Projeto de Ic Eduardo

8/19/2019 Projeto de Ic Eduardo

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1 Universidade Federal de São Carlos

2 Graduação em Ciências sociais

Do risco ao par perfeito? Um estudo sobre a recepção

jornalística dos aplicativos de busca de parceiros/as, sites e outras

mídias digitais

Carlos Eduardo B. Ferreira

Departamento de ociologia

Orientador: Prof. Dr. Richard Miskolci

São Carlos / 201

!


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1

1 !ntrodução e "ustificativa

Este projeto prop"e uma an#lise das produç"es jornalísticas de portais de notícias

brasileiros sobre o uso de aplicativos e sites de busca de parceiros amorosos e/ou se$uais. %

material ser# recol&ido em 'uatro portais de notícias, sendo eles, (!, )*, uperpride e +ga.

%s portais (! e o )* são direcionados ao p-blico em geral, en'uanto o uperpride e o +ga,

por sua ve, são direcionados ao p-blico ga. amb0m discutirei as características de cada

um, 1ocando inicialmente nas plata1ormas de busca por parceiros/as nestes primeiros

par#gra1os, suas 1unç"es e utiliação. Em suma, a proposta 'ue segue 0 uma tentativa de

analisar o espaço dedicado em veículos de in1ormação sobre algumas mídias digitais, em

especial, aplicativos e sites de busca por parceiros amorosos e/ou se$uais.

Feitas estas breves consideraç"es iniciais, conv0m apontar agora alguns aspectos sobre

aplicativos de busca de parceiros e sites. %s sites de namoro, como são mais &abitualmente

con&ecidos, precedem os aplicativos e são uma opção 2s 1ormas tradicionais de busca por

parceiros/as. e no período anterior 2 di1usão popular da +nternet as buscas pelo par amoroso

j# eram mediadas por jornais, r#dios e outros mecanismos não3digitais 4BE5E5+, 67!68, com

sua populariação, os sites para relacionamentos amorosos surgiram de 1orma cada ve mais

abundante e com n-mero rao#vel de usu#rios. 9or e$emplo, o site 9ar per1eito conta com

cerca de : mil&"es de usu#rios apenas no Brasil, como aponta Beleli 467!68. egundo

in1ormaç"es do site, seu lançamento ocorreu no ano 6777 e em 67!: conta com um total de

;7 mil&"es de usu#rios pelo mundo. Em um acesso no ms criar uma

conta pessoal, o site me in1ormava um total de 6?7;@ pessoas online.

=demais, algumas das novidades 'ue tanto sites 'uanto aplicativos de busca

propiciaram 1oramA uma certa normaliação da pa'uera ga e uma aceitação da busca de

parceiros realiada por mul&eres 4+%5C+, 67!;, p. ;8. Essas novas redes de


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2

sociabilidade 1uncionam como um espaço para vivenciar desejos, sem a e$posição causada no

o113line.

=l0m do Par Perfeito, outros sites de encontros como o Badoo, aderiram a estas novas

tecnologias e passaram a disponibiliar seu conte-do tamb0m para smartphones e tablets1,

possibilitando o acesso aos possíveis parceiros/as de 1orma contínua e mais con1orme ao

desejo dos usu#rios. ale ressaltar 'ue nestes sites tanto &omens como mul&eres podem

buscar parceiros de ambos os se$os. =ssim, para entender de 1orma mais clara esse processo

de mudança dos sites para plata1ormas m>veis 0 imprescindível 'ue entendamos 'uando surge

e de 'ue modo começou a 1uncionar o primeiro aplicativo para busca de parceiros.

% primeiro aplicativo para smartphones 1oi lançado em 677, voltado para &omens 'ue

procuravam &omens, 1uncionando com rastreamento via (9 para 1acilitar os encontros ap>s uma

troca de mensagens pelo pr>prio aplicativo. Este tipo de aplicativo 1unciona por meio de uma cone$ão

de tele1onia m>vel ou GiFi. % usu#rio instala o produto em seu smartphone ou tablet , cria um per1il

com 1otogra1ia e alguns dados pessoais e 0 direcionado para uma tela com 1otogra1ias dos parceiros em

potencial, de acordo com pre1er


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&

Em um conte$to de avanço tecnol>gico e de mudanças das 1ormas com as 'uais se dão as

sociabilidades 0 importante entender como as in1ormaç"es em relação a estas novas tecnologias são

apresentadas sob a 1orma de notícias. Especialmente para entendermos 'uais conte-dos são

produidos pelos veículos de comunicação acerca do uso destes aplicativos, sites e outras mídias

digitais de busca de parceiros/as, pois, os recortes 1eitos da realidade pelos jornais são na maioria das

vees ideol>gicos 4=)I, 67768, ou seja, 1aem uma a1irmação de modos de conduta ou valores

previamente estabelecidos em uma sociedade mascarada como in1ormação.


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'

Com a populariação de aplicativos gas e voltados para a busca de parceiros/as em

geral, tornou3se comum encontrarmos em grandes portais de notícias uma apresentação

positiva para esses -ltimos, en'uanto nas poucas notícias sobre aplicativos para gas, algumas

c&egaram ao ponto de associ#3los ao se$o arriscado6. Esta desproporção de valores ocorre,

como aponta Breed 4!?*8 ao discutir a promoção da ordem social e os veículos de

comunicação em massa, por'ue valores considerados dis1uncionais ou disruptivos tendem a

ser invisibiliados, en'uanto a'ueles 'ue reproduem padr"es sociais vigentes possuem

visibilidade constante. egundo suas observaç"es, estes tipos de veículos de in1ormação

tendem a encobrir 1atos 'ue ameacem a ordem de algumas instituiç"es, como o modelo de

1amília tradicional.

Conv0m salientar 'ue, diante de 1enJmenos desse tipo, 0 pre1erível analisar não apenas as

interpretaç"es 'ue os grandes grupos in1luentes 1aem da realidade, mas sobretudo da'ueles

'ue não 1aem parte da grande mídia, como a1irma auro 9. 9orto 46778 Iesse sentido,

procuramos incluir o portal uperpride e a seção +ga do portal +( pois a inserção de 1ontes

de notícias voltadas ao p-blico ga pressup"e 'ue a visão deste tipo de portal seja di1erente

dos portais direcionados ao p-blico em geral e 1aça uma divulgação positiva do uso de

aplicativos de busca de parceiros por &omosse$uais, por e$emplo. =l0m disso, 0 preciso

contrastar os discursos dos grupos &egemJnicos com os discursos dos grupos considerados

minorit#rios por'ue isso tamb0m possibilita mostrar o predomínio de alguns en'uadramentose a e$clusão de outros.

9ara percebermos o taman&o da di1usão do uso destes aplicativos, basta e$aminar os

seus n-meros de usu#rios, ou os n-meros 'ue suas empresas divulgam, mesmo sabendo 'ue

os n-meros podem ser in1lados. 9or e$emplo, o (rindr di contar com mais de cinco mil&"es

2E$emplo coletado no (!A =plicativos para buscar parceiro elevam o risco de D, di estudo.&ttpA//g!.globo.com/ciencia3e3saude/noticia/67!/7@/aplicativos3para3buscar3parceiro3elevam3risco3de3dst3di3estudo.&tml


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(

de usu#rios de acordo com in1ormaç"es do seu site;. % cru11, tamb0m para gas, a1irma

possuir apro$imadamente ; mil&"es de usu#rios. K# o inder, em sua descrição no (oogle

9la, loja virtual para download, aponta ter cerca de !7 mil&"es de instalaç"es:

. % Lornet,

aplicativo para &omem 'ue procura &omem, di possuir cerca de mil&"es de usu#rios no

mesmo site de downloads6 . K# o Badoo aponta ter cerca de 677 mil&"es de usu#rios

cadastrados* e inclui tanto procuras por parceiros do mesmo se$o 'uanto do se$o oposto, no

1ormato aplicativo e site.

e, atualmente, estes n-meros podem mostrar 'ue a tecnologia permite tanto a di1usão

dos mecanismos 1acilitadores de encontros/pa'uera 'uanto o barateamento dos aparel&os, 1oi

a partir da d0cada de 7 'ue a comunicação sem 1io começou a gan&ar notoriedade pelo

mundo. Ias palavras de Castells 4!8, 1oram surgindo tele1ones celulares sucessivamente

modi1icados Mcom uma capacidade crescente de conectividade e largura de bandaN 4!,

p.!78, passando de !@ mil&"es de contratos de tele1onia sem 1io pelo mundo em !! para

cerca de ;, bil&"es em 677?, ou o e'uivalente a :6O da população mundial. Este aumento do

n-mero de novos contratos e indivíduos utiliando a rede de tele1onia m>vel e$plica, em

parte, a e$plosão do mercado de aplicativos a partir de 677, 'uando o primeiro deles 1oi

lançado. Em suma, 'uanto mais baratos os aparel&os smartphones maior o n-mero de

compradores re1letindo nos usu#rios de aplicativos 4B+=ICL+, 67!8. De acordo com um

levantamento da eleco, apenas nos dois primeiros meses de 67!: 1oram vendidos ?.:

& &ttpA//grindr.com/learn3more

' &ttpsA//pla.google.com/store/apps/detailsPidQcom.appspot.scru11appR&lQpt

( &ttpsA//pla.google.com/store/apps/detailsPidQcom.tinder

) &ttpsA//pla.google.com/store/apps/detailsPidQcom.&ornet.android

* &ttpA//badoo.com/pt/mobile/


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)

mil&"es de smartp&ones no Brasil, em 67! o +DC Brasil aponta 'ue &ouve :.: mil&"es de

smartp&ones vendidos?.

9artindo deste panorama sobre tecnologias e seus usos, Bianc&i 467!;8 a1irma 'ue os

aplicativos para busca de parceiros j# são parte integrante do cotidiano de um n-mero

signi1icativo de pessoas pois, al0m dos n-meros sugerirem uma crescente adesão aos

aparel&os celulares 'ue possibilitam o uso de tais 1erramentas, são plata1ormas 'ue podem ser

deslocados de um lugar para outro juntamente com o celular, 1acilitando buscas e encontros.

ão mecanismos 'ue concedem a certos grupos, como minorias se$uais, maior liberdade de

ação 'ue o período anterior a di1usão destas mídias digitais não possibilitava.

+ &ttpA//SSS.teleco.com.br/smartp&one.asp


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*

Io 'ue se re1ere 2 busca de parceiros do mesmo se$o, este tipo de tecnologia

possibilita uma apro$imação de indivíduos em locais onde 'uais'uer tipos de mani1estação de

a1eto &omosse$ual poderiam ser reprimidos. Um aplicativo de busca de parceiros/as substitui,

desse modo, um primeiro contato 1ace3a31ace. em tal mediação, esta apro$imação seria

impossível em alguns locais e, portanto, o encontro não aconteceria 4C%=, 67!8. 5ogo,

podemos pensar estas novas tecnologias como ampliadoras da socialiação e dos contatos,

mas 'ue não são agentes capaes de prover relacionamentos, e$igindo o 1ace3a31ace entre seus

usu#rios para tal 4+%5C+, 67!8.

9ara mel&or entender esta nova sociedade 'ue se desen&a no conte$to brasileiro,

1orjando relaç"es via mediadores digitais, 0 interessante atentar para os n-meros de indivíduos

conectados em rede, seja pelo computador, por tablet ou celular.

Faendo uma an#lise atual do n-mero de internautas e usu#rios de tele1onia celular,

podemos ver, de acordo com dados da 9I=D 67!; T pes'uisa nacional de amostra por

domicílios T, 'ue &ouve um acr0scimo de 6,: mil&"es de novos internautas no Brasil,

passando de ,6O no ano de 67!6 para :7,!O em 67!;, totaliando ?@,* mil&"es de

usu#rios. =inda de acordo com levantamentos dessa pes'uisa, cerca de !;7,? mil&"es tin&am

tele1one m>vel, isto 0, *:O da população. K# a pes'uisa do +9 T istema de +ndicadores de

9ercepção ocial, vinculado ao +9E= T com ;.?7 domicílios em 6!6 municípios por todas as

regi"es do país, mostrou 'ue ?,!O dessa amostra possuíam computador no domicílio, dos'ue não possuíam, a maioria 4*7O8 e$plica o 1ato devido ao valor elevado do computador

pessoal. +ndagados sobre 'uanto pagariam por um computador, uma maioria de ;O

respondeu entre ) ;77,77 e ) ?77,77 e 6O não se dispun&am a pagar para ter um

computador 4o restante se dispersou em outros n-meros T !?,:O T não souberam/'uiseram

responder, *,?O8. +sso pode e$plicar o aumento do n-mero de usu#rios de tele1onia m>vel

com acesso 2 internet por conta da maior acessibilidade 1inanceira do smartphone.


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+

= mesma pes'uisa apontou 'ue, em 6,6O do total de domicílios pes'uisados, todos

os moradores possuíam celulares. K# em ;O desse total de domicílios, o n-mero de

moradores com aparel&o celular era de :7O a O. 9or sua ve, em !@,;O desse mesmo

total, at0 O dos moradores possuíam tele1one m>vel. 9or 1im, em apenas !:,O dos

domicílios pes'uisados, ningu0m possuía.

Em ;?,!O dos domicílios 'ue possuem celulares, ao menos uma pessoa acessava a

internet pelo aparel&o m>vel. Estes n-meros mostram o 'uanto a sociedade brasileira se

ade'uou 2s novas 1ormas de socialiação via tecnologias digitais m>veis e uma grande parte

aderiu aos serviços de busca por parceiro/as amorosos/as ou se$uais via aplicativos bai$ados

pela internet. =demais, segundo dados da pes'uisa +C3domicílios, dos :6,: mil&"es de

usu#rios de Seb no celular 4;!O da população8, 6;O usam a rede para bai$ar aplicativos.

En'uanto o restante 1ica dividido entre outros serviços como, redes sociais 4;7O8, 1otos,

vídeos e te$tos 46@O8 e e3mail 46:O8.

% aumento da posse de aparel&os celulares com acesso 2 rede mundial de

computadores 0 um dado 'ue evidencia a possibilidade de cone$ão ininterrupta, seja em casa

ou na rua, por todos os lugares e$iste uma c&ance de navegação. % 'ue con1irma a a1irmação

de Castells 4!8 de 'ue uma das características principais da comunicação sem 1io não

c&ega a ser a mobilidade, mas a conectividade 'ue pode ser ininterrupta. )esultando daí o

sucesso de aplicativos de busca de parceiros 'ue 1aem um rastreamento via (9 por'ue,nesta con1iguração, não importa onde o indivíduo esteja sempre &aver# algu0m disponível

para uma pa'uera/namoro/amiade ou se$o em algum ponto pr>$imo, em 'ual'uer &or#rio.


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,

Diante do 'ue 1oi e$posto, a indagação 'ue 1aemos 0A como os usos dos aplicativos,

sites e outras mídias digitais são apresentados pelos veículos de comunicaçãoP 9ara tanto,

1ocaremos nos j# mencionados portais de notícias, pois diante desse surgimento e crescimento

dos aplicativos e seus usos, os veículos de notícias são agentes importantes na sua divulgação,

seja apontando aspectos positivos ou negativos do uso. Uma an#lise dos conte-dos destas

in1ormaç"es 0 importante para compreender seus posicionamentos, por'ue de alguma 1orma,

jornais, revistas ou portais, orientam e 1undamentam as identidades dos grupos aos 'uais se

destinam, al0m de narrar sua situação social e política 4)odrigue, 677?8.

6 #$"etivosEste projeto tem como objetivo analisar as 1ormas pelas 'uais os veículos de notícias, como

portais, apresentam aplicativos, sites ou outras mídias digitais de busca de parceiros/as. Como

alguns aplicativos de busca de parceiros para gas podem ser apresentados como

MperigososN, como se d# a apresentação de outras 1erramentas 'ue não seja restrita ao p-blico

gaPeguindo o argumento de Breed 4!?*8, de 'ue padr"es vigentes na sociedade tendem a ser

constantemente reproduidos, podemos dier 'ue os 1ragmentos da realidade apresentados por

sites de notícias tendem a esta rea1irmação. Como, por e$emplo apontar um risco no uso de

aplicativos por &omosse$uais em uma associação clara do modo de vida destes grupos com o

se$o arriscado. De acordo com 5ago 467!68, 0 comum as pes'uisas acad


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1-

Mvista como espaço privilegiado para a di1usão e disseminação da pr#tica, levando

pes'uisadores a utiliar este veículo como instrumento para busca de documentos ou como

espaço de interação 4c&at8 para encontrar potenciais sujeitos, na realiação de entrevistas sobre

o temaV W'uanto aX prevençãoA não se 'uestionam as estrat0gias de prevenção em vigor at0 o

momento, mesmo 'ue estas estejam se mostrando ine1icaes, ou seja, as 1al&as na prevenção

são apontadas como YculpaZ, responsabilidade do sujeito e não ine1ici


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11

=ssim, se as relaç"es mediadas digitalmente, apesar de serem consideradas um

1enJmeno recente, gan&ou uma adesão r#pida e massiva 4+%5C+, 67!6, p.;68, 0

importante e$plorar a recepção jornalística acerca de tal 1ato. Ieste sentido, o objetivo geral

deste projeto 0 compreender e analisar como se d# a abordagem de portais de notícias sobre o

uso de aplicativos, sites e outras mídias digitais de busca de parceiros amorosos e/ou se$uais.

Como estes veículos tem apresentado estes usosP =inda reproduem estere>tipos de maneira

abundante em relação a certos gruposP

#$"etivos espec)ficos(

● Descrever como os portais de notícias nacionais, (!, )*, +ga e uperpride se posicionam em

relação aos usos desses aplicativos.● Comparar a porcentagem de argumentos contr#rios, 1avor#veis ou não evidentes entre os

portais de notícias analisados.

* +ateriais e m,todos

erão selecionados 'uatro veículos de notícias online de acesso gratuitoA (!, )*,

uperpride e +(a. % (! 0 um portal de notícias criado em !? de etembro de 677@ pelas

%rganiaç"es (lobo 4ilvaV Costa, 67!68, o maior empreendimento televisivo do Brasil, com

redaç"es em Brasília, )io de Kaneiro e ão 9aulo. % )* tamb0m 0 um portal de publicaç"es

de notícias. Foi criado em 6* de etembro e desenvolvido pelo sistema de r#dio e televisão

)ecord /= 4ilvaV Costa, 67!68. % portal conta com redaç"es regionais como Ba&ia, inas

(erais e )io de Kaneiro. K# o uperpride!7, criado em 677, 0 um portal com mat0rias sobre

comportamento, consumo, entretenimento 4moda, m-sica, cultura pop, comportamento, etc.8,

voltado para o p-blico 5(B. De acordo com in1ormaç"es do site, conta com cerca de tr


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12

telecomunicação e &ospedagem de sites do país 4Lerscovit, 6778.


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1&

=s seç"es de cada um dos portais 1oram selecionadas de acordo com uma pes'uisa

1eita com as palavras c&avesA Apps, aplicativos de namoro, aplicativos para gas, para uma

visualiação pr0via dos locais em 'ue 1oram inseridas a maioria das notícias. = partir desta

pr03visualiação 1oram selecionadas trs o material ser coletado, a an#lise de conte-do ser# aplicada a essa

produção jornalística sobre os aplicativos de busca de parceiros. tone 4!?*8 de1ine an#lise

de conte-do como M'ual'uer pes'uisa t0cnica cuja 1inalidade consiste em 1aer in1erria e descritiva, ser# o

principal tipo de pes'uisa a ser utiliado no acompan&amento de algumas seç"es

componentes dos sites, nas 'uais estarão alocadas as notícias e onde 0 tratado este tema.


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1'

= partir dos dados coletados em cada portal T (!, )*, uperpride e +(a T serão

analisadas essas in1ormaç"es, tendo como base levantamento bibliogr#1ico de autores 'ue

trabal&am e pes'uisam mídias digitais e teorias da comunicação. Iesta -ltima, ser# trabal&ado

o conceito de en'uadramento noticioso T de1inido por 9orto 467!78 como Mmarcos

interpretativos mais gerais, construídos socialmente, 'ue permitem 2s pessoas dar sentido aos

eventos e 2s situaç"es sociaisN 4p.*?8. =ssim, mediante a e$clusão, seleção ou


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1(

Desse modo, esta pes'uisa ser# realiada em 'uatro etapas, na primeira &aver# leitura

de bibliogra1ia, sendo usada no decorrer do trabal&o, constando de pes'uisadores 'ue

trabal&am ou 'ue j# trabal&aram com temas, tais como internet, mídias digitais, teorias da

comunicação, etc. Ia segunda etapa ser# 1eito o levantamento e a coleta dos dados a partir de

pes'uisa realiada atrav0s dos sites de notícias selecionados e suas seç"es especí1icas. =

terceira etapa consistir# na an#lise dos dados, tendo como instrumento de apoio a literatura

levantada na primeira etapa. = -ltima, então, 1icar# destinada 2 redação de um relat>rio 1inal.

ale ressaltar 'ue o levantamento bibliogr#1ico se constituir# em um processo concomitante

ao desenvolvimento da pes'uisa, sendo, portanto, contínuo e crescente.

- Forma de .nlise dos esultados; er# 1eito uma coleta de dados em cada portal selecionado, (!, )*, superpride

e +(a. Estes dados se constituirão das notícias publicadas em cada site e suas respectivas

seç"es. =s notícias serão agrupadas segundo a 1orma discursiva 'ue 1orem apresentadas. Estes

resultados serão analisados atrav0s de teorias 'ue discutam e abordam a #rea na 'ual se insere

o tema. obre mídias digitais, corrente entre os pes'uisadores do grupo [uereres, da

Universidade 1ederal de ão Carlos. =lgumas teorias sobre as mídias digitais apontam a

relação entre online e offline, sugerindo 'ue não se pode a1irmar uma separação de espaços,

mas um complemento 4Beleli, 67!68. =ssim como algumas pr#ticas mantidas no offline são

possibilitadas e 1orjadas pela mediação online. 9or e$emplo, as relaç"es amorosas/se$uaisentre pessoas do mesmo se$o, com maior liberdade de acontecer sua mediação no online, por

meio da criação de espaços destinados a atender uma demanda de desejos, 'ue no offline se

mostra di1icultoso. \ como sugere is]olci 467!68 ao tratar de sites de namoro e dier 'ue

nestes espaços, criados para encontrar algu0m do mesmo se$o, uma superação das d-vidas

e a certea 'uanto 2 receptividade dos usu#rios 'uanto aos desejos de 'uem procura.


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1)

[uanto 2s teorias da comunicação empregadas na an#lise, serão utiliadas

a'uelas 'ue apontam as publicaç"es midi#ticas como capaes de gerar discursos socialmente

construídos. Estes discursos são possíveis, segundo 9orto 46778, por meio de uma e$clusão,

seleção ou a


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1*

````````````````. = caçada começouA ecnologia de geolocaliação em aplicativos deredes sociais gas +IA !9%7C#+ : Sociedade 6rasileira de 7studos !nterdisciplinaresda Comunicação& ___+ Congresso Brasileiro de Citeses contemporHneas de pes'uisa em comunicação. +nA

L%L5FE5D, Et =ll. %eorias da comunicaçãoA conceitos, escolas e tendpolis,)KA Editora oes, 677!.

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U)=L+(E, eit& Diego. Seminrio !nternacional Fa>endo Gênero 10 4=naisEletrJnicos8, Florian>polisA 67!;.

5==)FE5D, 9. F., erton, ). . Comunicação de massa, gosto popular e ação socialorganiada. +nA L%5FE5D, ntJnio. %eorias da comunicaçãoA conceitos, escolas etendpolisA Editora oes, 677;.

5E+%, C. F.V I+C%5=C+3D=3C%=, =na aria. +mpactos da internet sobre pacientesA avisão de psicoterapeutas. sicolo'ia em estudo, v. !7, n. ;, p. !3:7, 677:.

5E%, =ndr0. Cidade di'ital( portais& inclusão e redes no 6rasil , alvadorA Edu1ba,677*.

+%5C+, )ic&ard. = (ram#tica do =rm#rioA notas sobre segredos e mentiras em relaç"es&omoer>ticas masculinas mediadas digitalmente. +nA 9E5^C+%, 5arissa, Et =ll. #laresplurais para o cotidiano aríliaA Cultura =cadrico3metodol>gicas para pes'uisas sobre o uso de mídias

digitais. +nA Cronos( Dossiê 5 es@uisas no pontocomA desa1ios metodol>gicos, 'uest"es0ticas e novas categorias para a investigação em cis3(rad. Ci


19/19

1+

````````````````. ac&os e brot&ersA uma etnogra1ia sobre o arm#rio em relaç"es&omoer>ticas masculinas criadas online. +nA evista 7studos feministas. Florian>polisA 67!;.

`````````````````. an Francisco e a nova economia do desejo. Aua 9ova, v. !, p. 6@36:, 67!.

%=, &ais antos. .ção afirmativa e raça no 6rasilA uma an#lise de en'uadramentomidi#tico do debate político contemporHneo sobre a rede1inição simb>lica da nação. ãoCarlos, U1scarA Dissertação de mestrado, 677.

I+C%5=C+3D=3C%=, =na aria. [uem disse 'ue 0 proibido ter praer onlinePAidenti1icando o positivo no 'uadro de mudanças atual. sicolo'ia( ciência e profissão, v. 66,n. 6, p. !636!, 6776.

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)ECUE)%, )a'uel. edes Sociais na !nternet. )io de KaneiroA ulina, 677.

)%D)+(UE, Korge 5uis 9into V +C%)+% F+5L%, =ldo . %s =n-ncios na

+mprensa (a do Brasil. +nA + EIECU5 3 7ncontro de 7studos +ultidisciplinares

em Cultura& 677?, alvador. + EIECU5. alvadorA UFB=, 677?.

F%((+=, =naV %G=C, Clarice. e$ualidade e novas tecnologias. 74!S%.6.S!A7!. D7 S!C#%7.!., v. !@, n. 6, p. 3!*, 67!.

9%)%, auro 9. En'uadramentos da mídia e política. +nA )UB+, =ntJnio =. C.

Comunicação e pol)ticaA conceitos e abordagens. alvadorA Edu1ba, 677.

+5=, Carolina 9arreiras. Se8ualidades no pontocomA espaços e &omosse$ualidades a partir de uma comunidade on3line. 677?. Dissertação 4estrado em =ntropologia8 +nstituto deFiloso1ia e Ci

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