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Projeto: Cais consCiência –Aulas experimentais de Química

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Universidade Estadual de Santa Cruz

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Organização geralIrene Mauricio Cazorla

RevisãoMaria Luiza Nora e Aline Santos de Brito Nascimento

Via Litterarum editora

Foto da capaiStockphoto

de Santa Cruz - Ilhéus/Ba

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

L732e Lima, Michelle Coêlho O ensino de Química a partir da consciência do lixo na escola /

Michelle Coêlho Lima, Margarete Correia de Araújo. - Ilhéus: Editus; Itabuna: Via Litterarum, 2011.

48p. : il. - (Coleção UESC-Escola consCiência. Cartilha, 8)

Projeto: Cais consCiência – Aulas experimentais de Química.

ISBN: 978-85-7455-250-7 ISBN: 978-85-7455-242-2 (Coleção)

1. Lixo. 2. Química - Ensino. I. Araújo, Margarete Correia II. Título III. Série.

CDU: 37.02:54

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APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO

O projeto “UESC-Escola consCiência”, aprovado no Edital 008/2009 Inovações Educacionais, uma parceria entre a Secretaria de Edu-cação do Estado da Bahia (SEC-BA), com interveniência do Insti-

tuto Anísio Teixeira (IAT) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), tinha como objetivo contribuir na institucionalização de quatro projetos de pesquisa e dois de extensão da UESC, em cinco escolas estaduais. Este projeto contou com seis bolsas de Professor-In-

alunos das escolas, assim como recursos para a melhoria dos laboratórios de Ciências e Informática dessas escolas. Do trabalho colaborativo, surgiu a ideia de socializar os principais resultados.

O projeto “TEIAS da Inclusão: Traçando a Educação Inclusiva e Acessí-vel” trabalhou em parceria com a Escola Rotary Renato Leite da Silvei ra, de Ilhéus, produzindo conhecimentos na área do desenvolvimento huma-no, cognição e aprendizagem de matemática escolar por alunos cegos,

e sequências de ensino visando sua inclusão. Os autores chamam nossa atenção para a consCi ência do processo de inclusão na escola.

O projeto “AVALE – Ambiente Virtual de Apoio ao Letramento Esta-tístico” trabalhou em parceria com o Colégio Estadual Dona Amélia Ama-

Camacan, validando as sequências de ensino de Probabili dade e Estatís-tica, na Educação Básica. Seus autores destacam o “Planeta Água” como uma sequência de ensino que possibilita a tomada de consCiência do consumo racional da água; bem como chamam nossa atenção para a importância de aprender a ler o mundo permeado de informações esta-tísticas, assim como dão dicas aos professores para trabalharem o “Trata-mento da Informação” visando à formação para a cidadania.

O projeto “PEA – Um estudo sobre o domínio das estruturas aditivas nas séries iniciais do ensino fundamental no estado da Bahia” sociali-za seus resultados em uma cartilha voltada para os professores dos anos iniciais, visando à tomada de consCiência do ensino da adição e da sub-tração, conceitos fundamentais do conhecimento matemático.

O projeto “PERSAC – Projeto de Estudo das Relações em Sala de Aula

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com a presença de Ambientes Computacionais de aprendizagem” trabalhou em parceria com 19 professores de sete escolas da região da UESC, validando as sequências de ensino de Geometria utilizando softwa-res computacionais.

O projeto “Cais consCiência – Aulas experimentais de Química” teve a parceria do Centro Educacional Álvaro Melo Vieira – CEAMEV, de Ilhéus, que já vinha desenvolvendo o projeto “O lixo na nossa escola”. Suas au-toras nos despertam para o grave problema do lixo, questio nando nossas atitudes e consCiência do problema, bem como dão dicas aos professores de Ciências e Química sobre como podem tra balhar esses conceitos a partir do lixo gerado na própria escola.

O projeto “Caminhão com Ciência – Aulas experimentais de Física” contou com a parceria do Colégio Estadual Octacílio Manoel Gomes, de Ubaitaba, que já vinha implementando experimentos de Física em labo-ratórios não estruturados, utilizando matérias de baixo custo, aguçando a curiosidade e o interesse dos alunos. A este grupo se uniram as profes-soras de Matemática que sistematizaram as informações dos jogos mate-máticos disponíveis no caminhão.

Com a publicação desta coleção, convidamos os professores a se jun-tarem ao nosso grupo, trabalhando com seus alunos as atividades aqui apresentadas, enviando-nos sugestões de como podemos aprimorá-las ou sugerindo outras atividades.

Queremos acreditar que, com essa parceria Universidade-Escola, esta mos contribuindo para consolidar os grupos emergentes na pesquisa sobre o Ensino de Matemática, Estatística e Ciências, criando e fortalecen do a cultura de aulas investigativas, que primem pelo desenvolvimen to da

-

atuantes da nossa comunidade para fomentarem e fortalecerem a intera-

nossas crianças e nossos jovens, contribuindo para um mundo com mais consCiência e mais cidadania. Acreditamos nas perspectivas contidas nes-sa interação, que nos parecem promissoras e ao nosso alcance.

Irene Mauricio CazorlaCoordenadora do UESC-Escola consCiência

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APRESENTAÇÃO DA CARTILHA

As atividades didáticas apresentadas nesta cartilha foram elabora-das para serem aplicadas em turmas do 1° ano do Ensino Médio, com o objetivo de propor uma abordagem diferente para o tema

“Propriedades dos materiais”. Partindo do tema gerador “lixo” (que é um tema bastante presente no cotidiano do estudante), pretende-se debater qual a importância das propriedades dos materiais no descarte, reutili-zação e reciclagem dos resíduos sólidos, principalmente dos materiais plásticos.

Através de discussões, análises de materiais plásticos, vídeos e ativida--

sa compreender a importância dos materiais, suas propriedades e suas implicações sociais, econômicas, tecnológicas e ambientais, além de se conscientizarem os alunos para conhecer e entender a problemática, e assim, favorecer um pensamento crítico diante das atuais questões am-bientais. Com isso, pretendeu-se despertar os alunos para a necessidade de redução na produção de resíduos sólidos e nos destinos que lhes são adequados.

-priedades dos materiais, densidade, solubilidade, temperatura de fusão e de ebulição e métodos de separação de misturas.

As autoras

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................................................5

....................................................................................................................6

UNIDADE DIDÁTICA .....................................................................................................................7

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................12

APÊNDICES

..............................................................14

................................................................................................15

DOS PLÁSTICOS ...........................................................................................................................21

............................................................................................................22

........................................................................................28

...............................................................29

ANEXOS

..........................................................34

............................................................37

......................................................40

...........................................................................................................41

.....................................................................44

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INTRODUÇÃO

Ncriticado devido ao seu caráter “transmissor”. O ensino atual é caracterizado pela ênfase na memorização de informações,

nomes, fórmulas e pelos conhecimentos fragmentados e desconecta-dos da realidade dos alunos, gerando desinteresse e desfavorecendo a aquisição de competências e habilidades necessárias para a forma-ção da cidadania.

Para mudar essa realidade, é imprescindível que o ensino de Ciências seja relevante para o aluno. Para tanto, é necessário relacioná-lo a as-suntos que façam parte de sua realidade, como, por exemplo, os resí-duos sólidos, principalmente os resíduos plásticos (SILVA et al., 2001).

-ção de uma metodologia de ensino que privilegie a contextualização como uma das formas de aquisição de dados da realidade” (FREIRE et al., 2008). Através da linha Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS), essa

-lacionados aos aspectos tecnológicos da sociedade atual, o que torna o

A partir do tema central “lixo”, essa contextualização é possível. Na maioria das escolas, um grande problema enfrentado é a geração e o descarte de resíduos sólidos, principalmente pelos alunos. Desta for-ma, um trabalho de conscientização visando mudanças de atitude é necessário, e assim o uso do tema “plástico” pode possibilitar a com-preensão do conhecimento químico e de conceitos do dia-a-dia do

-

O que fazer para resolver a problemática dos resíduos que são descartados na escola?

Como utilizar este tema no ensino de Química?

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Neste contexto, apresentamos uma unidade didática para ensinar al-guns conceitos de Química a partir de um projeto a ser executado, na

Objetivos

Geral

os materiais que são descartados na escola.

seus impactos ambientais, conscientizando sobre a necessidade de se reduzir a utilização desses materiais.

-teriais visando mudanças de atitudes dos alunos como, por exem-plo, não jogar lixo no chão.

de textos, interpretação de códigos e análise de dados.

AÇÕES DO PROJETO

Ecom a participação de toda a comunidade escolar e deve ser re-alizada durante todo o ano letivo; a segunda deverá ser realizada

pelo professor de Química com turmas de 1º ano do Ensino Médio, com uma duração média de dois bimestres. Aqui é sugerida a aplica-

dos materiais” no 1º ano, mas poderá ser adequada para trabalhar com “polímeros” no 3º ano.

1ª parte: Ações envolvendo toda a comunidade escolar

Sensibilização para o projeto: realizar uma palestra para todos os alunos do colégio para falar da problemática do lixo e para expor as ações do projeto para o ano letivo.

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Faxina geral na escola e limpezas semanais: realizadas pelos fun-cionários.

Fiscalização e manutenção da limpeza no ambiente escolar: os professores deverão fazer um trabalho de conscientização com os alunos, debatendo a importância de se reduzir os resíduos sólidos, descartá-los de forma adequada (lixeiras) e manter a limpeza do ambiente escolar. Neste trabalho, professores e funcionários deve-

2ª parte: Ações com turmas do 1° ano do Ensino Médio

Aplicação de unidade didática: utilizar o tema gerador “O lixo

detalhados a seguir.

Mostra cultural: os alunos, auxiliados pelo professor, deverão apre-sentar peças de artesanato e experimentos utilizando materiais que seriam descartados.

Observação: Este projeto poderá ser desenvolvido em con-junto com os demais professores de Ciências da Natureza. Desta forma, todas as turmas do colégio estarão envolvidas nas discussões sobre os resíduos sólidos e na mostra cultural (cada turma preparará um stand em sua própria sala de aula). As turmas podem ser divididas entre os professores partici-pantes e cada um contribuirá a partir de sua área; assim, na mostra cultural, haverá uma maior variedade de temas.

UNIDADE DIDÁTICA

Plano da unidade

Título da unidade didática: O lixo em nossa escola

Descrição: Serão trabalhados as propriedades e os métodos de sepa-

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ração dos materiais a partir do tema lixo e resíduos plásticos, visando mudanças de atitudes dos alunos, como redução do uso e reutilização de sacolas plásticas e garrafas PET e a manutenção da limpeza da escola.

Nível de ensino: 1º ano do Ensino Médio

Período: 2 bimestres

Área de concentração: Ensino de Química

Objetivos e expectativas de ensino: Permitir ao aluno compreender a importância dos materiais que compõem o lixo escolar (em par-ticular, o plástico), explorar suas propriedades e sua importância na separação dos resíduos, além de reconhecer as implicações sociais, tecnológicas e ambientais desses materiais.

Devido à vasta aplicação dos materiais que compõem o lixo escolar e aos impactos ambientais decorrentes do seu descar-te inadequado, esta unidade didática propõe o desenvolvimento do conhecimento de suas propriedades, objetivando o desenvolvimento de atitudes e valores, estabelecendo competências propostas pelos PCNs, para que os alunos possam partir de situações problemas re-ais e buscar o conhecimento necessário para entendê-las e procurar solucioná-las.

Conteúdos

Procedimentos

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Avaliação

Plano de aulas

Observação: Para facilitar o trabalho, este módulo está dividido em 12 aulas, cada uma com 100 minutos de duração (2 horas - aula).

Aula 01

trabalhado.

-tamento de sua composição para ser discutido na aula seguinte.

Aula 02: Propriedades dos materiais x lixo

(Anexo A) e “Um bebê = 25 toneladas de lixo” (Anexo B), ambos do livro “Química e Sociedade” (SANTOS, et al., 2005).

Aula 03

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-dade.

Aula 04

conhecer as propriedades dos materiais na hora de descartar e tratar o lixo. Como, geralmente, eles não sabem o que são pro-priedades, os alunos poderão não saber responder a esse ques-tionamento. Para auxiliar nessa compreensão, ler o texto “Uso dos

qual a importância das propriedades dos materiais (Anexo E).

Aula 05

-

discussão.

-de, temperatura de fusão e temperatura de ebulição (Apêndice B). Discussão.

Aula 06

no lixo é o plástico, debater com os alunos sobre a importância desse material e seus impactos ambientais. Seguir com aula expli-cativa sobre o que são plásticos e suas propriedades.

Aula 07

-cos (Apêndice C).

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reciclar” (Anexo D).

Aula 08

(Apêndice B).

Aula 09

de um pouco de sal com um pouco de areia, questionar os alunos sobre como é possível separar esses dois materiais (Apêndice B).

-ção do processo de destilação utilizando um destilador confeccio-nado com garrafa PET (Apêndice B).

Aula 10

controlado, incineração, compostagem, coleta seletiva, reciclagem). -

mento do lixo” e “Discutindo possíveis soluções para o problema do lixo” (Apêndice D), e confeccionar um objeto de arte utilizando materiais que são descartados no ambiente escolar, e, em seguida, preparar uma apresentação para a mostra cultural.

Aula 11

Aula 12

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REFERÊNCIAS

ARDLEY, N. Coleção Jovem Cientista1996.

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais

pdf

A contextualização do ensino de Química como forma de motivar os

Anais..., v. 4, p. 1029, 2008. www.ict2008.nit.ufscar.br/cic/uploads/C28/C28-081.pdf>.

FUNDAÇÃO VERDE. Um oceano de plásticofunverde.wordpress.com/2009/03/04/um-oceano-de-plastico/>20 mar. 2009.

GABEIRA. www.gabeira.com.br/noticias/noticias.asp

MATEUS, A. L. Química na cabeça

densidade a partir da escolarização. Revista Química Nova na Escola, n. 30, p. 55-60, 2008.

SILVA, G. S.; SANTOS, S. M. O.; FARIAS, S. B. Química e SociedadeNova Geração, 2005.

SANTOS, M. E. N. V. M. Cidadania, conhecimento, ciência e educação CTS. Rumo a “novas” dimensões epistemológicas. Revista CTS, v. 2, n. 1, p. 37-157, 2005.

molde você mesmo. Revista Química Nova na Escola, n. 13, p. 47-48, 2001.

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Referências

O lixo plástico: discutindo algumas www.quimica.

2009.

SPINACÉ, M. A. S.; PAOLI, M. A. A tecnologia da reciclagem de polímeros. Revista Química Nova, v. 28, n. 1, p. 65-72, 2005.

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APÊNDICES

APÊNDICE A: QUESTIONÁRIO DE SONDAGEM

Antes de se iniciar o trabalho em sala de aula, é importante

feito por meio de um questionário individual de sondagem.

Questionário

1. Para você, o que é lixo?

2. Todo material jogado fora pode ser considerado lixo? Por quê?

3. Quais são os tipos de destinos e, ou tratamentos dados ao lixo?

4. Na sua cidade, qual destino e, ou tratamentos para o lixo são utilizados?

5. Por que é necessário considerar as propriedades dos mate-riais na hora de descartar e tratar o lixo?

6. Que quantidade de lixo, em média, você produz diariamente?

a) Até 0,5 kg b) 0,5 a 1,0 kg c) Mais de 1,0 kg

7. Qual o resíduo sólido que mais se vê no lixo?

8. Onde você descarta os resíduos que você produz em sua casa?

a) Em qualquer lugar b) Na lixeira d) Na rua

9. Onde você descarta os resíduos que você produz na escola?

a) Em qualquer lugar c) Nos corredores e) Em outro local b) Na sala de aula d) No pátio

10. Qual o resíduo sólido que mais é descarto na escola?

a) Papel de caderno e) Papel de bombomb) Copo descartável f) Lata de refrigerantec) Embalagem de biscoito g) Outrosd) Embalagem de salgadinho

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11. Quais os resíduos que podem ser reciclados?

a) Papel de caderno e) Papel de bombomb) Copo descartável f) Lata de refrigerante

c) Embalagem de biscoito g) Restos de alimentosd) Embalagem de salgadinho h) Outros

12. Qual a matéria-prima do plástico?

13. Cite algumas propriedades positivas e outras negativas do plástico.

14. Os plásticos são recicláveis?

15. Como podemos separar os plásticos para que eles possam ser reciclados?

APÊNDICE B: EXPERIMENTOS

Experimento 1:

Materiais:

Procedimento:

óleo

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o plástico e o isopor

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

1. O que foi observado?

2.

3. Será que se adicionássemos os materiais em uma ordem diferen-

4.

Experimento 2:

Materiais

Procedimento

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

1. Observação macroscópica (o que você vê).2. Interpretação microscópica (como a Ciência explica o fenôme-

no).

Experimento 3: Solubilidade entre líquidos e sólidos

Materiais:

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4 (sulfato de cobre)

Procedimento

-locar em copo transparente; adicionar uma pequena quantidade

dissolveu.

sólidos), utilizando, aproximadamente, as mesmas quantidades.

-

Solubilidade de diferentes substâncias

SolventeSoluto

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QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

1. Quais os solutos que se dissolveram melhor na água?

2. Quais os solutos que se dissolveram menos na água?

3. Em qual solvente você observou que o sulfato de cobre se dis-solveu melhor?

Experimento 4: Temperatura de fusão e de ebulição

Materiais:

Procedimento:

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO:

1. Qual o objetivo do experimento?

2. Observação macroscópica (o que você vê?).

3. Interpretação microscópica (como a Ciência explica o fenô-meno?).

4. Representação (como a Ciência representa o fenômeno?).

5. Contextualização (situações que estão relacionadas a esse co-nhecimento).

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Experimento 5:

Materiais:

Procedimento:

barco.

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO:

1. O que foi observado?

2.

Experimento 6:

Materiais:

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Procedimento:

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO:

1. O que foi observado?

2. A que se devem essas mudanças?

Experimento 7: Separação do sal e areia

Materiais:

PET

Procedimento

areia.

QUESTÃO PARA DISCUSSÃO

1.

Experimento 8: Separando o refresco em pó

lado)

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Procedimento:

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

APÊNDICE C: ANALISANDO AS PROPRIEDADES DOS PLÁSTICOS

Solicitar que os alunos levem para a sala de aula um exemplo de cada tipo de plástico (de acordo com o código de recicla-gem) para que que, em grupos, analisem algumas proprieda-

des desses plásticos (como rigidez, transparência, resistência etc.) e as diferenças entre eles, completando a tabela abaixo. Para auxiliar nessa atividade, ler e usar o Quadro 1 do texto “Uso dos plásticos” (Anexo D).

Código de reciclagem Plástico Propriedades Utilizações

1

2

3

4

5

6

7

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APÊNDICE D: OFICINAS

Observação:aula com a leitura dos textos a seguir e posterior discussão. Elas têm, como objetivo, auxiliar na preparação para a mos-

OFICINA 1: Tratamento do lixo

Com o estudo das propriedades das subs-tâncias, é possível separar os materiais en-contrados no lixo em diferentes sistemas

de tratamento. Conheça os mais utilizados no país.

Aterro sanitário: É projetado por engenheiros para reduzir bastante o impacto do lixo sobre o meio ambiente. O lixo é reduzido ao menor volume possível e coberto periodicamente com uma camada de terra. O local é isolado e impermeabilizado para evitar a contaminação das

um líquido escuro e malcheiroso, resultante do processo de decompo-sição anaeróbica (sem a presença de oxigênio) de material orgânico.

Aterro controlado: É um sistema interme-diário entre o lixão a céu aberto e o aterro sanitário. Não possui uma estrutura ade-quada de impermeabilização que trate o chorume. Embora não seja a solução ideal para o destino do lixo, os aterros controla-dos podem, em curto prazo e com investi-mento relativamente baixo, reduzir a agres-são ambiental e a degradação social gerada pelos lixões a céu aberto. Nesses aterros, o lixo é recoberto periodicamente, reduzindo a proliferação de insetos. O local para implantação deve ser escolhido, de forma muito criterio-sa, para diminuir o risco de contaminação dos mananciais de água.

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Incineração: O lixo é queimado em alta temperatura (acima de 900°C), o que reduz seu volume. Em algu-mas usinas, essa queima é conduzi-da de modo a transformar o calor liberado em energia elétrica. Nesse processo, há necessidade de tra-

poluentes emitidos pelo incinera-

Compostagem: É um dos métodos mais antigos e consiste na decomposição natural de resíduos de ori-gem orgânica em reservatórios instalados nas chamadas usinas de compostagem. Nesse processo, o material orgânico (restos de ali-mentos, folhas, cascas de legumes etc.) é transformado por micror-

formando um material de cor escura que recobre a primeira camada do solo.Tanto na incineração como nas usinas de compostagem, o lixo passa por uma etapa inicial de separação de materiais que não serão incine-rados ou transformados em adubo. Esses processos são conduzidos nas usinas por meio de sistemas mecânicos de esteiras, garras e ele-troímãs. Os materiais isolados nessa etapa inicial são enviados para

Reciclagem: Consiste em utilizar metais, vidros, plásticos e papéis que já foram descartados como fonte de manufatura de novos materiais. Esse sistema de tratamento de lixo contribui para preservar os recur-sos naturais e diminuir a poluição. É um método interessante também do ponto de vista econômico. Gasta-se muito mais água e energia elétrica para produzir um material a partir de matéria-prima bruta do que para reciclar.

Coleta seletiva -gares onde o lixo é gerado. Eles são, então, acondicionados em re-

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Num programa de coleta seletiva, recupera-se, em geral, cerca de 90% dos materiais para reciclagem (pa-péis, plásticos, vidros e metais). Os 10% restantes são rejeitos, ou seja, materiais que não podem ser rea-proveitados, como isopor, trapos, papel-carbono, fraldas descartá-veis, couro, louça, cerâmica e obje-tos com muitas peças de diferentes materiais.

Todos esses métodos apresentam vantagens e desvantagens e sua implantação depende de uma pesquisa detalhada das condições de cada cidade, que deve incluir um estudo de impacto ambiental.

OFICINA 2: Discutindo possíveis soluções para o problema do lixo

Buscar soluções para problemas é uma das tarefas do cientista. E ao --

nhecimento e compromisso, é possível vislumbrar diversas alternati-vas para um aproveitamento lucrativo daquilo que, antes, era um peso para a sociedade. Por isso, esperamos que as informações fornecidas ao longo desta unidade tenham despertado, em você, preocupação com esse problema. Esperamos que você possa ter atitudes diferentes em relação ao destino e ao tratamento correto do lixo, com base no que aprendeu em Química.

lixo está justamente na sua elevada produção, representando um grande desperdício de recursos naturais. Uma possível alternativa

reduzir a produção de resíduos sólidos. Nesse sentido, é fundamen-tal que haja uma mudança de hábitos de consumo da população para diminuir a quantidade de lixo produzida e, consequentemente, os seus efeitos ambientais, uma vez que eles gastam muito tempo para se decompor.

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O grande obstáculo a essa redução está no fato de que somos estimulados constantemente a consumir mais e mais

-cursos de marketing para transformar qualquer bem de consumo em neces-

embalagens é estimular o consumo, em vez de proteger os produtos. Produtos alimentícios passaram a ter mais impor-tância por estarem associados ao prazer do que por seu valor nutritivo. Padrões de beleza foram impostos,

descartáveis passaram a ocupar o lugar de bens duráveis. Tudo isso

Note, então, que para reduzir a produção de lixo, há necessidade de uma mudança de atitude no que diz respeito aos hábitos de consumo.

-nos quantidade. Evite o consumo pela simples busca de status.

A segunda alternativa para o problema do lixo está no reaprovei-tamento dos materiais para evitar que eles sejam descartados. Po-demos, por exemplo, reutilizar papéis escritos como rascunho, es-crevendo no lado contrário. Frascos de vidro que foram usados para acondicionar produtos alimentícios po-dem ser reaproveitados em sua própria cozinha, ou servir de potes para guardar miudezas. Um sapato furado, uma roupa

também não precisariam ser descarta--

zadas no reparo desses objetos. É claro que o reaproveitamento nem sempre é viável. Existem materiais que podem ofe-

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e de produtos de limpeza, por exemplo, têm de ser descartados. Basta usar o bom senso.

Uma terceira alternativa está na reciclagem dos materiais que vão para o lixo. Essa alternativa tem sido, todavia, objeto de controvérsias entre especialistas.

-trias.

de limpeza urbana que, às vezes, acaba enterrando o material se-parado pela população.

hábitos das pessoas.

Apesar de todas essas críticas, porém, é inegável a contribuição am-biental desse processo.

OFICINA 3: A importância da reciclagem de garrafas PET Fonte:

garrafas PETs movimentam hoje um mercado que produz cerca de 9 bilhões de unidades anualmente só no Brasil, das quais 53% não são reaproveitadas. Com isso, cerca de 4,7 bilhões de unidades por ano são descartadas na natureza, contaminando rios, indo para lixões ou mesmo espalhadas por terrenos vazios. Entre 1995 e 2005, a produção de PET (politereftalato de etila ou polietileno tereftalato), para a fabri-cação de garrafas, subiu de 120 mil toneladas para cerca de 374 mil

Além do problema com o descarte das unidades na natureza, espe-cialistas chamam a atenção para o fato de hoje não haver responsa-bilidade jurídica sobre a destinação do material por parte de quem fabrica ou consome PETs. Diferentemente do que acontece com latas de alumínio, que pela reciclagem voltam a ser latinhas, a garrafa PET não pode ser transformada novamente em garrafa.

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Desde que as garrafas PET foram introduzidas no Brasil, há 20 anos, nenhuma daquelas que foram descartadas no meio ambiente se de-compôs, alerta o professor Sabetai Calderoni, diretor presidente do Instituto Brasil Ambiente. Com o crescimento vertiginoso da produção das garrafas PET para embalagem de alimentos e bebidas – 450% en-tre 1994 e 2005, segundo dados do Censo de Reciclagem, realizado

-

dinheiro.

As garrafas que não seguem para reciclagem, muitas vezes não vão para aterros sanitários locais, que também não são os ideais, uma vez

baldios, praias e rios, entre outros. Calderoni explica que, durante as chuvas, as PETs são causadoras do entupimento de bueiros, provocan-do enchentes e danos graves à população. “Infelizmente nem sempre há o escoamento devido para as garrafas de PET pós-consumo”, diz Renata Valt, engenheira química e autora do livro “Ciclo da vida de embalagens para bebidas no Brasil”; ela explica que uma embalagem PET demora cerca de 100 anos para se decompor. Apesar de ser 100% reciclável, o PET reciclado ainda não pode ser reutilizado diretamente na embalagem de alimentos e bebidas - o seu maior mercado consu-midor - por questões de contaminação. E, além disso, é mais barato

a resina de PET virgem em vez da reciclada. Diante disso, segundo dados do Compromisso Empresarial para a Reci-clagem (Cempre), o Bra-sil recicla menos da me-tade dos 7 bilhões de embalagens que produz anualmente.

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É indispensável que os governos invistam mais em reciclagem, edu-cação ambiental, coleta seletiva e na compostagem. O lixo hoje não pode ser visto como um passivo ambiental, ele é rico e caro. Temos que nos espelhar no que ocorre com o alumínio e a garrafa PET, que em passado próximo eram considerados vilões e, hoje, são fontes de trabalho e renda, tornando-se materiais nobres, que praticamente não são mais encontrados nos aterros sanitários. “A educação e a consci-ência ambiental são as melhores saídas para conciliar o progresso, a agilidade e o consumo sustentável dos materiais plásticos, que tam-bém são fontes de energia, geração de emprego e renda”.

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO:

-quado no consumo e na devida utilização de materiais plásticos?

a reciclagem de garrafas PET?

APÊNDICE E: MOSTRA CULTURAL

Apresentação (pelos alunos) de experimentos utilizando mate-riais alternativos e de artesanatos com materiais que seriam descartados. Essa mostra cultural poderá ser na própria sala,

nos horários de aula, ou, então, poderá ser um evento aberto à visi-tação. Neste caso, ela poderá ser feita em stands (que poderão, ser montados na própria sala de aula) e os experimentos poderão ser os mesmos trabalhados em sala de aula, já que os alunos irão apresentá-los para as outras turmas do colégio.

Se este projeto estiver sendo desenvolvido em conjunto com os pro-fessores de Exatas, as turmas podem ser divididas entre os professores

-mento do lixo;

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-paração de sabão.

Lembramos que todas as atividades deverão ser realizadas com ma-teriais alternativos. Além disso, poderão ser apresentadas ideias de artesanatos, peças teatrais, entre outros.

APÊNDICE F: ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Quantidade de lixo produzido

1. A média de produção de lixo por habitante nos grandes centros urbanos do Brasil é de até 1Kg por dia. Em Ilhéus, esse valor é de cerca de 700 g/pessoa. Calcule a quantidade de lixo que cada pessoa irá produzir, em média, se viver até os 70 anos. Pense na quantidade de lixo e em todo esse volume.

2. Um caminhão de lixo carrega 7 toneladas, então quantos cami-

-

3. A cidade de Ilhéus possui cerca de 219.710 habitantes (IBGE, 2008) e cada pessoa produz diariamente uma média de 700g de lixo. Calcule a quantidade de lixo por dia produzida em Ilhéus em um dia, um mês e um ano.

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Resíduos sólidos

1. Sobre plásticos e suas propriedades, julgue cada alternativa, a se-guir, marcando V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas.

a) ( ) Plásticos termorrígidos são recicláveis.

b) ( ) A matéria-prima dos plástico é o petróleo.

c) ( ) Os diferentes tipos de plástico podem ser reciclados todos jun-tos, já que se trata do mesmo material.

tipos de plástico recicláveis. Sua numeração vai de 1 a 7.

e) ( ) Os plásticos são biodegradáveis.

2. (PUC-SP) Qual dos materiais abaixo causa maior prejuízo ambien-tal por possuir um sistema de reciclagem mais difícil e ser a sua

a) Papéis c) Madeiras e) Vidrosb) Plásticos d) Metais

Densidade

1. -

2. Quando jogamos uma pequena e leve pedra num rio, ela ime-diatamente afunda. Entretanto, se jogarmos um grande e pesado

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cheia de ar. Os gases usados para en--

drogênio (d = 0,089 g/L), nitrogênio (d = 1,25 g/L) e oxigênio (d = 1,43 g/L). As densidades dos gases foram determinadas à pressão de 1 atm e à temperatura de 20 ºC.

gás do balão A.

b) Indique em um desenho as posições de cada um dos balões se a sala estivesse cheia de gás carbônico (d = 1,98 g/L).

da matéria, um professor de Química entregou para um aluno dois recipientes, A e B (mostrados abaixo), fechados, sem rótulos (sem

-tro, apenas benzeno líquido, ambos puros e incolores. Para iden-

C

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recipientes num banho de gelo e, após certo tempo, notou que, no recipiente A, existia uma fase sólida na superfície, e no reci-

Com base nos valores de densidade de cada líquido (mostrados na tabela a seguir), indique qual o líquido contido no recipiente A e qual o contido no recipiente B.

Substância Densidade

-lista dispõe de uma pequena bola de densidade igual a 1,0. Con-forme a posição das bolas apresentadas no desenho a seguir, qual

8. (Unicamp-SP) Três frascos de vidro transparentes, fechados, de formas e dimensões iguais, contêm a mesma massa de líquidos diferentes. Um contém água; o outro, clorofórmio; e o terceiro, etanol. Os três líquidos são incolores e não preenchem total-

A densidade (d) de cada um dos líquidos, à temperatura ambien-

d (água) = 1,0 g/cm³, d (clorofórmio) = 1,4 g/cm³ e d (etanol) = 0,8 g/cm³.

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Densidade e separação do lixo plástico

--

nila (PVC) e poliestireno (PS). Para recuperar cada um desses políme-

tanque contendo água (densidade = 1,0 g/cm³), separando, então a

seguida, recolheu a fração B, secou-a e jogou-a em outro tanque con-tendo solução salina (densidade = 1,10 g/cm³), separando o material

plásticos estão representadas no quadro abaixo).

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ANEXOS: TEXTOS

ANEXO A: LIXO: MATERIAL QUE SE JOGA FORA?

– Larga isso aí, é lixo!

Quantas vezes já ouvimos al-

lixo de casa, de hospital... Na televisão e nos jornais, até de lixo atô-

Se você pensar em tudo aquilo que joga fora todos os dias e no motivo de fazer isso, já estará certamente muito próximo de uma resposta. O que você faz com aqueles cadernos velhos que já não servem mais e

-

indesejável ou descartável. São todas aquelas coisas que já não nos servem mais.

-lhor, será que tudo o que não serve mais para você também não serve

Se prestar atenção em tudo o que acontece ao seu redor, você vai

também, para outra.

Nas grandes cidades, principalmente, a maior parte do que uma pes-soa joga no lixo poderia ser aproveitada por outra. Dados estatísticos indicam que 90% da massa total dos resíduos urbanos têm um poten-

que apenas 5% do lixo urbano é, de fato, lixo.

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Por incrível que pareça, cada pessoa pode chegar a produzir até mais

Lixos

As centenas de milhares de toneladas de lixo produzidos diariamente

afastadas dos centros urbanos, esses lugares são completamente to-mados por toda sorte de resíduos vindos dos mais diversos lugares,

Como o lixo é mal acondicionado nos lixões, permanecendo livre no ambiente, ele contamina o solo e os lençóis subterrâneos de água, além de contribuir para a proliferação de insetos e ratos transmisso-res de doenças. Mas isso não acontece só nos lixões. Qualquer lugar em que o lixo esteja acumulado inadequadamente é propício à disse-minação das mais diversas e graves doenças, como a dengue, febre amarela, disenteria, febre tifoide, cólera, leptospirose, giardíase, peste bubônica, tétano, hepatite A, malária e esquistossomose.

Para onde vai o lixo?

Nos lixões, dezenas de pessoas disputam restos que podem ser rea-proveitados, garantido o mínimo necessário à sobrevivência. Adultos, crianças e animais domésticos misturam-se aos dejetos, criando um ambiente favorável à disseminação de doenças.

Segundo dados do IBGE de 2000, em cerca de 71,5% das cidades bra-sileiras com serviço de limpeza urbana, o lixo é depositado em lixões. Uma pesquisa encomendada pelo Unicef, em 1998, revela, ainda, que há lixões em 26% das capitais brasileiras, em 73% dos municípios com mais de 50 mil habitantes e em 70 % dos municípios com menos de 50 mil habitantes. E em praticamente todos esses lixões existem pessoas trabalhando, incluisive crianças.

Segundo dados do Unicef, em 1998, existiam cerca de 45 mil crian-ças e adolescentes vivendo e trabalhando nos lixões espalhados pelo

Meio Ambiente Criança, catador, cidadão – experiência de gestão par-

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ticipativa do lixo, Unicef, 1999, “Muitas das crianças nascidas no

-bém nasceram ali. São meninas e meninos de diferentes idades. Desde os primeiros dias de vida, são expostos aos perigos dos movimentos de caminhões e de máquinas, à poeira, ao fogo, aos objetos cortantes e contaminados, aos alimentos podres. Ajudam seus pais a catar embalagens velhas, a separar jornais e papelões, a carregar pesados fardos, a alimentar porcos. Muitos desses meninos e meninas estão desnutridos e doentes. Sofrem de pneumonia, doenças de pele,

-dentes e outros problemas, como abuso sexual, gravidez precoce e uso de drogas. Os adolescentes são frequentemente pais de uma ou duas crianças. Grande parte das crianças em idade escolar, cerca de 30%, nunca foi à escola. O lixo é sua sala de aula, seu parque de diversões, sua alimentação e sua fonte de renda. Ganham de R$ 1 a R$ 6 por dia, mas o trabalho que fazem é fundamental para aumentar a renda de suas famílias. Vivem em condições de pobreza absurda. Realizam um trabalho cruel. São crianças no lixo. Uma situação dramática e comum no Brasil”.

O principal motivo de milhares de pessoas optarem por esse meio de vida é a situação socioeconômica do Brasil, resultante do baixo nível

má distribuição de renda.

E não é apenas nos lixões que a situação é muito grave. Na época das chuvas, os problemas com os lixos nas grandes cidades também aumentam consideravelmente. Bueiros entupidos por causa de lixo e restos de muitos outros materiais não conseguem escoar toda água e fazem com que o lixo apareça por toda parte. Com isso, grandes e desastrosas enchentes acontecem nas cidades.

Ao longo dos anos, o lixo passou a ser uma questão de interesse glo--

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graves problemas a todas as nações. Infelizmente, hoje podemos dizer que a questão do lixo é uma problemática internacional.

Um bom exemplo é a questão do lixo atômico. Somente a Central Nuclear de Angra dos Reis possui mais de 6 mil tambores de rejei-tos nucleares em um depósito, considerado provisório, desde 1981.

Como você pode ver, o lixo atômico é, de fato, um problema global. Até mesmo o transporte dessa carga nuclear tem envolvido diplo-maticamente diversos países. O Brasil e outras nações da América do Sul têm protestado contra o transporte de resíduos radioativos que é feito por navios britânicos ao longo da costa de nosso continente,

é seguro. Todavia, já houve acidentes, como os que ocorreram com embarcações que foram construídas segundo projetos modernos de alta segurança, como foram os casos dos naufrágios do Titanic e do submarino russo Kursk.

Hum... Tudo a ver!

Para resolver uma grande parte dos problemas relacionados ao lixo, -

você teria alguma ideia de como fazer isso sem pensar em recorrer ao

ANEXO B: UM BEBÊ = 25 TONELADAS DE LIXO

Você já reparou na quantidade de sujeira que se acumula na lata

em lata cheia, cada brasileiro que vive até 70 anos de idade vai produzir 25 toneladas de detritos.

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O lixo é um indicador curioso de desenvolvimento de uma nação. Quanto mais pujante for a economia, mais sujeira o País vai produzir; é sinal de que o país está crescendo, de que as pessoas estão consu-mindo mais. [...] Por dia, calcula- se que o brasileiro produza 1 quilo de lixo domiciliar. Ainda estamos longe dos americanos, com seus ina-creditáveis 3 quilos por pessoa, mas já ultrapassamos países da União Europeia (Tabela 1).

A questão é que as grandes cidades brasileiras não têm estrutura para encarar esse crescimento e se encontram perto de seu limite. As pre-feituras estão sem dinheiro para a coleta e já não há mais lugar onde jogar lixo.

O problema ganha uma dimensão mais dramática por causa da mu--

vam fraldas de pano, que não eram jogadas fora. Tomavam sopa feita em casa e bebiam leite mantido em garrafas reutilizáveis. Hoje, os bebês usam fraldas descartáveis, tomam sopas em potinhos que são

semana de vida, o lixo que eles produzem é equivalente, em volume, a quatro vezes o seu tamanho.

Tabela 1: Produção de lixo domiciliar per capita

País Lixo (Kg/dia)

MAIS SUJEIRA!

Em geral, os países mais desenvolvidos produzem mais lixo domiciliar per capita (quilos por dia).

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Na metade do século, a composição de lixo era predominantemente de matéria orgânica, de restos de comida. Com o avanço da tecno-logia, matérias como plásticos, isopores, pilhas, baterias de celular e lâmpadas são presenças cada vez mais constantes na coleta. Em 1986, existiam, em todo o planeta, apenas 1,3 milhões de linhas de celular. Hoje são 135 milhões, e daqui a sete anos serão 850 milhões

se em consideração que o Brasil tem 7 milhões de linhas de celular e que 70% do lixo brasileiro é jogado a céu aberto, a contaminação dos lençóis freáticos localizados abaixo desses lixões não para de crescer.

Bom negóciolixo fatura 120 bilhões de dólares por ano. É um resultado equiva-lente ao das montadoras de carros americanas, mas com margens

economista Calderoni fez a conta no livro Os bilhões perdidos no lixo e mostrou que o país fatura hoje 1,2 bilhões de dólares por ano com

pouco tempo.

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ANEXO C: USO DOS MATERIAIS X PROPRIEDADES

S --

tou, escovou os dentes com sua escova feita de palha de aço, tomou banho e se enxugou com uma toalha de alumínio. Desceu para a cozinha e lá já estava o café da manhã pronto que sua esposa tinha preparado para ele! Pegou um copo de carvão e colocou café fervente que estava na chaleira de borracha.

entrou no ônibus de isopor e sentou nas cadeiras de cimento. Pelo ca-

é bonita! Os prédios de plástico, os carro de papelão, as crianças brin-cando no parque de vidro... e nem tinha percebido isso!”. Chegando ao trabalho, seus colegas cantaram parabéns e todos comeram um delicioso bolo de lama.

-godão e beberam água sanitária em um copo de carvão. Foram para

outro dia de trabalho.

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

1. Qual a importância de se conhecer as proprieda-

2. Cite três materiais diferentes que podem ser utili-zados para fabricar panelas. Em seguida, indique as propriedades comuns a esses materiais.

3.

a) Vidro na fabricação de para-brisas de automóveis.b) Cobre na fabricação de automóveis.c) Aço inoxidável na fabricação de talheres.d) Borracha na fabricação de pneus.

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4. Por que é importante considerar as propriedades dos materiais na

ANEXO D: USO DOS PLÁSTICOS: REDUZIR, REUTILIZAR E RECICLAR

A -

que tais produtos fossem hoje largamente utilizados em nossa so-ciedade tecnológica. Entretanto, es-ses mesmos materiais têm ocasio-

ambiente. Sua durabilidade e versa-tilidade, associadas ao fato de não se

com que o plástico, de grande sensa-ção, se transformasse em um grande “pesadelo ambiental”.

Certos materiais plásticos demoram mais de 500 anos para se degradar no ambiente. Por outro lado, muitos deles podem ser reutilizados ou remoldados, minimizando problemas de poluição ambiental.

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Uma saída econômica e ecologicamente correta para minimizar esses problemas é reduzir seu emprego ou reutilizá-los. O uso de copos descartáveis, por exemplo, deve ser reduzido. Uma pessoa, no traba-lho ou em uma festa, poderá usar o mesmo copo para se servir mais de uma vez. Os sacos de supermercados devem ser bem preenchidos, reduzindo, assim, a quantidade utilizada, e devem ser usados somente para o necessário. Depois de usados, os sacos podem ser reutilizados, por exemplo, para embalar lixo.

reutilizadas, mas outras não, principalmente as embalagens de produ-reciclagem (esta é

a palavra chave!).

A reciclagem de plástico exige que esses materiais sejam separados de acordo com o tipo de polímero. No

olhando, de que polímero determi-nado plástico é constituído. Isso di-

-que ela é feita por tipo de polímero. Assim, para facilitar a reciclagem, os objetos confeccionados a partir de

-dos e marcados com códigos espe-

o tipo de material utilizado em sua confecção, conforme o Quadro 1.

Plásticos biodegradáveis

A resistência química dos plásticos permite que sejam utilizados, in-clusive, para armazenar ácidos. Entretanto, essa vantagem se torna um problema quando os frascos criados para essa utilidade são des-cartados e levam séculos para se decompor no ambiente. Tentando resolver esse problema, a Ciência vem propondo diferentes tipos de plásticos biodegradáveis.

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Um produto é considerado biodegradável quando microorganismos naturais podem decompô-lo, transformando-o em substâncias sim-ples presentes no ambiente.

Quadro 1 -

Código de reciclagem Tipo de plástico Densidade (g/mL) Exemplos de aplicação

PET

PP

PS

de pequenas moléculas de polímeros unidas por moléculas naturais, geralmente amido, naturalmente biodegradáveis. Microorganismos

-culas naturais levam à quebra das enormes cadeias poliméricas. Essas moléculas menores resultantes, embora sejam de plástico, apresen-tam maior superfície de reação, fator que favorece a rapidez de sua degradação.

QUESTÕES PARA DISCUSSÃO

1. Segundo pesquisas, em 2003, o Brasil consumiu mais de 300 mil toneladas de resinas PET na fabricação de embalagens; desse to-tal, 35% foram reciclados. Analise os pontos positivos e negativos

2. Explique por que não se pode reciclar conjuntamente os diferen-

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tes tipos de plástico, já que todos são polímeros.

3. Relacione diferentes exemplos de medidas a serem adotadas pelos consumidores para reduzir o consumo de materiais plásticos.

ANEXO E: PROPRIEDADES DOS MATERIAIS

A. Propriedades dos materiais X descarte do lixo

Para descartar e tratar os re-síduos sólidos corretamente, é imprescindível considerar as propriedades dos mate-riais a serem descartados, pois muitos deles demo-ram centenas de anos para se decompor na natureza. Muitos são tóxicos (pilhas, baterias) e, ou apresentam

(lixo hospitalar) ou ao meio ambiente. Conhecendo as propriedades das substân-cias, é possível separar os materiais encontrados no lixo e dar-lhes o adequado tratamento.

Além disso, muitos materiais encontrados no lixo podem ser reutilizados (a exemplo da garrafa PET, que é matéria-prima para artesanatos) e reciclados. Assim, a palavra “lixo” deve ser substituída por “resíduos sólidos”, uma vez que “lixo” dá a ideia de algo que não serve mais para nada.

Um dos resíduos sólidos encontrados em maior quantidade no lixo e que provoca sérios problemas ambientais, por possuir lenta degrada-ção, é o plástico.

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B. Propriedades dos materiais plásticos e sua importância

A Química vem contribuindo,

desenvolvimento de novos materiais que possam atribuir uma melhor qualidade de vida para a população. Através das transformações da matéria, toneladas de substâncias são produzidas diariamente pelas

-cos, produtos de higiene, ma-teriais cada vez mais resisten-tes e duráveis são alguns exemplos. Porém, o material que mais tem

-vel sem os materiais plásticos. Computadores, celulares, tecidos, ele-trodomésticos, tintas, fazem parte do grupo dos plásticos. Não é por acaso que já se convencionou chamar os tempos atuais de “a era dos plásticos” (SANTOS, et al., 2005; SILVA et al., 2001).

Quimicamente, plásticos são materiais poliméricos (macromoléculas) derivados do petróleo. São constituídos por substâncias orgânicas sintéticas e que podem ser moldados com o auxílio de calor e pressão (SANTOS, et al., 2005).

A grande utilização dos materiais plásticos se deve às suas proprieda-des, como versatilidade, durabilidade, leveza e praticidade, além de serem mais baratos. Estima-se que a produção mundial de plásticos seja de cerca de 200 milhões de toneladas por ano, sendo o consumo

2008).

Sua durabilidade e versatilidade, associadas à sua baixa velocidade de degradação e ao seu descarte inadequado, transformam o plástico em um grande problema ambiental. Alguns materiais plásticos demo-ram mais de 500 anos para se degradar no ambiente. Para minimizar esses problemas ambientais, a principal política adotada é a redução

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de seu consumo, sua reutilização e reciclagem.

A alta durabilidade dos plásticos, associada ao seu descarte inadequa-do, têm feito desses materiais um grande vilão para o meio ambiente.

Para reciclar os plásticos, é preciso que estes materiais sejam sepa-rados de acordo com o tipo de polímero de que são constituídos.

indicam o tipo de material polimérico utilizado em sua confecção, conforme Quadro 1 (Anexo D).

De acordo com Spinacé e Paoli (2005), as empresas de reciclagem de polímeros fazem a separação por diferença de densidade. O esque-

poliméricos misturados através da diferença de densidade, utilizando tanques de água e/ou soluções alcoólicas ou salinas.

Ainda conforme os mesmos autores, essa separação baseada na di-ferença de densidade é muito utilizada para o PE, o PP, o PS, o PVC e o PET. Quando os polímeros apresentam densidades próximas, esse procedimento torna-se inadequado.

Desta forma, o conhecimento das propriedades dos materiais é im-prescindível na hora de descartar e, ou tratar os resíduos sólidos. Cada material tem o seu tempo de degradação e pode ou não ser

densidade.

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O ensino de Química a partir da consCiência do lixo na escola

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Consciente das propriedades dos materiais plásticos, o cidadão co-nhecerá as implicações relativas ao seu uso e saberá decidir como utilizá-los de forma a não comprometer ainda mais o meio ambiente, reduzindo, reutilizando ou reciclando esses materiais.

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Coleção UESC-Escola consCiência

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QUEM SOMOS?

Margarete Correia de Araújo ([email protected]). Licenciada em Química, Especialista em Ensino de Ciências da Natureza e Matemáti-ca pela UESC, e em Ensino de Química pela UFLA. Professora de Química do Centro Educacional Álvaro Melo Vieira (CEAMEV), de Ilhéus. Professora Investigadora, Bolsista da FAPESB.

Michelle Coêlho Lima ([email protected]). Licenciada em Química, Especialista em Ensino de Ciências e Matemática (UESC). Pro-fessora de Química do Centro Educacional Álvaro Melo Vieira (CEAMEV). Professora Investigadora, Bolsista da FAPESB.

Joilson Silva Sampaio ( [email protected]). Licenciado em Química, Especialista em Ensino de Ciências da Natureza e Matemática (UNB). Diretor do Centro Educacional Álvaro Melo Vieira (CEAMEV).

Lucas Alves Leonel. Aluno do 3º ano do curso Técnico de Comércio, do Centro Educacional Álvaro Melo Vieira (CEAMEV). Bolsista de Iniciação

Aline Ribeiro dos Santos. Aluna do 3º ano do curso Técnico de Comér-cio, do Centro Educacional Álvaro Melo Vieira (CEAMEV). Bolsista de Ini-

Neurivaldo José de Guzzi Filho. Doutor em Química pela Universidade

Coordenador do Projeto Caminhão com Ciência (Ciência Móvel) da UESC.

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Grupo de Pesquisa em Ensinoe Aprendizagem da

Matemática em AmbienteComputacional

Grupo de Pesquisa em EducaçãoMatemática, Estatística e em Ciências

Financiamento

Coleção UESC-Escola consCiência.

Projeto: TEIAS da Inclusão: Traçando a Educação Inclusiva e Acessível / Escola Rotary Renato Leite da Silveira, de Ilhéus:

Cartilha 1: Inclusão na escola: um bate-papo com a comunidade

Cartilha 2: Inclusão na escola: um bate-papo com os professores

Projeto: AVALE – Ambiente Virtual de Apoio ao Letramento Estatístico / Colé-gio Estadual Dona Amélia Amado (CAA), de Itabuna:

Cartilha 3: Planeta água

Cartilha 4: A Estatística vai à Escola

Projeto: PEA – Um estudo sobre o domínio das estruturas aditivas nas séries iniciais do Ensino Fundamental, no estado da Bahia:

Cartilha 5: ConsCiência no ensino da adição e da subtração

Projeto: PERSAC – Projeto de estudo das relações em sala de aula com a pre-sença de ambientes computacionais de aprendizagem / Colégio Estadual Dr. Flaviano de Jesus Filho, de Camacan:

Cartilha 6: Ensinando Geometria na escola com softwares

Projeto: Cais consCiência – Aulas experimentais de Química / Centro Educacio-nal Álvaro Melo Vieira (CEAMEV), de Ilhéus:

Cartilha 7: O que fazer com o lixo que descartamos?

Cartilha 8: O ensino de Química a partir da consCiência do lixo na escola

Projeto: Caminhão com Ciência – Aulas experimentais de Física / Colégio Esta-dual Octacílio Manoel Gomes (CEOMG), de Ubaitaba:

Cartilha 9: Ensinando Física na escola em laboratórios não estruturados

Projeto: Caminhão com Ciência:

Cartilha 10: A Matemática no Caminhão com Ciência