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PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA

UNIDADE DIDÁTICA

1- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

1 – Professor PDE: Ana Maria Guimarães Villela

2 – Área do PDE: Educação Física

3 – NRE: Londrina

4 – Professora Orientadora: Ana Maria Pereira

5 – IES: Universidade Estadual de Londrina

6 – Colégio de Implementação: Colégio Estadual Júlia Wanderley Ensino

Fundamental e Médio

7 – Público objeto da implantação: 5ª série noturna

8 – Conteúdo Estruturante: Ginástica

9 – Conteúdo Específico: formas básicas de locomoção: andar, correr, saltar, saltitar,

girar, rolar, quadrupejar.

UNIDADE DIDÁTICA: A práxis na Ginástica

2 - INTRODUÇÃO

Este trabalho é de ordem propositiva de uma Unidade Didática, material

elaborado com objetivo de enfocar a práxis (teoria e prática) nas aulas de Educação

Física, no conteúdo estruturante Ginástica, especificamente, nas formas básicas de

locomoções: andar, correr, saltar, saltitar, rolar, girar, quadrupejar. Estas formas

básicas, naturais de locomoções fazem parte da história do homem desde a Pré-

História até o presente. Compreendê-las faz parte do ensino dos conteúdos

específicos da Ginástica, que é conteúdo estruturante da Educação Física.

Educação Física é uma disciplina que trata, pedagogicamente, na escola, do

conhecimento de uma área denominada aqui de cultura corporal (COLETIVO DE

AUTORES, 1992, p. 61). Então, se é considerada uma disciplina que trata de uma

área do conhecimento, porque observamos nas escolas aulas pautadas na prática

pela prática, quase sem nenhum embasamento teórico que consolida o ensino-

aprendizagem de seus conteúdos?

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Observa-se que os estudantes gostam muito de participar das aulas, desde

que seja no âmbito da exercitação. Eles se mostram resistentes em estudar a teoria.

Todavia, isso se deve a uma cultura tradicional de que Educação Física é só

atividade prática, cultura essa que se consolidou no processo de construção dos

fazeres e dos saberes da referida área do conhecimento, ficando a disciplina mais

ligada a dimensões procedimentais, ou seja, da prática em comparação com as

conceituais, ou seja, das teóricas.

Ao estudarmos a História da Educação Física no Brasil deparamo-nos com as

transformações sociais ocorridas a partir do século XIX. Estas foram de suma

importância para a consolidação da Educação Física como componente obrigatório

dos currículos escolares.

As influências advindas dessa época ainda hoje influenciam as aulas no

âmbito escolar, uma vez que o ensino dos conteúdos é tratado de maneira mais

prática. Coube a Educação Física nessa época a “tarefa de formar corpos saudáveis

e dóceis que permitissem uma melhor adaptação dos sujeitos ao processo produtivo

sem a preocupação de fundamentarmos essa prática” (PARANÁ, 1996, p. 15).

Atualmente, depois de decorrido um século, ainda nota-se uma Educação

Física voltada para a formação do corpo saudável, ágil e disciplinado, em que os

melhores fisicamente, têm maiores oportunidades de participarem dos jogos e

esportes, excluindo os mais fracos e menos habilidosos.

Os estudantes pouco se interessam em conhecer os aspectos teóricos dos

conteúdos. Assim, entendem a Educação Física tão somente como treinamento do

corpo, a ação sem nenhuma reflexão sobre o fazer corporal (CAMPOS, 2008).

A experiência como professora há vários anos, justifica a preocupação das

aulas de Educação Física estar sob esse imenso fazer prático, que foca a parte

física do humano, de técnicas e de regras não flexíveis. Nota-se que os estudantes

gostam mais da prática, pois quando iniciamos com o ensino dos conteúdos teóricos

começam a surgir os problemas.

Acreditamos que a Educação Física terá maior legitimidade como disciplina

no currículo escolar, quando ensinar os seus conteúdos observando à formação

integral do ser humano, portanto, os estudantes deverão ter acesso a todos os seus

saberes e aos seus fazeres, e, não somente a simples prática com fim, em si

mesma.

O contexto escolar da Educação Física deve favorecer aos estudantes a

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aquisição de conhecimentos, auxiliando e contribuindo com a evolução e autonomia

destes estudantes, para tratar com situações em sua vida cotidiana e não apenas

executar um amontoado de exercícios ou jogar bola.

Os estudantes não estão nas aulas de Educação Física somente para correr,

brincar, jogar, exercitar, ou seja, fazer atividades com um fim em si mesmo. Muitas

vezes, o aluno não sabe por que está realizando determinada atividade ou

movimento, nem os valores sócio-culturais e os significados da práxis pedagógica da

Educação Física.

Conciliar a teoria e a prática (a práxis) muitas vezes, se torna uma tarefa difícil

para os educadores. Mesmo quando o conteúdo é a iniciação esportiva, o professor

depara-se com a pressão dos estudantes, tendo em vista a vontade em praticar a

modalidade propriamente dita. Assim, enquanto a ocupação do professor é ensinar

fundamentos e as regras básicas, este é movido pelos estudantes, principalmente

por àqueles com maiores habilidades motoras e técnicas, a deixá-los jogar de forma

livre.

A preocupação dos estudantes é jogar e não aprender um dado conteúdo,

que é patrimônio histórico e cultural da humanidade.

Como indicamos no início desse trabalho, neste contexto torna-se relevante

contribuir para uma Educação Física mais consolidada como área de conhecimento.

Assim, essa Unidade Didática tem como objetivo geral abordar a relação

entre teoria e prática, a práxis, nas aulas de Educação Física Escolar, no ensino do

conteúdo estruturante Ginástica. Bem como, os objetivos específicos, orientar as

diretrizes para um encaminhamento metodológico do ensino da Ginástica: formas

básicas de locomoção, tendo em vista uma práxis (teoria e prática) transformadora.

A Ginástica é um conteúdo da Educação Física a ser ensinado no âmbito

escolar. Ela é um patrimônio cultural da humanidade que foi sistematizada ao longo

dos tempos, desde a Antiguidade, passando pela Modernidade até os tempos

Contemporâneos. A Ginástica é também uma área de conhecimento, que tem os

seus fazeres/práticos e seus saberes/teorias, traduzidos em seu modo particular de

exercitação.

Os conteúdos Gímnicos são as formas básicas de locomoções, as

movimentações músculos-articulares, os movimentos com e sem deslocamentos,

com e sem materiais. A saber, todas essas combinações de movimentações

desencadeiam e formam os diferentes tipos de Ginástica existentes, tais como:

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Ginástica Escolar, Ginástica Olímpica ou Artística, Ginástica Rítmica, Ginástica de

Academia, Hidroginástica, Ginástica Laboral, Ginástica Aeróbica, Ginástica de

Condicionamento Físico, e outras.

Ensinar o conteúdo de Ginástica nas aulas de Educação Física não significa

somente fazer atividades de caráter prático. Há que experimentar as atividades

práticas aliadas à compreensão das mesmas, objetivando a formação, educação e

emancipação do ser humano.

A tradição histórica do mundo da Ginástica torna seu ensino necessário, com

significado cultural para aqueles que a praticam.

Na Educação Física tradicional, as formas básicas de locomoção eram

praticadas por um físico tão só. Na Educação Física atual, sob o paradigma da

motricidade humana, tendo em vista a práxis, os saberes vem conectados com os

fazeres, com significado cultural para aqueles que praticam, experimentam, ou seja,

para aqueles que a aprendem e a praticam.

Ensinar o conteúdo de Ginástica, sob a égide da práxis, objeto de

estudo/intervenção desta unidade didática, é fazer com que o estudante aproprie de

conhecimentos para saber fazer Ginástica e saber compreender o que é a sua

presença no dia a dia. Os conhecimentos aprendidos na escola devem servir para o

estudante agir no mundo, transformando o seu viver. “O ser humano tem o direito de

fazer e compreender” (FREIRE, 2009, p. 24). E o conteúdo ensinado na escola deve

servir para a sua vida.

Ensinar a Ginástica na perspectiva da práxis é “pretender uma pedagogia

para a educação transformadora, porque ela radica numa antropologia que

considera o homem um ser criador, sujeito da história, que se transforma na medida

em que transforma o mundo.” “[...] Práxis significa ação transformadora” (GADOTTI,

2004, p. 30). Ou seja, uma pedagogia da ação.

Nesta unidade didática consideramos a Ginástica como uma práxis

inovadora/criadora, cuja criação não se adapta plenamente a uma lei previamente

traçada, ela culmina num produto novo e único (VAZQUEZ,1977, p. 246).

Por meio da práxis é possível enfrentar novos desafios, novas situações. O

homem é o ser que tem de estar inventando ou criando constantemente novas

soluções (VAZQUEZ, 1977, p. 247).

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Em suma, a práxis pedagógica da Ginástica como uma atividade

transformadora pode levar os estudantes a serem capazes de também

transformar a sua história e não ser apenas transformados por ela.

A práxis que queremos na Ginástica é aquela que leva, conduz os

estudantes a serem criadores, inovadores, agentes de suas vidas, podendo

transformar a realidade onde está inserido socialmente e culturalmente. E o

papel do professor é o de estar junto nesse processo, contribuindo nessa

construção/transformação.

Para melhor ensinar Ginástica, especificamente as formas básicas de

locomoção, tendo em vista a práxis transformadora nas aulas de Educação Física, é

preciso elaborar diretrizes para um encaminhamento metodológico.

Segundo (DARIDO; SOUZA JUNIOR, 2007), os conteúdos podem ser

ensinados em três dimensões: A dimensão conceitual o professor é aquele que

favorece o conhecimento da cultura corporal do movimento praticado na aula, bem

como as transformações que passaram ao longo do tempo, seu modo correto de

execução das atividades praticadas no seu cotidiano como: levantar um objeto do

chão, como se sentar diante do computador, etc. e como realizar determinada

atividade física adequadamente. Em suma, é o que se deve saber. Na dimensão

procedimental o professor ajuda ao estudante a vivenciar, praticar as formas básicas

de locomoção no conteúdo da ginástica como: andar, correr, saltar, saltitar, etc.

sabendo que são importantes para a vivência no dia a dia, como formas de adquirir

habilidades motoras e uma melhor qualidade de vida. Resumindo, seria o que se

deve saber fazer. No que se refere à dimensão atitudinal o professor ensina o que é

ética, respeito, solidariedade, saber respeitar os colegas, os adversários, saber

resolver os problemas com diálogo e não com violência, usando de cooperação e

sabendo interagir com as diversidades, sem preconceito de raça, cor, sexo, etc. e

adotar hábito de praticar atividades físicas visando um estilo de vida ativo. Ou seja,

como se deve ser.

Observa-se, que estes aspectos das três dimensões não se separam, os

apresentamos separadamente como organização didática para facilitar a

compreensão.

Assim, as dimensões (conceitual, procedimental e atitudinal) são presentes

em cada conteúdo ensinado. Um exemplo: quando os estudantes estão

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experimentando uma atividade de andar para frente, o professor pode ensinar a eles

sobre a importância desse movimento, qual o objetivo do andar, aonde chegamos

quando caminhamos. Tanto a dimensão procedimental como a conceitual estão

sendo ensinados. Os mesmos exercícios de andar para frente podem ser realizados

em duplas, trios e/ou em grupos, com o professor indagando o respeito ao próprio

limite do estudante e ao do colega, ensinando também, assim, a dimensão atitudinal

(DARIDO; SOUZA JUNIOR, 2007).

Como se pode notar, o andar também se refere as nossas conquista, tem a

ver com o sentido que damos a nossa existência, de estar e viver a vida de uma

maneira ativa, buscando a evolução como pessoa no mundo. Andar significa ainda ir

atrás de conquistar nossos sonhos, andar até a escola para aprender, andar longe

das drogas, da violência, andar sem fazer exclusão, andar sem praticar o bullyng,

andar com honestidade, andar para frente sem medo, a procura de conquistar um

espaço, com respeito, sabendo que cada um tem sua oportunidade, basta apenas

andar/caminhar neste sentido e ser feliz.

Assim sendo, podemos compreender que tanto a dimensão conceitual,

quanto a procedimental e atitudinal é importante para a formação dos estudantes e

estão envolvidas na mesma atividade.

Cabe ao professor de Educação Física problematizar, interpretar, relacionar,

analisar com seus estudantes as amplas manifestações dessa cultura corporal, a

Ginástica, de tal forma que estes compreendam os sentidos e significados

impregnados dessas práticas corporais (Darido, Souza Júnior, 2007, p. 14), com a

finalidade de alcançar os objetivos de aprendizagem, tendo todas as dimensões o

mesmo nível de importância.

3- METODOLOGIA DE AÇÃO: A PRÁXIS PEDAGÓGICA

A proposta que discorremos a seguir faz parte dos estudos de (PEREIRA,

2006)1 e (ALMEIDA, 2009)2, que elaboraram algumas diretrizes para a aula (in

1 PEREIRA, Ana Maria. Motricidade Humana: A Complexidade e a Práxis Educativa. 2006. 398. Tese: Educação Física - Universidade da Beira Interior Departamento de Ciências do Desporto, Covilhã – Portugal 2006. p. 234-294. 2 ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. p. 31-38

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locus), sob a luz da Ciência da Motricidade Humana.

Num primeiro momento, o professor deve organizar e preparar os conteúdos

por série, de acordo com o Projeto Político Pedagógico da escola.

Para ensinar um dado conteúdo, seria necessário utilizar-se de 04 (quatro) a

06 (seis) aulas no mínimo, favorecendo aos estudantes tempo suficiente para que

cada um possa assimilar apropriar individualmente do conhecimento sugerido. O

professor dependendo do tema organizará os conteúdos permitindo a concretização

dos conhecimentos e a utilização de novos ajustes criativos para a diversificação das

aulas (SOARES et al., 1992).

No início de cada aula, com os estudantes sentados em círculo, para que o

professor tenha mais domínio de turma e os estudantes se organize para concentrar

na aula, sem se dispersarem com conversas paralelas. Há que se ter uma auto-

organização para aprender, e disciplina para ouvir o conhecimento a ser ensinado.

Com essa organização inicial podemos começar a aula relembrando os conteúdos

aprendidos e vivenciados na aula passada e, verificar, se algum estudante ficou com

dúvidas sobre o conteúdo ministrado anteriormente.

Essa organização inicial propicia o ensino-aprendizagem no momento em que

cada estudante ouve seus colegas e o professor falar, tendo cada um o seu tempo

para se expressar, respeitando as opiniões com sentido de igualdade, para que

todos falam e todos são ouvidos no grupo.

O professor expõe com clareza o tema a ser ensinado e os objetivos a serem

alcançados na aula, para que os estudantes possam entender claramente, o que,

como e para que, estarão aprendendo aquele determinado conteúdo, dando assim

sentido e significado para aquela aula.

Para tanto, como estratégia didática metodológica, pode ser utilizado um

caderno nas aulas de Educação Física, para o estudante fazer as anotações e

pesquisas sobre os temas a serem ensinados nas aulas. Desta forma o

conhecimento se torna mais duradouro, com sentido e significado, consolidando

efetivamente a aprendizagem, tendo como objetivo que a Educação física não seja

vista apenas como área de atividades e sim como área de conhecimento. É

importante instaurar a cultura do caderno nas aulas de Educação Física.

Nas aulas de Educação Física/Ginástica, também há os momentos de

exercitação motora, portanto temos a construção da aula por meio das ações

motoras. O professor deve deixar os estudantes expor seus conhecimentos prévios

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e as suas experiências sobre o conteúdo a ser ensinado, com isso, favorece ao

próprio ser agente estudante na construção de seu conhecimento.

Nas aulas deve ser problematizado o tema a ser ensinado para que o

estudante reflita sobre sua ação. Por exemplo, numa aula de Ginástica, Formas

Básicas de Movimentos, tema andar, formular questões para refletir no início da

aula: O que é andar? Qual a importância do andar na vida humana? Andar está

presente no seu dia a dia, como?

Nessa proposta de aula as respostas não serão iguais para todos os

estudantes, tendo em vista a individualidade e a complexidade de cada um. A

mesma aula é uma aula para todos e para cada um (Pereira, 2006).

Problematizar as atividades e orientar os estudantes no início da aula para a

ação motora, observando as atitudes e posturas, diagnosticando a turma, já que o

ponto de partida é o conhecimento e a vivencia prévia que os estudantes trazem

consigo para a aula, é a tarefa do professor.

O professor no transcorrer das atividades propostas da aula deverá ter

sensibilidade e perceber se há necessidade de explanar novamente o conteúdo

ensinado, podendo ser para o grupo todo, pequenos grupos ou apenas para um

estudante.

Durante o aprendizado pelas experiências motoras o professor poderá fazer

as devidas correções e fazer algumas indagações para a turma, beneficiando assim

a aprendizagem e o encontro de novas possibilidades para aquele ensino.

Sendo assim, o professor pode sugerir outras atividades, caso os estudantes

tenha dificuldade em pensar e refletir sobre o que está sendo realizado, visto que a

aprendizagem se dá através da reflexão da ação e consciência do movimento

executado por eles no momento da aula.

Durante o aprendizado pelas experiências motoras nenhum estudante pode

ficar sem participar. É necessário que o professor evite a formação de longas filas,

pois esta estimula atos de indisciplina, o estudante perde a concentração e o

envolvimento na prática, que leva a aprendizagem. Os estudantes que não podem

fazer exercitação, estes ficarão observando e anotando os conteúdos ensinados.

Assim, também se faz necessário diversificar as atividades e não repeti-las.

Com isso, as aulas se tornam mais motivante tanto para aqueles com mais

dificuldades como para os de maior habilidade, mantendo a atenção dos estudantes.

O professor deve favorecer processos de inclusão e a autonomia dos

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estudantes durante a aula, incluindo atividades que todos possam executar, dando

apoio, estímulo, incentivo, valorizando, promovendo e acolhendo seus estudantes,

dando liberdade aos próprios estudantes de escolherem seus times, que podem ser

equipes mistas, meninas e meninos, para evitar a exclusão de gênero, de definirem

seus grupos, de participarem da construção de materiais, de elaborar e modificar

regras, entre outros.

As reflexões e discussões durante as aulas, orientadas pelo professor, podem

facilitar a inclusão e autonomia dos estudantes.

No momento final da aula em círculo, como no início, os estudantes retomam

uma reflexão conjunta, sobre o que foi aprendido e avalia se o objetivo foi alcançado.

Faz-se necessário relembrar o conteúdo explicado no início da aula verificar se

efetivamente ocorreu a aprendizagem.

O importante nesse processo, além de uma práxis transformadora de ensino e

aprendizagem, é a avaliação que o professor deverá estar constantemente

realizando em suas aulas, uma avaliação qualitativa num processo contínuo,

permanente e cumulativo.

Dentre as diferentes formas de se avaliar, a avaliação diagnostica dos

estudantes no início de cada atividade possibilita ao professor reconhecer as

experiências corporais e o entendimento prévio sobre o conteúdo que será

desenvolvido, possibilitando o agir do professor no decorrer do processo de ensino-

aprendizagem. Isso pode ser feito através de conversa em grupo, dinâmica, jogos e

outros. (PARANÁ, 2008).

Uma segunda forma de avaliar seria a avaliação oral/verbal em que, o

professor propõe atividades correspondentes à apreensão do conhecimento, que

evidenciem, através de registros de atitudes e técnicas de observação, indicadores

que demonstra se o estudante apropriou-se do conteúdo ensinado na aula. Isso

pode ser feito em uma tabela individual para cada estudante, com diversos

indicadores de desempenho e de atitudes de cada um, da superação de seus

limites, sem comparar com o outro, da atitude do estudante durante as aulas com o

outro e com o professor. (PARANÁ, 2008).

E por fim, a avaliação escrita e trabalhos de pesquisa desde que à nota não

sirva exclusivamente para classificar os estudantes em melhores ou piores,

aprovados e reprovados, mas que sirva, também, como referência para

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redimensionar a ação pedagógica, em que o professor estará avaliando o seu

processo de ensino, a sua práxis. (PARANÁ, 2008).

Para finalizar o professor pede para pesquisarem o tema da aula seguinte, e

que escrevam o que aprenderam na aula trazendo por escrito, a fim de fazer uma

avaliação mais consistente, e sugestões para a aula seguinte.

Espera-se que essa forma de ensinar leve o estudante no decorrer de sua

escolarização a construir seu saber com consciência do que fazer, de como fazer e

para que fazer, de tal forma que eles compreendam os sentidos e significados das

atividades dos movimentos culturalmente construídos ao longo da história da

humanidade, a fim de se tornarem preparados e aptos para enfrentar as lutas pela

melhoria das condições de vida, de trabalho e de lazer. No exercício pleno da

cidadania.

Enfim, para o professor definir os rumos pedagógicos deve em suas aulas

entender os estudantes enquanto um ser que sente e que quando se movimenta

atribui sentido e significado. Nesse sentido a práxis pedagógica se constrói.

Esta Produção Didática Pedagógica em forma de uma Unidade Didática não

tem a pretensão de resolver todos os problemas que a Educação Física tem

enfrentado durante sua trajetória histórica até os dias de hoje. Mas, tem como

objetivo contribuir para a mudança de uma práxis pedagógica tendo em vista a

busca de alternativas de superação dos problemas identificados no Projeto de

Intervenção Pedagógica, da nossa formação PDE, conectado à realidade da

Educação Básica do Estado Paraná, especificamente a escola, o Colégio Estadual

Júlia Wanderley - Ensino Fundamental e Médio. Tendo como publico alvo

professores e estudantes da 5ª série noturna e para os demais gradativamente.

Entretanto, para a realização dessa Unidade Didática é preciso de 04 (quatro)

a 06 (seis) aulas no mínimo para cada tema, nomeadamente, andar, correr, saltar,

saltitar, girar/rolar/quadrupejar, elementos que compõe as formas básicas de

locomoção mas, nesta Unidade Didática serão utilizadas 03 (três) aulas para cada

tema, totalizando no mínimo umas 15(quinze) aulas.

4 - SUGESTÕES DE INTERVENÇÕES SOB O PARADIGMA DA

COMPLEXIDADE/MOTRICIDADE, CONSIDERANDO A PRÁXIS, NA UNIDADE

DIDÁTICA.

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Para ensinar as Formas Básicas de Locomoção, terão como objetivos gerais

desta Unidade Didática:

Favorecer o conhecimento da cultura corporal dos movimentos das Formas

básicas de Locomoção; Ter conhecimento e aquisição das noções básicas de

locomoção, andar, correr, saltar, saltitar, girar/rolar/quadrupejar, sentindo/refletindo

as sensações do corpo próprio; Experimentar/vivenciar as formas básicas de

locomoção, de modo individual e em coletividade, sabendo ser, estar e viver juntos.

Serão utilizados como recursos/materiais:

-TV pendrive, DVD, Aparelho de som, CD e materiais esportivo como: bolas,

arco, cochonetes, corda, etc.

PLANO DE AULA 01 - ANDAR

4.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. - Disciplina: Educação Física. - Conteúdo Estruturante: Ginástica. - Instituição: Col. Est. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio. - Turma: 5ª série noturna. - Idade: 14 – 25 anos. - Sexo: Turma mista. - Número de estudantes: 05. - Duração da aula: 50 minutos. - Professora: Ana Maria Guimarães Villela.

4.2 - BLOCO/EIXO DE CONHECIMENTO - Tema/assunto: Formas básicas de locomoções. - Assunto da aula: andar

4.3 - OBJETIVOS: - Favorecer o conhecimento e aquisição das noções da forma básica do andar nas aulas. - Experimentar, sentir, vivenciar e refletir as sensações do corpo durante o andar de modo individual e coletivamente na atividade. - Respeitar e compreender as dificuldades de cada um nas atividades coletivas. - Atitude de auto-organização para aprender os novos hábitos da aula.

4.4 - RECURSOS AUXILIARES: a) Espaço: sala de aula ou quadra esportiva b) Material: bola 5 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS:

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ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 01: 1- Nome da atividade: Andar. 2- Objetivo: Explicar para os estudantes o objetivo da aula. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Aprendizagem dos conceitos do andar, uma das formas básicas de locomoção: níveis de análise biomecânica e fisiológica; análise sócio-cultural; relação do andar com a evolução do humano. Comentários/Reflexões Nesta metodologia preparamos os estudantes para enfrentar uma vida no mundo, da qual eles participam como sujeito ativo. Isso é possível mediante o ensino de um dado conhecimento, das capacidades, dos valores, das atitudes e hábitos que constituem estes conhecimentos escolares e que são considerados valiosos para a formação do homem. Comentários/Reflexões Deixar claro para o estudante que nas aulas de Educação Física há sempre um conteúdo a ser aprendido; Levar o estudante a compreender para que serve a aula; ATIVIDADE 02: 1- Nome da atividade: Problematização da aula. 2- Objetivo: Propiciar reflexões iniciais sobre o andar. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Perguntas norteadoras: O que é andar? É possível andar com Ritmo? Qual a importância do andar para á vida humana? Andar está presente no seu dia a dia? Em suas pesquisas, o que vocês encontraram sobre o andar? Comentários/Reflexões Essas reflexões são importantes para favorecer aos estudantes a apropriação dos seus próprios conceitos e definições dos conhecimentos ensinados, no decorrer das aulas. ATIVIDADE 03: 1- Nome da atividade: Estudo dirigido de um texto sobre andar. 2- Objetivo: Compreender e identificar o significado de andar. 3- Disposição: Sentados à vontade, cada estudante com um texto. 4- Material: Texto elaborado pela professora. 5- Desenvolvimento: O estudante terá um tempo de 10 minutos para ler o texto. Após a leitura o professor conduzirá a discussão e ao debate.

O que é Andar? Andar é a execução de um deslocamento, com transferência do peso do corpo de um pé para o outro, sem perda do contato com o solo (Ilona Peuker, pg. 35). Ou ainda muitas vezes definido como o processo de perder e de recuperar o equilíbrio continuamente, enquanto nos movimentamos para frente, em posição ereta (Gallahue, 2005, pg.252). Caracteriza-se por ter um dos pés sempre em contato com o chão, enquanto

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o outro se mantém no ar durante a transferência do peso do corpo para a progressão no espaço (Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas, Seed 1984, pg.13). Portanto o andar é fundamental para se atingir um lugar, um objeto, ou mesmo para conseguir uma meta (andar em busca de algo que se quer na vida). O ser humano está sempre em busca de alguma coisa. Comentários/Reflexões Mais que aprender sobre o andar, sua definição, e realizar as atividades sugeridas pelo professor, é preciso que o estudante faça uma reflexão da importância desse movimento e compreenda que o andar/caminhar faz parte da Motricidade Humana do ponto de vista que considera o homem inteiro, práxico, que caminha em busca de sonhos e ideais visando uma vida melhor, mais feliz, na construção de um mundo humano, solidário e ético.

ATIVIDADE 04: 1- Nome da atividade: Andar. 2- Objetivo: Descobrir o corpo no domínio do espaço e no tempo nas atividades de andar. 3- Disposição: Estudantes espalhados pela quadra. 4- Desenvolvimento: Espalhados pela quadra, andar como quiserem, à vontade. Em seguida com orientação da professora: Andar para frente, andar para trás, andar lado direito, andar lado esquerdo, em diagonal e em ritmo de deslocamento que vai do mínimo ao máximo e do máximo ao mínimo. 5- Variações: Exercícios individuais: - Andar com passos bem grandes; - Andar com passos pequenos; - Andar para frente, ao sinal, andar plano baixo, a outro sinal, plano alto; - Andar com as pontas dos pés, com o calcanhar, com o lado direito do pé, com lado esquerdo do pé; - Andar para frente rápido, depois moderado e depois bem lento; - Andar para trás lento, depois moderado e depois mais rápido; - Andar para trás rápido, depois moderado e depois bem lento; - Andar deslizando os pés, unindo os passos; - Andar molejando; - Andar articulando os braços para frente, para trás, - Andar passo cruzado para frente e para trás; - Andar de olhos fechados; Exercícios com materiais: - As mesmas atividades anteriores só que segurando uma bola; - Idem a anterior, jogando a bola para o alto e pegando-a novamente; Exercícios em duplas: - Dois a dois de costas, com a bola entre os dois, executar o andar para frente, trás, lado direito, esquerdo; - Idem com a bola segurada entre a testa de cada um. Comentários/Reflexões Após a vivência das atividades, o professor em círculo com os estudantes deve discutir e refletir sobre as possibilidades do andar em relação ao corpo próprio,

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descobrindo e sentindo o corpo no espaço e tempo, sentindo as diferenças do seu corpo nas diferentes direções e intensidades, percebendo como é realizar atividades com o outro, respeitando-o com suas especificidades e diferenças. Comentários/Reflexões Percebam que muitas vezes andamos tão apressadamente nos afazeres do dia-a-dia, que não percebemos que o ato de andar nos leva a algum lugar, e que dependendo de como andamos representa mesmo nosso humor, nossa auto-estima, o que estamos sentindo, ou, qual a intenção pela qual andamos. Podemos nos locomover rumo à nossa felicidade, rumo à nossa liberdade. Reflitam sobre isso. Comentários/Reflexões Comentar ainda das vantagens e das possibilidades do andar/caminhar para se ter uma melhor qualidade de vida. 6 - AVALIAÇÃO 1- Objetivo: Identificar o que o estudante apropriou da aula 2- Disposição: Estudantes sentados. 3- Desenvolvimento: Com o caderno de anotações e pesquisa na mão, cada um na sua vez, com intervenção do professor, falar o que entenderam da aula. 4- Variações: Responder no caderno: - O que é andar para vocês? - Qual o sentido do ato de andar? - Como você anda no seu dia a dia? - Todos andam iguais? - Defina você agora, o que é andar?

Para a próxima aula, pesquisar (net, biblioteca da escola), o tema: “O que é correr?” assunto da aula seguinte. Obs.: Não esquecer de trazer o caderno com as resposta sobre o andar. 7 - BIBLIOGRAFIA: PEREIRA, A. M. Planos de aulas. UEL. 2005 ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. SÉRGIO, M. et al. A racionalidade epistêmica no século XX. In: O sentido e a ação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. (Coleção Epistemologia e Sociedade) p. 13. 8 - ANÉXOS 01

1- Material Didático para estudo dirigido do andar.

PLANO DE AULA 02 – CORRER

4.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. - Disciplina: Educação Física. - Conteúdo Estruturante: Ginástica. - Instituição: Col. Est. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio. - Turma: 5ª série noturna. - Idade: 14 – 25 anos.

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- Sexo: Turma mista. - Número de estudantes: 05. - Duração da aula: 50 minutos. - Professora: Ana Maria Guimarães Villela. 4.2 - BLOCO/EIXO DE CONHECIMENTO - Tema/assunto: Formas básicas de locomoções. - Assunto da aula: Correr

4.3 - OBJETIVOS: - Favorecer o conhecimento e aquisição das noções da forma básica do correr nas aulas. - Experimentar, vivenciar, sentir e refletir as sensações do corpo durante o correr de modo individual e coletivamente na atividade. - E respeitar e compreender as dificuldades de cada um nas atividades coletivas. - Atitude de auto-organização para aprender os novos hábitos da aula.

4.4 - RECURSOS AUXILIARES: a) Espaço: sala de aula ou quadra esportiva b) Material: bola

5 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS:

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 01: 1- Nome da atividade: Correr 2- Objetivo: Explicar para os estudantes o objetivo da aula. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Aprendizagem dos conceitos do correr, uma das formas básicas de locomoção: níveis de análise biomecânica e fisiológica; análise sócio-cultural; relação do correr com a evolução do humano. ATIVIDADE 02: 1- Nome da atividade: Problematização da aula. 2- Objetivo: Propiciar as reflexões iniciais sobre o correr. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Perguntas norteadoras: O que é correr? Todos têm a mesma velocidade, o mesmo ritmo quando corre? Qual a importância do correr para á vida humana? Correr está presente em quais situações no seu dia a dia? Em suas pesquisas, o que vocês encontraram sobre o correr?

Comentários/Reflexões As reflexões são muito importantes para nortear o processo ensino-aprendizagem. O professor tem um papel fundamental em intermediar essas reflexões, pois propicia a formação de conceitos e definições a serem aprendidos pelos estudantes. ATIVIDADE 03: 1 - Nome da atividade: Estudo dirigido de um texto sobre o correr.

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2 – Objetivo: Compreender e identificar a definição do movimento de correr. 3 – Disposição: Estudantes sentados na quadra. 3 – Material: Texto elaborado pela professora. 5 – Desenvolvimento: Os estudantes terão 10 minutos para ler o texto. Após a leitura o professor conduzirá a reflexão e ao debate e assistir à um vídeo.

O que é correr?

A corrida é uma forma exagerada de caminhar (andar). Difere desta porque existe uma breve fase aérea em cada passada, na qual o corpo fica sem contato com a superfície de apoio (Gallahue, 2005, pg. 252).

É a execução de um deslocamento, com transferência do peso do corpo de um pé para o outro, com a perda momentânea de contato dos dois pés com o solo (Ilona Peuker, pg. 35).

Correr ainda, segundo (Zaipa M. Pallarés, 1981, pg. 76), é um deslocamento em que os pés se afastam do chão, ligeiramente, havendo uma pequena suspensão.

Comentários/Reflexões Uma atividade dá prosseguimento à outra e assim, as reflexões ficarão mais consistente, podendo os estudantes verbalizar e elaborar seus próprios conceitos dos conhecimentos ensinados na aula. Retomar as discussões iniciais.

ATIVIDADE 04 – 1 – Nome da atividade: Correr. 2 – Objetivo: vivenciar/sentir o movimento do corpo próprio, no correr. 3 – Disposição: Estudantes espalhados pela quadra. Desenvolvimento: Correr livremente pela quadra. Variações: Exercícios Individuais: - Correr para frente, trás, e laterais direita e esquerda, diagonal direita e esquerda;

- Correr lento, moderado e rápido, depois correr rápido, moderado e lento. -Explorem as diferenças de intensidade do mínimo ao máximo, do máximo ao

mínimo; - Correr no mesmo lugar; - Correr com elevação dos joelhos, no lugar, em deslocamento; - Correr erguendo os calcanhares, tentando tocar os glúteos; - Corrida intensa, corrida moderada, corrida fraca; - Correr com os braços erguidos, com a mão na cabeça; - Correr e tocar o colega no ombro; - Correr em círculo, correr em zigue e zague, correr em curva;

Exercícios com materiais: - Segurar a bola com as mãos à frente, acima da cabeça, com a mão direita, com a mão esquerda, atrás do corpo, passando a bola de uma mão para a outra, correndo; - Correr quicando as diferentes bola no chão; Exercícios em duplas:

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- Correr com o outro de olhos fechados de mãos dadas, primeiro um e depois o outro. O de olhos abertos conduz o outro, fazer a troca; Exercícios em duplas, trios, grupo todo e com materiais:

- Correr com o outro segurando uma bola, um de frente para o outro, para frente, trás e lateral direita e esquerda;

- Correr passando a bola para um colega, com as duas mãos, com a mão direita, mão esquerda;

- Correr passando a bola para um grupo de três; - Correr passando a bola para o grupo todo. - Correr chutando a bola para o outro, para um trio, para o grupo todo.

Comentários/Reflexões O professor durante ou depois das atividades deve perguntar aos estudantes o que sentiram e as dificuldades de executar as atividades de correr sozinho e em grupo. Cada um tem seu ritmo próprio, sua velocidade, é importante entender isso e respeitar cada um com suas diferenças e potencialidades, ninguém é igual. Comentário/Reflexões Ensinar também que, assim como o andar, as atividades de correr provocam outras sensações no corpo próprio, correr moderadamente é importante para a saúde do ser humano, faz bem para todo o corpo, pois, desenvolve a resistência aeróbia e anaeróbia e faz bem para o coração, e os pulmões.

6 - AVALIAÇÃO 1- Objetivo: Identificar o que o estudante apropriou da aula. 2- Disposição: Estudantes sentados. 3- Desenvolvimento: Com o caderno de anotação e pesquisa na mão, cada um na sua vez com intervenção do professor, falar o que entenderam da aula. 4- Variações: Responder no caderno: - Qual o sentido do ato de correr? - Todos têm a mesma velocidade? - O que sente no corpo quando corre? - Defina você agora, o que é correr?

Para a próxima aula, pesquisar (net, biblioteca da escola), o tema: “O que é saltar?”, assunto da aula seguinte. Obs.: Não esquecer de trazer o caderno com as resposta sobre o correr. 7 - BIBLIOGRAFIA: PEREIRA, A. M. Planos de aulas. UEL. 2005 ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. SÉRGIO, M. et al. A racionalidade epistêmica no século XX. In: O sentido e a ação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. (Coleção Epistemologia e Sociedade) p. 13. 8 – ANÉXO 02 1- Material Didático para estudo dirigido do correr.

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PLANO DE AULA 03 – SALTAR

4.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. - Disciplina: Educação Física. - Conteúdo Estruturante: Ginástica. - Instituição: Col. Est. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio. - Turma: 5ª série noturna. - Idade: 14 – 25 anos. - Sexo: Turma mista. - Número de estudantes: 05. - Duração da aula: 50 minutos. - Professora: Ana Maria Guimarães Villela.

4.2 - BLOCO/EIXO DE CONHECIMENTO - Tema/assunto: Formas básicas de locomoções. - Assunto da aula: Saltar

4.3 - OBJETIVOS: - Favorecer o conhecimento e aquisição das noções básicas do saltar nas aulas. - Experimentar, vivenciar, sentir e refletir as sensações do corpo durante a atividade de saltar individual e coletivamente. - Respeitar e compreender as dificuldades de cada um nas atividades coletivas. - Atitude de auto-organização para aprender os novos hábitos da aula.

4.4 - RECURSOS AUXILIARES: a) Espaço: sala de aula ou quadra esportiva b) Material: bola

5 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS:

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 01 Nome da atividade: Saltar Objetivo: Explicar para os estudantes o objetivo da aula. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: A aprendizagem dos conceitos do saltar, uma das formas básicas de locomoção: níveis de análise biomecânica e fisiológica; análise sócio-cultural; relação do saltar com a evolução do humano. ATIVIDADE 02: 1- Nome da atividade: Problematização inicial do saltar 2- Objetivo: Propiciar as reflexões iniciais sobre o saltar. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Perguntas norteadoras: O que é saltar? Qual a importância do saltar para á vida humana? Saltar está presente em quais situações no seu dia a dia? Em suas pesquisas, o que vocês encontraram sobre o saltar? Comentários/Reflexões

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Observação: Não esquecer de levar o estudante a refletir sobre o que está sendo ensinado. Cada movimento que seu próprio corpo realiza é carregado de intenções, sentido e significado. ATIVIDADE 03: 1 - Nome da atividade: Estudo dirigido de um texto sobre a definição de saltar. 2 – Objetivo: Compreender e identificar a definição de saltar. 3 – Disposição: Estudantes sentados na quadra. 3 – Material: Texto elaborado pela professora. 5 – Desenvolvimento: Os estudantes terão 10 minutos para ler o texto. Após a leitura o professor conduzirá a reflexão e ao debate e assistir a um vídeo.

.O que é saltar?

Saltar é um movimento no quais os pés perdem o contato com o chão e a permanência no ar é destacada (Ilona Peuker, pg. 46).

O saltar é um grande afastamento do chão, pelo qual se procura vencer o peso do corpo para atingir a altura ou a distância. O domínio do saltar desenvolve a força de vontade, a firmeza, o impulso, a decisão, o vencer-se a si próprio (Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas, Seed 1984, pg.13).

O saltar envolve um impulso em um ou dois pés com pouso em ambos os pés (Gallahue, 2005, pg. 224).

Desprender-se da ação da gravidade, manter-se no ar e cair sem machucar-se (Lino Castellani Filho...(et al.).2009, pg. 77).

Comentários/Reflexões É preciso que antes de qualquer atividade os estudantes façam alongamentos, pois os saltos implicam em grande esforço e solicitação dos músculos do corpo, para não causar lesões e ninguém se machucar.

ATIVIDADE 04 1 – Nome da atividade: Saltar. 2 – Objetivo: vivenciar o movimento do corpo próprio, e sentir o corpo no espaço e no tempo. 3 – Disposição: Estudantes espalhados pela quadra. Desenvolvimento: Atividades prescritas pela professora: Desloquem-se no espaço e saltem de qualquer forma, livremente. Na hora da queda devemos flexionar os joelhos (molejar) para amortecer a queda e proteger as articulações. Variações: Exercícios individuais:

- Vamos andar e pular para frente com pernas afastadas; - Saltar com os pés unidos no lugar; - Agora vamos saltar com os pés unidos deslocando em várias direções,

frente, trás, laterais, esquerda e direita; - Saltar com o pé esquerdo, para frente, trás, e laterais esquerda e direita. Repetir a atividade com o pé direito;

- Saltar sucessivamente para frente com as pernas em grande afastamento. Realizar a atividade para trás e laterais;

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- Combinar o andar e o correr com o movimento de saltar. Andar, correr e na seqüência dar um salto. Exercícios com materiais: - Segurar a bola entre os tornozelos e, dar vários saltos para frente, trás, lado direito e lado esquerdo; - Segurar a bola entre os tornozelos e saltando, lançá-la para o alto e apanhar com as duas mãos;

- Saltar quicando a bola em círculo de esquerda ou de direita; - Lançar a bola para o alto, saltar e pegá-la antes de chegar ao solo;

Exercícios em duplas, trios , grupo todo: - Dois a dois, de frente um para o outro distante mais ou menos uns três metros, saltar arremessando a bola para o colega;

- Idem saltando para recebê-la; - Dois a dois um na posição de banco, o outro salta e depois passa por baixo e vice-versa;

- Em trios, saltar sobre os companheiros; - O grupo de mãos dadas em círculo, girar para a direita saltitando e depois para a esquerda; - Combinar o andar e o correr com o movimento de saltar. Andar, correr e na seqüência dar um salto. ComentáriosReflexões Durante a atividade o professor ensinará que saltar é uma capacidade motora, que desenvolve força nos membros inferiores, que eles ficarão mais ágeis e fortes. Saltar desenvolve também outra capacidade motora que chamamos de resistência, que é a capacidade que tem os músculos de resistir ao cansaço.

Comentários/Reflexões O professor pode também explicar e realizar com os estudantes os saltos que já existem e que são utilizados pelos ginastas na Ginástica Rítmica Desportiva ou na Ginástica Olímpica. Exemplo: salto tesoura; salto grupado; salto pulo; salto espacato; salto aberto; Salto leap.

Comentários/Reflexões Os saltos citados acima exigem certas habilidades específicas, o professor pode ensinar os saltos usando da técnica que lhe é própria, o objetivo é favorecer que o estudante experimente/aprenda o salto, porém, sem se preocupar com o alto desempenho. 6 - AVALIAÇÃO 1- Objetivo: Identificar o que o estudante apropriou da aula. 2- Disposição: Estudantes sentados. 3- Desenvolvimento: Com o caderno de anotações e de pesquisas nas mãos, um estudante de cada vez, com intervenção do professor, falar o que entenderam da aula. 4- Variações: Responder no caderno: - Qual o sentido do ato de saltar? - Todos têm a mesma capacidade de saltar? - Defina você agora, o que é saltar?

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Para a próxima aula, pesquisar (net, biblioteca da escola), o tema: “O que é

saltitar?”, assunto da aula seguinte. Obs.: Não esquecer de trazer o caderno com as resposta sobre o saltar. 7 - BIBLIOGRAFIA: PEREIRA, A. M. Planos de aulas. UEL. 2005 ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. SÉRGIO, M. et al. A racionalidade epistêmica no século XX. In: O sentido e a ação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. (Coleção Epistemologia e Sociedade) p. 13.

PLANO DE AULA 04 – SALTITAR

4.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. - Disciplina: Educação Física. - Conteúdo Estruturante: Ginástica. - Instituição: Col. Est. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio. - Turma: 5ª série noturna. - Idade: 14 – 25 anos. - Sexo: Turma mista. - Número de estudantes: 05. - Duração da aula: 50 minutos. - Professora: Ana Maria Guimarães Villela.

4.2 - BLOCO/EIXO DE CONHECIMENTO - Tema/assunto: Formas básicas de locomoções. - Assunto da aula: Saltitar

4.3 - OBJETIVOS: - Favorecer o conhecimento e aquisição das noções básica do saltitar. - Experimentar, vivenciar, sentir e refletir as sensações do corpo durante a atividade de saltitar individual e coletivamente. - Respeitar e compreender as dificuldades de cada um nas atividades coletivas. - Atitude de auto-organização para aprender os novos hábitos da aula.

4.4 - RECURSOS AUXILIARES: a) Espaço: sala de aula ou quadra esportiva b) Material: bola

5 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS:

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 01 Nome da atividade: Saltitar. Objetivo: Explicar para os estudantes o objetivo da aula. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Aprendizagem dos conceitos do saltitar, uma das formas

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básicas de locomoção: níveis de análise biomecânica e fisiológica; análise sócio-cultural; relação do saltitar com a evolução do humano. ATIVIDADE 02: 1- Nome da atividade: Problematização da aula. 2- Objetivo: Propiciar as reflexões iniciais sobre o saltitar. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Perguntas norteadoras: O que é saltitar? Que importância tem essa atividade na aula? Para que serve? O que ela desenvolve? Em suas pesquisas, o que vocês encontraram sobre o saltitar? Comentários/Reflexões Questionar sempre, problematizando inclusive durante a execução da atividade proposta, para que a ação motora seja sempre mediada pela reflexão dessa mesma ação. A reflexão está presente em todo o processo da aula, visando levar o estudante a compreender o que fez. ATIVIDADE 03: 1 - Nome da atividade: Estudo dirigido de um texto sobre o saltitar. 2 – Objetivo: Compreender e identificar o significado do saltitar. 3 – Disposição: Estudantes sentados na quadra. 3 – Material: Texto elaborado pela professora. 5 – Desenvolvimento: O estudante terá um tempo 10 minutos para ler o texto. Após a leitura o professor conduzirá uma reflexão e ao debate e assistir a um vídeo.

O que é saltitar?

É um salto em miniatura. A fase de permanência no ar é curta (Ilona Peuker, pg. 5). O saltito envolve impulso com um pé e pouso no mesmo pé (Gallahue, 2005, pg.224). É um salto de pequena elevação, com um afastamento rápido do chão (Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas, Seed 1984, pg.14). ATIVIDADE 04

1 – Nome da atividade: Saltitar. 2 – Objetivo: Vivenciar e desenvolver as capacidades motoras de movimentos coordenados, de agilidade do corpo próprio, e sentir o corpo no espaço e no tempo. 3 – Disposição: Estudantes espalhados pela quadra. 4 - Desenvolvimento: Atividades prescritas pela professora: Vamos saltitar livremente pelo espaço. Variações: Exercícios Individuais: - Saltitar como se fosse pular um obstáculo, dando impulso com um pé e caindo sobre o outro;

- Saltitar estendendo uma das pernas à frente; - Saltitar com elevação do joelho na altura do peito;

- Saltitar sobre um pé só, variando as direções, frente, trás, laterais, trocar de pé;

- Saltitar com os pés unidos, variando as direções e intensidade;

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- Vamos saltitar fazendo rotação dos braços para frente, depois para trás; - Saltitar elevando os pés para trás, tocando os glúteos; - Agora vamos saltitar tipo “frevo”; - Vamos saltitar para o lado direito, depois esquerdo; - Vamos saltitar fazendo um giro de meia volta para a direita e para a esquerda; - Saltitar girando uma volta;

Exercícios com materiais: - Saltitar segurando uma bola hora com a mão direita, hora com a mão esquerda;

- Saltitar quicando a bola no chão com uma das mãos; - Saltitar com bola nas mãos e braços elevados acima da cabeça;

Exercícios com o outro: - Dois a dois de mãos dadas, saltitar movimentando-se para frente, trás, direita e esquerda;

- A mesma atividade em trios, em grupo de cinco, e com o grupo todo. Comentários/Reflexões O comentário do professor durante ou após as atividades poderá ajudar os estudantes a perceberem o movimento no tempo e no espaço, a agilidade do corpo e as possibilidades de movimento que o corpo pode fazer. Os saltito auxiliam o desenvolvimento das capacidades motoras de movimentos coordenados, de agilidade e orientação espaço-temporal. 6 - AVALIAÇÃO 1- Objetivo: Identificar o que o estudante apropriou da aula. 2- Disposição: Estudantes sentados em círculo com o caderno de anotações e de pesquisas na mão. 3- Desenvolvimento: Um estudante de cada vez, com intervenção do professor, falar o que entenderam da aula. 4- Variações: Responder no caderno: - Qual o sentido do ato de saltitar? - Todos têm a mesma capacidade de saltitar? - Defina você agora, o que é saltitar?

Para a próxima aula, pesquisar (net, biblioteca da escola), o tema: “O que é

Girar, Rolar, quadrupejar?”, assunto da aula seguinte. Obs.: Não esquecer de trazer o caderno com as resposta sobre o saltitar. 7 - BIBLIOGRAFIA: PEREIRA, A. M. Planos de aulas. UEL. 2005 ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. SÉRGIO, M. et al. A racionalidade epistêmica no século XX. In: O sentido e a ação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. (Coleção Epistemologia e Sociedade) p. 13.

PLANO DE AULA 05 - GIRAR/ROLAR/QUADRUPEJAR

4.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO. - Disciplina: Educação Física.

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- Conteúdo Estruturante: Ginástica. - Instituição: Col. Est. Júlia Wanderley – Ensino Fundamental e Médio. - Turma: 5ª série noturna. - Idade: 14 – 25 anos. - Sexo: Turma mista. - Número de estudantes: 05. - Duração da aula: 50 minutos. - Professora: Ana Maria Guimarães Villela.

4.2 - BLOCO/EIXO DE CONHECIMENTO - Tema/assunto: Formas básicas de locomoções. - Assunto da aula: Girar/Rolar/Quadrupejar

4.3 - OBJETIVOS: - Favorecer o conhecimento e aquisição das noções básicas do girar/rolar/quadrupejar. - Experimentar, vivenciar, sentir e refletir as sensações do corpo durante as atividades de girar/rolar/quadrupejar de modo individual e coletivo. - Respeitar e compreender as dificuldades de cada um nas atividades coletivas. - Atitude de auto-organização para aprender os novos hábitos da aula.

4.4 - RECURSOS AUXILIARES: a) Espaço: sala de aula ou quadra esportiva b) Material: bola

5 - PROCEDIMENTOS DIDÁTICO-METODOLÓGICOS:

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

ATIVIDADE 01 Nome da atividade: girar/rolar/quadrupejar. Objetivo: Ter conhecimento e aquisição das noções básicas de girar/rolar/quadrupejar, percebendo o corpo no espaço. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Aprendizagem dos conceitos do girar/rolar/quadrupejar, formas básicas de locomoção: níveis de análise biomecânica e fisiológica; análise sócio-cultural; relação do girar/rolar/quadrupejar com a evolução do humano. ATIVIDADE 02: 1- Nome da atividade: Problematização inicial do girar/rolar/quadrupejar. 2- Objetivo: Propiciar as reflexões iniciais sobre o girar/rolar/quadrupejar. 3- Disposição: Estudantes sentados em círculo. 4- Desenvolvimento: Perguntas norteadoras: O que é girar/rolar/quadrupejar? Que importância tem essas atividades na aula? Para que serve? O que ela desenvolve? Em suas pesquisas, o que vocês encontraram sobre o girar/rolar/quadrupejar? Comentários/Reflexões Volto a falar da importância da reflexão em torno do movimento a ser ensinado pelo professor e aprendido pelo estudante no início da aula. Saber o que, o porquê, e

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para que se estuda determinado conteúdo é fundamental para que o estudante construa seu aprendizado, sua vivência em torno de sentido e significado, podendo assim, sabe ser, estar, fazer, comunicar, compartilhar e transformar o mundo ao seu redor. ATIVIDADE 03: 1 - Nome da atividade: Estudo dirigido de um texto sobre a definição de girar/rolar/quadrupejar. 2 - Objetivo: Compreender e identificar a definição dos movimentos de girar/rolar/quadrupejar. 3 – Disposição: Estudantes sentados. 3 – Material: Texto elaborado pela professora. 5 – Desenvolvimento: Os estudantes terão 10 minutos para ler o texto. Após a leitura o professor conduzirá a reflexão e ao debate e assistir a um vídeo.

O que é girar/rolar? Dar voltas sobre os eixos do próprio corpo (Lino Castellani Filho...(et al.).2009, pg. 77). É mover-se em círculo em torno do eixo do próprio corpo, em deslocamento, no lugar ou em torno do eixo do corpo (Caderno Pedagógico de Atividades Rítmicas, Seed 1984, pg.14). É um movimento de rotação com a mesma intensidade executado no mesmo lugar ou com deslocamento (Ilona Peuker, pg. 45).

O que é quadrupejar?

É deslocamento em quatro apoios ao solo. (dois pés e duas mãos) “Andar de quatro pés”, imitarem os quadrúpedes (Ferreira, 1995, p. 541).

Comentários/Reflexões Algumas atividades de rolar, girar, quadrupejar são associados ao andar, correr, saltar e saltitar, que juntas forma as formas básicas de locomoção.

ATIVIDADE 04

1 – Nome da atividade: girar/rolar/quadrupejar. 2 – Objetivo: vivenciar o movimento do corpo próprio, e sentir o corpo no espaço e no tempo. 3 – Disposição: Estudantes espalhados pela quadra. 4 - Desenvolvimento: Atividades prescritas pela professora: Os estudantes espalhados pela quadra irão deslocando andando, saltando, saltitando, correndo e também girando, rolando e quadrupejando em diferentes direções e intensidades. Variações: Exercícios individuais:

- Andar realizando um giro; - Andar, deitar e executar rolamento para frente levantar e continuar andando; - Idem correndo; - Girar com as pontas dos pés unidos, com e sem deslocamento;

- Girar com um pé só, direito e esquerdo, com e sem deslocamento, para

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direita e para esquerda; - Girar com os calcanhares, pés unidos, com e em deslocamento; - Girar com um calcanhar depois o outro, com e sem deslocamento; - Saltar e no ar tentar executar um giro completo; - Girar sentado, apoiando nos glúteos; - Rolar no chão para frente e para trás; - Rolar para a direita e para esquerda; - Correr e rolar; - Deslocar em posição quadrúpede para frente, para trás e laterais. - Deslocar em posição quadrúpede com joelhos estendidos; - Deslocar em posição quadrúpede com joelhos flexionados;

- Deslocar em posição quadrúpede com o dorso voltado para o solo, posição de caranguejo, perna flexionada;

- Quadrupejar sob a linha da quadra de voleibol, contornando-a; Exercícios com materiais:

- Quadrupejar em volta da bola; - Rolar a bola em quadrupedia com a cabeça; - Rolar por cima de uma bola;

- Girar segurando uma bola, braços acima da cabeça; - Girar nas pontas dos pés, segurando a bola, braços estendidos para frente;

Exercícios com o outro: - De mãos dadas com um colega de frente um para o outro, girar o corpo para a direita e para a esquerda (corrupio);

- Idem em trios, grupo de cinco, ou grupo todo; - Deitados no chão, rolar por cima de um colega, de vários colegas.

Comentários/Reflexões Ao longo da aula o professor vai organizando outras propostas, outros exercícios/ ou variando a proposta inicial, alterando a dinâmica da aula, sem perder de vista o objetivo. Comentários/Reflexões O professor no final da aula, em círculo, deverá conversar com os estudantes perguntando como sentiram o corpo nos movimentos de girar/rolar/quadrupejar. Fazê-los perceberem que estes movimentos que constituem as formas básicas de locomoção têm objetivo diferenciado e desenvolve uma capacidade motora diferenciada, a combinação de todos enriquece o vocabulário motor do estudante.

6 - AVALIAÇÃO 1- Objetivo: Identificar o que o estudante apropriou da aula. 2- Disposição: Estudantes sentados, caderno de anotações e de pesquisas na mão. 3- Desenvolvimento: Um estudante de cada vez, com intervenção do professor, falar o que entenderam da aula. 4- Variações: Responder no caderno: - Qual o sentido do ato de girar/rolar/quadrupejar? - Todos têm a mesma capacidade de girar/rolar/quadrupejar? - Defina você agora, o que é girar/rolar/quadrupejar? Trazer na próxima aula.

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7 - BIBLIOGRAFIA: PEREIRA, A. M. Planos de aulas. UEL. 2005 ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. SÉRGIO, M. et al. A racionalidade epistêmica no século XX. In: O sentido e a ação. Lisboa: Instituto Piaget, 1999. (Coleção Epistemologia e Sociedade) p. 13.

5-ORIENTAÇÕES/RECOMENDAÇÕES

Essa Produção Didática Pedagógica poderá ser apropriada pelos professores

da rede de ensino do Estado do Paraná, pois muitos desses trabalhos servirão para

subsidiar de alguma maneira a práxis pedagógica, tanto em sua formação como em

sua ação docente, contribuindo assim, para a melhoria da Escola Pública

Paranaense.

6 - PROPOSTAS DE AVALIAÇÃO DO MATERIAL DIDÁTICO

O professor da rede poderá contribuir de maneira significativa se inscrevendo

no GTR em que o trabalho do professor PDE está postado, assim, poderá

acompanhar a implementação oferecendo seu contributo, podendo também aplicar

em suas aulas e avaliando ao mesmo tempo se é viável ou não.

7- REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, K. F. Do corpo objeto da educação física a corporeidade da ciência da motricidade humana. Trabalho de Conclusão de Curso. UEL. 2009. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: educação física. Brasília: MEC/SEF, 1997. CAMPOS, Tiago Faustino. Diversificação de Conteúdos na Educação Física Escolar. 2008. Monografia (Licenciatura do curso de Educação Física) – Academia de Ensino Superior. Sorocaba, 2008. Disponível em: Acesso em 29 de abril de 2011. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da Educação física. São Paulo: Cortez, 1992. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1993. DARIDO, S. C. et al. Para ensinar educação física: Possibilidades de

intervenção na escola. Campinas, SP: Papirus, 2007.

FREIRE, J. B. Educação de Corpo Inteiro: Teoria e Prática da Educação Física. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1991, p. 76. _______ . Educação de Corpo Inteiro: teoria e prática da educação física. 1. ed.

28

São Paulo: Scipione, 2009 (Coleção Pensamento e ação na sala de aula).

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ANÉXO 01

PARA REFLETIR

Às vezes é preciso um passo somente...

Um gesto que mude o presente,

Um sorriso que enxugue as lágrimas do passado;

E voando pelos sonhos em um cavalo alado,

Construímos o futuro em pequenos passos.

2.bp.blogspot.com/.../s1600/caminhar.jpg somostodosborboletas.blogspot.com/2010_10_01_em 08/08/2011

postado por Elza Queiruja

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ANÉXO 02

CORRER RISCOS

Rir é correr risco de parecer tolo.

Chorar é correr o risco de parecer sentimental.

Estender a mão é correr o risco de se envolver.

Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.

Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as

pessoas.

Amar é correr o risco de não ser correspondido.

Viver é correr o risco de morrer.

Confiar é correr o risco de se decepcionar.

Tentar é correr o risco de fracassar.

Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.

Há pessoas que não corre nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não

são nada.

Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem

nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.

Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua

liberdade.

Somente a pessoa que corre riscos é livre!

bia-barboza.blogspot.com/2010/09/correr-risco...acessado em 17/08/2011.