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Projeto de Opção do 6º ano - DECLARAÇÃO DE INTEGRIDADE

Eu, Inês da Conceição Silva Jordão, abaixo assinado, nº mecanográfico 200202122, estudante do 6º

ano do Ciclo de Estudos Integrado em Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto,

declaro ter atuado com absoluta integridade na elaboração deste projeto de opção.

Neste sentido, confirmo que NÃO incorri em plágio (ato pelo qual um indivíduo, mesmo por omissão,

assume a autoria de um determinado trabalho intelectual, ou partes dele). Mais declaro que todas as

frases que retirei de trabalhos anteriores pertencentes a outros autores, foram referenciadas, ou

redigidas com novas palavras, tendo colocado, neste caso, a citação da fonte bibliográfica.

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 15/03/2018

Assinatura conforme cartão de identificação:

________________________________________________

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Projecto de Opção do 6º ano – DECLARAÇÃO DE REPRODUÇÃO

NOME

Inês da Conceição Silva Jordão

NÚMERO DE ESTUDANTE DATA DE CONCLUSÃO

200202122 28/02/2018

DESIGNAÇÃO DA ÁREA DO PROJECTO

Ciências médicas e da saúde Outras ciências médicas

TÍTULO MONOGRAFIA

Literacia e suas repercussões nos custos em saúde.

ORIENTADOR

Professor Doutor Rui Nunes

COORIENTADOR (se aplicável)

Não aplicável

ASSINALE APENAS UMA DAS OPÇÕES:

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTE TRABALHO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO,

MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTE TRABALHO (INDICAR, CASO TAL SEJA NECESSÁRIO, Nº

MÁXIMO DE PÁGINAS, ILUSTRAÇÕES, GRÁFICOS, ETC.) APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE

DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.

DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR, (INDICAR, CASO TAL SEJA NECESSÁRIO, Nº MÁXIMO DE PÁGINAS,

ILUSTRAÇÕES, GRÁFICOS, ETC.) NÃO É PERMITIDA A REPRODUÇÃO DE QUALQUER PARTE DESTE TRABALHO.

Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, 15/03/2018

Assinatura conforme cartão de identificação: ______________________________________________

X

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho:

À minha mãe Maria da Conceição e pai Artur, pela paciência, carinho e amor

dedicado que permite que esteja agora a completar o curso de Medicina.

Ao Rafael e Ana Jordão pela compreensão, amor, dedicação e apoio

incondicional mesmo nos dias mais críticos.

Às minhas sobrinhas, Maria João e Catarina por me fazerem sorrir.

E finalmente aos meus Amigos por apesar de não “aparecer à meses”,

continuarem a serem meus amigos, a telefonarem-me e a incentivarem-me a

concluir mais uma etapa.

AGRADECIMENTO

Um especial agradecimento ao meu Orientador, Professor Doutor Rui Nunes e

ao Departamento Medicina da Comunidade, Informação e Decisão em Saúde.

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Literacia e suas repercussões nos custos em saúde

Literacy and its repercussions on health costs

Resumo:

A literacia em saúde refere-se à capacidade de um paciente obter, comunicar, processar e compreender informações básicas relacionadas com a saúde e serviços de saúde. A medição da literacia em saúde pode ajudar a melhorar a comunicação com os pacientes, e assim melhorar os resultados e diminuir os custos. Devido à sua importância em muitas áreas da saúde, foi dada atenção específica ao estudo e à medição da literacia em saúde nos últimos anos, no entanto, o campo não tem consenso sobre como a literacia em saúde deve ser definida e medida. Como resultado, existem numerosas definições e medidas de literacia em saúde. Essa fragmentação e inconsistência criam uma barreira conceptual e dificulta a aferição e compreensão da literacia em domínios e campos de saúde. Com esta revisão da bibliografia científica publicada entre 2012 e 2017 constata-se que ter informação está na base do acesso à saúde. Esta noção está associada aos conceitos de “empowerment” e de literacia em saúde na tomada de decisões. É ainda necessário estudar quais as abordagens para lidar com a literacia insuficiente em saúde e que resultam nos melhores resultados para os pacientes, tornando-os mais saudáveis, tendo menos complicações e reduzindo os custos de cuidados de saúde. Há uma escassez de pesquisas de alta qualidade sobre tais questões. Palavras-chave: literacia em saúde, custos em saúde

Abstract:

Health literacy refers to the ability of a patient to get, communicate, process and understands basic information about health and healthcare. The literacy measurement in health may help improve communication with patients, therefore improving results and diminishing costs. Due to its importance in many health areas, it has been given a specific attention to this study and to the measurement of health literacy in the last years, although the field still doesn’t have consensus about how health literacy should be defined and measured. As result, there are many definitions and measures of health literacy. This fragmentation and inconsistency generate a conceptual barrier and makes it harder to measure and understand literacy in health fields and domains. With this scientific bibliography review, published between 2012 and 2017, it is verified that having information is the basis of access to healthcare. This notion is associated with the concepts of empowerment and health literacy in decision making. It is also necessary to study which approaches to dealing with insufficient health literacy that result in the best results for patients, making them healthier, have less complications and reducing the healthcare costs. There is a paucity of high quality research on such issues. Keywords: Health literacy, Health costs

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Literacia e suas repercussões nos custos em saúde

Introdução:

A literacia em saúde remete para um conjunto de competências e de conhecimentos que os

indivíduos necessitam para aceder, interpretar, avaliar e utilizar informação no campo da saúde, que

lhes permita tomada de decisões sobre prevenção, cuidados de saúde e promoção de uma vida

saudável.1 O conceito de literacia em saúde surge pela primeira vez em 1974 num artigo de Simonds

que aborda a problemática da promoção da saúde.2 Só em 1998 a Organização Mundial de Saúde

(OMS) vem definir literacia em saúde3, contudo a definição deste conceito tem vindo a evoluir.

A literacia em saúde inclui habilidades de leitura, escrita e numeração de um paciente, bem como, as

suas experiências culturais, compreensão de conceitos de saúde e fisiopatologia e habilidades básicas

de comunicação.4 O conceito de literacia em saúde desenvolveu-se partindo de uma definição

cognitiva para uma definição que engloba as componentes pessoal e social do indivíduo, atribuindo-

se a capacidade de tomar decisões em saúde fundamentadas.5

Durante as últimas décadas, o interesse neste tema tem vindo a crescer, enquanto conceito

fundamental para o papel mais ativo das populações em matéria de saúde e cuidados.6 A Agência

Europeia para a Saúde e a OMS têm produzido vários documentos orientadores no sentido da

importância da literacia.7-9

Portugal acompanha o destaque dado pelas instituições europeias a este tema, focando na promoção

da literacia em saúde como modo de melhoria dos cuidados e da qualidade de vida.10

A literacia condiciona as decisões em saúde, tendo repercussões na qualidade de vida e implicações

nos gastos em saúde, nos custos e modo de organização dos sistemas de saúde.11 Um baixo grau de

literacia condiciona um maior número de internamentos e uma utilização mais frequente de serviços

de urgências, tal como leva a menor prevalência de atitudes individuais e familiares preventivas,

originando uma menor qualidade de vida.4,12

Em Portugal, a maioria da população adulta tem níveis baixos de literacia. 13 Baixos níveis de literacia

em saúde são cada vez mais preocupantes.14,15 A internet aumenta a disponibilidade de informações

de saúde, aumenta as competências que os utentes devem ter para obter e avaliar informações de

saúde.16

A importância da literacia em saúde como objeto de investigação tem sido realçada num vasto

conjunto de estudos, que referem que esta pode desempenhar um importante papel na manutenção

ou melhoria da condição de saúde, e que pode ser um elemento preditor pouco explorado de

desigualdade em saúde.17,18 Nos últimos anos, diversos estudos têm demonstrado que um nível

insuficiente de literacia em saúde pode ter implicações significativas, tanto na saúde individual como

coletiva, e na gestão de gastos em saúde.19,20

Este trabalho pretende efetuar uma revisão da bibliografia científica publicada entre 2012 e 2017

sobre esta temática.

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Material e Método:

Esta pesquisa foi efetuada entre 24 julho 2017 e 27 de julho 2017. Definimos este período com datas

específicas e rigorosas para a recolha de dados em todos os recursos que selecionamos.

Usamos como palavras-chaves “Health literacy” e “Health costs” para pesquisar na base de dados de

ciências da saúde MEDLINE/PubMed e em três plataformas científicas (SCOPUS – ELSEVIER; Scientific

Electronic Library Online – SciELO; Directory of Open Acess Journals – DOAJ).

Limitamos a pesquisa para o período de 2012 e 2017, sem outra definição de limitação.

Resultados:

Obtivemos um total de 95 resultados, distribuídos da seguinte forma: 31 artigos na base de dados de

ciências da saúde MEDLINE /PubMed, 34 artigos na plataforma científica SCOPUS – ELSEVIER, 27 na

SciELO e 3 no DOAJ.

Na tabela 1 dividimos os resultados pelos anos em que foram publicados.

Na tabela 2 apresentamos os resultados da proveniência dos estudos, em que procuramos identificar

a afiliação do primeiro autor de cada estudo.

Discussão:

A definição de literacia em saúde tem sido construída ao longo do tempo. Teve início nos decisores

políticos e teve efeito nos profissionais e nos utentes dos serviços de saúde. Esta temática está a ser

bastante debatida também devido ao aumento generalizado dos custos em saúde.8, 21 Facto que

reflete o aumento da publicação de diversos trabalhos científicos (tabela 1) devido a suscitarem

preocupação nos profissionais, investigadores em saúde, poder político e entidades com poder de

decisão em saúde, pelo seu carácter transversal de abrangência e multinacional, como demonstra a

tabela 2.

A literacia em saúde é o grau em que cada pessoa pode obter, compreender e comunicar sobre

informações relacionadas com a saúde, fundamentais para tomar decisões informadas sobre a saúde

e é um fator importante nos resultados de saúde do paciente e nos custos resultantes dos cuidados

de saúde.22

Os indivíduos que apresentam níveis de literacia em saúde insuficientes mostram limitações

significativas no que diz respeito à compreensão de prescrições médicas, instruções relacionadas com

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a saúde e mesmo com a monitorização de parâmetros biométricos, e que exprimem taxas de

hospitalização mais elevadas, maiores custos com cuidados de saúde e pior estado geral.23

A literacia em saúde é inversamente associada à utilização dos serviços e à despesa de saúde.

Indivíduos com um nível de literacia em saúde baixo ou básico têm maior utilização de cuidados de

saúde e mais gastos em prescrições em comparação com indivíduos com literacia em saúde alta. As

estratégias de saúde pública que promovam a educação adequada entre indivíduos com um nível de

literacia em saúde baixo podem ajudar a melhorar os resultados de saúde e reduzir as despesas de

saúde desnecessárias.12

Ao aumentar os níveis de literacia em saúde pretende-se reforçar a capacidade de entender as

informações básicas de saúde, pesquisa de informações e tomada de decisões adequadas.9,24

Contudo mais de 1/3 da população americana não possui as habilidades necessárias para entender

informações de saúde, tomar decisões de cuidados de saúde ou seguir instruções de medicação.4

Outro estudo refere que aproximadamente metade dos adultos americanos têm uma literacia em

saúde limitada e a maioria possui habilidades inadequadas para prevenir doenças e gerir sua própria

saúde.25

O grau de literacia em saúde é influenciado pelos sistemas de saúde, educação, condições

socioeconómicas e familiares, condições de trabalho, ou condições de acesso a profissionais de

saúde.10 Fatores de risco independentes para baixa literacia em saúde incluem estrato

socioeconómico pobre, etnia, idade avançada e educação limitada. A evidência sugere que a baixa

literacia em saúde leva a resultados de saúde piores, aumento da mortalidade, aumentos nos custos

de cuidados de saúde e doenças crónicas pouco autorreguladas 4, 11

Devido ao impacto dos níveis de literacia na saúde individual, coletiva e na utilização dos recursos de

saúde disponíveis, tornou-se obrigatório o desenvolvimento de instrumentos de diagnóstico do nível

de literacia em saúde das populações.26–28 A medição da literacia em saúde pode ajudar a melhorar a

comunicação com os pacientes e, assim melhorar os resultados e diminuir os custos.29 Na literatura

estão descritos vários instrumentos que se propõem a avaliar o nível de literacia em saúde.30–36 Os

instrumentos mais utilizados são o Test of Functional Health Literacy in Adults (TOFHLA) e a sua

versão reduzida S-TOFHLA, o Rapid Estimate of Adult Literacy in Medicine (REALM), o Newest Vital

Sign (NVS) e o Rapid Estimate of Adult Literacy in Dentisry (REALD-30).29,37-41 Contudo, estes

instrumentos, como avaliam as competências cognitivas, leitura e calculo, para aferir os níveis de

literacia das populações, são ainda insuficientes para a medição do grau de literacia em saúde de

uma forma que corresponda de modo satisfatório à definição mais atual.42

Em 2012 dada a necessidade de desenvolver de um instrumento que permitisse aferir os níveis de

literacia em saúde de um modo mais compatível com às definições atuais do conceito, peritos

europeus, coordenados pela Universidadede Maastricht, juntaram-se e deram origem ao consórcio

Health Literacy Survey-EU HLS-EU24, que tem por objetivo o desenvolvimento, validação e aplicação,

em vários países de um questionário que permite aferir os níveis de literacia de saúde da população.

O objetivo major deste projeto foi efetuar o diagnóstico dos níveis de literacia em saúde das suas

populações e poder compará-los entre si, utilizando os seus resultados como base para as iniciativas

de promoção de literacia em saúde, permitindo que possam ser mais dirigidas e adaptadas às

necessidades reais das populações. Inicialmente integraram este projeto: a Espanha, a Grécia, a

Holanda, a Irlanda, a Alemanha, a Bulgária, a Polónia e a Áustria.24

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Em 2016 foi publicado um estudo que pretendeu aplicar a Portugal o HLS-EU que, por ser um

instrumento de avaliação multidimensional, permitiu aferir a capacidade das pessoas acederem,

compreenderem, analisarem e utilizarem a informação de saúde nos domínios da utilização dos

cuidados de saúde, da promoção da saúde e prevenção da doença.5

Este estudo concluiu que 61% da população incluída no estudo apresenta um nível de literacia geral

em saúde problemático ou inadequado, sendo a média dos 9 países em 49,2%. Apenas 44,2%

apresenta um nível suficiente ou excelente de literacia em saúde no que respeita a cuidados de

saúde. Na prevenção da doença, 45% dos inquiridos revela ter um nível suficiente ou excelente de

literacia em saúde, comparativamente com a média dos 9 países de 54,5%. A nível da promoção da

saúde, 60,2% apresenta um nível de literacia em saúde problemático ou inadequado, sendo que a

média se situa nos 52,1%. Conclui-se ser fundamental e urgente a elaboração e implementação de

uma estratégia nacional de literacia em saúde.5

A disponibilidade dessas medidas de literacia em saúde pode desempenhar um papel crucial na

comunicação médico-paciente, bem como na promoção da saúde, que podem contribuir para o

desenvolvimento de políticas de literacia em saúde, levando à diminuição dos custos em cuidados de

saúde no futuro.43

A evidência científica que relaciona o nível de literacia em saúde e os custos para o sistema de saúde

é ainda limitada, pelo que é de difícil determinação com precisão o custo da literacia em saúde, quer

do ponto de vista individual quer do ponto de vista do sistema de saúde. Pela utilização ineficiente do

sistema de saúde, sabe-se hoje em dia que um nível baixo de literacia em saúde gera muitos custos

para o sistema.43–47 Em um estudo elaborado pela American Medical Association estima para que o

custo de uma baixa literacia em saúde represente uma perda económica de 73 mil milhões de

dólares/ano nos EUA.47 Outros estudos apontam ainda custo nacional, nos EUA, mais elevados, entre

os 100-200 mil milhões de dólares/ano.29,48,49

Nos EUA já existem esforços a nível político para tornar a literacia em saúde uma prioridade, com

vista a melhorar os cuidados de saúde, aumentando o acesso, diminuindo os custos e melhorando a

qualidade dos serviço de saúde.9

Os pacientes com baixo nível de literacia em saúde relataram maiores taxas de hospitalização e maior

uso de serviços de saúde.11 A literacia em saúde mostrou-se inversamente associada a taxas de

hospitalização evitáveis no nível da população no estado do Missouri em 2008, representando 21%

da variação nas taxas de hospitalização evitáveis. As taxas de internamento preveníveis diferiram

significativamente para os municípios com níveis de literacia em saúde mais altos e mais baixos.

Pesquisas adicionais são necessárias para quantificar os efeitos de intervenções bem-sucedidas de

literacia em saúde comunitária.50

Com uma revisão sistemática da literatura, na qual foram analisados os custos associados a níveis

inadequados de literacia em saúde, Eichler em 2009, concluiu que, os custos adicionais são cerca de

3-5% do orçamento total da saúde51 e que, a nível individual, cada pessoa com um nível baixo de

literacia em saúde despenda entre 143-7798 dólares a mais por ano em cuidados de saúde. Os

problemas de saúde relacionados com a obesidade nos EUA somam 9,1% dos gastos clínicos, cerca de

147 mil milhões de dólares – as despesas consumidas no tratamento da diabetes e de outras doenças

mais comuns numa população com excesso de peso poderiam ser canalizadas para intervenções de

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promoção de literacia em saúde. Isto pode traduzir-se numa poupança significativa de gastos na

prestação de cuidados porque, em média, um obeso consome mais 1.400 dólares/ano que uma

pessoa com o peso adequado.52

Estima-se uma redução de 551 dólares por doente/ano, só em redução no número de visitas ao

hospital, se for melhorado o acesso aos cuidados de saúde, aumentada a literacia em saúde,

nomeadamente no sentido de mudança de estilo de vida a longo prazo a fim de evitar doenças

crónicas.53

Na Suíça, em 2014, foi realizado um estudo entre pessoas com diabetes tipo 2 em que concluiu-se

que os pacientes com baixa literacia em saúde precisam de suporte médico extra e, portanto, têm

custos de cuidados de saúde mais elevados, tanto a nível de custos ambulatórios, como maior

número de visitas médicas.54

Até à data, a evidência sobre a prevalência de literacia em saúde limitada é heterogénea, além disso,

estudos que tratam deste tópico mostram uma concentração geográfica pronunciada. HLS-EU, uma

ferramenta para medir níveis auto-percebidos de literacia em saúde foi administrada a uma amostra

representativa de cidadãos italianos. Os achados sugeriram que a literacia em saúde inadequada é

um problema prevalecente na Itália.11

Não há ainda evidência científica em Portugal sobre esta questão dos custos de inadequados níveis

de literacia em saúde da população. Todavia, sabe-se que, sendo as situações de evolução

prolongada, como a diabetes, as doenças cardiovasculares e o cancro, as mais prevalentes e que mais

recursos consome para o sistema de saúde, a literacia em saúde pode ser central na prevenção destas

e na adesão a planos de tratamento. As autoridades de saúde têm vindo a investir em programas de

gestão da doença, para melhorar a qualidade da prestação de cuidados e reduzir custos. Em 2016, o

Despacho n.º6401/2016 de 16 de maio determinou que, no âmbito do Plano Nacional de Saúde

(PNS), o desenvolvimento de programas de saúde prioritários deveriam decorrer nas seguintes áreas:

(a) prevenção e controlo do tabagismo, (b) promoção da alimentação saudável, (c) promoção da

atividade física, (d) diabetes, (e) doenças cérebro-cardiovasculares, (f) doenças oncológicas, (g)

doenças respiratórias, (h) infeção VIH/SIDA e tuberculose, (i) hepatites virais, (j) prevenção e controlo

de infeções e de resistência aos antimicrobianos, e (k) saúde mental. Realça-se o facto de os

programas selecionados como prioritários estarem relacionados com doenças crónicas ou com os

seus fatores de risco, o que demonstra a importância destes problemas. Reconhecendo a importância

que a literacia em saúde tem neste contexto, foi implementado, também em 2016, o Programa

Nacional de Educação para a Saúde, Literacia e Auto-cuidados que tem por objetivo reforçar o papel

do cidadão no sistema de saúde português e fazer da informação, do conhecimento e da decisão

informada, veículos privilegiados desse reforço. No entanto, é ainda insuficiente a evidência científica

produzida que relacione os custos associados à implementação destes programas face à redução de

gastos e melhoria de cuidados.15

É também um problema quando se registam elevados níveis de literacia em saúde sem um

equivalente elevado grau de autonomia do doente, o que origina dependência do profissional de

saúde.55 Contudo, elevado grau de autonomia do doente sem um grau adequado de literacia em

saúde condiciona riscos para a saúde. Em 2012 Lindenthal registou um aumento da procura de

informação sobre saúde online associada à insatisfação com o acesso aos sistemas de saúde, pelo

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aumento dos custos com cuidados médicos e por falta de confiança nos profissionais de saúde, este

aumento de procura de informação por via eletrónica foi confirmado com estudos posteriores.16, 56, 57

A literacia em saúde inadequada tem sido encontrada como um preditor de desinteresse do paciente,

inadequação dos cuidados, aumento dos custos dos cuidados de saúde e maiores taxas de

mortalidade.11 Apesar de tudo isto, a maioria dos médicos parece não conseguir entender esta

questão e não estar preparada para comunicar com o doente que apresenta literacia insuficiente em

saúde.58

A insuficiente literacia acaba por afetar a comunicação e a relação médico-doente. Todos os

profissionais de saúde devem perguntar aos seus doentes se entenderam as instruções dadas, a

prescrição médica, os exames de diagnóstico a realizar.4,58 É importante validar a compreensão do

doente para que possa ser aceite a sua opção, deste modo devem ser empregues medidas efetivas de

avaliação da compreensão do doente.33 Deve ser usada linguagem e expressões adequadas ao grupo

etário e ao nível socioeconómico do doente. Este esforço pode ser conduzido por intervenções em

todo o sistema e intervenções do clínico (por exemplo, uso do método educacional de ensino),

ferramentas explicativas como auxílios visuais.25 Se o profissional ficar em dúvida se foi entendido,

deve pedir ao doente que lhe resuma as instruções por palavras suas, o que pode ajudar e facilitar a

educação individualizada relacionada com a medicação e maximizar a compreensão do paciente.4

Sendo dever do profissional, também, criar uma atmosfera de confiança e respeito para o

estabelecimento de uma relação médico-doente saudável de modo que o doente se sinta à vontade

para solicitar a repetição das explicações que não compreendeu.59

Os doentes devem ser capazes de encontrar a informação necessária e poderem decidir sobre as

questões de saúde que os afeta a si e aos seus familiares. Deste modo, a informação médica deve ser

de livre acesso e devem também ter pleno conhecimento da sua situação clínica. Deve ser

estabelecida comunicação e partilha de informação e dados entre médicos e doentes. O sistema de

saúde deve ter disponível para as famílias dos doentes a informação que necessitam de modo a

tomarem decisões informadas quando optam por um tratamento.42

O número de artigos sobre literacia em saúde publicados anualmente em periódicos científicos

aumentou consideravelmente nos últimos anos. No entanto, o conteúdo desses artigos continua a

enfatizar a literacia em saúde em domínios específicos de saúde, populações, contextos e línguas, o

que dificulta a comparação de achados entre estudos. Concentram-se nas mesmas questões:

desenvolver instrumentos para avaliar e medir as habilidades de literacia em saúde dos

pacientes. Embora seja reconhecido que a medição da literacia em saúde deve ser melhorada, é

importante ter em consideração o que pode ser obtido a partir de um foco geral de literacia em

saúde e como isso pode ser aplicado em todos os domínios.22

Precisamos mudar o foco da pesquisa de literacia em saúde ao estudar quais as abordagens para lidar

com a literacia em saúde que resultam nos melhores resultados para os pacientes - tornando-os mais

saudáveis, tendo menos complicações e reduzindo os custos de cuidados de saúde e desenvolvendo

metodologias que permitam a sensibilização das populações para as diversas questões em saúde.60

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Conclusões:

Após a consulta da literatura científica publicada entre 2012 e 2017 verifica-se que as pessoas com

baixa literacia em saúde revelam uma capacidade de compreensão sobre o uso de medicamentos

mais baixa.

Um nível elevado de literacia em saúde parece ser promotor efetivo de comportamentos que geram

melhores níveis de saúde. No entanto, permanece a necessidade de se estudar e desenvolver um

modo de aumentar este nível.

Os estudos apontam para que se existir um maior investimento na promoção de literacia em saúde,

este investimento se repercutirá em diminuição de comportamentos de risco e melhor utilização dos

serviços de saúde, o que gerará diminuição dos custos em saúde.

Os programas de comunicação a desenvolver devem incluir o “empowerment” que motiva os

doentes a envolver-se e a literacia que lhes permita tomar decisões informadas e fundamentadas.

Com esta revisão da literatura constata-se que ter informação está na base do acesso à saúde. Esta

noção está associada aos conceitos de “empowerment” e de literacia em saúde na tomada de

decisões.

Diversas iniciativas têm vindo a ser desenvolvidos neste contexto, em Portugal. Tendo em

consideração que a literacia em saúde não é um problema individual, mas um problema sistémico,

que integra diferentes dimensões e competências, e baseando-a num conjunto de documentos que

visam a elaboração de estratégias de atuação nestes domínios, propõe-se que uma estratégia

nacional de literacia em saúde, coerente e inclusiva, deva ter em conta os seguintes eixos

estratégicos: incluir a literacia em saúde no próprio sistema; assegurar o acesso e gestão de

informação eficiente; assegurar uma comunicação efetiva; integrar a literacia em saúde na educação;

e garantir a sustentabilidade das iniciativas de promoção de literacia em saúde.

O número de artigos sobre literacia em saúde publicados anualmente em revistas científicas

aumentou consideravelmente nos últimos anos. No entanto, o conteúdo desses artigos continua a

concentrar-se nas mesmas questões: desenvolver instrumentos para avaliar e medir a literacia em

saúde dos pacientes. Precisamos mudar o foco da pesquisa de literacia em saúde ao estudar quais

abordagens para lidar com a literacia em saúde resultam nos melhores resultados para os pacientes -

tornando-os mais saudáveis, tendo menos complicações e reduzindo os custos de cuidados de saúde.

Há uma escassez de pesquisas de alta qualidade sobre tais questões.

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Bibliografia:

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Enferm Ref. 2012; III Série - 6:157-166.

2. Simonds SK. Health education as social policy. Health educ Monogr. 1974;2:1-25.

3. WHO. Health promotion glossary. Geneva: WHO, 1998.

4. Johnson JL., Moser L. and Garwood CL. Health literacy: A primer for pharmacists. American

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5. Pedro AR, Amaral O, Escoval A. Literacia em saúde, dos dados à ação: tradução, validação e

aplicação do European Health Literacy Survey em Portugal. Rev Port Saúde Pública.

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6. Chinn D. Critical Health literacy. A review and critical analysis. Soc sci Med. 2011;73: 60-7.

7. Huber JT, Shapiro IIRM, Gillaspy ML. Top down versus bottom up: the social construction of

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Anexos

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Ano Medline - Pubmed

SCOPUS –

ELSEVIER SciELO DOAJ

2012 3 5 4 0

2013 4 4 3 0

2014 4 7 7 0

2015 12 3 7 2

2016 5 7 5 1

2017 3 8 1 0

Total 31 34 27 3

Tabela 1: Artigos divididos pelos anos em que foram publicados.

País Medline - Pubmed

SCOPUS – ELSEVIER

SciELO DOAJ

Austrália 1 4

Brasil 1

Canadá 2

Chile 1

China 3 2

Costa rica 1

França 1

Hungria 1

Itália 1 1

Noruega 1

Nova Zelândia 1

Portugal 2 25

Suecia 1

Suiça 2 3

Paquistão 2

Tailândia 1

Taiwan 2

Turquia 1

USA 21 15 1

UK 1 4

Total 31 34 27 3

Tabela 2: Artigos divididos pelos países de afiliação do primeiro autor.

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