PROJETO CONTANDO E RECONTANDO A MAGIA DOS CONTOS CLÁSSICOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E DIFUSÃO EDUCACIONAL ESCOLA & UNIVERSIDADE CONTANDO E RECONTANDO A MAGIA DOS CONTOS CLÁSSICOS Lotação: Núcleo Regional Atuação: Integrante IV – Docência Nível/Modalidade: Ensino Fundamental - Regular LITERATURA INFANTIL

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBASECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA E DIFUSÃO EDUCACIONALESCOLA & UNIVERSIDADE

CONTANDO E RECONTANDO A MAGIA DOS CONTOS CLÁSSICOS

Lotação: Núcleo Regional

Atuação: Integrante IV – Docência

Nível/Modalidade: Ensino Fundamental - Regular

LITERATURA INFANTIL

CURITIBA

2010

Page 2: PROJETO CONTANDO E RECONTANDO A MAGIA DOS CONTOS CLÁSSICOS

1 INTRODUÇÃO

Considere-se necessário o trabalho com histórias e contos, pois é um

caminho alternativo para lidar com as emoções. As crianças sentem-se, mais

seguras ao perceber que os personagens da história também atravessam

dificuldades que se assemelham aos de sua vida. Os finais felizes proporcionam um

sentimento de esperança e de confiança.

Os livros devem fazer parte das atividades diárias das crianças. Esses livros

sempre em exposição encorajam a criança a se interessar, descobrindo que há

várias espécies de livros, histórias diferentes, ilustrações e tamanhos diferentes.

O livro infantil entende-se como, aquele que traz narrativas abertas e

transformadas, nunca deveria ser uma obrigação para as crianças, e sim

oferecimento gratuito.

Ouvir histórias lidas pôr adultos, manusear livros, brincar de ler são alguns

fatores que estimulam e despertam na criança as atividades envolvendo leitura,

devem ser entendidas na escola, como construção de significado e não como busca

do significado, levando-se em conta: a seleção dos textos baseado no grau de

dificuldade gramatical e lexical,assim como a capacidade de compreensão do aluno

obre os dados explícitos e implícitos no texto,as atividades de leitura devem

enfatizar a ideologia textual, o aluno deve ser participante ativo dessa interação.

Na busca de garantir a satisfação das necessidades básicas de

aprendizagem dos alunos, o fundamental é que a proposta de leitura que vem ser

participante ativo dessa interação.

Para isso é preciso aliar ao domínio dos conteúdos uma adequada

metodologia para despertar nos alunos a motivação, aguçando sua curiosidade, o

interesse, a vontade de sabe, de procurar a vontade de descobrir o que o levará a

um melhor sentido, sendo assim um aluno interdisciplinar que está aberto para

aprender sempre, em todas as situações, nos mais variados âmbitos da vivência.

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2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Permitir a estudante/professora compreensão dos processos de

ensino/aprendizagem, visando à atuação contextualizada e interdisciplinar na

prática e pedagógica.

2.2 ESPECÍFICOS

Organizar práticas pedagógicas criativas e diferenciadas. Aplicar

reflexivamente o projeto a ser desenvolvido na unidade escolar. Tomar decisões

metodológicas por princípios, éticos, políticos e estéticos. Adequar à prática

pedagógica de acordo com as características dos alunos.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A arte de narrar tem origem nos primórdios dos tempos, com o homem

primitivo. Este, aproveitando-se em momentos de reunião em volta da fogueira

transmitia suas experiências de um para o outro.

Com o passar do tempo, estas informações ou contos,eram repassadas de

geração para geração: perpetuando,assim, a história de um povo com suas

crenças,costumes valores étnicos e morais.

No início do século XXVIII, quando a crença passou a ser considerada um

ser diferente do adulto em miniatura,foram produzidos os primeiros livros de

literatura infantil.

Até então as crianças acompanhavam a vida social do adulto, participando

também da sua literatura.

Inicialmente a literatura atingia três tipos de crianças: as da nobreza liam os

grandes clássicos; as da classe privilegiada liam e ouviam as histórias de cavalaria

e aventura; e para crianças das classes populares restara à literatura de cordel,

ricas em lendas e contos.

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Sobre o surgimento da literatura infantil,com ascensão da burguesia

comenta Zielberman (1998, p. 67):” Antes da constituição desse modelo burguês,

inexistia uma consideração especial para a qual a infância.Essa faixa etária não era

percebida com um tempo diferente,nem o mundo da criança com um espaço

separado.

Pequenos e grandes compartilhavam dos mesmos eventos, porém nenhum

laço amoroso especial os aproxima. A nova valorização da infância gerou maior

união familiar, mas igualmente os meios de controle do desenvolvimento intelectual

da criança e da manipulação de suas emoções “(67, p.15)

Na evolução do processo de busca e adaptação de uma literatura adequada,

surgem duas tendências: as “adaptações” baseadas nos livros clássicos; os “contos

de fadas adaptados”.

No Brasil, a literatura iniciou-se com obras pedagógicas adaptadas das

produções portuguesas, demonstrando a dependência típica das colônias.

Porém, conquistou-se seu espaço relevante com as obras de Monteiro

Lobato, considerado hoje, autentico representante nacional. As tendências de

nossas obras apontam o realismo à fantasia como caminho para questionar

problemas sócios, do reaproveitamento do folclore e da exploração dos fatos

históricos.

A literatura é uma arte,funciona como a música,ou como a pintura o leitor

sente-se atraído pelo modo de contara a história,pela própria história

contada,impressionando-se,enfim,sensibilizando-se pelo ato de ler o

livro,apreciando-se ou não.

Assim, faz-se mister mencionar: Anatol, (1976,.p. 53-5) fala que a obra de

arte literária e a organização verbal significa da experiência interna e externa ,

ampliada a enriquecia pela imaginação e por ela manipulada para sugerir as

virtudes da experiência. Ela amplia e enriquece a nossa visão de realidade,

permitindo a vivencia intensa e ao mesmo tempo a contemplação crítica das

condições e possibilidades da existência humana.

A experiência artística , que compreende entrar no mundo sem fronteiras da

beleza que instiga, emociona, surpreende e que vai mudando o jeito de falar dos

sonhos e das infinitas maneiras de sonhar, não e só a do autor no momento em

que escreve, mas também a do leitor.

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Atualmente em nossa sociedade onde a vida se faz de enigmas e de rápidas

transformações, onde as máquinas mudam a cada dia e a tecnologia move-se

instantaneamente: correr atrás dela e inútil.

Deve-se, pois, desenvolver habilidades de improvisar, de inventar, de

entender, enfim, de se apoderar das diferentes formas de comunicação fazendo

uma ponte entre o real e o imaginário.

Neste contexto aponta-se a arte como grande contribuição, proporcionando

“conhecer melhor o existente; ao perceber outras possibilidades de existir”.

Assim, ler e criar uma inter-relação simultaneamente lúdica e criativa,

constituindo fonte de prazer na medida em que atende as necessidades de ludismo

e da informação da criança.

Por meio dela, satisfazem-se essas necessidades permitindo assumir uma

atitude crítica em relação ao mundo, advinda das diferentes mensagens e

indagações que os textos suscitam.

“Assim conhecer é produzir conhecimentos. Esta descoberta da própria

capacidade de produção de conhecimento tem sido fonte de energia interna para as

pessoas olharem o mundo através de seus próprios olhos (e não através dos olhos

dos outros...), acreditando no valor daquilo que vêem e pensam”.

Nesta perspectiva, fundamentada na teoria onde o conhecimento não é visto

como algo a ser consumido e acumulado, posto para dentro do aprendiz em doses

controladas, e sim algo a ser produzido, construindo por ele enquanto sujeito e não

quando objeto da aprendizagem.

Este processo caracteriza-se por ser constituído pelo próprio aluno,

realizando-se concomitantemente ao seu desenvolvimento cognitivo, sendo assim,

individual e coletivo, com e a partir de suas experiências e do domínio que já possui

redimensionando a graduação de dificuldades. Permite, cria e estimula a

descoberta de suposições d hipóteses na relação entre significante e significado.

Porém exige interação.

Neste contexto faz criar Soares (1972, p. 15) cita: ”A literatura é um

processo de natureza social; e interação verbal entre indivíduos socialmente

determinados: o leitor, seu universo, seu lugar na estrutura social, suas relações

com o mundo e com os outros”.

Portanto,ao ser oferecido oportunidades de vivencias a literatura infantil,a

criança prevê, pensa,constrói e interage. A literatura é o processo de integração

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entre autor e o leitor, mediado pelo texto. É dinâmico, pois leva o leitor interferir

dados e situações a pensar, refletidamente, após o ato de ler.

Em Vigotsky (1993) há uma preocupação fundamental com a integração

social, pois é o plano intersubjetivo, ou seja, nas trocas com os outros, com os

objetos e com o meio e geral que se processa o conhecimento.

Que implica uma relação entre o sujeito que busca conhecer e objeto a ser

conhecido, estabelecendo relações recíprocas.

Portanto, é nos movimentos de interação eu o homem extrai a essência d

conhecimento necessário para o seu desenvolvimento.

Assim, nesta busca por uma postura que contemple o sonhar,o ousar,o falar,

para então criar e transformar,cita-se Perrenoud (1999, p. 15): “a educação deve

transmitir,de forma maciça e eficaz,saberes e saber-fazer evolutivos,pois são as

bases das competências do futuro”.

4 CONTEÚDOS

¬ Oralidade

¬ Sequência lógicas de idéia

¬ Objetividades

- Entonação adequada

- Ampliação do vocabulário

- Leitura (para apreensão das ideais no texto).

¬ Narração dos Contos Clássicos: “Os três porquinhos”, “A branca de

Neve”,”Chapeuzinho Vermelho”, “Bela e a Fera”, “João e Maria”, “Cinderela”,

“Rapunzel” e “Pinóquio”.

¬ Leitura e Comentários da parte mais interessante do texto.

¬ Produção de um texto.

¬Representação em forma de desenho.

¬ Sistematizar a história através de desenho, música, colagem, massinha,

dobradura, mosaico, fantoches e dramatização.

5 DESCRITORES

De acordo com a Matriz de Referência –Provinha Brasil – Alfabetização, os

alunos participantes do projeto deverão aprimorar se do sistema de escrita, tendo

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como habilidade diferenciar letras, de outros sinais gráficos, como os números,

sinais de pontuação ou de outros sistemas de representação, identificar letras do

alfabeto, reconhecer palavras como unidade gráfica, distinguir diferentes tipos de

letra, identificar relações fonema/grafema (som, letra). Com relação ao eixo Ensino

da Literatura o aluno deverá ter as seguintes habilidades, identificar assuntos de um

texto lido ou ouvindo, antecipar assunto de um texto com base no título, subtítulo,

imagens, reconhecer a ordem alfabética, estabelecer relações de continuidade

temática. E no eixo escrita ter a habilidade de escrever palavras.

6 PROBLEMATIZAÇÃO

Em decorrência da biblioteca dessa unidade escolar ter sido inaugurada a

menos de um ano, os alunos não criaram um hábito da leitura, em razão dos

clássicos da literatura disso partimos para a elaboração do projeto contando e

recontando a Magia dos Contos Clássicos.

As crianças precisam desde cedo, serem estimulados a gostarem de leitura,

dos contos clássicos e das diversas atividades onde o conhecimento transborde na

forma mais prazerosa possível.

Trabalhando com este projeto o aluno deixa de ser apenas “aprendiz do

conteúdo de uma área do conhecimento qualquer”. Ele está desenvolvendo uma

atividade complexa e que nesse projeto apropria-se, ao mesmo tempo de um

determinado objeto de conhecimento cultural e forma-se como sujeito participativo e

transformador da sociedade.

É como tornar a coerente a prática com uma concepção significativa da

aprendizagem.

7 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser contínua, com registros para que possa vislumbrar o

processo de cada aluno, bem como observar onde precisa replanejar sua prática

educativa para obter um resultado satisfatório.

É fundamental o acompanhamento diário dos alunos e o

registro freqüente do resultado das suas produções. E por meio de atividade

diversificadas adaptas aos contos clássicos para quais os alunos devem estar

motivados e mobilizados a participar, que o professor tem maiores possibilidades de

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acompanhar a evolução dos mesmos, pois segundo Demo (1991, p. 15) “a

avaliação está centrada no desabrochar da competência construtiva e participativa”

A avaliação é processual, ocorrendo assim diariamente, pois, o aluno é visto

como um ser capaz de construir e reconstruir o conhecimento acumulado de sua

vivência e ampliá-las quais facilitaram o entendimento dos conhecimentos

acumulados pela sociedade.

REFERÊNCIAS

ABRANOVICK, Fanny. Literatura infantil, gostosuras e bobices. São Paulo: Scipione, 1997.

ANATOL (1976)

DEMO (1991)

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1991.

PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999.

SOARES, M.B. (1972).

VIGOTSKY (1993).

ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil na escola. São Paulo: Global, 1998

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