades para

prosseguir são:

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Quadro 1 - Organização dos escalões de formação no clube

Como podemos constatar, através do seguinte

quadro, a escola de formação é um processo

longo, em que a idade mínima é aos 6 anos e a

idade máxima 18 anos, o que perfaz um total de

12 anos de escola de formação. Então, teremos

que ter muito bem delineado os conteúdos que

serão abordados ao longo destes 12 anos,

elaborando um programa para o futebol

formação, de forma a garantir que os nossos

atletas se encontrem plenamente capazes na

passagem definitiva para o futebol profissional, enão percam muito tempo para se adaptarem a

uma nova realidade.

Os Treinos

Depois de analisarmos os grandes clubes de

Portugal, constatamos que a carga horária se

assemelha ao quadro 2, embora os horários

sejam por nós adaptados.

Quadro 2 - Organização dos treinos dos escalões de formaçãonos 3 grandes clubes em Portugal

Como podemos constatar, os Pré-escolas

realizam 3 treinos, sem competição oficial, e

efectuam competição interna no treino de sábado.

Os Escolas e os Infantis realizam 3 treinos, comcompetição oficial ao fim-de-semana. Os

Iniciados, Juvenis e Juniores realizam 4 treinos.

com competição oficial ao fim-de-semana. No que

diz respeito aos horários, facilmente verificamos

que os Pré-escolas, Escolas e Infantis realizam

treinos a meio da manha ou tarde. Isto implica

que os clubes criem protocolos com algumas das

escolas do município, de forma a colocarem os

seus atletas a estudar só de manhã ou à tarde, deforma a terem a manhã ou tarde livre para

treinarem. Quanto aos Iniciados, Juvenis e

Juniores constatamos que treinam em horários

nocturnos, uma vez que são atletas com mais de

13 anos e terem mais arcaboiço para o fazer.

Recursos Humanos

Relativamente aos recursos humanos,extremamente importantes para o nosso

programa ter mais possibilidades de sucesso,

consideramos o corpo técnico, o corpo médico, os

atletas e os pais. Quanto ao corpo técnico, a

influência mais importante na carreira dos

  jogadores são os treinadores, eles são modelos

para os seus atletas que têm tendência a imitar e

a seguir os seus comportamentos. Qualquer

projecto sério sobre futebol formação deve

contemplar a especialização dos seus técnicos.

Os treinadores no futebol formação devem ser

educadores, já que trabalham com atletas jovens.

As equipas técnicas devem ser constituídas por

treinador principal, treinador adjunto, metodólogo

de treino e treinador de guarda-redes.

Quanto ao corpo médico, os clubes devem

possuir uma mala de primeiros socorros,

Escalão Idade

Juniores A (Juniores) 17-18

Juniores B (Juvenis) 15-16

Juniores C (Iniciados) 13-14

Juniores D (Infantis) 11-12

Juniores E (Escolas) 8-10

Pré-Escolas 6-7

Escalão2ª

Feira

Feira

Feira

Feira

FeiraSábado Domingo

Pré-

Escolas10h00 10h00 10h00

Escolas 10h00 10h00 10h00 Jogo

Infantis 16h00 16h00 16h00 Jogo

Iniciados 18h45 18h45 18h45 18h45 Jogo

Juvenis 18h45 18h45 18.45 18.45 Jogo

Juniores 20h00 20h00 20h00 20h00 Jogo

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responsáveis qualificados, uma vez que a

modalidade de futebol é propensa a lesões e

devem ter um posto médico para fazer face às

exigências do futebol formação.

No que diz respeito aos atletas, os treinadores

devem conhecer a fundo os atletas que dirigem,

recolhendo o máximo de dados possível para

elaborar um perfil individual do atleta e

posteriormente da equipa. Os dados podem

passar por: Número de atletas; Número de jogos;

Equipa anterior; Idade; Sexo; Altura,

comprimento, peso, envergadura; Ambiente

sócio-cultural e familiar.

Relativamente aos pais, cabe assinalar a sua

importância, atendendo às idades dos atletas com

quem estamos a trabalhar. Os pais não devem ter

para os seus filhos objectivos diferentes, do que

as crianças têm e daqueles que o treinador

planeia. Os pais devem contribuir, ser uma ajuda

para a formação futebolística do filho e nunca um

factor de desestabilização. Os pais e treinadores

devem ter uma comunicação constante, de forma

a informarem-se mutuamente como se encontra o

atleta em termos psicológicos, no seu ambiente

familiar, estado clínico, etc. Esta comunicação

deve ser efectuada através de reuniões.

Caracterização dos Escalões

Antes do início das suas tarefas ou funções, o

treinador deve procurar conhecer as

características dos jovens com quem irá

trabalhar, nomeadamente a sua personalidade,

as suas motivações, os hábitos de vida, bem

como o desenvolvimento cognitivo e físico de

cada um.

Dos Pré-escolas aos Juniores é como da

criança ao jovem adulto, através de sucessivas

transformações do ser humano, tudo é diferente,

desde os objectivos, que nos escalões deiniciação são formar e interessar as crianças para

a prática do futebol, enquanto nos últimos

escalões é formar jogadores para o futebol

profissional. A personalidade destas diferentes

idades é bem visível, em que, nos escalões de

Iniciação (Pré-escolas até aos Infantis), as

crianças são muito distraídas, egocêntricas,

consideram a bola o melhor brinquedo, etc.,

enquanto nos Iniciados Juvenis e Juniorescomeçam a ver as coisas como os adultos. A

forma de intervir dos treinadores é bem diferente,

nos escalões de iniciação mais objectivos e

pouca informação para as crianças conseguirem

assimilar, nos restantes escalões tudo se começa

a assimilar progressivamente ao futebol

profissional.

Proposta Metodológica

A nossa proposta metodológica baseia-se nos

princípios utilizados por Garganta (1995), onde

deverão ser utilizadas as seguintes estratégias no

processo ensino/aprendizagem do jogo de

futebol:

- A aprendizagem deverá ser faseada e

progressiva: Do conhecido para o desconhecido,do fácil para o difícil, do mais simples para o mais

complexo;

- A necessidade de fasear o ensino conduz

inevitavelmente à divisão do jogo, porém esta

divisão deve respeitar sempre que possível aquilo

que o jogo tem de essencial, ou seja, a

cooperação (companheiros), a oposição

(adversários), e a finalização (o golo);

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- Propor aos jovens formas lúdicas com regras

simples, com menos jogadores, num espaço mais

reduzido, de forma a permitir-se a continuidade

das acções e maiores possibilidades deconcretização.

- O jogo deverá estar presente em todas as

formas do ensino do futebol, por constituir

concomitantemente um factor de motivação e o

melhor indicador da evolução e das limitações

dos praticantes.

Na nossa proposta, o método global

predomina sobre o método analítico, embora este

método seja muitas vezes utilizado,

nomeadamente para o desenvolvimento de

determinados gestos técnicos. Serão

desenvolvidas as capacidades técnicas, tácticas,

físicas e psicológicas através da metodologia de

treino aplicada.

Programa proposto por 4 níveis:

1. Jogos de habilidades básicas e mini

futebol (Pré-escolas).

2. Jogos para o futebol 7 (Escolas)

3. Jogos para o futebol 9 (Infantis).

4. Futebol regulamentado em função do

modelo de jogo do clube (Iniciados,

Juvenis e Juniores)

1º Nível – Pré-escolas:

Exercícios elementares e jogos reduzidos, de

forma as crianças poderem exteriorizar ao

máximo as suas capacidades, sentindo-se no

máximo da sua confiança. A afirmação de

Roberto Costa (2008), “O jogo de futebol

condicionado, com objectivos a serem

compreendidos pelas crianças, no qual os

princípios de jogo regularão a aprendizagem e a

inteligência táctica proporcionará o

desenvolvimento das técnicas e o aproveitamento

da criatividade das crianças”, elucida bem o que é

pretendido para o 1º nível do programa do futebolformação.

Nos escalões mais baixos, como é o caso dos

Pré-escolas, deve-se encaminhar as crianças

para a preparação precoce, que é bem diferente

da especialização precoce, uma vez que, o

problema não está em começar a treinar em

idades baixas, mas em faze-lo de uma forma

adequada, de modo a responder às necessidades

de desenvolvimento do praticante. O treino desde

idades baixas será importante para ter ganhos no

futuro, especialmente nas componentes da

flexibilidade, coordenação e velocidade.

Os Conteúdos abordados no 1º nível serão:

Condução de bola, drible, passe, recepção,

remate, ganhar a posse de bola, considerar

companheiro e adversário e jogos reduzidos 1x1;

2x2.

2º Nível - Escolas:

Muito semelhante ao primeiro nível,

aumentando consideravelmente o grau de

complexidade.

Os conteúdos a abordar são os mesmos do 1º

nível: Condução de bola, drible, passe, recepção,

remate, ganhar a posse de bola, considerar

companheiro e adversário e jogos reduzidos 1x1;

2x2.

3º Nível - Infantis:

Para Reis (2008), “num jogo de futebol, o

sucesso das acções técnico/tácticas não depende

tanto das capacidades condicionais, mas de

tomar a melhor decisão no tempo certo.”  

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11

Predominará no 3º nível os exercícios de

espaços reduzidos, menor número de jogadores e

menos tempo para resolver os problemas, de

forma a solicitar permanentemente os nossosatletas e assim assegurar uma evolução mais

sustentada.

Pretendemos nesta fase desenvolver o

pensamento táctico dos nossos atletas, através:

- As Fases: etapas percorridas no

desenvolvimento, quer do ataque, quer da defesa

desde o seu inicio até à sua conclusão.

- Os Princípios: normas de base segundo os

  jogadores, individualmente, em grupo ou

colectivamente, devem coordenar a sua

actividade durante o desenvolvimento das fases

(defesa e ataque).

- Os Factores: meios que os jogadores

utilizam, qualquer que seja a fase do jogo, tendo

em conta a aplicação dos respectivos princípios.

- As Formas: estruturas organizadoras da

actividade durante o jogo e nas diversas fases.

Os Conteúdos a abordar no 3º nível são  – 

Cabeceamento, marcação, desmarcação,

posicionamento, situações de 1x1 até 7x7 e

organização ofensiva e defensiva;

4º Nível – Iniciados, Juvenis e Juniores:

Pretendemos neste nível realizar a

aproximação final ao futebol profissional e à sua

forma de jogar. A metodologia de treino utilizada

é a periodização táctica, que nos permite

desenvolver o modelo de jogo aplicado no clube,

que permite organizar os princípios, os

sub/princípios e os sub/princípios dos

sub/princípios no microciclo semanal.

A organização de jogo passa a ser o ponto

principal da metodologia de treino sem descurar o

treino das restantes componentes técnicas,

físicas e psicológicas.

Planificação Plurianual – Macrociclo

A escola de formação por nós proposta tem 12

anos, logo o programa de formação tem de ser

planeado a longo prazo.

Para uma longa viagem temos que ter um

mapa para nos conduzir na direcção correcta,

evitando o improviso, porque se queremos ir para

Barcelona temos de saber qual o caminho mais

rápido e eficaz. Se não nos inteirarmos sobre a

rota a seguir, poderemos demorar 15, 20 horas

ou então nunca lá chegaremos. Proporciona uma

sequência lógica sem ultrapassar etapas.

Na competição desportiva, só com trabalho

bem planeado e dirigido se podem atingir estados

óptimos de rendimento (José Neto 1999). Esta

fase é a que combina melhor com a razão da

criação do nosso programa, uma vez que se

queremos que os nossos atletas atinjam

performances elevadas de rendimento, então,

teremos que proporcionar um programa bem

planeado e dirigido.

Campeonato

A competição é sem dúvida uma situação de

stress, onde se colocam á prova a evolução, tanto

em termos individuais como em termos colectivos

dos atletas.

Por outro lado, é um ponto de referência válido

para o treinador poder avaliar até que ponto a

criança é capaz de se transcender em situação

de competição, colocando em prática as

aprendizagens que adquirem nos treinos.

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Teixeira, N., & Trocado, F. (2009). Programa para o Futebol Formação (6 aos 18 anos)

12

Na situação de competição, o treinador deve

incutir o espírito de lutar sempre pela vitória, jogar

para tentar ganhar, incentivar a aplicação de

conteúdos aprendidos em situação de jogo, darimportância ao esforço dos seus atletas, etc.

Nas fases iniciais da aprendizagem, os

  jogadores tem a tendência em se concentrarem

em torno da bola, realizando a aglomeração, o

que dificulta a resolução das situações de jogo,

podendo-se minimizar estes problemas através

da redução do número de jogadores e do espaço

de jogo.

No sentido de se favorecer a evolução do

indivíduo que joga, deve-se proporcionar ao

praticante um jogo com regras simples, com

menos jogadores e num espaço com dimensões

mais reduzidas, de modo a permitir a percepção

das linhas de força (bola, terreno, adversários e

colegas), muitos e diversificados contactos com a

bola, a continuidade das acções e varias

possibilidades de concretização. Estes

elementos, para além de adequados às

características dos jovens jogadores, constituem

um importante capital de motivação, pois estão

permanentemente a em contacto com o objecto

que mais gostam: a bola..

Pré-escolas:

Rui Pacheco (2001) defende “jogo 3x3 semguarda-redes, num espaço de 20x10 metros com

balizas de 2x1 m, dos 6 – 7 anos.” 

Segundo Torrelles e Alcaraz (2000), as

crianças com idades entre os 6 e 7 anos devem

participar em campeonatos de 4x4.

Rui Pacheco (2001) defende “jogo 5x5, num

espaço de 40x20 metros com balizas de 4x2 m,

dos 7-8 anos. “ 

Escolas:

Segundo Torrelles e Alcaraz (2000), as

crianças com idades entre os 8 e 10 anos devem

participar em campeonatos de futebol 7.

Rui Pacheco (2001) defende “jogo de 7x7,

num espaço de 60x45 metros com balizas de 6x2

m, dos 8 aos 12 anos.” 

Infantis:

Conforme Torrelles e Alcaraz (2000), as

crianças com idades entre os 11 e 12 anos

devem participar em campeonatos de futebol 9.

Rui Pacheco (2001) defende “jogo de 9x9,

num espaço de 70x60 metros com balizas de 6x2

m, dos 10 aos 12 anos.” 

Iniciados, Juvenis e Juniores:

Segundo Torrelles e Alcaraz (2000), as

crianças com idades a partir dos 13 e 14 anos

devem participar em campeonatos de futebol 11.

A partir destes escalões, com as idades

compreendidas entre os 13 e os 18 anos, faz todo

o sentido os jovens começarem a praticar o

futebol 11.

Rui Pacheco (2001) defende “jogo de 11x11,

num espaço de 100x60 metros com balizas de

7,32x244 m, a partir dos 12 anos.”Conteúdo 

Caracterização da amostra

Fizeram parte da nossa amostra 14 clubes

profissionais, 7 da Liga Sagres e 7 da Liga Vitalis.

Sendo eles: Rio Ave F. C., S. C. Braga, F. C.

Paços de Ferreira, C. S. Marítimo, Vitória de

Guimarães S. C., Leixões S. C., A. Académica de

Coimbra, Varzim S. C., Gil Vicente F. C., C. D.

Feirense, Boavista F. C., U. D. Leiria, Gondomar

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13

S. C., C. Desportivo Aves. Da nossa amostra

constaram 13 Coordenadores técnicos e 11

treinadores principais dos clubes anteriormente

referidos.

Instrumento

Foi realizado um questionário de opinião, em

que foram retirados dados biográficos dos nossos

inquiridos e dados relativos ao nosso programa

para o futebol formação. Os dados foram de

natureza qualitativa nominal e ordinal.

Discussão dos resultados

Após ter-se efectuado uma análise cuidada

dos resultados obtidos, importa proceder à

discussão dos mesmos, no sentido de se poder

obter indicadores acerca do processo de treino

desportivo do futebol, efectuado para todos os

escalões de formação dos clubes.

No processo de treino desportivo do futebol,com praticantes pertencentes a todos os escalões

de formação, deve-se ter em consideração os

objectivos do clube, os aspectos/conteúdos a

abordar, a sua organização, planeamento, tipo de

campeonato a disputar em cada escalão, os

métodos de treino a utilizar, devendo-se atender à

idade dos jovens pertencentes a cada escalão

etário, no sentido de se favorecer a sua

aprendizagem.

Podemos, agora, analisar e debater todos os

dados referentes à proposta metodológica

apresentada anteriormente.

Relativamente à identidade do clube, e se esta

deve ser incutida no futebol formação, facilmente

constatamos a vontade dos responsáveis por nós

inquiridos. Um resultado de 100% que não deixa

qualquer dúvida. Infelizmente para todos nós,

amantes do futebol, é uma pena que tal não se

consiga implementar em alguns clubes. Estes

resultados apoiam incondicionalmente as teoriasapresentadas de (Antão e Seabra, 2005), sobre a

importância de os clubes definirem

antecipadamente a filosofia a incutir em todos os

elementos pertencentes ao clube; Mourinho

(2004) defendeu a filosofia a ser implementada

como “o sucesso do clube é o mais importante”;

Rui Quinta e Miguel Leal (2009) que defendem

que a filosofia a ser implementada no clube,

conduzirá todo o processo ao modelo de Clubepretendido.

Os Treinadores Principais e os Coordenadores

Técnicos inquiridos atribuem enorme importância

aos jovens que são integrados no plantel principal

possuírem a filosofia do clube. Das respostas

recolhidas, 58% (14 respostas) considera muito

importante, enquanto 42% (10 respostas)

considera importante, os jovens possuírem afilosofia do clube. Este resultado prova que a

totalidade dos inquiridos atribuiu um dos graus de

importância a este tema.

Quanto às linhas programáticas referentes à

filosofia que os clubes pretendem implementar no

clube podemos analisar o seguinte gráfico:

Gráfico 1 - Superfície sobre as linhas programáticas maisimportantes da filosofia que os clubes pretendem implementar

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14

Após a análise dos resultados obtidos e

através do gráfico nº1, podemos verificar que os

Treinadores Principais e os Coordenadores

Técnicos atribuem como linhas programáticasmais importantes a Visão 28%, o modelo de jogo

27%, cultura de jogo 23% e a filosofia de jogo

22%. Estes dados comprovam a teoria de

Mourinho (2004), como já foi referido

anteriormente, em que a filosofia do clube deve

ser definida por um conjunto de linhas gerais e

especificas que procuram direccionar e orientar o

caminho da organização do mesmo. Garganta

(2008) defende que a Visão é “o rumo que se

pretende dar ao clube e ao futuro dos jovens

praticantes.” 

O modelo de jogo é um tema cada vez mais

discutido, sendo por isso uma das nossas

preocupações da nossa proposta metodológica.

Apresentamos de seguida o gráfico nº2 sobre em

que escalões o modelo de jogo deve ser

prioridade.

Gráfico 2 - Histograma sobre em que escalões deve serprioridade o modelo de jogo

Nesta questão, houve 2 responsáveis que não

responderam. Como podemos constatar através

do gráfico nº2, todos consideram que o modelo de

  jogo deve ser prioridade nos Juniores 100%. Os

Juvenis tiveram quase a totalidade, apenas um

treinador não incluiu como prioridade o modelo de

  jogo nos Juvenis. Os Iniciados obtiveram 64%

das respostas. Estes dados confirmam as teorias

dos seguintes autores: Frade (2004), GuilhermeOliveira (Anexo 1) cit. por Marisa Silva (2008) e

Carlos Carvalhal (2006).

Os motivos para o modelo de jogo ser

abordado em determinado escalão variou entre

cinco razões. O seguinte quadro ilustrará melhor

os resultados obtidos.

Quadro 3 - Motivos sobre em que escalão deve serimplementado o modelo de jogo

Após a análise dos resultados obtidos e

através do quadro nº3, podemos verificar que os

Treinadores Principais e os Coordenadores

Técnicos atribuem como maior motivo para a

implementação do modelo de jogo, o período

estado psicomotor, que com 10 respostas

recolhidas se assume como o grande motivo e

preocupação dos responsáveis para a suaimplementação em determinado escalão. Estes

resultados permitem-nos associar que o modelo

de jogo deve ser implementado a partir dos

Iniciados e o seu maior motivo é o período

psicomotor. O período de idade maturacional e

estado psicológico são outros motivos que

merecem destaque com 8 e 5 respostas

sucessivamente.

MotivosNº

Respostas

Per. Idade Cronológica 3

Per. Idade Maturacional 8

Período Estado físico 3

Período Estado Psicológico 5

Período Estado Psicomotor 10

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Teixeira, N., & Trocado, F. (2009). Programa para o Futebol Formação (6 aos 18 anos)

15

Relativamente ao futebol formação do clube,

se deve ter um programa para servir de

orientação aos treinadores, apresentamos o

seguinte gráfico:

Gráfico 3 - Histograma sobre se o futebol formação deve terum programa para servir de orientação aos treinadores

Após a análise dos resultados obtidos e

através do gráfico nº3, podemos verificar que os

Treinadores Principais e os Coordenadores

Técnicos consideram imprescindível os clubes

possuírem um programa para o futebol formação

que deve servir de orientação a todos os

treinadores e atletas do clube. Das respostas

recolhidas, 100% (24 respostas) responderam

positivamente à questão. Estes resultados vêm

confirmar as ideias apresentadas por Torrelles e

Alcaraz (2000), pois “o ensino de futebol deve ser 

tratado como um programa formativo.” Igualmente

para Wein (1995), o futebol formação deve ter um

programa. Antão e Seabra (2005), afirmaram que“Os clubes deverão definir claramente aquilo que

pretendem do futebol de formação, através da

implementação de modelos próprios, com

programas adequados, que contribuam para uma

melhor aprendizagem do jogo, que sirvam de

guião para os treinadores e que contribuam para

uma melhor e mais eficaz formação dos jovens

futebolistas.”

Quanto ao programa, é importante

verificarmos as principais vantagens, uma vez os

responsáveis dos clubes considerarem um

aspecto de grande relevância. O seguinte quadroindicará as vantagens de se ter um programa no

futebol formação.

Quadro 4 - Principais vantagens sobre o programa para ofutebol formação

Depois da análise dos resultados obtidos e

através do quadro nº4, podemos verificar que os

Treinadores Principais e os Coordenadores

Técnicos afirmam que as principais vantagens

nos clubes possuírem um programa para o

futebol formação são: processo de

ensino/aprendizagem com 19 respostas; todos os

treinadores trabalhem de forma coerente; permite

aos jovens uma evolução gradual e os atletas e

treinadores ficam a saber quais os objectivos

pretendidos pelo clube com 16 respostas cada.Outra vantagem é que permite formar jogadores

com características para cada posição com 10

respostas.

Quanto aos conteúdos que devem ser

abordados nos escalões de Pré-escolas aos

Infantis, podemos analisar os resultados obtidos

através do seguinte gráfico.

Principais vantagens:Nº

Respostas

Processo de ensino/aprendizagem do jogo de

futebol progressivo19

Todos os treinadores trabalham de forma

coerente16

Permite aos jovens uma evolução gradual 16

Permite formar jogadores com características

para cada posição10

Os atletas e treinadores ficam a saber quais

os objectivos pretendidos pelo clube16

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Teixeira, N., & Trocado, F. (2009). Programa para o Futebol Formação (6 aos 18 anos)

16

Gráfico 4 - Histograma sobre os conteúdos a ser abordadosnos escalões de Pré-escolas até aos Infantis

Depois da análise dos resultados obtidos e

através do gráfico nº4, podemos verificar as

respostas com mais solicitações que os

Treinadores Principais e os Coordenadores

Técnicos foram: conteúdos técnicos com 24

respostas, 100% das escolhas e conteúdos

tácticos com 12 respostas, 50% das escolhas.

Então facilmente verificamos a preferência dos

nossos inquiridos para os conteúdos técnicos,

sem no entanto colocar de parte os conteúdostácticos.

Quanto aos motivos que os responsáveis

indicaram para a aplicação dos conteúdos nos

escalões dos Pré-escolas aos Infantis podemos

analisar os dados através do seguinte quadro.

Quadro 5 - Motivos sobre os conteúdos a ser abordados nosescalões de iniciação

Depois da análise dos resultados obtidos e

através do quadro nº5, podemos verificar que os

Treinadores Principais e os Coordenadores

Técnicos afirmam que os motivos para aaplicação de conteúdos técnicos são: as crianças

consideram a bola o maior brinquedo e têm

capacidade de atenção muito limitada com 14

respostas cada; encontram-se no ponto

culminante da aprendizagem motora com 11

respostas e possuem uma grande apetência para

actividades desportivas com 9 respostas. Convém

relembrar que não deve ser colocado de parte os

conteúdos tácticos.

No que diz respeito ao campeonato que os

Pré-escolas devem participar, vamos apresentar

o seguinte gráfico que ilustra a opinião dos

nossos inquiridos.

Gráfico 5 - Histograma sobre o tipo de campeonato que deveparticipar o escalão de Pré-escolas

Depois da análise dos resultados obtidos e

através do gráfico nº5, podemos verificar que os

Treinadores Principais e os Coordenadores

Técnicos inquiridos, na sua maioria (92%)

consideram o futebol de 5 o mais indicado para

as necessidades das crianças, tal como

defendem Rui Pacheco (2001) e Reis (2008). No

entanto, 8% dos inquiridos, consideram o futebol

Motivos Nº Respostas

Consideram a bola o melhor brinquedo 14

Grande apetência para actividades

desportivas 9

Encontram-se no ponto culminante da

aprendizagem motora 11

Egocentrismo da criança 1

Capacidade de atenção muito limitada 14

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de 4 o mais indicado para as crianças, como

defende Torrelles e Alcaraz (2000).

No que diz respeito ao campeonato que os

Escolas devem participar, vamos apresentar o

seguinte gráfico que ilustra a opinião dos nossos

inquiridos.

Gráfico 6 - Histograma sobre o tipo de campeonato que deveparticipar o escalão de Escolas

Depois da análise dos resultados obtidos e

através do gráfico nº6, podemos verificar que os

Treinadores Principais e os CoordenadoresTécnicos inquiridos, na sua maioria (92%)

consideram que o futebol de 7 é o mais indicado

e adequado para as necessidades das crianças,

tal como defendem Torrelles e Alcaraz (2000), em

que as crianças com idades entre os 8 e 10 anos

devem participar em campeonatos de futebol 7.

Rui Pacheco (2001) e Reis (2008) são outros

autores que defendem esta ideia. No entanto, 8%

dos inquiridos consideram que o futebol de 5 é o

mais indicado para as crianças.

No que diz respeito ao campeonato que os

Infantis devem participar, vamos apresentar

igualmente um gráfico que nos ilustrará a opinião

dos nossos inquiridos.

Gráfico 7 - Histograma sobre o tipo de campeonato que deveparticipar o escalão de Infantis

Depois da análise dos resultados obtidos e

através do gráfico nº7, podemos verificar que os

Treinadores Principais e os Coordenadores

Técnicos inquiridos, na sua maioria (58,3%)

consideram que o futebol de 9 é o mais indicado

e adequado para as necessidades das crianças

com idades entre os 11 e 12 anos, tal como

defendem Torrelles e Alcaraz (2000), as crianças

com idades entre os 11 e 12 anos devem

participar em campeonatos de futebol 9. RuiPacheco (2001) defende igualmente o “jogo de

9x9, num espaço de 70x60 metros com balizas de

6x2 m, dos 10 aos 12 anos.”

No entanto, esta questão dividiu de alguma

forma os nossos inquiridos, uma vez que 33,3%

defendem o futebol de 7 para os infantis. Esta

opinião vai ao encontro do que pensa Rui

Pacheco (2001), que afirma que nestas idadesdeveria ser aplicado o futebol de 7 para crianças

que não possuam um conhecimento aprofundado

do jogo, que se encontrem num nível inferior.

O futebol de 11 apenas recolheu 8,3% das

preferências, o que vai ao encontro dos autores

referenciados na revisão de literatura que

defendem que este tipo de campeonato para

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crianças com estas idades é bastante prejudicial

(Reis, Pacheco, Torrelles e Alcaraz).

No que diz respeito ao campeonato que os

Iniciados, Juvenis e Juniores devem participar,

vamos apresentar o seguinte quadro sobre as

opiniões dos nossos inquiridos.

Quadro 6 - Campeonato que devem participar Iniciados,Juvenis e Juniores

Depois da análise dos resultados obtidos e

através do quadro nº6, nos iniciados o futebol 11

obteve 83% das preferências dos inquiridos.

Torrelles e Alcaraz (2000) partilham da opinião

que as crianças com idades a partir dos 13 e 14

anos devem participar em campeonatos de

futebol 11. Rui Pacheco (2001) defende “jogo de

11x11, num espaço de 100x60 metros com

balizas de 7,32x244 m, a partir dos 12 anos.” 

Contudo, ainda há responsáveis que sugerem

o futebol de 9 para os Iniciados, com 17% das

preferências dos inquiridos.

Nos Juvenis e Juniores podemos verificar que

os Treinadores Principais e os Coordenadores

Técnicos inquiridos, responderam na sua

totalidade o futebol 11, apoiando as opiniões de

Rui Pacheco (2001) e Torrelles e Alcaraz

(2000).Conteúdo aqui.

Conclusões

Após recolhidos os questionários aos nossos

inquiridos e a discussão dos dados obtidos,

permitiu-nos alcançar as seguintes conclusões:

- Todos os clubes devem ter uma identidade

própria e devem incuti-la no departamento de

formação;

- As Linhas programáticas mais importantes

para a filosofia do clube são: Visão, Modelo de

Jogo, Filosofia de Jogo e Cultura de Jogo;

- O modelo de jogo é prioridade a partir do

escalão de Iniciados;

- O futebol formação deve ter um programa

para servir de orientação aos treinadores,

assegurando um processo de

ensino/aprendizagem, seguro, sem ultrapassar

etapas em tempo indevido;

- Nos escalões de iniciação, dos Pré-escolas

até aos Infantis devem ser abordados

essencialmente conteúdos técnicos e tácticos,

devido à capacidade de atenção limitada e as

crianças encontrarem-se no ponto culminante da

aprendizagem motora;

- Os Escolas devem participar em

campeonatos de Futebol de 7;

- Os iniciados e Juvenis não deveriam

participar em campeonatos de futebol de 9, mas

sim, em campeonatos de futebol 11.

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Futebol 9  Futebol 11

Escalão  n  Perc.  n  Perc. 

Iniciados  4  17%  20  83% 

Juvenis  0  0%  24  100% 

Juniores  0  0%  24  100% 

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ABOUT THE AUTHORS 

Nuno F. Teixeira (PhD) 

Professor Universitário 

Doutorado em Ciências da Educação Física e do Desporto: Avanços e Investigação 

Contacto: [email protected] 

Francisco Trocado (Dr.) 

Licenciado em Educação Física e Desporto 

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