PROJECTO DE REMODELAÇÃO DA CLINICA DENTÁRIA DE

S.PAULO EM lISBOA

O Projecto de Alterações e remodelação da Clinica Dentária de S.Paulo foi um enorme desfio e responsabilidade, desde já porque sendo

um espaço fantástico e único , pretendia –se com esta intervenção marcar o sinal dos nossos tempos , há semelhança das várias interven-

ções feitas no final do século XVIII ,posteriormente no XIX , anos 20 e a última nos anos 40.

O tempo e a história do sitio está presente em cada detalhe ,desde as pinturas das bandeiras das portas aos vitrais ,puxadores de portas e

claro o extraordinário trabalho de trompe-l'oeil e estuques dourados na entrada , aos azulejos Viuva Lamego do Século XIX até aos diver-

sos pavimentos encontrados sobrepostos ; o soalho corrido pombalino coberto nas áreas nobres—recepção e escritório por lindissimos

padrões em bousserie de diversas madeiras até ao pavimento dos anos 40 descoberto no corredor e sala de espera : um extraordinário

compósito de madeira e cimento ou seja “um auronivelante de cor tijolo , com tanta actualidade.

Assim , coube-me o enorme prazer e orgulho em desenvolver a estratégia desta intervenção , sim porque mais do que um projecto procu-

rei valorizar os elementos decorativos existentes com toda a sua carga histórica e que tiveram lugar ao longo do tempo com uma inter-

venção contemporânea .

Houve necessidade de encontrar elementos de ligação entre esses elementos decorativos e a inevitável integração de novas infraestruturas

electricas ,informáticas e médicas. : a paleta cromática e a iluminação foram fundamentais nesta estratégia.

Considero que foi um dos projetos mais estimulantes que tive o privilégio de executar sobretudo pelo apoio e compreensão que sempre

existiu por parte dos proprietários , a equipe de projecto e a construção por isso orgulho-me do resultado final conseguido com a colabo-

ração e esforço de todos.

Paula Moura

(designer)

RECEPÇÃO ANTES DA INTERVENÇÃO

ASPECTO FINAL

ALGUNS MOMENTOS DO PROCESSO E A OBRA

A LUZ FOI UM FACTOR FUNDAMENTAL COMO ELEMENTO DE LIGAÇÃO ESPACIAL