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Projetos de Instrumentação Detalhamento do Projeto A maioria do homem-hora gasto em um projeto é consumido na fase da engenharia detalhada e na fase de montagem. Nesta etapa do projeto, serão desenvolvidos os cálculos de engenharia e seus memoriais, desenhos e diagramas, especificações de instrumentos, requisições de compra, organização de literaturas e documentos. Controle da documentação Neste estágio com o aumento dos desenhos e diagramas do projeto é necessário existir um sistema para manter o controle e rastreabilidade destes papéis. Além de controlar os desenhos e documentos criados, faz-se necessário controlar as revisões destes documentos. Muitos dos desenhos foram iniciados na fase preliminar do projeto e serão modificados na fase de detalhamento da engenharia, o que prova que nenhum documento é realmente um documento final. Um sistema de controle de documentação pode ser simples ou complexo, porém recomenda-se que o mesmo seja o mais descomplicado possível. Será necessário criar um sistema que contemple as seguintes informações relacionadas ao documento: Número Título Tipo Tamanho Data de criação Data de Revisões Nota das revisões DETALHAMENTO DE PROJETO...1

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Projetos de InstrumentaçãoDetalhamento do ProjetoA maioria do homem-hora gasto em um projeto é consumido na fase da engenharia detalhada e na fase de montagem. Nesta etapa do projeto, serão desenvolvidos os cálculos de engenharia e seus memoriais, desenhos e diagramas, especificações de instrumentos, requisições de compra, organização de literaturas e documentos. Controle da documentação Neste estágio com o aumento dos desenhos e diagramas do projeto é necessário existir um sistema para mante

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Projetos de Instrumentação

Detalhamento do Projeto

A maioria do homem-hora gasto em um projeto é consumido na fase da engenharia

detalhada e na fase de montagem. Nesta etapa do projeto, serão desenvolvidos os

cálculos de engenharia e seus memoriais, desenhos e diagramas, especificações de

instrumentos, requisições de compra, organização de literaturas e documentos.

Controle da documentação

Neste estágio com o aumento dos desenhos e diagramas do projeto é necessário

existir um sistema para manter o controle e rastreabilidade destes papéis. Além de

controlar os desenhos e documentos criados, faz-se necessário controlar as revisões

destes documentos. Muitos dos desenhos foram iniciados na fase preliminar do

projeto e serão modificados na fase de detalhamento da engenharia, o que prova que

nenhum documento é realmente um documento final.

Um sistema de controle de documentação pode ser simples ou complexo, porém

recomenda-se que o mesmo seja o mais descomplicado possível. Será necessário

criar um sistema que contemple as seguintes informações relacionadas ao

documento:

Número

Título

Tipo

Tamanho

Data de criação

Data de Revisões

Nota das revisões

As especficações de instrumentos, folha de dados, memoriais, informações de

fabricantes, etc. podem também ser numerados e arquivado caso desejado.

Os documentos mais importantes a serem desenvolvidos nesta fase são:

Memorial de cálculo de instrumentos

Folha de Especificação de Instrumentos

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Projetos de Instrumentação

Diagrama de fiação ou ligação

Diagrama de malha

Diagrama lógico

Diagramas de detalhamento típico de instrumentos

Planta de encaminhamentos de cabos

Planta de encaminhamentos de cabos na sala de controle

Desenhos de painel

A definição dos instrumentos em um projeto deve levar em consideração o estado-da-

arte dos instrumentos, ou seja a sua tecnologia atual, porém o custo e a

disponibilidade de peças para reparo e manutenção são outros fatores a serem

considerados.

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Projetos de Instrumentação

FOLHA DE ESPECIFICAÇÃO DE INSTRUMENTOS

Deve conter: identificação (tag), serviço, dados operacionais e características técnicas

que permitam sua completa definição para fins de aquisição do instrumento. Devem

ser elaborados utilizando-se formulários padronizados.

A padronização das folhas de especificações de instrumentos está baseada

principalmente em dois sistemas:

Procedimento PRINST/1 do IBP

Norma ISA-20-1981 “Formulários de especificação de instrumentos, elementos

primários e válvulas de controle para medição e controle de processo”

Os dois padrões para folhas de especificações tem como objetivos comum:

Facilidade no estabelecimento dos dados mínimos necessários à especificação

dos instrumentos;

Uniformização da terminologia;

Padronização na apresentação dos dados, permitindo critérios uniformes de

análise de especificações, cotações, ordens de compra, inspeção e recebimento;

Aumento de eficiência no processamento das informações, desde a concepção

inicial até a operação dos sistemas de instrumentação e controle

As folhas de especificações utilizadas no Procedimento PRINST/1 do IBP,

representam uma forma resumida de especificação, não incluindo necessariamente

todos os dados de engenharia e de aplicação, permitindo-se que o usuário adicione

dados conforme sua necessidade.

O formato de cada folha obedece a critérios gerais de dimensionamento e distribuição

de informações. Os cabeçalhos permitem que cada usuário possa colocar

informações sobre a empresa ou da planta industrial a que destina-se.

A lista à seguir mostra os tipos de instrumentos que possuem formulários de

especificação disponíveis no PRINST/1 do IBP, sendo que para instrumentos menos

comuns, não contemplados nesta lista, sugere-se a utilização da folha de

especificação de “Instrumentos Diversos”.

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Projetos de Instrumentação

Instrumentos diversos Instrumentos de painel

Anunciadores de alarmeAnunciadores de alarme –

Gravação de Plaquetas

Termômetros bimetálicos e poços Termostatos

Termopares e poços Bulbos de resistência e poços

Instrumentos de temperatura (bulbo

cheio)Rotâmetros

Placas de Orifíco e flanges Transmissores tipo turbina

Medidores magnéticos de vazão Totalizador local de vazão

Visores de nível Indicadores de nível de tanque

Chave de nível (bóia ou empuxo) Instrumentos de nível (empuxo)

Instrumentos de nível (tipo

capacitância)Manômetros

Pressostatos Transmissores de pressão

Transmissores de pressão

diferencialInstrumentos de pressão

Válvulas de controle Válvulas termostáticas

Válvulas controladoras de nível Válvulas controladoras de pressão

Válvulas motorizadas

pneumaticamenteVálvulas motorizadas eletricamente

Válvulas solenóide

É importante frisar que para realizar um boa e completa especificação de instrumento,

deve-se conhecer o princípio de funcionamento do mesmo, conceitos de normas de

classificação elétricas e mecânicas de equipamentos e instrumentos e consultar o

catálogo e/ou manual de pelo menos um fabricante deste tipo de instrumento, sem o

qual ficará extremamente difícil o trabalho.

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Projetos de Instrumentação

Detalhamento da especificação

Alguns conceitos importantes na especificação de instrumentos dizem respeito a:

CLASSIFICAÇÃO DO INVÓLUCRO

Os invólucros dos equipamentos e instrumentos eletro-eletrônicos, conforme as

características do local em que serão instalados e de sua acessibilidade, devem

oferecer um determinado grau de proteção. Assim, por exemplo, um equipamento a

ser instalado num local sujeito a jatos de água, deve possuir um invólucro capaz de

suportar tais jatos, sob determinados valores de pressão e ângulo de incidência, sem

que haja penetração de água. O grau de proteção conforme definido por norma (NBR

6146 ou IEC 60529) é representado por letras IP, seguidas por dois algarismos.

O 1º algarismo indica o grau de proteção contra penetração de corpos sólidos

estranhos e contato acidental e o 2º algarismo indica o grau de proteção contra

penetração de água no interior do motor.

Uma outra padronização para classificação de invólucro está baseada na norma

NEMA.

A tabela à seguir mostra o detalhamento dos níveis de proteção em função dos

algarismos utilizados pela norma IEC, sendo que se o instrumento possue grau de

proteção IP68, ele está totalmente protegido contra poeira e pode trabalhar

permanentemente imerso em água.

1º ALGARISMO 2º ALGARISMO

INDICAÇÃO INDICAÇÃO

0 Sem proteção 0 Sem proteção

1 Corpos estranhos de dimensões acima de 50mm

1 Pingos de água na vertical

2 Corpos estranhos de dimensões acima de 12mm

2 Pingos de água até a inclinação de 15º

com a vertical

3 Corpos estranhos de dimensões acima de 2,5mm

3 Água de chuva até a inclinação de 60º

com a vertical

4 Corpos estranhos de dimensões acima de 1,0mm

4 Respingos de todas as direções

5 Proteção contra acúmulo de poeiras prejudiciais ao equipamento

5 Jatos de água de todas as direções

6 Totalmente protegido contra a poeira 6 Águas de ondas ou jatos de água potentes

7 Imersão temporária

8 Imersão permanente

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Projetos de Instrumentação

CLASSIFICAÇÃO DA ÁREA

Os equipamentos e instrumentos eletro-eletrônicos quando instalados na área

industrial, podem estar sujeitos a atmosferas explosivas. Em função da frequência da

exposição destes instrumentos e do tipo de atmosfera explosiva as áreas são

classificadas.

Existem duas principais normas para classificar as áreas explosivas:

NEC Baseia-se na classificação em Divisão; Classes e Grupos

IEC Baseia-se na classificação em Zona; Grupo e Temperatura de ignição

expontânea.

CONEXÃO ELÉTRICA

Os instrumentos eletrônicos de campo, como por exemplo, os transmissores de

pressão possuem sempre uma conexão roscada para acoplamento do conduite

elétrico, definida nas folhas de especificação como CONEXÃO ELÉTRICA. Esta

conexão pode ser especificada normalmente com as seguintes opções: ½” NPT; Pg

13,5 ou M20 X 1,5.

MATERIAIS

Os materiais que compõem as várias partes de um instrumento, normalmente são

opcionalmente especificados em função da aplicação. Estes materiais podem ser

utilizadas em partes molhadas do instrumento, isto é, as partes do instrumento que

estarão em contato com o fluído de processo ou em partes não molhadas.

Os exemplos mais comuns de tipos de materiais são:

AÇO INOX 304 (A.I. 304 ou AISI 304)

AÇO INOX 316 (A.I. 316 ou AISI 316)

Aço Carbono

NEOPRENE

TEFLON

LATÃO

MONEL

TANTALO

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Page 7: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO DE MEDIDOR MAGNÉTICO DE VAZÃO

O medidor magnético de vazão é um instrumento dividido em 2 componentes:

medidor e transmissor, sendo que alguns fabricantes fornecem ambos montados de

forma integralmente.

O medidor é o componente que fica em contato direto com o processo, necessitando

especificar vários parâmetros relacionados a material de construção e características

do eletrodo de medição. O transmissor, basicamente é um equipamento eletrônico

com a função de medir o sinal gerado pelo medidor é transmití-lo em sinal analógico

ou digital (comunicação).

A folha de especificação a seguir mostra um exemplo de especificação de 2

medidores magnético, agrupando os dados a serem especificados em:

GERAL

MEDIDOR

TRANSMISSOR

ACESSÓRIOS

CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO

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Page 8: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

DETALHAMENTO DE PROJETO...8

Page 9: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

As próximas figuras e tabelas mostram alguns detalhes de dois medidores mod. 8705

e 8711, além de um

transmissor mod. 8732 da

EMERSON (FISHER-

ROSEMOUNT) sem

esgotar as informações

necessárias para uma

completa especificação, o

que seria necessário o

manual e/ou catálogo do

fabricante.

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Projetos de Instrumentação

Vista do medidor mod.8705

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Projetos de Instrumentação

Vista do Medidor mod. 8711

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Projetos de Instrumentação

Vista do Transmissor mod. 8732

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Projetos de Instrumentação

EXEMPLO DE ESPECIFICAÇÃO DE PLACAS DE ORIFÍCO, TRANSMISSOR DE

PRESSÃO DIFERENCIAL E VÁLVULA DE CONTROLE

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Projetos de Instrumentação

DETALHAMENTO DE PROJETO...14

Page 15: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

DIAGRAMA DE LIGAÇÃO OU FIAÇÃO

Neste desenho aparecem os detalhes de ligação dos condutores de sinal e blindagem

e as réguas terminais que interligam os instrumentos de campo aos demais

componentes do sistemas de instrumentação. Estas réguas terminais podem ser de 2

tipos:

Réguas terminais de passagem, localizadas em caixas de junção

Réguas terminais de rearranjo localizadas em painéis locais, armários de rearranjo ou

painéis centrais.

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Projetos de Instrumentacao

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Projetos de Instrumentação

DIAGRAMA DE MALHA

É um desenho esquemático que mostra de forma individual os componentes de uma

malha de controle ou indicação/registro de uma variável de processo e suas

interligações.

O diagrama de malha a ser estudado estará baseado na norma ISA-5.4-1991 que tem

como objetivo estabelecer as mínimas informações necessárias e também os

detalhes opcionais para os diagramas. Certos campos de aplicação, tais como

astronomia, navegação e medicina utilizam vários instrumentos altamente

especializados que são diferentes dos instrumentos convencionais utilizados nos

processos industriais, os quais a norma não dedicou nenhum esforço específico para

atendê-las, entretanto a norma é flexível suficiente para a representação dos detalhes

específicos.

Os diagramas de malha são utilizados em vários momentos, tais como: projeto,

construção, start-up, operação, manutenção e modificação.

No projeto o diagrama de malha ilustra a filosofia de controle, sendo uma extensão do

fluxograma de engenharia (P&ID) mostrando os componentes e acessórios da malha,

conexões entre dispositivos e identificação da ação dos componentes.

Deve conter no mínimo as seguintes informações:

Função da malha;

Identificação dos dispositivos pertinentes à malha com suas identificações (tag´s)

e modêlo de acordo com o fluxograma de engenharia (P&ID);

Indicação da relação com outras malhas incluindo conexão a circuitos de

intertravamento e/ou sequenciamento e suas respectivas identificações, assim

como set-point remoto de malhas em cascata, circuitos de segurança e bloqueio,

etc.:

Identificação numérica e/ou colorida de todos os terminais elétricos, pneumáticos

e hidráulico nos instrumentos, painéis, caixas de junção, armários, etc.;

Identificação da localização física dos instrumentos representados, tais como:

frente de painel, seção de painel, rack de I/O, armário, prateleira, campo, painel,

local, etc.;

Ligação às fontes de energia mostrando os valores de tensão e/ou pressão;

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Page 18: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

Linhas de processo e equipamentos suficientes para descrever a parte de

processo da malha e oferecer uma clara visão da ação da malha, permitindo saber

o que está sendo medido e o que está sendo controlado;

Ações e posições de segurança em caso de falha (eletrônica, pneumática ou

ambas) dos vários dispositivos de controle, tais como: controladores, chaves,

válvulas de controle, válvulas solenóides e transmissores (se ação reversa).

As informações à seguir são opcionais:

Equipamentos de processo, linhas e suas identificações numéricas, fontes,

designações ou direção de fluxo;

Referência a desenhos e registros complementares, tais como: detalhes típicos de

instalação, P&ID´s, diagramas de ligação, etc.;

Localização específica de instrumentos, tais como: elevação, área, sub-divisão de

painel, número do rack ou armário, localização de E/S, etc.;

Referência cruzada entre malhas que compartilham um mesmo componente, tal

como: registradores multi-variáveis, etc.;

Referências a descrições de equipamentos, fabricantes, modêlo, especificação,

etc.;

Valores de calibração e faixas de sinal, incluindo set-point para chaves alarmes e

dispositivos de bloqueio;

Números de referência a softwares, tais como: endereço de E/S, tipos e nomes de

blocos de controle, etc.;

Legenda que auxilie na identificação de instrumentos e acessórios;

Identificação de acessórios, tais como: reguladoras, filtros, válvulas tipo manifold,

etc.;

Referência a documentação do fabricante, tais como: esquemáticos, detalhes de

conexão, instruções de operação, etc.;

Identificação codificada de cores para cabos e condutores ou tubos que utilizam

números para diferenciação.

As figuras à seguir mostram exemplos de diagramas de malhas, considerando os

itens mínimos e os opcionais.

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Page 19: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

Exemplo de diagrama de malha com mínimas informações

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Projetos de Instrumentação

Exemplo de diagrama de malha com informações opcionais

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Projetos de Instrumentação

Exemplo de diagrama de malha com informações opcionais

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Page 22: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

Exemplo de diagrama de malha com informações opcionais

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Projetos de Instrumentação

DETALHAMENTO TÍPICO DE INSTALAÇÃO DE INSTRUMENTOS

São desenhos que mostram os vários detalhes de instalação de instrumentos e

acessórios. Podem ser classificados em:

Fixação de instrumentos e acessórios Desenho de detalhes de montagem, mostrando

os suportes dos instrumentos, as caixas de junção, as bandejas, etc.

Instalação de processo Desenho esquemático indicativos da instalação dos

instrumentos junto aos equipamentos e tubulações de processo. Deverá caracterizar os

materiais de instalação necesários para montagem (classe de pressão, diâmetros das

tomadas, tipo de material, etc.)

Instalação de ar Desenho esquemático de instalação mostrando o suprimento de ar e as

interligações pneumáticas dos instrumentos discriminando todos os materiais necessários

à montagem.

Instalação elétrica dos instrumentos Desenho esquemático mostrando o material

necessário à instalação elétrica dos instrumentos, observando sempre a classificação de

área onde os mesmos estão localizados.

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Projetos de Instrumentacao

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Projetos de Instrumentação

DESENHOS DE PAINEL

Normalmente apresentado através dos seguintes desenhos:

Arranjo (Lay-out) do painel Desenho contendo o arranjo frontal do painel, com

instrumentos, botoeiras, anunciadores, lâmpadas.

Detalhe de construção do painel Desenho contendo uma vista traseira e lateral que

mostra: canaletas, barra de terminais, barra de terra, caixas de chave-fusívies,

prateleiras de instrumentos, etc. Este desenho deverá ser também emitido para os

armários de rearranjos de cabos.

Detalhe de furação do painel Desenho contendo as dimensões dos cortes na

chaparia necessários à montagem dos instrumentos

Semi-gráfico do painel Desenho que mostra os desenhos que constituirão o semi--

gráfico das diversa seções do painel.

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Page 26: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentacao

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Page 27: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

EXERCÍCIO

1. Quais as Normas que padronizam os formulários de especificação mais utilizados no Brasil?

NBR 6146 e IEC 60529 ISA-20 e PRINST/1 (IBP)

NBR 10300 ISA-5.1

2. Qual o objetivo da padronização das folhas de especificação de instrumentos?

Padronização na apresentação dos dados, permitindo critérios uniformes de análise de especificações, cotações, ordens de compra, inspeção e recebimento.

Obrigação de compra de equipamentos do mesmo fabricante

Garantir que os instrumentos adquiridos possuam certificação ISO 9000

Permitir que qualquer pessoa não qualificada efetue a especificação

3. A classificação do invólucro de instrumentos está baseada em qual norma?

ISA-5.1 ISA-20 e PRINST/1 (IBP)

NBR 10300 NBR 6146 e IEC 60529

4. A classificação do invólucro de instrumentos define:

O grau de proteção contra explosões

O grau de proteção contra penetração de sólidos e líquidos

O grau de proteção contra resíduos químicos

O tipo de pintura e proteção contra corrosão

5. A classificação do invólucro de instrumentos é representada por:

IP XY , onde: X = 0 a 6 ; Y = 0 a 8 IP XY , onde: X = 0 a 8 ; Y = 0 a 6

IP XY , onde: X = 0 a 8 ; Y = 0 a 8 IP XY , onde: X = 0 a 6 ; Y = 0 a 6

6. Na classificação do invólucro de instrumentos, o 1o algarismo do grau IP, representa o grau de proteção:

Contra penetração de ar Contra penetração de líquidos

Contra penetração de umidade Contra penetração de corpos sólidos

7. Na classificação do invólucro de instrumentos, o 2o algarismo do grau IP, representa o grau de proteção:

Contra penetração de ar Contra penetração de líquidos

Contra penetração de umidade Contra penetração de corpos sólidos

8. Qual classificação representa maior proteção contra penetração de líquidos:

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Page 28: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

IP 00 IP 58 IP 65 IP 44

9. Na especificação de instrumentos o quesito classificação da área define:

O tipo de atmosfera explosiva que o instrumento ficará exposto

A frequência com que o instrumento estará exposto a atmosfera explosiva

A frequência e o tipo de atmosfera explosiva que o instrumento ficará exposto

O grau de proteção de explosão do instrumento

10. A classificação da área na especificação de instrumentos está baseada em qual norma?

NBR IBP AISI NEC e IEC

11. O que define o quesito conexão elétrica na especificação de instrumentos:

O tipo de conexão roscada que será utilizada para acoplar o cabo de ligação elétrica

A bitola do cabo a ser utilizada na ligação elétrica do instrumento

A quantidade de fios a ser utilizada na ligação elétrica do instrumento

A bitola e a quantidade de fios a ser utilizada na ligação elétrica do instrumento

12. O que significa partes molhadas na especificação de um transmissor de pressão diferencial:

As partes do instrumento que ficam exposta a chuva

As partes do instrumento que ficam em contato com o fluído de processo

As partes do instrumento que não ficam exposta a chuva

As partes do instrumento que devem trabalhar sempre molhadas

13. O que deve ser considerado na escolha do material a ser utilizado no elemento sensor de um manômetro:

A capacidade corrosiva da chuva a qual o instrumento estará exposto

O peso máximo do instrumento

A capacidade corrosiva do fluído de processo que o elemento estará exposto

A precisão do instrumento

14. No quesito conexão ao processo da especificação de instrumentos, podemos referenciar:

½ “ IBP ½ “ ISA ½ “ NPT ½ “ AISI

15. O que significa o campo “Conexão ao Processo” da especificação de um instrumento?

Definição do material do Tanque em que este instrumento será conectado

Definição do diâmetro e tipo de rosca que o instrumento usa para conectar-se ao processo

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Page 29: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

Definição do tipo de cabo elétrico que o instrumento usa para conectar-se ao processo

Definição do tipo de Processo (p. ex. Químico, Siderur.) em que o instrumento será aplicado

16. Na folha de especificação de um transmissor de pressão diferencial, o que significa o campo Impedância de carga:

O valor da impedância interna do transmissor

O valor da mínima impedância da carga associada em série ao transmissor

O valor da máxima impedância da carga associada em série ao transmissor

O valor da máxima impedância da carga associada em paralelo ao transmissor

17. Na especificação de um bulbo de resistência e poço, quais os tipos de construção para poço normalmente utilizados?

Roscado e Embutido Embutido e Flangeado

Roscado e Flangeado Embutido e Externo

18. Na especificação de um bulbo de resistência e poço, o que significa o campo Transmissor no cabeçote:

Existe um bloco eletrônico inserido no poço do elemento

Define a necessidade ou não de um bloco eletrônico transmitindo 4 a 20 mA, inserido no cabeçote do elemento

Define que o elemento não utilizará cabeçote

Define que o elemento utilizará um transmissor de outro fabricante.

19. Na figura mostrada abaixo, utilizada na especificação de um bulbo de resistência e poço, qual o nome da peça que está no meio da cota “N”?

União União Flange Nipple

20. Na figura mostrada acima, utilizada na especificação de um bulbo de resistência e poço, qual o nome da peça formada pelos elementos “T” e “U”?

Poço Elemento Nipple Flange

21. Na especificação de um manômetro, o que significa o campo Fluído de Enchimento:

Define o tipo de fluído do processo

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Page 30: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

Define a quantidade de fluído a ser utilizada no instrumento

Define o tipo de fluído utilizado no interior do instrumento para minimizar efeitos de vibração

Define o tipo de fluído o qual o instrumento pode ficar exposto por mais de duas horas.

22. ESPECIFICAR TRANSMISSOR DE PRESSÃO DIFERENCIAL

Supondo que a folha de especificação de transmissor de pressão diferencial mostrada a seguir, necessite ser especificada com um modêlo de transmissor LD301 da SMAR, identifique qual o código do modêlo correto a ser especificado.

Obs.: Utilizar o Manual de Instruções, Operação e Manutenção do LD301

Resposta:

LD301________________________________________

Preencha as folhas de especificações dos Transmissores de Pressão Diferencial LT10101, LT10201, FT10300 da Planta Piloto do SENAI, conforme dados de processo já levantados anteriormente.

DETALHAMENTO DE PROJETO...31

Page 31: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

DETALHAMENTO DE PROJETO...32

Page 32: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

23. Elaborar Folha de especificação dos instrumentos necessários para atualização da

Planta-Piloto:

Transmissor de P com placa de orifício (FIT-10105), para indicação de Vazão na

linha de saída de água da bomba;

Transmissor eletromagnético de vazão (FIT-10205) para indicação de vazão na

linha de água misturada (fria e quente);

Válvula solenóide (HY-10207) para comando manual remoto de válvula de

bloqueio na entrada da linha de ar comprimido.

Válvula solenóide (HY-10208) para comando manual remoto de válvula de

bloqueio na linha de transferência água do tanque aberto para o tanque fechado.

Pressostato (PSHH-10109) para medir a pressão da água na saída do tanque

aberto após a bomba.

Transmissor eletromagnético de vazão (FIT-10309) para indicação de vazão na

linha de transferência água para o tanque fechado;

24. Elaborar Folha de especificação dos instrumentos necessários para

automação/controle do sistema de geração de ar comprimido, considerando os

seguintes instrumentos:

Medição de: Temperatura, Vazão e Pressão do ar comprimido na saída do

reservatório de ar comprimido.

Pressostato para medir a pressão e operar como sensor para segurança do

reservatório, ou seja caso a pressão ultrapasse 8,5 Kgf/cm2 uma válvula

solenóide abrir-se-á permitindo alívio de pressão;

Válvula de segurança para aliviar a pressão do reservatório em caso de falha

do controle, para atuar quando a pressão atingir 9,0 Kgf/cm2 ;

Manômetro para indicar a pressão do reservatório.

DETALHAMENTO DE PROJETO...33

Page 33: projeto de automação_08_DETALHAMENTO PROJETO

Projetos de Instrumentação

25. ELABORAR DIAGRAMA DE MALHA PARA PLANTA PILOTO

O exercício à seguir propõe a elaboração do diagrama de malha dos seguintes sistemas de controle:

Malha de nível do tanque 10100 e malha de nível do tanque 10200

Malha de pressão do tanque 10200.

Malha de temperatura de água misturada (cascata)

A turma será dividida em grupos e cada um destes elaborarão:

Obs.: Será necessário para este trabalho consultar os documentos CT-PRO

001/2001; CT-PRO 002/2001 e CT-PRO 003/2001; CT-PRO 008/2001 e CT-PRO

009/2001

DETALHAMENTO DE PROJETO...34

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Projetos de Instrumentação

DETALHAMENTO DE PROJETO...35

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