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PROJETO AMBIENTAL (PA) ESTAÇÃO: BRTO0001 ENDEREÇO: ALAMEDA ATHOS BUCAO, QDR. 606 S, QI-12 LT.17, SETOR SUDESTE MUNICÍPIO: PALMAS ESTADO: TOCANTINS

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PROJETO

AMBIENTAL

(PA)

ESTAÇÃO: BRTO0001

ENDEREÇO: ALAMEDA ATHOS BUCAO, QDR. 606 S, QI-12 LT.17,

SETOR SUDESTE

MUNICÍPIO: PALMAS

ESTADO: TOCANTINS

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 1 -

Índice

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... - 3 -

2. ASPECTOS LEGAIS .................................................................................................. - 4 -

3. DADOS GERAIS ........................................................................................................ - 6 -

3.1. Dados do Empreendedor ........................................................................................... - 6 -

3.2. Dados do Empreendimento ....................................................................................... - 6 -

3.3. Responsável pela Elaboração do Estudo................................................................... - 6 -

3.4. Órgão Licenciador .................................................................................................... - 6 -

4. O QUE É UMA ESTAÇÃO RÁDIO BASE – ERB.................................................... - 7 -

4.1. Tipo de ERB ............................................................................................................. - 7 -

5. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO .................................................................... - 8 -

5.1 Identificação da Circunvizinhança ............................................................................. - 9 -

6. CARACTERIZAÇÃO DA ESTAÇÃO ..................................................................... - 10 -

6.1.1.1 Busca .......................................................................................................... - 12 -

6.1.1.2 Qualificação ............................................................................................... - 12 -

6.1.1.3 Negociação ................................................................................................. - 12 -

6.1.1.4 Licenças e Autorizações ............................................................................ - 13 -

6.1.1.5 Projetos ...................................................................................................... - 13 -

6.1.2 Construção da Infraestrutura ................................................................................. - 14 -

6.1.2.1 Infraestrutura para Equipamentos .............................................................. - 14 -

6.1.2.2 Torre para Antenas ..................................................................................... - 14 -

6.1.2.3 Construções Complementares .................................................................... - 15 -

6.1.2.4 Instalação de Teleco ................................................................................... - 15 -

6.1.2.5 Mão de Obra .............................................................................................. - 15 -

6.1.3 Equipamentos ........................................................................................................ - 15 -

6.2.1 Ondas Eletromagnéticas de Radiofrequência ....................................................... - 16 -

6.2.2 Ondas Eletromagnéticas e sua Interferência em Dispositivos Eletrônicos ........... - 18 -

6.2.3 Limitação da Exposição a Campos Eletromagnéticos .......................................... - 18 -

7. MEIO FÍSICO ............................................................................................................ - 18 -

7.1 Hidrografia ............................................................................................................... - 18 -

7.2 Vegetação ................................................................................................................. - 19 -

7.3 Pedologia.................................................................................................................. - 20 -

7.4 Geologia ................................................................................................................... - 23 -

8. CLIMA E PLUVIOSIDADE ..................................................................................... - 24 -

9. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ...................................................... - 24 -

9.1 Densidade Demográfica ........................................................................................... - 25 -

9.2 Infraestrutura ............................................................................................................ - 25 -

9.3 Manutenções ............................................................................................................ - 26 -

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 2 -

10. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS ........................................................ - 26 -

10.1 Meio Socioeconômico ....................................................................................... - 26 -

10.2 Segurança ........................................................................................................... - 27 -

10.3 Ruídos e Vibrações ............................................................................................ - 28 -

10.4 Resíduos Sólidos ................................................................................................ - 28 -

10.5 Solos ................................................................................................................... - 29 -

10.6 Recursos Hídricos .............................................................................................. - 29 -

10.7 Sistema Atmosférico .......................................................................................... - 29 -

10.8 Flora ................................................................................................................... - 30 -

10.9 Fauna .................................................................................................................. - 30 -

10.10 Metodologia Utilizada na Avaliação ............................................................... - 30 -

10.10.1 Relação entre Atividade, Aspecto Ambiental e Impactos Ambientais Durante

a Instalação e Funcionamento da Torre. ................................................................ - 31 -

11. PLANO DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO ............................. - 31 -

12. MEDIDAS MITIGADORAS .................................................................................. - 32 -

13. PROJETO ILUSTRATIVO ..................................................................................... - 33 -

14. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................... - 34 -

15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................... - 35 -

16. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO .............................................................................. - 36 -

17. RESPONSÁVEL TÉCNICO ................................................................................... - 38 -

18. ANEXOS ................................................................................................................. - 39 -

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 3 -

1. INTRODUÇÃO

De acordo com a Lei Federal nº. 6.938/81 Meio Ambiente pode ser definido como o conjunto

de condições, leis, influências e infraestrutura de ordem física, química e biológica, que permite,

abriga e rege a vida em todas as suas formas.

A contínua e crescente pressão exercida pelo homem sobre os recursos naturais contrasta com

um mínimo de interferência que anteriormente mantinha nos ecossistemas. Deste modo, são

relativamente comuns, hoje, a contaminação das coleções d’água, a poluição atmosférica e a

substituição indiscriminada da cobertura vegetal nativa, com a consequente redução dos hábitats

silvestres, entre outras formas de agressão ao meio ambiente (SILVA, 1994; FERNANDES, 1997).

Essa situação tem sido observada, exatamente pelo fato de, muitas vezes, o homem visar

apenas os benefícios imediatos de suas ações, privilegiando o crescimento econômico a qualquer

custo e relegando, a um segundo plano, a capacidade de recuperação dos ecossistemas (GODOI

FILHO, 1992).

Dentro desse contexto, em praticamente todas as partes do mundo, notadamente a partir da

década de 60, surgiu a preocupação de promover a mudança de comportamento do homem em

relação à natureza, a fim de harmonizar interesses econômicos e conservacionistas, com reflexos

positivos junto à qualidade de vida de todos (MILANO, 1990; LISKER, 1994).

Como principal marco dessa conscientização no mundo ocidental, surgiu nos Estados Unidos

da América, por inspiração de movimentos ambientalistas, uma Lei Federal denominada “National

Environmental Policy Act of 1969”, conhecida pela sigla NEPA, que passou a vigorar em janeiro

de 1970. Este instrumento legal dispunha sobre os objetivos e princípios da política ambiental

norte-americana, exigindo para todos os empreendimentos com potencial impactante, a observação

dos seguintes pontos: identificação dos impactos ambientais, efeitos ambientais negativos da

proposta, alternativas da ação, relação entre a utilização dos recursos ambientais no curto prazo e a

manutenção ou mesmo melhoria do seu padrão no longo prazo, e por fim, a definição clara quanto

a possíveis comprometimentos dos recursos ambientais para o caso de implantação da proposta.

Como reflexo da aplicação da NEPA e de outros instrumentos legais, a partir de 1975, os

seguintes organismos internacionais passaram a introduzir a Avaliação de Impactos Ambientais em

seus programas de cooperação: OECD – Organization for Economic Cooperation and

Developement, ONU – Organização das Nações Unidas, BID – Banco Interamericano de

Desenvolvimento e BIRD – Banco Mundial.

Cada vez mais os estudos tratando do funcionamento do meio natural, alertando sobre o frágil

equilíbrio ecológico, estão fazendo com que a humanidade se torne consciente do perigo do

desenvolvimento sem freios e sem regras. Esta tomada de consciência se deu primeiramente em

escala científica e logo em seguida se disseminou para o grande público, antes mesmo de tornar

uma preocupação do setor público como se vê nos dias atuais.

A evolução do pensamento de que o homem e o meio natural formam um todo, e de que toda

ação do homem se reflete sobre o funcionamento do meio natural, acarretou a necessidade de se

criar uma legislação que pudesse levar em conta o impacto das ações humanas e estabelecer

medidas de proteção face às ações degradantes no meio ambiente.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 4 -

2. ASPECTOS LEGAIS

No Brasil, em nível federal, o primeiro dispositivo legal que explicitou o tema Avaliação de

Impactos Ambientais (AIA) foi a Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabeleceu a Política

Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e criou, para a sua execução, o Sistema Nacional do Meio

Ambiente (SISNAMA). Vale ressaltar que, antecedendo a esfera federal, os estados de São Paulo,

Rio de Janeiro e Minas Gerais estabeleceram o seu sistema de licenciamento de atividades

poluidoras.

A regulamentação da Lei Federal n° 6.938 só ocorreu 2 (dois) anos após, por meio do Decreto

Federal n°.88.351, de 01 de junho de 1983, alterado posteriormente pelo Decreto Federal n°

99.274, de 06 de junho 1990. Com isso, percebe-se que houve um “vácuo ambiental”, uma vez que

qualquer dispositivo legal necessita ser regulamentado para que possa ser efetivamente cumprido.

O principal aspecto ligado esse Decreto foi a instituição dos 3 (três) tipos de licenciamento

ambiental, ou seja, do Licenciamento Prévio (LP), do Licenciamento de Instalação (LI) e do

Licenciamento de Operação (LO).

A Resolução do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) n° 237, de 19 de

dezembro de 1997, define licenciamento ambiental como sendo um procedimento administrativo

pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação

de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou

potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação

ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao

caso.

A Resolução do CONAMA n° 237/97, dando sequência à Política Nacional do Meio Ambiente,

determina que o Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes

licenças:

I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou

atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e

estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua

implementação;

II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de

acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as

medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante;

III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a

verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de

controle ambiental e condicionantes determinados para a operação.

De todo modo, apesar da referida regulamentação, foi somente com a edição da Resolução do

CONAMA n°. 01, de 23 de janeiro de 1986, e outras resoluções complementares, que ficaram

estabelecidas as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso

e implementação da AIA como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.

A Lei nº. 6.938/81 e a Resolução do CONAMA nº. 001/86, vincula a AIA ao sistema de

licenciamento de atividades potencialmente poluidoras e/ou degradadoras dos recursos naturais

(Bastos & Almeida, 1999).

A AIA, portanto, é um processo que visa garantir o exame sistemático dos impactos de

determinada atividade humana no meio ambiente, desde a fase de planejamento, passando pela fase

de construção, operação e até de desativação da atividade, quando for o caso, de modo a permitir a

comparação de alternativas e a adoção de medidas corretivas, mitigadoras e compensatórias.

A Constituição Federal, no art. 225, §1º, IV, assegura que todos têm direito ao meio ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 5 -

e futuras gerações. A efetividade desse direito, dentre outros instrumentos, é assegurada mediante

atuação do poder público.

A Resolução 303, de 02 de julho de 2002, da Agência Nacional de Telecomunicações

(ANATEL) estabelece limites para a exposição humana a campos elétricos, magnéticos e

eletromagnéticos, na faixa de radiofrequências entre 9 kHz e 300 GHz, associados à operação de

estações transmissoras de radiocomunicação de serviços de telecomunicações, bem como definir

métodos de avaliação e procedimentos a serem observados quando do licenciamento de estações de

radiocomunicação, no que diz respeito a aspectos relacionados à exposição a campos elétricos,

magnéticos e eletromagnéticos na referida faixa de radiofrequências.

Como é bastante perceptível que todas as leis, instrumentos e práticas existentes não são

totalmente eficientes no que diz respeito à proteção e preservação do meio ambiente foi criada, no

dia 12 de fevereiro de 1998, a Lei Federal n°. 9.605, regulamentada pelo Decreto 3.179/99, que

dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao

meio ambiente, e dá outras providências.

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3. DADOS GERAIS

3.1. Dados do Empreendedor

Razão Social CENTENNIAL BRASIL TORRES DE TELECOMUNICAÇÕES LTDA.

Nome Fantasia CENTENNIAL BRASIL TORRES DE TELECOMUNICAÇÕES LTDA.

Endereço RUA BARATA RIBEIRO, Nº 190, CONJ. 111; BELA VISTA – SÃO PAULO – SP.

CEP 01.308-000

CNPJ 19.902.753/0001-10

3.2. Dados do Empreendimento

ID do SITE BRTO0001

Município/Estado PALMAS/TO

Endereço do SITE ALAMEDA ATHOS BUCAO, QDR. 606 S, QI-12 LT.17, SETOR SUDESTE

Localização Geográfica Lat. 10°13'11.17"S Long. 48°19'17.43"W

Tipo de site Site Greenfield

3.3. Responsável pela Elaboração do Estudo

Razão Social 3G Engenharia & Consultoria Ambiental LTDA ME

Endereço Rua CD-08, Qd. 21, Lt. 04, Cachoeira Dourada, Goiânia – GO

CEP 74.363-120

CNPJ 09.524.283/0001-45

Contato João Victor Mariano

Telefone (062) 8542-3881

3.4. Órgão Licenciador

Órgão Licenciador NATURATINS – Instituto Natureza do Tocantins.

Endereço 302 Norte, Alameda 01, Lote 03, Palmas – TO.

CEP 77006-336

Telefone (63) 3218-2652

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4. O QUE É UMA ESTAÇÃO RÁDIO BASE – ERB

Estação Rádio Base (ERB) ou “Cell Site” é a denominação dada em um sistema de telefonia

celular para a Estação Fixa com que os terminais móveis se comunicam.

A ERB está conectada a uma Central de Comutação e Controle (CCC) que tem interconexão

com o serviço telefônico fixo comutado (STFC) e a outras CCCs, permitindo chamadas entre os

terminais celulares e deles com os telefones fixos comuns.

Na arquitetura de alguns sistemas celulares existe a figura do Base Station Controller (BSC)

que agrupa um conjunto de ERBs antes da sua conexão com a CCC.

Uma ERB típica é composta dos seguintes elementos:

Local onde será implantada;

Infraestrutura para a instalação dos equipamentos de telecomunicação incluindo a parte

civil, elétrica, climatização e energia CC com autonomia em caso de falta de energia através de

baterias e, em alguns casos, Grupo Moto Gerador (GMG);

Torre para colocação de antenas para comunicação com os terminais móveis e enlace de

rádio para a CCC;

Equipamentos de Teleco.

4.1. Tipo de ERB

Basicamente temos dois tipos de ERB, comumente chamadas de:

Greenfield – aquelas que são instaladas em terrenos, ou seja, no solo;

Roof Top – aquelas instaladas em pavimentos de cobertura de edifícios.

Ambas podem utilizar equipamentos de telecomunicação tanto “indoors” (dentro de

compartimentos), cujas características de fabricação determinam a necessidade de uma

infraestrutura de climatização, como equipamentos “outdoors” (fora de compartimentos), que são

unidades autônomas, previamente concebidas para exposição ao ar livre e dimensionadas para

obter uma ventilação apropriada.

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5. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

Palmas é um município brasileiro, capital e maior cidade do estado do Tocantins, na Região

Norte do Brasil. Localiza-se a 10º12'46" de latitude sul e 48º21'37" de longitude oeste, à margem

direita do Rio Tocantins e a uma altitude de 230 metros. De acordo com as estimativas de 2007 do

IBGE, sua população é de 178.386 habitantes. Segundo o IPEA é a segunda capital mais segura do

Brasil (perdendo apenas para Natal).

A cidade foi fundada em 20 de maio de 1989, logo após a criação do Tocantins

pela Constituição de 1988. Antes desta data, Palmas foi planejada inicialmente pelos arquitetos

Luís Fernando Cruvinel Teixeira e Walfredo Antunes de Oliveira Filho, sendo que a partir daí, a

cidade começou a ser construída pelos trabalhadores que vieram do interior do Tocantins e de

vários outros estados do país. Entretanto, somente a partir do dia 1° de janeiro de 1990, é que

Palmas passou a ser a capital definitiva do estado, já que antes a cidade ainda não possuía

condições físicas de sediar o governo estadual, que estava alocado temporariamente no município

vizinho de Miracema do Tocantins.

Avenida JK Palácio Araguaia (Sede do Governo)

Após 25 anos, a população chega aos 265 400 habitantes, sendo que 80% das quadras habitadas

já estão pavimentadas. O mesmo ocorrendo com saneamento básico e água tratada que chega a

98% da população. De um modo geral a cidade é caracterizada pelo seu planejamento, pois foi

criada quase na mesma forma de Brasília, com a preservação de áreas ambientais, boas praças,

hospitais e escolas, se tornando a capital com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano

(IDH)das regiões Norte e Nordeste.

Palmas é a última cidade do século XX completamente planejada, já que a cidade nasceu e foi

projetada desde o início para ser a capital do estado do Tocantins, sendo também a mais nova

capital estadual do país. O município caracteriza-se também por ser a segunda capital com melhor

qualidade de vida do Norte do Brasil.

Somente anos depois, com o desmembramento do estado do Tocantins do estado

de Goiás pela Constituição de 1988, é que Palmas finalmente começou a surgir. No dia 10 de

janeiro de 1989, a cidade de Miracema do Tocantins foi definida como capital provisória do

estado. No dia 15 de fevereiro de 1989, a Assembleia autorizou o então governador Siqueira

Campos a desapropriar a área da Serra do Carmo e a leste do povoado de Canela para a criação da

nova capital do estado idealizada pelo então governador da época. No dia 6 de março do mesmo

ano, por decreto, foi criada a Comissão de Implantação da Nova Capital (Novacap) e, no dia 20 de

maio de 1989, foi lançada a pedra fundamental da cidade, numa solenidade que reuniu cerca de dez

mil pessoas na Praça dos Girassóis. No mesmo dia, o governador Siqueira Campos acionou o

trator, abrindo a avenida Teotônio Segurado, a primeira via arterial da cidade. Grande parte do

município foi construído por trabalhadores oriundos de várias localidades do Brasil.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 9 -

No dia 19 de julho do mesmo ano, a Assembleia Estadual Constituinte aprovou o projeto de lei

do executivo criando o Município de Palmas. A lei foi sancionada no dia 1º de agosto seguinte,

quando Siqueira Campos confirmou a transferência da capital de Miracema do Tocantins para

Palmas.

Somente em 1 de janeiro de 1990 é que Palmas assumiu sua função de capital do estado e os

poderes constituídos foram transferidos da capital provisória, Miracema, para o plano diretor da

nova cidade. Porém, as repartições do governo ainda não existiam e não tinham acomodações para

alojar o pessoal administrativo. O primeiro prefeito do município foi Fenelon Barbosa Sales.

Hoje, a população da cidade já chega a mais de duzentas mil pessoas. Cidade planejada, foi

construída contendo avenidas largas, uma preservação ambiental eficiente e bons locais públicos.

Palmas foi a capital com o maior crescimento demográfico durante a primeira década do século

XXI.

A cidade está cravada na exuberante paisagem do cerrado, no coração do Brasil. É conhecida

como a Capital das Oportunidades. Esta máxima se ancora em um projeto de desenvolvimento

sustentável onde o meio ambiente e homens estão no centro de estudo. A cidade é dotada de um

ecossistema de grande beleza cênica com parques urbanos, jardins e áreas verdes estrategicamente

projetadas.

Além de sua arquitetura arrojada, Palmas conta com um lago formado pela UHE Luis Eduardo

Magalhães, com 8 Km de largura, onde podem ser praticados diversos esportes náuticos.

A cidade é propicia ao desenvolvimento do turismo de negócios e eventos e ao ecoturismo.

Localizada a 805 km de Brasília-DF é servida pelas principais companhias áreas.

A Capital do Tocantins, Palmas, é a última cidade brasileira planejada do século 20. Possui

uma arquitetura arrojada, com avenidas largas, dotadas de completo trabalho paisagístico e divisão

urbanística caracterizada por grandes quadras comerciais e residenciais.

Sua beleza, aliada ao caráter progressista, ajudou a atrair para a mais nova capital brasileira de

todos os estados. O baixo índice de violência (Palmas é a segunda capital mais segura do País em

proporção de homicídios, segundo o Ipea) e a qualidade de vida também apontou positivamente

neste sentido.

Palmas está localizada no coração do Brasil e é via obrigatória de acesso entre as regiões Norte

e Sul do País. Pela Capital e entorno passam os grandes projetos estruturantes como a Ferrovia

Norte Sul, hidrovia Araguaia-Tocantins e a BR-153, que será duplicada.

O PIB (Produto Interno Bruto) de Palmas cresceu o triplo da média nacional de 2000 a 2011,

alavancado principalmente pelos setores de serviço e comércio

A economia de Palmas já foi baseada principalmente no setor público, porém este cenário tem

mudado nos últimos anos. O Produto Interno Bruto (PIB) da Capital teve um crescimento médio ao

ano- se comparando 2000 a 2011- de 9,4 %, com destaque para o setor de serviços e comércio,

enquanto que a média de crescimento do Brasil no mesmo período foi de 3,6%. O crescimento da

economia local no período de 2002 a 2010 foi em média de 13,82% ao ano, superando os índices

do Tocantins (7,2%) e do Brasil (4%).

5.1 Identificação da Circunvizinhança

Segundo a Lei Complementar nº 58 de 16/09/2002, no Artigo 2º VII - loteamento urbano: é o

microparcelamento de glebas urbanas com a abertura de novas vias de circulação, de logradouros

públicos, ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.

O Bairro Sudoeste pertencente a região Sul, está incluso na área de urbanização prioritária I,

sendo está descrita no art. 4º da lei supracitada, com as seguintes delimitações: começa no

cruzamento da Rodovia TO-010 com a Avenida Parque; segue por esta até o seu cruzamento com

a Avenida LO-12; segue por uma linha imaginária do prolongamento do eixo da Avenida LO-12

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 10 -

até o Ribeirão Água Fria, seguindo por este até o encontro com a cota 212m do lago formado pela

UHE do Lajeado, seguindo por esta até o encontro com a Rodovia TO-050; daí segue pela TO-

050 até o encontro desta com a Avenida JK, segue a partir daí pela Rodovia TO-010 até o ponto

inicial.

O site será instalado no Bairro Sudoeste situado dentro do sítio urbano da cidade de Palmas.

A região onde o mesmo será locado possui alguns limites bem demarcados pelo Rio Tocantins

(Atual lago artificial projetado), e a TO 010.

O bairro está em numa região caracterizada por ser residencial, com população de renda

média e poucos empreendimentos.

A região é contemplada com infraestrutura básica, como: rede de água tratada, rede de coleta

de esgoto, iluminação pública, ruas asfaltadas, transporte público e coleta de resíduos sólidos

(lixo).

Ressaltando que a expansão e ocupação da Região Sul de Palmas, possui atualmente mais de

50% da população urbana total, com uma maior densidade demográfica do município.

6. CARACTERIZAÇÃO DA ESTAÇÃO

A Centennial Brasil Torres, entende que com as evoluções tecnológicas, precisamos falar mais

e melhor, assim se preocupa em fazer constantes estudos em todo território que atende, com intuito

de suprir esse déficit de sinal. Pois, conforme com o crescimento populacional aumente-se a

procura, assim, são mais celulares, mais pessoas se comunicando, portanto mais demanda.

Na caracterização são oferecidas as alternativas de locação para implantação do site, nessa

etapa a Centennial Brasil Torres elabora um estudo apontando as localizações com maior déficit de

sinal, para posteriormente serem delimitados as áreas com necessidade de implantação de torres a

fim de melhorar a transmissão de sinal, consequentemente a comunicação local.

Atualmente não há alternativas tecnológicas que ofereçam o serviço de transmissão de sinal

com qualidade e economia como a implantação de ERB (torre de celular).

O site BRTO0001 será do tipo Greenfield e até o momento não encontra-se instalado. Este

empreendimento será locado em uma área de 300 m², de um terreno que possui 600,00m². A

edificação possuirá um total de 5,00 m². A delimitação a ser utilizada na Estação Rádio Base será

composta por alambrado. A torre possuirá 40 m de altura, sendo que as antenas serão instaladas a

30 m e o para raios 40,00 m, e o mesmo possui 3,00 m de comprimento.

A torre metálica possuirá 40,00 m de altura e será instalada em base de concreto, com

delimitação composta por alambrado. No raio de 600 m de onde a torre será instalada existem

somente residências e terrenos não edificados.

As antenas serão instaladas a 30 m, não extrapolando a altura permitida por legislação.

Ressaltando que a altura máxima permitida por legislação é de 40 m.

A área manterá a permeabilidade de cerca de 98%, pois o local onde a torre será implantada se

trata de terreno sem edificação, mas somente cerca de 2% da área total será permeabilizado por

concreto.

O site não encontra-se instalado, mas após seu funcionamento atenderá cerca de 80% dos

habitantes da região, aumentando assim a qualidade de sinal da mesma.

Para que o site entre em funcionamento, na sua instalação será realizada as seguintes

instalações de equipamentos e estruturas:

Medidor;

QTME;

QCA;

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Caixa de aterramento;

Skid metálico;

FCI;

BTS;

ELTEK;

Suporte do esteiramento;

Cabos de RF;

Esteira: L=600mm, h=2,00m;

Escada de marinheiro;

Poste com luminária;

Torre metálica autoportante, 40m de altura;

Antenas GSM.

Centennial Brasil Torres está regularizando esta ERB para que exerça sua plena atividade, de

acordo com legislação vigente. Este site funciona durante 24 horas diárias, 7 dias por semana 365

dias por ano, sem intervalos.

O tempo de operação desta ERB é desconhecido, pois dependerá dos interesses da empresa

detentora do site e do proprietário do lote.

A empresa terá um custo em torno de R$ 200.000,00 reais para a instalação e regularização de

uma torre o tipo greenfield acima caracterizada.

Pode-se ainda fazer referência ao anexo da Resolução nº.404 da ANATEL que explana sobre

“Regulamento do Serviço Móvel Especializado”, onde afirma que as desativações de estações

rádio base deverão ser informadas à ANATEL, até trinta dias após o cancelamento de sua

atividade, garantindo o monitoramento destes serviços por parte da ANATEL.

Caso seja necessária a desativação da ERB, fica a cargo da operadora responsável a execução

da retirada dos equipamentos e da estrutura vertical, limpeza do local, com a retirada de todos os

entulhos provenientes desta desinstalação e, se for o caso, apresentar junto ao órgão regulador o

projeto de recomposição do imóvel/área.

6.1 Etapas da Implantação do Empreendimento

A implantação de uma ERB é um processo complexo, pois implica em atender uma série de

objetivos multidisciplinares muitas vezes difíceis de conciliar. Este quadro é agravado quando se

implanta uma rede nova com grande quantidade de ERBs e com um prazo reduzido.

Uma vez definida a necessidade de implantação de um sistema celular novo ou a expansão de

um sistema existente pela implantação de uma ERB ou conjunto de ERB o passo inicial é a

elaboração do Projeto de RF (Frequência de Rádio) que irá estabelecer as especificações para a

localização do site, equipamento e altura das antenas.

Inicia-se então o processo de implantação da ERB cujas principais etapas são: Site Acquisition,

Construção da Infraestrutura e Instalação de Telecom.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 12 -

6.1.1 Site Acquisition

Esta etapa é a mais complexa e de difícil execução, pois implica em selecionar e negociar um

local (site) para implantação da ERB que atenda uma série de objetivos muitas vezes difíceis de

conciliar como:

Localização ótima do ponto de vista do projeto de RF de forma a otimizar a cobertura do

sistema celular;

Visada para enlace rádio de comunicação com a CCC ou disponibilidade de outro meio

de comunicação como fibra óptica;

Local disponível para compra ou aluguel de longo prazo, com documentação e a preços

acessíveis;

Possibilidade de atendimento da legislação local para obtenção de licenças junto a

prefeitura e demais órgãos;

Evitar altos custos de implantação civil principalmente no item fundações e reforços

estruturais;

Prazo de implantação.

Esta etapa implica na execução das seguintes atividades que ocorrem muitas vezes de forma

simultânea: busca, qualificação, negociações, licenças e autorizações, projetos.

6.1.1.1 Busca

O projeto de RF produz um “Search ring” que delimita uma área para procura do site e serve de

base para a seleção de locais onde se possa implantar a ERB. Normalmente procura-se selecionar 3

(três) locais candidatos para implantação de uma ERB.

6.1.1.2 Qualificação

Os três candidatos selecionados passam por um processo de avaliação de forma a que sejam

aceitos ou rejeitados e ordenados em termos de prioridade. Esta avaliação implica em verificar

premissas como:

Acessibilidade;

Fornecimento de Energia;

Implantação civil e legalizações;

Cobertura de RF e interferências;

Visada de TX e interferências.

6.1.1.3 Negociação

Uma vez definidos os candidatos e verificada a documentação legal do imóvel passa-se a

negociar com o proprietário do imóvel um contrato de compra ou locação.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 13 -

6.1.1.4 Licenças e Autorizações

Aspectos legais podem ser em muitos casos os maiores responsáveis por atrasos na

implantação das ERBs devido a inexistência de legislação em muitas prefeituras e a pressões da

vizinhança temerosa de ver o seu imóvel desvalorizado pela presença de uma torre de celular.

Seguem abaixo alguns dos projetos para aprovações junto aos órgãos competentes que deverão

ser observados e cujos processos deverão ser encaminhados aos respectivos órgãos:

Arquitetura junto a Prefeitura Municipal;

Combate a Incêndio junto ao Corpo de Bombeiros;

Ligação de água e esgoto junto à Concessionária Local;

Entrada e medição de energia junto à Concessionária Local;

Telefonia fixa junto à Concessionária Local;

Torre junto ao Ministério da Aeronáutica;

Licenciamento da Estação junto a Anatel incluindo relatório de conformidade de radiação

eletromagnética.

6.1.1.5 Projetos

Após a análise da melhor solução e da devida negociação com o proprietário, deverão ser

efetuados levantamentos mais minuciosos, tais como:

Levantamento Planialtimétrico;

Levantamento da Infraestrutura externa ao terreno;

Sondagem;

Demarcação Topográfica do terreno;

Cronograma físico.

De posse destas informações serão elaborados os projetos executivos, conforme listados

abaixo, de acordo com a sua aplicabilidade:

Projeto de Arquitetura e Memoriais;

Projeto de Instalação Hidráulica;

Projeto de Detecção e Alarme de Incêndio com memorial de cálculo;

Projeto de Combate a Incêndio por extintores;

Projeto Elétrico de Entrada e Medição de Energia;

Projeto Elétrico Executivo C.A.;

Projeto Elétrico Executivo C.C.;

Projeto Executivo GMG;

Projeto de Proteção Atmosférica;

Projeto de Aterramento;

Projeto de Tratamento Acústico;

Projeto de Impermeabilização;

Projeto de Fundações do prédio e torre com memorial de cálculo;

Projeto de Torre com memorial de cálculo;

Projeto de Ar Condicionado e Exaustão Mecânica;

Projeto Estrutural do prédio com memorial de cálculo.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 14 -

6.1.2 Construção da Infraestrutura

6.1.2.1 Infraestrutura para Equipamentos

Geralmente as ERBs são construídas com equipamentos “indoor” que necessitam de uma

infraestrutura de climatização.

A solução adotada é a utilização de alojamentos pré-fabricados (contêineres, p.ex.) ou

adaptações de salas ou edificações existentes. No caso do contêiner é necessário a preparação de

uma base para sua instalação.

A infraestrutura elétrica envolve a instalação de eletrodutos, cabos, aterramento, entrada de

energia e ligação de energia pela Concessionária.

Um dos aspectos mais fundamentais nesta instalação é a questão da disponibilidade pelas

concessionárias públicas da rede de energia elétrica por onde o site está localizado. Daí a

importância na negociação rápida com estes órgãos, caso haja a necessidade de expansão dessa

rede.

Uma vez construída a infraestrutura civil e elétrica é possível instalar o ar-condicionado,

baterias e equipamentos de Energia CC. No caso de contêiner estes equipamentos podem ser pré-

instalados antes do contêiner ser enviado para o site.

A entrega destes equipamentos no site necessita ser muito bem coordenada pois, por vezes o

site não comporta espaço para armazenamento.

6.1.2.2 Torre para Antenas

Antena é um dispositivo que transforma energia eletromagnética guiada pela linha de

transmissão em energia eletromagnética irradiada, ou o contrário, isto é, transforma energia

eletromagnética irradiada em energia eletromagnética guiada para a linha de transmissão. Portanto,

a função da antena é primordial em qualquer comunicação realizada por radiofrequência. A relação

entre as potências de emissão e recepção é proporcional e obedece à Fórmula de Friis.

Antenas podem ser fixadas em torres, postes, cavaletes e mastros, podendo este último ser

montado tanto na cobertura como na lateral da edificação, de acordo com a necessidade de

cobertura e visada do site.

A implantação de uma torre envolve a construção de uma fundação e a sua montagem. A

fundação da torre depende do tipo de solo encontrado no terreno. A escolha do tipo mais

conveniente pode ter impacto fundamental no prazo e custos da construção site. Os tipos mais

comuns são:

Tubulão: fundação profunda, constituída de uma base de apoio e uma haste ambos em

concreto com escavação manual;

Radies: fundações rasas, constituídas de uma base plana de concreto;

Estacas: fundações profundas, constituídas de longos segmentos de concreto ou metal,

com perfuração mecânica, podendo ser tanto pré-fabricadas como moldadas in loco.

Em cada caso deverá ser analisado o perfil do solo e, consequentemente, o melhor custo X

benefício, de acordo com as diretrizes do engenheiro estrutural. Geralmente as fundações rasas são

mais econômicas.

No caso especifico desta torre a base será de concreto para apoiar a BTS, um abrigo de

alvenaria para os equipamentos de medição e quadro de energia.

Serão instaladas caixas de passagem no solo, para cabos de energia e fibra ótica; tubulação para

proteção destes cabos. O local ainda ser

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 15 -

Após a conclusão da fundação é feita a Montagem da Torre com o suporte para as antenas e

acessórios como esteiras, escadas, plataformas, para-raios e luzes de sinalização.

Especial cuidado deve ser tomado na verificação de liberação da instalação por órgãos

públicos, tais como: prefeituras municipais e COMAR (Comandos Regionais da Aeronáutica). Não

é incomum o descuido com este aspecto, e durante a montagem da torre, haver embargo da

instalação. Por vezes a construção conta apenas com uma autorização preliminar por parte dos

órgãos públicos, e que no momento da instalação, por mobilização de vizinhanças de moradores,

pode impedir a licença definitiva.

6.1.2.3 Construções Complementares

Finalmente, dependendo do site, são necessárias algumas construções complementares como

Muro, Calçada e limpeza Geral. Em sites em áreas rurais pode ser inclusive necessário construir

uma estrada para acesso.

6.1.2.4 Instalação de Teleco

Nesta etapa são instalados os equipamentos de Teleco.

Uma vez implantada a ERB ela deve passar por uma fase de aceitação onde é testada a sua

integração com o restante da rede celular em que será ativada.

Estas etapas aplicam-se a cada ERB, seja ela parte de um novo sistema em implantação ou

expansão de uma rede existente.

6.1.2.5 Mão de Obra

A empresa contratada para a construção e instalação da estrutura para implantação do site

contará com um quantitativo de funcionários em torno de 10 pessoas, sendo: 5 pessoas na

construção da base para receber a torre e 5 pessoas na instalação dos equipamentos.

Já na operação do site, não disponibilizará de mão de obra diária, sendo apenas quando forem

executadas as manutenções, estas necessitarão dos serviços de um único funcionário que

eventualmente irá no local verificar se os equipamentos estão operando de forma adequada.

Ressalta-se que após a instalação e início da operação do site não será utilizada mão de obra

externa para funcionamento do mesmo.

6.1.3 Equipamentos

Os elementos de acesso são basicamente divididos em: unidade de alimentação, unidade de

refrigeração e climatização, unidade de processamento de sinais, unidade de controle, unidade de

rádio e unidade de transmissão. Além disso, existem elementos agregados como motores e

controles de alteração de tilt (inclinação) de antenas e TMA’s (amplificadores montados na torre).

Como quase tudo é normatizado não há como se fazer algo muito diferente de um fabricante para

outro.

A torre utilizará um ou mais Equipamento/Antena no Setor. Estas serão definidas em Antenas

RF e MW. O transmissor operará com linha de frequência entre 9 KHz a 300 GHz, sendo a

permitida em legislação.

As antenas de RF são utilizadas em múltiplas aplicações e em diferentes indústrias.

Algumas delas são normalmente utilizadas em redes de PC e celulares, estações base,

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 16 -

aplicações de rádio móvel (LMR), sistemas de GPS, comunicações de resposta críticas,

ISM, WiFi, segurança pública, defesa terrestre, SCADA e muitas outras. Podem ser

divididas em duas categorias: antenas direcionais e antenas omni direcionais.

Micro-ondas wireless – MW oferece uma conexão de banda larga, que em um ambiente

aberto o alcance pode atingir centenas de metros, ou em condições ideais, até dezenas

de quilômetros.

Diagrama de irradiação nada mais é do que o mapeamento da distribuição de energia irradiada,

levando em conta o campotridimensional. Este se faz de duas maneiras, ou em campo ou através

de simulação computacional.

O diagrama de radiação da antena a ser instalada, contendo os dados de potência e número de

canais será descriminado no Laudo Radiométrico, este será elaborado assim que se iniciar a

operação do site.

Ressalta-se que a torre não encontra-se instalada, sendo assim não há equipamentos instalados e

não há como ter dados para o Laudo Radiométrico. Portanto, dados como características técnicas,

quantidade e capacidade por equipamento não se encontra disponível.

Na elaboração do Laudo Radiométrico será possível informar: a geometria do lóbulo principal,

nível de radiação de cada antena, potência do transmissor e ainda a potência ERP irradiada.

Ratifica-se que de acordo com a lei, a potência efetiva irradiada pela rádio comunitária deverá

ser de -16 dBk, para que possamos ter uma intensidade de campo máxima dentro do raio de 1 km

ao redor da torre de transmissão de 91dBµ.

Este valor é estabelecido por lei, para que o sinal de uma emissora do RadCom não interfira

em nenhuma circunstância no sinal da emissora vizinha.

6.2 Transmissão de Radiofrequência

A ANATEL, Agência Nacional de Telecomunicações, é a responsável por definir regras que se

apliquem uniformemente em todo Brasil, para assegurar que a operação de estações transmissoras

de serviços por ela regulamentados não exponha trabalhadores e a população em geral a campos

elétricos, magnéticos e eletromagnéticos com valores acima dos limites considerados seguros.

O Regulamento aprovado pela Anatel é baseado em diretrizes internacionais desenvolvidas por

cientistas da Comissão Internacional de Proteção contra Radiações Não Ionizantes (ICNIRP),

respaldados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora as regras pareçam de difícil

compreensão para o cidadão comum, seu objetivo consiste apenas em proteger os trabalhadores e a

população em geral contra os efeitos adversos à saúde causados por ondas eletromagnéticas na

faixa de radiofrequências. A aplicação uniforme dessas regras em todo Brasil assegura proteção

igual e normas iguais para a instalação e a operação de equipamentos que produzem ondas

eletromagnéticas de radiofrequência.

6.2.1 Ondas Eletromagnéticas de Radiofrequência

A importância das ondas eletromagnéticas na nossa vida é indiscutível. Também conhecidas

por campos eletromagnéticos de radiofrequências, ondas eletromagnéticas de radiofrequências ou

ondas de radiofrequências são usadas para comunicações sem fio, tais como transmissão de TV e

rádio, comunicações por telefone móvel, comunicações entre trabalhadores da segurança pública,

tais como policiais, bombeiros e motoristas de ambulância, radar para segurança de aviões,

"pager", telefones celulares, fornos de micro-ondas e muitos outros propósitos.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 17 -

Devido à ausência de uma terminologia bastante clara, pode-se dizer que uma onda é

determinada forma de ressurreição da energia, por intermédio do elemento particular que a veicula

ou estabelece (André Luiz, 1959).

Partindo de semelhante princípio, entende-se que a fonte primordial de qualquer irradiação é o

átomo ou partes dele em agitação, despedindo raios ou ondas que se articulam, de acordo com as

oscilações que emite (André Luiz, 1959).

A primeira previsão da existência de ondas eletromagnéticas foi feita em 1864 pelo físico

escocês James Clerk Maxwell (1831-1879). Ele conseguiu provar teoricamente que uma

perturbação eletromagnética devia se propagar no vácuo com uma velocidade igual à da luz.

A velocidade de propagação de uma onda eletromagnética depende do meio em que ela se

propaga.

Maxwell mostrou que a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética, no vácuo, é

dada pela expressão:

onde é a permissividade elétrica do vácuo e é a permeabilidade magnética do vácuo.

Aplicando os valores de e de na expressão acima, encontra-se a velocidade:

ou (valor exato)

Que é igual a velocidade da luz. Nisso Maxwell se baseou para afirmar que a luz também é

uma onda eletromagnética.

Podemos resumir as características das ondas eletromagnéticas no seguinte:

São formadas por campos elétricos e campos magnéticos variáveis;

O campo elétrico é perpendicular ao campo magnético;

São ondas transversais (os campos são perpendiculares à direção de propagação);

Propagam-se no vácuo com a velocidade "c";

Podem propagar num meio material com velocidade menor que a obtida no vácuo.

As ondas eletromagnéticas usadas para comunicações sem fio correspondem à energia

transportada através do espaço, na velocidade da luz, na forma de campo elétrico e magnético. A

quantidade de energia associada à onda eletromagnética depende de suas frequências, às quais são

medidas pelo número de oscilações (ciclos) por segundo. Por exemplo, ondas elétricas e

magnéticas de uma estação de rádio FM típica oscilam em uma frequência de 100 milhões de

vezes por segundo ou, em termos usuais, a uma taxa de 100 milhões de Hertz (abreviado como 100

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 18 -

MHz). Estações de TV operam em canais com frequências que variam de 54 MHz até 806 MHz.

Os sistemas de telefonia celular usam ondas de frequências ainda mais altas. A faixa de

radiofrequências (RF) na qual os sinais sem fio são transmitidos estende-se de 9.000 Hertz (9 kHz)

a 300 bilhões de Hertz (300 GHz) e incluem subdivisões tais como faixas de radiofrequências extra

baixa, baixa, média, alta, muito alta, ultra alta, entre outras.

6.2.2 Ondas Eletromagnéticas e sua Interferência em Dispositivos Eletrônicos

Marca-passos cardíacos implantados e desfibriladores podem ser suscetíveis à interferência de

radiofrequências. Isto não é comum e ocorre somente quando seus usuários são expostos a campos

eletromagnéticos muito intensos.

Por esta razão, trabalhadores que utilizem estes dispositivos necessitam tomar precauções

adicionais caso estejam expostos a campos muito intensos. Avisos sobre este problema potencial

podem ser encontrados próximos a fornos de micro-ondas e dispositivos de detecção de metal,

como aqueles existentes em bancos e aeroportos.

6.2.3 Limitação da Exposição a Campos Eletromagnéticos

A ANATEL emitiu a Resolução n.º 303, publicada no Diário Oficial da União de 10 de julho

de 2002, que aprovou o Regulamento sobre Limitação da Exposição Humana a Campos Elétricos,

Magnéticos e Eletromagnéticos na Faixa de Radiofrequências entre 9 kHz e 300 GHz. O

Regulamento da ANATEL foi desenvolvido para permitir o uso seguro dos campos

eletromagnéticos de radiofrequências.

A cada ano, novas tecnologias sem fio trazem benefícios adicionais à sociedade moderna,

algumas das quais responsáveis pelo aumento do número de antenas nas áreas urbanas. Uma das

responsabilidades da ANATEL é definir regras que se apliquem uniformemente em todo Brasil,

para assegurar que a operação de estações transmissoras de serviços por ela regulamentados não

exponha trabalhadores e a população em geral a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos

de valores acima dos limites considerados seguros.

O Regulamento aprovado pela ANATEL é baseado em diretrizes internacionais desenvolvidas

por cientistas da Comissão Internacional de Proteção contra Radiações Não

Ionizantes (ICNIRP), respaldados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Embora as regras pareçam de difícil compreensão para o cidadão comum, seu objetivo é

simples: proteger os trabalhadores e a população em geral contra os efeitos adversos à saúde

causados por ondas eletromagnéticas na faixa de radiofrequências. A aplicação uniforme dessas

regras em todo Brasil assegura proteção igual e normas iguais para a instalação e a operação de

equipamentos que produzem ondas eletromagnéticas.

7. MEIO FÍSICO

7.1 Hidrografia

O PRODIAT, Projeto de Desenvolvimento Integrado da Bacia do Araguaia/Tocantins, dividiu

a hidrografia do estado em duas sub-bacias a saber:

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 19 -

1. Sub-bacia do Rio Araguaia: formada pelo Rio Araguaia e seus afluentes, tendo um terço

de seu volume no estado.

2. Sub-bacia do Rio Tocantins: formada pelo Rio Tocantins e seus afluentes, ocupando

aproximadamente dois terços do volume estadual.

O rio Araguaia nasce nas vertentes da Serra do Caiapó e corre de sul para norte, formando a

maior ilha fluvial do mundo, a ilha do Bananal e lança suas águas no Tocantins depois de percorrer

1.135 km engrossado por seus afluentes.

O rio Tocantins, nasce na Lagoa Formosa em Goiás a mais de 1.000m de altitude. Ele forma-se

depois de receber as águas dos rios das Almas e Maranhão. Sendo um rio de planalto, lança suas

águas barrentas em plena bacia de Guajará no Pará.

Concluindo, podemos afirmar que o regime hídrico das bacias Araguaia/Tocantins é bem

definido, apresentando um período de estiagem que culmina em setembro/outubro e um período de

cheias culminando em fevereiro/abril. Há anos em que as enchentes ocorrem mais cedo, no mês de

dezembro, dependendo da antecipação das chuvas nas cabeceiras. (MINTER/1988).

7.2 Vegetação

A vegetação do Tocantins é bastante variada. Apresenta desde o campo cerrado, cerradão,

campos limpos ou rupestres a floresta equatorial de transição, sob forma de "mata de galeria",

extremamente variada.

A vegetação é o espelho do clima. Em área, o cerrado ocupa o primeiro lugar no estado do

Tocantins. As árvores do cerrado estão adaptadas à escassez de água durante uma estação do ano.

Caracterizam-se por uma vegetação campestre, com árvores e arbustos esparsos, útil à criação

extensiva do gado, por ser uma vegetação de campos naturais, em espécie vegetal dos diferentes

tipos de Cerrado.

Cerrado – Árvores de pequeno porte, poucas folhagens, raízes longas adequadas à procura de

água no subsolo, folhas pequenas duras e grossas, ciando grande parte na Estação seca. As espécies

nativas mais comuns são: pau-terra, pau-santo, barbatimão, pequi, araticum e muricí.

Campo Sujo – Uma divisão do cerrado, que apresenta árvores bastante espaçadas uma das

outras e, às vezes, em formação compacta. Ex: lixeira, gramínea etc.

Campo Limpo – Caracteriza-se por se constituir uma formação tipicamente herbácea, com

feição de estepes, quando isoladas; se em tubas deixam parcelas de terrenos descobertas, sob a

forma de praiarias; quando é contínua, reveste densamente o terreno. Está ligada à topografia e

hidrografia, notando-se uma associação nos divisores de água, nas encostas das elevações onde o

lençol freático aflora, e, também, nas várzeas dos rios. Ex: Ilha do Bananal – onde se dá criação

extensiva do gado no estado.

Floresta Equatorial – Aparece de modo contínuo no norte do estado, próximo ao paralelo 5º, e

acompanha o curso dos rios, sob forma de "mata de galeria". Essa formação em área de

temperatura quente e pluviosidade elevada, propicia o aparecimento de uma forma densa bastante

estratificada, composta de espécies variadas.

Floresta Tropical – Características de regiões cuja temperatura é permanentemente quente com

chuvas superiores a um total de 1500 mm anual. Apresenta muitas espécies vegetais de grande

valor econômico como as madeiras -de- lei, destacando-se o Mogno e o Pau-Brasil etc. As bordas

litorâneas do vale do Tocantins, no norte do estado, notadamente Tocantinópolis e Babaçulândia,

oferecem uma grande riqueza vegetal – o babaçu. O estado ocupa o 3º lugar, no Brasil, em relação

à sua produção.

Resultantes da interação entre altitudes, latitudes, relevo, solo, hidrografia e o clima, o estado

pode ser dividido em três regiões que são:

Região Norte: de influência Amazônica, caracterizada pelas florestas fluviais.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 20 -

Região do Médio Araguaia: constituída, principalmente, pelo complexo do Bananal – onde se

encontram os cerrados associados às matas de Galeria e à Floresta Estacional Semidecidual.

Região Centro-Sul e Leste: onde predomina o cerrado com algumas variações de Floresta

Estacional Decidual nas fronteiras de Bahia- Goiás.

De maneira geral podemos afirmar que a cobertura vegetal predominante no Tocantins é o

cerrado, perfazendo um percentual superior a 60%. O restante é composto por florestas esparsas

que podem ser identificadas, sobretudo, nas Bacias hídricas Tocantins-Araguaia – Paranã e seus

afluentes.

Os recursos naturais de origem vegetal que merecem maior destaque no Tocantins são: o coco

babaçu, o pequi e o buruti. O babaçu é rico em celulose e óleo, que, ao lado do pequi é aproveitado

nos pratos típicos da região. O coco tem grande valor industrial, pois serve para a fabricação de

gorduras, sabões e sabonetes. A casca do coco serve como combustível e a palha do babaçu presta-

se para o fabrico de redes, cordas, cobertura de casas etc.

Outra riqueza vegetal largamente explorada é a produção da madeira-de-lei.

7.3 Pedologia

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 21 -

Este trabalho é parte integrante do Zoneamento Agroecológico (ZAE) do Estado do Tocantins,

que vem sendo executado pela Embrapa Monitoramento por Satélite em parceria com a Diretoria

de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE), da Secretaria de Planejamento (SEPLAN) daquele

Estado.

O plano de informação de pedologia faz parte de um banco de dados georreferenciados,

disponível para ambientes SGI/INPE e IDRISI, dividido em 25 quadrículas.

Cada uma destas 25 quadrículas apresenta unidades de mapeamento compatível com a escala

1:250.000, totalizando 53 unidades simples e/ou associações de solos. Já o mapa único, compatível

com a escala 1:1.000.000, apresenta 13 classes de solos em nível categórico elevado: Latossolo

Amarelo (LA), Latossolo Vermelho-Amarelo (LV), Latossolo Vermelho-Escuro (LE), Latossolo

Roxo (LR), Podzólico Vermelho-Amarelo (PV), Podzólico Vermelho-Escuro (PE), Cambissolo

(C), Plintossolo (PT), Glei Pouco-Húmico (HGP), Areia Quartzosa Hidromórfica (HAQ), Areia

Quartzosa (AQ), Solo Litólico (R) e Plintossolo Pétrico (PP). Na Tabela 1, constam as principais

características morfológicas e físicas, além da distribuição quantitativa destas classes e de suas

respectivas unidades de mapeamento descritas no Estado.

Verifica-se na área estudada a predominância de solos distróficos, com horizonte A moderado

e argila de atividade baixa. Em termos de expressão espacial, os Plintossolos Pétricos e os

Latossolos são os principais, seguidos pelas Areias Quartzosas. Verifica-se ainda a presença do

caráter petroplíntico na maioria das unidades taxonômicas encontradas.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 22 -

Tabela 1: Área calculada1, Distribuição Relativa (%) e Principais Características Morfológicas,

Físicas e Químicas das Classes de Solos Descritas no Estado do Tocantins.

Solo Área (km2) %

Relat.

Fertilidade

Natural

Ativ.

Argila

Textura

Predom.

Característ.

Acessórias

Unidades

Mapeam.

LA 7.405,99 2,66 Distrófico - média - 1

LV 51.062,36 18,34 Distrófico

ou Álico -

média e

argilosa - 4

LE 3.341,05 1,20 Distrófico - argilosa - 3

LR 361,95 0,13 Distrófico - muito arg.

e argilosa - 2

PV 24.556,71 8,82 Distr,

Álico; Eutr. Tb

média/arg;

aren/média

fase

pedregosa;

cascalhenta

7

PE 2.088,16 0,75 Eutrófico Ta argilosa ou

muito argil. - 1

C 3.313,21 1,19

Álico,

Distr.;

Eutr.

Tb média ou

argilosa

fase

rochosa;

cascalhenta

4

PT 31.656,43 11,37

Álicos,

Distr.;

Eutr.

Tb média/arg.

abruptos;

muito

cascalh.

6

HG 14.143,77 5,08 Distróf. ou

Eutróficos Tb

argilosa ou

indiscrim. - 4

HAQ 974,47 0,35 Álicas - arenosa -

AQ 51.090,20 18,35 Álicas ou

Distróficas - arenosa - 6

R 23.220,29 8,34

Álicos,

Distróf. Ou

Eutróficos

Tb ou

Ta

média ou

indisc.

fase

pedregosa e

concrec.

5

PP 65.206,13 23,42 Álicos ou

Distróficos Tb

aren./média

média e

média/arg.

plínticos;

concrec. 9

TOTAL 278.420,70 100,00 - - - - 53

1/ Quantificação feita através do programa IDRISI 1.0 para Windows.

Um outro aspecto observado neste levantamento é o grande percentual (16,80%) de solos com

caráter hidromórfico, os quais estão sujeitos a alagamentos periódicos ou permanentes, e que se

concentram na Planície do Bananal, na Depressão do Rio Araguaia.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 23 -

As classes de solos estão representadas na legenda de acordo com sua importância decrescente

de extensão. No caso de extensões equivalentes, as classes foram ordenadas de acordo com seu

potencial de utilização agrícola. Da mesma maneira, os símbolos e as cores das associações foram

convencionados sempre em função do componente que figura em primeiro lugar.

Não foi utilizada a especificação dos tipos de horizonte A para distinguir as classes de solos,

visto que predomina no Estado o horizonte "A moderado" com pequena ocorrência de "A fraco".

7.4 Geologia

Este trabalho é parte integrante do Zoneamento Agroecológico (ZAE) do Estado do Tocantins,

que vem sendo executado pela Embrapa Monitoramento por Satélite em parceria com a Diretoria

de Zoneamento Ecológico-Econômico (DZE), da Secretaria de Planejamento (SEPLAN) daquele

Estado.

O plano de informação (PI) de geologia faz parte de um banco de dados georreferenciados,

disponível para ambientes SGI/INPE e IDRISI, dividido em 25 quadrículas. A interpretação que se

dá à geologia da área do Estado, permitiu que se estabelecesse a coluna estratigráfica, observada

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 24 -

neste PI, na escala 1:250.000, cujas unidades mapeadas, estão alicerçadas no estudo

geocronológico e interpretações de imagens de radar.

Foram mapeados 13 Grupos e 42 SubGrupos, considerando-se, neste estudo geocronológico, os

Períodos e as Épocas, respectivamente. Assim, tem-se, em termos de Subgrupos: 02 do

Quaternário; 03 do Terciário; 02 do Cretácio; 01 do Jurássico-Cretáceo Inferior; 01 do Triássico;

01 do Permiano; 03 do Carbonífero; 03 do Devoniano; 02 do Siluriano-Devoniano Inferior;

07 do Pré-Cambriano Superior; 10 do Pré-Cambriano Médio; 04 do Pré-Cambriano Inferior e 03

de Rochas de Posicionamento Duvidoso.

A Coluna Litoestratigráfica observada na legenda está representada em ordem cronológica do

período geológico. As rochas de posicionamento duvidoso englobam tipos litológicos destituídos

de elementos conclusivos para sua classificação na Coluna Litoestratigráfica.

As notações referentes à mineralogia (garimpos, minas e jazidas), são equivalentes aquelas

encontradas no Projeto RADAMBRASIL (1973-1981).

8. CLIMA E PLUVIOSIDADE

Clima quente todo o ano. Apesar de ter algumas variações, são poucas, pois a diferença entre o

mês mais quente (setembro) e o mais frio (julho) é de apenas 3°C. A média das máximas em

setembro é de 36°C, e a das mínimas é de 22°C, em julho, a média das temperaturas máximas

atinge 33°C, enquanto a das mínimas cai para 15°C. Assim, a temperatura média anual é de 26°C.

Apesar de setembro ser o mês mais quente, as temperaturas mínimas maiores acontecem em

março, com 24°C. O mesmo acontece com julho (mês mais frio), onde a menor temperatura

máxima acontece em março e fevereiro.

A distribuição sazonal das precipitações pluviais está bem caracterizada acusando, no ano, dois

períodos bem definidos: a estação chuvosa de outubro a abril com temperatura média que varia

entre 22º e 28º, com ventos fracos e moderados e a estação seca nos meses de maio a setembro

com temperatura média que varia entre 27º e 32º e tem como temperatura máxima 41°C. O mês

mais chuvoso é Janeiro, quando chove 241 mm, enquanto o mês mais seco é julho, quando chove

apenas 5 mm.

9. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

Palmas possui as mais importantes taxas de crescimento demográfico do Brasil nos últimos dez

anos, recebendo pessoas de praticamente todos os estados brasileiros. Segundo estimativas do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município atingiu um crescimento

populacional de 156,50% em 2006 comparando com a população residente em 1996, saindo dos

86.116 habitantes para uma estimativa de 220.888 habitantes, possui um crescimento médio de

9,75% anual, conforme pesquisas do IBGE.

Nos últimos anos, o desenvolvimento econômico pelo qual tem passado o município de Palmas

de certa forma tem contribuído para a atração de um contingente populacional proveniente de

diversas partes do país. Esta corrente migratória se deve à expectativa gerada com o surgimento de

oportunidades de negócios e empregos em função da implantação do estado e da capital.

Com esse crescimento constante exigisse uma maior e melhor comunicação entre as pessoas,

para isso é necessária uma infraestrutura maior. Devido ao aumento da demanda de serviços faz

com que as empresas de comunicação vejam cada vez mais a necessidade de implantação de torres,

a fim de oferecer um serviço melhor.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 25 -

O empreendimento em questão não provocará nenhum tipo de impacto econômico ou

ambiental significativo, no caso de instalação de torre greenfield é necessário o uso de

maquinários, mas todos com manutenção em dia, sendo que a atividade não gera resíduos ou

maiores dados, pois como o mastro metálico já é pré-fabricado, no local só é feito a montagem da

torre.

A torre é construída com colunas, diagonais e travamentos em perfis laminados planos do tipo

do tipo de abas iguais, com escada frontal à esteira vertical de cabos, utilizando os travamentos

como proteção, podendo ter plataforma de trabalho no topo e ou nos níveis das antenas. Todas as

ligações são feitas através de parafusos, porcas e pall nuts. A estrutura é galvanizada a fogo.

Não há utilização de produtos químicos, ou combustíveis. A taxa de geração de material

particulado e gases não ultrapassam os já existentes derivado do trânsito veicular da região.

Na implantação será gerado o mínimo de resíduos sólidos no local, ressaltando que os

funcionários da empresa responsável pela instalação são treinados para o recolhimento e

destinação adequada destes resíduos.

Portanto, o investimento em infraestrutura, por parte das empresas de telefonia tende a

aumentar a eficiência do sistema de comunicação no intuito de atender as necessidades dos

usuários, sem causar grandes impactos a região beneficiada.

9.1 Densidade Demográfica

A Região está incluída no sul de Palmas, o site será instalado em área urbana. Com densidade

demográfica aproximada de 29,00 hab./Km².

9.2 Infraestrutura

Segundo diagnóstico realizado na região, num raio de 600m (quinhentos metros) do imóvel em

tela não foram encontrados quaisquer empreendimentos similares à ERB. Ressaltando que no

levantamento ainda foram verificados:

Serviços Públicos

O local é de predominância residencial, possui infraestrutura básica, como: iluminação

pública, ruas pavimentadas, rede de abastecimento de água, rede de esgoto, iluminação

pública e coleta de resíduos sólidos (lixo).

Saúde

A região ainda é carente em se tratando de saúde. O Centro de Saúde (Hospital Cristo Rei)

mais próximo, está a cerca de 1.500 metros do ponto onde a torre será instalada.

Escolas/Creches

Segundo levantamento realizado na região, o Centro de Educação mais próximo do local

onde o site será instalado, situa-se a cerca de 700 m. (Escola Estadual Madre Belém). E há

cerca de 200m a Escola Técnica do SUS Palmas.

Transporte

A estação rádio base não causará impacto sistema viário, pois serão utilizados poucos

veículos em um pequeno espaço de tempo para a implantação do referido site, salienta-se

durante seu funcionamento quando se fizer necessário o site receberá manutenções, sendo

estas serão realizadas por técnico habilitado e nesse período haverá circulação de apenas

um veículo no local.

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 26 -

Ressalta-se que em virtude da urbanização, no local possui um tráfego veicular

considerável, apesar de não haver circulação de ônibus de transporte público, assim o

impacto causado pela implantação da torre será insignificante em relação ao tráfego de

veículos ali existente.

Salienta-se que foi levado em consideração no levantamento empreendimentos como:

Orfanatos, asilos, Casas de repouso, postos de gasolina, presídios, cadeias públicas, centros de

recuperação de jovens infratores. Portanto no raio de 600 metros não foram identificados

empreendimentos que exerçam tais atividades.

9.3 Manutenções

Nas manutenções não são realizados procedimentos de alto risco, quando necessário um

técnico especializado vai ao local trocar algum equipamento com defeito, como baterias, antenas e

etc.

O técnico vai ao local, faz um check-list, caso verifique que há algum equipamento que precise

de troca ele retira o equipamento e providência uma nova peça. Caso não tenha a peça em mãos

ele retorna ao local após a aquisição da nova peça, para instala-la.

Nesse procedimento são gerados boletins de manutenção e esses são arquivados nas empresas

responsáveis.

10. ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Conforme a Resolução CONAMA 001 de 1986, impacto ambiental é qualquer alteração das

propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de

matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:

I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

II - as atividades sociais e econômicas;

III - a biota;

IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V - a qualidade dos recursos ambientais.

10.1 Meio Socioeconômico

O empreendimento em questão, não provocará qualquer tipo de impacto econômico

significativo a nível local, não exercendo pressão sobre as atividades econômicas existentes nas

proximidades da torre. Porém, em âmbito municipal e estadual trará influência socioeconômica

sobre a comunidade, visto que o investimento em infraestrutura por parte das empresas de

telefonia tende a aumentar a eficiência do sistema de comunicação no intuito de atender as

necessidades dos usuários.

Como a torre será instalada em terreno adequadamente cercado por alambrado e conterá um

portão que ficará fechado com tranca e cadeado codificado, onde somente o técnico que fará as

manutenções estará de posse da chave.

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10.2 Segurança

A fim de evitar interferência entre usuários (linhas cruzadas), o telefone celular opera com

baixa frequência, o que resulta em alcance limitado. Assim, para proporcionar uma cobertura

adequada, é sempre necessária a presença de uma antena (ERB) nas proximidades do telefone.

Quando instaladas no “Greenfield” são orientadas de forma a irradiar para fora do seu raio, a

fim de dar cobertura a área externa.

Salientando que a torre será instalada em local fechado com segurança, para inibir o acesso de

pessoas não autorizadas, preparadas e devidamente equipadas quando das manutenções.

Como o acesso ao local é autorizado apenas para técnicos especializados, pois há equipamentos

com eletricidade e de alto custo, assim são colocadas placas de advertência para entrada de

pessoas autorizadas.

Figura 1 – Placas de advertência – Entrada Proibida

Ressalta-se que, no funcionamento do site há a necessidade de um técnico no local quando se

fazer necessário as manutenções nos equipamentos, e fora esses dias o local permanecerá fechado

e lacrado com cadeado.

É importante ressaltar que no topo de cada torre é instalado para-raios, a fim de trazer maior

segurança para a circunvizinhança.

Figura 2 – Placas de advertência – Para-raios

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 28 -

O local é sinalizado para informar a presença de possíveis descargas elétricas, e da importância

de quando houver chuvas e trovoadas não ficarem próximos ao local, pois mesmo com o para-

raios pode haver perigo para tocar nos equipamentos.

10.3 Ruídos e Vibrações

O ruído é um conjunto de sons indesejados que provocam uma sensação desagradável. Som e

ruídos são caracterizados por grandezas físicas mensuráveis as quais são associadas grandezas

ditas filosóficas, que correspondem à sensação auditiva. (MACHADO, 2006).

Nas tecnologias de telecomunicação, em especifico, a telefonia celular, não há geração de

ruídos mensuráveis. Mas contudo a estrutura que é utilizada na implantação da torre, é necessário

um local especifico onde ficarão armazenados os equipamentos, e para o bom acondicionamento

destes é fundamental um local climatizado, assim nestes locais são instalados aparelhos de ar

condicionado, e este equipamento faz ruído. Portanto o ar condicionado é a única fonte de ruído

em uma estação de telefonia celular (site).

Com a constante inovação das tecnologias utilizadas hoje, a questão dos ruídos e vibrações foi

totalmente disseminada. No caso em questão que a torre será instalada em terreno, em área

antropizada, algum ruído que possa existir é totalmente consumido pelos ruídos oriundos de uma

região urbanizada.

10.4 Resíduos Sólidos

Resíduos sólidos são resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de

origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.

Durante o processo construtivo do empreendimento, será realizada a quantificação dos resíduos

gerados, para que seja realizado a classificação, o armazenamento e destinação final adequada.

Em tese na construção serão gerados:

Resíduo Comum

Essa classe de resíduo, que abrange aqueles não recicláveis, como sobras de alimentos,

guardanapos, copos plásticos descartáveis, entre outros. Ressaltando que como a

quantidade de funcionários na etapa de construção não ultrapassa 10 pessoas, portanto,

a quantidade de resíduo comum será insignificativa.

Resíduo Reciclável Observa-se na implantação de torre de celular a geração de uma pequena porção de

papelão, derivados das embalagens dos equipamentos. Estes como são baixa

quantidade são armazenados no local e doados a catadores de papel que trabalhem na

região a qual está se instalando a torre.

Sobras de Concreto

As quantidades desses resíduos serão praticamente nulas, pois o volume de concreto é

calculado pela concreteira e manipulado a quantidade exata do que será utilizado na

fundação, portanto, não há geração de resíduos derivado do concreto.

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Sobras de Aço

A quantificação deste material será calculada de acordo com dados do projeto básico.

Ressaltando que as estruturas metálicas utilizadas na implantação da torre, são

encaminhadas para o local já cortadas e pré-montados pela empresa responsável, e no

local é realizado somente a montagem da estrutura, não havendo sobras, portanto, não

há geração de resíduos.

Diferentemente dos empreendimentos de construção civil, a implantação de uma torre de

celular utiliza o mínimo de materiais e equipamentos que gerem resíduos, assim, com exceção do

papelão que é separado para a reciclagem, não há uma segregação pois o empreendimento não

gera resíduos em quantidades significativas.

Os resíduos gerados neste caso não ultrapassam o peso de 10 (dez) quilogramas, sendo

classificados de acordo com a NBR 10004 como resíduos classe II – não perigosos.

Portanto como são de baixa quantidade e não oferecem riscos à saúde, são acondicionados em

saco plástico de cor preta e recebem uma disposição adequada quando encaminhados ao Aterro

Sanitário do Município.

Na operação não é gerado resíduos sólidos ou líquidos. Uma vez que para a funcionalidade de

uma torre não utiliza-se mão de obra, pois todos os equipamentos são automatizados. Apenas nas

manutenções periódicas é disponibilizado um técnico que irá ao local para realizar as verificações

padrões nos equipamentos, mas nesse processo também não gerará resíduos.

10.5 Solos

A Estação Rádio Base em tela será instalada em área urbanizada, em terreno ainda não

edificado.

Na instalação da torre não será necessário impermeabilizar uma grande área para a fundação de

sustento da torre. E no funcionamento da mesma não haverá interferência no solo do local, logo

não gerará impactos significativos no solo.

10.6 Recursos Hídricos

Na implantação, será utilizado a água fornecida pela SANEATINS, para a construção da

fundação de concreto, e alguns outros procedimentos dessa fase. Mas ressalta a água será

fornecida após implantação dos equipamentos estabelecidos pela própria concessionária de água.

Tal consumo será por tempo determinado, não havendo desperdício.

Na operação e eventuais manutenções do site em questão não será utilizado recursos hídricos,

logo não acarretará interferência nos mesmos. Devido não necessitar de colaboradores

diariamente, não há o uso de água, pois a torre e equipamentos não demandam do uso d’água para

seu funcionamento.

Dessa forma, os recursos hídricos não sofrerão qualquer tipo de impacto com esse

empreendimento, lembrando que não haverá a geração de efluentes líquidos, sanitários ou

industriais, permanecendo inalterada a qualidade dos mananciais existentes no município.

10.7 Sistema Atmosférico

Durante a implementação do empreendimento não haverá o lançamento de material particulado

na atmosfera de forma significativa, a utilização de maquinários será pequena. Os únicos veículos

3G Engenharia e Consultoria Ambiental - 30 -

utilizados, serão dos profissionais durante a instalação e após periodicamente do técnico que ali irá

apenas para realizar manutenções.

Todavia, isto não causará impactos significantes, uma vez que o ar atmosférico da zona em que

o site será instalado recebe constantemente a emissão de gases provenientes do escapamento de

veículos automotores que por ali trafegam.

10.8 Flora

Tendo em vista que o site será instalado em área urbana, e o mesmo situa-se em uma zona que

se encontra antropizada, contemplando vários estabelecimentos residenciais, comerciais e de

prestação de serviços, ruas asfaltadas, redes de distribuição de água tratada e outras benfeitorias, a

flora local não sofrerá impactos significantes.

Pode-se afirmar que os impactos ambientais mais significativos ocorreram com a urbanização

da região.

10.9 Fauna

Em virtude da urbanização da região, onde o site será instalado, a incidência de espécies de

animais no local é baixa, sendo apenas de alguns pássaros, répteis e outros, portanto como a região

encontra-se antropizada, os impactos serão de baixa significância. Ressaltando que, como não

haverá trafego de máquinas e de pessoal em grandes quantidades, portanto, não haverá transtorno

com relação ao ecossistema local e circunvizinho, como pássaros, pequenos roedores e etc.

10.10 Metodologia Utilizada na Avaliação

Os dicionários definem metodologia como o estudo sistemático e lógico dos princípios que

dirigem a pesquisa científica, ou o estudo científico dos métodos. Por sua vez, método é o meio ou

o processo de se atingir determinado objetivo, ou, ainda, os procedimentos técnicos, modos de

pesquisa e investigação, previamente estabelecidos, próprios de uma ciência ou disciplina,

empregados para alcançar um determinado fim.

Chamam-se métodos de avaliação de impacto ambiental os “mecanismos estruturados para

coletar, analisar, comparar e organizar informações e dados sobre os impactos ambientais de uma

proposta (...)” (BISSET, 1982) e “a sequência de passos recomendados para colecionar e analisar

os efeitos de uma ação sobre a qualidade ambiental e a produtividade do sistema natural, e avaliar

os seus impactos nos receptores natural, socioeconômico e humano (...)” (HORBERRY, 1984).

Algumas vezes o termo metodologia é empregado para nomear um método de AIA, embora seja

mais apropriado para designar o conjunto de conceitos, postulados técnicos, técnicas e métodos

utilizados para a execução de um dado estudo de impacto ambiental.

A identificação e avaliação dos impactos ambientais negativos será realizada com base na

metodologia utilizada na norma ISO 14001 (1996).

Este sistema de avaliação possibilita uma rápida identificação dos impactos ambientais que

podem ser causados na instalação e operação do empreendimento em questão. Desta forma

medidas corretivas e/ou mitigadoras podem ser implementadas de maneira rápida e eficaz.

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10.10.1 Relação entre Atividade, Aspecto Ambiental e Impactos Ambientais Durante a

Instalação e Funcionamento da Torre.

ATIVIDADE ASPECTO AMBIENTAL IMPACTOS AMBIENTAIS

Utilização de

máquinas e

veículos

automotores

Emissão de ruídos Poluição sonora.

Emissão de material particulado

(fumaça)

Alteração das propriedades físico-

químicas da atmosfera.

Funcionamento

das antenas

Emissão de ondas

eletromagnéticas e possibilidade

de atração e condução de

descargas elétricas, pois as

antenas serão fixadas em

estrutura metálica.

Alteração das propriedades físicas

da atmosfera.

Equipe de

trabalho em

atividade

Geração de resíduos sólidos

(lixo) com possibilidade de mau

acondicionamento do mesmo.

Odor, alteração das propriedades

físico-químicas do solo e,

consequentemente, do lençol

freático. Limpeza do

terreno

Emissão de material particulado

(poeira)

Alteração das propriedades físico-

químicas da atmosfera.

Instalação de

bases de concreto

no solo para a

recepção de

equipamentos

Impermeabilização do solo

Possibilidade de deficiência na

recarga do lençol freático.

11. PLANO DE ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO

A região Sul de Palmas pertence a uma região já antropizada. Tendo em vista que a área em

questão é urbanizada e o empreendimento será instalado em terreno não edificado, não haverá

impactos ao meio físico e biótico.

Salienta-se que o empreendimento também não causará impactos socioeconômicos e culturais,

pois o funcionamento da torre não trará benfeitorias que gere acréscimo aos valores urbanísticos ou

benefícios culturais.

Neste caso é irrelevante o monitoramento da área com relação ao meio físico, biótico,

socioeconômico e cultural, pois a instalação e o funcionamento do empreendimento não trará

qualquer alteração com relação a estes tópicos.

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12. MEDIDAS MITIGADORAS

Tendo em vista que no item anterior foram diagnosticados alguns possíveis impactos

ambientais decorrentes da instalação do site, foram adotadas práticas com o intuito de reduzir a

intensidade dos mesmos, uma vez que é praticamente impossível impedir que eles ocorram.

As máquinas e veículos automotores utilizados durante a instalação do empreendimento

passaram por revisão com empresa especializada, a fim de que os ruídos e a emissão de fumaça

fossem reduzidos consideravelmente.

Durante o funcionamento do site ondas eletromagnéticas serão emitidas através das antenas

fixadas à torre. Para que a emissão destas ondas esteja sempre de acordo com as diretrizes da

ANATEL serão realizados laudos radiométricos frequentemente. Será instalado um para-raios no

topo da torre para que o risco de acidentes em decorrência da atração e condução de eletricidade

proveniente de descargas elétricas naturais seja eliminado.

Na implantação do site o lixo gerado será depositado em recipientes e/ou embalagens

adequadas e acondicionado em um local onde pudesse ser coletado e transportado até um aterro

sanitário ou unidade similar.

Os pontos que servem como base para determinados equipamentos impermeabilizam o solo

naquela determinada área, entretanto é uma área pequena. Desta forma o regime do lençol freático

não sofrerá impactos significativos.

Os equipamentos a ser instalados no empreendimento não geram ruídos e/ou vibrações, sendo

assim a adoção de medidas mitigadoras como a instalação de isolantes acústicos foi e será

necessária.

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13. PROJETO ILUSTRATIVO

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14. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Como mais e mais pessoas utilizam o celular, é preciso instalar mais torres nas cidades, caso

contrário a qualidade do serviço cairia: a interferência causaria a instabilidade da rede, impedindo

que as ligações fossem completadas e aumentando a queda das chamadas em curso. As novas

tecnologias permitem aproveitar melhor os recursos de comunicação em cada área coberta por uma

ERB. Por isso não é preciso aumentar a potência das antenas, e os níveis de radiação ao redor, na

verdade, baixam quando mais ERBs são instaladas.

Toda nova tecnologia tende a gerar desconfiança. Foi assim com o rádio, a TV e o computador,

que hoje estão completamente incorporados à nossa vida. Nada indica que será diferente com os

celulares.

Este Projeto Ambiental visa aumentar a compreensão sobre o funcionamento da telefonia

móvel, para afastar o medo e a desconfiança, que crescem com a falta de conhecimento. O

resultado foi significativo e satisfatório, envolvendo os possíveis impactos ambientais que podem

ser causados pela instalação e funcionamento da Estação Rádio Base.

O cruzamento de informações obtidas a partir do contexto socioeconômico e ambiental, de

pesquisas bibliográficas, de dados disponibilizados pela EMBRAPA e pela necessidade de

melhoria na qualidade de sinal por parte das empresas de telefonia celular afirma a viabilidade do

projeto em tela.

No intuito de que o site tenha um bom desempenho ambiental as práticas citadas no item

anterior foram aplicadas rigorosamente.

Este projeto foi encaminhado para a Fundação do Meio Ambiente (FMA), com a finalidade de

obtenção das Licenças Ambientais Prévia, de Instalação e de Operação para a ERB em tela. A

FMA está Situada na 104 Norte – Avenida Jk Edifício Via Nobre Empresarial Lt 28, Palmas no

Estado de Tocantins.

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15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lei municipal n° 386/93 que que dispõe sobre o uso e a ocupação do solo nas Zonas

Urbana e de Expansão Urbana do Município de Palmas e estabelece outras providências

urbanísticas. Institui o Uso do Solo do Município de Palmas;

Minuta do Projeto de Lei do Plano Diretor Participativo de Palmas - Título IV;

Lei Federal nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do

Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação;

Resolução CONAMA nº 001 de 23 de janeiro de 1986, que estabelece definições,

responsabilidades, critérios básicos e diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação

de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente;

ABRICEM – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COMPATIBILIDADE

ELETROMAGNÉTICA (1994) - Relatório 001/94 – Medições dos níveis de radiações não

ionizantes emitidas pelas estações rádio base de telefonia celular que se sujeita a população da

cidade de Campinas;

ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações – Diretrizes para Limitação da

Exposição a Campos Elétricos, Magnéticos e Eletromagnéticos variáveis no tempo ( até 300

GHz ), Brasília, dezembro de 1999;

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 13.532 – Elaboração

de projetos de edificações – Arquitetura;

CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T.. Avaliação e Perícia Ambiental. 2ª edição, Editora

Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 2000;

DEL RIO, Vicente. Introdução ao Desenho Urbano no Processo de Planejamento. São

Paulo: ed. Pini, 1990;

DEL RIO, Vicente e Lívia de Oliveira. Percepção Ambiental, a experiência brasileira.

São Paulo: ed. Studio Nobel, 1999;

FCC – FEDERAL COMMUNICATIONS COMMISSION (1994). Information on human

exposure to radio frequency field from cellular radio transmitters;

MILARÉ, É.. Direito do Ambiente – Doutrina, Prática, Jurisprudência, Glossário;

MIRRA, Álvaro Luiz. Impacto Ambiental: aspectos da legislação brasileira. Ed. Oliveira

Mendes, 1998;

Diretrizes para Elaboração de Estudo de Impactos Ambientais para Obras de Saneamento,

Cleverson Vitório Andreoli et al., Agosto, 1993;

Perícia Ambiental e Assistência Técnica: Instrumentos de Defesa dos Direitos Individuais

e Coletivos. Martins Júnior, O.P., organizador. -- Goiânia: Kelps/ Ed. UCG, 2006. 476 p.:il.;

EMBRAPA. Mapeamento por Satélite. Zoneamento Agroecológico do Estado do

Tocantins. Disponível em: http://www.zaeto.cnpm.embrapa.br/pedo.html;

PREFEITURA DE PALMAS. Histórico do Município. Disponível em:

http://www.palmas.to.gov.br/;

PREFEITURA DE PALMAS: Legislação Municipal. Plano Diretor. Lei Complementar

Nº 155, de 28 de Dezembro de 2007. Disponível em: www.leismunicipais.com.br/ a/to/p/

palmas/lei-complementar/2007/15/155/lei-complementar-n-155-2007;

WIKIPEDIA. A Enciclopédia Livre. Município de Palmas/TO. Disponível em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Palmas.

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16. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

VISTA FRONTAL DO LOCAL DO SITE

VISÃO DE ONDE O SITE SERÁ INSTALADO

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LOCAL DE INSTALAÇÃO DO SITE (DO FUNDO PARA A FRENTE)

RUA DE ACESSO AO SITE

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17. RESPONSÁVEL TÉCNICO

Fernanda da Silva Esteva

Engenheiro Ambiental

CREA 18491/D-GO

3G Engenharia & Consultoria Ambiental

E-mail: [email protected]

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18. ANEXOS