Projeto comunitário parte 1
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Para tanto, o presente trabalho pretende levar o leitor a uma
profunda reflexão sobre o mundo que nos cerca, passando
por algumas questões:
Será que estamos fazendo nossa parte para melhorá-lo?
Vivemos no meio ou vivemos do meio? Renunciaríamos a
nossa zona de conforto em função dos outros? Temos
causa social? Precisamos urgentemente buscar um
“modelo do desafio” e não mais nos conformarmos com o
“modelo do dano” que se reproduz de geração em geração,
só é possível viver melhor, se quem nos cerca também vive
melhor.

A modernidade, ou suas pós-modernidades, nos trás uma
concepção de vida extremamente voltada para o mundo do
ter, universo este, que não mais identifica e tem por base as
relações humanas como essenciais para uma boa
convivência social;
Toda essa estrutura capitalista, que materializa nossas
relações sociais, causa uma epidemia conformista, um
conformismo não criado, mas adquirido de um processo
histórico fadado ao fracasso social a partir da construção da
alienação do homem pela coisa: uma coisificação do humano
pela humanização das coisas.

“A indiferença é a expressão
mais visível do ódio, ódio tão
profundo que é capaz de
emprestar ao outro a
capacidade do não ser e do
não existir.” CAIO FÁBIO

Renovar para despertar, renovar para libertar, renovar para
dar ao outro dignidade, respeito, autonomia em suas
escolhas.
É exatamente isso que é renovação da esperança, que é
capaz de possibilitar às pessoas socialmente fragilizadas,
condições de estarem nas redes de conhecimento para
protagonizarem mudanças não somente em suas vidas, mas
transformarem também o mundo que os cerca.
“Feliz o dia em que homens e mulheres não mais serão
elogiados pelo bem que faz, somente assim teremos uma
sociedade madura para sua convivência social”

Através da educação, podemos trazer oportunidades à
população sofrida do nosso país, condições estruturais para
que possam viver (ter vida no sentido literal) e não somente
sobreviver; sobrevivência esta que já significa por si só, estar
em desvantagem permanente.
Possibilitando o empoderamento social através do
conhecimento, estimulando o protagonismo na formação de
atores principais.

Faz-se necessário, mesmo que haja esse sentimento de
solidariedade transitando entre nós, sermos mais eficientes na
ação social, desmitificar o ideal da “turma do bem”, “os
bonzinhos”, como se fosse uma prática ou um ato diferencial. .
Devemos ser competentes no “fazer ao outro”, no “aprender a
servir”, pois somente assim poderemos ter um tempo social,
onde todos estão integrados na renovação da esperança,
alinhados a uma construção historicamente harmônica: uma
comunidade temporalmente simétrica em sua identidade.

Estamos em todo o tempo buscando formas de darmos
respostas a essa demanda institucionalizada que norteia a
nossa convivência social, e desde crianças, somos
condicionados para este “mundo do Ter”, que
consequentemente nos remete a uma competitividade por
objetivos, e exatamente isso que provoca essa materialização
das relações humanas.
Atualmente o estardalhaço sobre o discurso do “ter direito”
que acaba refletindo uma sociedade que se formou para ter
direitos e não deveres, instalando um "estado do Direito" que
se encontra ameaçado pela falta do "Dever".

“Mas doutor, uma esmola
A um homem que é são
ou lhe mata de vergonha
ou vicia o cidadão”
Luiz Gonzaga

“Os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre
triunfam na guerra; os sábios nem sempre tem comida; os prudentes
nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre tem prestígio; pois
o tempo e o acaso afetam a todos.” Eclesiastes 9:11
“o Tempo e o acaso afetam a todos”, refletindo sobre o mundo em
que vivemos, achamos pessoas que acreditam que estão acima de
qualquer coisa, usam da altivez, da prepotência, da arrogância em
função do poder que acham possuir, provocando humilhações,
indiferença e submissão sobre os que estão a sua volta.
Que o poder, a ganância e tudo que é abominável à edificação dos
valores humanos e solidários possam ser substituídos pela
aceitação, pela solidariedade, pelo amor, pelo servir, pois o que vai,
além disso, é correr atrás do vento, é pura vaidade como dito em
Eclesiastes.

O renovo social tem que ser a causa de toda e qualquer atividade
que compreenda o “fazer ao outro”.
Esse “fazer” tem que ser eficiente e empoderador, não mais uma
prática isolada do imediatismo como estratégia de ação social,
não excluindo as ações assistencialistas, pois tenho convicção
que não posso dar
Educação para uma criança que morre de fome, tenho que
primeiramente resolver a fome dela, mas que esse "fazer" não
seja interpretado ou tratado com puritanismo e vanglória de quem
está fazendo.