PROGRAMA SANTA LUZIA SUSTENTÁVEL
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PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA LUZIA-MG SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
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PROGRAMA SANTA LUZIA SUSTENTÁVEL
PROJETO COLETA LEGAL 2019/2020
Santa Luzia
Julho de 2019
PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA LUZIA-MG SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, AGRICULTURA E ABASTECIMENTO
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Prefeito
Delegado Christiano Xavier
Secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento
Geraldo Magela Ramires Costa
Coordenador de Projetos da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e
Abastecimento
Daniel Rodrigo Viera Pena
Coordenador de Administração da Secretaria de Meio Ambiente,
Agricultura e Abastecimento
Hudson Moinhos de Paula
Técnicos Responsáveis
Técnico Ambiental: Daniel Rodrigo Vieira Pena
Técnico Ambiental: Jair Tavares Gomes Neto
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SUMÁRIO
1. PROGRAMA SANTA LUZIA SUSTENTÁVEL_PROJETO COLETA LEGAL........ 4
1.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 4
1.2. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 4
1.3. ASPECTOS LEGAIS.................................................................................................. 4
1.4. OBJETIVO ................................................................................................................... 5
1.5. FASES DO PROJETO ............................................................................................... 6
1.6. DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA .................................................................................. 6
2 - PROGRAMA SANTA LUZIA SUSTENTÁVEL_PROJETO COLETA SELETIVA
RECICLAGEM INCLUSIVA .............................................................................................. 7
1 - INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 7
2- COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA E SUAS VANTAGENS .......................................... 8
3 - ARCABOUÇO LEGAL ..................................................................................................... 9
4 - JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 11
5 - OBJETIVOS GERAIS .................................................................................................... 12
6 - OBJETIVOS ESPECIFICOS ......................................................................................... 12
7 - CAPACIDADE TÉCNICA E GERENCIAL................................................................... 14
8 - PLANO DE TRABALHO ................................................................................................ 15
8.1 - DIAGNOSTICO DA ATUAL SITUAÇÃO DA GESTÃO E GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS COM O FOCO NA COLETA
CONVENCIONAL DE LIXO E COLETA SELETIVA. .................................................. 15
8.2 - ATUAL INFRA ESTRUTURA EXISTENTE PARA APOIO/EXECUÇÃO DA
ATIVIDADE DE RECICLAGEM/COLETA SELETIVA. ............................................... 17
8.3 - COMO IRÁ FUNCIONAR A COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA ....................... 17
8.4 - METAS ...................................................................................................................... 18
8.5 - ETAPAS ........................................................................................................................ 19
8.6 - CRONOGRAMA FISICO: ETAPAS E METAS ................................................... 21
8.7 – CUSTO TOTAL DO PROJETO ............................................................................ 23
ANEXO 1 – GALPÃO DE MATERIAL RECICLÁVEL (ADEQUAÇÕES
NECESSÁRIAS, PLANTAS E CUSTO ESTIMADO) .................................................... 24
ANEXO 2 – DESCRIÇÃO DE EQUIPAMENTOS BÁSICOS PARA O INICIO DA
OPERAÇÃO DO SERVIÇO DE COLETA SELETIVA E GALPÃO DE MATERIAL
RECICLÁVEL. ................................................................................................................. 25
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1. PROGRAMA SANTA LUZIA SUSTENTÁVEL_PROJETO COLETA LEGAL
1.1. INTRODUÇÃO
O Programa Santa Luzia Sustentável consiste numa serie de ações voltadas
para o aprimoramento das praticas de gestão e gerenciamento de resíduos,
logística reversa, a serem realizadas pela administração pública e primarão
pela conservação/proteção do meio ambiente e educação ambiental. Lançado
em junho de 2019, o Programa executará um pacote de ações como, por
exemplo, a criação do Parque Natural Municipal Promotor Cláudio Monteiro
Gontijo, Criação do Projeto do Mercado Municipal, ampliação do projeto horta
nas escolas, projeto de recolhimento de óleos comestível usados, incentivo ao
uso de maquinário como parte do Programa de Apoio ao Produtor Rural, dentre
outras ações.
O Projeto COLETA LEGAL está inserido no Programa Santa Luzia Sustentável
e compreende uma serie de ações, que serão realizadas no período de
2019/2020, voltadas para o fomento de iniciativas de cunho socioambiental que
vislumbrem a correta gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos e
logística reversa no município de Santa Luzia/MG.
1.2. JUSTIFICATIVA
O Projeto Coleta Legal é fruto da iniciativa da Prefeitura Municipal de Santa
Luzia/MG através da Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e
Abastecimento e compreende a realização de um conjunto de ações
necessárias à preservação ambiental, geração de trabalho e renda e inclusão
social.
Dessa forma, prevê o cumprimento das Políticas Nacional e Estadual de
Resíduos Sólidos, fomentação de iniciativas e implantação de sistemas
relacionados à Logística Reversa e em especifico compor grupo de ações que
figurem à ativação do Núcleo de Educação e Extensão Ambiental criado pela
Lei Municipal 3445 de 2013.
Assim englobará as iniciativas relacionadas às temáticas de coleta seletiva,
logística reversa e educação ambiental (que tenham esse foco) realizadas ou a
serem realizadas pela Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e
Abastecimento.
1.3. ASPECTOS LEGAIS
O Projeto Coleta Legal está amparado pela Lei 12.305 de 2010 que institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS que em seu artigo 10º:
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“(...) incumbe (...) aos Municípios a gestão integrada dos resíduos
sólidos gerados nos respectivos territórios.” (Lei 12.305 de 2010).
Ainda, observa a Lei 9.795 de 1999 que instituiu a Política Nacional de
Educação Ambiental que incumbi o município em seu artigo 3º:
“(...) definir políticas públicas que incorporem a dimensão
ambiental, promover a educação ambiental em todos os níveis de
ensino e o engajamento da sociedade na conservação,
recuperação e melhoria do meio ambiente.” ( Lei 9.795 de 1999).
Em especifico visa cumprir as legislações municipais Lei 3445 de 2013 art 23
compondo ações do Núcleo de Educação e Extensão Ambiental que tem por
objetivo:
“(...) realizar ações de conscientização pública para o
desenvolvimento sustentável, de Educação Ambiental no âmbito
da Educação Ambiental Formal (instituições oficiais de ensino) e
no âmbito da Educação Ambiental Não Formal (órgãos públicos e
privados, empresas e a sociedade como um todo).” (Lei 3.445 de
2013).
Além disso, também visa cumprir a Lei 3.118 de 2010 que autorizou a criação
e estabeleceu diretrizes para o Programa de Recolhimento de Óleos e
Gorduras de Fritura de cozinha que em seu artigo 2º inciso III:
“(...) estabelecimento de projetos que incentivem o tratamento e
reciclagem de óleos e gorduras de origem vegetal ou animal e
que levem em consideração os danos ambientais provocados
pelos resíduos desses produtos que são lançados e se acumulam
no ambiente. (Lei 3.118 de 2010)
1.4. OBJETIVO
O Projeto Coleta Legal visa promover/fomentar/incentivar no município de
Santa Luzia/MG as seguintes iniciativas:
COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA_COLETA SELETIVA RECICLAGEM
INCLUSIVA;
COLETA DE PILHAS E BATERIAS_CATA PILHAS;
COLETA DE ÓLEOS E GORDURAS DE FRITURAS;
COLETA DE LAMPADAS;
COLETA DE RESÍDUOS ELETROELETRONICOS;
COLETA DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL_ECOPONTOS;
COLETA DE PNEUS E INSERVIVEIS;
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Os itens acima serão considerados Projetos base e comporão o Projeto Coleta
Legal. Inicialmente as ações e planejamentos aqui descritos estão relacionados
especificamente ao projeto base, a saber, Coleta Seletiva Reciclagem Inclusiva
(ADENDO - 3).
1.5. FASES DO PROJETO
Para a realização/execução do Projeto Coleta Legal a Secretaria de Meio
Ambiente, Agricultura e Abastecimento dividiu todos os Projetos base
relacionados ao Projeto Coleta Legal em 3 fases. A primeira, constitui-se na
fase de diagnóstico e planejamento, verificando as demandas da sociedade e
elencando colaboradores e empreendimentos participantes, firmamento de
parcerias, e estabelecendo a dinâmica de atuação dos participantes, avaliação
de custos, aquisição de materiais e instrumentos, criação dos procedimentos
operacionais para cada projeto base. A segunda fase se constituirá pela
implantação propriamente dita dos projetos realizando preferencialmente:
lançamento do Projeto Base, treinamentos e capacitações e divulgação do
serviço. Na terceira fase será realizado a avaliação e monitoramento do Projeto
Base/serviço a fim de se estabelecer metas e indicadores de qualidade do
serviço.
1.6. DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Os recursos necessários a aquisição de materiais e instrumentos para o
Projeto Coleta Legal bem como todos os projetos base já elencados e a esse
amarrados serão providenciados através do Fundo Municipal de Meio
Ambiente criado pela Lei 3445 de 2010 em seu artigo nº22 inciso 1º diz:
“Os recursos obtidos com a gestão ambiental deverão ser
utilizados para custear planos, projetos e programas de melhoria
da qualidade do meio ambiente no Município (...)” (Lei 3445 de
2010)
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2 - PROGRAMA SANTA LUZIA SUSTENTÁVEL_PROJETO COLETA SELETIVA RECICLAGEM INCLUSIVA
Autor: Daniel Rodrigo Vieira Pena
1 - INTRODUÇÃO
A Lei 12.305/2010, de 02 de agosto de 2010, instituiu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, é um marco regulatório completo para o setor. Harmoniza-se
com diversas outras leis, compondo o arcabouço legal que influirá na postura
da totalidade dos agentes envolvidos no ciclo de vida dos materiais presentes
nas atividades econômicas. Está fortemente relacionada com a Lei Federal de
Saneamento Básico, com a Lei de Consórcios Públicos e ainda com a Política
Nacional de Meio Ambiente e de Educação Ambiental, entre outros
documentos importantes.
Ainda são insuficientes nos municípios brasileiros ações em prol de um
gerenciamento adequado dos resíduos sólidos urbanos, resultando em
administrações públicas desprovidas de uma maior preocupação com os
impactos ambientais e com a qualidade de vida da própria população.
Ressalta-se que a coleta seletiva é responsável por ganhos socioambientais
como a diminuição do volume de resíduos sólidos destinados ao aterro,
aumentando assim a vida útil deste e evitando a utilização de novas áreas para
a disposição final dos resíduos. Contribui também para a redução do consumo
de recursos naturais, já que por meio da reciclagem os materiais que seriam
inutilizados voltam para o processo produtivo.
A estruturação e a operacionalização dos serviços de coleta, transporte,
tratamento e disposição dos resíduos sólidos dos municípios brasileiros,
impõem-se como um importante desafio aos gestores públicos.
Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos envolvem uma
grande diversidade de sujeitos sociais, desde gestores públicos de diversas
áreas (planejamento, obras, transportes, educação, saúde, entre outras) até a
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população usuária dos serviços, passando por associações, cooperativas e
outras entidades integrantes da sociedade civil. Esta diversidade de atores é
que torna o planejamento do setor tão importante.
A redução da geração de resíduos sólidos é a prioridade para o manejo desse
tipo de detrito no Brasil, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos
– (PNRS). Isso porque o resíduo sólido produzido está gerando uma grande
preocupação para os gestores municipais, estaduais e federais, pois a
quantidade de lixo aumenta drasticamente, enquanto os locais estabelecidos e
apropriados para receberem estes rejeitos não acompanham a quantidade
produzida. Com isso, é necessário encontrar soluções viáveis para a redução
dos resíduos produzidos para que haja uma sustentabilidade nessa atividade
necessária ao desenvolvimento.
2- COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA E SUAS VANTAGENS
Segundo a ABNT 10.004/2004 Coleta Seletiva corresponde à separação na
fonte de materiais recicláveis e sua correta destinação possibilitando o retorno
desses materiais ao ciclo produtivo.
Coleta Seletiva Solidária é aquela que é realizada por organizações de
catadores de materiais recicláveis. O termo “Solidária” refere-se ao modo de
organização dos catadores. Seus empreendimentos são solidários, pois
inserem-se no contexto da economia solidária e adotam o principio da auto-
gestão. Em sua características os empreendimentos solidários de catadores de
material reciclável possuem peculiaridades que reforçam as benesses sociais,
econômicas e ambientais dos municípios,pois além de possibilitar o acesso e
inclusão de pessoas socialmente fragilizadas à cadeia econômica produtiva,
possibilitam o ainda o aumento de renda e promoção social desses indivíduos.
Além disso, os ganhos ambientais podem ser traduzidos na melhoria da
sensação de qualidade urbana dos moradores do munícipio.
Podemos citar como benefícios da coleta seletiva solidária:
A geração de trabalho e renda para as pessoas envolvidas no processo;
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Melhoria dos aspectos de qualidade urbana e meio ambiente do
município;
Promoção da educação ambiental com o foco na redução do consumo e
mudanças de hábito da população;
Redução no custo com a coleta convencional do lixo;
Regulação dos serviços de coleta convencional dos resíduos sólidos
urbanos e coleta seletiva;
Aumento da vida útil da disposição final;
Possibilidade de ganhos com o ICMS ecológico para o município;
Possibilidades de marketing sócio ambiental e eventos para o município;
Possibilidade de ganhos com a prestação dos serviços ambientais
prestados (Bolsa Reciclagem);
Atração de financiamentos, projetos para o setor.
3 - ARCABOUÇO LEGAL
A legislação apresentada no item descrito representa parte da normatização
que prevê a implantação de sistemas de coleta seletiva e o fomento e
colaboração as atividades das associações e cooperativas de catadores de
material reciclável do Estado de Minas Gerais.
Lei Federal n.º 11.445, de 05 de janeiro de 2007, chamada Lei de
Diretrizes Nacionais de Saneamento Básico (LDNSB)
Lei Federal n.º 12.305 de 2010 - Política Nacional de Resíduos Sólidos
Decreto Federal n.º 7.404 de 2010 - Regulamenta a Política Nacional de
Resíduos Sólidos
Lei Estadual n.º 18.031 de 2009 - Política Estadual de Resíduos Sólidos
Lei Estadual n.º 19.823 de 2011 - Institui a Bolsa-Reciclagem
Decreto Estadual n.º 45.975 de 2012 - Regulamenta a Bolsa-Reciclagem
Deliberação Normativa n.º 74 do COPAM de 2004 - Regulamenta o
Licenciamento Ambiental
Lei Estadual n.º 18.030 de 2009 - ICMS SolidárioEcologico
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Lei Federal n.º 8.666 de 1993- Licitações e contratos da Administração
Pública
Decreto Federal n.º 5.940 de 2006
Lei Estadual n.º 13.766 de 2000 - Política estadual de apoio e incentivo
à coleta de lixo
Decreto Federal n.º 7.619 de 2011 - IPI Reduzido Lei Estadual n.º
14.086 de 2001 - FUNDIF e CEDIF
A legislação ganha destaque no item da Politica Nacional de Resíduos Sólidos
quando esta prevê o incentivo possível da administração pública aos
empreendimentos solidários de catadores de material reciclável como previstos
em seus artigos 7, 8 e 42:
Art. 7º São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos: [...]
XII - integração dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e
Recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
Art. 8º São instrumentos da Política Nacional de Resíduos
Sólidos, entre outros: [...] IV - o incentivo à criação e ao
desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de
associação de Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis.
Art. 42. O Poder Público poderá instituir medidas indutoras e
linhas de financiamento para atender, prioritariamente, às
iniciativas de: [...] III - implantação de infraestrutura física e
aquisição de equipamentos para cooperativas ou outras
formas de associação de Catadores de Materiais Reutilizáveis
e Recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda.
Com relação a formalização do serviço de coleta seletiva solidária a legislação
federal (PNRS,2010) é bem clara e permite à administração pública firmar
contrato pela prestação dos serviços de coleta seletiva com a administração
pública local;
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Art. 36. [...] § 1º [...] o titular dos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos priorizará a
organização e o funcionamento de cooperativas ou de outras
formas de associação de Catadores de Materiais Reutilizáveis
e Recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda, bem
como sua contratação.
Do mesmo modo a Lei 8666/93 que institui normas para licitações e contratos
da Administração Pública prevê em seu artigo 24:
Art. 24. É dispensável a licitação: [...] XXVII - na contratação da
coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos
urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de
coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou
cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas
de baixa renda reconhecidas pelo Poder Público como
Catadores de Materiais Recicláveis, com o uso de
equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e
de saúde pública
Com as alterações viabilizadas pelo novo Marco Regulatório para as
Organizações de Sociedade Civil as relações no processo de formalização do
serviços tenderam a ganhar maior transparência nessa relação e possibilitar a
efetiva eficiência do serviço de coleta seletiva.
4 - JUSTIFICATIVA
Atualmente o município não conta com o serviço de coleta seletiva sendo um
dos principais gargalos na gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos
urbanos, uma vez que todo o material reciclável coletado junto a coleta
convencional acaba indo para o aterro sanitário. Estima-se, segundo o PMSB,
2019 um potencial de 31% de material reciclável presente na massa total de
resíduos sólidos urbanos coletados. Dessa forma, o Projeto Coleta Seletiva
Reciclagem Inclusiva pretende aprimorar a coleta de resíduos sólidos urbanos
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disponibilizando a população um novo serviço, que possibilitará uma
diminuição de custos com o aterramento do material reciclável, geração de
trabalho e renda para as famílias de catadores de material reciclável, que uma
vez organizados poderão obter melhores rendimentos, e uma mudança de
hábitos para a os cidadãos do município.
5 - OBJETIVOS GERAIS
O objetivo geral do Projeto Coleta Seletiva Reciclagem Inclusiva é a
implantação do serviço de coleta seletiva no município de Santa Luzia com a
participação dos catadores de material reciclável do município, pessoas em
situação de vulnerabilidade social e desemprego. Para tanto serão realizadas
ações que auxiliem a implantação da coleta seletiva, constituição da
associação de catadores e operacionalização do galpão para as atividades
referentes a coleta seletiva melhorando dessa forma, a gestão de resíduos
sólidos no município.
O Projeto Coleta Seletiva Reciclagem Inclusiva ainda tem por objetivo fomentar
iniciativas que visem implementar o serviço de coleta seletiva dos materiais
recicláveis com a participação dos catadores de material reciclável do
município de Santa Luzia. Ainda, visa promover o fortalecimento e dignidade da
pessoa humana, valorização do trabalho dos catadores no município e
mudança de hábitos da população voltados à preservação ambiental.
Dessa forma, tentará solucionar inúmeros problemas causados pelo descarte
inadequado do lixo, reduzir a quantidade de resíduos descartados e ajudar na
qualidade do meio ambiente, proporcionando a geração de emprego e renda
com a coleta seletiva de resíduos sólidos para fins de reciclagem.
6 - OBJETIVOS ESPECIFICOS
Os objetivos específicos estão relacionados diretamente aos objetivos gerais
pretendidos para a melhoria da gestão e gerenciamentos dos resíduos sólidos
do município de Santa Luzia/MG e as metas previstas. Para tanto, será
realizado de acordo com os seguintes eixos estruturantes:
1 - Constituição da Associação/Cooperativa de catadores de material reciclável;
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2 – Readequação do Galpão para uso no serviço de coleta seletiva solidária;
As descrições técnicas, orçamentos e valores unitários e totais do iten 2 acima
estão descritos no anexo 1.
3 - Realização da coleta seletiva de resíduos recicláveis (seco):
3 caminhões caçamba até 6m³;
4 caçambas até 1 Ton;
4 contentores para ecoponto;
4 - Instalação da unidade de triagem de resíduos recicláveis (galpão)
2 empilhadeiras com capacidade de carga até 500 kg;
3 balanças de 200KG, 500KG, e 1 Ton
3 Prensas de com capacidade de carga até 300 kg;
Mesa de triagem
80 big bags
1 Elevador de cargas até 300kg
Equipamentos de proteção individual
As descrições técnicas, orçamentos e valores unitários e totais dos itens 3 e 4
acima estão descritos no anexo 2.
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7 - CAPACIDADE TÉCNICA E GERENCIAL
NOME CARGO/FUNÇÃO FORMAÇÃO ACADEMICA
EXPREIÊNCIA PROFISSIONAL VÍNCULO COM O MUNICIPIO
Daniel Pena Coordenador de Projetos/Técnico Ambiental
Geógrafo e Técnico Ambiental
Profissional com 7 anos de experiência comprovada em trabalhos referentes a gestão e gerenciamento de resíduos sólidos urbanos. Trabalhou no Centro Mineiro de Referência em Resíduos de 2011 a 2017 ocupando os cargos de Técnico Ambienta e Analista Ambiental. Trabalhou nos projetos Reciclando Oportunidades Gerando Trabalho e Renda, que prestavam assessoria técnica aos municípios mineiros para a implantação da coleta seletiva solidária. Em 2016 realizou consultoria para o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID criando indicadores ambientais e sistemas de monitoramento para a coleta seletiva solidária. Atualmente é servidor público.
Servidor público/efetivo
Flavio Engenheiro Ambiental
Engenheiro Ambiental Execução de serviços e atividades diversas atinentes a licenciamento ambiental, recuperação de áreas degradadas, elaboração de projetos e pareceres ambientais e análise de estudos de intervenções ambientais no município de Conselheiro Lafaiete, no ano de 2016.
Servidor público/efetivo
Hudson Analista Administrativo
Administrador de Empresas
Pós-Graduação em Direito Público – PUC Minas – 2014-2016 Pós-Graduação em Gestão Ambiental – Recursos Hídricos e Gestão de Resíduos Sólidos –2002-2003. Graduado em Administração de Empresas, Faculdades Promove – 1999-2003. Graduado em Análise de Sistema, Prodata/UFMG – 1990-1991. Graduado em Engenharia Elétrica – PUC MG – 1984 –1988. Gestão de Qualidade Total – Fundação Cristiano Otoni Auditor de Qualidade em Saneamento ABES
Servidor público/efetivo
Thiago Arquiteto e Urbanista
Arquiteto e Urbanista Técnico em Transporte e Transito pelo CEFET/MG, bacharel em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix e pós graduando em Engenharia Ambiental e Saneamento Básico pela Universidade Estácio de Sá. Trabalhou de 2012 a 2019 com projetos urbanísticos, terraplenagem, drenagem pluvial e regularização fundiária em empresas como Geoline Engenharia e Masa Urbanização.
Servidor público/efetivo
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8 - PLANO DE TRABALHO
8.1 - DIAGNOSTICO DA ATUAL SITUAÇÃO DA GESTÃO E
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS COM O FOCO NA
COLETA CONVENCIONAL DE LIXO E COLETA SELETIVA.
O Município possui Plano de Saneamento Básico aprovado no ano de 2019. O
município atualmente não conta com o serviço de coleta seletiva. Em 2012 foi
criado a Associação de Catadores de Material Reciclável do município de
Santa Luzia/MG – ASCAVIVA que atuou no serviço de coleta seletiva até o ano
de 2015 chegando a ter até 14 membros. Atualmente a Secretaria de Meio
Ambiente, Agricultura e Abastecimento do município está realizando trabalho
de resgate, abordagem e identificação de catadores para a formação de nova
associação. Estima-se um universo de 60 catadores históricos atuando
diariamente nas ruas do município. Estima-se a possibilidade de atuação de no
pelo menos 2 associações. Por contar com a destinação dos resíduos para
Aterro Sanitário o perfil geral dos catadores é em situação de rua.
Segundo informações da Prefeitura Municipal de Santa Luzia, a geração média
de resíduos sólidos urbanos – RSU (resíduos sólidos domiciliares – RSD +
resíduos de limpeza urbana – RLU) do Município gira em torno de 166,17 t/dia.
A geração de RSU per capita estimada é de 0,76 kg/hab. dia. (PMSB, 2019)
Atualmente a gestão de resíduos referente a coleta convencional/domiciliar é
realizada pela Secretaria de Obras que terceiriza o serviço de coleta. A coleta
domiciliar ocorre em dias alternados (pares e ímpares), diurna e noturna, e
diariamente, em rotas com maior fluxo e avenidas principais no Município.
Atualmente são realizadas no Município 9 rotas diurnas e 8 noturnas. (PMSB,
2019)
Os equipamentos utilizados para a coleta são caminhões coletores
compactadores com capacidade para 15m³ de resíduos. Atualmente é a
empresa Orbis Ambiental a responsável pela destinação final dos RSU
coletados no município, que são encaminhados para a Central de Tratamento
de Resíduos – CTR Macaúbas, localizada no Município de Sabará. O prazo de
duração do contrato com a empresa Orbis Ambiental é de 12 meses. (PMSB,
2019)
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A partir 26/11/2018 os resíduos domiciliares produzidos em Santa Luzia
começaram a ser destinados para o CTR Macaúbas, localizada no município
de Sabará. O Município paga atualmente R$65,00 por tonelada aterrada
adequadamente. No gráfico abaixo é apresentada a quantidade mensal de
resíduos destinada para a CTR Macaúbas. Com essa disposição adequada o
Município passou a ser elegível para o recebimento do ICMS ecológico.
(PMSB, 2019)
Gráfico 1 – Quantidade de resíduos destinada para CTR Macaúbas (t/mês)
Fonte: Prefeitura Municipal de Santa Luzia, 2019.
Em 2007 foi realizado caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos
urbanos do município de Santa Luzia e o PMSB realizou projeção para o ano
de 2018 conforme tabela abaixo;
689,1
4.154,3 4.045,2
3.371,73.571,9 3.607,8
0,0 T
500,0 T
1000,0 T
1500,0 T
2000,0 T
2500,0 T
3000,0 T
3500,0 T
4000,0 T
4500,0 T
nov/18 dez/18 jan/19 fev/19 mar/19 abr/19
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Tabela 1 – Caracterizações dos RSD de Santa Luzia, 2007 e 2018 Materi
ais Média do Município
2007 (%) Bairro residencial/comercial
2007(%) ESTIMATIVA RNA
2018(%) Orgânicos 43,00 58,88 51,44
Papel 12,46 12,70 13,18 Plásticos 10,31 7,18 13,35
Metais 1,32 0,76 3,1
Vidro 3,79 4,38 2,84
Outros 29,12 16,10 16,12
Fonte:: PMSB, 2019.
Dessa forma segundo o PMSB/2019, a estimativa para o ano de 2018
demonstra um potencial para a reciclagem na ordem de 31% de material
reciclável compondo a massa de resíduos sólidos do município.
8.2 - ATUAL INFRA ESTRUTURA EXISTENTE PARA APOIO/EXECUÇÃO
DA ATIVIDADE DE RECICLAGEM/COLETA SELETIVA.
Atualmente o município conta com galpão de 1300 m² de propriedade da
administração pública, com cobertura e pequeno escritório com banheiro
necessitando de reformas e adequações necessárias a execução das
atividades de coleta seletiva (o memorial descritivo, planta e projeto para o
galpão, bem como os custos estão no anexo 1). O galpão será utilizado
preferencialmente pela associação de catadores que deverá apresentar plano
de trabalho e realizar parceria através de termo de cessão entre a
administração pública e associação de catadores para uso das instalações. As
obras de readequação/ do galpão serão realizadas pela Prefeitura e estão na
ordem de R$309.384,29.
8.3 - COMO IRÁ FUNCIONAR A COLETA SELETIVA SOLIDÁRIA
O serviço de coleta seletiva têm a previsão de lançamento no mês de junho de
2020 na Semana do Meio Ambiente conjuntamente com o lançamento do
Fórum Municipal Lixo e Cidadania. Inicialmente será realizado em área piloto
no Bairro Boa Esperança (foi escolhido por já ter tido no passado serviço de
coleta seletiva) e nos corredores comerciais tradicionais do município (avenida
Brasília e avenida do Comercio) por apresentarem inúmeros estabelecimentos
comerciais e grande geração de material reciclável. Ainda também serão
elencados empresas e industrias parceiras que queiram apoiar a coleta seletiva
doando o material reciclável oriundo de seu processo produtivo. A coleta
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seletiva será realizada com dois modais. O primeiro porta a porta e bandeira
nos bairros e avenidas selecionadas. O segundo modal será o atendimento as
empresas/instituições e indústrias parceiras coletando o material de acordo
com a demanda de recicláveis geradas. As formas de separação adotadas dos
resíduos será binária, ou seja, corresponderá a separação seco x úmido
(reciclável x não reciclável) com dias específicos para a coleta convencional e
coleta seletiva e contará com a participação dos catadores de material
reciclável nas mais diversas formas seja na mobilização social através de
campanhas de divulgação do serviço, na coleta porta a porta, na triagem,
segregação, prensagem e comercialização do material coletado. Poderão ser
realizados dois planos de trabalho um diurno e outro noturno que será melhor
detalhado no Plano de Trabalho para a Coleta Seletiva que ainda será
construído com os catadores de material reciclável organizados em sistemas
associativos.
8.4 - METAS
As metas foram elencadas de acordo com os trabalhos que já estão sendo
realizados pelo município e dos que serão realizados no sentido da melhoria da
gestão de resíduos sólidos urbanos, sendo eles:
Meta 1: Criação de comitê executivo da coleta seletiva com profissionais
do meio ambiente, saúde e assistência social e obras e representantes
dos catadores de material reciclável;
Meta 2: Criação de canal de dialogo com serviço social municipal para
os catadores de material reciclável
Meta 3: Realizar conjunto de ações junto aos catadores de materiais
recicláveis (de rua) do município;
Meta 4: Criação de Plano Municipal de Coleta Seletiva - PMCS;
Meta 5: Reestruturação do Galpão da Prefeitura;
Meta 6: Aquisição de equipamentos para operacionalização da coleta
seletiva e dos trabalhos no galpão de reciclagem;
Meta 7: Criação do Fórum Municipal Lixo e Cidadania;
Meta 8: Lançamento do serviço de coleta seletiva;
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Meta 9: Avaliação e monitoramento do serviço de coleta seletiva
solidária;
8.5 - ETAPAS
O projeto de implantação da coleta seletiva e reestruturação do galpão de
material reciclável têm previsão de trabalho para 18 meses conforme
cronograma físico imagem 1. Corresponde a todas as etapas que deverão ser
realizadas para o cumprimento das metas estabelecidas. Dessa forma,
subdivide-se nos seguintes eixos estruturantes que correspondem as metas
solicitadas no edital MMA/2019:
Meta 1: Criação de comitê executivo da coleta seletiva com profissionais
do meio ambiente, saúde e assistência social e obras e representantes
dos catadores de material reciclável;
Meta 2: Criação de canal de dialogo com serviço social municipal para
os catadores de material reciclável
Meta 3: Realizar conjunto de ações junto aos catadores de materiais
recicláveis (de rua) do município;
o Identificação e abordagem dos catadores de rua do município;
o Cadastramento e encaminhamento ao serviço social de acordo
com as demandas dos indivíduos;
o Diagnostico da real situação da realidade dos catadores no
município;
o Diagnostico da gestão e gerenciamento de resíduos sólidos com
o foco na coleta convencional de resíduos;
o Fomento/estimulo a criação de associação/cooperativa de
catadores de material reciclável;
o Assessoria aos catadores de material reciclável para a criação de
plano de trabalho para a coleta seletiva;
Meta 4: Criação de Plano Municipal de Coleta Seletiva - PMCS;
o Criação de parceria para elaboração do PMCS
o Criação de Roteiro de Coleta Seletiva;
o Licenciamento Ambiental do galpão;
o Capacitação dos catadores para o trabalho na coleta seletiva;
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o Edital de chamamento para a contratação/parceria/colaboração
entre Associação/cooperativa e a administração pública;
o Criação da Lei de Coleta Seletiva;
o Criação de campanhas de mobilização e comunicação social;
inicialmente será selecionados o bairro Boa Esperança e os
corredores comerciais do município localizados na avenida
Brasília e avenida do Comercio.
o Criação do Fórum Municipal Lixo e Cidadania;
o Lançamento do serviço de coleta seletiva solidária;
o Criação de mecanismos de monitoramento, instrumentos e
indicadores de qualidade do serviço de coleta seletiva;
Meta 5: Reestruturação do Galpão da Prefeitura;
o Levantamento de todas as adequações técnicas, infra estrutura e
equipamentos, custos necessários à utilização do Galpão como
local para atividades de reciclagem;
o Execução das obras de readequação do Galpão;
Meta 6: Aquisição de equipamentos para operacionalização da coleta
seletiva e dos trabalhos no galpão de reciclagem;
Meta 7: Criação do Fórum Municipal Lixo e Cidadania;
Meta 8: Lançamento do serviço de coleta seletiva
o Intensificação das campanhas de mobilização social no
bairro/região piloto.
Meta 9: Avaliação e monitoramento do serviço de coleta seletiva
o Avaliação do serviço e do plano de trabalho proposto pela
associação de catadores com base nos indicadores
estabelecidos;
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8.6 - CRONOGRAMA FISICO: ETAPAS E METAS
CRONOGRAMA FISICO 2019/2020
METAS/ETAPAS MESES/2019 MESES/2020
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Meta 1: Criação de comitê executivo da coleta seletiva com profissionais do meio ambiente, saúde e assistência social e obras e representantes dos catadores de material reciclável;
Meta 2: Criação de canal de dialogo com serviço social municipal para os catadores de material reciclável
Meta 3: Realizar conjunto de ações junto aos catadores de materiais recicláveis (de rua) do município;
o Identificação e abordagem
dos catadores de rua do município;
o Cadastramento e
encaminhamento ao serviço social de acordo com as demandas dos indivíduos;
o Diagnostico da real situação
da realidade dos catadores no município;
o Diagnostico da gestão e
gerenciamento de resíduos sólidos com o foco na coleta convencional de resíduos;
o Fomento/estimulo a criação
de associação/cooperativa de catadores de material reciclável;
o Assessoria aos catadores de
material reciclável para a criação de plano de trabalho para a coleta seletiva;
Meta 4: Criação de Plano Municipal de Coleta Seletiva -
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PMCS;
o Criação de parceria para
elaboração do PMCS
o Criação de Roteiro de Coleta
Seletiva;
o Capacitação dos catadores
para o trabalho na coleta seletiva;
o Edital de chamamento para a
contratação/parceria/colaboração entre Associação/cooperativa e a administração pública;
o Criação da Lei de Coleta
Seletiva;
o Criação de campanhas de
mobilização e comunicação social; inicialmente será selecionados o bairro Boa Esperança e os corredores comerciais do município localizados na avenida Brasília e avenida do Comercio.
o Criação de mecanismos de
monitoramento, instrumentos e indicadores de qualidade do serviço de coleta seletiva;
Meta 5: Reestruturação do Galpão da Prefeitura;
o Levantamento de todas as
adequações técnicas, infra estrutura e equipamentos, custos necessários à utilização do Galpão como local para atividades de reciclagem;
o Execução das obras de
readequação do Galpão;
o Licenciamento Ambiental do
galpão;
Meta 6: Aquisição de equipamentos para operacionalização da coleta seletiva e dos trabalhos no galpão de reciclagem;
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Meta 7: Criação do Fórum Municipal Lixo e Cidadania;
Meta 8: Lançamento do serviço de coleta seletiva
Meta 9:avaliação e monitoramento do serviço de coleta seletiva
o Intensificação das campanhas
de mobilização social no bairro/região piloto.
8.7 – CUSTO TOTAL DO PROJETO
O custo total do projeto é o somatório dos custos de adequações previstos para o galpão (R$ 309.384,29) acrescidos dos custos
de aquisição de equipamentos para operacionalização do galpão e execução do serviço de coleta seletiva (R$778.410,00),
correspondendo a um total de R$ 1.087.794,29
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ANEXO 1 – GALPÃO DE MATERIAL RECICLÁVEL (ADEQUAÇÕES NECESSÁRIAS, PLANTAS E CUSTO ESTIMADO)
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ANEXO 2 – DESCRIÇÃO DE EQUIPAMENTOS BÁSICOS PARA O INICIO DA OPERAÇÃO DO SERVIÇO DE COLETA SELETIVA E GALPÃO DE MATERIAL RECICLÁVEL.
1 - DESCRIÇÃO TÉCNICA DOS CAMINHÕES
Caminhão equipado com cabine em aço estampado na cor branca, com carroceria de madeira
e gaiola de tela aço reforçado para coleta seletiva dos Resíduos Sólidos. - Zero Kilômetro -
Ano/modelo 2019/2019; - Peso Bruto Total (PBT) a partir de 9.000Kg; - Combustível: Diesel; -
Capacidade do tanque de no mínimo 150 lts; - Injeção eletrônica; - Potência mínima de 160 CV,
turbo; - Número de marchas a frente a partir de 5 marchas e para ré 1 marcha; - Direção
Hidráulica; - Sistema de freios com acionamento pneumático nas quatro rodas ou hidráulico
servo assistido (auxiliado) a Ar; - Freio motor eletro pneumático ou convencional; - Freio de
estacionamento Câmara de molas acumuladoras ou Spring Brake; - Cabine basculável
avançada, Limpador de Pára-Brisas dianteiro, luz de teto, retrovisores internos e externos,
assento ajustável com cinto de segurança, pega-mão do teto e das portas, tapetes de
borracha; Sirene de Ré; - Rádio AM/FM USB; - Pneus com as dimensões mínimas de 215,75R
17,5 com pneu de estepe; - Carroceria de madeira com no mínimo 6 metros de comprimento,
com Gaiola de aço estruturada e reforçada, com fechamento em tela nas laterais e no teto,
com duas portas de abrir na traseira localizadas acima da carroceria de madeira com sistema
de fechamento para cadeados, com pára-choques traseiros e proteções laterais de acordo com
resolução do CONTRAN; - Plataforma para transporte de Pessoas na parte traseira da
carroceria com apoio de mãos nas laterais com faixas refletivas. (Referência Caminhão
Compactador de Lixo).
2 - ORÇAMENTO CAMINHÕES
COTAÇÃO DE PREÇO: Item 01 CAMINHÃO C/ CABINE EM AÇO, COR BRANCA, Quant.3,00
Pr.Médio R$ 200.000,00
Fornecedores Vlr. Unitário AUTO COMERCIAL FARTURA LTDA. 198.000,00 IGUACU TRUCK
COMERCIO DE CAMINHOE 208.000,00 MARKA VEICULOS LTDA (FILIAL 12) 194.000,00 Valor
médio total estimado para os caminhões é de R$ 600.000,00 (quatrocentos mil reais) REF:
JUNHO 2019
3 - DESCRIÇÃO TECNICA DAS CAÇAMBAS
- Fabricada em aço carbono 1010/1020; - Chapas cortadas em processo de corte plasma; - Espessura das chapas laterais bitola #11 = 3,08mm; - Espessura do fundo bitola #11 = 3,08mm;
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- Reforços nas laterais, no fundo, no frontal e na traseira; - Reforçada com perfis em "U"; - Soldadas por processo MIG, cordões continuo internamente e seccionado na parte externa;
4 - ORÇAMENTO CAÇAMBAS
COTAÇÃO DE PREÇO: Item 02 CAÇAMBAS EM AÇO, COR LARANJA E VERDE, Quant.7,00
Pr.Médio R$ 2.690,00
Fornecedores Vlr. Unitário ENGETEC CAÇAMBAS. 2690,00 CALL LEVE 2990,00 PROMAK
3090,00 Valor médio total estimado para os caminhões é de R$ 18.830,00 (DEZOITO mil
OITOCENTOS E TRINTA reais) REF: JUNHO 2019
5 – DESCRIÇÃO TÉCNICA CONTENEDORES
Matéria prima - Polietileno de Alta Densidade, 100% virgem, com proteção UV;
Modelo – Europeu;
Processo produtivo – Injetado por maquina injetora;
Peso: 49kg
Capacidade de carga: 510kg
Certificados: EN 840; RAL GZ 951/1;
Corpo: Altura 1375 mm, largura máxima de 1373 mm e profundidade máxima de 1073
mm, alça para transporte e, na parte superior frontal, todas as características exigidas
pela norma mundial de contentores;
Tampa: Bipartida, Largura mínima de 1210 mm, profundidade de 1073 mm, sistema que
diminui o ruído, nome do fabricante na parte superior;
Rodas: São 4 rodas de borracha maciça e núcleo em aço, com 200mm x 25mm, cada; 2
rodas com freios e 2 rodas sem freios.
Desenho: Contornos arredondados, possibilitando a higienização, limpeza e tampa
bipartida.
6 - ORÇAMENTO CONTENEDORES
COTAÇÃO DE PREÇO: Item 03 CONTENEDORES POLIETILENO, COR MARROM E VERDE,
Quant.4,00 Pr.Médio R$ 2.999,90
Fornecedores Vlr. Unitário ENGETEC CAÇAMBAS. 2690,00 BHAIA LIXEIRAS 2990,00 PROMAK
3090,00 Valor médio total estimado para os contenedores é de R$ 11.639,00 (ONZE mil
SEICENTOS E TRINTA NOVE reais) REF: JUNHO 2019
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7 – EQUIPAMENTOS E CUSTOS, POR META: DESCRIÇÃO TÉCNICA EMPILHADEIRAS Empilhadeira Manual Hidráulica Capacidade 1500 kg - elevação 1600 mm
Altura total (mm): 2010 Capacidade de carga (Kg): 1500 Comprimento total (mm): 1590 Comprimento útil do garfo (mm): 1150 Elevação : 1600 Elevação hidráulica: Manual Freio de estacionamento: Mecânico Largura Externa do Garfo (mm): 560 Largura total (mm): 700 Peso do Equipamento (Kg): 235 Roda de carga em nylon (mm): Ø 80x74 Roda direcional em nylon (mm): Ø 200x50 Tração: Manual Garantia: 6 meses Despacho: Em até 3 dias úteis
ORÇAMENTO EMPILHADEIRAS
COTAÇÃO DE PREÇO: Item 04 empilhadeiras, Quant.2,00 Pr.Médio R$ 3.640,00
Fornecedores Vlr. Unitário NK NOWAK. 3640,00; RETRAK 2659,00; TEC-EMP 4280,00
DESCRIÇÃO TÉCNICA PRENSA - Dados Técnicos: Acabamento: Pintura de fundo primer e acabamento esmalte sintético Acessórios: Visor de nível, manômetro, bandeja coletora de líquidos e rodízios. Acionamento: Engrenagem estágio único, duplo efeito Aplicação: Tambores 200L, latas de alumínio, plástico, papel, papelão, pet e similares. Caixa de prensagem (mm): 600 x 600 x 1400 Capacidade de produção (Kg/h): Até 900 Cilindro Hidráulico (mm): Curso de 1300 Dimensões (A x L x P) (mm): 3200 x 1500 x 700 Força de compactação (ton): 25 Motor elétrico (CV): 10 CV - trifásico - 220 ou 380 ou 440 V - 60 Hz Peso (Kg): 1100 Peso do fardo (Kg): Até 200 Retirada do fardo: Mecânica, semi-automática, por cabos de aço Sistema elétrico: Chave liga/desliga manual
COTAÇÃO DE PREÇO: Item 05 Prensa , Quant.3,00 Pr.Médio R$ 41.520,00
Fornecedores Vlr. Unitário NK NOWAK. 41.520,00
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DESCRIÇÃO TÉCNICA BALANÇA
Módulo Indicador BK-10000:
Precisão de até 10.000 divisões de resolução de pesagem
Gabinete em ABS injetado e proteção IP-65 (a prova de umidade e pó)
Display em LED?s vermelhos com 6 dígitos
Funções do teclado: Tara manual para até 100% da capacidade, Zero, Impressão e Setas (para cima e para baixo) para Tara Programável
Super filtro digital controla a estabilização de pesagem em ambientes sujeitos a vibrações Fonte automática externa:
Entrada: 90V a 250V AC a frequência de 50Hz a 60Hz
Saída: 9V a 1,5A Indicador fixo: Coluna com fixação do indicador digital, grade de apoio para sacarias, e rodas de movimentação resistentes, que proporcionam o uso portátil e a facilitada e suave locomoção da balança Célula de carga: A célula de carga é montada estrategicamente na coluna da balança, proporcionando proteção adicional contra umidade excessiva de alguns ambientes, o que garante operações confiáveis com exatidão e agilidade, além de reduzir as despesas com manutenção e aumentar o tempo de vida útil do equipamento Construção do corpo: Coluna, base e tampa em aço carbono SAE-1020 pintado Dimensões: 1000mm x 1340mm x 1000mm (Largura, Profundidade)
COTAÇÃO DE PREÇO: Item 06 Balança , Quant.3,00 Pr.Médio R$ 2533,50
Fornecedores Vlr. Unitário M3 AUTOMAÇÃO. 2.533,50,00
DESCRIÇÃO TÉCNICA MOINHO Produção: 120 garrafas/min - 1500 a 3000 kg/h m³/h Abertura de alimentação: 370 x 220 mm
Potência do Motor: Siemens 3 Kw Tamanho dos Cacos: 6-50 mm Ruído: < 80 db Dimensões: 780 x 590 x 1477 mm Peso: 300 kg
COTAÇÃO DE PREÇO: Item 07 Moinho, Quant.3,00 Pr.Médio R$ 8500,00
Fornecedores Vlr. Unitário M3 AUTOMAÇÃO. 8500,00
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ANEXO 3 - PLANILHA ORÇAMENTARIA DOS EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS AO CUMPRIMENTO DA META 6.
Para a realização da coleta seletiva de resíduos recicláveis (seco):
EQUIPAMENTOS META QUANTIDADE VALOR UNITARIO VALOR TOTAL
Caminhões gaiola
6
3 R$ 200.000,00 R$ 600.000,00
Caçambas 4M³; 4 R$ 2.690,00 R$ 10.760,00
Caçambas 3M³; 3 R$ 2.690,00 R$ 8.070,00
Contendores 1100 l; 4 R$ 2.909,90 R$ 11.639,60
Empilhadeiras 2 R$ 3.640,00 R$ 7.280,00
Moinho triturador de vidro 1 R$ 8.500,00 R$ 8.500,00
Prensa 3 R$ 41.520,00 R$ 124.560,00
Balança 3 R$ 2533,50 R$ 7.600,50
TOTAL R$ 778.410,00